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Beatriz Caroline Franco Ferreira - 20183138

Maria Eduarda Jorcelino Garcia Lopes - 20184366


Victoria Teodoro Vidal - 20203862

Moda

A GERAÇÃO Z E A FALTA DE REPRESENTATIVIDADE NA FAST


FASHION.

Disciplina: Criação e desenvolvimento de produto


Docente: Thaís Celentano

UNIRP – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO


SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
RESUMO

Este trabalho tem a intenção de discutir a falta de representatividade de todos os


tamanhos de corpos na moda, como os corpos plus size, e a importância da introdução
desses nesse meio, além de ter a Geração Z como referência de estilo. Através de
pesquisas, pôde-se observar durante a pandemia, a febre da rede social Tiktok, onde os
Z’s e os corpos plus size ganharam visibilidade e como a Geração Z foi importante
ditando as tendências da moda do momento presente. Outra pauta discutida nesse
trabalho é sobre o consumo slow fashion vs fast fashion. E como solução, surge a
criação da marca By Us, slow fashion e direcionada para todos os tamanhos da corpos.

PALAVRAS CHAVE: moda, representatividade, geração z.

INTRODUÇÃO

O mundo moderno cada vez mais impõe barreiras fincadas em ideias de que existem
diferenças fundamentadas na cor da pele, na opção sexual, no credo seguido, na classe
social, na obrigatoriedade de que todos devem seguir um modelo único de beleza.
Às vezes, sem a intenção, a MODA colabora com esse cenário. Nosso trabalho procura
apresentar como uma solução viável, a criação de uma marca que represente e inclua
todos os tamanhos de corpos no mundo da moda. Neste processo está envolvida a
mudança de consciência do público, a maior abrangência de indivíduos atendidos,
propor uma preocupação séria em relação a todas as implicações que o sistema de
produção atual adota.
Esta reflexão nos leva a um projeto de entender a produção de moda de uma maneira
mais abrangente. Prevemos que se pode proporcionar uma qualidade de vida a uma
infinidade de pessoas, que hoje se vêem excluídas, permitindo que elas, através das
roupas que venham a usar, tenham mais alegria, conforto, prazer. Estes consumidores
passarão a receber lições de como consumir – sabendo o começo, meio e fim do sistema
de produção do produto adquirido, se sentirão parte do mercado fashion, já que as
roupas a que terão acesso serão da mesma qualidade das expostas pelos grandes
fabricantes, e por conseguinte, serão cidadãos representados no mundo das tendências e
da moda.

Este projeto tem seu lado criativo inspirado na geração Z ; por ser uma geração envolta
em causas sociais e problemáticas, procuram demonstrar a sua preocupação com
minorias e excluídos. Baseamo-nos na forma de como essa geração se comporta e se
expressa, expondo suas características mais marcantes, observamos e estudamos todos
estes quesitos para desenvolvermos subcoleções que fizessem sentido neste cenário.
Surgiram daí a criação de quatro famílias. A primeira denominada de “comfy”, por
trazer uma coleção de roupas confortáveis com um toque de estilo, uma “necessidade”
do home office durante a pandemia. A segunda, cottagecore, traz referências desse
estilo que bombou pela geração Z. A terceira família, Black and White, foi escolhida
por ser cores que estão presente no guarda-roupa de todos, cores chaves e versáteis
fáceis de usar. E para finalizar, a quarta família, denominada “trends of trends”,
trazendo várias referências que surgiram pela geração z durante a pandemia.
Planejou-se trazer através deste projeto, a representatividade e a diversidade por meio
das roupas oferecidas por essas famílias, de forma acessível e consciente, juntamente
com preocupações tanto do lado de quem produz, quanto do lado de quem consome. E
junto com essas peças propomos o conceito de proporcionar mais autoestima para todos,
conforto, estilo.
Gilles Lipovetsky (2003, p. 9) afirmava que: quaisquer temáticas envolvendo a “moda"
não provoca entusiasmo na esfera intelectual, pois a moda é uma expressão de arte,
sendo assim, moda é celebrada no museu, nas ruas, na indústria e na mídia, e quase não
aparece no questionamento teórico das cabeças pensantes.
E se a moda é expressão por que não proporcionar uma maneira onde todos possam se
expressar através dela? Trazendo a acessibilidade e diversidade pra todos que a
consomem.

