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Novembro - 2017

CADERNO DE RESUMOS E ATAS


DIGITAIS DE BANNERS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL


I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE LINGUAGENS
XIX SEMANA DE LETRAS
CADERNO DE RESUMOS E
ATAS DIGITAIS DE
BANNERS
Comissão Científica

Elaine de Moraes Santos


Fabiana Poças Biondo Araújo
Monica Alvarez Gomes

Comissão de Apoio Científico

Débora Alves da Silva


Natália Gabrieli dos Santos Fagundes Euzébio

Comissão de Apoio Técnico

Júlia Evelyn Muniz Barreto Guzman


Rodrigo Aquino Alves

UFMS/Novembro-2017

2
SUMÁRIO
ÁREA TEMÁTICA: LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA

TÍTULO PÁGINA

8
DISPOSIÇÃO DOS BANNERS

10
CADERNO DE RESUMOS

O OLHAR DO ALUNO DE ENSINO MÉDIO SOBRE A DISCIPLINA DE


LÍNGUA INGLESA 11

Autora: Fernanda Wider Fernandes. Coautoras: Ana Paula Azevedo de Andrade


Medeiros Massaranduba e Samanta Sant’Ana Ferreira. Orientadora: Marta
Banducci Rahe.

A ESCOLA COMO UMA INSTÂNCIA RESPONSÁVEL PELA


CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE GÊNERO 13

Autora: Géssica Bianca Rosa da Silva. Coautora: Graciela Aguirre Almada.


Orientadora: Fabiana Poças Biondo Araújo.

A ESCRITA DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVA DE ALUNOS DO


TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO: SIGNIFICAÇÃO, 14
RETEXTUALIZAÇÃO E OCUPAÇÃO AUTORAL.
Autora: Michelle Batista Gonçalves. Coautores: Fernando Abrão Sato, Mateus
Gabilanes Rodrigues e Rodrigo Aquino Alves. Orientadora: Elaine de Moraes
Santos.

3
A EVASÃO NOS CURSOS DE LICENCIATURA EM EAD DA UFMS
16
Autora: Annalies Padron Chiappetta Coautora: Patrícia Graciela da Rocha.

LABORATÓRIO DE REVISÃO DE TEXTOS: CRIAÇÃO, IMPACTOS E


PERSPECTIVAS

Autora: Bianca Moreira Rezende. Coautoras: Iasmin Maia Pedro, Mayole 17


Vitória Velasques Ribeiro, Monalisa Iris Quintana. Orientadora: Fabiana Poças
Biondo Araújo.

ENSINO DE LITERATURA E O LIVRO DIDÁTICO: UMA ANÁLISE DAS


POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
19
Autora: Diana Brandão de Souza. Orientador: Ramiro Giroldo.

BUSCANDO SEQUÊNCIAS FIXAS NO LÉXICO DA ÁREA SEMÂNTICA DA


HABITAÇÃO: UM ESTUDO DE FALANTES DAS CAPITAIS BRASILEIRAS
21
Autora: Julia Evelyn Muniz Barreto Guzman. Coautora: Elizabete Aparecida
Marques.

A CIRCULAÇÃO DE TRADUÇÕES/INTEPRETAÇÕES EM LIBRAS NO


YOUTUBE: IDENTIDADE SURDA, SEGREGAÇÃO E EFEITOS DE PODER
23
Autora: Ana Paula Saffe Mendes. Coautora: Elaine de Moraes Santos.

A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM ENTRE FORMAS SEMÂNTICAS E


PLÁSTICAS: O POETA MANOEL DE BARROSA 25

Autora: Ana Carolina Deocleciano Oliveira. Coautora: Maria Luceli Faria


Batistote.

A BUSCA DO SENTIDO: O TURISMO EM QUESTÃO

Autor: Renan Ramires de Azevedo. Coautora: Maria Luceli Faria Batistote.


26

ENCONTRO INTERMEDIÁRIO DO GT DE SEMIÓTICA DA ANPOLL

Autora: Isabela Aparecida Moura Marques. Coautora: Ana Paula Rodrigues 27


Macedo. Orientadora: Sueli Maria Ramos da Silva.

4
ÁREA TEMÁTICA: LITERATURA, ESTUDOS COMPARADOS
E INTERARTES

TÍTULO PÁGINA

DO HUMANO AO MAQUÍNICO: CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA


RELAÇÃO HOMEM MÁQUINA E IMORTALIDADE
28

Autor: Lucas Schuindt Chaves. Coautora: Angela Maria Guida.

ÁREA TEMÁTICA: LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA

TÍTULO PÁGINA

ATAS DIGITAIS DE BANNER 29

O OLHAR DO ALUNO DE ENSINO MÉDIO SOBRE A DISCIPLINA DE


LÍNGUA INGLESA
30
Autora: Fernanda Wider Fernandes. Coautoras: Ana Paula Azevedo de Andrade
Medeiros Massaranduba e Samanta Sant’Ana Ferreira. Orientadora: Marta
Banducci Rahe.

A ESCOLA COMO UMA INSTÂNCIA RESPONSÁVEL PELA


CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE GÊNERO 31

Autora: Géssica Bianca Rosa da Silva. Coautora: Graciela Aguirre Almada.


Orientadora: Fabiana Poças Biondo Araújo.

5
A ESCRITA DISSERTATIV0-ARGUMENTATIVA DE ALUNOS DO
TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO: SIGNIFICAÇÃO,
RETEXTUALIZAÇÃO E OCUPAÇÃO AUTORAL.
32
Autora: Michelle Batista Gonçalves. Coautores: Fernando Abrão Sato, Mateus
Gabilanes Rodrigues e Rodrigo Aquino Alves. Orientadora: Elaine de Moraes
Santos.

