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Financeira Familiar
Autor(a): Helberrt José Goes.
1ª Edição – 2011
Administração Financeira
Familiar
Todos os direitos desta edição são reservados à Cresça Brasil Editora S/A.
É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da Editora.
ISBN: 978-85-8153-132-8
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Aposto que você achou este tópico muito interessante, é claro que todo
mundo acha. Entretanto devemos entender que construir riqueza aqui não é
ganhar o prêmio da loteria, mas sim preocupar-se com o seu futuro.
Diante disto devemos entender que para construção de riqueza você
deve ter uma relação bastante objetiva em relação ao seu dinheiro, onde definir
objetivos é uma etapa importante para você saber o que quer e definir o seu
caminho de forma consciente e consistente.
As pessoas sempre encontram desculpas para demonstrar a falta de
planejamento financeiro ou até mesmo as falhas que decorrem dele, abaixo
podemos verificar algumas destas “desculpas”:
Desculpa 2 - Matemática:
Outro argumento muito utilizado é aquele em que as pessoas dizem:
“Há! Eu não sou bom com números, sempre fui mal em matemática na escola.
A falta de habilidade com números não é justificativa para que você deixe de
começar a planejar suas finanças. Muitas donas de casa, com um mínimo de
instrução sabem gerenciar uma casa implementando um gerenciamento
financeiro adequado às suas necessidades.
Desculpa 3 - Dinheiro:
Muitas vezes ouvimos as pessoas dizerem que não tem dinheiro
suficiente para poupar. Conforme dissemos no tópico anterior, a partir do
momento em que se gasta menos que se ganha, o dinheiro começa a ter cor,
pois você consegue vê-lo na sua mão. Assim, criar uma cultura de poupança,
investimentos que garantirão a você e sua família uma tranqüilidade futura é
importante para o seu sucesso financeiro.
Moedas:
Todos os dias ao chegar em casa passe a criar o hábito de depositar
todas as moedas em um lugar específico, de preferência em um cofre fechado.
Ao final do mês você ficará surpreso ao contabilizar o valor arrecadado com as
moedas depositadas, acumula-se em regra cerca de 3% de sua renda mensal,
o que não é pouco dinheiro
Percebe-se que na medida em que se convence da importância dos
pequenos valores, verifica-se que se estes valores se acumulam eles deixam
de ser pequenos e passam a ser valores representativos que podem ser
importantes para satisfazer uma obrigação mensal, e até mesmo servir como
fonte de investimento ou a conquista de um sonho.
Sonho:
Recentemente, tive uma experiência fantástica com moedas de R$ 1,00
(Um Real), pois entre maio e dezembro de 2005 fiz um compromisso de que
toda moeda deste valor que viesse em minhas mãos iria para o cofre da
Letícia, minha filha que na época tinha pouco mais de dois anos. Em meados
de dezembro, quando se aproximava o natal e a Letícia queria uma moto
destas de criança, fiz uma cotação de preços e verifiquei que a moto mais
barata no mercado custava R$ 435,00 (Quatrocentos e trinta e cinco reais).
Assim, chamei a Letícia e abrimos o cofre com o compromisso de realizar o
seu sonho, e não foi surpresa contabilizarmos R$ 417,00 (quatrocentos e
dezessete reais). Assim, o desembolso complementar com o presente de Natal
da Letícia foi somente de R$ 18,00 (Dezoito Reais).
Os pequenos valores são tão importantes que muitas empresas que
trabalham com vendas, vendem seus produtos com margem pequena de lucro,
pois o importante é o somatório destes pequenos valores formando um
montante lucrativo.
Os pequenos valores jamais devem ser desprezados, e não está
somente relacionado com as moedas, mas também com os preços dos
produtos que adquirimos. Como exemplo de economia, pegue sua lista de
compras do mês e faça cotações em supermercados e mercearias próximas de
sua casa. Você verá que há pequenas diferenças nos preços individuais, mas
estas diferenças vão se tornar significativas no valor total da compra.
