Você está na página 1de 217
0 PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA TEORIAS E ABORDAGENS NORMAN K. DENZIN University of Ilinols at Urbana-Champaigh YVONNA S. LINCOLN Texas A&M University 0 PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA TEORIAS E ABORDAGENS 28 edigdo 2006 waimente publcaca sob o titulo The Landscape of Qualitative Research “Insoles and issues, 2ed Os Autores Preperaco do orignal: Nesione Tibursey Superviso eatoral | ice Balj Canto | Ecitrocio «fies: ‘crafne Estos Grice Norman K Denzin (og) £ professor condeco- Yona Lincoln or) € professor de esino superna Teas A&M Unversity co-eitoradeste dic do Manual de Pog lege of Communications e coordenador de pesquisa também co-eitora do persai- 20 lado de Norman K. Dern lo, Egon G. Guba, esreven Efi. The rewerngcko- Regret and th Text 997), ef pelo qual recebeu prémio sos prémos por sua pesquis, inc x Award da Society fr the Study of Division J Research Achievement cam em 1988. eit do The Soo- Sidney Sulow Anard pels contri | liga uarnly,co-etor de Quai nu ee | teedatriede limos Cul Sd A Read nal and Sais in Sybati ltration. servis todos 0s dros ce publica, em lingua portuguese & on Reeves Stamens EomorA SA Arthur}. Vidic ¢ profess emt de (Beckran® Compania tora & umm shh de Aimed Eakora S.A) Th ernmo de Orel, 670 = Sertane Sonsoca49 Poe Alegre 8S Fone (51) 2027-7000 Fx (ot) 3027-7070 lo- de uma sre de 12 volumes iniulada Man rons ginede antropologia na Graduate Faulty of the New — the mer word cial Res protida a dupicarie ou reproducdo deste voume, no todo ou em parte ‘9b Gualsquer formas Gu por qlasquer mes (eletrence, mecSnio, gravasio, Totocénl dstrouigso ne Web e outros), sem perissto exaressa da lira, ays a0 Indo de Jay Van ournlismelca- mbm. co-astor, sho PAULO ‘av, Angélica, 1091 ~ Higienpois '01227-100 ‘S80 Paulo SP Fone (11) 3665-1100 Fae (11) 3567-1333 ond C Wright ‘Suas anilsssociolgicas dos ee eanonit er sil lap de Sta ni omer. edi, junto com Rober cal, id ‘SAC 080-703-3464 com Kim Rotzlle Mark Faklr auto juntocom IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN ERAZIL DavydldJ. Greenwood é Golivin Smith Proes- sordeantropologi na Cornell Univesity e membeo correspondente da Real Academia Espan Cigneias Moris e Poles. Ele auxiia os conselhos editors de Dinhguson Wore ant otain, Systemic Patan ines rational ¢ Revise de Antoplogio ‘plied, Dos Hos que esreve, quatro tratam da pesquisa-agGo, ineluindo dois volumes eolaborado- emibros das cooper gon G. Gua é profs emésto de eucazio na Indiana Universi, Obteve sea grau de P.D. em, inestigngéo quanitaia(educagao) na University of CChicago em 1952, , desde ent, pessou a fener per+ te dos quadros docentes da University of Chicago, da ity of Kansas City da Obio State Univesity « diana Universgy £c0-autor de fete elation fy ‘investgagio sociale educacional 4a Brown Univesity. Joe L. Kincheloe ¢ Belle Zeller Cait de ani= ristragio e politicas piblcas na City University of [New York, no Brook Colley, e professor de dos culturss e de pofagogia ne Penngjivania State ‘Univesity. Entre suas ima obras estio The ign of the burg: Dana's and he calure of co, How do we il te works? The sao-eanoni foundations of work. os_AuToRes gene cnfanting psycelgial asamp ‘is about each and earn (coma Stl Steinberg ain ld? Ve Joshua Gamson € profesor adjunto de social gia da Vale Universi Baur dos argos “Fests $EitBack Tabloid Television and Sexist Noacon- 95) Chins to Fame: ely in Con- 994), parspando também ad temporary Americ ‘como autor em “Ethnography Unb Resistance in the Modern Metropol ). ‘Kenneth J. Gergen & Mustin Professor de cologia no Swarthmore College e fundador do Swar- Program in Interpretation Theor. ie Ing in scl constuction, da Sage ssociado de Tony and Paybaogy © 0 Ainrzan Prog. Entre suas obras editadas esto ‘Hiarial soi pzychalgy (com Mary Gergen ¢Pylo- Tg sus in hs poprice (com Carl Grau tmanr). The saat! sf 291), Toward rensfrmation ‘and rations \gans dos volumes de sua autora. Lois Weis &professora de soiblogia da educa «ona Sate University of New York, em Bufo, Sas es mais cents incluer The now ci usaliing ono 994), Booed Hack ‘on ras pour and sacety Powell Leonaun Wong, 1997). Loonmun Wong. Ph.D. é bala para uma organizagio ndo-g CCingapura que trata das questaes do os Autores va to, E um dos no Japao 8) © cde Agincia de lformagSes nore-americana en: Cin- ‘gapura, Taiwan, Hong Kong, Gena, na Libéia, na de Joan C. Chuisere Alice LoCicero, “Innovative ‘Methods: Resources for Research, Teaching and publishing” (em Pyeloogy of women quart Meaghan Mortis ¢ Chair Professor de estudos culturas na Lingnan Univesity, Hong Kong, e pro- foninion, reading, psmedersm (1988), Mice Fe ¢ profes de rio sci Sched and Ueriy iy ot Now ork de us atria 0 cv ina ene Tilo ee tog dyn Gunton Le 19, ong get omc Lah nd a Sage Lat Gn e ne Balin 197), ¢ OF Susan Weseen, qu ado em psicologia da p «cou temas relacionadas pe Virginia L. Olesen, professors emirita de so- es pesquisa sobre socnoga do corpo eds moses £ fom Ade Care fig ten, ah end Feng iit cra and tes pooped (139 pons no Departament for ‘a Norwegian Uni logy, em Teondh engenhara Te hd 9 gai Ingaity © The handbook of action researc, ns Peter MeLaren¢ professor na Division of Ur ban Schooling, Graduate Schoal and Information Shuts da Unversity of California Los Angels Ea- ie seas os mas recente, eto Cre pia and pray cure (1985), Revlionary muita lio que reine enssios,cujo tule proviso €Era- uation prac ces Prefacio primeiramenteportensbies contradides ehesitagSes 70 mesmo foco de uma sbordager verpretativa, para a pesquisa e a teria A primera edicdo procurou defiir 0 campo da Ande que esas tendéncias io sejam recentes, & pesquisa qualtatva. A segunds avangow mats um impresionante como a “revolugio qualitative’ tem passa, Com base ert temas apesentads na primera uirapassado as cinciss soi e 0 campos profsio- prices da nas fins ros anos, Em 1994, publicaios a primeira igo do Hand of qualitative research (Maul de psgu de epeesentar esse cam- sim para novs idéias e para novos trabalho. © projeto brochura A segunda edicdo do 0 plagjiments da paquica indo divas de que 0 ainda € definide os autores que esto de volta nessa ego reviseram campo" da pesquisa qh x sgando,ema ‘A segunda ediclo do Handbook of qualitaive wut onde scab primeir, Com Thomas 30 Capitulo 7), podemos observar que & investigagiog é de um'movimentoreformista surg no anos de 1970 no mia académico". Os paradigmas ridicos, suas prOprias associayies cienificas con ferdncis e posigdes no compo docente ‘As ransformagdes que ocorteram no canipo da pesquisa qulittiva no inicio da década de 1990 con- ‘hnuaram ganhando org nest inicio de século. Hoje. so poucos os membros de comunidade intepreti= ta que relebram com eeicismo a reviravola ratva, Tudo o que esta citer sobre iso & que a vrs da ocorreu. Muites agora moswam sues histrias de ‘campo. Além do mals, hoje sabemos que os omens eas mulheres escevem a cultura de maneias dif rentes, e que prdpia ato de esreverndo & uma pica inoeente Formas experiments de escrever textos enogré+ feos em primeira pessoa agora so tvs Soc gos e antropéloges continuam explorando novas ‘maneiras de compor& etnogrfg, muitos escrevem. textos de ego, de deama, de permanee de poesia. ‘etnogrife,Briicos das cicias soci travam dis- de fcgio.Ojoralismocivicoinfuenciacsape- los a uma etnografia cca ou pila Hi uma necesidade urgente de mostrar como as pritcas da pesquisa qualita podem sjudar a sudaro mundo em aspectos positvos. assim, nes ‘inicio do séeulo XX, necessrio buscar um novo cas Nés ea Sage Publications assumimes um com- promissodefizer com que esareteratdo do Hanabot Saja acessiel para o uso em sala de aula, Um com- promis que se refete no tamanho, na organizags0 no pogo das brochures, bem como no aeésctno das biliogralis ao final do ivr, ‘As conversas com nossoscoegas que utlzavam (o Hanbktarabém deixarar claro que sua versio de volume tnico em capa dura também tem seu PREFACIOL ea Sage manted disponel a ver- Iugare licazio de uma edigso nevis, sho original at A organizagéo deste livro” 0 plangiamenc ds pois qul tivadeiserrocampo dapesquseg resto. A Put 1 situa 0 campo, comegando por sua a, passand a seguir para a pesqustagio #0 acai, pera destinagdo da pesquisa e para ida pesquisa qualitativa A Parte I is paradigms histricose contemporineos qu tram einfluenciam 2 pesquisa painas humans Os captuls de Aigmas concorrentes(postvstas,pos-positv ‘construtiists, do tora ere) para perspect terpretatiasespcifias, eminismos, discarsosraci= '8 Pare examina o futuro da pesquisa quliatva, Agradecimentos E claro queexte lio no exisiria sem seus au- tores, nemt sem os membros do conselho eaitorial ‘© Handboaksobreo qual eles baeia, Esse in luos conseguir ertpenkar-se por muito tem po ao projet, alm de ofeecer uma asistncia ime quando neces CGostarfaos também de agradecer is segues pessoas © insiuigbes por seu