A EVASÃO NOS CURSOS DE LICENCIATURA EM EAD DA UFMS


33
Autora: Annalies Padron Chiappetta. Coautora: Patrícia Graciela da Rocha.

LABORATÓRIO DE REVISÃO DE TEXTOS: CRIAÇÃO, IMPACTOS E


PERSPECTIVAS
34
Autora: Bianca Moreira Rezende. Coautoras: Iasmin Maia Pedro, Mayole
Vitória Velasques Ribeiro, Monalisa Iris Quintana. Orientadora: Fabiana Poças
Biondo Araújo.

ENSINO DE LITERATURA E O LIVRO DIDÁTICO: UMA ANÁLISE DAS


POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 35

Autora: Diana Brandão de Souza. Orientador: Ramiro Giroldo.

BUSCANDO SEQUÊNCIAS FIXAS NO LÉXICO DA ÁREA SEMÂNTICA DA


HABITAÇÃO: UM ESTUDO DE FALANTES DAS CAPITAIS BRASILEIRAS
36
Autora: Julia Evelyn Muniz Barreto Guzman. Coautora: Elizabete Aparecida
Marques.

A CIRCULAÇÃO DE TRADUÇÕES/INTEPRETAÇÕES EM LIBRAS NO


YOUTUBE: IDENTIDADE SURDA, SEGREGAÇÃO E EFEITOS DE PODER 37

Autora: Ana Paula Saffe Mendes. Coautora: Elaine de Moraes Santos.

A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM ENTRE FORMAS SEMÂNTICAS E


PLÁSTICAS: O POETA MANOEL DE BARROSA 38

Autora: Ana Carolina Deocleciano Oliveira. Coautora: Maria Luceli Faria


Batistote.

6
39
A BUSCA DO SENTIDO: O TURISMO EM QUESTÃO

Autor: Renan Ramires de Azevedo. Coautora: Maria Luceli Faria Batistote.

ENCONTRO INTERMEDIÁRIO DO GT DE SEMIÓTICA DA ANPOLL 40


Autora: Isabela Aparecida Moura Marques. Coautora: Ana Paula Rodrigues
Macedo. Orientadora: Sueli Maria Ramos da Silva.

ÁREA TEMÁTICA: LITERATURA, ESTUDOS COMPARADOS


E INTERARTES

TÍTULO PÁGINA

DO HUMANO AO MAQUÍNICO: CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA


RELAÇÃO HOMEM MÁQUINA E IMORTALIDADE
41

Autor: Lucas Schuindt Chaves. Coautora: Angela Maria Guida.

7
DISPOSIÇÃO DOS BANNERS
Dia: 22/11/2017
LINGUAGENS, IDENTIDADES E ENSINO
Autora: Fernanda Wider Fernandes
Coautoras: Ana Paula Azevedo de OLHAR DO ALUNO DE ENSINO MÉDIO
Andrade Medeiros Massaranduba e SOBRE A DISCIPLINA DE LÍNGUA
01 Samanta Sant’Ana Ferreira INGLESA
Orientadora: Marta Banducci Rahe
02 Autora: Géssica Bianca Rosa da Silva A ESCOLA COMO UMA INSTÂNCIA
Coautora: Graciela Aguirre Almada RESPONSÁVEL PELA CONSTRUÇÃO
Orientadora: Fabiana Poças Biondo DA IDENTIDADE DE GÊNERO
Araújo

03 Autora: Michelle Batista Gonçalves A ESCRITA DISSERTATIVO-


Coautores: Fernando Abrão Sato, ARGUMENTATIVA DE ALUNOS DO
Mateus Gabilanes Rodrigues e Rodrigo TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO:
Aquino Alves SIGNIFICAÇÃO, RETEXTUALIZAÇÃO E
Orientadora: Elaine de Moraes Santos OCUPAÇÃO AUTORAL

04 Autora: Annalies Padron Chiappetta


Coautora: Patrícia Graciela da Rocha A EVASÃO NOS CURSOS DE
LICENCIATURA EM EAD DA UFMS
05 Autora: Bianca Moreira Rezende
Coautoras: Iasmin Maia Pedro, Mayole LABORATÓRIO DE REVISÃO DE
Vitória Velasques Ribeiro, Monalisa Iris TEXTOS: CRIAÇÃO, IMPACTOS E
Quintana. PERSPECTIVAS
Orientadora: Fabiana Poças Biondo
Araújo
06 Autora: Diana Brandão de Souza
Orientador: Ramiro Giroldo ENSINO DE LITERATURA E O LIVRO
DIDÁTICO: UMA ANÁLISE DAS
POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE
ENSINO E APRENDIZAGEM
Autora: Julia Evelyn Muniz Barreto
Guzman BUSCANDO SEQUÊNCIAS FIXAS NO
07 Coautora: Elizabete Aparecida LÉXICO DA ÁREA SEMÂNTICA DA
Marques HABITAÇÃO: UM ESTUDO DE
FALANTES DAS CAPITAIS
BRASILEIRAS

8
08 A CIRCULAÇÃO DE
Autora: Ana Paula Saffe Mendes TRADUÇÕES/INTEPRETAÇÕES EM
Coautora: Elaine de Moraes Santos LIBRAS NO YOUTUBE: IDENTIDADE
SURDA, SEGREGAÇÃO E EFEITOS DE
PODER

PRÁTICAS E OBJETOS SEMIÓTICOS


Autor: Ana Carolina Deocleciano A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM ENTRE
09 Oliveira FORMAS SEMÂNTICAS E PLÁSTICAS:
Coautora: Maria Luceli Faria Batistote O POETA MANOEL DE BARROSA

Autor: Renan Ramires de Azevedo


10 Coautora: Maria Luceli Faria Batistote A BUSCA DO SENTIDO: O TURISMO EM
QUESTÃO

Autora: Isabela Aparecida Moura ENCONTRO INTERMEDIÁRIO DO GT


11 Marques DE SEMIÓTICA DA ANPOLL
Coautora: Ana Paula Rodrigues
Macedo
Orientadora: Sueli Maria Ramos da
Silva

POÉTICAS MODERNAS E CONTEMPORÂNEAS


DO HUMANO AO MAQUÍNICO:
12 Autor: Lucas Schuindt Chaves CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA
Coautora: Angela Maria Guida RELAÇÃO HOMEM MÁQUINA E
IMORTALIDADE

