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Apostila Temp - Extremas 1 PDF
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HIGIENE DO TRABALHO
Introdução....................................................................................................................03
1- Conceitos Gerais.....................................................................................................04
2- Elementos Básicos de Transferência de Calor.......................................................05
3- Ocorrências.............................................................................................................06
4- Fisiologia da Exposição ao Calor...........................................................................06
5- Doenças Causadas Pela Sobrecarga Térmica......................................................08
6- Instrumentos Utilizados para Avaliação da Exposição ao Calor............................09
7- Índices de Avaliação...............................................................................................10
8- Técnicas de Medição.............................................................................................11
9- Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor.....................................................12
10- Medidas de Controle...........................................................................................17
11- Conforto Térmico.................................................................................................19
Figuras e Ábacos................................................................................................20
12- Exposição ao Frio.................................................................................................24
13- Medidas de Controle.............................................................................................27
14- Exercícios..............................................................................................................28
15- Bibliografia............................................................................................................30
Moacir Tavares 2
INTRODUÇÃO
Moacir Tavares 3
1- CONCEITOS GERAIS
LEI DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
A energia não pode ser criada nem destruída; ela pode ser transformada de uma
modalidade em outra; portanto, uma dada energia seja hidráulica ou térmica, já
existia de alguma outra forma, antes de ser empregada para produzir trabalho.
A energia térmica é amplamente utilizada na indústria em fornos, caldeiras, estufas e
motores de combustão interna, ou como geradores de outra energia, como as termo-
elétricas.
ESCALA DE TEMPERATURA
Um sistema composto de um sólido e um líquido de uma mesma substância, estão
em equilíbrio de fase, isto é o sólido e o líquido coexistem sem o líquido mudar em
sólido e sem o sólido se tornar líquido, apenas a uma temperatura definida à pressão
constante. Analogamente, um líquido permanecerá em equilíbrio de fase com seu
vapor apenas a uma temperatura definida, quando a pressão é mantida constante. A
temperatura em que sólido e líquido de uma mesma substância coexistem à pressão
atmosférica é chamada de ponto normal de fusão, PNF (em inglês NMP - NORMAL
MELTING POINT). Enquanto que para o líquido e seu vapor é denominado ponto
normal de ebulição; PNE, em inglês NBP “Normal Boiling Point”. Pode-se obter
algumas vezes o equilíbrio de fase entre um sólido e seu vapor a pressão
atmosférica. A temperatura em que este fenômeno ocorre é chamado de ponto
normal de sublimação PNS (em inglês NSP – NORMAL SUBLIMATION POINT). È
possível obter as três fases - sólida, líquida e vapor – coexistindo em equilíbrio mas
apenas à pressão e temperatura definidas; essa temperatura é conhecida como
tríplice PT (em inglês TP – TRIPLE POINT). A pressão do ponto tríplice da água é de
4,58 mm Hg.
Os pontos PNF, PNE, PNS e PT podem ser escolhidos como padrões para o
propósito de se estabelecer uma escala de temperatura. Antes de 1954 existiam dois
pontos padrões. O PNE da água e temperatura de equilíbrio do gelo puro e água
saturada de ar. Ambos foram abandonados; na moderna termometria há apenas um
ponto fixo padrão, que é o ponto tríplice da água, ao qual se atribui o número de
273,16 K (Kelvin) e a pressão de 4,58 mm Hg.
Para se obter o ponto tríplice, destila-se água da mais alta pureza, colocando–a em
um vaso, apropriado para o caso; depois de removido todo o ar fecha-se o vaso. É
colocada uma mistura congelante, que forma uma camada de gelo em volta do
reservatório. Quando a mistura é substituída por um termômetro, uma fina camada
de gelo derrete-se nas proximidades, havendo equilíbrio entre as fases líquida, sólida
e vapor estará configurado o ponto tríplice, sendo este o padrão para a moderna
termometria. As escalas mais usadas são: KELVIN, CELSIUS E FAHRENHEIT.