DESENVOLVIMENTO

1 - REPRESENTATIVIDADE: O QUE É

Representatividade: “Qualidade de alguém, de um partido, de um grupo ou de


um sindicato, cujo embasamento na população faz com que ele possa exprimir-se
verdadeiramente em seu nome.”

O termo é sobre: somar, agregar, juntar, incluir. É de conhecimento geral que a


sociedade se posiciona de maneira segregacionista, quando elege uma parcela dela
como ideal. Todos os setores que a compõem se alinham em dois lados: o da
concordância e o da luta. Este processo atinge, pela força midiática dos meios de
comunicação, toda a gama de consumidores, promovendo neles sentimentos
discrepantes que acabam por desaguar em diferenças inexistentes de forma concreta.

Ao citarmos a palavra “representatividade” logo nos vem à mente alguns


exemplos de causas sociais e bandeiras como, o combate ao racismo, os debates
feministas, a luta pelos direitos LGBTQIA+, luta à gordofobia...

A ideia de fazer moda nestes termos, traduz-se como definição da defesa dos
interesses e visibilidade de um grupo social ou povo. Falamos sobre dar voz àqueles que
são silenciados, excluídos e marginalizados pela sociedade, por causa da raça, etnia,
orientação sexual (ou de gênero), aparência, entre muitos outros fatores.

2.1 – O QUE É REPRESENTATIVIDADE NA MODA

Na moda, a representatividade se traduz na não aceitação dos padrões de beleza


excludentes impostos pela sociedade, que destacam apenas corpos brancos, magros,
cisgêneros e ocidentais.

A ideia da representação de todos, nos traz à tona que grande parte da sociedade, muitas
vezes não consegue consumir artigos de moda, por conta de marcas apresentarem
restrição de numerações e nada inclusivas.

Trazendo para uma questão mais psicológica, podemos imaginar quantas pessoas não se
sentem representadas perante a mídia e publicidade, inclusive pela moda como hoje nos
é apresentada. Esta situação poderia vir a gerar insatisfação, raiva, desgosto. No entanto,
o chamado fashion world apresentou uma enorme percepção do recalque desta parcela
de consumidores, e com a celeridade que já é peculiar ao processo de produção de
moda, propôs soluções rápidas e eficientes como por exemplo, o surgimento de marcas
que se especializaram em atender todos, sem exceção, todos os possíveis clientes
através da ampliação das suas numerações, na variedade de matéria-prima, com a
preocupação constante em relação ao desperdício e com o destino final dos seus
resíduos. Inclua-se nisso, estabelecer melhores relações de trabalho com uma
remuneração honesta e satisfatória, com a valorização de talentos individuais,
modelagem confortável e ampliada, absorção de diferenças elencadas, que no entanto,
não existentes como raça, credo e opção sexual, entre tantas outras.
Considerando isso, a nossa marca ByUs pretende a inclusão de todas essas
mulheres,para que se sintam representadas tendo vista a grade de numeração desde de
PPP á G5, com a proposta de slow fashion e preços dentro da realidade de nosso público
consumidor.

2.2– A URGÊNCIA DE MAIOR REPRESENTATIVIDADE NA MODA

O segmento do vestuário para mulheres plus size no Brasil cresceu 21% nos
últimos 3 anos, com expectativas de continuar aumentando em torno de 10% até o final
de 2020, segundo relatório setorial da Associação Brasil Plus Size (ABPS),
movimentando aproximadamente R$ 5 bilhões por ano. Por mais que esses números
sejam atrativos, o mercado plus size enfrenta muitos obstáculos: a falta de matéria-
prima, de modelagens ideais e também a existência do preconceito.

Tendo como foco o público de moda plus size, apresentamos dados segundo
pesquisa do Ministério da Saúde em 2017, onde constatamos existirem 110 milhões de
brasileiros adultos (54% da população) com sobrepeso; no entanto, o mercado de moda
plus size corresponde a apenas 25% do varejo nacional.

Um número que nos diz muito sobre preconceito.

Além da dificuldade de encontrar tamanhos e peças que vistam bem, o público


deste segmento precisa ainda lidar com o rótulo de “fora do padrão”, ou da falta de
representatividade em campanhas e catálogos.

