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AO SR.

PRESIDENTE DO SISTEMA DE CONTROLE DE MULTAS-SISCOM-


POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

NOTIFICAÇÃO DE AUTUAÇÃO: T623528525

SÉRGIO LUIZ DO CARMO, brasileiro, portador do CPF nº 009.469.936-45 e


da CNH nº 03571165943; residente e domiciliado na Rua Belarmina Silva,
nº211, bairro Agostinho Rodrigues no município de Itabirito/MG, CEP: 35450-
000, tendo sido autuado através do auto de infração em anexo, vem mui
respeitosamente através do presente, em conformidade com os
arts. 280, 281 e 285 do CTB, Resoluções 299/08 e 404/12 do CONTRAN, da
Lei Federal 9.784/99, e CF/88, para interpor a presente Defesa, contra
referida autuação, com o objetivo de proporcionar a oportunidade de exercitar
seu legítimo direito de ampla defesa e do exercício pleno do contraditório.

DO VEÍCULO

Veículo: R/DELREY FECHADA 1E RDR- CARGA REBOQUE.

PLACA: ORA 7435. RENAVAM:00588227722.

DA INFRAÇÃO

Art. 230*XIII- Código de Trânsito Brasileiro, Data:08/03/2023, Hora:


21h32min, Local: BR 356 KM-40 UF/MG, no município de Nova Lima/MG.
FATOS E FUNDAMENTOS LEGAIS

Nobres julgadores deste órgão, venho por meio desta apresentar defesa
contra a autuação em tela.
O requerente foi notificado de uma suposta infração de trânsito no dia 08 de
Março do ano de 2023. Segundo o auto de infração, o condutor conduzia o
veículo c/ equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados.
Acontece que tal infração não poderá ser julgada procedente pelas razões
acostadas.

*DA IMPROCEDÊNCIA DA AUTUAÇÃO


Do direito, requer o cancelamento da presente penalidade. Desta forma, a
decisão imposta pela autoridade de trânsito deve ser arquivada. Eis que
desprovida de fundamentos válidos.

No caso narrado,o agente fiscalizador no uso de suas atribuições legais, ao


lavrar o auto de infração deveria descrevê-la de forma pormenorizada no
campo de “OBSERVAÇÕES”, o detalhamento da infração. Ao contrário disso,
torna o auto de infração irregular.

Por outro lado, foi notificado e apenas descrito no campo “


OBSERVAÇÕES: “NO MOMENTO DA ABORDAGEM O VEÍCULO SE
ENCONTRAVA COM A LÂMPADA DE LED NOS FARÓIS E NÃO
CONSTAVA NOS DOCUMENTOS DO VEÍCULO.” Tal relato não faz prova
nenhuma contra o Requerente.

Ora, fica notória a irregularidade presente na autuação, tendo em vista que é


do conhecimento de todos, que o REBOQUE não possui farol/lâmpadas de
LED. Como é possível observar também nas fotografias anexas.

Provada a inexistência de lâmpadas de LED, torna- se inaplicável a autuação.


Portanto, se o veículo não possui lâmpadas/faróis de LED, não há porque
constar na documentação do veículo.
*DA AUSÊNCIA DO DOCUMENTO PROBANTE
Não existem fotos ou quaisquer elementos comprobatórios da conduta
assinalada. Importante ressaltar que o Auto de Infração deve ser julgado
insubsistente, uma vez que não atendidos os requisitos do Código de Trânsito
Brasileiro, conforme abaixo demonstrado: A multa lavrada foi
consubstanciada apenas na simples emissão do auto de infração, não há
prova fática da prática ensejadora do mesmo.

Prevê o Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 281:

Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida


neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de
infração e aplicará a penalidade cabível. Parágrafo único. O auto de infração
será arquivado e seu registro julgado insubsistente: I - se considerado
inconsistente ou irregular.

A insubsistência consiste no fato de que a AUTUAÇÃO não veio


acompanhada do devido documento probante (foto) ou outro equivalente, que
lhe dê sustentação, ou seja, não há nenhum elemento apto que venha a
caracterizar a conduta transgressora, fato este que contraria frontalmente o
disposto no CTB, devendo o auto de infração ser arquivado.

DO PEDIDO

Nobres julgadores, diante de todo o exposto requer o Defendente:

1- Que seja recebida a presente Defesa, pois preenche todos os requisitos de


sua admissibilidade, com cópia de documentos do Defendente e seu
procurador de acordo com a Res. 299/08 do CONTRAN;
2- Que seja julgado o AUTO INSUBSISTENTE, sendo DEFERIDA a presente
Defesa, e por via de consequência o cancelamento da multa imposta,
conforme preceitua o art. 281, inciso I do CTB, sendo anulada a pontuação.

3- De acordo com o Artigo 37 da Constituição Federal e Lei 9.784/00, a


administração direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerem aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, motivação e eficiência,
caso não seja acatado o pedido, solicitamos um parecer por escrito do
responsável com decisão motivada e fundamentada sob pena de nulidade de
todo este processo administrativo;

4- Requer-se, finalmente, o efeito suspensivo propugnado no


artigo 285, parágrafo 3º do CTB (Lei nº. 9503/97), caso o presente recurso
não seja julgado em 30 dias, e da Lei Federal nº 9.784/99, que regulamenta o
Processo Administrativo, no Parágrafo único do art. 61.

Itabirito,30 de Abril de 2023.

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