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ILMO. SR. PRESIDENTE DA (J.A.R.

I) JUNTA ADMINISTRATIVA DE
RECURSOS DE INFRAÇÕES DO DISTRITO FEDERAL .

 
EU, LUCAS XXXXXXXXX XXXXXXXXX, brasileiro, portador do RG n.
XXXXXX, inscrito no CPF/MF : xxxxxxxxxxxx, de CNH nº XXXXXXXXX- SP 
domiciliado na Rua XXXXXXXX , nº XXXXX, na cidade de xxxxxxxxx   – DF , não
se conformando com a "AUTUAÇÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO",
respeitosamente interpõe o presente RECURSO ADMINISTRATIVO nos termos do
artigo 285 do Código de Trânsito Brasileiro.

O ora recorrente tomou conhecimento da existência da infração de trânsito de nº


xxxxxxxx1  por meio de consulta esporádica à internet, por suposta infração ao artigo
165, do Código de Trânsito Brasileiro, conforme cópia da notificação em anexo.
Através deste instrumento de defesa venho declarar o referido Auto de Infração de
trânsito É TOTALMENTE IMPROCEDENTE E IRREGULAR, conforme
fundamentação em frente.

I -DAS ALEGÃÇOES 

Conforme se verifica do prontuário do condutor, a sua conduta moral é pautada com


muita ética e responsabilidade, não tendo sequer cometido uma única infração
anteriormente. Entretanto, o condutor irá provar com embasamento jurídico que não
infringiu a lei, senão vejamos:

A penalidade aplicada aos casos é demasiadamente onerosa e somente pode ser imposta
mediante prova inequívoca.

A rigor, tendo nos autos inúmeras provas que forçam concluir pela inexistência de
embriaguez, deve esse Emérito Julgador determinar a cessação de todas as restrições
administrativas como a apreensão da CNH, inclusão do nome no Cadastro Nacional de
Pessoas Impedidas de Dirigir e qualquer penalidade administrativa, como suspensão do
direito de dirigir veículo automotor ou freqüência em programa de reciclagem, em
virtude de ter sido flagrantemente desrespeitado os direitos constitucionais legítimos,
princípios norteadores de todo e qualquer direito. 

O condutor não foi submetido ao Teste de Alcoolemia, através do aparelho mais


conhecido por bafômetro como se pode verificar em notificação em anexo que os
espaços reservados a comprovação do presente teste está em branco
(Medição/Alcoolemia, Equipamento/Instrumento Aferição e Data Aferição do
Equipamento). Levando-se em conta que não auferindo deste modo teor de álcool
superior ao permitido pela legislação de trânsito.
II - DA ILEGALIDADE 

A penalidade aplicada aos casos é demasiadamente onerosa e somente pode ser imposta
mediante prova inequívoca, destarte não se observa na notificação recebida nenhuma 
comprovação por meio cientifico de culpabilidade por parte da condutora notificada.
Assim, toda à aferição de álcool advinda de meras suposições mesmo que seja feita por
agente de trânsito sem conhecimento clínico não têm respaldo legal e nem cientifico o
mesmo não poderá provar por meios científicos que o condutor estava conduzindo carro
embriagado. Não tinha na ocasião nenhum aparelho hábil para a medição exata do teor
alcoólico do recorrente (vide notificação), nem tampouco o ora recorrente foi
encaminhado para o Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal  para se fazer um
exame clínico por médico especialista como apregoa a nova resolução do CONTRAN
referente ao presente caso. Um parecer superficial não pode considerada como meio de
prova para penalizar qualquer condutor, é forçoso concluir pela suspensão de todas as
penalidades impostas em razão da infração de trânsito que foi demonstrada inexistente.

Todo o conteúdo fático comprova a inexistência de embriaguez e a jurisprudência


dominante nos mais diversos Tribunais manifestam-se favoravelmente a fragilidade de
um exame superficial em relação às inúmeras outras provas produzidas, senão vejamos:

“ACIDENTE DE TRÂNSITO. SEGURADORA. CULPA GRAVE IMPROVADA.