Este beco quase sem saída talvez tenha a ver com a falta de visão do mercado –
melhor dizendo, dos empresários do setor, que ainda não perceberam o enorme mercado
à sua disposição, o qual com certeza está imbuído do desejo de consumir uma
mercadoria de boa qualidade.
Infelizmente, eles traduzem isso apenas em preços exorbitantes ao consumidor
final desse mercado.
A representatividade na moda surge como oportunidade de transformação
estrutural no setor. Ao trazer pessoas reais, complexas e diversas, para um universo
muito marcado pelos padrões estéticos, o movimento colabora com uma reflexão
essencial, tanto para empresas quanto para consumidores.
Com o intuito de sanar essa lacuna, proporcionando às pessoas que hoje sentem-
se excluídas, a oportunidade de consumirem produtos de qualidade e bonitos, dentro das
melhores tendências fashion, a ByUs se apresenta como uma das ferramentas, que
permitirão aos seus usuários, a qualidade de vida, satisfação pessoal e a sua inserção
numa sociedade, na qual seremos fortalecedores de um processo de inclusão e bem-
estar.
Com certeza a moda tem esse poder. Poder de fazer com que igualdade deixe de
ser um termo de rodas filosóficas, e passe a fazer parte do cotidiano das pessoas, para
que elas possam valorizar a vida e porque não, a elas mesmas.

3 - GERAÇÃO Z: O QUE É, CARACTERISTICAS

Geração Z é a definição sociológica para pessoas nascidas entre 1995 a 2010,


geração essa que tem como principais características a não aceitação de padrões
impostos e excludentes, os questionamentos, problematizações, e por terem crescido em
um período de incertezas, são extremamente realistas e pragmáticos. São pessoas que
procuram não se definir, de modo geral, deixando espaço para a fluidez e a quebra de
estereótipos, são nativos digitais.

As pessoas da Geração Z já não conseguem imaginar viver num mundo onde


todas as coisas não estejam conectadas num ambiente online, e com troca instantânea de
informações. Além do domínio da tecnologia, os Centennials (geração z) também são
conhecidos por serem mais críticos, exigentes, autodidatas e não gostam de seguir
hierarquias (ou acham desnecessárias, na maioria dos casos).

3.1 – OS Z’s NA MODA

Houve uma época em que as gerações eram definidas a cada 25 anos. Com a
rapidez cada vez maior das transformações nas sociedades, alguns especialistas
propuseram que as gerações, a partir dos anos 80, obteriam classificações contadas a
cada 10 anos. Surgiram daí as gerações “X”, “Y”, “Z”, Millennials, entre outras.

Neste trabalho vamos nos debruçar em especial sobre a geração “Z”.

Geração Z sociologicamente refere-se às pessoas nascidas entre 1995 a 2010.

Seus componentes podem ser definidos como adultos jovens com o gosto de
antever e simplificar as coisas, o que vem impactar a sua produtividade num ambiente
de trabalho.

Falar em geração Z é afirmar que ela possui uma compreensão tecnológica


apurada. Se a geração imediatamente anterior, os millennials, era conhecida por terem
um perfil digital, o que não se falar dessa nova geração.

Nascidos nos anos 2000 não necessitou passar por um processo para se
acostumar aos avanços tecnológicos, uma vez que já nasceu sob eles. concluindo,
inovações são quase parte integrante do jeito de ser da geração “Z”.

Neste contexto, vemos nessa geração uma extrema familiaridade em relação aos
aplicativos, a comunicação por vídeo, e a conectividade com o mundo todo. Por meio
desses aspectos se tornam adaptáveis a diferentes plataformas, facilitando sua inclusão
em áreas específicas que venham a abranger informática como ferramenta de trabalho.

Por outro lado, demoras e pausas os constrangem, talvez por estarem “viciados”
em velocidade e procedimentos constantes de upgrade.
A Moda tem por característica principal o de estar intimamente ligada ao estilo.
Neste sentido, a geração Z acabou por influenciar o mundo fashion, os produtores de
moda, e o consumo em si.

Esta geração é conhecida por ser extremamente plugada no mundo virtual, redes
sociais, digital influencers, blogs, entre outros. Com a mesma rapidez da Internet em
propor mudanças, esta geração apresenta decisões embasadas no hábito de obter
recomendações. A mobilidade do mundo virtual faz destas pessoas, indivíduos
conectados a tendências, porém sem perderem o foco e o engajamento em questões de
seu interesse, e com isso, valorizando marcas que pratiquem a mesma preocupação.
Sendo assim, com esses interesses dos “Zs”, a ByUs tem foco de atender todos os
estilos, principalmente que esta dentro das tendências.

