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Junho 2007
No entanto, não havia espaço para o debate, o leitor era visto como ser
passivo que deveria responder positivamente ao estímulo das informações
repassadas pela administração. Esses informativos serviam também como meio de
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Situação atual
Cerca da metade dos house-organs foram fundados antes dos anos 90, de
vida longeva, eles têm pouca participação dos funcionários, que na maioria dos
casos atuam apenas como colaboradores, sem estar presente do processo de
produção. Com veiculação predominantemente mensal, no formato boletim, a
tiragem na maioria dos casos é inferior a cinco mil exemplares. A área de
comunicação responde pela maioria dos house-organs, mas eles ainda são
aprovados por outros setores da instituição. Observa-se que vem crescendo a
participação de terceiros na prestação desse serviço, principalmente no tocante à
produção de revistas, mais voltadas ao público externo.
Questionar qual deve ser o uso que um profissional deve fazer de uma de um
instrumento de trabalho passa necessariamente pela análise do resultado que ele
pretende alcançar. O bisturi é apenas um instrumento de corte que pode inclusive
levar um paciente a óbito se mal manipulado ou ser a forma mais recomendável
para a retirada de um abscesso (tumor), salvando a vida de um outro. Depende da
qualidade e do intento do médico. A ferramenta em si não representa perigo nem
solução, é apenas mais meio colocado à nossa disposição. Depende, em última
análise, da postura ética do profissional, que deverá inclusive questionar-se se tem
habilidade suficiente para manipulá-lo.
em princípio não vai conduzir ninguém a uma situação limite de vida ou morte. Caso
haja algum outro interesse senão o de informar, ele está embutido no processo
comunicacional e vem embalada em editoriais descontraídos e textos redigidos com
uso das técnicas de jornalismo, conferindo a informação caráter de verdade
inquestionável.
Cerca da metade dos house-organs foram fundados antes dos anos 90, de
vida longeva, eles têm pouca participação dos funcionários, que na maioria dos
casos atuam apenas como colaboradores, sem estar presente do processo de
produção. Com veiculação predominantemente mensal, no formato boletim, a
tiragem na maioria dos casos é inferior a cinco mil exemplares. A área de
comunicação responde pela maioria dos house-organs, mas eles ainda são
aprovados por outros setores da instituição. Observa-se que vem crescendo a
participação de terceiros na prestação desse serviço, principalmente no tocante à
produção de revistas, mais voltadas ao público externo.
Afinal o próprio Código de Ética em seu Art. 3º. Não afirma que o RRPP deve
respeitar a filosofia e os padrões gerais da organização. No mesmo dispositivo há
uma ressalva: a não ser quando esses padrões contrariam normas e costumes
vigentes. Então a pergunta seria a seguinte: utilizar o house-organ como meio
apenas de propagação das informações de interesse da organização estaria na
contramão das normas e costumes vigentes? Mesmo que essas informações sejam
de interesse público, muitos acreditam que é impossível a coexistência pacífica da
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Como bem analisa a Prfa. Dra. Maria Aparecida Ferrai (UMESP-USP) “Toda a
discussão em torno das profissões revela que elas se equilibram entre a lealdade
ao cliente e os interesses da sociedade. Estamos, mais uma vez, frente à dicotomia
cliente-organização (individual) e sociedade (coletivo).
No entanto, caso não haja o interesse tão veemente por parte das
instituições em transparecer suas ações e compartilhar seus objetivos, fundando a
existência do informativo tão somente na intenção de utilizá-lo como meio
persuasivo, qual deve ser a conduta do profissional de comunicação?
CONCLUSAO
Essa visão diferenciada faz com que os dilemas éticos sejam encarados por
esses dois profissionais também de maneira bem particular. No entanto, nota-se que
existe uma ética universal, que pode ser aplicada a todos os comunicadores, ou
mesmo, a todos os profissionais: a do bem maior. No caso do house-organ,
entenderíamos esse bem maior os interesses de todas as pessoas que participam
direta ou indiretamente das atividades da organização ou por ela são afetados.
BIBLIOGRAFIA