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Gerais
Físico-Química II
– 2010 –
Curso de Química, Modalidade Ensino a Distância, UFMG
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
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Físico-Química I – Amélia M. G. do Val, Rosana Z. Domingues e Tulio Matencio
Unidade 1
3
Curso de Química, Modalidade Ensino a Distância, UFMG
Objetivos
Introdução
Anote
Em geral, usamos o termo solvente para nos referirmos ao componente
presente em maior proporção numa solução, enquanto para os demais
componentes usamos o termo soluto.
∆p
= xB (1. 1)
p*A
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Físico-Química I – Amélia M. G. do Val, Rosana Z. Domingues e Tulio Matencio
Anote
As soluções podem ser classificadas de acordo com a condução de
corrente elétrica:
- soluções eletrolíticas que são as soluções condutoras iônicas, isto é, contém
íons que são responsáveis pela condução da corrente elétrica;
- soluções não eletrolíticas que não são boas condutoras, pois são constituídas
basicamente de moléculas.
Para obtermos uma expressão que nos forneça pA, a pressão de vapor
do solvente na solução, substituímos ∆p da equação 1.1 por p*A − p A :
p*A − p A = p*A xB
isto é,
p A = p*A (1 − xB ) (1. 2)
Soluções ideais
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Atividade 1. 1
Analise a figura 1.2 e faça o que se pede nos itens abaixo, considerando
a temperatura sempre igual a 20°C.
a) Indique no gráfico o valor da pressão de vapor do benzeno puro.
b) Indique no gráfico o valor da pressão de vapor do tolueno puro.
c) Calcule, a partir da lei de Raoult, as pressões parciais de vapor do benzeno
e do tolueno em uma solução na qual a fração molar do benzeno é 0,4.
d) Calcule a pressão total da solução dada no item c.
e) Compare os resultados dos itens c e d, com os valores obtidos diretamente
da figura 1.2.
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Atividade 1. 2
Para facilitar essa atividade, indicamos na figura 1.5 apenas a curva que
representa a pressão parcial de vapor do CS2 no sistema acetona-CS2, assim
como as tangentes em xCS 2 ≈ 1 e xCS 2 ≈ 0 .Considerando essa figura:
a) calcule a inclinação da curva quando a fração molar de CS2 tende a 1, isto é,
xCS 2 ≈ 1 (CS2 é o solvente);
b) calcule a inclinação da curva quando a fração molar de CS2 tende a 0, isto é,
xCS 2 ≈ 0 (nesse caso, CS2 é considerado o soluto);
c) compare os resultados obtidos nos dois itens anteriores e compare com o
valor da pressão de vapor do CS2 puro.
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Resolução Comentário
a) Observe que a unidade da
Dados: K CO2 = 1,25 x 106 Torr constante de Henry é Torr e da
pressão de vapor é atm.
pCO2 = 1,00 atm = 760 Torr
Devemos escolher qual unidade
iremos usar e fazer as devidas
Lei de Henry: pCO2 = K CO2 xCO2 , correções. Nesse exercício,
escolhemos trabalhar com Torr.
Cálculos: Aplicando a lei de Henry ao
xCO2 = pCO2 K CO2 sistema, podemos calcular a
fração molar de CO2 na solução
760
ou seja, xCO2 = = 6,08 × 10− 4 aquosa nas condições dadas
1,25 × 10 6
Atividade 1. 3
Discuta com os seus colegas a seguinte questão: Por que o sabor de
um refrigerante se altera após ser aberto?
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Atividade 1. 4
Consulte o livro que você utilizou na disciplina Físico-Química I e faça o que
se pede a seguir.
Dados:
∂G ∂G
dG = dp + dT
∂p T ∂T p
dG = Vdp − SdT
dµ = Gm = Vm dp − S m dT
ou
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∂G
dG = Vdp − SdT + ∑ dn j (1. 10)
∂n j p ,T , n '
j
Nas equações 1.9 e 1.10, o índice n nas derivadas parciais indica que as
quantidades de matéria de todos os componentes são mantidas constantes e n’
significa que apenas a quantidade de matéria do componente em relação ao
qual estamos derivando varia, Por exemplo, [∂G / ∂n1 ]p ,T , n ' significa que a
pressão, a temperatura e a quantidade de matéria dos vários componentes,
exceto de n1, são constantes durante a referida derivação.
Lembrete
A unidade de quantidade de matéria do sistema internacional (SI) é o
mol.