Devemos substituir gradativamente os hábitos negativos relação ao
dinheiro por outros mais positivos que possam valorizar as finanças pessoais e
familiares.
Pechinchar:
No dicionário, pechinchar significa pedir abatimento no preço, procurar
comprar barato, barganhar, regatear...
Pechinchar é uma técnica que permite conseguir um bom desconto na
hora da compra, é um ponto muito importante tanto para o bolso do
consumidor como para os aspectos econômicos que permeiam as finanças
pessoais, familiares, e inclusive a economia do país.
Rafael Paschoarelli, autor do livro “A Regra do Jogo”, diz que conhecer
as regras no jogo do dinheiro é uma condição necessária e importante, mas
não é suficiente para tornar uma pessoa competitiva na arte de negociar.
É importante ter atitude em relação à compra e conhecimento do que se
quer comprar, ou seja pesquisa, posteriormente utilizar as informações e
pechinchar para ter um preço adequado à economia que se quer, estes fatores
farão com que o cliente leve a melhor no jogo da negociação.
Um outro aspecto que deve ser observado está relacionado aos nossos
hábitos de consumo. O consumismo está ligado ao ato de comprar sem
necessidade e consciência. É caracterizado pelo consumo compulsivo e
descontrolado, onde o consumidor se deixa influenciar pelo marketing das
empresas que comercializam produtos e serviços.
Muitas compras são feitas por impulso, o consumo é um vírus que ataca
o cérebro e que na medida em que não se tem controle sobre ele, o maior
prejudicado vão ser as finanças pessoais e familiares. Antes de tudo, você
deve estar consciente que na guerra das compras o seu dinheiro está em jogo.
Abordando os conceitos que envolvem as compras você estará caminhando
em direção ao seu sucesso financeiro, esteja preparado para ser um
comprador consciente, pois seu dinheiro vale muito.
Situação 1 - Investidor:
Você vai até um banco e deposita na poupança R$ 1.000,00 (Mil Reais),
no início do mês de Janeiro, levando em consideração que você terá uma
remuneração por juros de 1% (um porcento) ao mês, ao final do mês de
dezembro você poderá resgatar do banco o valor de R$ 1.115,67 (um mil,
cento e quinze reais, e sessenta e sete centavos), o que significa um ganho de
11,56% (onze virgula cinqüenta e seis porcento).
Situação 2 - Tomador:
Você vai até um e pega emprestado R$ 1.000,00 (Mil Reais), no início
do mês de Janeiro, levando em consideração que o banco vai lhe cobrar uma
taxa juros de 1% (um porcento) ao mês, ao final do mês de dezembro você
deverá pagar ao banco o valor de R$ 1.115,67 (um mil, cento e quinze reais, e
sessenta e sete centavos), o que significa que o banco lhe cobrou 11,56%
(onze virgula cinqüenta e seis porcento) pelo dinheiro emprestado. É claro que
jamais o banco vai lhe cobrar uma taxa de 1%, porque o banco trabalha é com
o dinheiro do cliente, e se ele vai pagar 1% ao mês para o cliente, com certeza
para ele ter lucro ele vai te cobrar uma taxa muito maior.
Desta forma, devemos ficar longe das linhas de crédito e financiamento,
principalmente aquelas que tem alta taxa de juros, tais como cartão de crédito
e cheque especial, pois estes são os caminhos mais perigosos que podem
arruinar as finanças pessoais ou familiares.
Devemos perceber que o bom é fazer com que o banco trabalhe para
você, desta forma devemos construir riqueza através dos investimentos, pois
pagar juros ao banco é uma forma de perder riqueza.