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RESUMOS

10
O OLHAR DO ALUNO DE ENSINO MÉDIO SOBRE A DISCIPLINA DE LÍNGUA INGLESA

Fernanda Wider Fernandes


Ana Paula Azevedo de Andrade Medeiros Massaranduba
Samanta Sant’Ana Ferreira
Profª. Dra. Marta Banducci Rahe

Resumo: As orientações curriculares nacionais buscam levar o aluno a participar do mundo social pelo
desenvolvimento da cidadania, do trabalho e da continuidade dos estudos. A Língua Inglesa auxilia o
atingimento destas proposições ao favorecer o desenvolvimento da representação e comunicação, da
investigação e compreensão e da contextualização sociocultural. O olhar dos alunos sobre a disciplina
é caminho importante a ser percorrido para que a conquista das habilidades e competências propostas
sejam alcançadas. O objetivo desta pesquisa foi examinar a maneira como os alunos do Ensino Médio,
de três escolas públicas de Campo Grande – MS Escola Estadual Amando de Oliveira, Escola Estadual
Orcírio Thiago de Oliveira e Escola Estadual João Carlos Flores, relacionam-se com a disciplina. Para
tal, aplicamos um questionário com questões abertas e fechadas, além da pesquisa bibliográfica
(SARNOSKI, 2014) que serviu de apoio para as reflexões teóricas sobre o tema. A análise dos
dados demonstrou que os alunos atribuem valor positivo à aquisição e desenvolvimento da língua
adicional. Suas crenças apontam para uma multiplicidade de instrumentos passíveis de utilização nas
aulas e conferem credibilidade à possibilidade de aprendizagem da Língua Inglesa no ensino público.
Críticas à quantidade de aulas e às abordagens utilizadas nas práticas dos professores, assim como ao
sistema de avaliação e apropriação do conteúdo, foram levantadas como fatores que dificultam a
aprendizagem. Dessa forma, pudemos concluir que os alunos do Ensino Médio têm consciência da
multiplicidade de oportunidades que a língua adicional pode propiciar e anseiam por aulas mais
dinâmicas e interessantes, que privilegiem aspectos para além da gramática.
Palavras-chave: Língua Inglesa. Ensino médio. Crenças dos alunos.

Referências

BRASIL. Orientações curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, códigos e suas tecnologias.
Brasília: Ministério da Educação, 2006. 239 p. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_01_internet.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2017.

CRUSE, Rui Manuel. PECK, Erick Rodrigues. A importância do inglês para as tecnologias da
informação. Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia, Canoas, v.1, n.1, 2012. Disponível
em: <https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1704>. Acesso em: 07 ago. 2017.

GERHARDT, Tatiana Engel. SILVEIRA, Denise Tolfo. (Org). Métodos de pesquisa. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2009. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017.

MARCUZZO, Patrícia. FLORÊNCIO, Jane Aparecida. As Representações de uma Turma de Alunos


do Ensino Médio acerca do Processo de Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa em uma Escola
Pública. SIGNUM: Estud. Ling., Londrina, n. 15/2, p. 173-196, 2012. Disponível em:

11
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/viewFile/12634/12087>. Acesso em: 1 jun.
2017.

NASCIMENTO, Cleideni A. do. SILVA, Angleice Sousa. VIANA, Frederico Loiola. SILVA,
Samara Oliveira. FARIAS, Tatiana G. N. A questão cultural no ensino de Língua Inglesa. Revista
Acadêmica Eletrônica Sumaré,8ª e 9ª ed., 2014. Disponível em:
<http://revistaqualis.sumare.edu.br/index.php/revista/article/download/51/85>. Acesso em: 7
ago. 2017.

POLATO, Amanda. MENEGUEÇO, Bruna. Ensino de Língua Estrangeira vai além da gramática.
Nova Escola, 2008, s/p. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2459/ensino -de-
lingua-estrangeira-vai-alem-da-gramatica>. Acesso em: 07 ago. 2017).

SARNOSKI, Eliamara Aparecida. Afetividade no processo ensino- aprendizagem. REI-Revista


de Educação do IDEAU. Vol. 9, n. 20, 2014. Disponível em:
<https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/223_1.pdf> . Acesso em: 07
ago. 2017.

12
A ESCOLA COMO UMA INSTÂNCIA RESPONSÁVEL PELA CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DE GÊNERO

Géssica Bianca Rosa da Silva


Graciela Aguirre Almada
Profª. Dra. Fabiana Poças Biondo Araújo

Resumo: Os temas Identidade de Gênero e Feminismo estão entre os mais discutidos nas mídias nos
últimos anos. Estando esses conceitos interligados, são construídos por meio das instâncias sociais e
culturais, em um processo discursivo sempre inacabado. Uma das instâncias sociais responsáveis por
esse processo de construção é a escola. A partir dessa proposição e da compreensão de que “a
construção do gênero e da sexualidade dá-se ao longo de toda a vida, continuamente, infindavelmente.
[...], sendo um processo minucioso, sutil, sempre inacabado” (LOURO, 2008, p. 18), este trabalho foi
desenvolvido como parte do Estágio Obrigatório de Língua Portuguesa do Curso de Letras Português e
Espanhol da UFMS, em três escolas públicas da cidade de Campo Grande-MS. Foram aplicados
questionários a 153 alunos dessas escolas, com o objetivo de investigar o modo como os alunos do
Ensino Médio compreendem e lidam com questões de feminismo e de identidade de gênero, bem como
a forma como os tais temas estão sendo abordados nas escolas, pelos professores. Os resultados
mostraram que os alunos têm apenas conhecimentos superficiais a respeito das questões de gênero e de
feminismo, ainda não consolidados e que, assim, não promovem uma reflexão e um pensamento
crítico sobre o tema. Há, portanto, uma necessidade de se ressignificar esses conceitos nessas escolas e
com esses alunos.

