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CURITIBA
2012
PATRICK FERNANDES VIEIRA
CURITIBA
2012
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, aos meus pais Joaquim Vieira e Maria Isabel de
Souza F. Vieira, e aos meus irmãos Frederick F. Vieira e Débora F. Vieira, pelo estímulo.
Aos colegas de turma pelo companheirismo e pela oportunidade de mesclar
experiências profissionais durante o curso.
A minha namorada Maria Maia pela compreensão e auxílio nos momentos de
dificuldade.
A orientadora Celimar Azambuja Teixeira por sua dedicação, apoio para o
desenvolvimento e conclusão deste trabalho, além de incentivar a continuação do mesmo para
uma proposta futura.
RESUMO
A carência de água é um obstáculo cada vez mais rígido em todo o planeta devido a elementos
como: o desperdício de água, as mudanças climáticas, a poluição da água e o consumo
desordenado dos recursos hídricos. Sob essas circunstâncias, mecanismos habituais ou a
adoção de novas fontes alternativas, como por exemplo, o aproveitamento da água pluvial, é
considerado uma alternativa viável para reduzir o consumo de água potável. Neste contexto, o
presente trabalho tem o propósito de estimar o consumo não potável de um condomínio
residencial vertical localizado no município de Curitiba, em fase de construção, e avaliar a
demanda dos reservatórios de aproveitamento e retenção projetados para atender as exigências
legais do município. Primeiramente coletaram-se os dados dos projetos aprovados que cita o
volume dimensionado para os reservatórios de aproveitamento e acumulação. Após a
realização do levantamento, calculou-se a demanda de água para abastecer o consumo não
potável do condomínio através de parâmetros estimados, que possibilitaram definir estes usos
para o aproveitamento do volume de água pluvial reservada. Para os fins não potáveis do
condomínio, considerou-se o uso da descarga da bacia sanitária dos apartamentos e das áreas
condominiais de uso comum, lavagem de pisos e automóveis, irrigação do jardim e
manutenção da piscina. Com a demanda definida, outros métodos de dimensionamento foram
ensaiados para comparar e avaliar os reservatórios projetados com o volume de 70,00 m3 para
o aproveitamento e 103,00 m3 para a acumulação de cheias. Com a demanda mensal estimada
de 897,45 m3 para o uso não potável do condomínio residencial, avaliou-se a capacidade
estimada de redução do consumo de água potável ao utilizar a água de chuva reservada. Com
o volume projetado de 70,00 m3 é possível atender 8 % da demanda total do condomínio, ou
prever um valor estimado de 8 % de substituição de água potável por água de chuva. Ao
adicionar o volume do reservatório de acumulação, soma-se um total reservado de 173,00 m3,
que possibilita suprir 19% da demanda, ou elevar em 19% o potencial de redução de água
potável para fins menos nobres.
The water shortage is a huge obstacle in all the planet, due to many conjoint factors as the
waste of water, the climate, the pollution and the disordered consumption use of the hidric
resources. Under these circumstances, usual mechanisms are considered or the introduction of
new ways of exploring the alternatives sources, as for example, the rain water, which is
considered a viable alternative to reduce the use and waste of drinkable water. In this context,
this thesis has the purpose of estimating the non potable water of a vertical residential
condominium in fase of construction, localized in Curitiba-Brasil, and evaluate the water
supply of the water reservatories of reuse and retention projected to attend the legal
obligations of the City Hall. The study was started by collecting all the information of the
approved projects that mention the volume and dimension for the water reservatories of reuse
and accumulation. After the data collection, it was calculated the water supply and its use of
non-potable water of the condominium, trough estimated parameters that helps defining the
possible uses of non-potable water for reuse that was stored. It was defined that the non-
potable stored water will be used in flushing cisterns of the apartments, common areas, floor
and car cleaning, garden irrigation and swimming pool maintenance. With all the necessities
defined, other dimensioning methods were tried in due of compare and analyze the water
tanks with the volume of 70,00 m3 for reuse and 103,00 m3 for Rainwater accumulation. With
the monthly necessities estimated in 897,45 m3 for non-potable water uses of the
condominium, it was verified a possibility of reduction of drinkable water while using the
stored rainwater. With a projected volume of 70,00 m3 it is possible to supply 8 % of total
needs of water of the condominium, or predict an estimated value of 8% of replacement of
drinkable water for Rainwater. By adding the volume of the storing tank, the total sum will be
of 173,00 m3 of stored water, that can enable 19% elimination, or elevate in 19% the
reduction of drinkable water for less noble purposes.
