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1. INTRODUÇÃO
Os desenhos devem estar em acordo com as respectivas normas dos materiais adotados.
São os estados assumidos pela estrutura, a partir dos quais apresenta desempenhos
inadequados às finalidades da construção.
Estados que por sua simples ocorrência determinam a paralisação, no todo ou em parte,
do uso da construção.
Estados que por sua ocorrência, repetição ou duração, causam efeitos estruturais que
não respeitam as condições especificadas para o uso normal da construção, ou que são
indícios de comprometimento da durabilidade da construção.
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3. AÇÕES
A norma brasileira NBR 8681 (Ações e segurança nas estruturas) define ações como as
causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas. As ações podem ser de
três tipos:
Para a elaboração dos projetos, as ações devem ser combinadas, com a aplicação de
coeficientes sobre cada uma delas, para levar em conta a probabilidade de ocorrência
simultânea. A aplicação das ações deve ser feita de modo a se conseguirem as situações
mais críticas para a estrutura.
3.2. Carregamentos
Carregamento normal
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Um carregamento é normal quando inclui apenas as ações decorrentes do uso previsto
para a construção, é considerado de longa duração e deve ser verificado nos estados
limites último e de utilização.
Como exemplo podemos citar para coberturas a consideração do peso próprio e do vento
e para pontes o peso próprio junto com o trem-tipo.
Carregamento especial
Carregamento excepcional
Carregamento de construção
São três as situações de projeto que podem ser consideradas: duradouras, transitórias e
excepcionais.
Quando a duração for muito menor que o período de vida da construção tem-se uma
situação transitória. Deve ser verificada quando existir um carregamento especial para a
construção e na maioria dos casos pode-se verificar apenas estados limites últimos. Caso
seja necessária a verificação dos estados limites de utilização, ela deve ser feita com
combinações de média ou curta duração.
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3.4. Combinações de ações
m n
Fd F
gi gi , k Q
FQ 1 , k 0j
FQ j , k
i 1 j 2
Neste caso as ações variáveis são divididas em dois grupos, as principais (F q1,k) e as
secundárias (Fqj,k) com seus valores reduzidos pelo coeficiente 0j, que leva em conta a
baixa probabilidade de ocorrência simultânea das ações variáveis. Para as ações
permanentes devem ser feitas duas verificações, a favorável e a desfavorável, por meio
do coeficiente g.
m n
Fd gi
Fgi , k Q
FQ 1, k 0 j , ef
FQ j, k
i 1 j 2
Fd F
gi gi , k
F Q , ex c Q 0 j , ef
FQ j, k
i 1 j 1
F d , uti Fgi , k 2j
F Q j, k
i 1 j 1
Fd , uti Fgi , k 1
FQ 1, k 2j
FQ j, k
i 1 j 2
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Utiliza-se esta combinação no caso de existirem materiais frágeis não estruturais ligados
à estrutura. Nestas condições a ação variável principal atua com valores de média
duração e as demais com os valores de longa duração.
m n
Fd , uti Fgi , k FQ 1, k 1j
FQ j, k
i 1 j 2
São utilizadas quando for importante impedir defeitos decorrentes das deformações da
estrutura. Neste caso a ação variável principal atua com seus valores referentes a média
duração.
Neste caso tem-se a ação variável especial e as demais ações variáveis agindo com
valores referentes a combinações de longa duração.
Combinações últimas
Para as combinações nos estados limites últimos são utilizados os seguintes coeficientes:
g = coeficiente para as ações permanentes
Q = coeficiente de majoração para as ações variáveis
0 = coeficiente de minoração para as ações variáveis secundárias
0,ef = coeficiente de minoração para as ações variáveis secundárias de longa
duração
Ações permanentes ( g)
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TABELA - Ações permanentes de pequena variabilidade (Fonte: NBR 7190:1997)
Combinações para efeitos(*)
desfavoráveis favoráveis
Normais g
= 1,3 g
= 1,0
Especiais ou de Construção g
= 1,2 g
= 1,0
Excepcionais g
= 1,1 g
= 1,0
Quando o peso próprio da estrutura não supera 75% da totalidade dos pesos
permanentes, adotam-se os valores apresentados na tabela 6.
