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AVALIAÇÃO DE

RESERVAS
MÉTODOS CONVENCIONAIS

PESQUISA MINERAL
PROFA. CAROLINA DEL ROVERI
INTRODUÇÃO

• PARÂMETROS:
• OBJETIVOS:
• OTIMIZAÇÃO DAS MALHAS PROSPECTIVAS;
• INDICAÇÃO DO GRAU DE CONFIABILIDADE E
• ESCOLHA DO MÉTODO DE CUBAGEM.
• TIPOS:
• TAMANHO
• NATUREZA DOS CORPOS MINERALIZADOS
• TIPO DE RESERVA A SER BLOQUEADA
RESERVAS
CALCULADA DURANTE A FASE DE AVALIAÇÃO
SONDAGENS (A TRADO, ROTATIVAS OU BANKA)
POÇOS, TRINCHEIRAS DISPOSTAS OU NÃO, SEGUNDO MALHAS
REGULARES

* em alguns casos, com minério regular, o bloco


assinalado com reserva inferida pode ser
considerado indicado
RESERVAS X TAMANHO X TIPO DOS
CORPOS MINERALIZADOS
• JAZIDAS DE FÁCIL AVALIAÇÃO
• JAZIDAS DIFÍCEIS DE SEREM AVALIADAS
• JAZIDAS EXTREMAMENTE DIFÍCEIS DE SEREM AVALIADAS
CUBAGEM DE JAZIDAS

• MÉTODOS CLÁSSICOS
• MÉTODO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
• MÉTODO DOS TRIÂNGULOS
• MÉTODOS DAS SEÇÕES GEOLÓGICAS
MÉTODO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
• CADA AMOSTRA TEM UMA ÁREA DE INFLUÊNCIA NO INTERIOR DA QUAL,
TEORICAMENTE, O MINÉRIO PERMANECE COM AS MESMAS
CARACTERÍSTICAS OBSERVADAS NA AMOSTRA, O QUE EQUIVALE A
CONSIDERAR QUE AS MODIFICAÇÕES DE VALORES ENTRE DUAS ÁREAS
CONSECUTIVAS SE FAZEM DE FORMA UNIFORME.
MÉTODO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
Os valores considerados podem ser teores, porcentagem obtidas em
testemunhos de sondagem, ou a largura da mineralização que fora
atravessada pela sondagem.
MÉTODO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
 Essa área pode ser traçada unindo-se os pontos correspondentes a cada
ponto de sondagem, trincheira ou poço, e
 a partir desse traça-se uma perpendicular a esta linha dividindo-a ao
meio, sendo:
 o polígono formado por estas perpendiculares a área de influência do
furo, trincheira ou poço.
MÉTODO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
a partir desse traça-se uma perpendicular a esta linha dividindo-a ao
meio, sendo:
 o polígono formado por estas perpendiculares a área de influência do
furo, trincheira ou poço.
DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS
PARA CÁLCULO DO VOLUME
DO DEPÓSITO DE AU DE
VOLTA GRANDE, ARROIO
CAMAQUÃ DE LAVRAS, RS
(AZEVEDO, 1980).
CUBAGEM DE JAZIDA DE ARGILA DO RIO
BALDUM RIO GRANDE DO NORTE.
RESERVA MEDIDA
51.702 T
RESERVA
LAVRÁVEL
49.000 T (95%)
DEPÓSITO DE GIPSITA DO RIO CUPARI
- PARÁ
MÉTODO DOS QUADRILÁTEROS
Ø APLICAÇÃO :
APENAS EM MALHAS REGULARES DE SONDAGEM.

Ø MECANISMO :
O PROCESSO CONSISTE EM LIGAR CADA FURO COM TRÊS FUROS MAIS
PRÓXIMOS, FORMANDO BLOCOS DE MINÉRIO DE FORMA QUADRADA,
RETANGULAR OU LOSANGULAR, DEPENDENDO DA MALHA DE AMOSTRAGEM.

Figura 1: Dados de pontos irregulares. Este dado


Figura 2: Os mesmos dados gradeados em um padrão
bruto pode representar pontos coletados para
regular utilizando métodos geoestatísticos de
estudos de geoquímica ou topografia.
interpolação.
EXEMPLOS DE MALHAS

(a) Quadrada (b) Retangular (c) Losangular


CÁLCULO DA ESPESSURA ( E )

 PARA BLOCOS COM A FORMA QUADRADA OU RETANGULAR :


A ESPESSURA MÉDIA DE CADA BLOCO É A MÉDIA ARITMÉTICA
DAS ESPESSURAS REGISTRADAS NOS QUATROS FUROS.

