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CLOVIS BEVILÁQUA
DIREITO
DAS
SUCCESSÓES
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revista e accrescentada ^
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LIVRARIA EDITORA FREITAS BASTOS
Ruas: Bethencourt da Silva, 21 - A e 13 de Maio, 74 e 76
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CONSELHO RlGlON^L DO TRABALHO
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OBRAS DO AUTOR
DIREITO CIVIL
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riota preliminar da primeira edição
Clovis Beviláqua.
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('*) 1932 — Hoje temos mais abundante bibliograpbia, como se verá
das paginas seguintes. Os livros de Hermenegildo de Barros, Ferreira
Alves, Itabaiana de Oliveira, Lacerda de Almeida e de outros vieram
enriquecel-a.
1938 — Aocreseentem-se: Dyonisio Gama, Carlos Maximiliano, Car-
valho dos Santos.
PRIMEIRA PARTE
HEREDITÁRIO
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CAPITULO I
Da successão e da herança
§ 1.°
DO DIREITO HEREDITÁRIO
§ 2.°
DA SUCCESSÃO E DA HERANÇA 15
§ 3.°
(1) Gaius nos deu uma definição que se tornou classica: Nihil est
aliud hereditas quam successio in universum jus, quod defunctus habidt
(D. 1501, IG, fr. 241). Não por outras palavras se exprimiu Julianus
(D. 50,' 10,'fr. 02).
(2) Ó direito patno vigente conhece dois únicos modos de .adqui-
rir por titulo universal, que são a successão hereditária e o casamento
com o regimen da comanunhão universal. O direito romano possuia, ao
lado da successão hereditária, a adrogatio e a conventio in manu, que
também eram modos de adquirir per universitatem {Gaius, II, 298).
— 2.
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§ 4.°
DA HERANÇA
§ 5.°
§ 6.°
(1) Codigo Civil, ants. 481 e 482. Veja-se, a este respeito, o meu
Direito da família, § 93.
(1) Codigo Civil, art. 115712. No direito romano, a successão testa-
mentaria abria-se no momento da morte do testador, mas a legitima so-
mente depois de verificar-se que não tinha logar a primeira.
20 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 8.°
ESPECIES DE SUCCESSÃO
(2) Nihil enim est quod magis hominibus debeatur, quam ut supre-
**03 votuntatis, p o st quam i0-™- ciliud velle non possunt, Uber sit stylus,
«t licitum quod iterum non redit arbitrium. (Cod. 1, 2, 1. 1).
24 DIREITO DAS SUCCESSÕES
Transmissão da herança
§ 9.°
§ 10.°
(7) Inst. 2, 14, § 2; 3, 17, pr.; D. 41, 1, fr. 84. E' certo, porém,
que o illustre Gaius reunia na herança jacente as duas personalidades,
a do herdeiro e a do hereditando (D. 28, <5, fr. 31, § 1).
(8) Inst. 3, 1, § 3, Wetter, Droit civil, p, 96; Droit romain, II, p. 344.
<1) Regulamento de 27 de Junho de 1845, idem de 23 de Novembro
de 1853, idem de 15 de Junho de 1859. E' digna de meditação a judiciosa
critica de Rebouças {Observações) á illegitima derogação do alvará de
9 de Novembro de 1754, por esses regulamentos.
TRANSMISSÃO DA HERANÇA 29
§ 1L
— 3;
32 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 12
(1) Cod. Civil portuguez, art. 2.D11; hespanhol, art. 561; italiano,
arts. 69:3 e 625; allemião, art. 1.492; chileno, art. 722; sni&so, art. 560;
peruano, 657. Os filhos naturaes, em concurso com os legitimes, devem
pedir a estes a posse da herança no systema do Codigo Civil italiano
(art. 927).
(2) Cod. Civil francez, arts. 724, 1.004 e 1.006.
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TRANSMISSÃO DA HERANÇA 33
13
ACCEITAÇÃO DA HERANÇA
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34 DIREITO DAS SUCCESSÕES
(1) Inst., 2, 19, § 7.°; Cod. Civil, art. 1.581; portugxiez, 2.027;
francez, 778; italiano, 934; hespanliol, 999; argentino, 3.319; hollandez,
1.0915; da Luiziania, 982; uruguayo, 1.052, 1 .€'61 e segs.; chileno, 1.241;
venezuelano, 966; boliviano, 543; projecto Coelho Rodrigues, 2.608.
(2) Algumas legislações conhecem a acceitação como pena imposta
ao inventariante que distrae, occulta ou omitte algum bem da herança.
Assim é por direito francez, Cod. Civil, arts. 792 a 801; italiano, ar-
tigos 952, 953 e 967; argentino, 3.331; hollandez, l-HO; da Luiziania,.
1.022, Diversa doutrina seguiram as Ordenações philippinas, 1, 88, § 9.°,
e o Codigo Civil, em relação ás penas dos sonegados (veja-se o § 111
deste livro).
TRANSMISSÃO DA HERANÇA 85
(3) Ood. Civil. art. 1.581, § 1.°; francez, art. 778; italiano, 9(34
e seg-s.; portuguez, 2.027; hespanihol, 999; uruguayo, 1.062 e segs.; ar-
gentino 3.319 e segs.; chileno, 1.241 a 1,244; peruano, 677; boliviano,
543- hôllandez 1 1015; da Luiziania, 982; venezuelano, 996, 998 e 999;
Inist de Justiniano, 2, 19, § 7; D., 29, 2, fr. 20; O. da Rocha, Insti-
tuições § 426; Huc, Commentaire théorique et pratique du Code Civil,
V ns.'163 a'l69* Míouklon, Répétitions écrites, ns. 219 a 227; - Gian-
TüRCO § 117; Laurent, Cours élémentaire, II, ns. 83 a 86; Hbrmene-
gildo de Barbos, Manual do Codigo Civil, XVIII, ns. 91 e segs.; Ita-
baiana de Oliveira, Successões, 2.a ed., ns. 87 © 89; Carlos MAximiliano,
Dir. das successões, ns. 32 a 36.
(4) Ood. Civil, art. 1.1581, § 2.°; francez, art. 779; italiano, 935; hes-
panhol, 999, aí. 3.a;'portuiguez, 2.028; uruguayo, 1.064; argentino, 3.328;
chileno, 1.243; boliviano, 548; auctores citados á nota supra. Os actos
mesmo' conservatórios, feitos pelo successivel, tomando o titulo de her-
deiro, importam acceitação perante o Codigo Civil venezuelano, art. 997.
36 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 14
§ 15
(1) Cod. Civil francez, art. 7761; italiano, arts. 930 a 933; argen-
tino, 333; iportuiguez, .2.025; chileno, 1.2i50; uruguayo, 1.0(31; hespa-
nhol. 992.
(2) Arg-umento da Ord., 4, 87, § 3.°; Teixeira de Freitas, Conso-
lidação, nota 7 ao art. 1.040, § 1°; O. da Rocha, Instituições, § 427.
(3) Codigo Civil, art. 242, IV. Veja-se o meu Direito da família,
§ 181. Por direito romano, as mulheres casadas não tinham/ necessidade
de autorização marital para acceitar, validamente, uma herança (Wetter,
Droit civil, p. 107) .
40 DIREITO DAS SUCCESSÕES
16
§ 17
NULLIDADE DA ACCEITAÇÃO
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" ^ ^ fr" 85; 0rd' 4' 87' § 8; C' DA Insti
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íl) LA REN T Co urS élémentaire
VI ir J E ' ' T , II, n. 86; Huc, Commentaire,
V, n. 1.50; GitiRONi Istituzioni, § 444; letra a, n. 2: "é inexistente a
acceitaçao, se feita por quem, por defeito natural ou leg-al, é absoluta-
mente incapaz de querer, e é annullavel, quando existem vícios infirmando
a vontade ; Míoukdon, Répétitions écrites, II, n. 231.
TRANSMISSÃO DA HERANÇA 43
(2) Laijrent, op. cit., p. 90; Huc, op. cit., ns. 173 e 174; C^1"
RQNi, op. cit., § cit.; MiouRLON, op. cit., ns. 231 a 233. Pelo direito
romano, somente a violência era capaz de annullar a adição de um maior
(t>. 29 2 fr 85) O dólo contra elle praticado dava-lhe apenas
aqção dé perdas e damnos (D. 4, 5. fr. 40); e a lesão não autorizava
reclamação de especie alguma (Van Wettek, Droit civ.l, p. 108; Cours,
364 e 365).
(3) D. 29, 2, fr. 85; Ord., 4, 87, § 8; Coelho da Rocha, Insti-
tuições § 427,
(4) Cod. Civil francez, art. 788; italiano, 942, alínea terceira; ar-
gentino, 3.338; hespanhol, 997; portuguez, 2.035, n. 3; chileno, 1.234:
Pr
ojecto Coelho Rodrigues, 2.614, § 2.°.
44 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 18
BENEFICIO DE INVENTARIO
§ 19
— 4
48 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 20
RENUNCIA DA HERANÇA
§ 21
HERANÇA JACENTE
(6) Retr cit art 79, cuja Tedaoção foi quasi sempre conser-
vada! Cod^do Pròc. civ. e consml. para o Districto Federal, art. 820.
(7,) Cod. Civil, art. 1.593', paragraipho único. Circ. de 10 e 18 de
Outubro de 1859. Esse prazo de um anno poderá ser prorogado a re-
querimento da parte para ultimação de diligencias amda em andamento.
ar
(8) Cod. Civil, art. 1.594, V. Teixeira de Freitas, Consolidação,
t. 868; lei de 17 de iSetembro de 1861, art. 32.
54 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 22
. PETIÇÃO DA HERANÇA
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CAPITULO III
§ 23
(1) Cod. Civil franez, art. 3: les immeubles, même ceux possedés
Par de» étrangers, sont régis par la loi française; hollandez, art. 7.° j
austríaco, § 300; lei austríaca de b de Agosto de 1864; Cod. Civil boli-
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uo, art. 3.°; peruano, V do titulo preliminar; genebrez, 3.°; chileno, 16r
58 DIREITO DAS SUCCESSÕES
reiro de 1928) t art. 144. Este ultimo Codigo diz lei pes-
soal do de cujas, que pode ser a nacional, como a do do-
micilio preferida pelo Codigo Civil argentino, art. 2.283,
chileno 955 e 997, colombiano, 1.012 a 1.018, e o do Pa-
ffaguay, que é o mesmo argentino.
SEGUNDA PARTE
INSTITUTOS PARTICULARES
DA SUCCESSÃO
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SECÇÃO PRIMEIRA
SUCCESSAO LEGITIMA
CAPITULO I
§ 24
§ 25
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CAPITULO II
§ 26
INCAPACIDADE SUCCESSORIA
§ 27
§ 28
DIVERSAS CLASSES DE INCAPAZES DO DIREITO
PÁTRIO ANTIGO
O direito pátrio reconhecia diversas classes de inca-
pazes, que não mais subsistem, no estado actual da le-
gislaçao. Sao ellas:
1. Os religiosos, ainda que professando em commu-
nidades, que pudessem possuir bens em commum (1).
Em virtude do preceito contido no art. 72, § 7, da Con-
stituição brasileira de 1891, nenhuma relação de depen-
(9\ o Cnri Civil do Perú, de 1986 não contérn mais o preceito an-
terior Lt 29 e appendice n. 2, ed. de Miguel Lama 1983. V o chi-
leno, 95; o portuguez, art. 1779, que aliás fala somente das religiosas
Professas ermquanto se não secularizarem. jv n 9A'
(3) Huc, Commentaire, V, n. 35; PlANiOL et Kipert, IV,, n. 24,
Oianturco, Istituzioni. § 101.
76 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 29.
§ 30.
Fraité, III, 1.731 e segs.; Planiol et Ripert, IV, ns. 44 e seg-s.; Bau-
IJaCANTINERIE et Wahl, Suecessions, I, ns. 238 e segs.; Laurent,
cours, li, ns- 21 e segs.; Oolin et Capitant, Cowrs, III, p. 436 e
Se
gumt8s.
T (6) Huc, Commentaires, V, n. 47; Laurent, Cours élementaire,
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n, 22; só deve haver julgamento havendo contestação, e o julgado
h simplesmente, declarar a existência da indignidade.
