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CABOS E CONECTORES

Existem vários formatos de conectores e cabos usados em áudio, cada um para as


aplicações a que se destina.
Analógicos. São os que transportam elétrons com oscilações na sua tensão
representando as vibrações sonoras.

Cabos balanceados. O sinal de um microfone é sempre bem mais fraco do que o som
de aparelhos como teclados, tocadores de CDs e MiniDisks, mesas e placas de som. Sobre
estes últimos, dizemos que atuam no nível “de linha”, line, ou alta-impedância; já os primeiros
geram som de baixa impedância, ou ainda no nível “de microfone” ou mic.
Um microfone tem sempre o seu som acompanhado de um forte ruído, que é gerado
pelo próprio cabo, já que ele é bem mais amplificado do que as fontes sonoras em nível de
linha. Para evitar esse ruído, usa-se uma técnica da eletrônica chamada balanceamento.
Consiste em usar uma segunda via de áudio no próprio cabo, mas com a polaridade (“fase”)
invertida. Os circuitos – nas duas extremidades – são desenvolvidos de modo a preservar o
som captado pelo microfone e a eliminar o ruído gerado pelo cabo.
Quanto mais longo o cabo, mais forte o ruído gerado por ele. Com o balanceamento,
contudo, todo o ruído é suprimido e o sinal captado é totalmente preservado.
Instrumentos elétricos e eletrônicos, como o baixo e o teclado, que podem ser
conectados à mesa diretamente “em linha”, por terem o sinal mais forte, não precisam ser tão
amplificados quanto os microfones. O ruído gerado pelos cabos é menos notável, por ser
menos amplificado. Nos estúdios grandes, evitamos o ruído adicionado pelos cabos aos sons
desses instrumentos com os mesmos cabos balanceados. No entanto, a saída dos instrumentos,
na maioria, é desbalanceada. Para casar impedâncias e balancear o sinal, esses instrumentos
são conectados até um direct box por um cabo simples. Dali até a mesa, usamos o cabo
balanceado.

XLR, Cannon de três pinos ou “plugue de microfone”

Macho Fêmea

Conector TRS, P10 ou “banana” estéreo

© 2006 Sérgio Izecksohn – Curso de Home Studio.


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Cabos desbalanceados. Até cerca de três metros de comprimento, os cabos não


chegam a adicionar um ruído perceptível a esses instrumentos. Por isso, nos estúdios pequenos
e com cabos curtos, podemos conectar os instrumentos à mesa de som, ou ligar uma mesa a
uma placa de som, mesmo que seja com cabos desbalanceados.

Conector TS, P10 ou “banana” mono

RCA (dois cabos mono em um par estéreo)

Cabos digitais. Entre dois dispositivos digitais, como uma mesa e um gravador ou
uma placa de som, o som pode transitar já digitalizado, economizando conversões
desnecessárias no meio do caminho. Para isso, são usados diversos cabos, conectores e
protocolos. Os mais comuns são o AES/EBU, estéreo profissional com plugue XLR; S/PDIF
(Sony/Philips Digital Interface), estéreo semiprofissional em cabo RCA ou ótico; ADAT, com
oito canais em um cabo ótico e T/DIF (Tascam Digital Interface), também de oito canais num
cabo multipinos.

Cabo XLR (“Cannon”) usado na conexão AES/EBU

Conector de 25 pinos T/DIF (oito canais)

Cabo ótico usado nas conexões S/PDIF ótica (dois canais)


e ADAT light pipe (oito canais)

Plugue RCA usado na conexão S/PDIF coaxial

© 2006 Sérgio Izecksohn – Curso de Home Studio.


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Word clock é um sinal que mantém o sincronismo entre dois dispositivos de áudio que
utilizem essas conexões, para evitar erros na transmissão do sinal de áudio digital. Pode ser gerado por
uma mesa, uma placa de som ou um terceiro dispositivo. Utiliza o próprio cabo do áudio ou um cabo
coaxial (como o da TV) exclusivo.

Conexões mais típicas do estúdio de gravação

© 2006 Sérgio Izecksohn – Curso de Home Studio.

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