Com o comportamento dessa geração, muitas marcas, em especial as inseridas


no mercado de luxo, mudaram o seu público-alvo para agregar esses indivíduos em seu
rol de consumidores.

Os “Zs” tem grande poder em ditar tendências a certos nichos da moda,


utilizando em especial as redes sociais como o Instagram. Com o mesmo fulcro,
observamos esta geração apresentar as mudanças e tendências surgidas dos seus
interesses, a uma grande parcela de usuários cibernéticos, utilizando-se de aplicativos
específicos do tipo do recente Tik Tok.

Enfim, nos mesmos passos dos “Zs”, este trabalho pretende apresentar uma
visão que deveria prevalecer em toda a sociedade, em que a aceitação da diversidade e
representatividade sejam atitudes primárias para o convívio entre os indivíduos. Que a
Humanidade possa reencontrar o preceito de que, apenas a igualdade e a fraternidade
nos darão a liberdade.

3.2 – A FEBRE EM BUSCA DAS TENDÊNCIAS

Falar em tendências é quase um sinônimo para buscar definir esta geração, e esta
combinada com velocidade e mudanças, passa a ser uma característica do
comportamento dos “Z’s”.
Comportamento é a maneira de proceder das pessoas em resposta aos estímulos
sociais e/ ou sentimentais. E se a moda é feita por pessoas envoltas em contextos
sociais, ambientais e políticos, ou o resultado da ação coletiva, natural que ela seja
consequência do comportamento humano de uma determinada época.
Os “Z’s” fazem parte de uma geração preocupada muito mais em estar presente
nas tendências do momento, seja na moda, nas opiniões politicas ou sociais. Neste
posicionamento de inserção, quase imersão, sofrem as consequências do famoso “efeito
manada” (efeito manada é o nome dado à tendência das pessoas de repetirem ações
feitas por outras).

Na maioria das vezes, vão atrás de determinada questão pelo movimento em


volta dela, e não pela causa em si.

Citando um exemplo dessa tendência, podemos mencionar a nova rede social


“TikTok”, a qual possui uma condição impressionante de extrapolar e disseminar com
extrema facilidade e rapidez, uma série de ideias e proposições, de forma que num curto
espaço de tempo, estas situações se tornam conhecidas a nível global. Com tudo isso a
nossa marca traz quatro famílias que representa as maiores tendências que foram mais
buscada pela essa geração no TikTok.

Este fenômeno apenas confirma a busca incansável das pessoas para estarem em
alta – melhor dizendo, inseridas, nos dias atuais, se adaptando e consumindo tudo que se
propaga celeremente no mundo virtual.

4 – FAST FASHION

A indústria da moda está entre as maiores do mundo, e cresce a uma velocidade


exponencial.

A chamada Fast Fashion nada mais é do que um modelo de produção, em que


os produtos são fabricados, consumidos e descartados constantemente e com muita
rapidez. Resumindo, itens efêmeros.

Até o século 18, a confecção de roupas era algo demorado. Para produzir uma
peça era necessário ter acesso aos tecidos e materiais, saber manipulá-los, e isso custava
tempo e dinheiro. Por essa razão era comum a confecção de peças com uma maior
durabilidade. A partir da Revolução Industrial, em 1790, os processos foram sendo
facilitados pouco a pouco. A invenção das máquinas, em destaque as de costura, por
exemplo, transformou-se num fator determinante que possibilitou a fabricação de
roupas em maior velocidade e quantidade.

Fast fashion em si é uma estratégia de venda que nasceu para acompanhar o


rápido consumo, e a enorme demanda exigida pela sociedade atual, em que as marcas
trocam grande parte das mercadorias das lojas semanalmente ou quinzenalmente. Esse
termo utilizado pela mídia ganhou visibilidade no final dos anos de 1990, para
representar a veloz alteração da moda exigida pelos consumidores.

No entanto, o processo de produção da fast fashion traz em si algumas


preocupações, e entre elas existe o uso excessivo do poliéster, fibra têxtil artificial cuja
decomposição leva cerca de 200 anos; ainda, quando da sua lavagem libera
microplásticos que são despejados nos oceanos, retornando em nossa alimentação se
inserindo na cadeia alimentar ao entrar em contato com os animais marinhos.