Balanço patrimonial:
O balanço patrimonial é formado pelo ATIVO, que são os bens e direitos
que você possui, e o PASSIVO que é formado pelas dívidas de curto prazo
(aquelas que devem ser pagas em até 12 meses) e de longo prazo (aquelas
que serão pagas por mais de 12 meses). Daí a importância do balanço
patrimonial, pois ele estabelece a diferença entre o ativo e o passivo e
representa o seu patrimônio líquido. Quanto maior o seu patrimônio líquido,
maior será a sua riqueza.
Ao elaborar o seu balanço patrimonial você identificará a sua riqueza, e
você verá que poderá aumentar a sua riqueza quando tiver condições de
aumentar a quantidade de bens e direitos, ou se puder diminuir as despesas.
O balanço patrimonial deve seguir um formato simples e incluir
informações básicas em uma ordem específica porque ele é usado para
análise e comparação do ativo em relação ao passivo.
Abaixo podemos ver um exemplo de balanço patrimonial de uma pessoa
que aos 30 anos, tem uma renda bruta anual de R$ 40.000,00.
ATIVO PASSIVO
Bens e Direitos Dívidas a pagar
Casa 60.000,00 Financiamento 27.000,00
Carro 22.000,00 Empréstimos 6.500,00
Poupança 7.800,00
Total do Ativo 89.800,00 Total do Passivo 33.500,00
Como exemplo prático, você sabe qual deveria ser o patrimônio líquido
desta pessoa de 30 anos que tem rendimentos brutos anuais no valor de R$
40.000,00?
Para elaborar este cálculo devemos usar a seguinte fórmula:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = (40.000,00 x 30) 10.
Assim, o patrimônio líquido desta pessoa deveria ser de R$ 120.000,00.
Então verificamos que o patrimônio líquido desta pessoa está defasado em R$
63.700,00, pois pelo balanço patrimonial ele está em R$ 56.300,00. Porém,
levando em consideração que o seu grau de endividamento está em R$
33.500,00 podemos perceber que a defasagem é ainda maior.
Bem, agora você também poderá elaborar o seu balanço patrimonial e
calcular o seu patrimônio líquido, porém se os números se apresentarem de
forma não satisfatória não se assuste, esta é uma realidade de muitos
brasileiros. Lembre-se, que a partir dos conhecimentos construídos por você
com este livro, você poderá começar a gerenciar melhor a sua vida financeira.
2:
Procure analisar os seus gastos. Anote seus gastos mensais e dívidas já
programadas, um ponto muito importante é incluir as despesas eventuais e
pequenas despesas, tais como cinema, lanches, etc. Lembre-se dos pequenos
valores!
3:
Anote separadamente os rendimentos e os gastos em um caderno,
planilha de computador, agenda, ou onde achar melhor. O importante é anotar
e ter registrado a evolução dos seus gastos em relação ao seu rendimento.
A:
Procure quitar as suas dívidas e mantenha-se longe de novas despesas.
É muito importante que você espere começar a obter lucro do seu dinheiro
investido, optar por fazer dívidas podem te levar ao descontrole do seu
orçamento. Quando as pessoas preocupam com gastos e gastam mais do que
ganham encontram a difícil missão de aumentar o seu patrimônio. Evite pegar
dinheiro emprestado procure gastar menos.
B:
Procure e economizar uma parcela do seu salário, de preferência entre 5
e 10%, em uma conta disponibilizada para investimentos, assim você
começará a eliminar a oportunidade de gastá-lo e estará caminhando rumo à
sua riqueza. E o mais importante é que você irá multiplicar seu patrimônio
proporcionando uma tranqüilidade financeira. É um processo no qual você
paga juros a você mesmo.
Observar os aspectos tratados neste tópico não significa você estar
perdendo qualidade de vida, mas sim um objetivo de não piorar a sua vida com
o descontrole financeiro. O seu sucesso depende de você, é importante
lembrar que para caminhar temos que dar o primeiro passo, então quanto mais
cedo você aprender a gerenciar suas finanças, mais rápido você irá aumentar
seu patrimônio e construir sua riqueza.