auxio, ampar, por Ss sights ¢ por sus pacfneis:nosas univesida- dese nossos deparamentos, especivament, bem 5N. de RO pana de pi qualia coresponde 20 ‘olunet do Handful raart puto ogi ete pe Elta Sage xt ‘como ack Bratich, Ben Scot, Ruoyun Bae Franeyne Huckaby, nossos alunos de graduagao. Sem eles, nunca pederfamos ter dao andamentoa este proje- to, Também remos que agradecer a muita pessoas da Sage Publications Agradecemos 2 Margaret Sea- well, nossa nova elton esta versio em ers volumes dd Handbook no tera sco possvel sem 2 sabedorz, © apoio ¢o humor de Margaret, e nem sem sea do= mini de campo em toda sua aualdiversidade Como sempre, somos muito grats pelo empe- ho de Greg Daurelle diretor do makeing eitotal da Sage, ede sua equipe, por seus infatigvesefor- sos em dvelger o Hondoot pare professores, para pesquisadores e para metodolgists do mundo i= teiro, Claudia Hoffman teve papel essencial poe st auagia em todo o proceso de produgio da sé; agradecemos também a op ad, Jady Selhor Aqueles cujas habildades de reviso e de indexario ‘iver um pape io furdamental para pobliagio do Handbook que servi de base para estes volumes, E,porfim, como sempre, agradecemos a nostos con jges Katherine Ryan e Egon Guba, por sus pacién- ‘la e pelo apoio constane. ‘Aiden para arealzago desta versio de ws vo- umes do Hondbok em formato brochura no surgi ‘eoladamente, esorns grates pelo eback que rece- ‘bemosdeindimeros professors alunos. —Norman K Deszin Universi of nis at Urbana-Champaign = Yvonna $. Lincoln Texas ABM Unersiy Sumario 1, Introduco: a disciplina e a pritica da pesquisa quaitativa Norman K, Denzin e Yeonna S. Lincoln Parte. Situando 0 campo 2, Métodos qualitative: sua histria na sociotogia ena antropologia ‘Anhur Vidic e Stanford M. Lyman 3. Reconstruindo as relagdes entre as universidades e a sociedade por meio fa pesusragio Bani) Greenwood « Monten Lvs 4 Para Mi ualtatva, representagSes ¢responsabilidades sociais fe, Susan Weseen ¢ Loonmmun Wong 5. AGtica ea politica ma pesquisa qualitativa (Gifford G. Chistins Parte Il, Paradigmas e perspectivas em transigio 6. Controvérsas paradigmiticas, contradigGes e confluéncias emergentes "YwonnaS, Lincoln e Egon G. Guba 7. ‘Tes posturas epistemol6gicas para a investigacio qualitativa interpretativismo, hhermenéatica e construcionismto social “Thomas A. Schwandt 8. 0s feminismos ea pesquisa qualitative neste novo milénio Virginia L. Olesen 9. Discursos raializados eepistemologias étnicas Gloria Ladson-Bilings us ui 16 193 19 259 14 SUMARIO 10, Repensando a teoria ertca e a pesquisa qualitativa 2st Je L. Kincholoe ¢ Peter McLaren 11, Estudos culturais 31s John Frow e Meaghan Mons 12, As sexualidades a teoria quer ea pesquisa qualitativa 5 Joshua Gamson Parte Ill, © futuro da pesquisa quali 38 13, Investigaco qualitative: tensGese transformacées, 367 “Mary M, Gergen © Kenneth J Gergen 14.0 sétime momento: deixando o passado para tris 389 ‘Ywonna§, Lincoln e Norman K. Denzin Sugesties de letura “7 Indice onoméstico a Indice remissivo 2 1 Introducao A disciplina e a pratica da pesquisa qualitativa* Norman K. Denzin @ Yvonna S. Lincoin fnado pela “escola de Chicago" nas 1990 determinou aimpertincad lita para o esto de vida de grupos humanos Na dos de Boos, Brown e Malinonski, que defniam ram os contomos do métod de ral po (Gupta e Ferguson, 1997; Stocking, 1986, 1989), a clara 0 dbsevador parka para um c2- 5; coloiaists. No ent lidade investigacva que tro de pele escurs no objeto do olhar do etndgrafo no haveria una histria eolonial e, agora, nent uma indo a histiapés-colonia tradicio). Em pouco tempo, a pesqui passou a ser empregada em out tiéncias sociais © comportamen galeria sou cobb thenne Ey. Subtle NdeR Exec cont fern ars seth sobre ees valu, oes deve procur obras i 16 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVE E assim que bell hooks (1990, p. 126-128 terpreta a famoss fotografia que aparece na cap Waking Cature (Clifford e Marcus, 1986), como ceverplo dessa mentalidade A foto retata Stephen Tle fa ode campo na tna. Fler est sen ado uma certs dstncia de ts pesoas de pele es ‘cure, Uma canga aparece dentro de um cesto 36 com a cabeca para fore, Uma mulher esconde-s nas sm bras de uma cabana, Um homer, com um tale xadrez fem pret e branco enrlado nos ombros,apoiando 60 coavelo no elo ¢ 0 rosto sabre wma das mos ola fxamente para Tle. Tle esti fazendo anota- Bes em um eiiro, Tem wma “atrada aos Salo talve2 par proteyt-lo do sal — tum pedago de branqudade que serve para caracer- zar Tyler como @ autor branco do sexo mascolino ‘que etude eses individu pasivos pardos ene [Na verdade,o alhar do sujet pardo comunica lgu- ra vontade, ow alguma Uigacdo com Tyler. Jéo olhar dda mulher é totalmente encoberto peas sombras © pelasleras do slo doi, queatravessam seurosto {hooks 1950, p. 127.6, assim, esa orogafa da capa do lito que telex sea a mais influente obra da ‘etografia da segunda metade do século XK repro~ du das idias que esto bem vvas na imaginagio ‘cist ¢ nogio do indviduo branco do sexo maseu- lino como autarlautoridade .) ea ida do omer. pasivo pardolnegro [e da mulher e ds crianga] que do faz nad, apenas observa” (hooks, 1990, p. 127 ‘Neste capitulo intosuéeia,definiremos o cam> po da pesquisa quiltatva e entio navegarermos na bistéria de pesquss qualita nas discipinas hur ‘manus, tragando e resando~a,o gue nes possibil> tard situar este volume e seus contesdos dentro de ‘seus momentos histéricos. (Tais momentos histri- cos sfo, de cere form, artis; io convengbes ‘constuidas socialmente,quase-histricasesabrepos- tas. Entretanto, permite wma “representa” das ideias em desenvalvimentg faiitando também una senabldadee uma soisticago cada vez mores emt relagio i armadilhas e ds promesses da etnogafa © ‘da pesquse qualitative) Apresentaremos um esque- ‘ma conceiual pata que 0 ato da pesquisa gual ‘vase interpreta como um processo mal ral, marcado pelo ginero,entioforneceremtos uma breve introdugio aos captulos seguintes. De volta ‘as observagies de Vidic e Lyman, asim como ‘de hooks, coneluiemos com uma Breve dscussio respeito da pesquisa qualitativa e da tori erica daraca (ejatamibém neste volume Ladson-Bilings, Capitulo 9; e no Volume 3, Denzin, Capitulo 13). Conform indicames ers nosso prefco,uizaros a metifora da ponte para estrturar 0 que vem @ ‘seguir Para nds este volume € como uma ponte que lige momentos histéricos, métados de pesquisa, paradigms e comunidades de estudiosos inerpre- tativos ‘Questées conceituais A pesquisa qualtatva é em si mesma, um eam po de invesgacso Ela atravessa discipins, campos 2.1 Bin tomo do temo puss qual, > igada ecomplera de er- nite ees esto a tae to pés-fundacionalismo, a0 pos tscruuraism e s diversas perspectiasefow mito dos de pesquisa qualitativa relacionados aos studos culurase interpretative (os capitlos da Pate It abordam esses paradgmas) ‘dependentesedetalhadas sobre o grande rimero de méiodos ede dbordagenscasiicados como pest fo de cso, pol servagio participant, 05 métodos visu lise interpretative [NaAmérca do Nore. pesquis qual ‘emum campo histrica compexo que atravessa sete ‘momentos hitrcos (esses momentos sero disc tidos detahadamente a seguir. Esses sete momen- perode de etografis novaseexperimentas(1990- 1995}; a invesigasio pés-experimental (1995-2000) eo futur, que é@ aualidade (2000+). O fauro, sé mo momenta, ata do discuso moral, conto desen ‘volvmento das texualidades sagradas O stimo mo~ mento pede que as cléacias soci as humanidades tomers terenos para converss critica em torto da democracia, da raga, do género, da classe, dos Es- tados-nagbes, da glabaliacio, da liberdadee da co- unidade introduc te portum interesse pelos topos reticoseiteriios pla virada marativa pela naragio de hstria, 30v08 processos de composcio de eografias « Bochuer, 1996). Laurel Richardson (1997) observa que esse moment foi iflueniado por uma dade, pela dvi, pea recusa em priv- Ero ou tora (173). Porém ago cio do seul XX, ocoreuavrudanarati- ‘a So muitos 0s que aprenderam a escrever de um modo diferente, e também a situa see seus textos. je no sentido dereacionara pesquisa _qulitava is esperancas, 2s necessidaes, aos objei= vos eas promessas de uma sociedad democrtica lve ‘Ondas sucessvas de teorzagto epstemaligica aravessm eses sete momentos. O perodo traicio- nal éaezocado ao paradigma positivist, fundac nalista, Os momentos moderista ou daeradourada ‘08 gtncrs ests) obscuros esto iados a0 apa resimento de argumtentos pSs-positvstas. Av mes- ro tempo advou-se uma variedade de novasperse interpretatives, inluindo a enol, os estudos fase dos gineros (silos) obscurs, as humanidades ‘omams recursos centas para a teoria etic, recpretativa, «para o projet de pesquisa qual Jmaginado em linkas gras O pesquisador pasou a ser um bre rejaa seguir, aprendendo conto ex- tele conteis de muita dscpinas diferentes. ‘A fase dos gener (estos) obscutos fi respon- svel pela etapa seguinte, a