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(VERSÃO PRELIMINAR)
“Nem um homem é uma ilha, e nesta vida você tem que ser
mais aranha do que homem. (Guitinho, integrante do Grupo Bongar
durante palestra promovida pelo Observatório da Realidade Organizacional
promovido pelo Programa de Pós Graduação em Administração.Dia
06/05/2008 às 19 horas no CCSA, gravação colhida por Lúcia Helena, aluna
do PPGA da UFPE e integrante da equipe do projeto de pesquisa
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culto. Dali para fora, era possível pensar sentidos das atividades
religiosas sem o concurso daqueles que buscavam fabricá-los. Em
outras palavras, na esfera pública e nos vários espaços de circulação
dos religiosos e da religião, a objetivação do religioso dependia de
interpretações num plano que não seria da sua competência. O estudo
do ‘micro’ pela antropologia de certo modo isolava os religiosos no
interior de suas próprias casas, ignorando as formas pelas quais estes se
localizavam em outras esferas e se relacionavam com outros domínios
da vida social. Negava-se, pois, importância às reflexões desses
indivíduos sobre o emprego que faziam de suas categorias religiosas e
suas conseqüências sociais em múltiplas dimensões da vida social.
(2006:193)
“Nem um homem é uma ilha, e nesta vida você tem que ser
mais aranha do que homem. A minha história na Xambá
começa pelas necessidades básicas de qualquer comunidade
periférica de se colocar, de ser vista, de poder expor, de poder
mostrar aquilo que ela é. Então quando eu criei o Bongar em
2001 que é um grupo de coco, de música, foi inicialmente com
essa ânsia da gente revelar pra toda comunidade, tudo aquilo que
a gente tinha, de dentro e fora dela. Aí a gente começou todo esse
processo de como fazer que a gente seja visto, como a gente vai
fazer... como é que nós chegamos a esse reconhecimento e o
auto-reconhecimento.” (Fala de Guitinho durante palestra
promovida pelo Observatório da Realidade Organizacional
promovido pelo Programa de Pós Graduação em
Administração.Dia 06/05/2008 às 19 horas no CCSA, gravação
colhida por Lúcia Helena, aluna do PPGA da UFPE e integrante
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Os terreiros de candomblé vem se constituindo um espaço propício para o reconhecimento dos
quilombos urbanos. Por exemplo, o Mapeamento dos Terreiros de Salvador vem sendo citada como um
exemplo de política afirmativa para a comunidade negra. Desenvolvido pela Secretaria Municipal de
Reparação em parceria com a Fundação Cultural Palmares e o Centro de Estudos Afro-orientais da
Universidade Federal da Bahia, este levantamento identificou 1.296 casas de culto de religiões de matriz
africana, das quais 1.138 já foram cadastradas. Este artigo faz parte de um programa amplo de regularização
fundiária dos quilombos urbanos. Esta pesquisa servirá de base para uma série de políticas publicas a serem
adotadas nestas comunidades, para a regularização fundiária desses espaços e valorização da cultura afro-
brasileira (Jornal A Tarde, 25/09/2005)
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Referências bibliográficas:
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STEIL, Carlos (2001) Política, etnia e ritual – O Rio das Rãs como
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Re-scripting the Afro-Brazilian religious hetirage in the public sphere
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