Você está na página 1de 1

A história se passa num mundo mágico chamado “Nárnia”, governado por uma feiticeira tirana

que transformou a beleza daquele lugar num inverno rigoroso. Edmundo é um dos
personagens centrais da narrativa, e podemos observar muitas semelhanças entre esse
personagem, o Apóstolo Pedro e a humanidade como um todo.

Mas quem é Edmundo? É um dos quatro irmãos da história, e o segundo deles a visitar Nárnia.
Lúcia, a irmã mais nova, já tinha ido para Nárnia, mas nunca havia se deparado com a Feiticeira
Branca – a falsa rainha daquele mundo. Mas assim que chega lá, Edmundo dá logo de cara com
ela. E isso nos comunica algo: Lúcia, enquanto criança, tinha um coração inocente, bondoso, e
era sempre amorosa, mas Edmundo já tinha sentimentos ruins preenchendo o seu coração:
como viviam no contexto da 2° guerra mundial, seu pai havia ido lutar e por isso, Edmundo e
os irmãos haviam sido enviados para a casa de um professor, isso explica a orfandade do
garoto, que sentia raiva de quase tudo e todos, e até inveja de seu irmão mais velho.

Por isso, a Feiticeira Branca, que simboliza o diabo, usa a fraqueza de Edmundo para o
convencer a levar todos os seus irmãos até ela – para eliminá-los – com a promessa de que ele
reinaria sobre os demais, e para tal, ela usa o desejo de sua comida preferida para prender sua
atenção. Isso me lembra muito o que Satanás faz: Ele usa nossa fraqueza, sempre procurando
brechas para nos tentar enganar e aprisionar. Coisas que parecem confortáveis e agradáveis
no início, mas depois se revelam como grandes e dolorosas ilusões que aprisionam.

Edmundo é um dos quatro irmãos da história. Mas na verdade, Edmundo sou eu e você.
Somos todos Edmundo: ora se vendendo e traindo os que amamos em troca de ofertas
passageiras, ora se acovardando e percebendo o quão tolos fomos por agir assim. Mas mesmo
traindo a quem amamos, e pior ainda, traindo Àquele que nos ama, somos poupados da
morte. Era Edmundo quem deveria estar naquela Mesa de Pedra; éramos eu e você quem
deveríamos estar naquela Cruz. Mas assim, como Aslam se ofereceu para morrer no lugar de
Edmundo – que representa a humanidade – Jesus fez por nós.

E o mais interessante: o título atribuído a Edmundo no final da história é “o justo”. O título de


Edmundo representa aquilo que toda a humanidade agora é: Justificada. Não importa se
fomos nós quem traímos “Aslam”. Foi Ele quem morreu por nós e pagou o preço para que
agora nós sejamos livres e justos.

Você também pode gostar