crise da representa, [Nesse ponte, as pesquisadores lutaram pare encon- ‘ear manciras de stuarem asi mesmos ea seus sujei- ‘sem textos reflexive. Ocoreu um tip de diéspo- ra metodoldgics, um exodo de duas vias. Os Fhumanistas migrarim para as citncias sociis, em busca de uma nova teria soci, de novos métodos pata estuda a cultura popular e seus contextos et- ogréfcos e leas. Os cientisas sociais vltaram-se pata as humaniades, na esperanga de aprendetem & tras estrutuais e ps-estrututaiscomple- tists sociis também aprenderam a produir textos te erecusassera se interpetados em temossi ats, nears, incontrovertves.Houve um obsci ‘Nomomento experimental ps-moderno,os esqui- ” sadoresderam continidade a esse process deafis- fun if e Deemer, 38 moras, eins enraizados em compreensbes locals Qualquer dfinigao da pes atuar dentro dese complexo campo bistérica. A pes- use ualitanioa ers um sigaiicada diferente er cada lum desses mementos No entanto,pode-se ofeecer tum defnigdo genér va€ uma atidede situada que fo rho mundo, Cansste em unt co rmateiise inerpretatvas que 430 vis mundo Eseaspritiess ransformamo mundo em uma tie de representages,incuindo as nota de eam- povasentrvistas 3s conversa as fotografia os gr vagbes eos lembretes Nese ni tata envolve uma abordagem nati ‘atv, para mundo o que significa que seus pesqui- adores estudam as cosas et seus cen natura, tentando entender, ou inerpear, os ferdmenas em temas do sgicados qu pessoas des conte- [A pesquisa qualitative enolve 0 estudo da uso acaleta de uma variedade de matrais empticos — cestudo de caso; experitncia pessoal; intospeccio; hstria devia; entrevista artefatos; textos € prod bes cultural; textos obseracioais,histicos, in- {erativsevsuais — que descrevem momentos ig- nfcados rotneiros probleméticos na vida dos ndviduos Portanto os pesqusadores desta ies uti- liza uma ampla varedade de priicas interpetati- vas intertigadas, na esperanca de sempre conse rem compreender melhor 0 assunto que est zo seu aleance. Entende-se, contudo, que cada pitica gee rate uma visbilidede diferente a0 mundo, Logo, geralmente existe um compromisso no sentido do fmprego de mals de uma pritia interpretative qualquer estudo. © pesquisador qual tivo como bricoleur e conteccionador de colchas 18 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA ss, pesqlsador de campo, jorals,eitico soci, stuador, misico de jaz, produtor de filmes, ‘confecciontdor de colchas ensast. A dveridade de pits metodoldicas da pesquisa quditatva pode 39, enograi, tage, O pes 1ocomo.m brie olchas, cu, como na prorkigo de filmes, uma pessoa que reine imagens transformand-as em montages. (Para saber a tes- cag, confecg de colchas e sador por sua ver, tale et ‘Cook, 1981 p. 1 Sobre esse processa da confecrio de cols, veia hooks, 199, p. 115-122: Woleot, 199, p. 31 [Nelsoa, Treichler ¢ Grossberg (1992), Li Srauss (1966) ¢ Weinstein ¢ Weinstein (1991) esc ecem 0s signifcados de bilge rou um profissio~ narratvo, eérco, poco. © brink interpretative produ uma bralage — ou sea, um conjunto de re- resentagées que reine pecas montadas que se er- ‘air nas especcidades de uma siuagio comple- 1a,"Asolugi [rilag] que €o resulta do metodo fo brine & una construcio emergent” (Weins- tein e Weinsten, 1991, p 161) que sore mudanas e assume novas formas & medida que se eerescentam diferentes instruments, métodos e tcnicas de re= presentasio ede intepretacio a esse quebra-cabeg, ‘Nelson ecolaboradors (1992) descrevea metodolo- gia dos estudos culrurais “como uma brags. Ou ej, sua opgo de privca€ pragma, estratégca © auno-refeiva” 2) nso, com restrgdes& pesquisa qualtativa ‘Como brieur au confecconador de coichas, 0 pesquistdor quatatvo utiliza as feramentasesti- fase materi da se ofc, epregandoefetvamen te qualquer estratgias, todos ou mateiisempi- ‘cos que estejam ao seu aleance Becker, 1998.2) Hovendoanecessiade de que novas ferramnentas ou "Nee. Temog cas de enon que pe tam 9 compra nae nets socal om teem ives canis par as qu € fe ‘sklcererrioe toc Ex psealg,aneplogi = blog técnica sjaminventadas ou reunides asim o pes- quisador ofr. As opgSes de pitas interretativas a serem empregadas nAo so necessriamente det- rides com anocedéncia A "escola das pitas da pesquise depend das perguntas que s80 fies, as ‘erpuntas dependem de seu contexto” (Nelson etal, 1992, p. 2), da que ests dispoatvel no contexta e do ‘que o pesquisador pode fzer naquele cenito. esas prticasimerpretatvasenvolvem questdes ‘sttcas, uma estétca da epresentago gue ex polo pragmtca ou pritica A esta altura, cabe Gefnimmos 0 conceit de monagen (Cook, 1981, p. 323; Monaco, 1981, p. 171-172). A montagem € um tnétoda deeds de imagens cinemiticas Na hist6- tia da einematagrafa, montagem €asociade aotra- balho de Serge! Eisenstein, especialmente de se fil- re O Encurgado Potemkin (1925). Na montagem, diveresimmagens diferentes so sohrepostasparacriar ‘um quadro, uma cera forma, a mantagem 6como fo penitent, no qual algo que havi sido pintado, tas que mio pertencla ao rexato (uma imagem da (qual o pintor“arrependeu-se", ow 2 qual le rejei- tou} ganha navamentevisibildadecriando algo nova. ‘© novo 6a que avi sido obscurecido por umaima- gem anterir ‘A montagem eo pentimenta assim como tz, improvseg,criam a sensagio de que as rando, se sobrepondo formando um compost nova crag. As imagens parecem dat forma e det nigdo umas is utras, avendo a produgio de um feo gestas,emocional. Mut veesesss imagens combinam-se em uma segiénca mica vlor que produ uma colegio de cverss images que gam ‘ertginosemente emt tom de uma seqiéncia ou de sum quadro central ou foalizado; esses efeitos gevelmente emapregads para representarapassager do rempo. “Talvezo mais famoso exemplo de montagem ja a seqignca da Escadara de Odessa em 0 Enuna- de Potonkin O climax do filme €0 momento em que 10s cidadios de Odessa esto sendo massacrados pe- las topas carisas na escadaria de pedra que desce at&-0 porto, Eisenstein desiao olhar para uma jo- vem mae que empurra 0 cartinho com seu bebé no patama ene os lances de escada et fente 85 cro- sd fuslament. Os cidadios passa cortendo por la fazendo sacudi 0 carrnho. Ela fia com medo de descer coms ocarinho ao primo lance de es- insrodugso cada. As tropas encontram-se em um patamar cima tela, trando nos cidados. El ia encuralada en tees tropas ea escadas Ea gra, $6 sevé 2 fumaca ta explosio dos furs apantando para océu. Sua c= bega nclina-se para ts As rodas do carn vac lar bia da escadara. Ela agarra a fielaprateada dese cit, Logo absivo as pessoas esto sendo es pnd pelos soldadosPingos de sangue anc 2 luis brancas da muller O bebé coloca a mito para fora do carsnh. A mulher move-se para frente para tris. AS tropasavancam, A mde cai para tes contro carn Ursa mulher assist & cena horo- rizada ao ver as rods traseiras do caminho desliz- rem cruzando a beira do patamar, O carinho gana ‘elocidade despencando escada abaixo, passando pelos corpos dos cidados. O bebé € jogado de um lada para o ouro dentro do carsnho Sldados is- param seus finis contra um grupo de cidadosfexi- flo. Uma estate grita a0 ver 9 carinho langarse sobre os degraus inciar-se evra (Cook, 198, p. wens ‘A montager empega imagens breves a fim de criar um nogdo bem-defnida de urgénciae de com- plexidade. Ela convide 0s observadores a consrut inceepreragdes que se baseiam mas nas ouras 20 desencolar dt cena. Essas interpretagSes sfo cons- teuidas sobre associagesbaseadas em imagens con- stantes que se combinam entresi Por rds da mon- gem, esta suposigio de que a percepgio e a so das cena, por parte das espectadors, qéncia de montagem, no ocorespien- uma a cada ver, mas sin simltneunente™ ‘ences em um coajunce emocional sg como se angaseos ols sobre O pesqustdor quaitatvo que enprega a mon- tagem € come um confecconador de colehas ou umn nprovisador no jaz, Esse confeccionador costar, rein pedagos da elidade, um processo que (ica eentacional para 19 Quanto aos textos taseados nas metiforas da ‘montage, de confecgo de colchs, eda improvisa- ‘0 do jaz, mites coisas diferentes vém ocorrendo sao meso tempo — diferentes voces diferentes perse pectvas.pontos de vist, Angulos de visio, Assim ‘como os textos de perfraane, os trabalhos que ‘am a montagem conseguem 20 mesmo tempo ctat represen 0 significado moral. Deslocan-se do pesto para 0 police, do local para o istrico © pare cultural. So texts dialdgios Presumem uma audi tvs. Cram espaos para a troca de idias centre o letor eo esritr. Fae mais do que trans formar o outro no objeto do olhar des ciéncias sciis {eja MeCal, Capitulo 4, Volume 2) (0 foca da pesquisa qualtatva poss 1.229). No entanto, o uso de miltiplos métodes, ou cla tiangulado,reflete uma rentativa de assegurar ‘uma compreensioem profundidade do fendmenoem ‘questo. A realidad objeiva nunca pode ser cata a, Podemas conhece alg apenas por meio das suas representagdes A tangulagio no é uma ferramen- ‘wou uma estratégia de alidagdo, mas