. Uzi. (7) Mourlon, Répétitions écrites, II, ns. 61 a 63; Chironi, Isti-
oni, § 43^ ietra b, Gianturoo, Istituzioni, § 161.
o (8) Codigo Civil, art. 1J596; Carlos MAximiLiano, Direito das
uccessões,
es
ns. 81 e segs. Vejam-se as eruditas notas de Cândido Men-
ao Codigo philippino, 4, 84; Cod. chileno, arts. 974 e 978; uruguayo,
82 DIREITO DAS SUCCESSÕES
art. 8150; allemão, 2.340. Mas a acção de indignidade não deve passar
contra terceiros para os quaes tenham passado os bens, legitimamente
e em bôa fé (Cod. Chileno, art. 976; urugnayo, 8,52).
(9) HuC, Commentaire, V, n. 48. O Codigo Civil argentino diz
que a indignidade se purga com tres annos de posse da herança (art.
2.298), e que a exclusão por incapacidade ou indignidade só pode ser pe-
dida pelos co-herdeiros e pelos parentes a quem caberia a herança na
falta do excluido (art. 3.304); não pelos devedores da suecessão (2.299).
No Chile, purga-se a indignidade por dez annos de posse (Cod. (art.
9íT5), e assixni no Uruguay (Cod., art. 851). Estes codigos também edi-
ctam que somente os co-herdeiros e parentes successiveis pódem pedir a
exclusão por indignidade.
(10) Cod. Civil argentino, art. 3,301.
(11) Dispõe, semelhantemente: o Cod. Civil hespanhol, art. 761;;
uruguayo, 848; venezuelano, 805; Projecto Felicio dos Santos, art. 1.404.
QUALIDADES REQUERIDAS NO SUCCESSOR AB INTESTATO 83
(14) Cod. Civil, art. 1.698; Cod. 6, SiS1, I., 1; Cod. Civil francez,
art. 7i2&; hespanhol, 760; allemão, 2.344; argentino, 3". 305; mexica-
no, S.Slõ; chileno, 974, 2." ali.; italiano, arts. 727 e 766; nruguayo, ar-
tigo 847; MIOurlOn, Répétitions écrites, II, n, 65; Huc, Commentairer
V, n. 49; LAurent, Cours élémeniaire, II, n. 23.
QUALIDADES REQUERIDAS NO SUCCESSOR AB INTESTATO 85
(15) Cod. Civil, art. 1.600; chileno, art. 976; argentino, arts.
S.SOO e 3.310; uruguayo, art. 852; Lehr, Droit civil russe, I, p. 403;
Mourlon, op, dt., n. 67; Chironi, § 439, letra c, n. 2; Huc, op. cit.;
11
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• 50, e Laurent, op. cit., n. 23, embora divergindo, reconhecem que a
Pinião que tem prevalecido é a exposta no texto.
(16) Cod. Civil, art. 1.601; argentino, art. 3.308; Chironi, Isti-
tuzioni, § 439, letra c, n. 1; Demolombe, XIII, n. 302, bis; Hermenegil-
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de Barbos, Manual do Codigo Civil, XVIII, n. 233.
(17) Cod. Civil, art. 1.597; italiano, 726; allemão, 3.342; respa-
Pla110!, 757; chileno, 973; portuguez, 1.782; uruguayo, 844; venezue-
no, 803.
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CAPITULO III
§ 31
§ 32
§ 33
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96 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 34
Paizes germânicos:
1. A prímaira ordem de herdeiros legitimos, estabe
lecida pelo Codigo Civil allemão, é a descendência do fal-
lecido. A segunda ordem abrange os paes do succedendo
e, na falta de um delles, os respectivos descendentes. A
terceira ordem é composta com os avós e seus descenden-
tes. A quarta ordem comprehende os bisavós, e seus des-
cendentes. A quinta ordem alcança os tataravós, e seus
descendentes. O cônjuge sobrevivente concorre com os her-
deiros de todas as classes obtendo desde um quarto da
successão, até a totalidade, a qual lhe é conferida, se fal-
tam herdeiros das tres primeiras ordens. Depois de todos
é chamado o fisco do Estado confederado (artigos 1924 a
1936).
Este systema era o mesmo que se encontrava em Zu-
rich (cod. art. 849 e segs.). e em diversos outros can-
tões e paizes germânicos, nos quaes a distribuição da he-
rança é, geralmente, feita por parentelas (2-a).
A lei ingleza de 9 de Abril de 1925 (Admintstration
of intestales estales act) alterou, profundamente, o direi-
to hereditário da Inglaterra. Desappareceu, sob um pon-
to de vista, a distincção entre propriedade movei e immo-
vel. Os privilégios da masculinidade e da primogenitura
foram eliminados. Eis as suas principaes disposições,,
quanto ao assumpto deste paragrapho.
a) Se o de cujas deixa cônjuge, tem este dineito
aos moveis de uso doméstico; a uma somma de 1.000 li-
bras; e, não havendo descendentes, ao usofrueto sobre o
resto da herança; havendo descendentes o usofrueto do
cônjuge será sobre a metade.
b) Respeitados os direitos do cônjuge, a succeis-
são é devolvida;
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CAPITULO IV
§ 36
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BENEFICIO DA REPRESENTAÇÃO 111
§ 37
<3) Cod. Civil, art. 1.588; D., 29, 2, fr. S©, § 1.°; Cod. Civil
fraHcez art. 7187, no qual também se lê: si le renonçant est seul hentier
de son' dégré, ou si tous ses cohéritiers renoncent, les enfants viennent
de leur chef et succédent par tête. O Cod. Civil argentino, art. 8.554,
íaculta a representação do renunciante ainda vivo. Não me parece cor-
recta a sua doutrina.
(4) Veja-se o § 30 deste livro.
(i6) Cod. Civil argentino, arts. 3.561 e 8.553.
120 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 38
EFFEITOS DA REPRESENTAÇÃO
(6) Cod. Civil, art. 1.625; francez, 744; italiano, 735; hollandez,
8915; da Luiziania, 8%; argentino, 3.562; hespanhol, 928; venezuelano,
812; chileno, 987; uruguayo, 1,-924; Projecto Coelho Rodrigues, 2.424.
Era tamlbem esta a doutrina romana (Wetter, Droit civil, p. 100; Cours,
II, p. 276). Em sentido contrario dispõe o Codigo Civil da Bolívia,,
artigo 613.
BENEFICIO DA REPRESENTAÇÃO 121
(1) Codigo Civil, art. 1.600; Nov. 118, c. 1: sic tamerv ut si quem
hornm descendentium filios relmquentem mori contingerit, illius filios aut
S aát alfos desceudentes in proprii parentis locnm succedere; Codigo
Civil'francez art. 780; italiano, 929; portuiguez, 1.980; hespanhol, 921;
mexicano 1-609 e 1.632; chileno, 984; uruguayo, 993; e boliviano, 609;
Hermnegiido de Barbos, op. cit., n. 868.
Í2) Nov. 118 c. 1: tantam de hereditate morientis accipientes par-
tem, quanticumque sint, quantam- eorum parens si viverei habuisset quam
successioruem in stirpes vocavit antiqnitas, Cod. Civil francez, artigo 743,
italiano 733; portuguez, 1.984; hespanhol, 927; mexicano, 1.632; ar-
gentino, 3.563; chileno, 985; uruguayo, 1.984; peruano, 649.
São três os modos de succeder: Io, in capita, dividindo-se a herança
em tantas porções quantos são os herdeiros concorrentes; 2.° in stirpes,
segundo acaba de ser explicado, no texto; 3.°, por linha, quando, entre
ascendentes os collateraes se attende ao parentesco paterno ou materno,
ou para dar smpre a cada linha uma porção egual á que recolhe a outra,
ou para devolver a cada uma os bens que delia procederam. Nosso di-
reito não se preoccupa com este ultimo systema; mas as linhas, ainda
assim, têm valor, pois que a recta prefere á oblíqua, e a descendente á
ascendente.
(3) Cod. Civil, art. 1.791; francez, 848; italiano, 1.095; argen-
tino, 3.664. Veja-se o § 114 deste livro.
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CAPITULO V
§ 39
§ 40
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SUCCESSÃO DOS DESCENDENTES 125
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(i2) Inst., 8, 1, § 14; BdNjEAN, Inst., II, ns. 1.685 e 1.9'38.
(3) B^njean, op. cit., n. l.QfâS; Girard, Droit romain, 1911, pa-
ginas 182-183.
(4) Loureiro, Direito civil, § 452; meu Direito da familia, § 71,
in fine; e o Projecto Coelho Rodrigues, art. 2.410.
126 DIREITO DAS SUCCESSÕES
(i5) D., 1, Í, fr. 23; Cod., 8, 48, 1.. 10, § 1.°, in fine.
(6) Vejam-se no mesmo sentido: Codigo Civil italiano, art. 737;
alie mão, 1.757; suisso, 4.65.
.Dispõem de modo differente: o Cod. Civil do Perú, art. 641, que
somente chama o adoptivo á successão, depois da posteridade legitima;
0 boliviano, 518, que o chama depois dos descendentes legítimos, ou na-
turaes e do cônjuge soibrevivo; o uruguayo, 1.028, que o chama após
a descendência legitima e os ascendentes, os irmãos e o cônjuge; o hes-
panhol, 177, que lhe recusa direitos succeSsorios.
(7) Loureiro, Direito civil, § 452; Cod. Civil francez, art. 350;
italiano, 737, 2.a alinea m fine: ma sono strano alia suocessione di tutti
1 congiúnti deiradottante; Projecto Coelho Rodrigues, 1.410.
(8) Loureiro, Direito Civil, § 13-2.
9
§ 41
— 9
128 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 42
§ 43
8 44
§ 45
(11) CE' claro que o pae e a mãe que tivessem contrahido segundas
nupcias não podiam herdar ab intestato a propriedade dos bens dos
filhos do segundo matrimônio, observadas as mesmas condições e pre-
ceitos já expostos em relação aos filhos do primeiro. Uhi eadem est le-
gis ratio eadem debet esse legis dispo sitio. Neste sentido, veja-se Lou-
reiro, Direito civil brasileiro, § 456 .
(12) Teixeira de Freitas, Consolidação, nota 15 ao art. 967, 3.' ed.;
Borges Carneiro, 1, 17, § 157, n. 16 nota; Loureiro, op. cit., § 456.
Se, portsínto, o filho de cuja successão aqui se trata, deixasse a tota-
lidade de seus bens ao pae binubo ou á mã ebinuba, valeria seu testa-
mento. Não havia razão para distinguir, nesta hypothese, entre o pae
« a mãe que se casassem novamente, como fizeram alguns reinicolas.
Todas estas preoccupações desappareceram com o Codigo Civil.
SUCCESSÃO DOS ASCENDENTES 141
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CAPITULO VIÍ
— 10
144 DIREITO DAS SUCCESSÕES
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' tes ' ^- '6' t8, 1, unica; Inst. 3, 10, § 2; Nov. 118,
de, L dytito civile, ns. ,187 > eth188;
' I titu ns. o1.644
meu aDireito
1.9(56;daCiMBAli,
famiilm, Nuova
§ 34 efase
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açoes do § 38, nota 6.
146 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 47
/
SUCCESSÃO DO CÔNJUGE POR DIREITO PÁTRIO
(2) Carlos MaximilianÓ, Dir. das succ., n. 144; meu Codigo civil
oommentado, obs., nota 221; Direito da família, § 24; Mazzoni, Succes-
sioni, I, n. 218. Se a annullação foi promovida em vida do cônjuge, o
effeito da sentença proferida depois retrotráe á época do pedido de se-
paração, opina este civilista.
CAPÍTULO VIII
§ 48
96
(1) €od. Civil, art. 1.612. V. para o direito anterior: Ord. 4,
, pr.; Teixeira de Freitas, Consolidação, art. 959, § &; C. da Rocha,
Instituições,
d § 343; Loureiro, Direito civil brazileiro, § 458; Pereira
e Carvalho, Processo orphanologico, § 32 e nota 74; Gouveia Pinto,
Tratado dos testamentos, cap. 42, § 3.