Palavras-chave: Identidade de Gênero. Feminismo. Escola.

Referência

LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Porto Alegre: Pro-
Posições. v. 19, n. 2 (56) – maio/ago. 2008.

13
A ESCRITA DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVA DE ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO
ENSINO MÉDIO: SIGNIFICAÇÃO, RETEXTUALIZAÇÃO E OCUPAÇÃO AUTORAL

Fernando Abrão Sato


Mateus Gabilanes Rodrigues
Michelle Batista Gonçalves
Rodrigo Aquino Alves
Profª. Dra. Elaine de Moraes Santos

RESUMO: Considerando as demandas educacionais relativas ao letramento e ao grafocentrismo


apregoado nas comunicações sociais, este trabalho tem por objetivo discutir, à luz dos pressupostos
teóricos da Análise do Discurso de linha francesa, os processos de significação e inscrição do sujeito
em produções escritas de alunos do último ano do ensino médio, sobretudo a partir do exercício da
função-autor (Foucault, 2009), enquanto um lugar discursivo ocupado e em conformidade às
condições de possibilidade (Foucault, 2010a) de sua formação escolar em andamento. Para tanto, a
pesquisa de campo se dividiu em três momentos: (i) na criação e na aplicação de um simulado voltado
a aferir o desempenho na elaboração de teses, de argumentos e na compreensão de propostas; (ii) na
análise de redações desenvolvidas na realização de um laboratório de produção textual em uma escola
estadual de Campo Grande; (iii) na análise dos livros didáticos de três escolas estaduais do mesmo
município, para mapear o modo como os materiais trabalham com gêneros argumentativos, bem como
para verificar se eles focalizam o exercício da retextualização (Fernandes, 2009), em estímulo ao
desenvolvimento da autoria. Embora o domínio argumentativo seja uma regularidade discursiva
(Foucault, 2010b) nos livros adotados nas instituições públicas analisadas, no batimento entre: a) os
dados levantados na aplicação do simulado, na análise de materiais e na solicitação de uma produção
inicial na primeira parte do laboratório e b) os textos elaborados após a implementação da prática de
retextualização na continuação do laboratório, os resultados apontaram que “os problemas de escrita”
frequentemente “denunciados” em referência aos estudantes dos últimos anos escolares vão além do
âmbito retórico, lógico e gramatical e se circunscrevem no apagamento da autoria do aluno nas
práticas escritas e na reprodução de ideias comuns devido à projeção que fazem de seu interlocutor.
Ademais, a adoção da retextualização configurou-se como um instrumento metodológico que favorece
a inscrição do aluno enquanto autor de sua produção ao lhe permitir que se faça ator de práticas sociais
como a escrita argumentativa.
Palavras-chave: Texto dissertativo-argumentativo. Autoria. Retextualização. Inscrição. Significação.

Referências

FERNANDES, Eliane Marquez da Fonseca. A escrita e a reescrita: os gestos da função-autor-leitor.


In: INDURSKY, Freda; FERREIRA, Maria Cristina Leandro; MITTMANN, Solange (orgs.). O
discurso na contemporaneidade: materialidades e fronteiras. 1ª Ed. São Carlos: 2009. p. 405-416.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? In: _____. Estética, Literatura e Pintura, Música e Cinema.
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
______. A ordem do discurso. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 20. Ed. São Paulo: Edições
Loyola, 2010a

14
______. A arqueologia do saber; tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2010b.

15
A EVASÃO NOS CURSOS DE LICENCIATURA EM EAD DA UFMS
Annalies Padron Chiappetta
Profª. Dra. Patrícia Graciela da Rocha

Educação a Distância (EaD), aliada às tecnologias de informação e comunicação, rompe as


barreiras de espaço e tempo. Porém, a evasão dos estudantes nela matriculados vem se
mostrando o maior obstáculo para o ensino a distância de acordo com o CENSO EAD BRASIL
2015, realizado pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), o que evidencia a
necessidade de um diagnóstico desse fenômeno, principalmente quando se trata de evasão em
cursos ofertados por instituições de ensino superior públicas. Nesse sentido, esta pesquisa
objetiva identificar as causas da evasão nos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas,
Educação Física, Geografia, Letras Português e Espanhol, Matemática e Pedagogia, ofertados na
modalidade a distância pela UFMS, bem como propor estratégias de prevenção. A fim de atingir
os objetivos expostos, estamos realizando um estudo de caso, pois o trabalho se restringe a
investigar uma instituição e uma modalidade de ensino que está sendo feito por meio de um
roteiro de entrevista semi-estruturada submetido via questionário on-line (Google docs) ou via
telefone. A amostra é composta por todos os estudantes desistentes dos referidos cursos de
licenciatura iniciados a partir do ano de 2008. Os resultados preliminares apontam para maior
evasão no curso de licenciatura em Letras Português/Espanhol Ead, do que formandos e
prováveis formandos. Esta análise foi feita, através da coleta de dados, de matriculados nas
cidades de Águas Claras, Apiaí, Bataguassu, Bela Vista, Camapuã, Costa Rica, Miranda, Porto
Murtinho, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste, do ano de 2008 a 2014.

Palavras-chave: Evasão. Educação a distância. Licenciaturas. UFMS.

