RELATORIO SOBRE O LIVRO Bleng Rend: A Gangue de Hollyood

O livro consiste numa jornalista que conta toda a impressionante história de jovens e
levanta hipóteses bem embasadas, que fazem o leitor refletir a respeito do que pode ter
levado esses adolescentes a invadir propriedades e roubar repetidas vezes. A partir da
confissão, depoimento e entrevistas de Nick Prugo é que toda a gangue foi descoberta
e a história pôde ser contada. O rapaz, a princípio tímido e sem amigos, afirma que se
meteu nessa história por acaso, porque amava sua melhor amiga, Rachel Lee, e queria
vê-la feliz.
O livro não é romântico, mas uma narrativa jornalística dos fatos. Além de expor a
história a partir de entrevistas e depoimentos dos acusados e das vítimas (que se
diziam chocadas e violadas), a autora reúne relatórios e conversas com policiais, além
de dados relevantes a respeito da sociedade norte-americana que se reflete em outras
partes do mundo.
Bling Ring sofre um pouco com o ritmo pesado, a complexidade da história e a falta de
cronologia no que nos é contado. São muitos personagens (a gangue tinha, pelo
menos, seis envolvidos diretos), lugares, nomes, histórias paralelas e crimes, o que
deixa as coisas um pouco confusas às vezes.
Achei muito relevante as reflexões levantadas, principalmente no que diz respeito a até
que ponto as pessoas estão dispostas a ir pelos seus quinze minutos de fama. Nancy
nos mostra como a cultura norte-americana está impregnada de modelos deturpados e
como a sociedade coloca a necessidade de ser conhecido por qualquer coisa,não
importa se é uma sex tape ou por um talento real,em primeiro lugar, o que leva a
frustrações que, para alguns, precisam ser superadas de qualquer jeito.
Pude concluir que esse é o caso da Bling Ring, onde jovens que acreditavam que
PRECISAVAM ser como aquelas pessoas, não importava como. É chocante notar
como eles REALMENTE acreditaram nisso até o fim. Até mesmo enquanto estavam
sendo levados para a cadeia. Era como se, pela primeira vez, eles fossem famosos e
reconhecidos por algo, e isso era a única coisa que importava.