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RELATORIO SOBRE O LIVRO MODA.

UMA FILOSOFIA

Se moda combina com silhueta, caimento, textura, cor, originalidade, cópia, consumo,
poder, dinheiro e estilo, também pode combinar com filosofia.

O filósofo e professor norueguês Lars Svendsen, mostrou que esses assuntos


combinam e que merecem ser discutidos de forma séria e aprofundada. Ele explica
que, apesar da humanidade estar envolvida com roupas há muitos milênios, só
podemos pensar em moda a partir de tempos muitos mais recentes. A moda, como
conhecemos, desenvolve-se em decorrência de processos históricos do final da Idade
Média, no século 14 e continuam até chegar ao século 19. É a partir daí que podemos
começar a investigar a natureza humana frente a essa novidade. Ele fala que com a
aparição da moda, nos tornamos seres neofílicos, ou seja, estamos sempre em busca
de algo novo. Ele diz que nossa identidade mudou. Antes éramos mais estáveis, depois
da moda mudamos grandes porções da nossa identidade de tempos em tempos. E
este intervalo tem ficado cada vez mais curto.

Segundo Lars, a moda é nossa segunda natureza. É como se alimentássemos nosso


egocentrismo e nossa natureza primeira com tendências, porém esse alimento nunca
será suficiente. Ele explica que a moda só faz sentido para seres que estão
constantemente preocupados com a sua aparência, mas jamais satisfeitos. Ele explica
que se as pessoas estivessem radiantes com o seu visual, não haveria mercado para a
moda. É, portanto, de grande importância que as marcas apresentem ao público
normas estéticas que estarão sempre além de seu alcance, para que as pessoas
possam se movimentar em direção a algo mais próximo do que é mostrado, mas nunca
possível. Dessa forma, pode-se dizer que a passarela é ficção em oposição à vida real.
Em tudo. No que diz respeito às silhuetas apresentadas, às roupas, aos sapatos, aos
penteados e até às condições financeiras.

A moda pressupõe uma abundância de recursos que nem sempre é real. Ela tem o
poder de deixar objetos e produtos obsoletos mesmo que continuem cumprindo a sua
função inicial. Ele acredita que uma mudança é necessária no campo da moda, das
marcas, dos redatores e editores de moda. A cada temporada, todos têm papéis
diferentes no processo de cada coleção e a credibilidade do setor depende que cada
um exerça verdadeiramente sua função.

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