16
LABORATÓRIO DE REVISÃO DE TEXTOS: CRIAÇÃO, IMPACTOS E PERSPECTIVAS

Bianca Moreira Rezende


Iasmin Maia Pedro
Mayole Vitória Velasques Ribeiro
Monalisa Iris Quintana
Profª. Dra. Fabiana Poças Biondo Araújo

Com mais de 2640 egressos dos cursos de Letras da UFMS de Campo Grande que atuam ou estão
aptos a trabalhar na docência em níveis fundamental, médio, tecnológico e superior, é cada vez mais
frequente a procura por cursos e serviços para a produção e revisão de textos acadêmico-científicos,
sobretudo voltados aos processos seletivos de ingresso na graduação e na pós-graduação. Cientes
dessas necessidades e do papel que o letramento acadêmico desenvolve na produção e na circulação do
saber, o objetivo deste trabalho é apresentar o relato da experiência de extensão desenvolvida na
criação do LABREV - Laboratório de Revisão de Textos Acadêmico-científicos para atendimento da
comunidade universitária e da comunidade externa. Orientadas pelo caráter multidisciplinar que as
constituem, as ações do LABREV tomam como referenciais a Análise do Discurso de língua francesa
(AD) e a Linguística Aplicada (LA), em diálogo com diferentes perspectivas que investigam o fazer
científico. Além disso, a proposta parte de resultados parciais do Projeto de Pesquisa “Materialidades
discursivas e efeitos de autoria na produção/revisão de textos acadêmico-científicos na universidade”,
das produções textuais realizadas em 2016 e 2017 nas disciplinas obrigatórias Leitura e Produção de
Textos I e dos resultados do Projeto de Ensino Produção e Revisão de Textos, concluído no início do
ano. No bojo desse terreno teórico-metodológico, o laboratório tem atuado em duas direções: a) na
oferta de cursos online; b) na prestação de serviços de revisão de trabalhos científicos. Nessa direção,
as atividades são realizadas com foco na publicação artigos, na orientação de trabalhos e na promoção
eventos que potencializem as habilidades e as competências essenciais à criação do perfil profissional
de revisores, redatores oficiais e/ou de assessores em língua materna, sejam como modo de aumentar a
área de atuação dos profissionais ou como meio de complementar a formação das turmas em
andamento. A metodologia adotada em cada uma dessas frentes prevê atividades de leitura, de análise
textual e de produção da escrita científica não se limitando à formação dos sujeitos universitários, mas
fomentando uma gama de práticas discursivas (Foucault, 2010) e sociais nas quais esse letramento
acadêmico (Lea e Street, 1998) é necessário. Entre os resultados parciais estão a ampliação das
reflexões sobre a escrita e o desenvolvimento de maior consciência acerca de seus efeitos de sentido,
principalmente no que diz respeito aos mecanismos linguístico-discursivos selecionados para a
retextualização (Fernandes, 2009) e para a produção de efeitos de autoria (Foucault, 2009).

Palavras-chave: Revisão textual. Letramento acadêmico. Escrita científica.

17
Referências:

FERNANDES, Eliane Marquez da Fonseca. A escrita e a reescrita: os gestos da função-autor-leitor.


In: INDURSKY, Freda; FERREIRA, Maria Cristina Leandro; MITTMANN, Solange (orgs.). O
discurso na contemporaneidade: materialidades e fronteiras. 1ª Ed. São Carlos: 2009. p. 405-416.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber; tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. 7. ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2010.
_____. O que é um autor? In: _____. Estética, Literatura e Pintura, Música e Cinema. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 2009.
LEA, Mary; STREET, Brian Vincent. Student writing in higher education: an academic literacies
approach. Studies in higher education, v. 23, n. 2, p. 157-172, jun. 1998.

18
O ENSINO DE LITERATURA E O LIVRO DIDÁTICO: UMA ANÁLISE DAS
POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Diana Brandão de Souza


Natália Gabrieli dos Santos Fagundes Euzébio
Julia Evelyn Muniz Barreto Guzman
Débora Alves da Silva
Prof. Dr. Ramiro Giroldo

Neste artigo, serão apresentados os resultados do modo como o Livro Didático (LD) da disciplina de
Literatura é trabalhado em sala de aula, bem como uma análise e comparação deste recurso
pedagógico. Tem-se como objetivo, por meio das escolas conveniadas com o programa de estágio do
curso de Letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: Escola Estadual Orcírio Thiago de
Oliveira, Escola Estadual Amando de Oliveira e Escola Estadual João Carlos Flores, buscar a
identificação através da avaliação dos LD’s e dos questionários aplicados, de como ocorre a utilização
do livro didático nessas instituições e se eles são capazes de auxiliar no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos do Ensino Médio. A metodologia aplicada para obtenção dos dados foi
desenvolvida em conjunto, sob orientação do professor orientador, que consistiu na aplicação de
questionários aos professores da disciplina de Literatura e empréstimo dos livros da disciplina pelas
escolas no mês de Junho de 2017. O questionário foi composto de cinco questões abertas, aplicadas em
encontros com os docentes e os livros didáticos foram analisados em um período de uma semana pelas
acadêmicas, levando sempre em consideração o tratamento que é dado à Literatura nas obras. Para a
análise de dados, foram utilizados como referencial teórico: Bender (2007), Bittencourt (1993), Diniz
(1994), Fritzen e Silva (2009), Jaconi (2006), Lajolo e Zilbermen (1996), Leahy-Dios (2004), Molina
(1988),Oliveira (2001), dentre outros que discutem as vantagens e desvantagens desse material e de
que forma sua aplicabilidade pode ou não ser prejudicial aos alunos e/ou professores, dentro do
processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Processo de Ensino Aprendizagem. Literatura. Ensino Médio. Livro Didático.

Referências

AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTONIO, Severino. Novas Palavras 2,
5.ed. São Paulo: FTD,2013.

BENDER, Eliane Andrea. O Livro Didático de Literatura para o Ensino Médio. Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Tese de Mestrado, 2007.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens, 2º ano: língua
portuguesa. 5. ed. São Paulo: Atual, 2005.

19
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura, 2º ano: língua portuguesa. 3º. ed. Curitiba:
Base Editorial, 2013.
FRITZEN, C. ; SILVA, D. A. R. . Livro didático e ensino de literatura: o que dizem as pesquisas dos
programas de pós-graduação?. In: 17º COLE - Congresso de Leitura do Brasil, 2009, Campinas - SP.
Congresso de Leitura do Brasil - Anais 17º COLE, 2009.