156 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 50
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CAPITULO X
Successão do Estado
§ 51
§ 52
—.—.—.—
i(2) lEíxistia, é certo, antes da lei n. 221, uma sentença do Suipre-
Hio 'Tribunal Federal contraria á doutrina exposta no texto, mas á res-
peitável autoridade desse aresto, opponho; a do ministro ^ Barradas,
que justificou, convincentemente, seu voto divergente no sentido de que
"ao domínio privado dos Estados pertencem os bens vagos e as heranças
vacantes" e "á justiça local compete, exclusivamente, a arrecadação, a
declaração da vacancia e a devolução dos mesmos bens ao fisco estadoal
(Direito, vol. 62, de ISDS, p. 349 e •'lòtíj; e ainda o douto parecer do
Dr. joão Vieira de Araújo, publicado na Revista Acadêmica da Fa-
culdade de Direito do Recife, 1894, p. 49 a ©8, cuja conclusão é também
que, "no estado actual do nosso direito, a successão dos bens vagos per-
tence aos Estados". Ainda no mesmo sentido pronunciou-se Rodrigo
Octavio, na sua bem elaborada monographia sobre Domínio da União
170 DIREITO DAS SUCCESSÕES
CAPITULO I
§ 53
§ 54
— 12
176 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 55
Do testador
§ 56
13
192 DIREITO DAS SUCCESSÕES
te) Lehk, Droit civil russe, 11, p. 8 e 10; Walker, American law,
p. 420; Smitii, Élements of the laws {sufficient age),
(T) Cod. Civil, art. 1.6127, II. Ord. 4, 81, pr. e §§ 1 e 2; TEixeira
de Freitas, Consolidação, art. 093, § 3,
(8) Ord. 4, 81, § 1; Teixeira de Freitas, Consolidação, art. 994.
(9) Cod. Civil, art 1.628. Ord. 4, 81, pr.; Teixeira de Freitas,
Consolidação, artt. 905.
(10) Ord. 4, 81, § 2; TEixeira de Freitas, Consolidação, arti-
gos 996 e 907.
DO TESTADOR 195
(1S1 Mazzoni
(idl ívcazziUjni, Successionl,
owt-o , II, n. 42; C. daser
Bocha. Instituições,
violenta, injusta e
§ «TC: para que a colara aunu le a ^>SP0S1^0; ^ s; ,, 5 41. D 60
a causa única da instituição impugnada , Fil PPÇ vHus
17. fr. 48: Quid mdin calore
raiam est guam si persevemnlia apparmt JuAcmm ummt
Hál T fprand DU iSAULLE, Medecme legale, p. 6áí> a b«U. ceiam se
também Aukelio Vianna Estado mental dos moribundos, na Revista
ScTi^aHa Bato 18%; V. Ecche. Le moi des mourants. na Renue
philosophique, Outubro de 18%.
198 DIREITO DAS SUCCESSÕES
. (151) «Oodigo Civil francez, art. 901: 11 faut être sain d'esprit:
italiano, T60; portuguez, 1.764, a 1: é prohibido testar aos que não es-
tiverem em seu perfeito juizo; allemão, 104, n. 2: é incapaz de testar
wer sicn in einem, die freie Willensbestimmung aussehliessenden Zustande
kranMiafter Stroerung- der Ceistesthaetigkeit befindet. O direito russo
antig-o assimilava o suicida ao demente para o effeito de annullar-lhe o
testamento (Lehr, Droit civil russe, II, p. 7),
DO TESTADOR 199
'§ 57
(il) Direito das Obrigações, § 58. As noções sobre erro, dólo, inti-
midação e violência, encontrar-se-hão no Codigo Civil commentado, I, pa-
ginas 3i2l5 e seguintes da quarta edição.
(2) Ord. 4, 84, §§ 3- e 4; D. 29, 6, frs. 2 e 3; Teixeira de Freitas,
Consolidação, art. 1.030; GIOuveia Pinto, Tratado dos Testamentos,
eap. 8, nota 76, ed. Macedo -Soares; C. da Rocha, Instituições, § 67i5;
Cod. Civil, arts. 86 e segs.; portuguez, art. 1.748; allemão, 2.078; hes-
panhol, 673; chileno, adts. 1,007 a 1.069.
DO TESTADOR
pelo que não devem ser acceitos com facilidade para fun -
damento de nullidade do testamento (8).
§ 58
ar :
' . 763, ultima parte: portuguez, 1.765; hespanhol, 666; mexicano, 1.312;
ar
gemino, 3.611; uruguayo, 832; chileno, 1.006; venezuelano^ 827.
Cl
No direito francez, todavia, fazem os autores uma distineção. A. capa-
dade exigida, no dia da morte do testador, não é a de fazer o testamento,
e s
im a de deiiar um testamento. Assim o testamento, feito quando o
|estador era capaz, não perde a sua validade pela superveniencia de
loucura (Planiol, 'TVaiíé, III, n. 2.676; Aubry et Rau, Cours, para-
Suapho 650, 2.°).
— 14
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CAPITULO III
Formas do testamento
§ 59
§ 60
DO TESTAMENTO PUBLICO
(1) Codigo Civil, art. 1.632; Ord. 4, 80, pr.; Caruos Maximiliano,
Dir das successões, ns. 308 e segs.; Itabaiana, Successões, §§ 281 e segs.;
Teixeira ee Freitas, Consolidação, art. 1.054í; Gouveia Pinto, Tratado
dos Testamentos, oap. S, § 1; C. da Rocha, Instituições, § 678; Lou-
reiro, Direito civil, § ,318; Itabaiana, Successões, §§ 881 e seguintes.
(2) 0 acto podia, outr'ora, ser lavrado por um escrevente jura-
mentado, mas sob a direcção do tabellião, que o devia assígnar e por
elle responder (Ord. 1, 9(7, § 10; lei de 2(2 de Setembro de 1828, art. 2,
§ 1, n. 10). Depois, pelo preceito expresso no dec. n. 4.824, de 22 de
Novembro de 1871, art. 78, os tabelliães deviam lavrar, por si, as es-
cripturas, que contivessem disposições testamentarias. Assim é, hoje, pelo
Codigo Civil,
Nas freguezias fóra das cidades ou villas, eram os escrivães do
juizo de paz, nos seus respectivos districtos, autorizados a escrever e
approvar testamentos como tabelliães de notas (lei de 30 de Outubro
de 1830; Teixeira de Freitas, Consolidação, art. 1.084).
Para o testamento dos brasileiros residentes no estrangeiro, é com-
petente o cônsul.
O acto somente será authentico, se lavrado por official nomeado por
autoridade competente, não suspenso nem demittido. Porém, se o tabel-
lião for nomeado sem o preenchimento de alguma das condições exigidas,
como a edade, por exemplo, essa irregularidade da nomeação não preju-
dica o testamento, comtanto que esteja o tabellião exercendo o seu offi-
cio perante as autoridades competentes, porque o erro commum não
acarreta damno ás partes (D. 1, 14, fr. 3; Cod. 7, 40, 1, 2), porque os ter-
ceiros não podem pôr em duvida a qualidade daquelle que se apresenta
como official publico; e porque, finalmente, é de interesse geral que os
aotos assim realizados sejam mantidos.
FÔRMAS DO TESTAMENTO 215
(6) Cod. Civil, art. 1.605. e 1.606. Este ultimo artigo dispõe: o indi-
víduo, inteiramente surdo, ^sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se o não
souber, designará quem o leia em seu logar, presentes as testemunhas.
Huc, Commpntaire, VI, ns. citados. O Codigo Civil italiano^ art. 787,
fonte do nosso, através do portuguez, 1.917, autoriza chi é privo intiera-
mente delVudito a fazer testamento publico, sob a condição de ler depois
o acto testamentario, como até dispensa esta leitura, a quem não a pôde
fazer, exigindo somente o accrescimo de uma testemunha. Era campo
opposto, colloca-se o Codigo Civil argentino, art. 0.051, vedando, com
apoio em Diemolombe, o testamento publico ao surdo, ao mudo e ao
surdo-mudo.
(7) Diz a glosa: non sufficit testes omnes esse prcesentes, nisi
prceterea omnia quce ibi fa-cta fuerint plene intellixerint.
FÔRMAS DO TESTAMENTO 217
rai iCnri Oivil art 142 Ord. 4, 80 é 85: "varões que sejam maiores
de quatorze ainos";'Teixeira de Freitas, Consolidação, art. 1.063; C. da
Rocha, Instituições, § 686; Inst. 2, 10, § 6.
(9) 'Codigo Civil, art. 1.660. A Ord. 4, 80, não permittia o teste-
munho das mulheres nos testamentos ordinários. Escasso em galaute-
ria, mas antecipando-se a Lombroso, explicava Guebeei» que a mu-
Iher não é acceita como testemunha, por ser naturalmente mentirosa
e falsa. Mas parece que perdia essas_qualidades inferiores nos casos
exceptuados pelo Codigo Philippino, e nao havia grave mconvenieucia da
píirtB deste.
(10) Os codigos modernos, geralmente, como o brasileiro, recusam
0 testemunho do leeatario, no testamento por acto publico, como se ve
no francez art. 975; italiano, 788; hespanhol, 682; zunchense, 1.090; ar-
gentino 3'.706; allemão, 2.2136. No mesmo sentido dispõe o Projecto
Feliciodos Santos, art. 1.654, § 4. Mas, em contrario, preceituava o di-
reito romano, Inst. 2, 10, § 11, e do direito romano e que fora trans-
plantada para o direito pátrio, antes do Codigo Civil, a disposição agora
«xaminada.
218 DIREITO DAS SUCCESSÕES
(1'5) Cod. Civil, art. 1.6a2, IV; Ord. 4, 80, pr.; Teixeira de Frei-
os, Consolidação, art. 1.054, § 3; C. da Rocha, Instituições, § 678;
CouVeia Pinto, Tratado dos Testamentos, cap. 5, § 1; Cod. 6, 23, 1. 21,
*§ 1 e 2; Instituições, 2, 10, § 3.
(16) Cod. Civil, art. 1.633. Ord. 4, 80, pr.; Teixeira de Freitas,
^onsolidação, art. 1.054, § 4; C da Rocha, Instituições, § 678; Gouveia
Pinto, Tratado dos Testamentos, cap. 5, § 1.
(17) Nota (*) á p. 52 de Gouveia Pinto, Tratado dos Testa-
^ntos, ed. Macedo Soares,
(18) Cod. Civil argentino, art. 3.660. apoiado em Marcadé e Merlin.
220 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 61
— 15
224 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 62
DO TESTAMENTO CERRADO
(1) Cod., Civil, art. 4.6138, I. Ver: Caruos Maximiliano, Dir. das
successões, ns. 411 e seguintes; Itabaiana, Successões, §§ 385 e segs.;
Teixeira de Freitas, Consolidação, art. 1.655, §§ 1 a 11; C. da Rocha»
Instituições § 679; Gouveia Pinto, Tratado dos Testamentos, eap. 5, § ^
Toureiro Direito civil, § 320; Martinho Garcez, Nullidades dos actos
jurídicosj Rio de Janeiro, 1896, p. 194 e segs.; Ferreira Alves, Ma-
nual do Codigo Civil, XIX, n. 40; Lacerda de Almeida, Successões, §§ á»
e 3,6; Planiol, Traité, II, n. 2.713 e segs.; Huc, Convmentaire, IV, ns.
299 e segs.
(Ia) Cod. Civil. art. 1,639.
FÔRMAS DO TESTAMENTO 225
(T) Cod. Civil francez, art. 9^6: "Le testateur le présentera a.n?
cios et scellé"; italiano, art. YSS, 2 al.: "Ia consegnerà cosi sigillata o 13
fará sigillare"; peruano, 6.89i; 1.° "Que el testador exprese delante dei no-
tario y cinco testigos que el pliege cerrado que presenta contiene su von-
tad; 2;.° Que en la cobierta firmen el testador y lo® cinco testigos;
3.° Que el notario autorise Ias firmas y dé fé dei acto."
FÔRMAS DO TESTAMENTO 227
(10) Cod. Civil, art. 1.642, que teve por fonte o portuguez, artigo
1024:
Se
"O surdo-mudo pode fazer testamento cerrado, comtanto que este
ja todo escripto, assignado e datado' de sua mão, e que ao apresentai-o
ao
âe
tabellião, perante cinco testemunhas, o testador escreva, na presença
v
todos, sob a face externa do testamento, que aquella e a sua ultima
ontade e que vae por elle escripta e assignada". No mesmo sentido: o
Cod. Civil francez, art. 979; ital., 786; hespanhol, 709; uruguayo, 805;
m
exicaino, arts. 1J531 e 1.'532; venezuelano, art. 848.
(11) Ccd. Civil, art. 1.638, VI, VII e VIII.
(12) Gouveia Pinto, Tratado dos Testamentos, nota 303; Mar-
TíNho Garcek, Nutiidades nos actos jurídicos, p. 2l94.