Renda:
É o dinheiro que você ganha ou recebe, caracterizados pelo salário,
benefícios do governo, rendas com aluguéis, participação nos lucros e
resultados, serviços eventuais, ajuda em dinheiro da Família, e outros
rendimentos.
Despesas:
É o dinheiro que você gasta, doa ou perde, e está relacionado com os
pagamentos de aluguel, seguro saúde, transporte, alimentação, contas de
água, luz e telefone, impostos, e outros.
Se você perceber a necessidade de acrescentar algum outro item
importante dentro desta estimativa, deverá inseri-lo substituindo por algum dos
itens que foram listados na tabela acima.
A elaboração de um orçamento-fluxo de caixa envolve 6 (seis) aspectos
importantes: 1) registrar todas as rendas mensais; 2) registrar todas as
despesas mensais; 3) calcular o total da renda mensal e das despesas
mensais; 4) planejar a renda e as despesas do próximo mês; 5) comparar a
renda e as despesas do mês.
Dívidas:
A dívida é caracterizada pelo dinheiro que devemos a outras pessoas,
em função de termos tomado emprestado ou em função de adquirirmos bens a
prazo, com uma promessa de reembolso do dinheiro posteriormente.
Em regra contraímos dívidas no momento em que gastamos mais
dinheiro do que estamos ganhando ou compramos algum bem ou serviço sem
ter o dinheiro para pagar imediatamente por este benefício. Importante pensar
que se estamos gastando mais do que ganhamos, temos uma dívida, ao
contrário do fato de ganharmos mais do que estamos gastando, e neste último
caso teremos uma poupança.
As dívidas não trazem benefícios às pessoas elas podem comprometer
a vida das pessoas de várias formas, por exemplo:
Ansiedades e medos:
Ansiedades e Medos – preocupar-se com a caixa financeira que só tem
uma torneira aberta em cima e várias torneiras abertas embaixo, enfim se
estamos gastando mais do que ganhamos, as dívidas geradas em função
deste fato e os juros que vão correndo, enriquecendo os banqueiros, trazem
tensões para as pessoas causando significativas preocupações nas pessoas e
medos que as levam a crises que prejudicam a sobrevivência e o bem-estar
das pessoas.
Para eliminarmos as dívidas devemos lembrar do planejamento e
preparar um orçamento capaz de nos dar a noção das entradas e saídas no
nosso fluxo de caixa das finanças pessoais e familiares.
Em seguida você deve listar as suas dívidas, todas: empréstimos
bancários, financiamentos diversos ( carro, casa, educação, etc), empréstimos
pessoais ( tomados de amigos, família, etc), gastos com o cartão de crédito,
contas rotineira não-pagas, crediários em lojas, plano de saúde, impostos, e
outros que identificar.
Neste capítulo verificamos que para ter sucesso financeiro não devemos
evitar os problemas, o caminho do sucesso está em encontrar a capacidade de
resolver os problemas financeiros. Neste sentido, encarar as dívidas de frente e
eliminá-la é a sua oportunidade.
No capítulo 4, vamos estudar alguns aspectos importantes que nos
permitem ter condições de construir a nossa riqueza.
Capítulo 4
Gerenciando as finanças
Gerenciar as finanças envolve ações relacionadas com o corte de gastos
desnecessários, e este processo foi visto por nós no capítulo anterior.
Entretanto, um bom gerenciamento envolve economizar, e melhor investir as
sua economias.
Várias pessoas investem em carteiras de investimento que conhecem e
entendem, outras fazem seus investimentos cegamente, ou seja, sem conhecer
o mercado, a empresa captadora, nem mesmo o tipo de investimento. O fato é
que no mercado financeiro você pode encontrar diversos tipos de
investimentos: ações, fundos, poupança, títulos, imóveis, entre outros.
O importante é você conhecer os tipos de investimentos e investir o
dinheiro de forma planejada e coerente com o seu perfil de investidor e com o
objetivo de lucratividade determinado por você.
Inflação:
Inflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos
preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda.
Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma
quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos. Quando a
inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
Podemos perceber uma série de fatores que podem gerar inflação. O
aumento do preço de um item básico na economia pode influenciar os demais
preços provocando uma alta de preços generalizada. Neste caso temos o
exemplo do petróleo e da energia elétrica, itens de consumo que estão sempre
aumentando seus preços.
Existem muitas outras possibilidades de causar inflação, mas vamos
ficar somente com o excesso de consumo, que também é um fator que
provoca inflação, pois na medida em que estão sendo consumidos produtos
tornam-se escassos, ou seja, ficam em falta no mercado, ocasionando
aumento de seus preços.
Neste momento você deve estar se perguntando, onde é que a inflação
tem relação o meu planejamento financeiro? Simples, Não adianta você pensar
que ter 1 milhão na poupança vai resolver os seus problemas financeiros
futuros, uma vez que devido à inflação este 1 milhão estará valendo pouco
dentro de um determinado período de tempo. Pois, se hoje você compra um
apartamento de luxo com este dinheiro devido a perda do poder aquisitivo do
dinheiro pelo aumento dos preços, ou seja a inflação, dentro de pouco tempo
com este mesmo dinheiro você comprará um apartamento de status menor.
Percebemos que a inflação funciona como uma aplicação às avessas,
pois rende juros negativos, diminuindo a capacidade de compra do seu
dinheiro.
O que fazer neste sentido? Bom, o ideal é aplicar o dinheiro para que
você tenha condições de dar ao mesmo no mínimo uma correção monetária, e
melhor ainda, acrescente o montante aplicado de juros que compense você ter
este dinheiro investido.
Assim, é importante na medida em que se constrói um plano de
investimento, você considerar a inflação dentro desta perspectiva para que
você tenha condições de avaliar o ganho real. Somente conhecendo os
rendimentos que superam a taxa de inflação é que teremos condições de
verificar o quanto ganhamos no período investido.
Cigarra e da formiga:
Esta fábula conta a estória de uma cigarra que vivia saltitando e
cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa
formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente
aproveitar! O verão é para gente se divertir!
A formiga respondeu:
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É
preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo
o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer, pois para ela o
que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no
amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura
perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tremer de frio. Sentia
seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da
formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente à cigarra quase morta de
frio. Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e
deliciosa.
Naquela hora, a formiga disse à cigarra: - No mundo das formigas todos
trabalham e se você quiser garantir o seu futuro deve cumprir com o seu dever
também.
Regra de 72:
A regra de 72 é uma ferramenta muito útil que ajuda a determinar
quantos anos serão necessários para dobrar seu dinheiro, em um investimento
com juros compostos. Serve para demonstrar como diferentes taxas de juros
podem afetar seus investimentos. Através desta regra você pode calcular em
quantos anos seu dinheiro vai dobrar, dividindo 72 pela taxa de correção anual.
Vamos ver no exemplo:
Se os juros forem de 6% ao ano, seu dinheiro poderá dobrar a cada 12
anos, pois 72 dividido por 6 é igual a 12;
Se os juros forem de 8% ao ano, seu dinheiro irá dobrar a cada 9 anos,
pois 72 dividido por 8% é igual a 9;
E assim, 72 dividido por 12% é igual a 6 anos, ou 72 dividido por 16% é
igual 4,5 anos
Percebemos que quanto maior a taxa de juros, em menor tempo seu
capital irá dobrar, sem que você acrescente qualquer quantia ao mesmo.
Qualquer quantidade de dinheiro que você tenha para aplicar você
poderá aumentar a sua riqueza quando procurar taxas de juros interessantes e
adequadas aos seus objetivos de investimentos.
Mas é importante você saber que se você procurar retornos maiores ao
investir, os maiores retornos envolvem maior risco. Não existe investimento que
seja livre de risco, em qualquer oportunidade de investimento rentável você
poderá sofrer perdas no investimento.
