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ILMO SRº DIRETOR PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DO CONCELHO

ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Referente a notificaçã o
AUTO C39255930
JOELMA DE SOUZA SAMPAIO, brasileira, solteira , portado da identidade n°
3614359 e inscrito no CPF n° 044.500.753-23, residente e domiciliada na rua
Aporuna 397 - Santa Cruz - Rio de Janeiro RJ , vem à presença de Vossa Senhoria,
tempestivamente, apresentar DEFESA DO AUTO DE INFRAÇÃO, pelas razõ es de
fato e de direito a seguir expostas:
Na data de 02/079/2021, a Recorrente foi autuada nos moldes do art. 165-A do
CTB:
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de á lcool ou outra substâ ncia
psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:

No presente caso, o Agente da autoridade de trâ nsito solicitou que a recorrente


realizasse o teste de alcoolemia pelo aparelho etilô metro, popularmente conhecido
como “bafô metro”.
O teste foi requisitado mesmo sem haver nenhum indício de que a motorista
tivesse ingerido bebida. Se tratou de abordagem mediante blitz.
Ocorre que a recorrente nã o havia ingerido nenhum tipo de bebida alcoó lica,
tentou dialogar com o agente para que lhe fosse comprovado à alteraçã o de sua
capacidade psicomotora, conforme o Artigo 306, § 2º do CTB. Nã o restando outro
meio ao recorrente se nã o a recusa em assinar o Auto de Infraçã o, já que ante a
pandemia, achou arriscado se submeter ao teste, e manusear equipamento que tem
alto contato com muitas pessoas.
Nã o foi realizado termo testemunhal, ou indicaçã o no AIT que a requerente
apresentasse sinais de embriaguez como apresentado em anexo abaixo :
O procedimento, portanto, foi nulo, consoante a Resoluçã o 132/2020:
Art. 1º O uso dos aparelhos destinados à mediçã o do teor alcoó lico no ar alveolar
(etilô metros), enquanto perdurar a
pandemia decorrente do vírus COVID-19, restringe-se aos seguintes casos:
I - acidentes de trâ nsito;
II - condutores com visíveis sinais de embriaguez.
Diante da recusa da recorrente em assinar Auto de Infraçã o, o Agente lavrou o auto
de infraçã o e o termo de constataçã o de alcoolemia, sem registrar nenhuma
ressalva sobre visíveis sinais de embriaguez.
Diante disso, é nulo o procedimento, e portanto deve ser considerado inconsistente
o AIT e arquivado.

Nesses termos,
pede deferimento.
Bento Gonçalves, 06 de outubro de 2021
Maikellen Trevisan
OAB/RS 83.258
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