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RESUMO DIREITO PENAL

1º SEMESTRE
Qualificadora aumenta expressamente a pena, o mínimo e máximo.

Causa especial de aumento: aumento de pena fracionado

Dolo genérico: a gente não tem intenção além da própria ação. Quer estuprar. Busca ação sem
finalidade que não seja a ação por si mesma.

Dolo especifico: algo amais que uma mera conduta. EX: art. 218 a. finalidade satisfazer próprio
instinto sexual.

Crime complexo, solteiros são um só, se unem e formam um tipo penal só: EX: roubo.

Crime de Estupro
Antigo: era o homem constranger uma mulher mediante violência ou grave ameaça a fim de
obter conjunção carnal. O sujeito ativo era o homem e o passivo a mulher. Era de 6 a 10 anos
de reclusão.

Tínhamos também a chamada violência presumida » que ocorria com a conjunção ainda que
consentida mas com envolvimento de uma garota menor de 14, ou doente mental ou por
qualquer meio não pudesse se opor a pratica do crime » seria violência presumida ou seja
configurava estupro. > E o Atentado violento ao pudor (art. 214): era o constrangimento
mediante violência e grave ameaça, mas a pratica não era conjunção carnal, mas sim todos os
outros atos libidinosos, praticado tanto pelo homem como pela mulher» a pena era a mesma
do estupro. » Também era crime hediondo e também poderia se falar da violência presumida.

Lei 12015/09 revogou o art. 214 e criou uma única figura no art. 213 » no ESTUPRO não
existe mais atentado violento ao pudor.

Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou
a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso » pena de 6 a 10 anos. »
Agora é um múltiplo alternativo, ou seja, não importa o número de atos praticados na mesma
ação: o agente respondera por um único crime de estupro. Dolo Genérico > Mera conduta.

Crime complexo: o estupro é crime complexo, ou seja, ele é formado pela fusão de mais de
um delito. Contudo, aquele que, mediante violência ou grave ameaça, força alguém à prática
de ato sexual, pratica um único crime (Tem + de 1 bem jurídico tutelado)

O núcleo do tipo: é o verbo “constranger”, ou seja, coagir alguém a algo.

Meios executórios: violência física ou psíquica

Sujeito ativo: qualquer pessoa.

Sujeito passivo: qualquer pessoa de 14 anos ou mais e capazes.


Elementos objetivo: 1) falta de consentimento para o ato sexual. Por isso o emprego da
violência ou grave ameaça 2) pratica da conjunção carnal ou outros atos libidinosos 3)
violência ou grave ameaça 4) forma de realização que se divide em 2» praticar, executar ou
permitir

Elemento subjetivo: dolo genérico

Tentativa de Estupro:
Não é possível pois agora é um crime de mera conduta. Basta o início da execução que o crime
já estará consumado, até mesmo a visão lasciva: ex: pessoa manda com uma arma a outra tirar
a roupa, quando ela tira o estupro já está consumado. Não há necessidade de nenhum
resultado naturalístico para alterar as coisas basta a conduta, ou seja, basta o ato para
satisfação do desejo sexual, mesmo que não aja contado do agente com a vítima.

Só é possível tentativa em crimes materiais (ação precede o resultado com uma alteração
naturalística) roubo, furto, homicídio > pois a vítima pode se salvar, ou posso errar a execução
> aberratio. Nos formais o resultado acompanha a própria ação. EX: ameaça que só se
completa se a vítima acreditar e passar a sofrer o medo de realização da promessa.

Formas de estupro
Qualificado (aumenta expressamente a pena, o mínimo e máximo):

§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18


(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: menos de 14 e estupro de vulnerável

Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.

§ 2o Se da conduta resulta morte: Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

OBS. estupro + homicídio ou lesões corporais » em se tratando de desígnios autônomos


falaremos de concurso material de penas. Art. 69. 2 ações 2 resultados típicos a penas serão
somados.

OBS. 2 o estupro em continuidade delitiva » art. 71 do CP » Quando o agente, mediante mais


de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de
tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser
havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas,
ou a mais grave.

Estupro com causa de aumento de pena (aumento de pena aqui é fracionado)

Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:

III - de metade, se do crime resultar gravidez; e IV - de um sexto até a metade, se o agente
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser
portador.

Estupro de Vulnerável
Agora não se existe mais a violência presumida só o estrupo vulnerável.
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
anos: Pena reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos > E um crime de dolo genérico> não há
nenhuma finalidade especial na conduta do agente.