Até com os investimentos considerados de segurança, tal como a
poupança, você encontrará o risco dos juros não acompanharem a taxa da
inflação e o seu dinheiro sofrer perda significativa.
Risco:
O risco é caracterizado pela possibilidade do investidor perder uma parte
ou todo o seu investimento. Muitas pessoas pensam que um bom retorno no
investimento pode ser conseguido com pouco ou nenhum risco, entretanto isso
é impossível, infelizmente, uma vez que para alcançar os seus objetivos, você
precisa assumir alguns riscos encontrados e evitar outros.
Antes de conhecer os tipos mais interessantes de investimentos, você
precisa conhecer o seu perfil de investidor:
Investidor conservador: é aquele que procura investir onde existe um pequeno
risco para o seu dinheiro.
Investidor moderado: é o investidor que aceita alguns riscos para obter
uma rentabilidade satisfatoriamente maior. Ele busca aplicar uma parcela
significativa do seu dinheiro em investimentos de risco e outra em aplicações
mais seguras.
Investidor agressivo ou especulativo: é aquele que aceita os riscos de
uma possível perda de parcela dos seus investimentos em busca da
possibilidade de alcançar um alto lucro.
A regra no mercado é que você não deve colocar o seu dinheiro em um
único investimento, deve-se buscar mais de uma alternativa de investimento.
Neste sentido, o ideal é dividir os investimentos entre as várias categorias de
risco, de acordo com o planejamento de investimento elaborado por você. Esta
estratégia pode ajudar a diluir o risco alto de um investimento agressivo ou
especulativo como risco médio ou baixo de um investimento moderado ou
conservador.
Empresas financeiras:
As empresas financeiras são chamados intermediários, empresas
bancárias que levam o dinheiro de quem investir para aqueles que precisam
dele através de uma linha de crédito ou de financiamentos, cobrando uma taxa
de juros pelo uso do dinheiro pelo tomador e remunerando o investidor pela
aplicação do dinheiro.
Dentro do mercado financeiro existem várias empresas financeiras que
apresentam uma diversidade de oportunidade de investimentos. Muitos destas
oportunidades de investimento já deve ser do seu conhecimento: Poupança,
Fundos de Investimentos, CDB, Ações, e outros.
Uma oportunidade de construir a sua riqueza é fazer o seu dinheiro
crescer através dos investimentos. Assim, procuraremos conhecer as
principais alternativas de investimento existentes. Para facilitar o nosso
aprendizado vamos dividir os investimentos a serem apresentados em dois
aspectos: Investimentos de Renda Fixa e Investimentos de Renda Variável.
Os títulos de renda fixa funcionam como um empréstimo, pois no
momento em que você compra o título é como se você estivesse emprestando
dinheiro para o banco emissor do título. Estes títulos são investimentos que em
períodos determinados remuneram o seu dinheiro aplicado. Podem ser pré-
fixados, pois a data da remuneração foi determinada como a do momento da
aplicação, ou ainda, podem ser pós-fixados onde a data da remuneração foi
determinada como a do momento resgate da aplicação.
Estes títulos são classificados de títulos públicos e privados. Vamos
conhecer os títulos privados:
Poupança:
É o investimento mais conhecido e procurado pela maioria das pessoas,
e é uma aplicação conservadora. O rendimento geralmente é de 0,5%+TR ao
mês. A TR (Taxa Referencial) é calculada diariamente com base no CDB como
forma de correção monetária. Levando em consideração o risco baixo
percebemos que o retorno também não traz grande atrativo. A liquidez (grau de
agilidade na conversão de um investimento em dinheiro) é de 30 dias, cabendo
dizer que se o dinheiro for sacado antes de decorridos 30 dias o investidor
perderá a remuneração. Não é preciso pagar o imposto de renda Sobre a
rentabilidade da poupança. e caso a aplicação permaneça depositada por
mais de três meses haverá a devolução do valor da CPMF.