Em contrapartida, a fast fashion possibilitou que pessoas de classes sociais


baixas ou de menor renda passassem a ter acesso à moda, quando ao estabelecerem uma
elevada produção propiciaram o barateamento dos produtos, com a redução do custo
obtida pela economia de escala. Este processo de inclusão acabou por se estender às
pessoas anteriormente excluídas do mundo fashion – nos referimos ao consumidor que
não se inclui na modelagem usual. Ao incluir o tamanho plus size, como a marca
SHEIN, a qual oferece uma numeração até o 5XL (considerado G5 no Brasil),
possibilitando uma visibilidade a esses corpos, trazendo esse público para o mundo da
moda. A beleza desta atenção a esse grupo de consumidores está no fato de que pessoas,
antes sem opções, por meio da moda encontraram prazer, alegria, sem falar em que
acabaram proporcionando-lhes autoestima e satisfação.
Num contraponto, surge a visão do consumo consciente, quando podemos
verificar um certo retrocesso no sucesso da SHEIN nas redes sociais, ao constatarmos
que um grande número de pessoas virem “cancelando” a marca, por aquela não
determinar de forma clara a origem e de como acontece o seu processo de produção. Por
outro lado trazer a representatividade, acessibilidade e diversidade de peças para todos
os tipos de corpos mostrou-se algo extremamente importante e necessário.
A já mencionada globalização é considerada a maior responsável pela universalização
do consumo, reforçada que é por campanhas publicitárias atraentes e agressivas por si
só. Nesta conta, em outra extremidade, apresenta-se a influência digital passando desde
as redes sociais, por blogueiros e influencers.

Isto tudo somado, não seria por outro motivo vermos a marca SHEIN no
exercício de 2020 apresentar um faturamento de mais de U$ 10 bilhões de dólares com
produtos considerados acessíveis. É importante salientar que a necessidade de
distanciamento social reforçado pela situação atual mundial, induziu as pessoas
buscarem mais o mundo digital, de forma que o grosso do faturamento desta empresa e
de outras, fundamentou-se em muito nos aplicativos de celulares utilizados nas compras
online. Todo este conjunto transformou esta marca em um sucesso de vendas a nível
planetário.

5- SLOW FASHION

Na contramão deste movimento surgiu a slow fashion. Moda baseada nos


conceitos consumo consciente e sustentável. Um movimento global que faz campanha
pela reforma sistêmica da indústria da moda, com foco na necessidade de maior
transparência na cadeia de suprimentos.
O slow fashion propõe um modelo de produção que valoriza quem faz e os
processos, respeita o tempo real de produção e a cultura local. Contraponto puro do
modelo  fast fashion.

A diferença entre os dois movimentos está presente desde o processo de


produção, até a forma como as coleções são concebidas. Na fast fashion são lançadas
várias coleções e subcoleções ao longo do ano. As coleções são Outono/Inverno e
Primavera/Verão. Já as subcoleções acontecem “fora de época”, entre uma coleção e
outra sendo assinadas por algum estilista, figura pública ou até levam a assinatura da
própria marca.
Em contrapartida, no movimento slow fashion são concebidas pequenas
coleções. Há também uma preocupação maior com a humanização da confecção, ou
seja, a marca faz com que o consumidor tenha acesso a vídeo ou foto de quem produziu
aquela peça. São apresentadas as etapas da confecção e o responsável por esse estágio
da produção, além da preocupação que o trabalhador receba o valor justo pela peça que
está confeccionando.
Sendo assim, a marca ByUs propõe peças feitas utilizando o processo Slow
Fashion, com matéria e mão de obra sustentáveis, trazendo a acessibilidade e a
diversidade de tamanhos e formas, propõe também, um modelo de produção que
valoriza quem faz e os processos, respeita o tempo real de produção e a cultura local.

6 – CONSUMO CONSCIENTE
O primeiro passo para entender o que seria consumo consciente passa pela
percepção de que a utilização de toda e qualquer coisa, seja um produto ou serviço, traz
consigo consequências, podendo ser positivas ou negativas. O simples ato de consumir
abrange muito mais consequências, do que o simples ato de utilizarmos um cartão de
crédito. Assim, importantíssimo seria refletir sobre os nossos hábitos ao adquirirmos um
bem, estarmos atentos a real necessidade do que consumimos e aos possíveis impactos
que tal ato possa vir a causar.

É de nossa responsabilidade compreendermos todo processo desde a matéria-


prima utilizada, os procedimentos relativos à fabricação e quanto a utilização do
produto, tendo em vista a sua vida útil ao considerarmos os impactos do uso destes
recursos nas relações sociais, econômicas, ambientais, entre outras.