uma alter va para validacdo lick, 1998, p. 230), A melhor manera enti de compreendermos acombinagio de dade de peices metodologias,ma- 3s pespectvs e observadores em um tinico esto € como uma estratéyia que acrescenta gor. folego, complexidads,riquerseprofundiade 2 ‘qualquer investigagio (Flick, 1998, p. 231). [No Capitulo 14 do Volume 3, Richardson con- testa concito de triangulao,declarando que, pare a investigagio quaizativa, a imagem central & a do ais, e aio a do trngula. Os textos de gineros ‘ists do mamento pds-experimental pose de tet lados Assim come of cristal, 2 105 mistos, como observa Richardson, “combina si- variedade de } Os rmetriae substanca com uma infin mesos rida, diferentes cores pa igdes, que se langam em diferentes dte- [No processo de crislizago, 0 autor conta a esis histria a partir de diferentes pontos de vista Poeeremplo,cm A thiol te (1992), Margery Wolk 20 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA er un relato do mesmo conjunto de ns povoado native. De win modo 1993), da como unt forma cstlina, como ua age, ou sinda como uma perrmane crstiva fem tomo de um tema central, podemos ampli 38- sim a tangulagio como uma forma de vl ‘esta, A uiangulagio € 4 posigio simultinea as, Cada uma das merfoas “age cidade, endo o seqiencal Ietores ¢ as audincias so entio plorarem vises concorentes do ca giem ease fandzem em novas real peta dos dverss paradigms interpetatvos(emi- rismo, marcsm,estudos culturis,construtvismo, teora gua) que pode ser raids para um deter rminado problem, Enretant el talveznfo ache que 0s paadigmas possam ser misturados ou sintetiza- agtacia que denotam ontologies Imetodologiasexpectcas Elesrepesentam sisters 38 usudros a visdes de perspecties so sistemas LO pesquisadorno papel de tei Frilartrabalba dentro de perspctvase para cao pelo genera, sores contam histérias sobre os mundo que est so, pdeposiiisme, construtvs rabalho do rae interpre uma bilge complexa (qu lebra una colcha), uma clagem ou uma montagem efiexiva — um con jumto de imagens e de represenagdes mutes gad, Essa estrutura interpre calcha, um texto de perfrman repeesentagies que liga as partes a0 tod, ‘A pesquisa qualitativa como um ferreno de miltiples praticas interpretativas fu de dscurso Ela no possui ‘ums teora ou um patadigma nitdamente proprio Como revelm as contribuigGes para a Parte I deste volume, hi mkiplos paradigmasteéicos que ale- gam empregat os métedos eas estrtéyus da pesqui- 1 qualiaiva, desde os estudos consiutvstas 20s culuras,passando pelo feminismo, pelo marismo e pelos models fnicos de esquisa qualita empregada em cs guficos e 0s mimes. Também aprovitam wi- lam as abondagens, os métodose as tenis da nomerodologa, da fenomenologa, da hermenéui- Introducao. 21 2, Capitulo 9), Todas 6s fea evidentes nos cap Esstsexaprags e esses humans. Cada um carega os tagos de sua ia dscptinar Sendo assim, hé umalon- dos uso e dos signifcados da einografia gio Tomamos emprestada eparalraseamos 2 tena & da etnoogi na educago ine, Weis, Wesen e tide Neon e claboradores (199, p. 4) de define Wo, no Ca ante eos estudos cultura: da etnogrti na antopologia (Tealock, Volume 2, lo 6; Ryan Benard, Volume 3, Capitulo 7, sranedscilinare, sees essa as humanidades, influeniado por ipa A pesquisa qualia ado Capitulo eda anaise do ciscursoe versacional namedicna, nas comunicagdes ena edu cagio (Miller eCrabre, Volame 2, Capitulo 12; Sil- verman, Volume 3, aptuo 9} A divesidade de histcas envlverlo cada mé- todo ou esratégia de pesquisa evela como cada p= tia recebe smanita natural. Além disso, essa ters po em ser combinadss oo mesmo projet, com sap 22. 0 PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA fscas Sous praticantes tim compro com idades modernas pos-modern ‘asltatives sto dent tas das areas das sf sims. Seu tal ‘do no-centiia, ou apenas explratri, ou sub- jetivo, E chamado de crc, e nfo de teria, ov € interpretado policamente corto uma versio cada do marsismo ou do huma 995; Denn, 1997, p. 2 sas resists efletem uma toda de que as trades da pesquisa ‘prometem o pesquisdr com um critica do projeto a, Poem, 2 resiséncla postvsta& pesquisa a Sempre presente de manter uma dst ard cea" c 0 saber das sft cee (Cs Capt 7; no Volume 12), As citnia (posits) ex a como um atagu 2 esa radian, cos, 3s geralmenterefugant-se em um modelo de *cin- ita livre de valores” (Cate, 1989, prépria trabalho contngente” (Carey, 2 tarabém Lineoin Gubs, no Capi= a slegarm que os chamados reverse, e no cléncia, e que res do dispaem de nenhum método para vericar © aque & decarado como verdad A pocsi ¢ a fogio Srnogrficas indicam 0 fim da ciéncia epic, eh tanto 0 mid da experiencia vs fa, pos nele que a renga individual ea agio ea e, Dentro desse modelo, io so com o diseuso e com ‘ométodo como priicasinerpretativas materia que onstuetn arepresentago ea descrgo, Dessa fr- ima, a virada nara, textual, & ceed pelos posi- pore fo entio como um staque 8 cazio ¢ & verdad. Ao mest tempo, stague da ci2ncia positvsta& pes- (quis qualitative € consierado uma tenativa de le- sar uma versio da vendade acima de outa eteno poltico complexo define «diversi- radigdes ede linhas de desenvolvimento da pesquisa qualtatva: 2 tadigo brtiica © sua pee~ as tradigdes 305 05 estudos que, os estudos das cultura ‘eras eaborigenes. A politica da pesquisa qualtativa fia uma tensio que invade cada unta desestadi- (bes ctadas acima, Essa tensio propriamente dita ada 3 me mundo bistro inc lectuais suas pip Res rues coisas para malas pessoas, Tem ura dupla tsséncia: wm comprometimento con alguma versio da abordager it do: a pesquise qualitativa representa tema umd erica dugio 5 do pés-postvisma. Voltremos nossa atencéo agora para uma breve discussio das principais diferengas nie as abordagens qual quis, pa eno dscuirmos as esque ocorem dentro da investigacio qualia Essas das tradigBes da citnciapositivistadefendem Pesquisa qui quantitative, iva versus pesquisa A palavea quite implica uma Enfase sobre as. qualidades das entidades e sobre os processos os sigtlicados que nio so examinados ou medidos ‘expatimentalmente (se & que sio medidesdealguma que contam com o aux computacional 0s quais pemitem as contagens de reqinci, as tabulagBes satura replea de slug ‘qual os pesquisadoresqulitatvos estar reat m ic boa qualidade usizando modes e proedimentos menos rigoresos Alguns dlegim que se trabalho € eco a partir de um mma livre de valores Estilos de pesquisa: Fazendo as mesmas coisas de um modo diferente? [Nao I diidas de que tanto os pesquisadores 0 os quantiativos “imaginam que ito da sociedace que vale & pena contar para os outros, ¢ empeegam wma vati= ul ede mos de comunt cabertas” (Becker, 1986, p. 122) encaiavam-se automaticamente posivita ou pés-postvist quem tem o poder de legisla as solugbes coretas ara esses problemas 24 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA ea conspete diesticario ds manos de wide auisa€ cada vex mas obrigada a ulizar estrus indutvas em vez de partir de tov tes Jo Ho estudados como co insrumentagio © 8 qu procedimentos empregados para aplare refore ide dados interpretagBes «para testa péteses stravés de amostas, Ambas devem see ma lugar Conto um mesanismo de “Anda que muitos pesquisedores g teadigio pds-postvisa venham a utilzar as medi- 3¢ métodes € 0s documentos es de localiza cs grupos de populagdes mals ample, raramente relatario suas Alescoberas em srmos ds ios de medidas ou me quisadores qua hos, regress ou andes lo. 1 Capitulo 2: 14), Esses pesquisadores angumentam que 06 méto- dos postvistas so apenas uma forma de contr bis- tires sobre a scciedae ou sobre o mundo social Es- sesmétoos avez no jam nen melhores neta piores do que quasquer outros méodos; ces apenas con tam dierentes tips de hist, ‘Nem todos tém essa mesma vsdo ber, 195). Mai rembos das escolas de pensa- sea tablho afirmam que ti certo tipo de ciénci, uma cigncia {que silencia um enorme nmero de vozes. Esse pes- agulsedoresprocuram meétodosalteratvos para ava~ balho incluindo 2 verossimilhanea, ‘Como se pide obser moderismo e no pés-estraturalismo ata oe verdad Lima fora de capa o pons de te do india “Tanto os pesquisderes qualitatvos quanto os quan- ‘preocupatn-se com o ponto de vista do in 1. No entanto, os investigadores qualtatves imaginam que tenham condigdes de st aproximar nai da perspctva do ator através da entrevista eda ‘bservaco detlhadas Els argumentam qué 08 pes- (quisedores quantitatvos raramenteconseguem ca tar as perspectivas das sujitos que esudam, pois precise confar em mates e métodos empiric uisedores qual frentar ¢a deparar-se cont as limitagdes do mundo social cotdana, Eles veer esse mundo em agio © inserem suas descobertas, Os pesquisadores ivos desviam sua atengio desse mundo © mente. les Bustam baseada em proba bildadesresuliantes do estudo de grandes nimeres de casos selecionadosaleatoramente Essestipes de declaragbes encontram-se acima e fora ¢ os, por outro