JADEL, J. A. F. . A estilística aplicada a poemas como estratégia de leitura. In: Simpósio Internacional
de Ensino de Língua Portuguesa, 2013, Uberlândia. Anais do SILEL. Uberlândia: EDUFU, 2013. v. 3.

OLIVEIRA, J. P. T. ; A eficiência e/ou ineficiência do livro didático no processo de ensino-


aprendizagem. 2014. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROTERS, G. A. ; TEIXEIRA, R. F. B. Leitura Literária e Livro Didático: uma parceria possível?. In:
VII Congresso Nacional de Educação - EDUCERE, 2008, Curitiba. Anais EDUCERE 2008, 2008.

20
BUSCANDO SEQUÊNCIAS FIXAS NO LÉXICO DA ÁREA SEMÂNTICA DA HABITAÇÃO:
UM ESTUDO DE FALANTES DAS CAPITAIS BRASILEIRAS
Julia Evelyn Muniz Barreto Guzman
Profª. Dra. Elizabete Aparecida Marques

Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados preliminares de um estudo que visa analisar
as sequências fixas (ou fraseologismos) identificadas nas respostas fornecidas por falantes das cinco
regiões do Brasil para as 8 perguntas relacionadas à área semântica habitação, bem como possíveis
sequências fixas que poderão surgir nos diálogos durante as entrevistas documentadas pelo Projeto
ALiB (Atlas Linguístico do Brasil), com vistas a fornecer dados para subsidiar a produção de
dicionários, de material para estudos de tradução, produção de material didático, de caráter bilíngue
português/francês. O estudo justifica-se pela necessidade de pesquisas na área da Fraseologia no
Brasil. No campo das ciências do léxico, os fraseologismos configuram-se como objeto de estudo da
Fraseologia e apresentam, entre outras características, certa fixidez de forma e significado. A pesquisa,
ainda em desenvolvimento, compreende as seguintes etapas: leitura e discussão do referencial teórico
da área da Fraseologia e da Linguística de Corpus; levantamento dos fraseologismos fornecidos pelos
200 informantes por meio de consultas aos arquivos sonoros relativos aos inquéritos e organização de
planilhas no formato EXCEL com filtros que permitem gerar relatórios a partir das variáveis
consideradas (localidade/estado, questão/área semântica, estrutura morfológica da unidade
fraseológica). Foram identificadas sequências fixas no corpus analisado que servirão de base para
discutir a questão da dicionarização dos fraseologismos, como também a manutenção e/ou ampliação
de sentido dessas variantes. Embora a pesquisa ainda não esteja concluída, pois ainda haverá a análise
dos dados obtidos como fraseologismos, os resultados parciais indicam que a variação fraseológica
está, também, relacionada a fatores sociais e geolinguísticos.

Palavras-chave: Fraseologismos. Capitais do Brasil. Léxico.

Referências
BIDERMAN, M. T. C. A nomenclatura de um dicionário de língua. Estudos lingüísticos, São
Paulo, v. 1, 23, p. 26-42, 1994.
________Os dicionários na contemporaneidade: arquitetura, métodos e técnicas. In: OLIVEIRA,
Ana Maria Pinto Pires de; ISQUERDO. Aparecida Negri. (Orgs.) As ciências do léxico: lexicologia,
lexicografia, terminologia. Campo Grande: Ed. da UFMS, 1998. p. 129-142.
________Lexicologia, Lexicografia e Terminologia. In: OLIVEIRA, Ana Maria Pinto Pires de;
ISQUERDO. Aparecida Negri. (Orgs.) As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia,
terminologia. 2ª ed. Campo Grande: Ed. da UFMS, 2001, p. 11-20.

CASARES, J. Introducción a la lexicografía moderna, Madrid, C.S.I.C, 1992 [1950].


CORPAS, G. Manual de fraseología española. Madrid: Gredos, 1996.

COSERIU, E. Principios de semántica estructural, Madrid, Gredos, 1977.

21
GARCÍA-PAGE SÁNCHEZ, M. Introducción a la Fraseología española: estudio de las locuciones.
Barcelona: Anthropos, 2008.
MONTORO DEL ARCO, E. T. Clasificaciones de las Ufs: el lugar de las locuciones. In:
______________ Teoría fraseológica de las locuciones particulares. Las locuciones prepositivas,
conjuntivas y marcadoras del español. Frankfurt am Main: Peter Lang, 2006.
RUIZ GURILLO, L. Hacia una delimitación de las propiedades fraseológicas. In: _________ Aspectos
de fraseología teórica española. Anejo XXIV de la revista Cuadernos de Filología, pp. 85-104, 1997.
TAGNIN, S. E. O. Linguística de corpus e Fraseologia: uma feita para a outra. In: ALVAREZ, M. L.
O.; UNTERNBÄUMEN, E. H. (orgs.). Uma (re)visão da teoria e da pesquisa fraseológicas.
Campinas: Pontes, 2011, pp. 277-302.
VALE, O. A. Expressões cristalizadas do português do Brasil: uma proposta de tipologia, Tese de
Doutorado, Araraquara, UNESP, 2002.

XATARA, Cláudia Maria. As expressões idiomáticas de matriz comparativa. Araraquara, SP.


Dissertação de Mestrado, UNESP, 1994.
_____ A tradução para o português das expressões idiomáticas em francês. Araraquara, SP. Tese de
Doutorado, UNESP, 1998.
ZULUAGA, A. Introducción al estudio de las expresiones fijas, Tübingen, Max Hueber, Verlag, 1980.

