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Moda
INTRODUÇÃO
O mundo moderno cada vez mais impõe barreiras fincadas em ideias de que existem
diferenças fundamentadas na cor da pele, na opção sexual, no credo seguido, na classe
social, na obrigatoriedade de que todos devem seguir um modelo único de beleza.
Às vezes, sem a intenção, a MODA colabora com esse cenário. Nosso trabalho procura
apresentar como uma solução viável, a criação de uma marca que represente e inclua
todos os tamanhos de corpos no mundo da moda. Neste processo está envolvida a
mudança de consciência do público, a maior abrangência de indivíduos atendidos,
propor uma preocupação séria em relação a todas as implicações que o sistema de
produção atual adota.
Esta reflexão nos leva a um projeto de entender a produção de moda de uma maneira
mais abrangente. Prevemos que se pode proporcionar uma qualidade de vida a uma
infinidade de pessoas, que hoje se vêem excluídas, permitindo que elas, através das
roupas que venham a usar, tenham mais alegria, conforto, prazer. Estes consumidores
passarão a receber lições de como consumir – sabendo o começo, meio e fim do sistema
de produção do produto adquirido, se sentirão parte do mercado fashion, já que as
roupas a que terão acesso serão da mesma qualidade das expostas pelos grandes
fabricantes, e por conseguinte, serão cidadãos representados no mundo das tendências e
da moda.
Este projeto tem seu lado criativo inspirado na geração Z ; por ser uma geração envolta
em causas sociais e problemáticas, procuram demonstrar a sua preocupação com
minorias e excluídos. Baseamo-nos na forma de como essa geração se comporta e se
expressa, expondo suas características mais marcantes, observamos e estudamos todos
estes quesitos para desenvolvermos subcoleções que fizessem sentido neste cenário.
Surgiram daí a criação de quatro famílias. A primeira denominada de “comfy”, por
trazer uma coleção de roupas confortáveis com um toque de estilo, uma “necessidade”
do home office durante a pandemia. A segunda, cottagecore, traz referências desse
estilo que bombou pela geração Z. A terceira família, Black and White, foi escolhida
por ser cores que estão presente no guarda-roupa de todos, cores chaves e versáteis
fáceis de usar. E para finalizar, a quarta família, denominada “trends of trends”,
trazendo várias referências que surgiram pela geração z durante a pandemia.
Planejou-se trazer através deste projeto, a representatividade e a diversidade por meio
das roupas oferecidas por essas famílias, de forma acessível e consciente, juntamente
com preocupações tanto do lado de quem produz, quanto do lado de quem consome. E
junto com essas peças propomos o conceito de proporcionar mais autoestima para todos,
conforto, estilo.
Gilles Lipovetsky (2003, p. 9) afirmava que: quaisquer temáticas envolvendo a “moda"
não provoca entusiasmo na esfera intelectual, pois a moda é uma expressão de arte,
sendo assim, moda é celebrada no museu, nas ruas, na indústria e na mídia, e quase não
aparece no questionamento teórico das cabeças pensantes.
E se a moda é expressão por que não proporcionar uma maneira onde todos possam se
expressar através dela? Trazendo a acessibilidade e diversidade pra todos que a
consomem.
DESENVOLVIMENTO
1 - REPRESENTATIVIDADE: O QUE É
A ideia de fazer moda nestes termos, traduz-se como definição da defesa dos
interesses e visibilidade de um grupo social ou povo. Falamos sobre dar voz àqueles que
são silenciados, excluídos e marginalizados pela sociedade, por causa da raça, etnia,
orientação sexual (ou de gênero), aparência, entre muitos outros fatores.
A ideia da representação de todos, nos traz à tona que grande parte da sociedade, muitas
vezes não consegue consumir artigos de moda, por conta de marcas apresentarem
restrição de numerações e nada inclusivas.
Trazendo para uma questão mais psicológica, podemos imaginar quantas pessoas não se
sentem representadas perante a mídia e publicidade, inclusive pela moda como hoje nos
é apresentada. Esta situação poderia vir a gerar insatisfação, raiva, desgosto. No entanto,
o chamado fashion world apresentou uma enorme percepção do recalque desta parcela
de consumidores, e com a celeridade que já é peculiar ao processo de produção de
moda, propôs soluções rápidas e eficientes como por exemplo, o surgimento de marcas
que se especializaram em atender todos, sem exceção, todos os possíveis clientes
através da ampliação das suas numerações, na variedade de matéria-prima, com a
preocupação constante em relação ao desperdício e com o destino final dos seus
resíduos. Inclua-se nisso, estabelecer melhores relações de trabalho com uma
remuneração honesta e satisfatória, com a valorização de talentos individuais,
modelagem confortável e ampliada, absorção de diferenças elencadas, que no entanto,
não existentes como raça, credo e opção sexual, entre tantas outras.
Considerando isso, a nossa marca ByUs pretende a inclusão de todas essas
mulheres,para que se sintam representadas tendo vista a grade de numeração desde de
PPP á G5, com a proposta de slow fashion e preços dentro da realidade de nosso público
consumidor.