E= E1 + E2 + E3 + E4
4
ONDE :
E1, E2, E3 E E4 = SÃO AS ESPESSURAS DO MINÉRIO NOS FUROS;
E – ESPESSURA MÉDIA DO QUADRADO OU RETÂNGULO.
CÁLCULO DA ESPESSURA ( E )
 PARA LOSANGOS :
OS FATORES DE PONDERAÇÃO DOS FUROS DEPENDEM DA DISTÂNCIA
DOS FUROS AO CENTRO DO LOSANGO, QUE É ENCONTRADA PELA
INTERSEÇÃO DAS DUAS DIAGONAIS.
ASSIM, A ESPESSURA MÉDIA DE UM BLOCO LOSANGULAR QUALQUER É
ENCONTRADA PELA FÓRMULA :

E1 + E2 + E3 + E4
10 20 30 40
EL = ________________________

1 + 1 + 1 + 1
10 20 30 40
ONDE :
10, 20, 30 E 40 = SÃO AS DISTÂNCIAS DOS FUROS 1, 2, 3 E 4 AO
CENTRO O DO LOSANGO;
E1, E2, E3 E E4 = SÃO AS ESPESSURAS DO MINÉRIO NOS FUROS;
EL – ESPESSURA MÉDIA DO LOSANGO.
CÁLCULO DO TEOR MÉDIO DE CADA
QUADRILÁTERO ( TQ )

E1.T1 + E2.T2 + E3.T3 + E4.T4


10 20 30 40
TQ = _______________________________

E1 + E2 + E3 + E4
10 20 30 40
ONDE :
10, 20, 30 E 40 – SÃO AS DISTÂNCIAS DOS FUROS AO CENTRO DO
QUADRILÁTERO;
E – ESPESSURA;
T – TEORES.
CÁLCULO DA TONELAGEM DE MINÉRIO ( T )
Sólido de um Nível Subterrâneo

T= S.E.d

Onde : Medição do Teto

S – área do bloco;
E – espessura média de um bloco;
d – densidade do minério.

Medição do Piso

CÁLCULO DA TONELAGEM DE METAL ( Q )

Q= T.t

Onde :
T - tonelagem de minério;
t – teor.
VANTAGENS X DESVANTAGENS
• REPRESENTA POBREMENTE A  O MÉTODO BASEIA-SE MAIS EM
FORMA DO DEPÓSITO; SUPOSIÇÕES TEÓRICAS QUE
CONSIDERAÇÕES GEOLÓGICAS;
• PERMITE, ÀS VEZES,
AVALIAR BLOCOS  REQUER GRANDE NÚMERO DE
POLÍGONOS E BLOCOS;
INDIVIDUAIS, SEPARANDO
PARTES RICAS E POBRES;  CONSTRUÇÃO DAS ÁREAS DE
INFLUÊNCIA REQUER MUITA
• PERMITE COMPUTAR EXPERIÊNCIA MAS SÓ HÁ UM
NOVAS RESERVAS À MEDIDA MEIO DE OBTER A
QUE NOVOS DADOS VÃO CONFIGURAÇÃO FINAL E A
SURGINDO SEM NECESSITAR MESMA NÃO DEPENDE DE
RECALCULAR TODA A JULGAMENTO PESSOAL;
RESERVA, VISTO QUE A  PODE ENGLOBAR VALORES QUE
RESERVA TOTAL É A SOMA NÃO PERTENCEM AO CORPO
DAS RESERVAS DOS “N” MINERALIZADO E VICE-VERSA,
BLOCOS. DEIXA DE FORA VALORES
PERTENCENTES AO CORPO
MINERALIZADO.
MÉTODO DOS TRIÂNGULOS
Da-se o nome de triângulo por que todos os planos do corpo são
divididos em um retículo de triângulos que surge após a união dos
pontos do plano que possuem informações de pesquisa.

As arestas do triângulo representam um dado atributo do bloco


(por exemplo: espessura, teor, acumulação), sendo assim o depósito
mineral é substituído como um todo por blocos prismáticos de base
triangular. Áreas de influências (S1 e S2) correspondentes aos
furos de sonda F1, F2, F3 e F4.
MÉTODO DOS TRIÂNGULOS
Cálculo da área do triangulo: A = (B x H) /
2

 Cálculo do volume do prisma de base


triangular: V = 1/3 ( a1+ a2 + a3 ) x A
Onde a1; a2; e a3 são arestas do prisma.

Cálculo da tonelagem do minério: T = V x


dm
Onde dm é a densidade média dos furos de sondagem do triangulo.

 Cálculo do teor: tm = ( t1 + t2 + t3 ) / 3
MÉTODO DOS TRIÂNGULOS
• Vantagens:
 É um método basicamente analítico, não levando em consideração
a geologia e as características minerais;
 Este processo de avaliação é simples quando se utiliza fórmulas do
tronco de prisma, quando se dispõe de triângulos equiláteros.

• Desvantagens:

• O método não leva em conta considerações geológicas ou minerais;


• Não retrata a forma da jazida;
• Pode englobar valores pertencentes ao corpo mineralizado e vice-
versa;
• Requer um grande número de triângulos e blocos;
• Não deve ser usado em corpos lentiformes;
• É difícil conciliar os limites do corpo com os limites da linha que
limita externamente os triângulos;
• Não reflete a forma do deposito;
• A acurácia do método não é elevada.

