Você está na página 1de 41

Rafael Carlos

 Um rapaz de 17 anos procura seu consultório,


querendo ser liberado para realização de
atividades físicas. Essa é a sua ausculta no 2º
EIE.

 Pergunta: Devo me preocupar com isto?


 É a primeira consulta de uma senhora de 64
anos, assintomática. Você mede a PA no MSD
e encontra 150x90mmHg. Na ausculta
cardíaca no ápice (foco mitral), com a
campânula, você ouve esse som. Nos outros
pontos não há alterações.

 Pergunta: Qual a probabilidade de se tratar


da hipertensão do jaleco branco?
 Você atende a um senhor de 75 anos, com
quadro de edema frio, mole e indolor de MMII
até raiz da coxa, com dispnéia intensa e
taquicardia. Após dose de furosemida e
digitálico, ele está um pouco melhor. Essa é a
ausculta cardíaca no foco mitral, com a
campânula. Não há alterações em outros focos.

 Pergunta: Você liberaria esse senhor sem


maiores preocupações?
 Uma mulher de 32 anos queixava-se de
palpitação. Essa é a sua ausculta em ponta.

 Pergunta: O que você ouve e qual seu


significado
 Indica, na ausculta, o início da sístole
 Representa as vibrações gerados com o
fechamento das valvas atrioventriculares*
 Início no período de contração isovolúmico
 Término com início da ejeção ventricular
 Componentes: M1 e T1
 Coincide com o impulso apical e precede,de
imediato, o pulso arterial
 Melhor audível com o diafragma ( frequência)

 Intensidade é maior na região apical

 As características do tórax podem influenciar a


fonese de B1

 Hiperfonese de B1: intensidade = ou > B2 na


base

 Hipofonese de B1:intensidade reduzida (espera-


se B1 com intensidade < B2 na ponta)
 Indica, na ausculta, o início da diástole
 Representa as vibrações gerados com o fechamento
das valvas semilunares*
 Ocorre com o fim da ejeção ventricular
 O fechamento da VAo precede o da VP
 Componentes: A2 e P2
 A percepção dos 2 sons (A2+P2) chamamos de
desdobramento de B2 (audível somente no 2ºEIE*)
 O desdobramento de B2 normalmente varia
de acordo com a respiração

 Melhor audível com diafragma ( favorece


identificação do desdobramento)

 Mais intensa na ausculta da região da base


(intensidade da fonese de B2> B1)
 Situada na diástole
 Grande importância o contexto clínico
 Também reconhecida como bulha protodiastólica
(px à B2)
 Fonese de baixa frequência na diástole precoce
 Pode ser palpada (tecnicamente difícil)
 Ocorre ao final do período de enchimento rápido
ventricular
 Som suave e de baixa frequência

 Intensidade inferior a de B1 e B2

 Pode ser originada tanto de VD como de VE

 Melhor audível com campânula

 De VE: Decúbito semilateral esquerdo na ponta

 De VD: Borda esternal esqueda baixa (xifóide)


 Pode estar presente na IC descompensada

 Sinal de grande especificidade no cenário


clínico compatível

 Podem estar presentes em Disfunção


miocárdica, Sobrecarga de pressão e
Sobrecarga de volume ventricular
 Situada na diástole
 Grande importância o contexto clínico
 Também reconhecida como galope pré-sístólico (px
à B1)
 Fonese de baixa frequência na pré-sístole
 Pode ser palpada (movimento para fora)
 Ocorre na pré-sístole relacionado à contração atrial
 Som suave e de baixa frequência (ruído abafado)

 Intensidade inferior a de B1 e B2

 Pode ser originada tanto de VD como de VE

 Melhor audível com campânula

 De VE: Decúbito semilateral esquerdo

 De VD: Borda esternal esqueda baixa (xifóide)


 Reflete a força de contração atrial vigorosa
necessária para seu esvaziamento

 Pode estar presente quando há:

 Elevação da Pressão Diastólica Final do Ventrículo


 Aumento do Enchimento do Ventrículo
 Sons de alta frequência e curta duração

 Proto, meso ou telessistólicos

 Também chamados de estalido ou cliques

 Som de ejeção sistólico precoce: cliques ou ruído


de ejeção

 Som que não se relacionam com ejeção: estalido


 Sons de alta frequência imediatamente após B1

 Analisar anatomia e estruturas das


VSVentriculares

 Presentes nas seguintes situações


 Valva semilunar estenótica, porém móvel
 Aumento do volume de sangue ejetado para os vasos
 Ejeção mais vigorosa por Hipertensão na Ao ou TP
 Dilatação de uma das grandes artérias
 Auscultada após a fase de contração isovolúmica