Keywords: non-potable water uses; Rainwater use; water supply; drinkable water needs;
dimensioning.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 9
1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 10
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 10
1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 12
2.1 DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS ................................................. 12
2.2 LEI QUE ESTABELECE O PURAE NO MUNICÍPIO DE CURITIBA-PR........... 17
2.2.1 DECRETO QUE REGULAMENTA A LEI Nº 10.785 DE 2003 ............................ 18
2.2.2 DECRETO QUE DISPÕE SOBRE A IMPLANTAÇÃO DOS MECANISMOS DE
CONTENÇÃO DE CHEIAS .................................................................................................... 21
2.3 PREVISÃO DE CONSUMO DE ÁGUA POTÁVEL .............................................. 23
2.4 SISTEMA DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA DE CHUVA ............................. 25
2.4.1 CAPTAÇÃO.............................................................................................................. 26
2.4.2 TRATAMENTO DA ÁGUA DE CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS ........... 28
2.4.3 QUALIDADE DA ÁGUA DE CHUVA ................................................................... 30
2.4.4 MÉTODOS PARA O DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS ............. 33
2.4.5 MANUTENÇÃO DO SISTEMA E INSTALAÇÕES PREDIAIS ........................... 36
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 37
3.1 OBJETO DE ESTUDO ............................................................................................. 37
3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS ............................................................................. 38
3.2.1 DADOS DO PROJETO ............................................................................................ 38
3.2.2 CÁLCULO DO RESERVATÓRIO DE CONTENÇÃO DE CHEIAS .................... 40
3.2.3 CÁLCULO DO RESERVATÓRIO DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA DE
CHUVA....................................................................................................................................42
3.2.4 ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO DE CURITIBA .......................................................... 44
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 45
4.1 CONSUMO ESTIMADO PARA FINS NÃO POTÁVEIS DO CONDOMÍNIO .... 45
4.2 DEMANDA ESTIMADA PARA O USO NÃO POTÁVEL DA ÁGUA DE CHUVA
ARMAZENADA NOS RESERVATÓRIOS ........................................................................... 50
4.3 SIMULAÇÃO PARA O DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO COM A
APLICAÇÃO DE OUTROS MÉTODOS................................................................................ 52
5 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 55
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 57
7 APÊNDICE ................................................................................................................ 60
9
1 INTRODUÇÃO
mananciais afastados e reduzir os custos para tratamento da água sendo a utilização para fins
não potáveis.
Nesta visão, o presente trabalho pretende avaliar o potencial de aproveitamento da
água de chuva e a necessidade de aplicar sistemas e métodos para a redução do consumo nas
edificações residenciais verticais na região urbana de Curitiba.
Este trabalho tem por objetivo verificar a demanda necessária para o uso não potável
da água de chuva armazenada nos reservatórios de aproveitamento e contenção de cheias de
um condomínio residencial vertical, dimensionados em conformidade com as exigências
estabelecidas pela legislação específica do município de Curitiba.
1.3 JUSTIFICATIVA
suficiente, causam as enchentes. Além disso, as águas carregam para os rios, materiais como:
terra, lixo e entulhos que contribuem com o assoreamento dos mesmos.
A água é um recurso escasso e a dificuldade é ampla a procura de novos mananciais e
fontes hídricas com qualidade suficiente para o consumo humano. Atualmente a maior
concentração de água potável para o abastecimento de Curitiba está localizada na região
metropolitana, nos municípios limítrofes, sendo o município de Piraquara o principal
abastecedor.
O poder municipal lentamente estabelece e define decretos e leis que propõem ações
alternativas para a retenção, captação e uso racional da água. Para a conservação dos recursos
hídricos é essencial que as edificações sejam projetadas com mecanismos e sistemas para a
redução do consumo da água potável e do escoamento superficial urbano, mesmo que o
estágio inicial seja para os fins não potáveis, através da utilização da água de chuva
depositada nos reservatórios de aproveitamento, acumulação e drenagem, que são projetados
para a contenção de cheias e descartam o excedente diretamente para a rede pluvial.
