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AO EXMO SR PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE TRÂNSITO –CETRAN/SP

PEDRO ROGÉRIO SANTOS BAGGINI, brasileiro, portador do RG: 30.592.980-X e CNH:


02405860530, residente e domiciliado na Rua Mercedes Salano Castineiras, 21 – Jardim Nova
Patente, São Paulo/SP, CEP: 04256-177 não me conformando com o indeferimento do recurso
apresentado junto à jari do municipio de SÃO PAULO/SP, tenho a alegar que não foram
acatadas minhas alegações, motivo pelo qual apresento-as em segunda instância, apelando
para que se faça justiça, reafirmando o seguinte: a negativa da autoria foi comprovada através
das alegações e dos documentos juntados ao recurso de 1ª instância, entretanto, a jari local
houve por bem indeferir o recurso sentenciando, pelo simples argumento de que a Boa fé
milita em favor do agente, ocorre que tal fundamento não merece prosperar pelos motivos
infracitados:

DOS FATOS

Que na data de 16/11/ 2019, o primeiro as 11 h e 40 min e o segundo no mesmo horário,


consta que meu veículo de minha propriedade (TOYOTA FIELDER PRETA, 2006 – DRK 4241) foi
autuado duplamente por ter infringido normas constantes no código de trânsito brasileiro,
auto de infração de Trânsito: Nº PM-B9-250237-0 (ESTACIONAR EM
LOCAL/HORÁRIO PROIBIDO ESPECIFICAMENTE PELA SINALIZAÇÃO) e Nº
PM-B9-250238-9 (UTILIZAR O PISCA-ALERTA, EXCETO EM IMOBILIZAÇÕES OU
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA) na Rua José Homero Roxo, 165 no município de
São Paulo/SP, respectivamente ( anexo 1 e 2 )

DO DIREITO

Questiona-se a validade da decisão tomada em primeira instância pelo jari do municipio de São
Paulo/SP, visto que o mesmo encontra-se com profundo desrespeito a legislação vigente ao
não fundamentar a recusa do primeiro recurso, tal fundamento é extremamente importante
para conferir validade ao processo administrativo, especialmente para que a decisão não seja
genérica, sem a devida análise individual e sem a abordagem das circunstâncias fáticas que
ensejaram a autuação e a apresentação dessa defesa, sob o risco de nulidade insanável no
processo administrativo.
Ocorre que, no dia 16/11/2019 por volta das 11:40, trafegando pela Rua José Homero Roxo,
altura do número 165, meu veículo parou.

O veículo NÃO ESTAVA ESTACIONADO! Encontrava-se imobilizado em estado de PANE


ELÉTRICA, causada pelo alarme (anexo 3 e 4).

Fui obrigado a “encostar”, e não “estacionar”; já que não saí do carro enquanto localizava o
“Botão Mestre”, a fim de desabilitar o sistema de alarme e novamente retornar ao trânsito.

Liguei o pisca alerta, pois tratava-se de situação de “emergência” prevista no artigo 40, V, “a”
da LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 (Código de Trânsito Brasileiro).

Encostei em local sem sinalização de “proibido parar” (anexo 5) portanto não podendo ser
punido por tal alegação, tampouco por fazer uso do pisca alerta, uma vez que se tratava de
situação de emergência, devidamente amparada pela lei vigente.

Após instantes consegui desativar o alarme e retornar ao trânsito.

Segue em anexo cópia do manual do referido Alarme (anexo 3 e 4) que cita a existência e
função do “botão mestre”, assim como fotografia do referido local, onde não há sinalização
alguma de “proibido parar” (anexo 5).

Ressalto ainda que o mesmo agente, no mesmo horário e local, aplicou as duas autuações sem
coerência, e sem ao menos se aproximar do veículo a fim de verificar os fatos (pane elétrica).

De acordo com o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, aprovado pela RESOLUÇÃO Nº


561, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015:

“O agente de trânsito, sempre que possível, deverá abordar o condutor do veículo para
constatar a infração, ressalvado os casos onde a infração poderá ser comprovada sem a
abordagem. Para esse fim, o Manual estabelece as seguintes situações:

Caso 1: “possível sem abordagem” - significa que a infração pode ser constatada sem a
abordagem do condutor.

Caso 2: “mediante abordagem” – significa que a infração só pode ser constatada se houver a
abordagem do condutor.

Caso 3: “vide procedimentos” - significa que, em alguns casos, há situações específicas para
abordagem do condutor.”

A abordagem no caso em apreço era perfeitamente possível, uma vez que me encontrava
dentro do veículo, no assento do motorista, desativando o alarme como já explanado.

Isto posto, verificadas as irregularidades nos Autos de Infração, cumpre sejam estes anulados,
procedendo-se a teor dos artigos 285 e seguintes, aplicáveis, do Código de Trânsito Brasileiro.

DO PEDIDO

Eméritos julgadores em segunda instância, diante todo o exposto requer o Recorrente:

1) Que seja recebida a presente defesa, uma vez que preenche todos os requisitos de sua
admissibilidade, com cópia de documentos do defendente de acordo com a Res. 299/08 do
CONTRAN;
2) Que seja reformada a sentença promulgada em primeira instância para cessar a injustiça
cometida, haja vista as razões e fundamentos que nutrem o presente recurso.

conforme exposto. Pede deferimento,

São Paulo, 3 de agosto de 2020

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