lado, te postu basead em casos idiogritica, reciona sua stengdo para os aspectasexpecicos de determinados css, dares quantiativos, com seus compro ‘nomotios, preocupam-se menos com esse Inteodugao 25 doa ato de que qualquer histria ésempredecerta forma arbitra e, ao menos parcalmente sempre ‘uma construcio sci 1986, p 134-135). Os pesquisadores qualiaivos progam a pros emogrtc, em primeira pessoa. tras de vida, 05 “fats” transformados em igo ‘materi bogricos esutobiogrifics, entre ou- teas Os pesquisdores utlaa os mo- dels materiics 2s abe egerlmenteempregam um pessoa, ao escreverer sobre sua pesca Ahistéria da pesquisa qualitativa ogo de que essa tres poderia ser executada pres- supurta a habilidade dos cents socias de ebse- varem o mundo objeivament- Os métodos quate tvs foram uma das princi feramentas paraessas cobservages As tensoes dentro da pesquisa qualitative um ero presume que too uals tenham as mesmas Sup «fo aos cinco patos de diverge Como revelari a dscussio ase seo rearal de Vidich e rman abrange 03 segun- (de cera forma) sobrepostos:aprimeis o século XVI: a etmografa cefonial, que eleva o experimental 20 (Siverman, 1997, p. 248) ‘Ourros ainda argumentam que a experincia vie vida €ignorada por aqueles que seguem a vrada da 26 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA a etmograia do “outro civeo" 1 os ests da €9- Thunidade, e as etnografas dos imigrantes america nos (inicio do sécula NX até a década de 1960}; 05 tsudos da eticidade e da assiilagio (meados do feulo XX até a déeade de 1980); 2 atualidade, a {qual denorsinamos de ime mora. Em cada una dessas eras os pesqustdares foram ‘econtiauam sendo infuenciads mndgrafs confirm a diver de racial e cultural dos pavosem roo gobo e tent ram fazer coma que esa dversidade se encszasse em ‘uma tora sobre as origens da hist, das apa das clvzagdes Anes da profsionlizago da ezograia no século XX, os eundgrafos colons promoveram 10 colonial que deizou os nativs por sua desde que seus lideres pudessem ser propria ooptados pela administragio colonia. (Os etndgafos europe esudaram os atcanos, os alice e outros povas nlo-brancos do Tercero Mundo. Os dain o imeitos etnégrafos americanos est i americano a partir da perspeciva do cod século XX até dada de ttabalho de E. Franklin Fazer, Robert Park e de Ro- bert Reel seus unos, bea como de Wiliam Fote ‘Wire, dos Lynd de August Gans, Stendord Lyman, Arthuc ‘Bensman. Os esis da eticidadeapés a década de 1960 contestaraahipstese do “ming po” de Parke seus seuidores, comesponderam 20 sugimento dos programas destdos micas que vam os nativo-ame- Ficanos, os ltinos, 0s dsio-amercanos eos afto-ame- Ficanostenfaer assum o controle sobre oestuda seus prprios poves. (0 desafo pés-modemo e ‘emmeatas dos anos de 1980. Ques sgbes que haviam orgunizado esse ich e Lyman no Capitulo que aravess 0 “divisor de Aguas pés-modema" erie “oabandono de todas as todas 0s valores estabele- o pesquseder qu historia ele desempenha um pape! nessa hist Comeeames coin 0 12 dos britinicos ed 9, Columbia, Harvard, Berkeley c das escoas briti- rica de socologia e de antropologa. Esse primero perodo fundacionalisa esabeleceu as normas da pesquise enogrficee da pesquisa g a (Gupta e Ferguson, 1997; Rosado, 1989; Stocking, 1989), Qs sete momentos da pesquisa qualitative CConforme sugsritnas anterormente,noss is a qualtatva na América do Norte cecada uma de- © periodo tradicional CChamamos este primeiro momento de periodo teadicional(o qual abrange a segunda ea erceira ses de Vidich e Lym). Comega no inicio do su XX, contnuando até a Segunda Gi trangeioe “Temos aquia discuss de Malinowski bre as experincias de campo na Nova Gi anos de 19141915 e em toca de dados de introdugac Niohéablur a que me aia os est ‘svano empon Emalguns momentos fiquifureso com ls expe- almente quando, depos de eu thes ds oes Gera, 1988,p. 73-78) Em outro aba, esse pesquisor de campo soli, isola, frusrado, desereve seus métodos ‘com as sepuines paris: (Quando se exter citpo, preciso erent ua aed cn rere ierpeag a ede 2 sbi a eg ea tess p38 sida em Ger, guage da cincia, com leis egeneralzagbes mol- dadas a parr dessa mesma experiéncia ate esse perodo, © pesqisador de campo {ei tata como uma celbridde,transformado emt figura exagerada que ia para o campo e dee re- is esranhas dro, ahistria de um homer cen rocura do nativo que i estudar wm pels disante. Lf essa figura “encontrou 0 bjeto de sua busea(.) fl enfrentou seu rial de passagem suportanda a provagio definva do ‘tra- bale de campo" (p30), Apds rerorarparacasacom seas dacs, Embgraf Salto redig um relato 27 etnogeatia cae rato camo o de um museu para regsvar a ‘cultura estudada) e uma crengz no intemporal o que foi estado munce muda). O outro era um “obje- to" a ser mantido em um arquivo, Esse modelo do pesquisedor, © qul também podis escrever tories Complents, dens, sabre o que era estudado ainda Bateson anda so cuidadosemente examinados emt relagi is informagSes que podem passat a0 norato notas de campo de escrevera tata, ls etndgafoselsscos como relguas do passado colonial (Rosaldo 1989, . 4. Exibora mui- tos stam uma nostalgia por esse passado, outros ‘elebram sua passegem. Rosado (1989) citaCora Du Bois uma profssora aposentada de antropoloia da arverd, que lamencou essa passagem er un con és 1980, que refetia sobre arise rai para urn bazar de gage” Pare Du Bois, as emo do incemporl acero de seu. Ela se sente desconor for: [0 bazar de gar 10 pos-colonial na qual os atefitos cul ula entre lugares impeovéveis,e nada € sagrado, permanent, ou lcrado, A. imagen twopologia coma um bana de garagem represent tuago global”. 44).Na verde, mi {os esouros valosos podem ser encontrados haven doo dejo de se realizar uma longa e dua busce tem lugares inexperados.Osvelhos padrées no mais se mantém, As etnograis nfo produzen verdades 28 0 PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA Introdugse, inverporis.Ocompromissocamoctjevsmoagora 1995; Talore Bogdan, 1998) 0 tdgrafo moder sum apoio 20s argumentos que dizer respite 20 que rodoloj, tera do conic eno se espera quanto a fea aplicago da eoalusdo em. dramatic. fa poo em dive Hoje contera-seaberamente ist ¢o abserador parpanesocilico fea. q a cumplicidade com o imperialism ea erenga 80 igorosos estos quaitativos de tm stuagdoespec ‘monumentalismo pertence ao passado. importantes process0ssaciss,incluindoo desvio eo aplica(Becker, 198, p. 166 (Or legados deste primero periods comegam no. controle sca em sala de ala wa sociedad Fol no periodo modems, de ft, re asim acabou a fase modernista anal do sel XIX, qunndo ofonanceeascindas um momento detec ia \ Eien oso BINS FE™ Gereros (son cbscuros socks pasar ae ditingu como ssemasissae ines humana, ua nova geragio de ot : dos de eiscureo (Clough, 1992, p. 21-22; ve am te gatuagio encontou novs tes ite Ess fos douadada anise qualiata rigo- Noni do rece esi SEnClough, 1998, Nocona ecla de Chice- preatins (esometodoiog,fenomenolag, wort ros, quena sciologia parece encertada pr parén- — denomiaios 0 ie Becker etal, 1961) cures, 0 pesauisadores gp com sa enfe cbr a histriadevidee0mado ic, fensmo) les foram srs paras BP Spondat os materias eogrificos revatando de- casa pesquisa qulittiva as quis peri de otro por Ted of oun ey (Gaser ado acta de puraignas métodos «ests 8 tine de vide eal procorou descnooler uma meto- dar uma vor classe ix da sociedad € Straus, 1967), Na edcaco, apesquisaqualiativa ser empregada em sua pesqus. As teas varavam Gplog improves que mancvese«cenalade —tsmo fanconow como um pocoso paregna esse period f\ defn por Gorge e Louise Spin- do interecinismo simi ao construe, ps {SZedipin chen vlna Ee fo Seep Or eras ema esr esr eee Son Eso er veg nana opssoeo Hea peddo de textos que confer ao pes- © modco de Campbell Stanley (1963) validade va anda ext presente no pSvpositivsma, 4 fenomenclog, a emometaclo- eeseP taped ao pacer deropeetars nea eeterma fe concepaesconsruconsas€ tao dpe como Seats e Coron (998) ¢ Ga tena cic awa neonate FistSrn do sujet. Escrito sob o manto do realism jonists do ato da pesquisa. Elesretornaram Ryan ¢ Bers (ver Capitulo 7, Volume 3) liso, ofeminismaoe diversos paradigmas de setimentoy, iro ese textos ts da escola de Chicago como foes de ins- ‘Avera dourda”reorgou o reat ds pesqust- nico, Cres reputagio da pesquisa qu Saguagem das psoas simples Els arcu pag (Dean, 1970, 1978) doves qualatvs come roncos curls Imbut- tat aplcad, a pltica ca de pesquisa qua- Tram ta verso Go astral Herd feta pla nahi continua sendo um texto canto deeds pers human pomeos ttre pda cona van em is eee quemutas wees produau a agradvel dese momento (Becker etal, 1961; Becker 1999) Tam 08 es © os aides, considerando-oshesis es dese trabalho erm pico que desperivan rode comin corpora in renga i terse conser swe de pesqsa nacoringcedocucfasoendecouniven eo fats deat fe pesqse varia da ‘Sszaordesemancptrion pts uss oinc- gual hay a0 edo deo e os mesos de