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência

Núcleo do tipo: ter ou praticar

Sujeito ativo: qualquer pessoa capaz

Sujeito passivo: qualquer pessoa menor de 14 anos, deficiente mental, com enfermidade e a
pessoa que não pode oferecer resistência.

Elemento subjetivo: é o dolo genérico

Forma simples: caput e do parágrafo 1 de 217.A

Forma qualificada do estupro de vulnerável:


Parágrafo 3 Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de 10
(dez) a 20 (vinte) anos. A violência derivada do ato sexual, sem que haja por parte do agente
desígnios autônomos > estupro de vulnerável qualificado.

Parágrafo 4. Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. >
OBS. Se o sujeito estiver imbuído de um único desígnio > violência sexual e depois outro
desígnio o homicídio > será homicídio em concurso com competência do júri.

Aumento de penal (causa especial de aumento). Art. 234-A. Nos crimes previstos neste
Título a pena é aumentada: III - de metade, se do crime resultar gravidez; e IV - de um sexto
até a metade, se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe
ou deveria saber ser portador.

Crime de violação sexual mediante Fraude:


Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. > Tipo
penal Expresso Traz só o ato Logo é dolo genérico. > crime material <

Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se
também multa. > dolo específico.

Núcleo do tipo> induzir a conjunção carnal ou outros libidinosos mediante fraude.

Meios executórios: induzir em erro e aproveitar deste mesmo erro.

Sujeito ativo: qualquer pessoa que tenha capacidade

Passivo: qualquer pessoa. > OBS. se for pessoa incapaz cai em estupro de vulnerável e não
mais no crime de violação sexual mediante Fraude do art. 215.

Elemento subjetivo: dolo genérico no caput e especifico no parágrafo único.


Pode haver tentativa da violação sexual mediante fraude> sim é possível, pois é crime
material> ação no primeiro momento resultado naturalistas no segundo momento.

Assédio sexual:
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes
ao exercício de emprego, cargo ou função. > dolo especifico. < crime formal >

Pena – detençã o, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

Núcleo do tipo: constranger

Elemento normativo: e o chamado assédio laboral, ocorre em razão da Relação de trabalho,


sempre do superior hierárquico contra subalterno. No caso de professor não há uma
hierarquia mais uma ascendência portanto jurisprudencialmente recai no assédio sexual.

Sujeito ativo: qualquer pessoa desde que superior hierárquico

Sujeito passivo: qualquer pessoa desde que subalterno

Elemento subjetivo: Dolo específico.

Crime formal: basta o constrangimento, portanto não há tentativa.

Formas do assédio sexual:


Simples (caput do 216. A)

Causas Especiais de aumento: se vítima e menor de 18 anos a pena e aumentada a um terço


de 1 ano ou seja 4 meses. > Como é um aumento fraccionada é causa de aumento de pena.
Além dos casos previstos no art. 234-A > Nos crimes previstos neste Título a pena é
aumentada: III - de metade, se do crime resultar gravidez; e IV - de um sexto até a metade, se
o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber
ser portador.

Espécies de assedio:

Por chantagem: QUID PRO QUO > o agente não fica importunado mais tenta induzir a vítima
prometendo vantagem em troca de Favores sexuais.

Assédio Moral: eliminação da autodeterminação do empregado no trabalho.

Crime de corrupção de menores


Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem >
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos > Dolo genérico > Aqui o agente tem que induzir o
menor para outrem, se for para satisfazer sua própria lascívia será estupro de vulnerável.
EX: o Agente induz (reforçar ideia já existente) um menor para que ele veja outra pessoa sem
roupa para satisfazer a lascívia desta.

Obs. Se eu induzir menor para satisfazer a lascívia de outrem e esse outrem estupra esse
menor será crime se me omitir > Comissão por omissão > posso e devo evitar o resultado por
lei, pois criei o risco do resultado, mas não o faço.

Núcleo do tipo: induzir (persuadir, aliciar) alguém menor de 14 anos> não há conjunção carnal
e nem atos libidinosos.

Sujeito passivo: menor de 14 anos que levo para uma pessoa determinada.

Sujeito ativo: tanto homem ou mulher

Elemento subjetivo: Dolo genérico: só tenho uma vontade

Crime de ação pública incondicionada: ao depende do ato de vontade da vítima> O MP


promove a ação sem depender de requisição de qualquer pessoa.

Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a


presenciar (ao vivo, não por vídeo), conjunçã o carnal ou outro ato libidinoso, a fim de
satisfazer lascívia própria ou de outrem.

