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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA JARI DO ESTADO DE SANTA CATARINA

JARI !

Assunto: Recurso ao Termo de Imposição de Penalidade – Auto de infração de nº


DEINFRA-008785-E007002747-7307-0

ARIANA MARIA DA SILVA, brasileira, portador do CPF nº 071.007.989-30, residente


na Servidão Rio Vermelho, Lote 18, São João do Rio Vermelho, Florianópolis/SC – CEP 88060-286,
proprietária do veículo abaixo descrito, representada neste ato por seu procurador Tiago Alex Galle,
brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/SC sob o número 34.935, com escritório localizado na
Rua Intendente João Nunes Vieira, 909, sala 11, Ingleses, Fpolis, onde recebe intimações e
despachos, , vem, com base na legislação pertinente, apresentar

RECURSO A JARI contra à autuação de trânsito de número DEINFRA-008785-


E007002747-7307-0, pelas seguintes razões: 

DOS FATOS

A ora Recorrente foi autuada pelo suposto cometimento de


infração ao disposto no artigo 251, II do Código de Trânsito Brasileiro, caso que se ocorreu
com toda certeza fora no sentido de alertar outros motoristas de possível acidente ou até
mesmo no sentido de alertar o motorista que dirigia em frente de seu interesse em
ultrapassa-lo. Vejamos o que diz tal dispositivo legal:

Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:

I – o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de


emergência;
II – baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
situações:
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro
condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;

b) em imobilizações ou situação de emergência, como advertência,


utilizando pisca-alerta;
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar o uso
do pisca-alerta:

              Infração – média;
              Penalidade – multa.

Ilustres Julgadores, a cidadã autuada jamais ficaria dando sinais de


luz atoa quando está dirigindo, mas adota uma conduta que poderia ter sido a flagrada pelo
agente nesta oportunidade, e ter sido mal interpretada, a mesma informa que sempre que
quer informar o motorista que segue em sua frente seu desejo de ultrapassa-lo a mesma da
sinal de luz.

Ocorre que, repetindo, a Recorrente jamais fica acionando os faróis


de forma intermitente quando está dirigindo sem motivo algum.
Com certeza neste fatídico dia ou havia algum acidente que a
condutora gostaria de alertar os motoristas da outra via, ou ela estava fazendo o que faz de
maneira habitual, informando o motorista que seguia em sua frente que queria ultrapassa-lo.
O que conforme a legislação em vigor, não configura crime de trânsito.

Veja-se que sequer houve a abordagem da condutora, como se


verifica pela notificação com espaço reservado à indicação de condutor, o que traz à tona
dúvidas tais como de qual seria a distância do agente quando da verificação de tal
ocorrência, se era possível de se vislumbrar exatamente o que ocorrera naquele instante, e
o principal EM QUE VIA ESTAVA O AGENTE, pois do ponto que estava ele não conseguiu
vislumbrar toda a situação do momento.

Diante de tais fatos, mormente em face da já referida conduta do


ora Recorrente de jamais utilizar os faróis indevidamente quando conduzindo veículo
automotor, tem-se que o respeitoso agente em questão não interpretou corretamente os
fatos, precipitando-se em realizar a autuação da cidadã, sendo que a mesma, jamais teve
alguma outra notificação por este motivo.
Esta é, Ilustres Julgadores, a única explicação plausível para a
realização da presente autuação, ou seja, um equívoco praticado pelo agente de trânsito
em questão.

A anulação da penalidade é questão de verdadeira Justiça!!!

Isto posto requer:

1. que o presente recurso seja provido,


2. que o recurso seja objeto de profunda análise em todos os seus aspectos.
3. que a(s) autoridade(s) julgadoras sejam nominalmente identificadas.
4. que o órgão julgador esteja em conformidade com a lei.
5. que seja dada ciência da decisão ao procurador da recorrente, conforme o disposto
na Resolução 829/97, Art.11.
6. que a decisão seja devidamente fundamentada.
7. que os Princípios do Direito Administrativo Brasileiro sejam respeitados.

Caso não entenda desta forma, requer desde já, que por tratar-se
de ato emanado do poder administrativo, que a decisão seja devidamente fundamentada, pois “em
face da aplicação do princípio do acesso ao judiciário (C.F./88, art. 5º, XXXV), cominado com a
moralidade administrativa (C.F./88, art. 37, caput), a motivação é, em regra, obrigatória”. (Direito
Administrativo Brasileiro, Hely Lopes Meirelles, 20 Ed., 1995, pág. 136), sob pena de nulidade do
ato.

Outrossim, acaso não decidido este recurso em 30 (trinta) dias


(art.285, caput, do CTB), requer a Vossa Senhoria, conceda de ofício o efeito suspensivo ao presente,
nos precisos termos do art.285, § 3º. Do CTB.

Nestes Termos
Pede Deferimento

Florianópolis/SC, 26 de outubro de 2016.

P.p. Tiago Alex Galle


OAB-SC 34.935

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