230 DIREITO DA9 SUCCESSÕES
§ 63
DO TESTAMENTO PRIVADO
§ 64
§ 65
DO TESTAMENTO MARÍTIMO
§ 66
TESTAMENTO MILITAR
67
DO TESTAMENTO NUNCUPATIVO
— 1€
240 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 6 7-A
§ 68
DO CODICILLO
d
(3) Gouveia Pinto, Tratado dos Testamentos, cap. 29; Teixeira
e ETibitas Consolidação, nota 50 ao art 1.0T7. Contra: Coelho da
Rocha, Instituições, § 7129, escholio. V. Itabaiana, Successões, §§ 416-
420.
(4) Lehr, Droit civil russe, II, p. (5.
(15) Glasson, op. cit., VI, p. 266,
246 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 69
§ 70
Bfi
p 1
ft. .
CAPITULO IV
Disposições testamentarias
§ 71
OBJECTO DO TESTAMENTO
(1) Cod. Civil italiano, art. 760; Ohironi, Istituzioni, § 480; Cod.
Civil allemão, art. 198,9.
250 ♦ DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 72
(16) Cod. Civil, art. 1.673; allemão, arts. 2.088 e 2.089. Coelho
Rocha, Inst., § 694, diz o contrario, apoiado no direito romano, mas a
decisão das Institutas funda-se na impossibilidade de concorrerem her-
deiros legitimos com herdeiros íestamentarios: nemo paganus partim
testatus et partim intestatus decedere potest. Invoca também o jurista
portiiiguez o Codigo da Prússia, 1, 12, art. 264, cuja disposição agora é
substituída pela do art. citado do Codigo Civil allemão. O Codigo baltico
offerece as duas soluções; chama, na hypothese examinada, os herdeiros
legitimos, na Esthonia e na Livonia, e os instituidos, na Curlandia.
(17) Cod. Civil, art. 1.674; G. da Rocha, Instituições, § 694; Lou-
REiro, Direito civil, § 336; C. C.vil allemão, art. 2.092; baltico, 2.132.
(18) C da Rocha, Instituições, 694; Loureiro, Direito Civil, § 336;
Cod. Civil allemão, art. 2.09(2, 2.° al.; baltico, apud. Lehr, op. cit., p. 50.
G Codigo Civil brasileiro não attende a esta hypothese, mas parece ex-
cessivo rigor, nada attribuir aos que foram chamados para receber o
Lenaanescente. . v
(19) Cod. civil, art. 1.67(5; allemão, art. 2.149.
— 17
256 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 73
(2) Gouveia Pinto, Tratado dos Testamentos, cap. 19, nota 127.
vejam-se mais: Theoria geral do Direito Civil, § 58; Codigo Civil com-
nentado, I, arts. 114 a 122, com as observações; Bartin, Théorie des
conditions.
»
258 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 74
DISPOSIÇÕES A TERMO
■
264 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 75
§ 76
(1) Cod. Civil, art. 90; Inst. 2, 20, § 81; falsa causa non nocet...
sed si conditionaliter enunciata fuerit causa aliud júris est; C. da Rocha,
Instituições, § 703; Loureiro, Direito civil, § 428; Gouveia Pinto, Tra-
tado dos Testamentos, caip. 28; Cod. Civil italiano, art. 826; poríu-
íruez, 1.745; hespanhol, 767; uruguayo, 788; Mazzoni, Successioni, II,
numero 54.
(2) Cod. Civil portuguez, art. 1.746. Repugna aos princípios do
direito que um facto illicito, uma torpeza fundamente uma liberalidade, e
esta possa reclamar, ena seu apoio, os benefícios da lei.
(3) Inst., 2, 20, § 3(0: falsa devwnstratione legatum non perimi;
D. 33, 4, fr. 1, § 8; O. da Rocha, Loureiro e Gouveia Pinto, nos lo-
gares citados. Exemplo de uma falsa demonstração: deixo a Celso mi-
nha fazenda tal, que permutei com Sérgio. Valerá o legado,, ainda que
se prove que não houve permuta. mas doação ou qualquer acto jurídico
do qual resultou a acquisição do bem legado.
268 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 77
— 18
272 DIREITO DAS SUCCESSÕES
(10) Cod. Civil, art. 1.716; italiano, art. 885; chileno, 1.154; um-
^uayo, 480; Projedo Coelho Rodrig-ues, 2568. Contra: Cod. Civil ar-
gentino, corr, apoio em Aubry et Ratj, n. 726, que estabelece como regra
a consolidação.
(11) Cod. Civil, art. 1.714; italiano, art. 887; allemão, arts. 2.095
e 2.159; argentino, 3.821 e 3.822; chileno, art. 1 152; Troplong, Tes~
taments, n. 2.181; Projedo Coelho a Rodrigues, art. 1.152.
(12) Cod. Civil, art. 1.574, 2. parte.
DISPOSIÇÕES TESTAMENTARIAS 275
§ 78
(13) Cod. Civil, art. 1.715; italiano, 88'6; Projecto Coelho Rodri-
gues, arts 560 e 2 569; C. da Rocha, Instituições, § 697.
28
d) Codigo Civil, arts. 1.712 e 1.708, IV; D. 30, fr. 38, § 1, initio;
. 5, fr. 49 § 1 in médio; Wetter, Droit civil, p. 150; Cours, II, p.
268, 269, 336' a 389; HuC, Commentaire, VI, n. 392; Cod. Civil francez,
ar
t. 1.042. portuguez, 1.852; hespanhol, 888.
(2) Veja-se a nota 1. Adde: Cod. Civil italiano, art 891.
. (8) Cod. Civil, art. 1.712 e 1.708, 11; D. 30, fr, 77, § 16; Cod. 8,
ul, X. única §§ 2 e 9; Wetter, Droit civil, p. 150; Huc, Commentaire,
^1, n, 386; Cod Civil francez, art. 1.039; italiano, 890; mexicano, 3.479, I.
(4) /Cod. Civil arts. 1.708 e 1.712 e V; D. 55, 1, fr. 39, pr.;
2, fr. 5; Wetter, Droit civil, p. Ii50; Huc, Commentaire, VI, n. í387;
Cod. Civil francez, art. 1 040.
276 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 79
PACTOS SUCCESSORIOS
05) Cod. Civil, art. 1.708, I e III; D. 80, fr. 1; 31, 20, § 16, initio;
Wetter, op. cit., p. 150; Huc, n. 390; Cod. Civil francez, art. 1.042;
chileno, 1.135; Projecto Coelho Rodrigues, 2.406.
(1) D. 29, 2, fr. 94; 38, 16, fr. 16; 45, 1, fr. 71, 39, >5, fr. 29;
§ 3; Cod. 2, 3, 11. 15 e 30; 5, 14, 1. S; 3, 28, 1. 35, § 1; 6, 20,
1. 3; 8, 51, 1. 4.
(2) Cod. 2, 3, 11. 19 e 30. Entre consocios de uma sooietas omnium
bonorum, era também admissível o pacto successorio. A doação mortis
causa não era considerada contracto da categoria dos que agora se
examinam.
DISPOSIÇÕES TESTAMENTARIAS 277
§ 80
(1) Cod. Civil italiano, art. 764, 2.° al.: "possono peró ricevere per
testamento i figli immediati di una determinata persona vivente al^ tempo
delia morte dei testatores, quantunque non siano ancora concepiti ; por-
tuguez, 1.T77; vnezuelano, art. S28; Ghironi, Istituziom, § 46S. U Oocügo
Civil francez, no art. 1.082, mostra a ezxcepção que admitte ao principio
de que não pôde «er nomeado successor por testamento quem nao for
concebido ao tempo da morte do testador: é a das substituições que se
presumem feitas em| proveito dos filhos futuros dos instituídos.,
(LauRENt, Cours élémentaire, II, n. 212; HuC, Commentaire, Yl, n. 90).
Se o testador, diz este ultimo civilista, legar seus bens aos filhos nascidos
e a nascerem de um de seus filhos, a disposição e somente válida a res-
282 DIREITO DAS SUCCESSÕES
(5) Cod. Civil, art. 1.669; italiano, art. 8%2; hespanhol, 749;
argentino, 3.722; allemão, 2.072; chileno, 1.056, 5.° al.; uruguayo, 838;
Projecto Coelho Rodrigues, 2.519. O Codigo Civil venezuelano manda
reverter ao Estado os legados em favor dos pobres sem prefixação de
seu emprego, (art. 889).
(6) Projecto Coelho Rodrigues, art. 2.519.
(7) Successioni, II, n. 73; Cod. Civil, art. 2(5; argentino, artigo
3.735.
(8) Teixeira de Freitas, Consolidação, art., 1.002; C. da Rocha,
Instituiçes, § 689; HüC, Commentaire, VI, n. 315; Chironi, Istituzioni,
§ 474; Cod. Civil italiano, art. 831; peruano, 709, n. 5; Projecto Coelho
Rodrigues, 2.518. V. Codigo Civil argentino, art. 3.722; o hespanhol.
DAS PESSOAS GRATIFICADAS PELO TESTAMENTO 285
747- o chileno 1 1OÍ&6, 4.° al. O uruguayo, 837, concede validade á dispo-
sição em favor d'alma, e'determina que, se não tiver o testador declarado
que acto de piekde quer que se_ execute, se entendera qne dispoz a favor
de nm estabelecimento de beneficência.
(9) Cod. Civil, art. 1.719, I; portuguez, 1-776
(10) Cod Civil art. 1.719, II. Veja-se o que ja ficou dito no §
60, deste livro, a este respeito, ao qual remetto o leitor. Veja-se mais
'Walker. American law, p. 421. ^ ^ t ,•
(11) Cod Civil art. 1.719, III. Ord. 4, 66; C. da Rocha, Insü-
iuições § 690. Gouveia Pinto. Tratado dos Testamentos, nota 98 ao capi-
tulo 12 áchava que o amasio, emíbora casado, podia fazer liberalidades á
mulher' com quem tivesse tido relações sexuaes, não^ tendo descendentes
nem irmãos, que ataquem o testamnto; Pegas, entendia que, em qualquer
hypothese 3.s lib^ro-lidâdcs tcstâmcntâricis s-s concubincis cr^m validas,
porque ao tempo em que se executa o testamento não ha mais barreguice.
Era o pensar de Coelho da Rocha mais conforme com as palavras da
Ord. per outro qualquer modo traspassada. E no mesmo sentido dis-
serta Lobão
Se, porém, o testador é desquitado, já não ha razão para nullidade
disposição.
286 DIREITO DAS SUCCESSÕES
(12) Cod. Civil, art, 1.719, IV. O direito anterior feria de inca-
pacidade testamentaria passiva a filha família, que se deshonestasse.
Ord. 4, 88, § 2; Teixeira de Freitas, Consolidação, arts. 988 e 984.
(13) Cod. Civil, arts. 1.717 e 1.719. Para o direito anterior:
Dec. de 11 de Agosto de 1831; Teixeira de Freitas, Consolidação, art.
l.OOõ; Macedo Soares, nota p á p. 140, de Gouveia Pinto, Tratado
dos Testamentos.
(14) Vejam-se no Codigo Civil Commentado, I, aos arts. 24 a 30,
e Ribas, Curso de direito civil brasileiro, II, cap. 5 § 0,
(15) Teixeira de Freitas, Consolidação, arts. 1,003 e 1.004; C.
da Rocha, Instituições, § 689; Gouveia Pinto, Tratado dos Testamentos,
cap. 12; Loureiro, Direito civil. § 394.
DAS PESSOAS GRATIFICADAS PELO TESTAMENTO 287
— 19
288 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 81
(3) Cod. Civil francez, art. 906; hespanhol, T58; portuguez, 1.778;
mexicano, arts. 3.311 e 3,31'2; uruguayo, art. 845; Huc, Commeniaire,
,n.s; a
. Laurent, Cours élémentaire, II, n. 221; MouijoN,
Répétitions écpites, II, n. 582 e 583; Chironi, Istituzioni, § 468; HBR-
menegildo de Barros, Manual do Codigo Civil, ns. 52 a 59; ItabaiaNA
de Oliveira, Successões, § 179.
pr® ;■ :
CAPITULO VI
§ 82
§ 83
84
DA DESHERDAÇÃO
§ 85
DA PRETERIÇÃO DO IRMÃO
(7) Cod, Civil, art, 1.595, ns. II e III, e 1.744, ns. III e V.