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Atividade complementar
A equação de Gibbs-Duhem
dG = ∑ (n j dµ j + µ j dn j ) (1. 14)
j
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∑ n dµ
j
j j = Vdp − SdT (1. 15)
∑ n dµ
j
j j =0 (para p e T constantes) (1. 16)
nA
dµ B = − dµ A (1. 17)
nB
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p p
Ginicial = n A µ A + nB µ B = n A µ θA + RT ln θ + nB µ θB + RT ln θ (1. 19)
p p
Anote
Para simplificar a notação, vamos usar P para indicar sempre a razão p / pθ , ou
seja, P é o valor numérico da pressão p sem a unidade
Usando a simplificação dada acima, P = p / pθ reescrevemos a equação
1.19:
( ) (
Ginicial = n A µ θA + RT ln P + nB µ θB + RT ln P ) (1. 20)
( ) (
G final = nA µ θA + RT ln PA + nB µ Bθ + RT ln PB ) (1. 21)
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ou seja,
PA P
∆ mist G = n A RT ln + nB RT ln B (1. 23)
P P
∆ vap H ∆Teb
xb =
R T *2
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∆ mist G = nRT ∑ xi ln xi (1. 26)
i
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7,0
6,0
-1
5,0
∆ mistS / J mol
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
nA
Figura 1.9– Variação da entropia de mistura de dois gases ideais em
diferentes proporções
Atividade 1. 5
1. Usando o modelo dos gases ideais, procure explicar porque
∆ mist H = 0 .
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Anote
Obs: Quando não indicarmos a fase, implica que estamos nos referindo ao
líquido.
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onde
µ *A (l) é o potencial químico de A puro na fase líquida;
µ θA (v ) é o potencial químico padrão do gás A na temperatura T , isto é, o
potencial químico do gás A na temperatura T e sob a pressão de 1 bar;
PA* = p*A / pθA é o valor numérico da pressão de vapor de A puro.
Se no estado líquido outro componente B estiver presente, formando
uma solução com A, o vapor em equilíbrio com essa solução pode ser
constituído só de A ou dos dois componentes, dependendo da volatilidade de
B. As duas possibilidades encontram-se representadas nas figuras 1.10b e
1.10c, respectivamente.
Em ambos casos, temos que
µ A (l) = µ θA (v ) + RT ln PA (1. 32)
µ A (l) − µ *A (l ) = RT ln
PA
(1. 33)
PA*
Observe que nessa equação os potenciais químicos de A se referem
apenas à fase líquida, portanto podemos omitir a fase e escrever a expressão
do potencial químico de A na solução em função da pressão parcial de vapor
do componente A e a pressão de vapor do A puro:
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PA
µ A = µ *A + RT ln (1. 34)
PA*
Lembrete
O potencial químico de A puro µ *A depende da temperatura e pressão,
por isso esse dado deve ser obtido ou calculado para as condições do
experimento.
Atividade 1.4
Analise a equação 1.35 e responda as seguintes questões, justificando
cada uma das suas respostas.
a) O potencial químico da substância A na solução ideal é sempre maior, igual
ou menor que o potencial químico da substância A pura?
b) A afirmativa “dois líquidos sempre se solubilizam mutuamente independente
das respectivas naturezas químicas e da proporção da mistura” é falsa ou
verdadeira?
c) A sua resposta do item anterior pode ser prevista pela expressão 1.35?
e depois da mistura
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[ (
G final = ∑ n j µ *j + RT ln x j )] (1. 37)
j
( ) (
G final = nA µ *A + RT ln x A + nB µ B* + RT ln xB ) (1. 39)
Como a energia de Gibbs da mistura é dada pela diferença entre G final e Ginical ,
temos que
∆ mist G = G final − Ginicial = n A RT ln x A + nB RT ln xB
ou
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Auto-avaliação
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Objetivos
Introdução
Propriedades coligativas
Podemos verificar que as propriedades coligativas correspondem ao
estabelecimento de um equilíbrio entre duas fases do sistema:
• equilíbrio entre a solução líquida e o vapor do solvente puro ⇒
abaixamento da pressão de vapor e elevação do ponto de ebulição;
• equilíbrio entre a solução líquida e o solvente sólido puro ⇒ abaixamento
do ponto de congelamento;
• equilíbrio entre a solução líquida e o solvente líquido puro ⇒ pressão
osmótica.
Por isso, podemos interpretar termodinamicamente essas propriedades
considerando a redução do potencial químico do solvente devido à presença
do soluto, como foi feito para a pressão de vapor.
