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APRESENTAÇÃO
A tecnologia pauta projetos ousados e prevê instalações inteligentes. Progredimos muito desde a época em
que nossos ancestrais se abrigavam nas cavernas. No entanto, ainda sofremos com os mesmos inimigos
silenciosos – a umidade, a água das chuvas e o vapor –que mancham nossas paredes, causam goteira em
nossas lajes, estragam a pintura e os azulejos. Às vezes, até parece que eles são invencíveis. A boa notícia
é que você pode, sim, evitar ou sanar os estragos que os vilões causam. Basta usar a impermeabilização
como arma.
O QUE É IMPERMEABILIZAR
Impermeabilizar é proteger uma estrutura contra os efeitos da umidade. Isso se faz com produtos que
impedem a passagem da água através das lajes e paredes – os chamados impermeabilizantes –e outros
acessórios para arrematar a vedação, caso do selante aplicado ao redor de janelas. E não se pode
descuidar de nenhum detalhe ao montar a sua armadilha contra a umidade. “Se o piso de um banheiro
estiver muito bem instalado e impermeabilizado, mas houver falhas na colocação do ralo, ocorrerá
infiltração ”, ensina Jefferson Gabriolli, coordenador do Programa Brasileiro de Impermeabilização.
COMO FUNCIONA
Segundo a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que rege a seleção e projeto da
impermeabilização (NBR 9575/2003), há duas maneiras de barrar a entrada da água. Uma é com os
chamados sistemas rígidos – em que a massa usada como reboco recebe polímeros, cristalizantes ou
hidrofugantes e, dessa forma, evita que a água se infiltre nos poros do concreto. A outra, dos sistemas
flexíveis, compõe-se de mantas (as famosas mantas negras de asfalto, que vêm prontas de fábrica) ou
membranas moldadas na obra – ambas contam com asfalto em sua composição e formam uma camada sobre
a superfície a ser protegida.
ESTÁ NA BÍBLIA
Procure no Gênesis, capítulo 6, versículo 14. Lá se encontra a primeira referência à impermeabilização da história. Durante as
instruções para a construção da grande arca de Noé, Deus teria dito: “Faze para ti uma arca de madeira resinosa: farás
compartimentos e a revestirás de betume por dentro e por fora”. Essas ordens foram providenciais para gerar um barco seguro e
salvar as espécies no dilúvio.
TIRA-DÚVIDAS
Colocar uma lona plástica entre a terra e o concreto das sapatas impede que a água do solo suba pelas
paredes? Não.“Esse tipo de material não cumpre a função de vedar”, afirma o tecnólogo Jefferson
Gabriolli. “Estruturas em contato com o solo devem ser impermeabilizadas com argamassa aditivada,
cimento polimérico ou membrana asfáltica”, completa. Mas, antes disso, chame um especialista para
realizar a sondagem do terreno.
2.ÁGUA DE PERCOLAÇÃO. Geralmente é a chuva que cai e escorre (ou seja, não
exerce pressão sobre a superfície). Provoca, por exemplo, infiltração na laje da
varanda.
4.ÁGUA SOB PRESSÃO. Ela aplica certa força sobre a laje ou a parede. Em piscinas,
é chamada de água sob pressão positiva pois empurra a camada protetora de dentro
para fora e, se encontrar falha, gera vazamento. Há também a água sob pressão
negativa, que vem da terra e provoca bolor em paredes no subsolo.
TIRA-DÚVIDAS
Como classificar a umidade que passa do piso do andar de cima para o teto do andar de baixo em
apartamentos ou sobrados?
“Essa umidade, geralmente causada por vazamento, encaixa-se no item água de percolação, segundo a
norma ”, explica o engenheiro civil e perito Richard Robert Springer, de São Paulo.
Ao comprar o apê.
Confira no memorial descritivo do apartamento o tipo de impermeabilização utilizado nas áreas molhadas –
banheiros, cozinha e área de serviço. Se seu imóvel estiver no último andar, investigue também a proteção
dada à laje de cobertura. Essas garantias costumam encarecer o bem, mas podem poupá-lo de futuras
dores de cabeça.