desfavoráveis favoráveis
Normais g
= 1,4 g
= 0,9
Especiais ou de Construção g
= 1,3 g
= 0,9
Excepcionais g
= 1,2 g
= 0,9
desfavoráveis favoráveis
Normais = 1,2 =0
Excepcionais =0 =0
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Ações variáveis ( Q)
Normais Q
= 1,4 = 1,2
Especiais ou de Construção Q
= 1,2 = 1,0
Excepcionais Q
= 1,0 =0
Este coeficiente varia de acordo com a ação considerada, como pode ser visto na tabela
de fatores de minoração.
Combinações de utilização
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TABELA - Fatores de minoração (Fonte: NBR 7190:1997)
Ações em estruturas correntes 0 1 2
- Variações uniformes de temperatura em
relação à média anual local 0,6 0,5 0,3
- Pressão dinâmica do vento 0,5 0,2 0
Cargas acidentais dos edifícios 0 1 2
- Locais em que não há predominância de
pesos de equipamentos fixos, nem de
elevadas concentrações de pessoas 0,4 0,3 0,2
- Locais onde há predominância de pesos de
equipamentos fixos, ou de elevadas
concentrações de pessoas 0,7 0,6 0,4
- Bibliotecas, arquivos, oficinas e
garagens 0,8 0,7 0,6
Cargas móveis e seus efeitos dinâmicos 0 1 2
- Pontes de pedestres 0,4 0,3 0,2*
- Pontes rodoviárias 0,6 0,4 0,2*
- Pontes ferroviárias (ferrovias não
especializadas) 0,8 0,6 0,4*
* Admite-se 2=0 quando a ação variável principal corresponde a um efeito
sísmico
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Tabela – Valores dos coeficientes de ponderação das ações (Fonte NBR 8800/2008)
ac
Ações permanentes ( g)
Diretas
Peso Peso Peso próprio de Peso próprio de Peso próprio de
próprio de próprio de estruturas elementos elementos
Combinações estruturas estruturas moldadas no constritutivos construtivos Indiretas
metálicas pré- local e de industrializados em geral e
moldadas elementos com adições in equipamentos
construtivos loco
industrializados e
empuxos
permanentes
1,25 1,30 1,35 1,40 1,50 1,20
Normais (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
1,15 1,20 1,25 1,30 1,40 1,20
Especiais ou de (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
construção
1,10 1,15 1,15 1,20 1,30 0
Excepcionais (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
Tabela – Valores dos fatores de combinação 0 e de redução 1 e 2 para as ações variáveis (Fonte
NBR 8800/2008)
a
f2
Ações d e
0 1 2
Locais em que não há predominância de pesos e de
equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de 0,5 0,4 0,3
b
Ações variáveis tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas
causadas pelo Locais em que há predominância de pesos e de equipamentos
uso e ocupação que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de 0,7 0,6 0,4
c
elevadas concentrações de pessoas
Bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e garagens e 0,8 0,7 0,6
sobrecargas em coberturas (ver B.5.1)
Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0
Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual 0,6 0,5 0,3
local
Cargas móveis e Passarelas de pedestres 0,6 0,4 0,3
seus efeitos Vigas de rolamento de pontes rolantes 1,0 0,8 0,5
dinâmicos Pilares e outros elementos ou subestruturas que suportam vigas 0,7 0,6 0,4
de rolamento de pontes rolantes
a
Ver alínea c) de 4.7.5.3.
b
Edificações residenciais de acesso restrito.
c
Edificações comerciais, de escritório e de acesso público.
d
Para estado limite de fadiga (ver anexo K), usar 1 igual a 1,0.
e
Para combinações excepcionais onde a ação principal for sismo, admite-se adotar para 2 o valor zero.
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