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µ A − µ *A = RT ln x A (2. 1)
µ *A (v) = µ *A (l ) + RT ln x A (2. 2)
Combinando essa equação com a relação
µ *A (v) − µ *A (l ) = ∆Gvap = ∆H vap − T∆S vap (2. 3)
∆H vap 1 1
ln x A = − (2. 4)
R T T*
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µ A* (v) − µ A* (l ) ∆ vap G
ln x A = =
RT RT
Substituindo ∆ vap G por ∆H vap − T∆S vap e ignorando as pequenas variações da
entalpia e da entropia com a temperatura, obtemos
∆H vap ∆S vap
ln x A = −
RT R
Para o solvente puro xA = 1 e a temperatura corresponde ao ponto de
ebulição do líquido A puro, T * :
∆H vap ∆S vap
0= −
RT * R
∆H vap 1 1
ln x A = − que é a equação 2.4
R T T*
∆ vap H 1 1
ln(1 − x B ) = −
R T T*
ou
∆ vap H T * − T
ln(1 − x B ) =
R TT *
Se a quantidade de soluto for muito pequena, podemos fazer as seguintes
aproximações: ln x A = ln(1 − x B ) ≈ − x B e T *T ≈ T *2 . Substituindo essas
aproximações última equação, obtemos:
∆ vap H T * − T
− xB =
R T *2
Logo,
∆ vap H ∆Teb
xb =
R T *2
onde ∆Teb = T − T *
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Portanto,
RT *2
∆Teb = xB
∆H vap
ou seja,
RT *2
∆Teb = K eb x B e K eb =
∆H vap
∆T = K ebb
MRT *2
em que K eb =
1000∆H vap
µ A* ( s) = µ A* (l ) + RT ln x A (2. 7)
∆ fus H 1 1
ln x A = − (2. 8)
R T* T
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Pressão osmótica
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Atividade 2. 1
Você espera que depois de um longo tempo as concentrações nos dois lados
da figura 2.4 se igualem? Justifique a sua resposta.
µ A*( p) = µ A ( p + Π )
Figura 2. 5 – Esquema da experiência para se medir a pressão osmótica
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n B RT
Π= (2. 11)
V
Essa expressão, conhecida como a equação de van’t Hoff, relaciona a
pressão osmótica com a concentração do soluto, nB/V, dada em mol L-1 e a
temperatura
dµ *A = Vm dp
µ *A ( p + Π ) p+Π
∫µ *
dµ *A = Vm ∫ dp
A ( p) p
µ *A ( p + Π ) − µ *A ( p ) = Vm p + Vm Π − Vm p
µ A* ( p + Π ) = µ A* ( p ) + Vm Π (2. 12)
ΠVm = − RT ln x A
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ou
ΠVm = − RT ln (1 − x B ) (2. 13)
ln(1 − x B ) ≈ − x B
nB n
xB = ≈ B
nB + n A n A
n B RT
Π=
V
Atividade 2. 2
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Atividade 2. 3
Leitura complementar
Aplicações
2) Osmose reversa
No exercício da Atividade 2.1, você deve ter concluído que se aplicarmos uma
pressão muito grande sobre a solução, p’ > p + Π, o solvente passa da solução
para o meio contendo apenas o solvente, ou seja, na direção oposta ao do fluxo
na osmose. Esse inversão do fluxo devido a altas pressões sobre a solução é
denominada osmose inversa ou osmose reversa.
Esse fenômeno pode ser utilizado tanto para obter o solvente puro a partir de
soluções contendo solutos de baixa massa molar como para concentrar as
soluções. Há várias aplicações da osmose reversa, sendo uma delas a
dessalinização da água do mar, tanto para consumo humano quanto para outros
processos.
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O conceito de atividade
Álcool ∞
Vágua / mL
Metanol 14,5
Etanol 13,9
2-propanol 15,0
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Leitura complementar
Qualquer grandeza extensiva de uma mistura pode ser expressa como uma
função da temperatura, pressão e composição (n1, n2, n3...), Por isso, podemos
definir uma grandeza molar correspondente, que é dada pela variação da
propriedade extensiva dividida pela variação da quantidade de matéria (mol) de
uma das substâncias, quando todas as demais são mantidas constantes, assim
como a temperatura e pressão. Por exemplo, o volume molar parcial, Vj de
∂V
uma substância j em uma mistura pode ser definido como Vj = , onde
∂n j T , p , n '
n’. indica que os números de moles de todas as outras substâncias presentes
são constantes.