SISTEMA RÍGIDO
CRISTALIZANTE ARGAMASSA POLIMÉRICA
HIDROFUGANTE Depois de misturar um componenteÉ do tipo bicomponente: um
Este líquido confere à argamassaadesivo e um cimentício, a massacomposto de cimento e uma emulsão
normal a propriedade de repelir aganha consistência de pasta e éde polímeros. Este último
água .Trata-se de um mecanismoaplicada sobre a superfície úmida.ingrediente gera resistência e até
químico que impede as gotas deEssa umidade forma cristaisum pouco de flexibilidade. Ela vira
ficarem pequenas o suficiente paraque,secos,bloqueiam a passagem dauma camada que não deixa a
penetrar nos poros do concreto.água. umidade passar.
SISTEMA FLEXÍVEL
Já os flexíveis agüentam melhor o encolhe-e-dilata do substrato, pois possuem asfalto e polímeros em sua
composição.Servem às lajes, às fundações do tipo radier e aos pisos de terrenos instáveis. Atenção ainda
a duas subdivisões desse time: existem as mantas, que são produtos industrializados, e as membranas, que
são moldadas na construção. Nas fotos abaixo, três tipos de produtos de sistema flexível. Não se espante
ao encontrar uma terceira categoria, os semiflexíveis. Quase sempre será a argamassa polimérica, que na
verdade é do grupo dos rígidos.“O termo é anterior à norma e alguns fabricantes ainda mantêm a
denominação ”, comenta a arquiteta Leonilda Ferme, da Denver Global, de Suzano, SP.
Como guardar: os materiais em pó devem ficar longe da umidade e do sol; os líquidos, protegidos da luz e
com a embalagem bem fechada para não evaporarem. A melhor posição para as bobinas das mantas não
deformar é em pé.
SAPATA
Ela sustenta o peso da casa na base das paredes. Se correr por toda a extensão da alvenaria, chama-se
sapata corrida; se estiver apenas nos pontos específicos das colunas, é a sapata isolada (veja ilustração
acima). Nos dois casos pode-se associar produtos do sistema rígido e do flexível. Os primeiros aplicam-se
nas partes em contato com a terra, tanto no concreto armado quanto na argamassa para assentar os
tijolos que revestem o baldrame. “Ali há muita umidade e pouca movimentação do solo”, diz a engenheira
civil Eliene da Costa, da Otto Baumgart, em São Paulo. Sobre o baldrame, na altura do contra piso, o
melhor recurso são os sistemas flexíveis, ou seja, mantas e membranas que acompanham a movimentação
da estrutura.
RADIER
Esse tipo de fundação se parece com uma laje – ela suporta toda a construção e também serve como
contrapiso. Por ser uma área extensa e, por isso, mais sujeita às fissuras, o melhor é optar pelas mantas.
Elas devem envolver o lastro como um lençol de elástico protegendo um colchão. Os especialistas
aconselham a colocação de britas diretamente sobre o solo, onde se erguerá o berço de concreto. As
pedras servirão como drenante. Outro detalhe: entre a impermeabilização e o contrapiso, alguns
aplicadores costumam colocar folhas de papel kraft.“Assim, a manta ou a membrana ficam protegidas, caso
seja necessário quebrar o piso numa reforma ”, explica o engenheiro civil Marcelo Ming, da Lwart, de
Lençóis Paulistas.
SONDAGEM
Muita gente dispensa o estudo do terreno (que inclui levantamento topográfico) sem saber como essas
informações são valiosas na hora de determinar o tipo de fundação e de impermeabilização a serem
utilizadas. É fundamental saber se há lençol freático e variação de permeabilidade.
E AS ESTACAS?
Em solo pouco firme ou em terreno muito inclinado, pilares de concreto adentram a terra – é um outro tipo
de fundação. Mas eles não sofrem com a ação da água, portanto, dispensam proteção.“Para ocorrer a
corrosão das barras de aço das estruturas, seria necessário que elas ficassem ora expostas ao oxigênio,
ora cobertas de água ”, diz o engenheiro civil Paul Sérgio Oliveira, da Sika, em São Paulo.
