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MÓDULO III
LINHAS DE TRANSMISSÃO
Referências utilizadas:
LEÃO, R. “GTD – Geração, Transmissão e Distribuição da Energia Elétrica”, Departamento de
Engenharia Elétrica, Universidade Federal do Ceará, Ceará, 2009.
Apostila de GTD, “Geração, Transmissão e Distribuição da Energia Elétrica – ET720 – Sistemas de
Energia Elétrica, Capitulo 5: Linhas de Transmissão.”, Unicamp, Campinas.
HAFFNER, S. , “Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente – A Linha de
Transmissão”, Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2007.
CARNEIRO, A. A. F. M. Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, EESC – USP.
FUCHS, R. D. Transmissão de Energia Elétrica - Linhas Aéreas, Livros Técnicos e Científicos,
Escola Federal de Engenharia de Itajubá, Volume 2, 1997. 588p.
Demais/outros conteúdos, imagens e apostilas disponíveis na Web/Internet.
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3.1 – Características Físicas das Linhas de Transmissão
O desempenho elétrico de uma linha aérea de transmissão depende de sua geometria, ou seja,
de suas características físicas.
(4)
(1)
(2)
(3)
O condutor mais utilizado é o CAA (alumínio com alma de aço), pois o aço contido em seu
interior é mais barato que o alumínio e consequentemente o custo do condutor é reduzido. Além
disso, a alma de aço é mais resistente a tração (admite lances maiores).
Os condutores são nus (não há isolação)
Os condutores são torcidos para uniformizar a seção reta. Cada camada é torcida em sentido
oposto à anterior (evita que desenrole e o acoplamento entre as camadas).
Cabos de cobre (linhas subterrâneas): sólidos ou encordoados. Condutores isolados com papel
impregnado em óleo. Existem outros tipos de isolação.
3.1.4 – Isoladores
Os materiais empregados na fabricação dos isoladores são :
Porcelana vitrificada;
Vidro temperado.
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Tipos de Isoladores
1. Isolador de pino
2. Isolador tipo pilar
3. Isolador de disco
(a) Isolador de pino. (b) Isolador tipo pilar. (c) Isolador de disco.
Fig. 3.3 – Isoladores.
2. Horizontal
3. Vertical
(a) (b)
Fig. 3.8 – Estrutura autoportante.
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a) Estruturas estaiadas
(a) (b)
Fig. 3.9 – Estrutura estaiada.
Indutância (L) – Deve-se aos campos magnéticos criados pela passagem de corrente.
Capacitância (C) – Deve-se aos campos elétricos: carga nos condutores por unidades de
diferença de potencial entre eles.
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Com base nessas grandezas que representam fenômenos físicos que ocorrem na operação de
linhas, pode-se obter um modelo equivalente para a mesma, como ilustrado na figura a seguir:
FONTE CARGA
(3.1)
. .Ω (3.2)
Sendo:
⍴ – resistividade do material (Ω.m);
l – comprimento (m) ou (m/km);
A – área da seção reta (m2).
⍴ depende da temperatura RCC varia com a temperatura. Se ⍴ aumenta, então RCC aumenta:
(3.3)
Sendo:
R1 – resistência do material devido à temperatura t1;
R2 – resistência do material devido à temperatura t2;
T – constante do material [°C].
Em cabos encordoados, o comprimento dos fios periféricos é maior que o comprimento do
cabo (devido ao encordoamento helicoidal). Isto acresce à resistência efetiva em 1 a 2%.
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ra rb Hipótese Simplificadora:
i -i
D
Fig. 3.13 – Linha monofásica.
Simplificações:
Admitir: , ( ) ( )
Considerar condutor 2 com um ponto, localizado a um distância D do centro do condutor 1.
Então, as indutâncias externas produzidas pelos condutores a e b são, respectivamente:
. (3.4)
2
. (3.5)
2
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Nas indutâncias internas, cada condutor enxerga o outro como um ponto. O fluxo externo de
um condutor não afetará o fluxo interno do outro. Então:
1 (3.6)
. 10 /
2
1 (3.7)
. 10 /
2
A indutância total devido ao condutor a é:
(3.8)
. (3.9)
2
Considerando 4 . 10 / :
1
. (3.10)
2 4
2. 10 . (3.11)
. (3.14)
2
1
. (3.15)
2 4
2. 10 . (3.16)
2. 10 . 2. 10 . (3.18)
2. 10 . (3.19)
.
4. 10 . / (3.20)
.
A indutância depende da distância entre os fios, do raio dos condutores e do meio.
A indutância depende da corrente.