O segmento do vestuário para mulheres plus size no Brasil cresceu 21% nos
últimos 3 anos, com expectativas de continuar aumentando em torno de 10% até o final
de 2020, segundo relatório setorial da Associação Brasil Plus Size (ABPS),
movimentando aproximadamente R$ 5 bilhões por ano. Por mais que esses números
sejam atrativos, o mercado plus size enfrenta muitos obstáculos: a falta de matéria-
prima, de modelagens ideais e também a existência do preconceito.
Tendo como foco o público de moda plus size, apresentamos dados segundo
pesquisa do Ministério da Saúde em 2017, onde constatamos existirem 110 milhões de
brasileiros adultos (54% da população) com sobrepeso; no entanto, o mercado de moda
plus size corresponde a apenas 25% do varejo nacional.
Este beco quase sem saída talvez tenha a ver com a falta de visão do mercado –
melhor dizendo, dos empresários do setor, que ainda não perceberam o enorme mercado
à sua disposição, o qual com certeza está imbuído do desejo de consumir uma
mercadoria de boa qualidade.
Infelizmente, eles traduzem isso apenas em preços exorbitantes ao consumidor
final desse mercado.
A representatividade na moda surge como oportunidade de transformação
estrutural no setor. Ao trazer pessoas reais, complexas e diversas, para um universo
muito marcado pelos padrões estéticos, o movimento colabora com uma reflexão
essencial, tanto para empresas quanto para consumidores.
Com o intuito de sanar essa lacuna, proporcionando às pessoas que hoje sentem-
se excluídas, a oportunidade de consumirem produtos de qualidade e bonitos, dentro das
melhores tendências fashion, a ByUs se apresenta como uma das ferramentas, que
permitirão aos seus usuários, a qualidade de vida, satisfação pessoal e a sua inserção
numa sociedade, na qual seremos fortalecedores de um processo de inclusão e bem-
estar.
Com certeza a moda tem esse poder. Poder de fazer com que igualdade deixe de
ser um termo de rodas filosóficas, e passe a fazer parte do cotidiano das pessoas, para
que elas possam valorizar a vida e porque não, a elas mesmas.
Houve uma época em que as gerações eram definidas a cada 25 anos. Com a
rapidez cada vez maior das transformações nas sociedades, alguns especialistas
propuseram que as gerações, a partir dos anos 80, obteriam classificações contadas a
cada 10 anos. Surgiram daí as gerações “X”, “Y”, “Z”, Millennials, entre outras.
Seus componentes podem ser definidos como adultos jovens com o gosto de
antever e simplificar as coisas, o que vem impactar a sua produtividade num ambiente
de trabalho.
Nascidos nos anos 2000 não necessitou passar por um processo para se
acostumar aos avanços tecnológicos, uma vez que já nasceu sob eles. concluindo,
inovações são quase parte integrante do jeito de ser da geração “Z”.
Neste contexto, vemos nessa geração uma extrema familiaridade em relação aos
aplicativos, a comunicação por vídeo, e a conectividade com o mundo todo. Por meio
desses aspectos se tornam adaptáveis a diferentes plataformas, facilitando sua inclusão
em áreas específicas que venham a abranger informática como ferramenta de trabalho.
Por outro lado, demoras e pausas os constrangem, talvez por estarem “viciados”
em velocidade e procedimentos constantes de upgrade.
A Moda tem por característica principal o de estar intimamente ligada ao estilo.
Neste sentido, a geração Z acabou por influenciar o mundo fashion, os produtores de
moda, e o consumo em si.
Esta geração é conhecida por ser extremamente plugada no mundo virtual, redes
sociais, digital influencers, blogs, entre outros. Com a mesma rapidez da Internet em
propor mudanças, esta geração apresenta decisões embasadas no hábito de obter
recomendações. A mobilidade do mundo virtual faz destas pessoas, indivíduos
conectados a tendências, porém sem perderem o foco e o engajamento em questões de
seu interesse, e com isso, valorizando marcas que pratiquem a mesma preocupação.
Sendo assim, com esses interesses dos “Zs”, a ByUs tem foco de atender todos os
estilos, principalmente que esta dentro das tendências.
Enfim, nos mesmos passos dos “Zs”, este trabalho pretende apresentar uma
visão que deveria prevalecer em toda a sociedade, em que a aceitação da diversidade e
representatividade sejam atitudes primárias para o convívio entre os indivíduos. Que a
Humanidade possa reencontrar o preceito de que, apenas a igualdade e a fraternidade
nos darão a liberdade.
Falar em tendências é quase um sinônimo para buscar definir esta geração, e esta
combinada com velocidade e mudanças, passa a ser uma característica do
comportamento dos “Z’s”.