Dormir com algum homem, diz a Ord. 4, 88, § 1. Melix) Freire {Insti-
tuições &, 5, § 43), acompanhado por C. da Rocha, {Instituições, § 351),
exigia, para proceder a desherdação, que a filha menor se prostituísse,
filise minorennis vita meretrícia vel publicus concubinatas. Mas Lis Tei-
xeira e Teixeira de Freitas melhor traduziram o pensamento do legis-
lador philippino.
(8) Cod. Civil, arts. 1.595 e 1.745.
300 DIREITO DAS SUCCESSÕES
86
— 20
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304 DIREITO DAS; SUCCESSÕES
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LIMITES Á LIBERDADE DE TESTAR 305
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CAPITULO VII
Dos legados
§ 87
(2) Der Erblasser kann duroh Testame-nt einem anderen, ohne ih®
ais Erben einzusetzen einem Vermoegensvorteil zuwenden (Ver-
maechinis). Vejam-re, egualmente, os Codigos Civis, suisso, art. 484,
chileno, 1.104; uruguayo, T&b; baltico, 1.702, que todos obedecem á mesma
orientação. Y. o meu Codigo Civil commentado, VI, ao art. 1.678, e
Itabaiana de Oliveira, Sus., §§ 502 a 510; Carlos Maximiliano, Dir.
das successões, ns. 486 e segs,
(3) O antigo direito romano exigia para a constituição do legado
certas expressões sacramentaes. E, conforme eram taes palavras, dis-
tinguiam-se os legados: 1.°, per vindicationetn; 2.°, per duwnationem',
8.°, sinendi modo; 4.°, per prxceptionem. Mas essa solemnidade das pa-
lavras foi inteiramente abolida, e prestou-se mais attenção á vontade do
testador do que ás palavras por elle empregadas (Int. 2, 20, § 2). Tam-
bém é ocioso distinguir, como os nossos antigos juristas, os legados em
profanos e pios. Quando o legatario é herdeiro necessário, o legado toma
o nome de prelegado. A mejora do direito hespanhol é a disposição,
a favor de algum filho, de uma das duas terças partes da herança des-
f
inada á legitima. (Cod. Civil, art. 823).
(4) C. DA Rocha, Instituições, § 705; Loureiro, Direito Civil,
§ 398; Gouveia Pinto, Tratado dos Testamentos, cap. 37; Inst. 2, 20,
§ 4; Gianturco, Instituzioni, § 109; D. 30, fr. 41; Cod. Civil argentino,
art. 3.751; antigo direito russo, segundo Lehr, II, p. 55.
(5) Inst. 2, 20, § 7; C. da Rocha, Loureiro e Gouveia Pinto,
citações das notas antecedentes; Cod. Civil chileno, art. 1.113; uru-
guayo, 888.
(6) Autores citados á nota 5, deste paragrapho; Cod. Civil chi-
leno, 1.127; uruguayo, 912.
DOS LEGADOS 313
(8) Cod. Civil, art. 1.679; D. 31, fr. 67, § 8; C. da Rocha, Lou-
reiro, Chihoni e Gianturco, nos §§ citados na nota anterior; Cod. Civil
italiano, art. 838; portuguez, 1.083; hespanhol, 863; venezuelano, arti-
go 892. Gouveia Pinto, Tratado dos Testamentos, cap. 37, não conside-
ra o caso do texto, que é justamente aquelle em que o testador lega a
um terceiro, objecto pertencente ao herdeiro ou a outro legatario, Oc-
cupa-se elle com o legado de coisa que pertence ao proprio legatario, o
qual é inútil quando o testador ou o terceiro não tem sobre ella algum
direito.
(9) Cod. Civil, art. 1.608. Autores citados na nota 7, desta para-
grapho; Cod. Civil italiano, art. 839; hespanhol, 864; portuguez, 1.804;
chileno, 1.110.
(10) D. 30, frs. 108, § 2, e 110; Inst. 2, 20, § 22; C. da Rocha, íns-
tituições, § 708; Locjreiro, Direito Civil, § 405; Cod. Civil portuguez,
art. 1.805, aliás omisso. O Codigo Civil francez, art. 1.022, attribue o
direito de escolha ao herdeiro, não podendo este, porém, offerecer a peor,
nem ser obrigado a dar a melhor. Seguiram a mesma rota: o Cod. Civil
hollandez, art. 1.0(15; o argentino, 3.756; o mexicano, 1.455, que con-
fere o direito de eleição ao gravado, o qual se desempenhará da obri-
gação imposta pelo testador, dando uma coisa de mediana qualidade, en-
tre as da especie ou genero indicado, art. 1.456; o chileno, arts 1.114
e 1.115; boliviano, art. 594; uruguayo, arts. 9O0 e 901.
O Codigo Civil italiano, art. 840, somente reconhece efficacia de coisa
indeterminada, se esta fôr movei, no que é acompanhado por quasi todos
DOS LEGADOS
(18) Cod. Civil, .art. 1.687; italiano, art. 846; mexicano, 1.463 a
1.467; venezuelano, 960; portuguez, 1.881; chileno, 1.134; argentino,
3.790. Este ultimo codigo manda cessar a prestação, quando o legatario
completar dezoito annos, excepto se não puder por si obter os meios de
subsistência.
(19) C. da Bocha, Instituições, § 708; Cod. Civil austriaco, art. 670.
(20) Cod. Civil, art. 1.699; D. 32, frs. 16, 34, 79, § 2; 88, § 3;
Ghironi e Gianturoo, loc. cit.; Cod. Civil italiano, art. 847; francez,
1.019; portuguez, 1.844; venezuelano, 901. E' uma applicação do prin-
cipio segundo o qual o accessorio acompanha o principal (Cod. Civil
francez, art. 1.018). Entretanto, dispõe o Codigo Civil chileno, arti-
go 1.119, que "se o novamente aggregado formar com o mais um todo
que não ipossa dividir-se sem grave perda, e as aggregações valerem mais
do que o prédio em seu estado anterior, somente se devrá ao legatario,
o valor do prédio; se valer menos, dever-se-á todo elle ao legatario, a
quem incumbirá pagar o valor das aggregações. No mesmo sentido deste
ultimo codigo, pnonunciam-se o argentino, 3.762, e o uruguayo, 929.
DOS LEGADOS 319
— 21
320 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 88
PAGAMENTO DO LEGADO ( * )
(26) Cod. Civil, art. 1.708, II; italiano, 892; portuguez, 1.811.
D 32, fr. 11, § 12, C. da Rocha e Loureiro, nos logares citados.
(27) Cod. Civil, art. 1.708, I; italiano, 892, 2.a parte; hespanhol,
869, 1.°; portuguez, 1.831, 3.°; D. 32, fr. 88; C. da Rocha e Loureiro,
ibideml. „ „
(28) Cod. Civil, art. 1.708, III; italiano, 893; portuguez, 1.811;
Inst. 2, 20. § 16.
(29) Cod. Civil, art. 1.708, IV e V.
(*) Carlos Maximiliano, Successões, ns. 962 e segs.
(;1) Cod. Civil, arts. 1.692 e 1.7(016; D. 30, fr. 26, § 1; 47, §§ 4
e 5; C. da Rocha. Instituições, § 710.
(2) Cod. Civil, art. 1.693; D. 30, fr. 116, § 4: fundus legatus taüs
dari debet qualis relictus erit; 32, fr. 52, § 9; C. da Rocha, Instituições,
§ 710; Alves, Leis da provedoria, § 290; Huc, Commentaire, VI, n. 345;
DOS LEGADOS 821
Cod. Civil francez, arts. 1.014 e 1.018; portuguez, 1.840 e 1.848; hes-
Panhol, art. 883'; chileno, 1.118; yruguayo, arts. 936 e 937; italiano, 864,
S65 e 876, cfuanto á entrega; Projecto Felicio dos Santos, art. 1.757.
(3) iOod. Civil, art. 1.694. V. D. 33„ 1, frs. 8 e 22; 36, 2, fr. 2;
Cod. 6, ,53, 1. 1, onde se lê: — si competenti judiei annua legata vel fi-
deicommissa tibi relida probaveris, ab initio cujusque anni exigenda ea
habebis facultatem; C. da Rocha, Instituições, § 710; Cod. Civil hes-
panhol, art. 880; argentino, 3.793. O Codigo Civil dtAustria determina
9ue o primeiro p-eriodo comece a decorrer, desde a morte do testador;
^as, somente no fim de cada periodo torna exigivel a prestação. O por-
tuguez, art. 1.841, e o italiano, 867 dispõem da mesma fôrma, excepção
feita do legado para alimentos, cuja prestação pode ser pedida, desde o
Principio de cada periodo.
(3 a) Cod. Civil, art. 1.695.
(3 ò) Cod. Civil, art. 1696.
(4) D. 30, fr. 57; Cod. 6, 42, 1. 6: predia obligata per legatum vel
fideicommdssum
a
relida hfires luere debet. A solução do texto é um
a
hrandamento ao direito romano, de accôrdo com o Cod. Civil francez,
ps. l.,Ct20 e 1.024, e C. da Rocha, Instituições, § 711. Com o rigor do
^reito romano encontra-se o edicto do Codigo Civil mexicano, art. 1.443.
DIREITO DAS SUCCESSÕES
Das substituições
§ 89
§ 90
SUBSTITUIÇÃO VULGAR
§ 91
SUBSTITUIÇÃO PUPILLAR
§ 92
Mas, não era acceitavel, entre nós, sem restricções, esta so-
lução, que fraccionava a successão, segundo a origem dos
bens. Desapparecia, em parte, a difficuldade, desde que se
entendesse o direito dos ascendentes em termos babeis. Não
pôde haver conflicto de direitos que dêem num absurdo
legal. O direito do ascendentes mais remoto devia ceder
ao do ascendente menos afastado. Assim o avô ou a avó,
só poderia nomear substituto ao neto demente, não tendo
este pae nem mãe. E dois ascendentes do mesmo grão não
podiam concorrer na hypothese examinada, porque, pelo
fallecimento do primeiro, restava ainda ao descendente um
herdeiro necessário, que era outro ascendente, ao qual pas-
sariam os bens do premorto, por intermedie do quasi pu-
pillo, se este porventura morresse primeiro. Portanto, se,
por exemplo, o avô paterno e o avô materno de um aliena-
do dessem substituto a um neto alienado, somente valeria
a substituição do que por ultimo fallecesse.
Effectivamente, não só no conflicto dos dois edictos
testamentarios de egual valor o posterior devia preferir ao
anterior, como também o primeiro testamento dispunha
sobre bens cujo destino a lei havia regulado, e a liberdade
de testar somente procede dentro dos limites e segundo os
preceitos da lei.
Em relação, porém, á terça respectiva, cada um dos
ascendentes tinha o direito de dar substituto a seu descen-
dente mentecapto. Neste campo restricto, somente era ac-
ceitavel a decisão dos romanistas.
das substituições 333
§ 93
SUBSTITUIÇÃO RECÍPROCA
(3) Cod. Civil italiano, art. 898, 2/ al.; venezuelano, 953, 2.,, al.
GAPITULO IX
Do Fideicommisso
§ 94
— 2Ê
336 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 95
§ 96
DO FIDUCIARIO OU GRAVADO
1 Direitos:
II De ver es:
I
DO FIDEICOMMISSO 345"
§ 97
DO FIDEIOOMMISSARIO
§ 98
EXTINCÇÃO DO FIDEICOMMISSO
— 23
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CAPITULO X
Inefficacia do testamento
§ 99
§ 100
(1) Vejam-se os §§ 56, 58, 60, 62, 63, 65, 71, 72, 73; 74, 77; 78;
79, 83, 84, 85 e 86.
O direito romano tinha designações especiaes para varias modalida-
des de testamento inefficaz: nullnm, injustum (non jure factum), des-
ütutum, desertum, irritum, rwptum. Algnmas delia® são mantidas pela
technica jurídica moderna. Outras não são mais usadas, como as que
qualificam o testamento de injusto e irrito, no sentido em que os juris-
tas romanos empregavam esses vocábulos.
"Julgada a nullidade do testamento, o herdeiro não deve entrar na
posse da herança, sein que preceda liquidação dos respectivos bens, ave-
riguando-se a quantidade e a identidade delles". (Teixeira de Freitas,
Consolidação, art. 1.082). TExcptuam-se aquelles bens que, por inven-
tario ou por outros documentos authenticos, constar que pertencem á he-
rança". (Alves, Leis da Provedoriq., § 302; Teixeira de Freitas, Conso-
lidação, arts. 1.6312 e 1.033).