SEM FUROS
Não custa lembrar: muitas vezes, durante a instalação de conduítes, as mantas impermeabilizantes acabam
perfuradas, dando espaço para infiltração. Previna-se analisando todas as informações ainda no projeto .E
quando for preciso rasgar parede ou piso preveja nova impermeabilização para o ponto.
SIGA À RISCA
Está na embalagem? Obedeça. Henrique Setti, gerente de marketing da Viapol, aponta: aplicar menos
quantidade de produto que o necessário é um erro comum.“Fique atento ao consumo de material para
verificar se as especificações estão sendo seguidas”, diz. Os fabricantes são responsáveis pelas
informações fornecidas. Se você cumprir o recomendado e tiver problemas, pode acioná-los nos órgãos de
defesa do consumidor.
A PROTEÇÃO DA CASA COMEÇA NO ALICERCE PISO
O que chamamos de piso, aqui,é na verdade o piso que está em contato com a terra – ou seja,o contrapiso.
Portanto, quem tem fundação radier,que você anteriormente, e adotou aqueles procedimentos já está
protegido. Para casas com outros modelos de fundação, o produto a ser utilizado depende das
características do solo – viu como é útil encomendar o estudo do terreno? Se for pouco estável, ou seja,
sujeito a movimentações e umidade, parte-se para os impermeabilizantes flexíveis. Eles mantêm a casa
protegida mesmo se o vai e vem acabar ocasionando pequenas fissuras. Em solos compactos e secos, pode-
se utilizar os produtos do sistema rígido. Neste caso, na argamassa do contrapiso usa-se cristalizante,
hidrofugante ou argamassa polimérica.
PAREDE
Nas fachadas, elas sofrem com a umidade do solo e com a de percolação, causada pelas chuvas. Proteja-a
dos dois lados com produtos do sistema rígido. Comece assentando as quatro primeiras fiadas de tijolo
com argamassa impermeabilizante. Depois, do lado externo, aplique reboco com impermeabilizante até a
altura de 1 m, se a casa tiver beiral. Caso contrário, suba a proteção até a cobertura. Do lado de dentro,
há quem recomende o mesmo tipo de reboco até o teto. “Sugiro aplicar apenas até 1,40 m de altura, pois
nessa faixa surgem as fissuras responsáveis pela passagem da água de fora para dentro”, diz o químico
Rolando Infanti, da Betumat, em Salvador. Paredes internas pedem só 50cm de impermeabilização – pois os
pisos protegidos neutralizam os efeitos da umidade ascendente.
JARDIM SUSPENSO
Alguns modelos de blocos para muro de arrimo vêm com pequenos nichos onde se podem cultivar flores e
outras plantinhas. Nesse caso, dispensam a impermeabilização, pois o sistema deve ficar úmido o tempo
todo.
Minha casa tem fachada de tijolinho. O que devo fazer para protegê-la da umidade?
O tijolo, assim como as pedras naturais, são revestimentos porosos e tendem a absorver água. “É
importante pulverizar a superfície com um produto hidrófugo”, recomenda Eliene da Costa, da Otto
Baumgart, em São Paulo. “Há também soluções arquitetônicas,como beirais largos,que resguardam essas
paredes da água da chuva”, diz. Mas atenção: esse tratamento não elimina a necessidade de
impermeabilizar o alicerce.
3.Piscina e Reservatório
POSIÇÕES NO TERRENO
ELEVADA
São os tanques que não ficam totalmente enterrados. Por exemplo, modelos instalados no térreo com
garagens no subsolo ou erguidos em terreno inclinado com uma lateral sem contato com a terra. Sempre
pedem proteção flexível.
ENTERRADA
O nome já diz tudo – as laterais e a base da piscina ficam apoiadas no solo. São os tipos mais comuns em
residências. Cava-se um buraco para construí-la e a impermeabilização dependerá do tipo de berço
escolhido.
TIPOS DE BERÇO
CONCRETO ARMADO
A estrutura moldada na obra com armação de ferro tem alta resistência. Prefira concreto usinado, para
ter massa mais homogênea. Se for enterrada em solo firme, pode receber proteção apenas com
argamassas do sistema rígido.