 Melhor audível nas bases (diferenciar de desd B1)

 Melhor audível com o diafragma

 Não são palpáveis


 Sons de alta frequência

 Único ou múltiplos

 Não se relacionam com a ejeção do sangue

 Maioria são de origem intracardíaca

 Geralmente produzidos após o fechamento da


VMi

 Sinal sensível e específico do PVMi


 Em geral ocorre na mesossístole

 Melhor com o diafragma

 Paciente em decúbito dorsal ou semilateral E

 Melhor audível em região apical (Mitral)

 Manobra de Valsalva pode acentuar o


estalido
 De origem Extracardíaca:

 Origem pericárdica

 Ruídos no pneumopericárdio

 Ruídos no pneumomediastino

 Ruídos no Pneumotórax
 São o estalido de abertura da valvas
atrioventriculares e ruídos pericárdicos
 Estalido de abertura:

 Som de alta frequência e curta duração, no início


da diástole (logo após B2)
 Mais relacionada a Vmi
 Presente em casos de valvas estenosadasou
aumento de fluxo para o interior dos ventrículos
ou movimento de abertura muito rápido
 Melhor audível com o diafragma

 Audível em decúbito dorsal e intensificado


em semilateral E

 Melhor audível junto à ponta e REE baixo

 Diagnóstico diferencial com desd de B2 e B3


 Encontrado tipicamente na pericardite
constritiva
 Mais intenso no início da fase de enchimento
rápido da diástole
 Som variável, porém de alta frequência
 Pode ter vários componentes
 Paciente em DD e mais perceptível em REE
baixo
 Voltando aos casos
 Um rapaz de 17 anos procura seu consultório,
querendo ser liberado para realização de
atividades físicas. Essa é a sua ausculta no 2º
EIE.

 Pergunta: Devo me preocupar com isto?

 Resposta: Não, pois trata-se de


Desdobramento fisiológico de B2
 É a primeira consulta de uma senhora de 64
anos, assintomática. Você mede a PA no MSD e
encontra 150x90mmHg. Na ausculta cardíaca no
ápice (foco mitral), com a campânula, você ouve
esse som. Nos outros pontos não há alterações.

 Pergunta: Qual a probabilidade de se tratar da


hipertensão do jaleco branco?

 Resposta: Baixa probabilidade, uma vez que já


apresenta B4
 Você atende a um senhor de 75 anos, com quadro de
edema frio, mole e indolor de MMII até raiz da coxa,
com dispnéia intensa e taquicardia. Após dose de
furosemida e digitálico, ele está um pouco melhor.
Essa é a ausculta cardíaca no foco mitral, com a
campânula. Não há alterações em outros focos.
 Pergunta: Você liberaria esse senhor sem maiores
preocupações?
 Resposta: Não, pois esse senhor ainda apresenta
uma B3 e portanto ainda não está compensado do seu
quadro
 Uma mulher de 32 anos queixava-se de palpitação.
Essa é a sua ausculta em ponta.

 Pergunta: O que você ouve e qual seu significado

 Resposta: Ouve-se um estalido mesossistólico, que


apesar de ser esse o termo correto, é chamado
comumente de Clique Mesossistólico. Muito
provalvemente significa um prolapso de VMi (que
pode exigir mais investigação ou somente ser
acompanhado de perto)
 Semiologia Médica – As Bases do Diagnóstico – 5ª Ed. Mario
López

 Discussão de casos – Prof. Ricardo Rocha Bastos e Prof.


Sérgio Botti do Dpto de CLM da FM UFJF

 Aplicativos de ausculta : Auscultar, AUSCCARDIO e Heart


Sounds
Slide Aplicativo Som

3 AUSCCARDIO - Bulhas B2 + Desd B2

4 Auscultar B4

5 Auscultar B3

6 Auscultar Clique mesossistólico

8 AUSCCARDIO - Bulhas B2

11 AUSCCARDIO - Bulhas B2

14 Auscultar Desdobramento paradoxalB2

17 Auscultar B3

21 Auscultar B4

25 Heart Sounds Ejection click

29 Auscultar Clique mesossistólico

32 Heart Sounds Opening Snap

33 Heart Sounds Pericardial Friction Rub 1:30


 Por hoje....

Você também pode gostar