A acção de nullidade de testamento prescreve em trinta annos. (Ord.
4, 97, pr.). E' transmissivel aos herdeiros, podendo ser por elles exercida
dentro desse prazo, ainda que não tenham delia usado os que a podiam
propor, em primeiro Jogar (Alves, Leis da Provedoria, § 301) . Itabaiana,
Successões, §§ 624 e segs.
INEFFICACIA DO TESTAMENTO 355
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CAPITULO XI
Execução do testamento
§ 101
testamenteiros
§ 102
FUNCÇÕES DO TESTAMENTEIRO
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368 DIREITO DAS SUCCESSÕES
PARTILHA DA HERANÇA
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CAPITULO I
Do inventario e da partilha
§ 103
§ 104
FORMAS DE PARTILHA
(13) Codiga Civil, art. 031; Carlos MiAximiliano, Dir. das succes-
sões, n. 1.4:61; Huc, Commentaire, Y, ns. 437 e 438; IWDourlon, Répéti-
tions, II, n. 4í80; Laurent, Cours, II, n. 150; Gianturco, Istituzioni,
§ 122:; Chironi, Istituzioni, § 4)54; C. da Rocha, Instituições, § 491;
Cod. Civil portuguez, art. 2.158, e o hespanhol, 1.068, não se mostram
tão positivos quanto os que acabam de ser citados.
Do principio de que a partilha é acto meramente dedarativo da pro-
priedade de cada herdeiro decorrem conseqüências notáveis, das quaes
destaco a seguinte: as quotas adjudicadas a cada herdeiro não se acham
obrigadas pelas dividas pessoaes dos outros. Outr'ora, não estava sujeita
á transcripcão; hoje, porem, o Codigo Civil manda transcrever os forma es
de partilha para permittir a disponibilidade (art. 582, I, dec. n. 18.532,
de 24 de Dezembro de 1928, art. 232).
(1) Cod. Civil, art. 1.173; Teixeira de Freitas, Comsolidação,
Art. 1.1415.
376 DIREITO DAS SUCCESSÕES
('6) Mias convém notar que, por existir algum herdeiro ausente, a
competência para presidir ao inventario e partilha não deixa de ser do
juiz do eivei. Cumpre ao juiz de orphãos, entretanto, nomear curador ao
ausente para assistir ao inventario e partilha.
(7) Ribas, op. cit., commentario, 540; Alves, op. cit., nota 73; Bor-
ges Carneiro, III, 23,5, n.o 14. Basta que um só dos herdeiros seja me-
nor, orpinao ou interdicto, para que o inventario e partilha se devam ef-
fectuar perante o juiz de orphãos. Herdeiro, como já ficou dito no logar
própria, e a pessoa que sucoede na universalidade ou numa quota parte
dos bens. Assiim, quando a meação fôr deixada a um menor, é indubitavel
cpue o processa do^ inventario e partilha tem de correr perante o juiz de
orphãos. Se, (porem, uma dessas alludidas pessoas é simplesmente lega-
tBria, ja nao e deste juiz a competência que se limitará, na hypothese a
providenciar para a bôa arrecadação do legado, se o menor não tiver pae
ou mãe, sob cuja tutela legal se ache (Av. de 28 de Novembro de 1834).
Esta doutrina não é contraria ao que ensinam Pereira e Souza Proces-
so Civil, nota 1.201, cJPereira de Carvalho, Processo Orphanologico em
sua nota 1, porque não chamo legatario aquelle que recebe uma quota
parte da herança, como um terço, a metade, etc. V. Dec. n 16 273 de
20 de Dezembro de 1023, art. 86, § 4, III, 88, § l.g, I e art. 90, § 11. '
'Os herdeiros menores, que se acham sob o poder de seu pae ou de
sua mãe, bem poderiam dispensar a intervenção do juiz, como autoriza
o Codigo Civil hespanhol, art. 1.060; mas assim, não entendeu o legislador
DO INVENTARIO E DA PARTILHA 379
seguinte: é feita pelo pae por acto entre vivos, que não
deve prejudicar a legitima dos herdeiros necessários.
A segunda é a regulada por testamento do succe-
dendo. Coelho da Rocha, Liz Teixeira e Loureiro.
fundados em VALASCO (11)( falam desta modalidade
de partilha, de que a lei não cogitava, mas que encontra
apoio no direito romano, em algumas legislações moder-
nas, e que o Codigo Civil admittiu, em seu art. 1.776.
Entretanto, se ponderarmos que as legítimas devem ser ri-
gorosamente respeitadas, e que a partilha ha de ser reali-
zada com a maxima egualdade, reconheceremos que o tes-
tamento do de ctijus não pôde ter força de obrigar na
parte não disponível dos seus bens. Não existindo herdei-
ros necessários, é obvio que qualquer distribuição de bens,
feita por testamento, ha de ser acatada e cumprida, por-
que nada ha que restrinja a liberdade de testar. Mas, então,
não se trata de um modo particular de fazer partilha, c
sim do modo commum de executar o testamento.
, ^ -^sta modalidade de partilhar approxima-se da di-
visão dos bens feita pelos aecendentes ainda em vida. Não
e um modo de regular a successão, como o testamento, este
de que agora se trata, mas sim um meio de regular o
exercício do direito hereditário conferido por lei. Assim
dispõe o Codigo Civil francez, art. 1.075: "O pae, a mãe
e os outros ascendentes poderão fazer, entre seus filhos
e descendentes, a distribuição e partilha de seus bens". No
mesmo sentido dispõem: e Codigo Civil italiano, artigo
1044, da Luiziania, 1225: argentino, 3514: hespanhol
1056: mexicano, 3791: chileno, 1318: uruguayo 1123'
boliviano, 654. O Projecto Coelho Rodrigues accei-
tou esse modo de partilhar pelos ascendentes, quer para
§ 105
25
384 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 106
/
DO INVENTARIO E DA PARTILHA 385
(2) 'Cod. Civil, art. cit. § 1.°: será mister que estivesse vivendo com
o marido, ao tempo de sua morte. A Ord. 4, 95, pr. dizia: "se com elle
ao temipo de sua morte vivia em casa, teúda e manteúda, como marido e
mulher".
(3) Ord. 4, 915, § 5; Teixeira de Freitas, Consolidação, art. 157;
Ribas, Processo civil, 814,
(4) Cod. Civil, art. 1.579, § 2. Para o direito anterior, vejam-se:
Ord. 4, 96, § 6; Ribas, Processo civil, arts. 815 e 816; Loureiro, Direito
civil, § 479; C. DA Rocha, Instituições, § 474. Diz este escriptor, no es-
colio do § citado: "Quando o cabeça do casal é menor, como algumas
vezes acontece, nelle fica investida a posse dos bens; porem, a adminis-
tração compete ao tutor". Adde: Pereira de Carvalho, Processo Orpha-
nologico, nota,58.
386 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 107
\
DO INVENTARIO E DA PARTILHA 387
digo Civil, terminarem, sem que tenham sido calculados e pagos os' im-
postos devidos, o juiz, ex-officio, ou a requerimento de qualquer dos in-
teressados ou, do representante da Fazenda, designará um inventarianie
judicial, para o fim de promover as diligencias indispensáveis áquelle
calculo e pagamento (art. 2).
iEssa providencia não impede a nomeação de inventariante judicial,
para o exercicio das funcções, nos termos do decreto n. 20.08-5, de 25
de Maio de 1031.
O prazo para o pagemento dos impostos devidos á Fazenda do Dis-
tricto Federal, neste caso, é de tres mezes, prorogaveis por mais noventa
dias (art. 7).
(1) Cod. Civil, art. 1.771; Cod. Proc. Civil e Commercial do Dis-
tricto Federal, art. 73(5. A legislação dos Estados acha-se indicada por
Helvecio de Gusmão, no seu Codigo do Processo Civil e Commercial
para o Districto Federal, nota ao art. 73-5. Pereira de Carvalho, Proces-
so Orphanologico, § 26 e nota 62; C. da Rocha, Instituições, § 475.
(2) Codigo Civil, art. 1.770, paragrapho único; Codigo do Processo
do D. Federal, art. 755.
388 DIREITO DASr SUCCESSÕES
§ 108
(2) 0 Cod. Civil, art. 1.770, estabelece esses prazos, quer haja ou
não orphãos entre os interessados. Ainda quando existe um só herdeiro,
menor ou interdicto, o inventario se processa perante o juiz de orphãos.
(3) Cod. Civil, art. 1.770; Teixeira de Freitas, Consolidação, ar-
tigo 1.153; Ribas, Processo civil, commentario, 540.
O prazio de que aqui se fala é do inventario propriamente dito e
não da partilha. O de um mez para inicio delle, refere-se, particular-
mente, ao juiz, s,ob pena de responsabilidade; o da conclusão ao cabeça
de casal ou inventariante. Passados os dias de nojo, diz Teixeira de
Freitas (nota 13 ao art. 1.153, da Consolidação), que os interessado®
púdem requerer ao herdeiro ou a quem incumbir fazer o inventario, para
que, em um prazo improrogavel, venha assignar termo de inventariante
e proseguir nos ulteriores do inventario.
(4) Oodigo Civil, art. 1.770. V. Teixeira de Freitas, Consolidação,
art. 1.154, e nota 14 ao mesmo, onde são citadas as leis que autorizavam
o prorcgamento do® inventario®.
(i5) Loureiro, Direito civil, § 464; Pereira de Carvalho, Processo
Orpkanologico, ,§ 52 e neta 10)3.
390 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 109
EFFECTUAÇÃO DA PARTILHA
05) Alves, Leis da Provedor ia, § 249; Loureiro, Direito civil, § 485.
As dividas líquidas e certas pódem; ser pagas, durante o inventario, se
os co-herdeiros assentirem e o juiz autorizar. Ou separar-se-ão bens
para o seu pagamento, bens que irão á praça para serem os credores
reemibolsados coimjo seu producto. Se houver excesso, será devolvido aos
oo-herdeiros, e não perfazendo o producto da arrematação o valor das
dividas, respondem os oo-herdeiros pelo resto. A arrematação poderá ser
dispensada, se os credores e os co-herdeiros concordarem na extincção
do debito por uma datio in solutum oom os bens separadas. As dividas
contestadas serão apreciadias e discutidas nas vias ordinárias. V. tam-
bém o que se disse a respeito, no § anterior.
(6) Ord. 4, 96, § 4; Teixeira de Freitas, Consoliâ)fição, art. 1.162.
(7) Teixeira de Freitas, Consolidação, art. 1.167.
(8) Confira-se com Teixeira de Freitas, Consolidação, nota 26 ao
art. 1.166; Loureiro, Direito civil, § 480; Ribas, Processo Civil, coram,
ao art. 860; e G. DA Rocha, Inst., § 48, escholio.
(9) Cod. Civil, art. 1.799; Teixeira de Freitas, Consolidação, ar-
tigo 1.177.
DO INVENTARIO E DA PARTILHA 395
§ no
111
ACÇÃO DE SONEGADOS
Das collações
§ 112
GENERALIDADES
(1) Liz Teixeira, Curso, III, p. 231 e 232; MElixi Freire, Insti-
tuições, S, 12, § 12; C. da Rocha, Instituições, § 478; Pereira de Car-
valho,' Processo Orphanologico, § 56, e nota 108; Huc, Commentaire, V,
n. 334; MOURLON, Répétitions écrites, II, n. 308; Gianturoo, Istituzioni,
§ 120;'Chironi, Istituzioni, § 451; Itabaiana de Oliveira, Sue cessões,
§ 778 e segs.; Astolpho Rezende, Manual do Co digo Civil, XX, nu-
nieros 206 e segs.; Pinto de Toledo, Processo Orphanologico, paragra-
phos 303 e segnintes.
— 26
400 DIREITO DA^ SUCCESSÕES
pio foi confirmado pda lei do Toro e pela Nova Recompilação, quanto á
isenção do dever de collacionar, salvo quando houvesse inofficiosidade.
(6) lOonfirmava-se a doutrina da isenção dos legados com o D. 37,
6, fr. 1, § 9; Cod. Civil italiano, art. 1.0018; hespanhol, 1.037; argenti-
no, 3.476; uruguayo, 1.077; allemão, 2.050; e direito inglez, segundo E.