EMBRIAGUEZ IMPROVADA. Embriaguez como causa de culpa grave para exclusão
da obrigação da seguradora de indenizar. Provado o acidente, cujo risco era coberto,
fato constitutivo do direito da autora à indenização, cabia a ré seguradora provar a
embriaguez do motorista do carro da autora para caracterizar a culpa grave, impeditiva
do direito a reparação. Análise superficial.
Se o teste não tem descrição completa e não se demonstra tenha sido realizado com
método cientifico, não havendo enunciação induvidosa do seu resultado não pode tal
exame ser tomado como evidência da embriaguez. Recurso parcialmente provido.
(TARS – AC. 194.003.406 – 4ª Cciv. Rel. Juiz Ari Darci Wachholz – j. 18.08.1995).

A rigor, tendo nos autos inúmeras provas que forçam concluir pela inexistência de
embriaguez, deve esse Emérito Julgador determinar a cessação de todas as restrições
administrativas como a abertura de processo de suspensão de CNH,  inclusão do nome
no Cadastro Nacional de Pessoas Impedidas de Dirigir e qualquer penalidade
administrativa, como suspensão do direito de dirigir veículo automotor ou freqüência
em programa de reciclagem, em virtude de ter sido flagrantemente desrespeitado os
direitos constitucionais legítimos, princípios norteadores de todo e qualquer direito. 
Repetindo, o condutor não foi submetido ao Teste de Alcoolometria, através do
aparelho mais conhecido por bafômetro (vide notificação) não auferindo deste modo
teor de álcool superior ao permitido pela legislação de trânsito. Nem  tampouco houve
testes no IML de Brasília -DF por médico especialista como reza a nova resolução do
CONTRAN concernente a este caso. 

A rigor, a recorrente não havia bebido naquela hora ou em momentos antes. O resultado
do exame superficial promovido pelo agente autuador causou estranheza ao condutor
que não havia ingerido nenhuma quantidade de álcool de modo que é crível o equívoco
na falta da de métodos científicos probatórios, e a plena incompetência do agente
autuador para atestar por outros meios e não pelos exigíveis pela Lei a embriaguez ora
recorrente. Na própria notificação não se observa os dois métodos usados para se
estabelecer o nível de consumo de álcool pelo condutor, o que é exigivelmente
obrigatório nesses casos. 

O exame superficial alcoólico foi realizado por iniciativa do agente autuador, de modo
que o ora recorrente tinha ampla e total convicção de seu estado de sobriedade, o que
nos leva a concluir pela existência de vício no método do exame utilizado.

O art. 277 do CTB encontra-se no Capítulo XVII, que trata das Medidas
Administrativas; não se encontrando no Capítulo XV, que é destinado a estabelecer os
deveres e as obrigações impostas aos condutores e proprietários de veículos. Assim, não
se constitui em norma dirigida a estes, mas sim em determinação de procedimento
funcional aos agentes fiscalizadores.

Ademais, não paira dúvidas quando a arbitrariedade cometida pelo agente autuador, ao
constranger o condutor do veículo a se submeter a esse tipo de situação, o que é vedado
pelo art. 5º, inciso II da Constituição Federal de 1988.

Assim, Emérito Julgador, não pairam dúvidas, quanto à inexistência de meios


probatórios de consumo de álcool acima do permitido por Lei. 

DO PEDIDO

Ante o exposto, a ora recorrente vem respeitosamente a presença de V.


Senhoria, a fim de requerer seja relevado a atitude da recorrente, e via de conseqüência,
se digne de determinar o cancelamento do Auto de Infração epigrafado e a conseqüente
revogação dos pontos de meu prontuário como medida da mais lídima JUSTIÇA.

Pelas considerações tecidas, está cabalmente comprovado que a suposta infração de


trânsito não foi validamente aferida, Portanto, o ato é absolutamente irregular e
insubsistente, na forma do artigo 281, parágrafo único, inciso I, do Código de Trânsito
Brasileiro. 

Diante de tudo que se expôs, é dispensável quaisquer argumentações de mérito para


defesa do ora Recorrente, restando apenas ser cumprida a Lei vigente, por parte do(s)
egrégio(s) julgador(es).  

Pede e espera deferimento de todo o ora requerido.

'EX POSITIS', fica requerido:


a) a exclusão do nome do ora Recorrente dos registros relativos aos Autos de Infração
de Trânsito relacionados e comentados;
b) O cancelamento da autuação em questão 

Brasília, DF  XX de  junho de 2009. 


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