Comportamento é a maneira de proceder das pessoas em resposta aos estímulos
sociais e/ ou sentimentais. E se a moda é feita por pessoas envoltas em contextos
sociais, ambientais e políticos, ou o resultado da ação coletiva, natural que ela seja
consequência do comportamento humano de uma determinada época.
Os “Z’s” fazem parte de uma geração preocupada muito mais em estar presente
nas tendências do momento, seja na moda, nas opiniões politicas ou sociais. Neste
posicionamento de inserção, quase imersão, sofrem as consequências do famoso “efeito
manada” (efeito manada é o nome dado à tendência das pessoas de repetirem ações
feitas por outras).
Este fenômeno apenas confirma a busca incansável das pessoas para estarem em
alta – melhor dizendo, inseridas, nos dias atuais, se adaptando e consumindo tudo que se
propaga celeremente no mundo virtual.
4 – FAST FASHION
Até o século 18, a confecção de roupas era algo demorado. Para produzir uma
peça era necessário ter acesso aos tecidos e materiais, saber manipulá-los, e isso custava
tempo e dinheiro. Por essa razão era comum a confecção de peças com uma maior
durabilidade. A partir da Revolução Industrial, em 1790, os processos foram sendo
facilitados pouco a pouco. A invenção das máquinas, em destaque as de costura, por
exemplo, transformou-se num fator determinante que possibilitou a fabricação de
roupas em maior velocidade e quantidade.
Isto tudo somado, não seria por outro motivo vermos a marca SHEIN no
exercício de 2020 apresentar um faturamento de mais de U$ 10 bilhões de dólares com
produtos considerados acessíveis. É importante salientar que a necessidade de
distanciamento social reforçado pela situação atual mundial, induziu as pessoas
buscarem mais o mundo digital, de forma que o grosso do faturamento desta empresa e
de outras, fundamentou-se em muito nos aplicativos de celulares utilizados nas compras
online. Todo este conjunto transformou esta marca em um sucesso de vendas a nível
planetário.
5- SLOW FASHION
6 – CONSUMO CONSCIENTE
O primeiro passo para entender o que seria consumo consciente passa pela
percepção de que a utilização de toda e qualquer coisa, seja um produto ou serviço, traz
consigo consequências, podendo ser positivas ou negativas. O simples ato de consumir
abrange muito mais consequências, do que o simples ato de utilizarmos um cartão de
crédito. Assim, importantíssimo seria refletir sobre os nossos hábitos ao adquirirmos um
bem, estarmos atentos a real necessidade do que consumimos e aos possíveis impactos
que tal ato possa vir a causar.
Imprescindível adotar com urgência uma atitude tanto das empresas, tanto por
consumidores, para que se freie o consumo excessivo, talvez não tão necessário, tendo
em vista que os recursos existentes no planeta são limitados, sendo que o excesso
também é um motivador no processo de poluição ambiental, em especial.
A moda não consegue ser 100% sustentável e ainda existe muito a ser feito neste
sentido; certo é termos opções para estabelecer a responsabilidade consumista, como a
slow fashion, fundada em produções locais. O slow fashion nasceu para rebater a fast
fashion, para valorizar peças que são feitas quase que individualmente e preço justo.
7 - CONCLUSÃO
Esse trabalho propõe várias conclusões.
Uma delas, seria adotar como se fosse nossa a base criativa na geração Z, e em
conformidade com a sua maior preocupação social, entendemos o quão necessário uma
maior representatividade nas marcas atuais, trazendo diversidade em todos os aspectos,
e em especial, a apresentação de tamanhos diversos em suas criações e peças.
A maior parte das marcas presentes no cenário da fast fashion global, não produzem de
forma abrangente uma variedade de tamanhos. Como vimos, são poucas as que o fazem
apesar deste mercado ser vasto.
Na nossa idealização, pretende-se produzir de forma sustentável, fornecendo de maneira
acessível esses artigos aos consumidores. Como foi longamente exposto, artigos estes
que defendam e se empenhem na diversidade para todos.
De qual forma?
Produzindo de maneira consciente e para todos os tamanhos de corpos que são
excluídos do mercado da moda.
O trabalho acaba por apresentar ao mundo da moda um novo segmento de mercado: a
junção do fast com o slow fashion.
Afirmamos não bastar a preocupação com todo o processo de desenvolvimento e
criação de um produto, apenas isso não é suficiente. Há de ser necessário e urgente
tornar a moda acessíveis a todas as pessoas.
Não é por outra razão que buscamos na geração Z, a inspiração para obtermos a
inserção de todos os consumidores em todos os processos, desde a criação, passando
pela produção e concluindo com a apresentação de uma grade ampliada de numerações,
algo inerente ao modo como essa geração enxerga o mundo em que vivemos, e com
certeza, eles e todos nós desejamos que passe a ser mais justo e abrangente.
8- LOGOMARCA
9- COMUNICAÇÃO VISUAL
Figura 3 CAIXA
10- INSTAGRAM
11- CARTELA DE CORES
14- ILUSTRAÇÃO
15 ACESSÓRIOS
TRENDS OF TRENDS
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