StocQuart, in Clunet, 1896, p. 953. Contra: Cod. Civil francez, art. 843.
O Codigo Civil, art. 1.786, diz, claramente, que são os dotes e doações
que ae conferem.
(7) Cod. Civil, art. 1.788; Nov. 18, cap. 6, in fine; Teixeira de
Freitas, nota 11 ao art. 1.206, da Consolidação; Huc, Commentaire, V,
n. 333; Cod. Civil francez, arts. 843 e 844; portuguez, art. 2.099; ita-
liano, 1.002; allemão, 2.050; hespanhol, 1.03-6; venezuelano, 1.078. O
Codigo Civil argentino, art. 3.844, declara que a dispensa de collação só
pode ser dada em testamento.
402 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 113
(8) Cod. Civil, art. 1.785, 2.a -parte. Veja-se o que já ficou dito,
autecedentemente, no § 83, deste livro.
(1) -Cod. Civil, art. 1.786; D. 37, 6; Pereira de Carvalho, Pro-
cesso Orphanolagico, nota 110; C. da Rocha, Instituições, § 479; Liz
Teixeira, Curso, III, p. 232. De accôdo com o direito pátrio, dispõem:
o Cod. Civil portuguez, arts. 2.098 e 2.102; italiano, 1.001; allemão,
2.0)50; peruano, 9315; boliviano, 636; venezuelano, 1.077; baltico, apuã
Lehr, Droit civil russe, I, p. 489. O Codigo Civil hespanhol, art. 1.035,
o argentino, 3.477, e o uruguayo, 2.100, estendem o encargo da collação
á classe inteira dos herdeiros reservatarios. O franoez, art. 843, fal-o
recahir sobre todos os herdeiros legitimos. O direito inglez não o tolera
senão na herança pessoal do asicendente masculino, mas, no caso em que o
admitte, applica-o somente aos descendentes.
r
§ 1H
(2) Cod. Civil, ant. 1.79(1; Codigo Civil portuguez, art, 2.100; fran-
cez, 848; italiano, 1. 0|05; allemão, 2.051; hespanhol, 1.039; argentino,
3.481; hoílandez, 1 .ISO; uruguayo, 1.078, 3.° inciso e 1.070; boliviano,
041; venezuelano', 1,081 e o balfico, apud Lehr, Droit civil russe, I, p. 489.
(Cod. 6, 20, 1. 17) .
Muitos dos nossos praxistas ensinavam, que as dadivas de estranhos,
feitas a alguém por consideração de seu ipae, deviam vir á collação, quan-
do o donatário concornesise á successão desse ascendente com seus irmãos
(Valasco, Guerreiro e Pereira de Carvalho) . M!as a Ord. 4, 97, § 21
em que se apoiavam, não dizia tal, referindo-se, evclusivaroente, aos avós.
e não aos estranhos. Mesmo a doação do avô, sendo remuneratoria de
serviços do neto, ou originada de affeição particular, não era trazida
á coIla.eS»; porque a lei exigia somente que o fossem as liberalidades, ex-
pressa ou ipresumidamente, feitas em contemplação do pae. Ord. 4, 1, 97,
§3. O Codigo Civil não se refere nem a doação feita ao neto em con-
templação do pae, nem. tão ,pouco á dc estranho. Não ha collação para
essas liberalidades.
DAS COLLAÇÕES 407
§ 115
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MODO DE EFFECTUAR A COLLAÇÃO
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ÍNDICE nHHLYTlCO
PRIMEIRA PARTE
CAPITULO I
da SUCCESSÃO e da herança
§ 1.°
§ 4.o
§ 5.o
Presuppostos da delação da herança — 1.° A morte na
tural do de cujus; 2,° A sobrevivência do beneficiário 18
§ 6.o
Do tempo em que se abre a successão — Necessidade de
determinal-o. Como se prova. A questão dos com-
morientes 19
§ 7.°
Do logar em que se abre a successão — Competência do
juiz do ultimo domicilio do defunto. Nota sobre o
logar onde deve ser pago o imposto de transmissão
da propriedade 20
§ 8.°
Especies de successão — Successão legitima, hereditária e
contractual. Doutrina do direito romano sobre a im-
possibilidade da coexistência da successão hereditária
e legitima. Orientação diversa do direito moderno .. 22
CAPITULO II
TRANSMISSÃO DA HERANÇA
§ 9.°
Transmissão da herança no direito antigo — Communhão
patrimonial da família primitiva e sua acção sobre a
successão hereditária. Herdeiros necessários do di-
reito romano. Beneficio da separação e da abstenção.
Herdeiros estranhos. Adição. Transmissão da posse 25
§ 10
Transmissão da herança por direito pátrio — Alvará de
9 de Novembro de 1754 e assento de 16 de Fevereiro
índice analytico
§ 11
Effeitos da transmissão da propriedade e da posse do suc-
cedendo para o successor — 1.° O herdeiro não neces-
sita de solicitar a immissão da posse. 2.° Direito
de usar interdicto possessorio. B.0 Direito de conti-
nuar as acções possessorias iniciadas pelo de cujus.
4.° Direito de transmittir a herança
§ 12
§ 13.
§ 14
Do tempo em que deve ser acceita a herança — Prazo para
deliberar. iE' admissível que os interessados requei-
ram, ao juiz, que assigne um termo ao successiyel
para decidir-se. Como a respeito dispõe o Codigo
Civil
§ 15
§ 16
§ 17
§ 18
§ 19
Effeitos do beneficio de inventario — 1.° Distincção do
patrimônio do de cujus do do herdeiro, 2.° O herdeiro
conservava os seus créditos contra a herança. 3.° O
herdeiro tinha direito a pagar-se das despesas feitas
com o inventario. 4.° Pagava os credores e legatarios
§ 20
Renuncia da herança — Definição. Como deve ser feita.
Deve ser expressa. Se o renunciante pôde desdizer-se
validamente. Conseqüências da renuncia. Se os cre-
dores podem promover a nullidade da renuncia ...
§ 21
Herança jacente — Por direito romano. Por direito pá-
trio, Providencias determinadas por lei. Deveres do
curador da herança jacente. Declaração da vacancia.
Herança jacente de estrangeiros
§ 22
Petição da herança — Em que consiste A quem compete,
e contra quem. Estensão do pedido. Duração da
acção
ENDICE ANALYTICO 419
CAPITULO III
§ 23
SEGUNDA PARTE
SECÇÃO PRIMEIRA
Successão legitima
CAPITULO I
CAPITULO II
§ 26
Incapacidade successoria — Dlstincção entre incapacidade
e indignidade. Quatro feições que apresenta a capa-
cidade successoria yj
§ 27
Noções históricas sobre a incapacidade para succeder ab
mtestato Incapacidade do estrangeiro, do escravo
e do sectário de religião estranha. Influencia do pa-
rentesco . As mulheres. Direito primitivo, hindú,
grego, romano, germânico e de outros povos 72
§ 28
Diversas classes de incapazes do direito pátrio antigo
Religiosos. ^ Egressos . Estrangeiros, desnaturaliza-
dos, proscnptos. Hereges e apóstatas. Criminosos de
lesa magestade. Filhos espúrios. Morto civil 74
§ 29
Incapacidade no direito pátrio vigente — A pessoa ainda
nao concebida ao tempo da vocação hereditária. Di-
reito írancez e italiano. Importância do assumpto.
Prazos legaes para a presumpção da legitimidade do
§ 30
Dos indignos de succeder ab intestato — O que é indigni
dade. Incapacidade e indignidade. Sua distincção
Quaes os indignos por direito pátrio. I.0 Os autores
ou cúmplices em crime de homicídio voluntário contra
o autor da herança. 2.° Os que o accusarem em
juízo, ou lhe offenderem a honra. 3.° Que o inhibi-
ramde dispor, livremente, de seus bens. Outros casos
do direito anterior. Necessidade de ser pronunciada
índice analytioo 421
CAPITULO III
§ 31
§ 33
§ 34
Ordem da vocação hereditária legitima, segundo o direito
estrangeiro actual — Influencia do direito romano,
germânico e feudal. Ordem da successão em Portu-
gal, Hespanha, França, Italia, México, Venezuela;
Chile, Argentina, Allemanha, Inglaterra, (Estados-
Unidos da America do Norte, Rússia, Suissa, China 96
CAPITULO IV
DO DIREITO HEREDITÁRIO POR BENEFICIO DE REPRESENTAÇÃO
§ 35
Noção histórica e ideológica do beneficio de representação
— Definição. Noçoes históricas. Direito romano La-
cuna do direito pátrio
§ 36
Pessoas a quem aproveita o beneficio da representação
Applicação das idéas romanas. Quando concorrem á
successao somente netos ou somente bisnetos. Di-
reito romano. Argumento de equidade. Legislação
comparada. Na linha collateral, o direito pátrio so-
mente tolera a representação quando os sobrinhos
concorrem com algum tio. Exame do Codigo Philip-
pmo. Divergência do direito romano. Opinião dos
juristas. Legislação comparada. Systemas diversos.
ireito germânico. Se tem logar a representação em
proveito do filho adoptivo e de seus descendentes.
Representação dos filhos naturaes. A representação
nao beneficia os ascendentes. Explicações de Huc
Laurent e Mourlon * ' 109
§ 37
Condições necessárias para ter logar a representação
CAPITULO V
§ 39
Successão dos descendentes legítimos — Successão
e in stirpes 123
§ 40
Successão do filho adoptivo — Direito primitivo. Direito
romano. Direito pátrio. O filho adoptivo succede ao
doptante, mas não aos ascendentes nem ao cônjuge
deste 1^4
§ 41
Successão dos descendentes illegitimos — I Direito antigo.
II Direito vigente. O legitimado. O reconhecido.
Casamento nullo e annullavel 127
§ 42
Successão dos descendentes illegitimos em relação as mães
Os filhos naturaes succedem ás suas mães inde-
pendentemente de reconhecimento. Os espúrios não
succedem ás maes, nem aos ascendentes e collateraes
maternos ••
§ 43
Successão dos descendentes illegitimos; legislação compa-
rada — Direito portuguez, hespanhol, francez, italia-
no, zurichense, allemão, mexicano, argentino, chüeno ,
uruguayo, boliviano, peruano, venezuelano, americano
129
do Norte
CAPITULO VI
SUCCESSÃO DOS ASCENDENTES
§ 44
Successão dos ascendentes legítimos — Preceitos a abser-
var. Successão dos progenitores. Dos outros ascen-
dentes. Coexistência do pae natural e do pae civil.
Solução da duvida. O binubo
424 DIREITO DAa SUCCESSÕES
§ 45
Successão dos ascendentes illegitimos — Principio da reci-
procidade 140
CAPITULO VII
SUCCESSÃO DO CÔNJUGE SUPERSTITE
§ 46
Successão do cônjuge superstite perante os princípios e
as legislações — Justificação do direito successorio
do cônjuge. Referencia ao direito germânico, ao po-
laco antigo, ao Codigo wisigothico. Direito romano
decemviral, pretoriano e justinianeo. Direito fran-
cez, austríaco, italiano, suisso, allemão, hespanrol,
portuguez, argentino, chileno, uruguayo, peruano,
boliviano, venezuelano, russo, inglez 143
§ 47
Successão do cônjuge, por direito pátrio — Condição legal
necessária. Conseqüências. Casamento putativo ... 193
CAPITULO VIII
SUCCESSÃO DOS COLLATERAES
§ 48
Critica do direito pátrio — Direito vigente. Legislações
de outros povos. O direito successorio dos collate-
raes não deve ir além do sexto grão. Opinião de
Cimbali 155
§ 49
Particularidades da successão dos collateraes — Os mais
proximos excluem os mais remotos, salvo o direito
de representação concedido aos sobrinhos. Irmãos
germanos e unilateraes. Systemas de outras legis-
lações. Os irmãos uterinos e outros collateraes da
linha materna succedem uns aos outros, ainda que
sejam espúrios. Os irmãos adoptivos não. Effeito da
representação limitada aos filhos de irmãos 157
índice analytico 425
CAPITULO IX
SUCCESSÃO DO ESTRANHO
§ 50
SUCCESSÃO DO ESTADO
§ 51
Successão testamentaria
CAPITULO I
CONCEITO DA SUCCESSÃO TESTAMENTARIÁ
■ U:Ü
§ 53
Fundamento scientifico da successão testamentaria —
Prepondera na successão testamentaria a vontade in-
dividual. Intervenção da lei para dirigil-a de accôrdo
com os interesses da família e da sociedade 173
426 DIREITO DA<S SUCCESSÕES
§ 54
Evolução da successão testamentaria — Palavras de Platão
que synthetizam a concepção dos tempos antigos
sobre o direito de testar. A adopção, primeira
fôrma prodromica do testamento. Partilha dos bens
confiada, pelo pae, ao primogênito. O testamento era
desconhecido no Egypto antigo, no direito mosaico e
no direito hindú. O testamento da Grécia. Em Roma.