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4. 10 . (3.21)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2. Determine a indutância média por fase de uma linha monofásica cuja distância entre
os condutores é de 1,5m e o raio dos condutores é de 0,5cm.
1 Dm = 1,5m 2
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3.5.2 – Indutância de Condutores Compostos
Um condutor constituído de dois ou mais elementos ou fios em paralelo é chamado condutor
composto (isto também inclui os condutores encordoados).
Sejam dois condutores compostos, conforme ilustrado na Fig. 3.15. O condutor x é formado
por n fios cilíndricos e idênticos, cada um transportando a corrente . O condutor Y é
formado por M fios cilíndricos e idênticos, cada um transportando a corrente .
b B
A
a DbC
Dbn
C
c M
n
Condutor x Condutor Y
Fig. 3.15 – Seção transversal de uma linha monofásica constituída por dois condutores compostos.
Considerando as distâncias indicadas na Fig. 3.15, as indutâncias dos fios a e b que fazem parte
do condutor x são dadas por:
. .
. . / (3.22)
2 . .
. .
. . / (3.23)
2 . .
Sendo:
. Permeabilidade do meio (geralmente é usada apenas a permeabilidade do vácuo
4 . 10 4 . 10 , pois a permeabilidade relativa do ar 1.
Distância entre os fios e [m].
Raio de um condutor fictício (sem fluxo interno), porém com a mesma indutância que o
condutor , cujo raio é [m] (para condutores cilíndricos . [m]).
É imprescindível que e estejam na mesma unidade.
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A indutância do condutor composto x é igual ao valor médio da indutância dos fios dividido pelo
número de fios (associação em paralelo), ou seja:
é
= / (3.24)
Deste modo,
. / (3.26)
2
Sendo f a frequência de operação da linha, a reatância indutiva é dada por:
2 . . (3.27)
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3. Calcule a indutância da seguinte linha monofásica:
rX = 0,25 cm rY = 0,5 cm
a d
9 cm
6 cm
b e
6 cm
c
Lado X Lado Y
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3.5.3 – Indutância de Linhas Trifásicas
Em uma linha trifásica, com espaçamento assimétrico, a indutância das fases é diferente e o
circuito é desequilibrado. Por intermédio da transposição da linha, é possível restaurar o
equilíbrio das fases, do ponto de vista dos terminais da linha. A transposição consiste em fazer
com que cada fase ocupe cada uma das posições nas torres por igual distância (para uma linha
trifásica são três as posições possíveis e deve-se fazer com que cada fase ocupe 1/3 do
comprimento da linha em cada uma das três posições). Observe a Fig. 3.16.
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Condutor A
1 Posição 1
D12
2
Condutor B
D13 Posição 2
D23
3 Condutor C
Transposição
Transposição
Posição 3
Para a linha da Fig. 3.16, a indutância média por fase é dada por:
(3.28)
. /
2
D - Distância média geométrica entre os condutores . . .
- Raio médio geométrico do condutor [m].
Em linhas constituídas por mais de um condutor por fase, o raio geométrico deve ser
calculado como anteriormente, ou seja:
( . ). ( . ). ( . )
E os termos empregados no cálculo da DMG (D12, D23 e D31) correspondem às distâncias
médias geométricas entre cada uma das combinações das fases, ou seja, DxY é dado por:
( . )( . )( . )
No entanto, para o caso de linhas trifásicas com condutores com espaçamento equilátero
equivalente, considera-se apenas a distância entre o centro das fases.
Os valores do RMG de cada condutor (Daa, Dbb, etc.) podem ser obtidos diretamente nas
tabelas dos fabricantes, juntamente com os demais dados dos cabos (nome, código, seção
transversal, formação, número de camadas, diâmetro externo e resistência elétrica), ou podem
ser determinados através da seguinte equação:
0,5. . (3.29)
Onde:
é o diâmetro externo do condutor α e K uma constante que depende de sua formação
(quantidade e tipo de fios), cujos valores, encontram-se na Tabela 3.4.
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4. Determinar o raio médio geométrico do condutor de alumínio com alma de aço
Pheasant 1272 MCM, formado por 54 fios de alumínio e 19 de aço (54/19) que possui um
diâmetro externo de 3,5103cm.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5. Determine a reatância indutiva por fase a 60Hz da linha trifásica mostrada a seguir:
21
20' 20'
2 3
38'
O raio médio geométrico é 0,0373’.
