Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
QUALIFICAÇÃO DO RECORRENTE:
DO VEÍCULO:
Renault / LOGAN EXPR 1.0, prata, placa: OOJ0502-MG, RENAVAM:
00999292080, ano: 2014 / 2014, proprietário(a): CLAUDIO HENRIQUE SILVA.
DA INFRAÇÃO:
Auto de Infração: AC01675768, Notificação: 009745142, Data: 22/02/2020,
Hora: 21h50min, Data Emissão: , Infração: 203*V-Ultrapassar pela contramão
outro veículo onde houver marcação viária longitudinal de divisão de
fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua amarela.
Cód. 596-7 / Condutor , Local: RODOVIA MG 238 KM 27.0 .
DA ALEGAÇÃO:
A fé-pública atribuída ao agente público nunca foi absoluta, bem como também
a presunção de veracidade, de legalidade e de legitimidade atribuída ao ato
administrativo. Ao contrário, tais premissas servem apenas como parâmetros
iniciais nas soluções das controvérsias administrativas.
- XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do estado.
- XXXIV - são todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
Não houve abordagem por nenhum agente, para que pudesse anotar todas as
características fundamentais do veículo para notificar o condutor, no ato da
suposta infração. Embora o agente tenha fé pública, é ser humano e comete
erros.
Segundo Hely Lopes Meirelles em lição invocada por Celso Antônio Bandeira
de Melo, in Curso de Direito Administrativo, Malheiros Editores, 4ª edição, pg.
25 - A eficácia e validade de toda atividade administrativa estão condicionadas
ao atendimento da lei. Na administração pública, não há liberdade pessoal.
Enquanto na administração particular é licito fazer tudo o que a lei não proíbe,
na administração pública só é permitido fazer o que a lei autoriza.
Neste caso concreto houve total inversão do ônus da prova, demonstrada pela
ofensa ao princípio constitucional da presunção de inocência (Art. 5º, inciso
LVII, da Constituição), ou seja, ao invés desse departamento provar a
existência da infração, o recorrente tem que lançar mão do presente recurso
para provar sua inocência.
Trata-se de vício de finalidade, forma irregular de autuação que torna nulo de
pleno direito o ato administrativo.
O princípio da publicidade significa que o Poder Público deve sempre agir com
a maior transparência possível, para que os seus atos sejam válidos. Sem a
indispensável publicidade, destinada a orientar e educar os motoristas
transforma inapelavelmente em armadilhas ilegais, incapazes de gerar autos
de infração válidos. Art. 5º Inciso LV da CF.