Com a globalização da economia mundial, a definição de consumo consciente


abriu-se num leque abrangente de verbetes e consequências. Não pode ser ignorado o
fato de que muitas empresas extrapolaram as conveniências sociais vigentes, como no
caso em que fabricantes inseridos no mundo da moda sofreram críticas pela forma como
ajustavam a sua mão de obra, bem como, na forma como ela é utilizada na produção de
seus produtos.

Algumas pessoas imaginam, quando falamos em consumir “moda consciente”,


estarmos nos referindo única e exclusivamente a sobre comprar produtos taxados como
“sustentáveis”. No entanto, não é necessariamente sobre escolher um produto eco-
friendly, e sim, ter ciência do que se está realmente comprando, de onde veio e de que
maneira acabou fabricado.

Imprescindível adotar com urgência uma atitude tanto das empresas, tanto por
consumidores, para que se freie o consumo excessivo, talvez não tão necessário, tendo
em vista que os recursos existentes no planeta são limitados, sendo que o excesso
também é um motivador no processo de poluição ambiental, em especial.

A moda não consegue ser 100% sustentável e ainda existe muito a ser feito neste
sentido; certo é termos opções para estabelecer a responsabilidade consumista, como a
slow fashion, fundada em produções locais. O slow fashion nasceu para rebater a fast
fashion, para valorizar peças que são feitas quase que individualmente e preço justo.

7 - CONCLUSÃO
Esse trabalho propõe várias conclusões.
Uma delas, seria adotar como se fosse nossa a base criativa na geração Z, e em
conformidade com a sua maior preocupação social, entendemos o quão necessário uma
maior representatividade nas marcas atuais, trazendo diversidade em todos os aspectos,
e em especial, a apresentação de tamanhos diversos em suas criações e peças.
A maior parte das marcas presentes no cenário da fast fashion global, não produzem de
forma abrangente uma variedade de tamanhos. Como vimos, são poucas as que o fazem
apesar deste mercado ser vasto.
Na nossa idealização, pretende-se produzir de forma sustentável, fornecendo de maneira
acessível esses artigos aos consumidores. Como foi longamente exposto, artigos estes
que defendam e se empenhem na diversidade para todos.
De qual forma?
Produzindo de maneira consciente e para todos os tamanhos de corpos que são
excluídos do mercado da moda.
O trabalho acaba por apresentar ao mundo da moda um novo segmento de mercado: a
junção do fast com o slow fashion.
Afirmamos não bastar a preocupação com todo o processo de desenvolvimento e
criação de um produto, apenas isso não é suficiente. Há de ser necessário e urgente
tornar a moda acessíveis a todas as pessoas.
Não é por outra razão que buscamos na geração Z, a inspiração para obtermos a
inserção de todos os consumidores em todos os processos, desde a criação, passando
pela produção e concluindo com a apresentação de uma grade ampliada de numerações,
algo inerente ao modo como essa geração enxerga o mundo em que vivemos, e com
certeza, eles e todos nós desejamos que passe a ser mais justo e abrangente.

8- LOGOMARCA
9- COMUNICAÇÃO VISUAL

Figura 1 TAG FRENTE E VERSO Figura 2 SACOLA ECOBAG

Figura 3 CAIXA
10- INSTAGRAM
11- CARTELA DE CORES

12- PAINEL DE CRIAÇÃO


13- ELEMENTO DE ESTILO

O elemento de estilo da marca By Us são três pontinhos de luz. A quantidade (3)


representa cada uma do grupo, por sermos três integrantes, já o ponto de luz foi pensado
em algo que desse para estar presente em nossas roupas, por meio de estampas, nos
botões ou como um detalhe/enfeite, que virasse nossa representação, queríamos algo
que quando a pessoa batesse o olho já soubesse que é uma peça da By Us. E o ponto de
luz também, por ser algo que nós acreditamos muito, em pessoas iluminadas, em
energia, na troca de boas energias.

14- ILUSTRAÇÃO
15 ACESSÓRIOS

Figura 4 BOLSA Figura 5 CINTO


Figura 6 COTURNO Figura 7 BUCKET HAT

17- FRASE DE INSPIRAÇÃO

- “O que você veste, é a maneira como você se apresenta ao mundo.”


- Miuccia Prada
17- LOOK

TRENDS OF TRENDS
BLACK & WHITE
COTTAGECORE
COMFY

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