Moacir Tavares 4
2 – ELEMENTOS BÁSICOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
2.1. CONDUÇÃO
É uma forma pela qual a energia de agitação molecular ou energia térmica é
transmitida de um meio a outro, quando existe contato direto, e diferença de
temperatura entre eles, podendo ser sólidos, líquidos ou gasosos. A condução nos
meios não sólidos é quase sempre combinada com a convecção e em alguns casos
também com a radiação. A energia interna desses corpos ou sistemas, depende de
energia cinética média das moléculas componentes do sistema, conforme o
enunciado da teoria cinética. A energia fluirá até ao equilíbrio térmico.
2.2. RADIAÇÃO
A radiação é um processo de transmissão de energia através de ondas
eletromagnéticas, de um corpo de temperatura alta, para outro de temperatura mais
baixa, estando-se estes corpos separados no espaço, mesmo que exista vácuo entre
eles. A energia radiante difere da luz visível e outros tipos de ondas eletromagnéticas
apenas no comprimento da onda. A energia radiante viaja com a velocidade da luz (3
x 10 8 m/s). O calor radiante é transmitido na forma de impulsos, ou “quanto” de
energia radiante no espaço é semelhante à propagação da luz, e pode ser descrita
pela teoria das ondas.
Quando as ondas de radiação encontram outro objeto, a sua energia é absorvida.
2.3. CONVECÇÃO
A convecção é um processo de transporte de energia pela ação combinada da
condução de calor, armazenamento de energia e movimento dos fluídos em função
da sua massa específica. O mecanismo de convecção se processa de forma
complexa, dependendo de vários fatores tais como: a forma da superfície do sólido
que esteja em contato com o fluído cuja diferença de temperatura provoca o seu
deslocamento, se é vertical ou horizontal, se é curva ou plana, dependendo ainda da
densidade, viscosidade, calor específico e condutividade térmica do fluído, e se este
é gás ou líquido. A energia total do sistema é a energia média das moléculas
componentes do referido sistema, isto é, quanto mais rápido elas se movem maior
será a sua energia térmica.
2.4. OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM NA EXPOSIÇÃO AO CALOR
UMIDADE DO AR
Influi na troca térmica que é realizada entre o organismo e o meio ambiente pelo
mecanismo da evaporação. Para que isso ocorra de maneira satisfatória é
necessário que haja uma determinada relação entre a temperatura e a umidade do
ar, como veremos adiante. A umidade dependendo da finalidade com que se quer
medir ou analisar; pode-se empregar diferentes maneiras de expressar:
- Umidade absoluta expressa em gramas de vapor d’água por centímetros cúbicos
de ar, é a quantidade de vapor d’água contida no ar.
- Umidade relativa é a quantidade de vapor d’água contida no ar em relação à
atmosfera saturada de vapor a mesma pressão e temperatura.
- Ponto de orvalho é a temperatura na qual o vapor d’água do ar chega ao ponto de
saturação.
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VELOCIDADE DO AR
A movimentação das massas de ar influenciam decisivamente nas trocas térmicas
entre o organismo e o ambiente, principalmente no mecanismo da convecção-
condução. Quando as camadas de ar próximas às superfícies do corpo são
movimentadas, acelera-se o fluxo de calor, da pele para o ar aumentando-se a
transferência de energia térmica.
TEMPERATURA DO AR
A temperatura do ar tem uma influência significativa nas avaliações ambientais
ocupacionais, devendo-se as medições serem preferencialmente executadas no
verão, pois o sentido do fluxo de calor do indivíduo para o meio ocorre da seguinte
maneira: quando a temperatura do ar estiver mais baixa que a superfície da pele, o
indivíduo perderá calor, cedendo-o ao ambiente; quando a temperatura do ar estiver
mais alta que a superfície da pele, o fluxo de calor será inverso, ou seja, o organismo
ganhará calor que se somará aquele gerado pelo metabolismo.
3. OCORRÊNCIAS
A exposição ocupacional ao calor ocorre na maioria dos ramos de atividades
industriais, desde a construção civil e atividades extrativas em suas formas primárias,
indústria mecânica, materiais refratários e cerâmicos, até a metalurgia onde a
siderurgia tem em nosso estado uma posição de destaque. As principais fontes de
calor ocupacional são a carga solar (para atividade a céu aberto), caldeiras e fornos,
fornos cerâmicos e de materiais refratários e estufas para diversas finalidades.