22
A CIRCULAÇÃO DE TRADUÇÕES/INTEPRETAÇÕES EM LIBRAS NO YOUTUBE:
IDENTIDADE SURDA, SEGREGAÇÃO E EFEITOS DE PODER
Ana Paula Saffe Mendes
Profª. Dra. Elaine de Moraes Santos

Resumo: Inserido em um plano de trabalho de iniciação científica em fase inicial, o qual busca
analisar o papel que o corpo-intérprete (Santos e Leque, 2016) desenvolve nas traduções em Libras de
produtos midiáticos populares, que circulam nas práticas de Escritoralidade (Gallo, 2011) hospedadas
no Youtube e no Facebook, esta proposta de comunicação tem como objetivo geral apresentar os
resultados parciais de um projeto maior, focalizando, como recorte, o mapeamento do arquivo
discursivo (Foucault, 2010) constituído por um conjunto de vídeos de tradução/interpretação
LIBRAS/Língua Portuguesa, na plataforma digital do Youtube. Para tanto, acionamos a perspectiva
teórico-metodológica da Análise do Discurso de linha francesa e avaliamos as discursividades digitais
(Barton, 2015), no que diz respeito às suas condições de formulação e de circulação (Grigoletto,
2017), por um lado, e, por outro, no que tange aos discursos teóricos que classificam quem é ou não
autorizado ao emprego da língua de sinais, enquanto categoria identitária de uma cultura surda (Skliar,
1998). Nesse processo, cruzamos a intenção inicial anunciada pelo intérprete sobre o vídeo produzido
e sobre a própria natureza de seu trabalho à repercussão que essas práticas discursivas ganham nos
comentários postados por sujeitos que se declaram representantes da comunidade surda ou da
comunidade ouvinte. Os resultados parciais explicitam a quase inexistência de lócus ocupados por
sujeitos surdos nas produções que ganham cada vez mais adeptos na rede. Considerando as percepções
históricas sobre as relações de poder/saber que interferem no cenário, vemos como as relações de
poder constroem efeitos de verdade (Foucault, 1979) sobre a surdez ou sobre a liberdade de expressão
na internet, promovendo a instauração de disputas discursivas que, ao pulverizar a possibilidade de um
debate mais amplo e mais calcado na promoção da igualdade ou no fortalecimento de identidades,
acabam potencializando as diferenças e promovendo ainda mais segregação.
Palavras-chave: Identidade. Surdez. Segregação. Tradução. LIBRAS.
Apoio: CNPq.

Referências

BARTON, David; LEE, Carmen. Linguagem online: textos e práticas digitais; tradução Milton
Camargo Mota. 1 ed. – São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber; tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. 7. ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2010.
______. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições
Graal, 1979.

GALLO, Solange. Da escrita à escritoralidade: um percurso em direção ao autor online. In:


RODRIGUES, Eduardo Alvez; SANTOS, Gabriel Leopoldino dos; CASTELLO BRANCO, Luiza

23
Katia Andrade. (Orgs.). Análise de discurso no Brasil: pensando o impensado sempre. Uma
homenagem a Eni Orlandi. – Campinas: Editora RG, 2011, p. 411-423.

GRIGOLETTO, Evandra. Entre a dispersão e o controle: ler os arquivos da internet hoje. In: FLORES,
G. B [et. al]. Análise de discurso em rede: cultura e mídia – vol. III. Campinas: Pontes, 2017, p. 145-
169.

SANTOS, Elaine de Moraes; LEQUE, L. B. Corpo-intérprete e surdez: o confronto de formações


discursivas na arriscada ordem do digital. Caderno de Estudos do Discurso e do Corpo, v. 10, 2016, p.
99-124.

SKLIAR, Carlos (org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. – 7 ed. - Porto Alegre: Mediação,
1998.

24
A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM ENTRE FORMAS SEMÂNTICAS E PLÁSTICAS: O
POETA MANOEL DE BARROS

Ana Carolina Deocleciano Oliveira


Profª. Dra. Maria Luceli Faria Batistote

A presente pesquisa de Iniciação Científica iniciou-se no mês de setembro de 2017 e encontra-se em


sua segunda fase de execução no cronograma (Delimitação do corpus da pesquisa e definição dos
procedimentos de análise). Nesse sentido, apresenta como objetivo analisar a construção da imagem
entre formas semânticas e plásticas do poeta Manoel de Barros, explicitar as marcas estéticas do plano
de expressão e apontar como contribuem para a construção de sentido das produções manoelinas.
Pretende, ainda, refletir sobre a valorização do que não tem importância, do apreço pelas coisas no seu
primitivismo e da paixão pela natureza e, por último, busca dar visibilidade, por meio deste trabalho,
ao espaço do Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul - MARCO como lugar de
preservação e divulgação de aspectos concernentes à cultura, lazer, arte e história, principalmente, da
região Centro-Oeste. As análises são desenvolvidas a partir do arcabouço teórico-metodológico da
Semiótica Francesa, que inaugura uma maneira diferente de ler, compreender e interpretar discursos e
imagens em circulação, pois evidencia o funcionamento do discurso e a relação do sócio-histórico.
Dessa forma, disponibiliza ferramentas pertinentes à elucidação de como o plano da expressão
articulado ao plano do conteúdo influencia na geração de sentido do texto, sendo, portanto, relevante
ao entendimento da estrutura estética barreana. Os resultados, embora iniciais, já propiciam a
divulgação do museu como lugar de preservação da história local, presentificando fragmentos culturais
significantes na região Centro-Oeste brasileira e possibilita compreender os efeitos de sentidos na
organização enunciativa do objeto em estudo.

Palavras-chave: Semiótica Francesa. Manoel de Barros. Imagens.