Observe que por definição o volume parcial molar corresponde ao coeficiente
angular da curva do volume da mistura em função do número de moles de j ,
quando a temperatura, a pressão e a quantidade de matéria dos outros
componentes são constantes. Podemos falar que esse volume parcial molar é
igual à variação do volume da mistura devida à adição de um mol de
substância i a um grande volume da mistura.
Atividade do solvente
PA
µ A = µ *A + RT ln
PA* , (2. 15)
Anote:
Porém, para uma solução que não segue a lei de Raoult, definimos
atividade de modo a preservar o formato da equação 2.16:
µ A = µ *A + RT ln a A (2. 17)
Quanto a concentração dos solutos se aproximam de zero, ou seja, a fração
molar do solvente tende a 1, o potencial químico de A na solução tende para o
potencial químico do líquido A puro, logo a atividade de A também tende para 1,
ou seja
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PA
a= (2. 19)
PA*
Portanto, para determinarmos a atividade do solvente de uma solução basta
medirmos a pressão do vapor do solvente em equilíbrio com essa solução e
aplicarmos a equação 2.18.
Podemos verificar também o quanto uma solução desvia da idealidade
subtraindo a equação 2.16 da equação 2.17:
aA
µ A − µ A(id ) = RT ln
xA (2. 20)
Definindo o coeficiente de atividade como sendo
a
γA = A (2. 21)
xA
Temos que
µ A − µ A(id ) = RT ln γ A (2. 22)
Atividade 2. 4
Atividade do soluto
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PB K x
µ B = µ B* + RT ln *
= µ B* + RT ln B * B (2. 24)
PB PB
ou seja,
KB
µ B = µ B* + RT ln + RT ln x B (2. 25)
PB*
Como as duas primeiras parcelas do segundo termo dependem apenas
das características do soluto B, podemos definir um novo estado padrão cujo
potencial químico é
KB
µ Bθ = µ B* + RT ln (2. 26)
PB*
Portanto, podemos escrever o potencial químico do soluto como sendo:
µ B = µ Bθ + RT ln x B (2. 27)
Se analisarmos a equação 2.27 vemos que quando x B tende para 1 (ou
seja tende para composto B puro) , o potencial químico de B tende para µ θB ,
que por sua vez pode ser diferente do potencial químico experimental do
composto B puro, conforme dado pela expressão 2.26 (só será igual se
K B = PB* , solução ideal). Por isso, dizemos que o estado padrão do soluto é o
estado hipotético do soluto puro, a 1 bar e temperatura T, se a lei de Henry
fosse obedecida para qualquer concentração do soluto.
Soluções reais
µ B = µ Bθ + RT ln a B (2. 29)
aB
γB = (2. 30)
xB
Logo,
µ B − µ B (id ) = RT ln γ B (2. 31)
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Anote
logo µB será o potencial químico que o soluto teria em uma solução 1 mol kg-1
ө
Atividade 2. 5
Mostre que o coeficiente de atividade do soluto γB definido pela equação 2.35
mede o afastamento da idealidade da solução em relação ao soluto.
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Anote
Com as diversas definições de atividade, podemos utilizar várias
equações análogas às obtidas para soluções ideais no estudo das
propriedades das soluções reais. Como exemplo podemos citar as equações
2. 19 (lei de Raoult modificada) e 2.28 (lei de Henry modificada). O mesmo
pode ser feito no estudo das propriedades coligativas, quando for necessário
considerar o desvio da idealidade. Para saber mais consulte outros livros de
Físico-Química.
Auto-avaliação
1. O quadro abaixo deve ser preenchido com os valores estimados para uma
solução preparada através da adição de 3,42 g de sacarose (C12H22O11) em
1,00 L de água. Complete-o, com os dados que faltam. (Considere a
densidade da água igual a 1,00 g cm3.)
4. Seja dois líquidos voláteis A e B, cujas pressões de vapor são p *A = 290 Torr
e p *B = 330 Torr. Uma solução composta de A e B, na qual xA = 0,80
apresenta as seguintes pressões parciais de vapor p A = 220 Torr e p B = 33
Torr.
a) Determine as atividades e os coeficientes de atividade de A e de B,
sabendo-se que a constante de Henry do soluto é 150 Torr. (Para o solvente,
utilize como base a lei de Raoult e para o soluto a lei de Henry.)
b) Analise os valores encontrados para as atividades e coeficientes de
atividade.
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