ALVENARIA MISTA
As paredes são erguidas com tijolos ou blocos (alvenaria) intercalados com cintas e pilares de concreto
armado. Costuma sair mais em conta que o tanque feito totalmente de concreto. Sempre requer
impermeabilização flexível.
TEST-DRIVE
Há dois testes que devem ser feitos antes da finalização da piscina. O primeiro, de carga, não é
obrigatório e, portanto, muita gente o deixa de lado. Exija-o de seu instalador. “Assim que o berço ficar
pronto, antes de fazer a regularização, encha-o de água por 72 horas. Depois esvazie e verifique se
ocorreram fissuras”, ensina Leonilda Ferme. Eventuais problemas poderão ser consertados antes da
colocação da manta. Além do mais, o peso da água fará o berço movimentar e se acomodar – é bom que isso
ocorra antes da impermeabilização. O segundo teste, de estanquidade, é obrigatório. Logo após a colocação
da manta, enche-se novamente o tanque por 72 horas. Se o nível continuar o mesmo, a impermeabilização
está aprovada. Só então a piscina é esvaziada e começa-se a preparação para colocar o revestimento. Em
ambos os testes, evite desperdício de água, planejando sua reutilização. Tenha consciência ecológica.
TIRA-DÚVIDAS
Como faço para instalar iluminação depois que a piscina ficou pronta?
Quem cometeu a falha grave de não prever antes os pontos de iluminação deverá esvaziar a piscina, retirar
o revestimento nos pontos da no a instalação e cavar a argamassa até encontrar a impermeabilização.
“Elimine a proteção num raio de 5 cm ao redor do local onde o dispositivo será instalado. Encaixe os tubos
e reimpermeabilize com os mesmos produtos da impermeabilização original”, recomenda o engenheiro civil
André Fornasaro, de São Paulo. Não se esqueça dos mastiques.
ÁGUA DE CHUVA
Sua idéia é fazer um tanque para armazená-la?
Recomenda-se que ele seja de concreto, com tampa. Normalmente fica na laje de cobertura, pois assim a
gravidade manda água até as torneiras, dispensando bomba. Deve ser impermeabilizado com argamassa
polimérica, que acompanha eventuais fissuras da estrutura. Três demãos desse produto, aplicadas em
sentidos cruzados, garantem a proteção.
ÁGUA BEM PROTEGIDA NOS PRÉDIOS
Prédios têm reservatórios no subsolo que garantem o abastecimento por até dois dias. Esses tanques
costumam ser de concreto e sua construção segue a norma NBR 5626/98 – ele deve ser erguido como uma
caixa sem tampa com duas pequenas janelinhas. É por elas que o instalador entra para aplicar membranas
de polímeros e cimento flexíveis, passadas com broxa. Usar manta é uma opção. Porém, como o instalador
trabalha enclausurado, há necessidade de garantir a renovação do oxigênio durante a instalação no interior
do reservatório com uma espécie de ventilador .“As emulsões asfálticas podem contaminar a água, por isso
estão descartadas ”, diz Rolando Infanti, da Betumat, de Salvador.
RESTO DE MATERIAL
Após a aplicação, os produtos que sobrarem podem ser guardados para eventuais emendas e reaplicações
– mas isso só enquanto eles estiverem dentro da data de validade. Vencido esse prazo, descarte-os. No
caso das mantas asfálticas, o cuidado é com o armazenamento. As bobinas devem ficar em pé para evitar
deformações.
DETALHES DE ACABAMENTO
A manta deve subir 30 cm e ficar embutida na parede. Depois, recebe argamassa estruturada. O topo da
platibanda (mureta) pede proteção: se escorrer água por trás da manta, o produto descola.
Enrola-se um canudo de manta, que deve Com um estilete, cortam-se tiras na porção da manta que
ficar 10 cm para dentro do cano e outros 10 ficou na superfície e faz-se o biselamento. Nessa etapa, a
cm para fora. Com uma colher de pedreiro manta se parece com uma flor, por isso o arremate é
aquecida, coleta manta da parte inferior chamado de margarida.