25
A BUSCA DO SENTIDO: O TURISMO EM QUESTÃO

Renan Ramires de Azevedo


Profª Dr ª. Maria Luceli Faria Batistote

Resumo: A presente pesquisa de Iniciação Científica iniciou-se no mês de setembro de 2017 e


encontra-se em sua segunda fase de execução no cronograma (Delimitação do corpus da pesquisa e
definição dos procedimentos de análise). Assim sendo, propõe analisar o funcionamento da temática
“turismo” na mídia online, buscando compreender os limites das práticas de subjetivação na população
de forma (re)construir a identidade do sujeito sul-mato-grossense, a fim de entender e buscar soluções
capazes de melhorar os serviços oferecidos aos turistas. Com base nisso, nesta análise semiótica,
considera-se a tentativa de revelar nesse espaço, discursos portadores de representações de grupos
sociais, que permitam reconhecer que as palavras, e suas combinações, carregam em si, elementos
vários do viver de um povo. Dessa forma, houve primeiramente pesquisas de textos que circulam na
internet tendo como foco fontes de Mato Grosso do Sul, posteriormente a delimitação do corpus de
acordo com as matérias que foram produzidas sobre o assunto e, após a seleção, chega-se o momento
da análise a partir dos pressupostos teóricos da Semiótica Greimasiana. A mobilização dos conceitos
metodológicos fornecidos pelo percurso gerativo de sentido, sobretudo pela semântica discursiva e
pela plasticidade possibilita a visualização da emergência do sentido nas imagens analisadas, de modo
que a significação construída seja mostrada sob um alicerce coerente. Os resultados, embora iniciais,
denotam figuras remetendo a imagens do mundo, criando um simulacro do real. A descrição e
enumeração de efeitos de sentido transpostos pelo ciberdiscurso, especificamente por meio de figuras
que retratam o potencial turístico da região pantaneira, surgem evidenciando aspectos que permeiam a
significação de sujeitos visitantes e visitados.
Palavras-chave: Semiótica Greimasiana. Sentido. Turismo.

Referências
BARRETO, M. Turismo e legado cultural: as possibilidades do planejamento. Campinas. SP: Papirus,
2000.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria Semiótica do Texto. 4ª ed. São Paulo, Àtica, 2005.
BATISTOTE, M. L. F. Semiótica Francesa: busca de sentido em narrativas. Campo Grande: Editora
UFMS, 2012.

26
ENCONTRO INTERMEDIÁRIO DO GT DE SEMIÓTICA DA ANPOLL
Isabela Aparecida Moura Marques
Ana Paula Rodrigues Macedo
Prof.ª Dra. Sueli Maria Ramos da Silva

Resumo: A ação fundamenta-se, teoricamente, na semiótica greimasiana de linha francesa, em


correlação a ação de extensão vinculada ao Encontro Intermediário do GT de Semiótica da Anpoll,
biênio 2016-2018. Esta proposta tem como objetivo integrar os discentes da UFMS, possibilitando a
troca de experiências na formação e na organização de um evento científico. A equipe responsável
desenvolveu os afazeres de seleção dos resumos dos trabalhos que seriam apresentados, criação da
programação referente ao evento, atualização do site do GT de Semiótica da Anpoll, divulgação às
turmas do curso de Letras e afins da UFMS e outras universidades, confecção de um folheto de
programação, certificados aos participantes e auxílio durante o evento nas atividades organizacionais e
logísticas entre os dias 13 e 15 de setembro. Obtivemos excelentes resultados, como participação de
outras universidades e apresentações de trabalhos brilhantes em comunicações orais, conferências,
música e poesia. Considera-se a importância da realização do evento ora proposto, configurando-se
como ação que, de fato, visa estender estudos efetivados no âmbito da UFMS para o âmbito da
sociedade que a abriga.

Palavras-chave: Evento. Comunicação. Grupo de trabalho. Semiótica.

Referências:

CESCA, Cleuza Gertrudes Gimenes. Organização de Eventos. São Paulo: Summus, 2008.

GREIMAS, A. J. Semântica estrutural. São Paulo: Cultrix, 1973.

27
DO HUMANO AO MAQUÍNICO: CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA RELAÇÃO HOMEM
MÁQUINA E IMORTALIDADE
Lucas Schuindt Chaves
Profª. Dra. Angela Maria Guida

Resumo: Há um considerável número de produções artístico-literárias que, há muito, exploram a


temática homem versus máquina. Robôs inteligentes e avançados sistemas de inteligência artificial,
decerto, requerem uma reflexão necessária, afinal com tudo isso é possível até se pensar em uma nova
reconfiguração do que se entende por humano, fazendo com que surjam expressões como Pós-
humanos e transhumanismo. Lúcia Santaella diz que o movimento denominado transhumanismo
implica mais que mudanças tecnológicas e biológicas nos corpos dos humanos. Na verdade, implica
mudanças antropológicas e filosóficas. Sem dúvida são novas relações de alteridade às quais não se
pode ignorar. Esta proposta de trabalho se justifica na medida em que se encontra em completa
consonância com o pensamento contemporâneo, que é a relação do homem com a tecnologia e a
possibilidade de se trabalhar a literatura pelo viés da transdisciplinaridade. Dentre as discussões
desenvolvidas, busca-se defender a hipótese, a partir do corpus literário e audiovisual selecionado, de
que a relação homem-máquina, na verdade, revela um desejo humano de imortalidade, expõe, enfim,
como o homem ainda não consegue lidar bem com a morte. Desse modo, este trabalho que está sendo
desenvolvido dentro de um projeto maior, a iniciação científica, coloca em discussão questões como
homem, máquina e imortalidade a partir de um episódio do seriado de TV britânico - Black mirror –
Be right back [Volte logo], incluso na segunda temporada, bem como dos contos “O imortal”, do
escritor brasileiro Machado de Assis e “O Imortal”, do argentino de Jorge Luís Borges. Esses três
objetos, sendo dois literários e um do audiovisual, são uma boa medida para discutir a relação do
homem com a máquina.

Palavras-chave: Transdisciplinaridade. Homem. Máquina.

Referências:

ASSIS, Machado. O imortal. Disponível em:


<http://machado.mec.gov.br/images/stories/html/contos/macn086.htm.> Acesso em: 04 maio 2017.

BORGES, Jorge Luís. O imortal. In.: O Aleph. São Paulo: Editora Globo, 1999.

BROOKER, Charlie. Volto Logo. Episódio 1ª da Temporada 2 da Série Black Mirror, 2016.

SANTAELLA, Lucia. Pós-humano - por quê? São Paulo: Revista USP, 2007.

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BANNERS

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