Direito canonico. Direito germânico. Codigo wisigo-
thico. Ordenações affonsinas, manuelinas e philip-
pinas. Reacção pombalina. Leis posteriores. Espi-
rito do direito civil moderno
§ 55
Noção e caracteres do testamento — Definição. Analyse
da definição apresentada. Testamentos conjuntivos.
Instituição de herdeiro por direito romano e pátrio,
anterior ao Codigo Civil. Divergência dos escripto-
res. Exame da questão. Complemento da analyse da
definição Ig4
CAPITULO II
DO TESTADOR
§ 56
Que pessoas pódem testar — São capazes de testar todas
aquellas pessoas a que a lei não retira essa faculdade.
São incapazes^ de testar: 1.° Os menores de dezeseis
annos. Apreciação do direito pátrio e confronto com
o estrangeiro. 2.° Os loucos de todo o genero. Clas-
sificação de Angiolo Filippi: idiotismo, imbecilidade
moral, paranóia, melancolia, mania, paralysia geral,
loucura circular, epilepsia, hystero-epilepsia, dipso-
mania. 3.° Os que, ao testar, não estejam em seu
perfeito juizo. Velhice. Paixões. Proximidade da
morte. Doutrina de Legrand du Saulle. Os codigos
modernos. 4.° Os surdos-mudos. Ao cego é facultado
o testamento publico. A mulher viuva ou separada
do marido que se casasse antes de dez mezes depois
da viuvez ou da separação, não podia, outPora, testar 191
índice analytico 427
§ 57
Dos vicios do consentimento — Erro, dólo, intimidação,
Tiolencia. Erro sobre a pessoa, erro sobre a causa,
e erro sobre a coisa. Captação. Suggestao 202
§ 58
Do tempo em que deve existir a capacidade do testador
— Doutrina do direito romano. Direito1 moderno.
Opinião de Laurent. O Codigo Civil 206
CAPITULO III
FORMAS DO TESTAMENTO
§ 59
Testamentos ordinários e especiaes Formas do testa-
mento. Ordinárias e extraordinárias. Quaes são os
testamentos ordinários por direito pátrio. ISiota sobre
o testamento phonographico. Quaes os testamentos
extraordinários. De alguns testamentos a que se le-
ferem os tratadistas, mas que nao tem existência
legal entre nós i o de pae para lilho, feito em tempo
de peste; rural. Direito comparado a respeito. Do
testamento ad pias causas
§ 60
Testamento publico — Definição. Requisitos essenciaes:
1.° Deve ser escripto por official publico, em livro
de notas. O estrangeiro, o surdo-mudo. 2.° Devem
estar presentes, durante todo o tempo da facção do
testamento, além do testador, que faz as enunciações,
e do tabellião, que as escreve, cinco testemunhas idô-
neas. 3.° Depois de escripto o testamento deve o
tabellião fazer a sua leitura. 4.° Terminará o acto
pela assignatura do testador das testemunhas e do
tabellião ••
§ 61
Ligeiros traços de legislação comparada sobre o testa-
mento publico — Direito civil francez, italiano, poç-
tuguez, hespanhol, zurichense, allemão, argentino,
428 DIREITO DAS SUCCESSÕES
§ 62
Testamento cerrado — Definição. Formalidades essen-
ciaes: l.a As disposições devem ser escriptas pelo
proprio testador ou por outrem a seu rogo. 2.a O
proprio testador deve entregar o testamento ao ta-
bellião declarando que esse é o seu testamento. Cri-
tica da Ordenação. Interpretações dos tratadistas.
O surdo-mudo. 3.a Instrumento de approvação. 4.a
Assignatura do instrumento de approvação. 5.a La-
vrado o instrumento de approvação, o tabellião do-
bral-o-á com o testamento, num só invólucro cosido
e lacrado que será entregue ao testador 224
§ 63
Testamento privado — Definição. Condições para sua
validade. Dissentimento das testemunhas. Ausência
ou morte de algumas das testemunhas. Podia o tes-
tamento aberto, a que faltasse alguma de suas for-
malidades essenciaes, valer como nuncupativo? Pôde
o testamento cerrado valer como privado? Pôde o
testamento privado ser escripto em lingua estran-
geira? 230
§ 64
Ligeiros traços de legislação comparada sobre o testa-
mento privado — Três modalidades de testamento
privado no direito estrangeiro: l.a, systema do Codigo
chileno, e do peruano; 2.% systema do direito inglez,
norte-americano e russo; 3.a, systema do direito fran-
cez, italiano, argentino, allemão, zurichense e hespa-
nhol. O Codigo Civil portuguez não consagra esta
forma testamentaria. O mexicano e o uruguayo
admittem-na excepcionalmente 234
§ 65
J>o testamento maritimo — Silencio da lei, antes do Co-
digo Civil, a respeito desta fôrma de testamento.
Publico. Secreto. Formalidades 236
índice analytico 429
§ 66
§ 67
§ 67-a
§ 68 .
Do codicillo — Definição. Theoria do direito romano.
Condições para a validade do codicillo, segundo o di-
reito pátrio antigo. O seu valor actual. Legislação
comparada 242
§ 69
§ 70
DISPOSIÇÕES TESTAMENTARIAS
§ 71
§ 72
§ 73
§ 74
Disposições a termo — Noção. Termo ex die e ad diem. Ef-
feitos do termo. Quando o termo eqüivale a úma
condição 263
§ 75
Disposições para fins determinados — O fim não é uma
condição suspensiva. E' um encargo. Impossibili-
dade da execução. Caução muciana. Execução pes-
soal do encargo. Clausula resolutoria 265
/
§ 76
§ 77
Disposições conjuntas. Direito de accrescer —— O que é
disposição conjunta. Inutilidade das distincçoes ro-
manas. Direito de accrescer. Doutrina do direito
romano. Direito pátrio. Divergência dos tratadistas.
Doutrina exacta de Coelho da Rocha. Justificação
delia pela razão e pelo direito comparado. Direito ^ie
accrescer nos legados de usofructo, uso e habitação.
Accrescendo o legado ou porção da herança, acarreta
comsigo os encargos. A quern aproveita a porção va-
cante da herança, quando não se opera o accresci-
268
mento ...
§ 78
Caducidade das dispsoiçÕes testamentarias Casos^ em
que se verifica a caducidadeincapacidade, indigni-
dade, renuncia, morte do chamado á successão. Pe-
recimento do objecto •• 275
§ 79
Pactos successorios — Noção. Direito romano, canonico
e pátrio. Excepções acceitas por alguns civilistas á
prohibição dos pactos successorios. Argumentos em
contrario. Estudo comparativo das legislações a res-
peito do assumpto. Direito pátrio 276
CAPITULO V
§ 81
Em que tempo deve existir a capacidade do herdeiro —h
Doutrina romana. Opinião de Mello Freire. Inappli-
cabilidade, no direito moderno, da regra catoniana .. 289
CAPITULO VI
§ 82
Noções históricas sobre a legitima — Tllimitada liberdade
de testar do direito romano antigo, Querela de testa-
mento inofficioso. Origem da porção legitima no di-
reito romano, no Codigo wisigothico 291
§ 83
A legitima segundo o direito pátrio — Herdeiros neces-
sários. Porção disponível. Computo da meação e da
legitima. Princípios a observar em relação á legi-
tima 294
§ 84
Da desherdação — O que é. Como pôde ser realizada e
provada. Causas legitimas da desherdação dos des-
cendentes por seus ascendentes, e destes por aquelles 297
§ 85
Da preterição do irmão — Os irmãos não são herdeiros
necessários. Mas não podiam ser preteridos por pes-
soas torpes. Querela de testamento inofficioso. Ne-
cessidade de ser creada uma legitima para os irmãos.
Direito actual 299
índice analytico 433
§ 86
DOS LEGADOS
§ 87
Obiectos dos legados - Não ha legados universaes nem a
título universal. Conceito exacto de legado. Que
coisas pódem ser objectos de legados. Modalidades
diversas de legados: 1." De coisa alheia. 2.» De coisa
do herdeiro ou do legatario. S.- Legado de coisa
determinada somente em genero ou em especie.
4a Legado de coisa individuada, apresentada como
própria 5.a Legado de coisa ou de quantidade indi-
cada somente em relação ao logar onde se acha.
6 a Legado de credito. 7.a Legado de liberação.
8a Legado de debito. 9.a Legado de alimentos.
IO Legado de dote. 11. Legado de immovel. 12. Le-
gado de prestações annuas e de usofructo. 13. Le-
gado de coisa litigiosa. Insufficiencia do legado ... 311
§ 88
Pagamento de legado — O legado deve ser entregue, com
os fruetos e accessorios, no estado em que íoi dei-
xado Legados de prestações periódicas. A coisa le-
gada passa ao legatario com os encargos. Sobre quem
recáem as despesas com a entrega e o imposto de
transmissão. Reducção dos legados, quando os bens
^ DIREITO DA^f SUCCESSÕES
CAPITULO VIII
DAS SUBSTITUIÇÕES
§ 89
Substituição em geral — Definição. Principios geraes a
que se subordina. Bspecies de substituição reconhe-
cidas pelo direito pátrio: vulgar, pupillar, exemplar,
reciproca, compendiosa, fideicommissaria 323
§ 90
Substituição vulgar — Quando tem logar. Quando caduca.
Nas disposições conjuntas o direito do substituto
prefere ao do co-herdeiro ou colegatario 325
§ 91
Substituição pupillar — Quem podia fazel-a. A que filhos
se podiam nomear substitutos. Condições para a
efficacia da^ substituição pupillar. A instituição e
a substituição deviam, neste caso, ser incluidas no
mesmo instrumento testamentario. Quando expirava
a substituição pupillar 327
§ 92
Substituição quasi pupillar — Differença entre esta sub-
stituição e a pupillar. Sendo nomeados dois ou mais
substitutos por dois ou mais ascendentes, valia a
instituição somente do ultimo que fallecesse, tratan-
do-se da totalidade dos bens. Tratando-se da terça
do testador era livre a nomeação de substitutos 330
§ 93
Substituição reciproca — Seguirá esta substituição a natu-
reza da vulgar, da pupillar ou da quasi pupillar, con-
forme as hypotheses. Regras especiaes a que obe-
dece 333
w
CAPITULO IX
DO FIDEIOOMMISSO
§ 94
§ 95
§ 96
§ 97
§ 98
\
436 DIREITO DAgji SUCCESSÕES
CAPITUI.0 X
INEFFICACIA DO TESTAMENTO
§ 99
Causas determinantes da inefficacia do testamento
Enumeração dellas. Remissão a outros paragraphos 353
§ 100
Revogação dos testamentos — Definição de revogação tes-
tamentaria. Revogação presumida, o que seja. Dá-se
essa revogação todas as vezes que o testador dispõe
de todos os seus bens, suppondo não ter descendentes,
ou ascendentes e, no emtanto, estes existem. Outro
caso de revogação presumida occorre, quando sobre-
vem um filho ao testador depois de feito o testa-
mento. Revogação expressa. Revogado o testamento,
não se revalida pela simples retractação do acto re-
vogatorio. Revogação tacita 354
CAPITULO XI
EXECUÇÃO DO TESTAMENTO
§ 101 ^
Testamenteiros — Definição. Natureza jurídica de suas
funcções. Sua nomeação. Unidade e pluralidade de
testamenteiros. O nomeado não é obrigado a acceitar
o encargo. Quem pôde ser testamenteiro . 361
§ 102
TERCEIRA PARTE
* I
Partilha da herança
CAPITULO I
DO INVENTARIO E DA PARTILHA
§ 103
§ 104
§ 105
§ 106
§ 107
§ 108
§ 109
§ no
Partilhas lesivas e nullas — A partilha annulla-se como
os outros actos jurídicos. Nullidade absoluta. Garan- -
tia dos lotes 395
§ 111
1
, CAPITULO '11
DAS collacões
§ 112 í
§ 113
§ 114
§ 115
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