O homem pertence a uma classe de seres vivos que possui a sua temperatura
interna constante; isto é, conseguido através de um centro termorregulador
localizado no hipotálamo, o qual é extremamente sensível à temperatura ambiente,
enviando constantes mensagens ao organismo adaptando-o às variações das
situações térmicas criadas por mudanças ambientais e atividades metabólicas.
Quando o indivíduo é submetido a uma sobrecarga térmica, é esse centro que
comanda as alterações fisiológicas necessárias para conseguir o equilíbrio
energético, preparando o organismo para aquela situação. Dentre estas reações
chamadas termorreguladoras, a vasodilatação periférica é uma das mais
importantes, e se caracteriza por dilatar os vasos periféricos do corpo, permitindo
uma maior irrigação sanguínea para transportar o calor aumentado pela atividade
celular intensa, (metabolismo), para ser dissipado ao nível da pele, através dos
mecanismos já citados, ou seja a radiação, condução e convecção, tendo este
último, importante papel na evaporação do suor. A vasodilatação periférica imporá ao
sistema cardiocirculatório um esforço adicional aumentando o fluxo sanguíneo. Outra
importante reação termorreguladora é a sudorese provocada pelas glândulas
sudoríparas, fazendo com que o corpo perca calor para o ambiente através da
evaporação do suor, facilitada pela convecção. Quando o trabalhador é submetido a
uma situação térmica em que recebe calor do ambiente em quantidade superior a
capacidade do seu mecanismo termorregulador, ou que sua carga metabólica
(energia) é dissipada sem tempo de reposição, o homem sofrerá danos a sua saúde,
bem como a falta de líquidos, perdidos pela evaporação poderá trazer danos
irreparáveis a sua integridade física.
O “Quadro do Equilíbrio Homeotérmico” colocado a seguir visa mostrar as varias
formas da equação do equilíbrio térmico, face às diversas situações ambientais.
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EQUILÍBRIO HOMEOTÉRMICO PARA VARIADAS SITUAÇÕES AMBIENTAIS
SÍNTESE
A carga ambiental é o resultado da interação do homem com o ambiente, isto é, do
calor proveniente da radiação e condução produzido por agentes ambientais,
equipamentos, etc., e, o calor gerado pelo próprio homem, que representa a sua
carga metabólica. A carga metabólica é o calor interno gerado pela atividade celular
resultante do metabolismo basal, somado à energia térmica provenientes das
atividades físicas. Para que o equilíbrio seja mantido, é necessária a troca entre o
organismo e o meio onde o calor interno é dissipado pela sudorese, através da
evaporação do suor, facilitada pela convecção-condução e a movimentação do ar.
Em equilíbrio térmico a equação toma a forma:
M=±C±R+E
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5. DOENÇAS CAUSADAS PELA SOBRECARGA TÉRMICA
PROSTAÇÃO TÉRMICA
Pode ocorrer por eliminação excessiva da água (desidratação), ou perdas sem
reposição de sais minerais, acontece com maior freqüência em indivíduos não
adaptados ao ambiente quente (trabalhadores novatos). Para evitá-la, as perdas de
água não deverão ser superiores a 1,5%, do peso do indivíduo, ao final da jornada
de trabalho. A água deve ser ingerida com adição de sais minerais, podendo ser o
cloreto de sódio.
CÂIMBRAS
São atribuídas às perdas de sais minerais e se apresentam como fortes dores
musculares, principalmente na coxa, nos músculos abdominais, e outros que tenham
sido mais solicitados no trabalho. Os indivíduos geralmente acometidos são aqueles
já aclimatados, e outros que ingerem água em abundância, porém sem o sal
necessário.
CATARATAS
O calor radiante provoca ou predispõe o indivíduo à catarata, pela ação dos raios
infra-vermelhos sobre o cristalino dos olhos, fazendo com que uma doença
característica de pessoas idosas possa surgir precocemente em indivíduos
relativamente jovens.