OBS. Não há contato com o menor, o que está tipificado e a presença e não a participação.

Sujeito ativo: qualquer pessoa

Passivo: menor de 14 anos

Elemento subjetivo: Dolo especifico: a fim de satisfazer lascívia pró pria ou de outrem

Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual


Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual
alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a
abandone: > dolo genérico > sem finalidade especifica > - de 18

E possível a tentativa> EX impedir o abandono

Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-
la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: > ação penal pública incondicional. Pena -
reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. + de 18 > Dolo genérico

Forma qualificada:

§ 1º - Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmã o, enteado, cô njuge,


companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei
ou outra forma, obrigaçã o de cuidado, proteçã o ou vigilâ ncia > Pena - reclusã o, de 3 (três)
a 8 (oito) anos. > qualificadora pois altera o mínimo e máximo <

§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: > Pena -
reclusã o, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.

Aumento de pena
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e IV - de um sexto até a metade, se o agente
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser
portador

Ato obsceno
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: Pena -
detenção, de três meses a um ano, ou multa. > Dolo genérico <

É todo ato de cunho sexual capaz de ofender o pudor médio da sociedade. EX: fazer xixi na
rua, levantar a sai de uma mulher, beijo escandaloso, apalpar partes íntimas em público.

Escrita ou objeto obsceno


Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de
distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto
obsceno: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. > dolo especifico <

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem: I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao
público qualquer dos objetos referidos neste artigo; II - realiza, em lugar público ou acessível
ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou
qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter; III - realiza, em lugar público ou
acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.

2º SEMESTRE
Peculato: Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

É um crime próprio > só pode ser praticado pelo funcionário público, não só o
concursado mas o temporário com função pública também.

Peculato culposo:

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem

No peculato culposo pode o agente realizar a reparação do dano para extinguir a


punibilidade se o fizer depois da sentença será causa de redução de pena.
**somente no culposo.
Peculato mediante erro: Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no
exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. > O funcionário público tem a consciência
de que houve um engano, um erro de terceiro. Dessa forma, a conduta correta é o funcionário
público avisar imediatamente a ocorrência do erro. No entanto, esse faz a conduta contrária e
se apropria do bem se aproveitando do erro de outrem e do exercício do cargo.

*No peculato o funcionário tem a posse do bem ou dinheiro na concussão não eu exijo de outrem essa
vantagem em razão do meu cargo.

Concussão: Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou


indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida: > dolo genérico. EX: investigador exigir
dinheiro, para não prender agente em flagrante.

Tipo objetivo: exigir, constrangimento a Individual para ceder a vantagem indevida.

E uma espécie de extorsão com abuso de autoridade, em razão da função

É um crime formal > se houver pagamento e um mero exaurimento, se consuma a


exigência.

Tipos de concussão.

Explicita: exigência é feita abertamente. > Implícita: maliciosa, dá a entender...

Direta: feita pelo próprio funcionário > Indireta: por uma interposta pessoa. Ex.
advogado.

Corrupção passiva:
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: > não dá para tentar receber ou
solicitar logo E um crime formal, basta o recebimento ou pedido, não há necessidade
receber para consumar o crime.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com


infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: > corrupção
passiva privilegiada. > dever ilegal.

Corrupção ativa:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.

Ex: o comando policial manda parar é pede o documento que está vencido, aí a
pessoa oferece dinheiro > logo crime estará consumado > oferecer dinheiro para o
funcionário omitir ato de oficio.

* Se o policial pedir o dinheiro será crime de corrupção passiva > se eu der não
cometerei crime de corrupção ativa pois não estou oferecendo, estou entregando o
que me foi pedido. > *Mas o contrário e válido > Eu Ofereço dinheiro ( corrupção
ativa) e o funcionário aceita (corrupção passiva) > pois o núcleo da corrupção passiva
e receber

Prevaricação:
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Ex:
delegado deixar de prender em flagrante seu amigo.

OBS. O interesse aqui e o de proteger alguém, deixando de fazer ou fazer alguma coisa
que a lei veda em razão de interesse ou sentimento pessoal.

E um crime comissivo por omissão ou omissivo Impróprio (deve fazer)

E possível a tentativa? não se fala em tentativa em crimes omissivos, somente nos


crimes comissivos. > então se for ação positiva pode haver tentativa.

Crimes praticados pelos particulares contra a administração publica.

Resistência:
Art. 329 - Opor-se à execuçã o de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcioná rio competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: > é um
crime doloso. > e um crime formal, basta a oposição.