1’ 0,304 m.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 6. Determine a reatância indutiva da linha trifásica mostrada a seguir:
Fase A Fase B Fase C
d
a a’ b b’ c c’
D
Dados:
d = 45 cm
D=8m
Comprimento da linha = 160 km
Raio Médio Geométrico de cada condutor 0,046’
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3.6 – Capacitância (C)
Na LT existem cargas em movimento e uma diferença de potencial entre condutores
Capacitância (carga/ diferença de potencial):
/ (3.30)
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(3.31)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 7. Determine a capacitância, a reatância capacitiva e a susceptância capacitiva por
metros de uma linha monofásica que opera a 60Hz. Os dados do condutor são:
- Espaçamento entre centro dos condutores 20’
- Diâmetro externo do condutor 0,642’’
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3.6.2 – Capacitância de Linhas Trifásicas
Para uma linha trifásica espaçada igualmente e formada por condutores idênticos de raio r,
conforme mostra a Fig. 3.19 a capacitância entre fase-neutro pode ser obtida também pela
equação (3.34).
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D D
c b
D
Fig. 3.19 – Seção transversal de uma linha trifásica simétrica.
Para linhas trifásicas simétricas, a capacitância fase-terra é idêntica a capacitância para linhas
monofásicas, ou seja:
2
/
Para uma linha trifásica assimétrica e formada por condutores idênticos de raio r, é
necessário transpor a linha afim de equilibrar as fases novamente (igual ao caso da indutância)
e obter a capacitância média.
a
Dac Dab
c b
Dcb
Fig. 3.20 – Seção transversal de uma linha trifásica assimétrica.
. . (3.36)
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Exercício 8. Determine a capacitância, reatância capacitiva da linha por Km da linha trifásica
mostrada a seguir. Determine também a reatância total da linha.
Dados: 21
Comprimento da linha = 282 km 20' 20'
Tensão de operação = 220 V
Frequência = 60Hz 2 3
Diâmetro externo do condutor 1,10 ’’ 38'
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Para n condutores, considera-se que a carga em cada um seja de qa/n (para a fase a). O
procedimento para a obtenção da capacitância é semelhante ao que já foi feito até agora e o
resultado final é:
2
/ (3.37)
Em que:
Para 2 condutores: .
Para 3 condutores: .
Para 4 condutores: 1,09 .
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Exercício 9. Determine a reatância capacitiva por fase da linha trifásica mostrada a seguir:
Fase A Fase B Fase C
d
a a’ b b’ c c’
D
Dados:
d = 45 cm
D=8m
Comprimento da linha = 160 km
Raio Médio Geométrico de cada condutor= 0,0176m
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3.6.4 – Efeito do Solo sobre a Capacitância de Linhas Trifásicas
A consideração do efeito terra não, geralmente não provoca alterações significativas no valor da
capacitância (em outras palavras, a capacitância entre as fases é muito maior que a capacitância
fase-terra), é possível determinar esta componente determinando o método das imagens.
Hca
a c
Hab Hb
Hc
solo
Ha
Hbc
a’ c’
b’
Fig. 3.21 – Método das imagens.
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VS U1 C C C C C VR R
Carga
2'
1' x
x (km)
Ω (3.39)
Sendo:
z – Impedância série da LT por unidade de comprimento;
y – Admitância shunt da LT por unidade de comprimento.
A constante de propagação que define a amplitude e a fase da onda ao longo da linha é dada
por:
. (3.40)
A expressão matemática que define :
( ). ( ) ( ) ( ) (3.41)
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As equações gerais de tensão e corrente das linhas de transmissão CA, senoidal, operando em
regime permanente e com parâmetros distribuídos se forem fornecidos dados do INÍCIO da
linha são:
( ) cosh( ). . ( ). (3.42)
1
( ) . ( ). cosh( ). (3.43)
Onde:
V(x) – Tensão em qualquer ponto da linha, medido a partir do terminal receptor.
I(x) – Corrente em qualquer ponto da linha, medido a partir do terminal receptor.
VR – Tensão no terminal receptor da linha
IR – Corrente no terminal receptor da linha
As funções hiperbólicas são definidas por:
cosh( ) (3.46)
2
senh( ) (3.47)
2
As ondas viajantes em uma LT são atenuadas com mudança de ângulo à medida que se
propagam ao longo da linha. A causa primária são as perdas na energia da onda devido a
resistência, dispersão, dielétrico, e perda corona.
A solução das equações em V(x) e I(x) permite relacionar tensões e correntes em qualquer
ponto da linha em função de seus valores terminais de tensão VR e corrente IR.
A potência complexa em um ponto x da linha é dada por:
( ) ( ). ( ) ( ) ( ) (3.48)
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Exercício 10. Considere uma linha monofásica cujos condutores tem um raio de 2cm e estão
espaçados de 1m, e:
A resistência e a condutância são desprezadas
A frequência é de 60Hz
A tensão no início da linha (x = 0) V(x) = 130 0° kV
A corrente no início da linha (x = 0) I(x) = 50 -20° A
Determine as expressões de corrente e tensão ao longo da linha.