ftusio de encontrar solugdes para problemas soci. Fimemente entincheirado no ciscurso metodok ‘Assim como os flmes que evatavam a delinléncia gio de meaos do ta da Depressioe outros “problemas so- tomar a pesquisa ‘Ay Rotman e Bary, 18%), esses eates roman- —eqivalente quant vidu vee moe Colacram em erm uma vi pesgus histrce, bogs, etmgrica, clinica € eer sujet Teansforaramodesriadoem ur pam papel cena nese proj. Esse tralho que ‘So trea emus ees rica da sociedad edo de pesquisa, Tabi hviacvesas formas versio sovilgiea de um eri dass Ess hist tines métodoscombinowenevisas aber fc caer a um longa lina de romans cul- ponies de clea ede ands de materia eny ft {ufais de esqenda que inelula Emerson, Mary, Ja- Cos, ncindo as envi qualtativas (abs € riassocioldpicas, assim como seus equialentes retmatogrificos, geralment tnarn fais felis a0 pante ea andlse mes, Dewey, Gramscte Martin Luther King Je (West, quase-esruturadas) os métados observacionais vi- ae an oy nduos por meio dos és e+ tum mle sexsi padronzade. Em um argo 1989, Ca Shai, do expen pesto! e documentos Os {id nate Ga moe elise estar em “robes of nerene a Poot | Xneidigieesmonenotsichgindotofn,_ canpuaiowscomepasmasr enpegats stg eee ue de gus seduito pio male ele pant Observation” (Os problemas de interes de 4 Gicea do Viena se fin presente em oda © do se pleno deervoimento ra dads segue eats poeta akungar a edengioatavés do jrovas obseraiopatcpane Howard. Becker ‘ociedadeamccana Em 1963, ao lado desis cor como eaments de arti andise ds datos qus- ‘otiment {t9s/970) dsreveo so da quase-etatct rents potas Herder Blumer e Evert flughes Iitatvos o lado da rareiva, do contd e dos crentnnsecentmgnge deja nodes ens dea ds eres ds Howe moments em is obsess adeoe"negulares de Chica nasreinids tes tris. SO ee panes fora renidas emu mode pa unercan Sociological Association reaizadas em Dis ros de Geert, The interpetaron of care fice moderns, ou segundo momenttusci- capa de sr tansformado em dados tn Fn cmeles ler suse nse (1983)deiiram 0 se nesabulnorcannicos do prod taicionl, legos orém.aexigini campo ge de Chicago Lyn Land (180, p. 253) esrve as inal desse momento, Ness das obs Geena de Fe a eiome soca oars. timpedem qe ve cole dues deforma a9 Tues de 1969 como fede aiden de que a thas abordagens fun sine Seroprae qc expdem deulhesda vida el. encodes suposgbes dos textes exatsicns de tas, compormenti rides is Mesieteestaolangodsmosdopéeguer. mado qivocksevadrenzeesacharal"gut- momento deefervesténcia criti —em termos — diipnas hamanas exam exdendo liga una Peers decada de 197, esundo dh prseate no Se-sattca’. Sue conse, embora in policsede esos Asreunies deSan Franco perspetia mtr, nerpeaiva, aber. st tea de mts (gaa resenas ver Walcot, 199, venues no eige Uma ‘estar no ages oven Bune Hi depart “99, 19, ver tumben Telock, Capito, Volu- presi (9.30), hes mas ma contererougo(.) quand pl elt sus inca Em ot ine 2). Nese proa, mos tetas busta fo- ez um gupo cepa dscighes esi” d eros ven 7 ativos (Bogdan e Taylor, __Naaandlse dos dados, observa Becker, 0 pes tuais e costumes, Gert suger aida de que todos ‘Glaser eStrauss, _sadorqualtatvo toma como exemplo os colegas da 1s escitosantrapoldgios sao interpretagdes dein fa. O pesquisadorpracura probabildades ou sho de novas ideias nesea dscipling teora de erpretages' O observador mio tem nennume vox 30 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA prvlegiada nas interprets que so eseritas. A te Fefa central da tora €chegar &compreensio a parr cde uma stag local (Geertz ehegou a propor que os limites entre as jencas soieiéncas socials eas humanidadnado obseurs, Os cients ‘agora voltavam sua stengio as humanidades em busea de modelos, de teoris e de métodos de andlise (emia, erme ‘uta. O que estavt ocorrendo era uma forma de dlidspora dos gener: decumentros sendo intexpre= tados como igo (Mailer, pardbolas que se fazem fa No momento, © que esti en questo € presengs do autor no tex intexpretatvo (Geena, 1988). Como € possivelo pesquisador flr com autoridade ex uma fran gual ndo mais existe nenhursa repr estabeleci- ano que dz respeito ao tea, incuindoo lugar do pares deavalago «seu tema? naturals, ps nara orga, espe de Hary Woleot, son, Egon Guba, Yvonna Linco, Elsner. At€ 0 final da década de 305 peridicas qualitatos inci fe and Clare (tual furl of Cntenpo- ry Etagraphy), Ctrl Antivopalogy, Antropalgy tnd dean Quarry, Quaiaine Secaogy © Symbolic Interaction, bem como & sie de ios Sts in sym= iirc. Acrise da tepresentagaio Em meats dos anos de 1980, corre uma pro: (0 qe denomninamos de quarto mo: 7 represenaglo, aparece com Ai tirpalagy as cut rtique (Marcus Fischer, 1988) The anroplagy of experince Turner e Brune, 1986), fond e Marcus (Geertz, 1988) e The predia Wks and of culture (Cifiord, 1988) Essas obras tornaram a pesquisa ea redagao mais efeivas, e colocarn em aquesties do giner, da clase e di as conseghtncias da inerpretagio ras de Geertz para campo no inicio da década de 1980." ‘Novos modelos de verdade, de teopologia (objet colonia, vida social etruturada por rituais cos- ios ettografas como monuments parsuma 0, 1989, . $4-45; Jackson, 1998, p ‘competi por stengio nessa aren. Questées como avaidade, a conibilidade ea obje- ividade, ue aneriorazene era consieradas est ves, mais uma vez passaram a ser problemas As taser opo- siglo as comuns & mei que os autores coninuaram scon~ modelos de verdad e de significado 83) traballo de campo entre os Songhay do kes (1987, p. 227-229) descrever. da representa fo. sentida, Stole fz a seguinte observe: * eros atropoldgicos, seguia as comvengSes de meu mn xgaizados em pias beens Sava Cera we, eu rei os iss dos Song aura de firm 22h, Sole fens inststo com es forma de = {revere pare pogut aprenden qu todo tian meni pata mim (.) qu os dads que eu havi te esnerdo tanto pare oem ines Aare tua ig os informants geralnentercete era Ss anropSlgee (ior eOlkes, 1957, p 9). Ess {fsenberaletou zuma segunda descobeta — de ‘ue eo seguir as convenes do ge pre que contou. ‘undo dos Songhay ria dos Songhay. Logo, jor rum tentavade confrontar a crise da representagio no quarto momento Introdugio a spent © que € trabalho de campoe oqueé redagio. Em ilkimaandise, ni existe renluuma difeenga ente a redagio e o trabalho de campo, Estas duas pespecivasivadem-sez0 longo de cada capitulo destes volumes. Nesses a rs or ers dis inte articulado em relagdoa esse tema . * do Volume 3) Uma tripla crise autvidade moral eae Atualmente a autordade do erndgrafo continua Thumanas Implantadas nos discusos do 5-estruturalisma e do pts-moderismo (Vidich 2; e Richardson, crises si codiicadas em mil- a atengio das formas plas quaiso texto constr indviduos siuados se- aan en un campo de ena soci Ti 3m perpetuam a “hegsmenia da cincia empiica” ‘Clough, 192, p sh qual defronta-se com 0 inescapvel problema da representa, porém assim ‘faa dentro de uma esquera que problematiza 0 elo dd Extado-nacioe das tecnologas deco- municago em mass, especialmente em termos das 2s" (Clough, 1992 p16). E 32 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA Capi ‘como of estudes quali ‘momento contemporineo, am aterceira, aqua questio- Deemer, Capitulo o periods pés-moderno da perimental, empethouse emt Foran exploradas novas for- sas de compor a etnografa (El ‘As teorias pasaram a ser interpetadas como narra- tas do earapo. Os autores empentarantse de dife- rentes maneires para representaro“outro ainda que agora noves intereses repres panhassem (Fine ca, Cap - Formente slnciados, surgiram episteologias tra- endo solugbes pare eses problemas. conceito do obser ve. No horizon, deli ‘earams o¢contornos de uma pesquisa mas vota- de para a ag, pura a pariipagioe para oats. A busen pela grandes narativas esti sendo substitu por teoras mas locas, de pequenaesala, que se us- fem a problemas espeiios ea stuagOes particule, xdo no sexto momento (pés-ex- Hoje, as emogra- 08 textos de tia si incontestaveis Os autores pés-expe- Px rs BS neces sidades de ma sociedade democcitica live. AS ei- sencias de uma cincia socal qualtativa sagrada © Tmoral vein send efasvamenteexploradis por in eros autores recentes provenienes de vires disc lines diferentes (ackson, 1998; Lincola ¢ Dena Capitulo 6) Uma leitura da hi A pari desse breve perfodo quatro conclusdes — observndo te de uma histria de cera forma como o sto todas as histris. Prime momentos bistvics anteriores ainds (Lincoln, no prec) Segundo, o campo da pesquisa acteria-se por um embarago de copes. Nun ‘lo tants paradigmas, ou mézodos de andlis, para ‘ospesauisadoresutizarem. erceio estamos em wt momento de descoberta e de redescobera, 8 medi- dda que se debatem e se dscutem nova formas de bservat de interpreta, de argumentat ede escrev ‘Quarto ao da pesquisa qulitatva no pode seevito a pair de dentro de ua pers ivetaneutta ou objetiva. Ac a etncidade infenciam o pro fazendo da pesquisa um processo para esse pico que agora voles A pesquisa