• Aplicações:
 Corpos grandes sedimentares;
EX.: CORPO NIQUELÍFERO DE
SANTA CRUZ, IPANEMA, MG
(ANGELI, 1991)
MÉTODOS DAS SEÇÕES
GEOLÓGICAS
• NESTE PROCESSO DE COMPUTAÇÃO SÃO TRAÇADAS SEÇÕES
GEOLÓGICAS DETALHADAS, UTILIZANDO TODAS AS
INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS:
• LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS E TOPOGRÁFICOS,
• SONDAGENS,
• GALERIAS,
• CHAMINÉ, ETC

S1 S3
S4
S2

Fig. 01- Planta com a localização das sondagens.


MÉTODOS DAS SEÇÕES
GEOLÓGICAS
Linha de sondagens definindo a seção geológica S1.
MÉTODOS DAS SEÇÕES
GEOLÓGICAS
EM CADA SEÇÃO, CALCULA-SE A ÁREA OCUPADA PELO MINÉRIO.
A TONELAGEM ENTRE DUAS SEÇÕES CONTÍNUAS, COMO S1 E S2
DA FIG. 01 É ENCONTRADA, UTILIZANDO AS FORMULAS:

S1  S 2
T  H d
2
Q=T X T F3

ONDE: F1 F2 F4

T-TONELAGEM
S1-ÁREA DA SEÇÃO 1 Minério da Seção S1

S2-ÁREA DA SEÇÃO 2
H-DISTÂNCIA ENTRE AS SEÇÕES 1 E 2
D-DENSIDADE DO MINÉRIO
T-TEOR Fig. 02 - Linha de Sondagem definindo a seção geológica S1.
Métodos das seções geológicas:
Exemplo

SEÇÕES GEOLÓGICAS
DEFINIDAS POR SONDAGENS
ROTATIVAS NO CORPO DE
MINÉRIO LATERÍTICO
NIQUELÍFERO DE SANTA
CRUZ, IPANEMA, MG
(ANGELI, 1991).
MODELAGEM DE BLOCOS
• O MODELO DE BLOCOS É UM BANCO DE DADOS ESPACIALMENTE
REFERENCIADO QUE PROPORCIONA UM SIGNIFICADO PARA UMA MODELAGEM
DE UM CORPO 3D A PARTIR DE PONTOS E INTERVALOS DADOS COMO SÃO OS
TESTEMUNHOS DE SONDAGEM.
• MÉTODO DE ESTIMAÇÃO DE VOLUME, TONELAGEM E CARACTERÍSTICA MÉDIA
DE UM CORPO 3D A PARTIR DE DADOS ESCASSOS DE PERFURAÇÃO.

Figura 1: Modelo de blocos de areias petrolíferas (oil sands)


colorido
ESTIMAÇÃO
• ISTO É OBTIDO ESTIMANDO E FIXANDO VALORES DE ATRIBUTOS DE DADOS DE
AMOSTRAS QUE CONTÊM COORDENADAS X Y Z E VALORES DE ATRIBUTOS DE
INTERESSE. OS MÉTODOS DE ESTIMAÇÃO QUE PODEM SER ADOTADOS SÃO:

Vizinho Mais Fixa o valor do ponto de amostra mais próximo para o bloco
Próximo (Nearest
Neighbour)

Inverso da Distância Fixa valores para blocos utilizando uma estimação de Inverso da Distância
(Inverse Distance)

Fixar Valor (Assign Fixa um valor explícito para blocos no modelo


Value)

Krigagem Ordinária Fixa valores para blocos usando Krigagem com parâmetros de Variograma
(Ordinary Kriging) desenvolvidos por estudos Geoestatísticos

Krigagem Indicativa Funções ligadas com distribuição probabilística de característica de bloco


(Indicator Kriging) derivadas de indicadores de Krigagem

Fixar a partir de Fixa dados de descrição de campos de segmentos fechados para valores de
String (Assign from atributos de blocos que estão contidos dentro destes segmentos estendidos na
String) direção de um dos principais eixos (X, Y ou Z)

Importar Centróides Fixa valores para blocos a partir de dados de arquivo texto delimitado ou fixado
(Import Centroids)
BIBLIOGRAFIA

 Geoestatística Operacional – Ministério das Minas e


Energia / Departamento Nacional da Produção Mineral.
Pedro Alfonso Garcia Guerra; Brasília – DF; 1988.
 Introdução a pesquisa mineral – Ministério do interior;
Banco do Nordeste do Brasil S.A; Ricardo Jorge Lôbo
Maranhão; Fortaleza 1982.
 http://www.cprm.gov.br/opor/pdf/gipsita.pdf
 http://www.fiern.org.br/servicos/estudos/jandaira/argila_br
anca.htm

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