(processo de biselamento).
PASSO 3 PASSO 4
Recortar mais um quadra do de manta (40 cm), e sobrepô-lo ao Empurram-se as pontas (fatias de pizza)
ralo. Com estilete, divide-se o centro como se fossem fatias de para dentro do cano e faz-se o seu
pizza. O diâmetro da área trabalhada deve coincidir com a biselamento com a colher de pedreiro
abertura do ralo. aquecida. Só então pode-se iniciar a
impermeabilização do resto da laje.
CANTOS ARREDONDADOS E PRIMER
Na hora de regularizar a laje,peça ao pedreiro que deixe um caimento de 1% em direção ao ralo. No
encontro entre laje e mureta, o canto precisa ficar arredondado. Quando a superfície estiver lisa e limpa,
passe o primer, essencial para a manta aderir ao concreto. Prefira aqueles à base de solvente, que
costumam trazer melhor resultado.
A TODA PROVA
Como nas piscinas, aqui também tem teste de estanquidade. Cola-se um pedaço de asfalto nas aberturas
dos ralos, enche-se a laje com uma lâmina de 5 cm de água e esperam-se 72 horas. Se o nível da água
descer, é sinal de vazamento. Também vale procurar manchas de umidade no teto pelo interior da casa.
“Assim se detectam falhas nas emendas ”,explica a engenheira civil Eliene Ventura, da Otto Baumgart, de
São Paulo.
A superfície – regularizada – deve Cerca de 30 minutos depois, Após a secagem total (12 horas), uma
estar com uma demão de primer. desenrola-se a tela que servirá de nova demão é aplicada em sentido
Então, com uma broxa ou trincha, estruturante. Siga as perpendicular ao anterior. Depois que
faz-se a primeira camada da recomendações do fabricante da ela seca, passa-se mais uma demão.
emulsão, em pinceladas sempre no emulsão na escolha da tela, pois há Isso é feito até se chegar ao consumo
mesmo sentido. muitos tipos no mercado. total por m² .
PASSO 4
ARREMATE DO RALO
TELA
Depois da primeira demão, colocar a tela (estruturante).
PINTURA
A seguir, aplica-se novamente a emulsão ao redor da abertura.
CONTROLE DE ESTOQUE
Uma dica aos que forem fiscalizar a obra: verifique na embalagem a quantidade de material exigida em
cada etapa e o libere em parcelas. Somente depois do período de secagem, cerca de 12 horas, forneça mais
um lote de produto, garantindo que intervalos e quantidades sejam respeitados.
DUPLA DINÂMICA
Quer uma superproteção? Se não houver trânsito de pessoas sobre a laje, use a emulsão acrílica e a
asfáltica juntas, com vantagens. A primeira a ser aplicada é a asfáltica, em seis demãos (4 mm). Em vez de
argamassa, duas demãos (0,5 mm) de emulsão acrílica servem de proteção mecânica. Além de resistente, a
associação melhora o conforto térmico porque o acabamento é branco e reflete os raios solares.
TIRA–DÚVIDAS
A impermeabilização pede manutenção?
Depende do sistema utilizado. Se você optou por emulsão acrílica, os especialistas recomendam três novas
demãos do produto a cada três anos. Como esse produto fica exposto (sem argamassa de proteção
mecânica), a reaplicação não exige quebra-quebra. Já no caso das mantas e das demais membranas, só
haverá conserto se aparecer algum problema. Como quase todos os outros sistemas ficam sob a argamassa,
fique de olho nela – aparecendo trincas ou desgastes, reforce-a. “Mas, se houver vazamentos, é melhor
remover tudo e realizar o serviço novamente”, aconselha o engenheiro civil Danilo Oliveira, da Sika, de São
Paulo.
QUAL É MELHOR?
Conte com a ajuda de um profissional para escolher o material de subcobertura que mais combina com seu
telhado. Por exemplo, se você quer reduzir o calor, recomendam-se os tipos que possuem face aluminizada.