§ 1º - Se o ato, em razã o da resistência, nã o se executa: aqui e a resistência


qualificada> responderá pela resistência + a violência > soma as 2 penas.

Obs. O ato tem que ser legal. Se o ato for ilegal não há que se falar no crime de resistência, mesmo
que praticado por funcionário público.

Desobediência
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcioná rio pú blico:

Desacato
Art. 331 - Desacatar funcioná rio pú blico no exercício da funçã o ou em razã o dela:

Desacatar e ofender:

Nã o há desacato por e-mail, whatsapp, telefone, e necessá rio a presença do funcioná rio.

Se o agente ignora a condiçã o da vítima o crime também estará descaracterizado.

Tráfico de Influência
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem (em regra é a pecuniá ria), a pretexto de influir em ato praticado
por funcioná rio pú blico no exercício da funçã o: > e um crime formal.

> Vou me utilizar do funcioná rio para ter um ganho escuso> nã o sou funcioná rio mas sou
contato dele.

Denunciação caluniosa:
** E dar notícia criminis falsa, mas na denunciação caluniosa eu aponto o autor do crime
e sei que ele nã o é o autor, na comunicação falsa de crime eu dou a notícia criminis falsa
sem apontar o autor, só transmito a notícia criminis.

Comunicação falsa de crime ou de contravenção


Art. 340 - Provocar a açã o de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de
contravençã o que sabe nã o se ter verificado: OBS. A acusação não é dirigida a ninguém
especificamente.

Auto-acusação falsa
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por
outrem:

Falso testemunho ou falsa perícia.


Fazer afirmaçã o falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em
juízo arbitral: não é só mentir e também omitir.

É um crime própria pois só uma determinada pessoa pode praticar (testemunha), nã o


admite co autoria

Se houver retrataçã o do falso testemunho do agente até a sentença terá a


inimputabilidade.

Sob coaçã o se exclui a culpabilidade, pois nã o a o dolo do agente. > ele nã o teve vontade
pró pria, sem dolo.

Favorecimento pessoal
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a
que é cominada pena de reclusão: >>> pressuposto: existência do crime anterior, eu
tenho que saber da existência do crime, e dá imputaçã o que recai sobre o favorecido.

§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cô njuge ou irmã o do criminoso,


fica isento de pena.

Favorecimento real
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptaçã o, auxílio
destinado a tornar seguro o proveito do crime.

Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho


telefô nico de comunicaçã o mó vel, de rá dio ou similar, sem autorizaçã o legal, em
estabelecimento prisional.

Crimes nas relações de consumo


Temos 3 leis: CDC, lei de economia popular lei nº 1521/51 e lei 8.137/90.

A lei 1521/51 > relaçõ es de consumo eram considerados menores, praticamente foi
revogada > sobrou só o art. 4 > crime de usura (agiotagem) > cobrança de juros abusivos
como ganho de capital, capital fazendo + capital.

CDC: Lei: 8.078/90 > civilistas que criaram o CDC queriam tipificar penalmente as
condutas > a partir do art. 61 CDC. As penas má ximas sã o de 2 anos e a mínima baixo de 1
ano com regime aberto > substitui privativa de liberdade por restritiva de direitos e todos
os crimes do consumidor permitem a suspensão do processo. > as penas deveriam ser
maiores para tornar os crimes contra o consumidor + serio > mas como e em âmbito civil
temos multa, perdimento de bens e os criminosos nã o vã o para cadeia.
Lei 8.137/90. Crime que lesa o consumidor. Mas dentro de um a relaçã o nã o vertical >
fornecedor, consumidor, mas sim uma relação triangular.

Nã o tenho um fornecedor lesando diretamente um consumidor > tenho um fornecedor


que concorre de forma desleal com outro fornecedor, mas tem como vitima imediata outro
consumidor. > Fazer anuncio da existência de uma composiçã o que nã o tem, impedindo
meu concorrente de vender, pois vou vender mais barato. EX: Uma empresa de papel
higiênico vendia a 2,00 R$ 40m o rolo, mas chega outra que vende a 1,70 o rolo, mas nã o
informa que tem 30m. é crime conforme art 7 inciso 2 da lei 8.137.

Outros crimes previstos na lei 8.137:   I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador
ou freguês. - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à
venda como puros, IV - fraudar preços por meio de: a) alteração, sem modificação essencial ou de
qualidade, de elementos tais como denominação, sinal externo, marca, embalagem, especificação
técnica......