INTERMAÇÃO OU INSOLAÇÃO
Causada por distúrbios no mecanismo termorregulador; o indivíduo acometido
apresenta a pele avermelhada quente e seca, os sintomas mais freqüentes são:
tonturas, tremores, convulsões e delírios podendo levar a morte ou deixar estigmas
irreversíveis. Tem as mesmas características da exposição excessiva ao sol de
verão, com desidratação e queimaduras da pele.
OBS.: Em todos os casos citados a assistência médica deve ser solicitada.
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6. INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO
CALOR
6.2. VELOCIDADE DO AR
- Anemômetro de palhetas
Capacidade de 0 a 30m/s
- Termoanemômetro
Capacidade de 0 a 30m/s.
6.3. UMIDADE *
- Psicrômetro de aspiração: termômetros, subdivisões em 0,5 ou 1,0°C
- Psicrômetro rotativo manual: termômetros subdivisões em 0,5 ou 1,0°C
- Higrômetro resolução 1%
(*) – Será necessário apenas um dos três tipos de instrumentos listados.
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7. ÍNDICES DE AVALIAÇÃO
7.1 TEMPERATURA EFETIVA – TE (CONFORTO TÉRMICO)
Consiste em se empregarem os termômetros bulbo úmido e bulbo seco para se
determinar a temperatura medindo-se a velocidade do ar com anemômetro ou
termoanemômetro. Entrando-se com esses valores no ábaco e ligando a temperatura
de bulbo seco à temperatura de bulbo úmido com auxílio de uma régua, passando
pela velocidade do ar medida, se encontrará a temperatura efetiva – TE.
Interpretação: o ambiente será considerado desconfortável se estiver fora dos
parâmetros: TE entre 20 e 23°C, UR ≥ 40% e Vel. Ar ≤ 0,75m/ s.
7.2. TEMPERATURA EFETIVA CORRIGIDA - TEC
Os procedimentos são os mesmos; porém empregando-se o valor de temperatura de
globo no lugar de bulbo seco, sendo indicada para locais onde existe o calor
radiante. A temperatura de bulbo úmido será corrigida antes de sua aplicação no
ábaco pelo seguinte procedimento: empregando-se uma carta psicrométrica, e
aplicando-se os valores de bulbo seco e bulbo úmido, determine-se a umidade
relativa: traçando a paralela à base do ábaco por este ponto, (umidade absoluta) até
encontrar a linha traçada pela temperatura de globo, (que também entrará na carta),
traçando-se por este ponto uma paralela às linhas de bulbo úmido, se encontrará o
valor de bulbo úmido corrigido. Finalmente entrando com a velocidade do ar
encontra-se o TEC. Estes métodos têm a desvantagem de não levar em
consideração as atividades exercidas.
7.3. TEMPERATURA DE GLOBO ÚMIDO
É obtido pelo emprego de um instrumento que combina o bulbo úmido com o globo.
Este instrumento tem a vantagem de em uma única leitura determinar o índice de
avaliação de sobrecarga.
VALORES DE K
K VESTIMENTA/ PELE
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7.4.2. EQUAÇÃO SIMPLIFICADA
Posteriormente foi proposta uma simplificação da equação anterior por MINARD a
qual foi adotada pela ACGIH*, cuja metodologia também foi aceita pela nossa
legislação. A equação simplificada não leva em consideração o tipo de vestimenta do
trabalhador, e a cor da sua pele, sendo esses valores considerados desprezíveis.
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs (com carga solar no ambiente)
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg (sem carga solar)
Neste último caso pode-se dispensar o termômetro do bulbo seco, a não ser que se
pretenda determinar a umidade relativa do local
* AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS
8- TÉCNICAS DE MEDIÇÃO
É recomendado que a árvore de termômetros seja montada em local limpo, nivelado
o mais próximo possível do posto de trabalho a ser avaliado e transportado com todo
o cuidado para o local de medição. As medidas deverão ser efetuadas no local onde
atua o trabalhador, porém isso nem sempre é possível; neste caso desloca-se a
árvore radialmente em relação à fonte térmica mantendo-se o mesmo comprimento
de raio equivalente à distância do trabalhador à fonte. O conjunto dos termômetros
deve ser posicionado a altura da parte do corpo mais atingida pelo calor; geralmente
isso ocorre com o globo à aproximadamente de 1,0 a 1,2 metros de altura em
relação ao piso para indivíduos trabalhando em pé.