As de não-tecido barram a entrada de água, mas deixam o vapor sair por microporos – assim, o ar dentro
da casa não fica impregnado de umidade.
TIPOS
1.Papel aluminizado
2.não-tecido de polietileno
3.polietileno expandido
5. Cozinha, Banheiro, área de serviço, varanda e jardineira
Fama de fácil
Materiais rígidos são proibidos na proteção dos banheiros? Não. A argamassa polimérica faz sucesso na
impermeabilização dessas áreas. Além de ser fácil de aplicar, tem a vantagem de não aumentar a espessura
do piso. Sua camada é de no máximo 2 mm e sobre ela pode-se assentar o revestimento diretamente, sem
utilização de argamassa de proteção mecânica. Porém, lembre-se: ela é rígida. Se ocorrer fissura na laje
entre o seu apartamento e o do vizinho de baixo, tchau, tchau, proteção.
Porta de boxe
É comum danificar a impermeabilização durante fixação da porta do boxe. Recomende ao instalador que
restrinja os parafusos às paredes para não furar o piso. A proteção também sofre quando o morador
decide mudar as tubulações de lugar durante a obra ou em uma reforma – sempre que fizer tais
alterações, peça novo projeto de impermeabilização.
Ralo da banheira
Antes de usar a manta ou a membrana na base e na parede ao redor da banheira, proteja o ralo de
escoamento, que fica sob ela, ao redor de tubulações de hidráulica – e elétrica, no caso da hidromassagem
– faça um reforço com cimento asfáltico elastomérico. Isso vale para apartamentos e para sobrados com
banheiros no piso superior.
PASSO 2 PASSO 3
Envolva o cano com a manta. aqueça Use mais um pedaço de manta e
PASSO 1
as tiras, com maçarico, e cole-as no faça um recorte para que ela se
Separe um pedaço de manta que
chão (que deve estar com primer). encaixe no cano. Cole-a com
envolva o cano, com largura de 60 cm.
maçarico.
Com um estilete, corte tiras de 30
cm.
Para os sobrados
Na construção de casa com dois ou mais pavimentos, a tubulação de hidráulica deve ser posicionada na laje
ainda na fase de concretagem. Se você não fez isso, chumbe os canos com graute, mistura mais fluida de
pedriscos e concreto. Execute a impermeabilização e, depois de o serviço pronto, exija o teste de
estanquidade. Ele é feito assim: tampam-se os canos e ralos, coloca-se água a 2 cm de altura e esperam-se
72 horas para saber se a estrutura e a proteção não apresentam vazamentos. Só então coloque o
revestimento.
Jeitos de fazer
Já vimos como arrematar ralos com manta e membrana asfáltica. Se você elegeu a argamassa polimérica, o
acabamento consiste na colocação de um véu de poliéster (estruturante) entre duas demãos do produto,
como na ilustração abaixo.
Para facilitar a vida dos aplicadores, duas empresas de tubos e conexões, a Tigre e a Akros, lançaram um
dispositivo que fica abaixo do ralo e ampara a impermeabilização com manta (foto abaixo).
Olha o nível
Na hora de assentar o revestimento, os pedreiros marcam o nível, ou seja, batem dois pregos – um em cada
extremidade do cômodo – e passam uma linha de lado a lado. O engenheiro civil Daniel Wertheimer, da
Viapol, de São Paulo, ensina uma estratégia para evitar que eles furem a impermeabilização nesse
momento: peça que os pregos sejam batidos sobre pedacinhos de madeira e, depois, cole provisoriamente
essa madeira no piso usando um pouco de argamassa.
Troca de revestimento
Se decidir atualizar o piso de qualquer área molhada, considere também o custo de refazer a
impermeabilização. Não importa qual o sistema utilizado, é praticamente impossível retirar revestimentos
e contrapiso sem danificar a proteção contra umidade. De preferência, reaplique os mesmos produtos
usados originalmente.
Vedantes
Sele o vão entre bancada da pia e parede com silicone. Dê preferência àqueles aditivados com fungicida,
que impedem o aparecimento de bolor.
Ralo da floreira
Dreno da jardineira