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Exercício 11. Uma LT trifásica apresenta os seguintes parâmetros característicos por fase:
R=G=0
L = 1,33.10-7 [H/m]
C = 8,86.10-12 [F/m]
Sabendo que no início da linha (x = 0) tem-se 127 0° kV (de fase) e S = 150+j50 MVA (por
fase), determine:
a) A constante de propagação
b) A impedância característica Zc
c) A tensão, a corrente e a potência no final da linha se o seu comprimento é de 300km. Comente
os resultados.
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É possível interpretar as formas de onda de tensão e corrente como ONDAS VIAJANTES
pode-se decompor a onda em onda INCIDENTE e onda REFLETIDA.
Se carga apresenta impedância igual à impedância característica não há onda refletida
linha plana ou linha infinita formas de tensão e corrente planas, se a linha for sem perdas.
De outra forma: Se a impedância da fonte é igual à ZC não há onda refletida linha plana
ou linha infinita formas de tensão e corrente planas.
Valores típicos de ZC são de 400Ω para linhas aéreas de circuito simples e 200Ω para dois
circuitos em paralelo. O ângulo de fase ZC está normalmente entre 0 e 15°.
Cabos múltiplos têm ZC menor porque L é menor e C é maior.
Comprimento da onda: distância entre dois pontos da linha correspondente a um ângulo de
fase de 360° ou 2 radianos:
2
(3.49)
( ) cosh ( ) ( )
1 (3.52)
( ) ( ) cosh ( )
IT IR
+ +
VT A, B, C, D VR
_ _
cosh ( )
( )
1 ( ) (3.53)
cosh ( )
Os parâmetros genéricos ABCD são conhecidos como parâmetros distribuídos da linha. Para
um quadripolo com elementos passivos tem-se que:
1 (3.54)
A representação da linha como quadripolo é totalmente adequada para o cálculo de seu
desempenho, do ponto de vista de seus terminais transmissor e receptor.
IT Z IR
+ +
VT Y1 Y2 VR
_ _
Aplicando-se ao circuito π da Fig. 3.22 a Lei de Kirchhoff para as tensões e correntes tem-se:
( . ) (1 . ) . (3.55)
( . )
( . ) . (3.56)
(1 . ) (1 . )
A representação da linha como um circuito π em uma linha de transmissão simétrica, ou seja,
Y1 =Y2 = a metade da admitância shunt total, torna-se:
IT Z
IR
+ +
VT Y/2 Y/2 VR
_ _
Fig. 3.26 – Circuito π de uma LT.
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1 2 (3.57)
2
1 1 (3.58)
4 2
Na forma matricial:
1
2 (3.59)
1 1
4 2
Assim, os parâmetros genéricos do circuito π são:
1
2
Ω (3.60)
1
4
1 cosh( )
2
( ) (3.61)
1
1 ( )
4
Explicitando Z e Y/2 resulta em valores de parâmetros concentrados obtidos a partir de
parâmetros do modelo distribuído, com ZC sendo a impedância característica da linha, γ a
constante de propagação e x o comprimento da linha.
. ( )
1 (3.62)
2 2
Os parâmetros concentrados do modelo π quando definidos a partir dos parâmetros
distribuídos da linha é denominado de π Equivalente. O modelo π. Equivalente representa o
modelo de parâmetros concentrados de uma linha longa (x > 240 km).
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Exercício 13. Para uma LT trifásica, 60Hz, tem-se R = 0,107.10-3 Ω/m , L 1,35.10-6 [L/m] e C =
8,45.10-12[F/m]. A tensão no início da linha é igual a 220kV e o seu comprimento é de 362 km.
Determine:
a) ZC e
b)Determine o circuito π equivalente da LT
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IT Z z.x IR
+ +
Y y.x Y y.x
VT VR
_
2 2 2 2 _
Fig. 3.27 – Circuito π nominal.
IT Z IR
+ +
VT VR
_ _
Fig. 3.28 – Circuito equivalente de uma LT curta.
Exercício 14) Para a LT trifásica do exercício anterior (Exercício 13), os seguintes dados foram
obtidos:
(1,07 5,0 95). 10 Ω/
3,1 56. 10 /
404,0493 5,94°Ω
1,2 72. 10 4,06° (1,3312 12, 029). 10
Determine os circuitos π equivalente e π nominal da LT. E compare os resultados obtidos.
Considerar a LT com x = 362 km e x = 100 km.
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