Onde:
Tbn = termômetro de bulbo natural
Tg = termômetro de globo
Tbs = termômetro de bulbo seco
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O IBUTG (média ponderada) é calculado pela seguinte equação:
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QUADRO N.º 1 – LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA DESCANSO NO POSTO DE
TRABALHO
REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM TIPO DE ATIVIDADE
DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO (POR
HORA) LEVE MODERADA PESADA
NÃO É PERMITIDO O TRABALHO, SEM A ADOÇÃO DE ACIMA DE 32.2 ACIMA DE 31.1 ACIMA DE
MEDIDAS ADEQUADAS DE CONTROLE 30.0
M (Kcal/ h ) MÁXIMO
IBUTG
175 30.5
200 30.0
250 28.5
300 27.5
350 26.5
400 26.0
450 25.5
500 25.0
datilografia)
LEVE
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Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar 440
TRABALHO
pesos(ex.: remoção com pá)
PESADO
Trabalho fadigante
550
CONCLUSÃO
PROBLEMA RESOLVIDO
1)- Calcular o M e o IBUTG de um operador de forno de tratamento térmico que, a
cada hora abre o forno retira as peças de aço aquecidas, coloca-as no tanque de óleo
e carrega o forno com outras peças, levando para isso 10 minutos; o restante do
tempo permanece sentado fazendo anotações; o local não tem incidência de carga
solar.
TRABALHO DESCANSO
Tg = 60,0°C Tg = 30,0°C
SOLUÇÃO:
Cálculo do IBUTG
Trabalho :
IBUTGT = (0,7 x 25,0) + (0,3 x 60,0) = 35,5
Descanso :
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IBUTGD = (0,7 x 22,0) + (0,3 x 30,0) = 24,4
Cálculo do M
M = (Mt x Tt) + (Md x Td) = (300 x 10) + (125 x 50) = 154,2 Kcal/h
60 60
PROBLEMA PROPOSTO
Um operador de alto forno de lingotamento contínuo, trabalha na corrida, durante 15
minutos e descansa durante 45 minutos, repetindo o ciclo durante cada hora, durante
as corridas de ferro gusa nas operações de abertura do canal e tamponamento após a
corrida, havendo incidência de carga solar à tarde quando foi efetuada a medição,
(somente no local de trabalho).
Dados
TRABALHO DESCANSO
Tbn = 28,0 Tbn = 24,0
Tg = 52,0 Tg = 40,0
Tbs = 40,0 -
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10. MEDIDAS DE CONTROLE
As medidas de controle da exposição ocupacional ao calor são de duas classes
principais:
a) Controle no Homem
b) Controle do ambiente
Estrategicamente iniciaremos pelo controle no homem, quando sabemos que as
soluções mais aceitáveis e definitivas são aquelas que corrigem o equipamento;
entretanto notamos na prática que enquanto se discutem os projetos de controle a
serem executados a médio ou a longo prazo passando pelas áreas técnicas e
burocráticas o trabalhador permanece exposto a situações que poderão comprometer
de forma irreversível a sua saúde; por isso resolvemos inverter a ordem de proteção
ao trabalhador, sem contudo deixar de dar prioridade necessária ao controle no
equipamento.
10.1. 2. ACLIMATAÇÃO
Os indivíduos iniciantes em atividades que o exponham ao calor devem passar por
treinamento prévio e adaptação gradativa; no início trabalhando no máximo 80% na
jornada de trabalho, levando em média duas semanas para completa adaptação.
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20 minutos desse líquido à temperatura de 15°C. Caso não tolere a presença do sal na
água, pode-se usar o tablete de sal deixando-o dissolver-se na boca. Sendo 1 tablete
de sal para cada copo d’água para ingerir.
Outra alternativa é a ingestão de suco de frutas, natural ou artificial, desde que se
adicione além de açúcar , o sal na proporção citada.