Crimes no CDC
Art.63: colocar no mercado sem alertar perigo no manuseio do produto > falta de
informaçã o antes de colocar no mercado, incorrendo na mesma pena que deixar de
alertar...

Art. 70. Empregar na reparaçã o de produtos, peça ou componentes de reposiçã o usados,


sem autorizaçã o do consumidor: > nã o é estelionato/fraude pois seria falar que trocou e
nã o trocou > ele trocou por um velho.

Art. 75 CDC: No CDC nã o precisa mais agir ou nã o agir, basta ser alguma coisa >
responsabilidade objetiva > o dono da empresa responde criminalmente sem ter agido
com culpa.

LEI de Tóxicos > Lei 11.343/2006. >

Art. 27.  As penas previstas neste Capítulo poderã o ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Pú blico
e o defensor.

Art.28:  Quem adquirir guardar tiver em depó sito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, droga será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os
efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de
comparecimento a programa ou curso educativo.

§ 1o  À s mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou
colhe plantas destinadas à preparaçã o de pequena quantidade de substâ ncia ou produto
capaz de causar dependência física ou psíquica.

§ 2o  Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à


natureza e à quantidade da substâ ncia apreendida, ao local e à s condiçõ es em que se
desenvolveu a açã o, à s circunstâ ncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos
antecedentes do agente.
Caso injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:

I - admoestação verbal ou multa

Art 33: Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depó sito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorizaçã o ou em desacordo com determinaçã o legal ou regulamentar:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

Nas mesmas penas incorre quem: induz, instiga, auxilia alguém ao uso de droga, Oferecer
droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a
consumirem: > traficante eventual.

Art. 35. > Lei 11.343 > Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar,
reiteradamente ou nã o, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33. Em tipos penais
como este a mera junção de pessoas com uma determinada finalidade tipifica estas
condutas> basta se associar.

>>>>Deve ser combinada com os seguintes arts do CP.

Art. 29 –CP-  Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade

Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de


cometer crimes.

Informantes.

Art. 37.  Colaborar, como informante, com grupo, organizaçã o ou associaçã o destinados à
prá tica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33

Art. 41.  O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigaçã o > terá
pena reduzida de um terço a dois terços.

Art. 45.  É isento de pena o agente que, em razã o da dependência, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da açã o ou da
omissã o, qualquer que tenha sido a infraçã o penal praticada, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. > E posto sob medida de segurança

Art. 46.  Se o agente nã o possuía, ao tempo da açã o ou da omissã o, a plena capacidade de


entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
> semi-imputável > recebe pena diminuída. > pena e reduzida de um terço a dois
terços. >>> Obs. Nosso Sistema é vicariante: ou se aplica pena ou medida de segurança.

Código de Trânsito Brasileiro.


Crimes de homicídio no transito, omissão de socorro, dirigir de forma perigosa >
aplica se o princípio da especialidade > vou para a lei 9.503/97 código de trânsito
brasileiro > partir do art. 302.
 Art. 302. Praticar homicídio culposo na direçã o de veículo automotor:

Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direçã o de veículo automotor,


a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:

I - nã o possuir Permissã o para Dirigir ou Carteira de Habilitaçã o;

II - praticá -lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima
do acidente;

IV - no exercício de sua profissã o ou atividade, estiver conduzindo veículo de


transporte de passageiros.
Art. 306.  Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razã o da
influência de álcool ou de outra substâ ncia psicoativa que determine dependência:   

Art. 308. Participar, na direçã o de veículo automotor, em via pú blica, de corrida, disputa
ou competiçã o automobilística nã o autorizada.

  Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pú blica, sem a devida Permissã o para Dirigir
ou Habilitaçã o ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:

 Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direçã o de veículo automotor a pessoa nã o


habilitada, com habilitaçã o cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem,
por seu estado de saú de, física ou mental, ou por embriaguez, nã o esteja em condiçõ es de
conduzi-lo com segurança:

    Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de


escolas, hospitais, estaçõ es de embarque e desembarque de passageiros > direção
perigosa.

* Suspensão condicional do processo: É um beneficio, e a possibilidade do processo ser


suspenso caso a pena mínima nã o supere 1 ano. o Ministério Pú blico, ao oferecer a
denú ncia, deverá propor a suspensã o condicional do processo, por dois a quatro anos,
desde que o acusado nã o esteja sendo processado ou nã o tenha sido condenado por outro
crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensã o condicional da pena,
listados no art. 77 do CP, a saber: que o réu nã o seja reincidente em crime doloso e a
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâ ncias, autorizarem a concessã o do benefício.

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