qualitativa enquanto processo ria, td, ene, olga, pista e melt Ports desses termos, esta biogafa pessoal do pssquisor,o qual aaa part de uma determinads perspectva de classe, de genero, de raja de clue © fe comunidade mica. Esse pesquisador mareado pelo gis doer ipl cltras,aborda 0 ‘mundo com um count de iis, 3a) que especica wa série de logis) que ele ento examina em aspecos etodologia, ands). Ou sea, opesqui- ntateriis empiicos que tena ligagao oe eescrever a ‘partir de uma seu modo espe: ratcados pelo génera, do ato da pesquisa ‘Neste volume, trataremos dessa atidades ge- jcasem cinco t6picos, ou fses 0 pesquisador Introdugso. tics e das pal na dessasfases, edenzo deus esti o pesquisaéor uado bograficamente Esse indviduo entrane pro- 0 de pesquist a par de dentro de una comuni de “outro” que é esudado. Ao mesmo tempo pol ea da pesquise também devem ser conside- rads j que esas preocupagSespermelam cad fase do proceso de pesausa © outro enquanto sujeito de pesquisa ‘ados, pudessem relatar com cbjetvdade, com cla- prdprias observages do mundo indo as exerincias dos outros. Em se- os pesqulcadores mantiveraa-se fe & rea, ow em ur individu real, ‘no mundo e que de cera forms, que les permite iter um reisto preciso de stas pra oeeajes 0 mes pe gue om te dose 0 cnn psn sls con as ese heparan des post Det Din 0900207) ge ae ora me ‘oon hans tem su ooo 33 perene sobre os métodos tivos. eta sentementsconforme se observouacima, foram atacadas. Os pés- apenas observacdes que se situam socalmente nos ‘munesd observador edo observado— centre esses mundos.Os sujeitos, ot segue formecer expl ‘Neshum enue cnc ses que deinen 0 poco de Gh Purr depraanene od ca cs 6 pesiseorstadotogaamente Eas neo ‘ese tivated pi, odes gr Shuranente por met a Hoga Go pesqusior Comeprenor edie beret ac tremor ests er na ees nas nodes deat pane dese oan Fase 1: © pesquisador As observages que expuseros aca ind ‘complexidade das perspec 34 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA, Slececss Kopel sears pean, ogc prone ete Fae: aos cece eden eso les cxamanas eros Soeboge ‘nboter de conus de ds acahou (ve Vidiehe Lyman, Capitulo 2 e Fine eta, Capitulo 4). Hoje, os pesqulsadores lutam para de- rer aie siuacional etransituacional fdas ap formas da ato da pesquisa € 85 suas relages de ser humano a ser human. Fase 2: Paradigmas interpretativos pesquisadores qualtativos so flo o universal de que todos os seres hu sho gusdos por princpios eremamente ibstratos”(Batezon, 1972, p 320). Essesprinipios trombinam crengas sobre ontologia (Que tipo de ser 0 ser humano? Qual é 2 naturea da realidad), epistemologia (Qual ¢relacio existente entre o in- ‘estigador € 0 canlnecido} e metodologia (Camo co- ‘0 adguirimos conecimento Guba, 1999, p. 18; Lincoln e bém Lincoln e Guba, © pesguisador age. O pesquisa remiss epistemcligicas eontoligias, Independene da vere suprema ou da flsdade— romamse parciaimente autovaldadoras” Bateson, 1972, p 314), ‘Aree que contém essaspremissas epstrsl6 sias, ontolgicas © metodoldgicas do pesquisador denominada parudiga, ou esque inter- urs “eonjunto bésico de crengas que ori- uba, 1980, p. 17) Toda a pesquisa € ‘guieda por um conjunc de crenges igo a¢ mundo © 20 modo dado Al suposas, 20 pas mente problematicas e contoverss. Cada paradig- a interpetavo exigeesforgos espciicas do pes (qulsado,incluindo as questdes que ele propdee 2s fnexpretagdes que tar para elas Simpliicanéo 20 esses perspe spaaigas canines mPa i esevo™ 10s models pos Je de métodasinterpeetaivs, nat se maruame ralisas. Inveosucso. 35 suposigdes, ‘eaforma que uma decarago interpret Esses paradigmas sZo exploados em m sor Lincoln ¢ Guba ( ontologia materialsta-relst; ou sea, o mundo reat amentedefnias. Ryan ¢ Berard (Ca niga material em termos de raga, de tulo 7, Volume 3) desenvolvem elementos deste pa era, Também sio empregadasepiste- radigma Z ‘moloyias subjetisists emetodologias naturalists (ge- ‘© paradigm construtivstasupde uma ontolo- a garelaivita (existe realidades mip}, una ‘emologiasubjrviss: (0 conhecedore o entrevista- inmplicagbes emancipatérias. Talvexapliquem-se ci BELA Pasignasiepetios Foxman “pode noaio ‘tute ages ratio crs recite abeaniotena Feta ie Sona deste fa apace een, nin, nt, fae ‘Sone rcs pees cus ls feen sada seis Tenge ‘cesta, Secestio bo 36. © PLANEIAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA, imenta,cuidadosres- Tapa Se epee titumentee manda dacxpertnci vind, Ose Sr pstrsas «porpoise aan 3 Stix porous temos undo oe fae ce mils pone embed ms 7 Gases Stig dos sas ct da tera rele ando muitas linhas eri (a ag, acl efeitos da experizcia & caro que toda # ados, e que esses doi lados si ‘sdros e, na verdade,crcos. Os paradigmas dos tsnados cultura e da tora ue empregam os mé- todos extrategicamente—ou se, como EcU0s para ‘compreender a estruuras locas de domingo e ara produrie resists a estas. Os estudosos podem ua cuidadoss e andes de dscur- ‘Capito 9}, etumbém conduc emograizs oes en~ tuesiasaberes ¢obserego patipante. Ofoco ests ‘no modo como a ga 3 clase e 0 genro slo produ ‘ide repreentadas em stagGeshistoricamenteo5- pesca ‘Muni do paradigms eda hisria pesca, con- centrando-se ern um problemaemptico concreto part ‘examines, © pesquisador agora pasta para o estiglo ulate do process de pesquisa — isto é, wakalhar om uma esata espectca de investigagio. Fase 3: As estratégias de invesligacao e 0s paradigmas Interpretativos |ATTabela 1.1 apesentaalgumas das pe satis deinvetigago que um pesquisador ttlizar A Fase 3 inca com o planejamento de quis, 0 qua, imaginado em linha ge Tim nai foco sobre a questo da pesquisa, 05 ob nos do eso, “que informagies responder Thor as questéesespecifias da trays sdo mais eicazes para obs" no Vol texpretatios rel jquuves, Um planejamento de pesquisa também ‘ipecca como oinvestigador abondar as duas ci ticas quests da represetagio eda leitimagio. [Lima estratégia de investigagdo também com- preende um monte de habldedes,suposiiesepri- ficas que 0 pesquisidor emprega a0 deslocarse do paradiga para © mundo emptico. AS Investgigio di inicio as paradigmas tag Ke mesmo ter ‘gotaribém ligamo cosde oles ede a Jo, 0 estado de caso depend ie de documentos Asestatgias tm @ancoram pat tertenos empiicos especies ow em Xologias especticas, tis como a tansformagio de tum caso em objeto de esto. Entre esas est testo 0 estudo de caso as ténicasfenomenclogic fe emomerodolgicis eo emprego da grounds hy bem como os mtodes biogttics,auto-enogréi- 20 ¢ clisicos, Cada uma desses ispde de diversos métodos para métodos sio sencionados na Parte tnevsta& observagio dite, passando pela anise de Inteoducaa Fase 5: A arte e a politica da Interpretagde © da avaliagao pre ip peanitor canes de ar pote cnt en cherishes de campo eed lore ocempc que Sec (550 p89 noi ideas” «Dev Path chun “abu de tue” No to utr at es top {eo da pel sus anepeaefetas Co bt ott capa, Exe oa €exo Chalo con ut documenta ih qu cont pina eae 4 aoe compresnder 0 prod weno pio que cg a ipo pose 37, interpreta. ‘A avalagio de programas & um dos pri dei a pega guna métoda, psi, a apo « as polteas se juntam. Os pesquisadores qualtavos podem isolar 2s popula- Uma ponte que liga momentos histéricos: o que vem depois? sext0 © Ossi < verdade que 0 38. © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA, Intraducae, > 3 £, assim, vltamos no tempo. Retornando aos sa mcdfore da porte, os capitulo a seguir condi bem o pesquisador em wm vaivim através de cad ata da pesquisa, Como uta ponte os cepts Tos proporcionam um movimento de ened evr ene os momentes, a formagSes€ a8 Com fae mudangas dices em esl, ge, epte- x ddades interpretatvas. Cada rovdsias €2 & {hes para o futuro, infeemando onde um paradgrs, fima estégia ow um método espectios estar da~ fundando-se nos anos focmado- immporante lem brar que o campo de pesquisa qualitative €defnido por urna série de tensbes,conradighes« eshagSes Essa tenso age emt um vaivém ence a ampla ince dena eas concepgiesposi- naturists mas defini, Gc proera, Todos os capitulos essa tens ea ariculam, Referéncias elevate Ae prolongar ess soqiéncia 20 Aronovi tale ex. Ao lu aoraostar a Aronwi, (1988). Scape: ico a iegyn he do nas ides, made Minneapolis ives of Mines Pres. Buns, G. (972). Sep oan eng of in Newt Yorks Aga ‘alutlzadas aris as dscplinas cosmos que pina. Os emoreo- ologss por exempo,empreyam sia aboréagert HS (998). The epistemology of quaaiverese- ‘ar a Reso, A Coty, & RA. Shvede Eds), oss querer coi jurtas Dos gare dade asonecem Becker, 1986 No tipo de able a= them Gupa Ferguson, 1997, 9. 