Para cada caso deve ser especificado o conjunto de EPI mais apropriado tais como
óculos e protetores faciais contra a radiação térmica, luvas, aventais, ou blusão
antichama, capacetes de celeron, calçados de segurança resistentes ao calor e
perneiras e vestimentas aluminizadas 9para exposições severas).
20 a 25 40 Conforto
26 a 31 20 Conforto
26 a 31 65 Mal estar
26 a 31 80 Necessidade de repouso
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FIGURAS E ÁBACOS
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12. EXPOSIÇÃO AO FRIO
12.1. FISIOLOGIA DA EXPOSIÇÃO AO FRIO
Como se sabe, em baixas temperaturas o corpo humano perde calor para o ambiente
baixando a temperatura da pele e das extremidades; entretanto, o mecanismo
termorregular atua de maneira a manter o equilíbrio homeotérmico do corpo. Se as
perdas de calor forem superiores ao calor produzido pelo metabolismo, haverá a
vasoconstrição periférica na tentativa de evitar as perdas em excesso; o fluxo
sanguíneo é reduzido em razão direta da queda da temperatura, buscando o
equilíbrio. Se no entanto a temperatura do interior do corpo baixar de 35°C, ocorrerá
uma redução das atividades fisiológicas haverá diminuição da taxa metabólica, queda
da pressão arterial e conseqüentemente da freqüência do pulso, entrando na fase do
“tiritar”: tremor incontrolável que busca através da atividade muscular, (contrações
musculares), a produção de calor para encontrar novamente o equilíbrio. Se a
produção de calor for insuficiente, a temperatura do núcleo do corpo continuará a
baixar, podendo o mecanismo termorregular perder a sua capacidade, o que ocorrerá
abaixo de 29°C; as células cerebrais entrarão em depressão decrescendo as
atividades do sistema nervoso central, este fenômeno é denominado hipotermia e tem
conseqüências graves podendo chegar ao estado de sonolência, coma e
posteriormente a morte.
12.2. OCORRÊNCIAS
A exposição ocupacional ao frio é comum nas indústrias alimentícias, produtos
farmacológicos, indústrias bioquímicas, frigoríficos com atividades freqüentes em
câmaras frias. As atividades que expõem o trabalhador às intempéries tais como as
minerações a céu aberto, os trabalhos de manutenção de serviços de transmissão de
energia elétrica e telecomunicações geralmente executados em elevadas altitudes, e
mesmo as atividades nas cidades ou no campo onde o trabalhador se expõe ao frio no
inverno em regiões de clima temperado como por exemplo no Sudeste e Sul do Brasil.
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12.4. ACIDENTES
Consta que temperaturas inferiores a 18°C, segundo estudos desenvolvidos em outros
países, aumentam a estatística de acidentes pois a tremedeira, o tiritar, diminuem a
destreza em operar os equipamentos e manejar as ferramentas. Por outro lado o uso
de luvas grossas e vestimentas pesadas contribuem para diminuir a eficiência no
trabalho, e a própria sensibilidade aos comandos dos equipamentos podendo também
aumentar a ocorrência de acidentes.
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QUADRO Nº 5 – EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO FRIO (CÂMARAS FRIAS)
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13. MEDIDAS DE CONTROLE
- VESTIMENTAS APROPRIADAS
- ACLIMATAÇÃO
A adaptação gradativa do indivíduo ao frio fará com que o seu organismo ,através da
reação termorreguladora, se torne mais tolerante à sensação de frio conseguindo
trabalhar com eficácia nos ambientes cujas atividades sem o devido “treino” seria
impraticável. A aclimatação ao trabalho fará com que as extremidades do corpo do
indivíduo exposto seja irrigada normalmente de sangue mantendo-se aquecida, sem o
desconforto, que de outra maneira poderia ocorrer.
Os limites de tolerância pra exposição ao frio poderão ser obtidos conforme o Quadro
nº 5.
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14- EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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14.2- EXPOSIÇÃO AO FRIO (CÂMARAS FRIAS)
Fórmula: oF = 9/5 C + 32; oC = 5/9 (f-32); Velocidade ar: pés/ min = 196,8 m/s
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15- BIBLIOGRAFIA
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