CDB:
Os CDB’s (Certificados de Depósito Bancário) também são títulos de
renda fixa emitido por instituições bancárias. O banco emite o título para captar
dinheiro no mercado, assim vende os títulos aos clientes que tem dinheiro
destinado a investimentos. Este dinheiro será utilizado pelos bancos nas suas
operações de crédito. É como se o Banco pegasse o dinheiro emprestado com
você para emprestar a outras pessoas, é claro que o banco cobra do tomador
uma taxa bem maior do que a que remunera o capital investido por você. As
taxas de CDB são um atrativo, mas vale a pena lembrar que as taxas serão
maiores quanto maiores serão os riscos, neste caso avalie a instituição
bancária em que irá investir seu dinheiro em CDB.
Debêntures:
As debêntures são títulos emitidos por empresas de segmentos diversos
que têm prazo e remuneração certa, a garantia dos títulos são os ativos das
empresas. As empresas emitem debêntures para financiar as operações da
empresa, e a debênture funciona como se a empresa buscasse um empréstimo
a longo prazo dando títulos em troca do dinheiro captado. Quando você adquire
uma debênture é como se estivesse emprestando dinheiro para a empresa,
neste caso pode-se correr o risco de que as debêntures não venham a ser
honradas pelas empresas.
Consumo:
Mudando os hábitos de consumo, assim você deve utilizar o seu
orçamento para verificar o quanto você consome e determinar quais as suas
necessidades. No momento em que você entender o que consome e quando
você consome, terá condições de planejar e controlar melhor as suas finanças.
Compras:
Comprar de forma inteligente, onde você toma decisões inteligentes
perante as suas compras necessárias, aprendendo a negociar, pesquisar
preços e prazos atraentes, pechinchar, enfim tomar decisões inteligentes e
práticas, decisões que vão fazer seu dinheiro render. Você verá que é possível
conseguir mais com seu dinheiro.
Dinheiro:
Fugindo dos juros, na medida em que você utiliza o seu dinheiro, pois
utilizar o dinheiro dos outros não é uma boa idéia. Quando você esta usando o
dinheiro dos outros para pagá-los depois é uma atitude de mau uso do seu
dinheiro. As pessoas que acumulam dívidas pagam por usar o dinheiro que não
é seu. Fugir dos juros é evitar a dívida e o juro, caso esteja pagando procure
quitar esta dívida o quanto antes.
Poupança:
Criando o hábito de poupar, pois quando se poupa para comprar com
dinheiro pode-se evitar financiamentos, principalmente levando em
consideração que no financiamento você está remunerando o dinheiro dos
outros com o pagamento de juros. Os que poupam estendem seu dinheiro, e
pagam muito menos por tudo que compram.
Lembre-se que elaborar o orçamento e promover o controle das
despesas requer esforços, embora demande algum tempo, tenha certeza que
com determinação e empenho você poderá compreender melhor os seus
hábitos de consumo e terá condições de aprender a gerenciar seu dinheiro.
A elaboração do orçamento é um método eficaz que lhe permite
administrar bem seu dinheiro, desta forma você estará definindo metas
importantes para a sua vida. Inicialmente, vão surgir grandes desafios para que
você possa cumprir o orçamento, não desista, continue estudando, praticando
e aplicando os conhecimentos relacionados com o orçamento.
Você poderá verificar que terá uma vida financeira equilibrada e poderá
viver um futuro tranqüilo.
Este livro teve como objetivo trabalhar com você conceitos importantes
para ensiná-lo a administrar bem o seu dinheiro e fazer com que ele renda
mais, proporcionando equilíbrio financeiro a você e sua família. É livro simples
com conceitos simples mas que buscam ser um guia para todo os que desejam
aumentar seus rendimentos aprendendo a multiplicar seus ganhos.
Não perca a oportunidade de construir a sua riqueza, coloque desde já e
sempre os conhecimentos adquiridos através dos seus estudos e busque
sempre continuar aprendendo.