8).O veer ae lo poe mei de prscas Interprets do Ps sad Os anal noamalmente aga di "pcenris de penis experimental (bord 0 aura tus ongarzaionsi da ployed vosiologin. Becker HS. (1995) Tk of sh re How thnk ast "jar nc sl yo dig Chicago Univers of do soilogo € tico ‘Georg Simmel por impale a Baudelire Han- mei (no pele) contesa¢ mado come empresir ‘Unwin yma. Mela esurenent a segs 40 © PLANEJAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA, ‘Univers Cord. J, & Mares, GEA) (1985) Writing ata “The pis end pe of gp. Berkeley Urivers- Thee fehl Fm reli 2 iy oa rah dig “Thowsand Oaks, CA: i Metra SK (1997, apts thor Thousand ‘ks, Diy WL, 976 .Slted ings Combe Cambie rss (Obes original pubiada er 1900) 998. Gigs of see if Representing ough show sti, Quite gu 996), Comping tine jeering Walnur Creek, ta quite ec Thy, nor Sage eran af ees Seely ‘ca Siaford Universi Pres rine fing: Basis of round ‘CA Scilgy ress. i Theda of nid ou 0, ive pag lg, nF Guba Ea), The praig y(p.17-0). New tory ark, CA Soe. rd gro flee. 40), Berkley: University of California Press thogaply? Boson: South Ed #0999, ; Rete, © Mt & Kell. (1986). Cigna al ws “Te blah ator New York: Cambie University Swe Que, 3 8 Smiths, C (197), Tublig rhage Wore oclug Belmont, CA: Wada ofan, (199) Analytic ehnograpy: enuresis and rues ral af Coto Ea, 2,30- Lean} Loan, L 1935) Vd guide to qualitative ein and enass Gre ‘Belmont, CA: Wadsworth cE.) (1986). The ang True Usturs Ussety ef Mina Pas parte I Situando o campo Ie pesquis-acio ea relagho existente entre as un das e a soiedade, Em um segundo momento, levantadas questées que envolvem as respons como a étca ea politica da investigagio qual Histéria e tradigéo (0 Capiulo2, de Anhur Vidic e Stanford Lyman, 0 Capitule 3, de Dayyld Greenteod e Marten Le- vin reel profandidede ea compleidade pects da pesquisa qultativatadiciona de dscurso histérica (eerganizaconad, o qual sere: para guia e para restingiro trabalho inerpretatvo realizado em qualquer estud especicn. Vidiea¢ Lyman mostram a extensio do a finer interpretagoes teSrc observada. ‘made colon os dscursos rac patarcado branco, Confarmeindicamos em nosso fava a investigacio qualitative sexuis que privlegiavam 0 as de que essas temente Vdich e Lyman, assim como Gloria Lad |, documentam até que pon eas unversidadese a sotidade, de um modo ge ral, pecisam mudar. O meio para conseguir ta transformagio € a pesqust-acho polticamentein- fermads, a investigago compremetida com a préis cea musdanga soca se ocupam da pesquisa: s0 com ume sie de peti> fs que geram transforma cbesradicals, democratizances, na ester cvca Essas Dritias envalver © didlogo claborativo, a tomada paricipatva de decisbes, x deliberagdo democritica {inclusive ea paricipago ea 4a © PLANEIAMENTO DA PESQUISA QUALITATIVA boradores no processo de investigasio. A pesquiss transforma-se em pris — agio pita, refietiva, prigmdtca — voltade para 2 solugio de problemas no mundo. Esse problemas originamse avid dos co-par- da pesquisa — eles nio vém de cima, por jo de uma grande teria. Juntos, colabors- dorese peaquizadores envolidos na pesqi critm um conbecimento pragmaticamente procest, eles definem em conjunto os obeivos dt pesouise as meus polticas, constroem eoajunta mentee questaes dt pesquisa, somam conhecimen- tos, agugamahablidades comuns de pesguiss ¢ do forma a interpretagbes¢ a textos de pojrmane que implementa estratégasespectices para a mudanca socal (ee Conquergood, 1938) ‘A cidacia gcadémiea do séeulo XX foi mutas veaes incapaz de stingit metas como estas. Pare Greenwood e Levi, existem visas raades para esse ude de uma cién- visa, pars produrir uma pesquisa socal ia tendéncia eres: ete das corporagoes externas de dein as nccessi- dlades 05 valores da universidade; a perda de verbas de pesquisa para as organizages ce pesquisa empre= ‘saris edo setor pesado; inchag de ina-estri- tures administratvas iternas inefiientes ‘Greenwood e Levin aio renunciam is priticas da cineia, mas, sim, edigem uma reformulagio de ‘seu objeta. Seu modelo de pesouisa-acio pragmati- ‘amente embasada mio € una fuga da invesigaclo cient disciplinada? Essa forma de investigng2o reconestta a eiéaca como um projeto moral, cole- borativo, cemunicatio, e comunitii, entralizado ‘no contest. O capa de Greenwood e Levin € um apeo a uma céacla socal ica, uma ciéncia page mica que leva reconsrucio radical das cages tdauniversidade com asocedade com ostaloecom ‘a comunidade no século XX Reflexividade, responsabilidade social e a ética da investigag¢ao [As contibuigdes de Michelle Fine, Lois Weis, Susan Wescen ¢ Loonmun Wong (Ci lo 5} estendem essa sincia por uma citacia soca iis etd, Fine e colaboradorsafrmam qh Ge volume de pesquisa qualtativa tem reproduzido tum discursocolonizador do “outro”; ou sea, 0 0017 interpreta através dos olhos «dos padres eultu- ris do pesquibador. es revisam a radigbes que e- ‘aram os pesqeisadores a flarem em nome do ou~ tno especialmente aquels relacionadas aos sistemas de convcgSesidentfeados por Vidi e Lyman, para bo ofeecer uma série de "histris estas" ex das de seu estado em andamentoenvolvendo 150 eres pobres eda dassetabalhadors, Iancos, fro-americanos latinos e americanos de Essts historias revelam osurgimen- conjunta de dilemasintrineades de onlem. ce retérca que os pesquisadaes encontrar 3 ‘medida que tentavam eserever par, com e sobre 25+ Ses colaboradores pobres eda clase trabalhadors So esses os problemas do sexo e do stimo mo mentos Elesabordam as questes da vou da elexi~ vidade, da *rac’, do consentimentoinformado, das histérias boas e ruins aleanganck trago-de-unido. A vor ea ref meio gat Fine e seus corautores enipennarar-s ho sentido de encontrar uma mania dest restos ea seus colaboradores no texto, inci thi ent relagio inser de histrias que pdes- ‘sem produzic um reflexonegativo sobre os pobres da cass trabelhador, princi ts conservadores adoram histria que mostem ps fous trapaceando pars receber os auilios da previ- 2acia, Os autores evitaram esses relatos, Além dis- So, esforgeram-se para descobrit uma for ‘escrever sobre “raga”, uma flgo inconsta tlvel, que também € uin aspetoinapagive do eu © de sua histeiapessal. Fine colaboradores pagaram 40 dSlaes por en revistados De quem éxentrevsiaapos De quem & essa bistéia, © qual 0 Sentido do consentimento informado quando voct aga pla histria? Quem estéconsentindo e em re- Tagio a qué, © quem esti sendo protegida? O con- sentiment informado page atuar contra formacio derelagdes abertas,contpartlnads,colaboratves No ‘mesmo tempo comose esse deslocamento do pes- ‘quisadorpata o outro lado desse trago-de-unio, e553 Sua tansformagio em defensor do calaborador? O {que se pede, eo que se ganha, quando iso aconte- ce? Como alguém consegue escrever deforma ater deras necessdades dos pobres urbanosem uma épo~ ‘caem que, pararaseando Fine colaboradoes multas situando 0 campo pesseus de cor detaram de acreitar que brancos & ‘ealémicos possam fazer qualquer cosa boa pr eles ‘ou por suas comunidades? Uma estrutura ética comunitéria, feminista Cfo Cissus a a pla in 2 lin i cs Cpe nell mala Em pine ge cma 0 mas miso posts, St veg ne de res Votan Em ma ca ol Bigs deca pra sede potent fem senofrmata coven peor ple tas Aa ede de 193d depp soca dels or xaos Uso coe ‘rons a sprog dee fee pom {pee ses non ai deseo so Fp cn en efsiand dee dies Greiner nla, ancl dee tos poole out pric conde Gide de den compromises en csr cem ape Scrat mates empiins conn wlio Conc inseonis eros ipl cress i gat tes 0 ‘Sretineinomato a pesquisa ‘ers huanos Poem, stn cba Fie cob ‘ede Chistes que ated esos ‘sho protege asinine oor induon Dies sentiments dessa 9 moo eins ncindo aera mds a liste yp Sud sudo ae sujetosestudados em seus expeinientos de pscolo- Humphrey sobre os bo- com as inciatvs acusagbes de aude, de plégio, de ad dos ede detrpagio continuam até os diss de hoje. Chistian detalha a pobreza desse modelo, © qual tit as condiqdes para faudes, para a invasio de es- agos prvados, para que os sujeits envolidos na bnados, « para os desafios 20 de deste (Angrosno e Pees, 03, Volume 3; Guba e Lincoln, 198, p.120- 4s Criss pea abi dese moto por ona abe nosis dun conus fein sane tra ca eget em erin ie seve conmumpafereso ano O seme do conn ican ce ‘energie ee fades Pesan comonae que sj nlp e axilogaete prea nin En comunidad posses sr cn pg in oh tim cone geno clad, orem on pana, bo vans, bona be ‘Sar moral Ox eit esc deve ar estes lose basen sen sui interpre "= Deve prone fete prs prs 2 lor formar ume compen ese = rept fo manco ead. Ts esos deve exit fala oe eseretps de race de ede gna Devem pn erie soc e vat # rest 4 Copco ea soci deem ein ‘ge posta no mando sc Re motets comune, sin om no ned de peg pdf por Ge geen Keim © AleTonger, ap osm 8 paripts tm os tha poe ir cei co a poss dst Contra’ 9 que dees eda, que meds eve ena ge ene iat © sere coos desoberis deve serine tas econo conseiescs dea ao deren tralia Os epee pra scorn eat shessorsomemotenpacmgie dsr dexeo ta selon prs © etait fomaros compromises noni, ‘Una epsenolog esti, sad, ae c= lose uaa fa comater com 3 nb reno silica, do amor da comunidad, do pec 20 ttminenn molds obras ¢ durant tai ca Conon Sra Chri ep temolog ea recipe or res etnicdade” (Christians postura, orgina-se uma dca humana universal que

Você também pode gostar