12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo American Water Works Association – AWWA (1993) apud Tomaz (2005)
definiu a conservação da água como a prática, tecnologias e incentivos que aperfeiçoam a
eficiência do uso da água. Um programa de conservação da água constitui-se de medidas e
incentivos. Medidas são as tecnologias e mudanças de comportamento, chamada de práticas,
que resultam no uso mais eficiente da água. Incentivos de conservação da água são: a
educação pública, as campanhas, a estrutura tarifária e os regulamentos que motivam o
consumidor a adotar as medidas específicas. Uns dos meios de conservação da água é o
aproveitamento da água pluvial que é captada em telhados e superfícies impermeabilizadas,
transportada por coletores horizontais e condutores verticais que depositam e conservam em
reservatórios sobre o solo ou enterrado.
O armazenamento da água de chuva é feito desde a antiguidade. Na ilha de Creta
inúmeros reservatórios eram escavados em rochas com a finalidade para o consumo humano.
Nessa mesma ilha, no palácio de Knossos, aproximadamente em 2000 a.C, era
aproveitada a água de chuva para descarga em bacias sanitárias. A grande fortaleza e
convento dos Templários, localizada na cidade de Tomar, Portugal, que foi construído em 01
de março de 1160, existem dois reservatórios para o aproveitamento da água de chuva, sendo
um com 215,00 m³ e outro com 145,00 m³. (KÖNING, 2001 apud TOMAZ, 2005).
Conforme Piazza (1983) apud Seeger (2008), em Santa Catarina, a primeira utilização
comprovada da água de chuva é datada do século XVIII, na Fortaleza de Ratones. Por estar
desprovida de fonte de água, foi construída, nesta ilha, uma cisterna que coletava a água dos
telhados para diversas finalidades, inclusive para o consumo das tropas.
Na América do Sul, o Brasil representa a maior produção hídrica com uma vazão
média de 177.900 m3/s, que corresponde 53% da vazão média de 334.000 m3/s. (TOMAZ,
2005).
14
Também foi avaliada a qualidade da água dos reservatórios situados na Bacia do Alto
Iguaçu. Este plano caracterizou os reservatórios por estados tróficos de eutrofização, ou seja,
os limites dos estados tróficos quanto à concentração de fósforo. (SUDERHSA, 2000).
17
As análises mostram que não somente os rios que são afetados com a degradação da
qualidade da água, os níveis de concentração de fósforo em alguns reservatórios da bacia
também são alarmantes. Com relação ao ano de 2005 o reservatório do Iraí está com grande
comprometimento da qualidade de suas águas para a potabilidade. O reservatório do Passaúna
com grande potencial de atingir uma qualidade negativa ao longo do tempo. Já os
reservatórios de Piraquara I, Miringuava e Pequeno estão em situação ideal para reservatórios
destinados ao abastecimento público. (SUDERHSA, 2000).
No dia 22 de março de 2006, foi instituído o Decreto nº 293 que regulamenta a lei nº
10.785 de 2003. Este decreto dispõe dos seguintes critérios: (CURITIBA, 2006).
a) V= N x C x d x 0,25,
b) Onde:
V= Volume em litros
N= Número de unidades
C= Consumo diário em litros/dia
a) V= AC x 0,75
b) Onde:
V= Volume em litros
AC= Área total computável da edificação
20
Exigências
Tipos de Edificações
1 2 3 4
Habitação Unifamiliar X X
Habitação de Uso Institucional X X
Habitação Transitória 1 (Apartamento, Hotel e Pensão) X X
Habitação Transitório 2 (Hotel) X X
Habitação Transitória 3 (Motel) X X
Comunitário 1-Ensino, Assistência Social a Saúde e Biblioteca. X X
Comunitário 2-Lazer, Cultura, Ensino, Saúde e Culto Religiosos. X X
Comunitário 3-Lazer e Ensino X X
Comércio e Serviço até 400m2 X X
Posto de Abastecimento X X
Habitação Coletiva e ou Conjunto Residencial (edifícios com área total construída por unidade
X X X
igual ou superior a 250m2 e nas residências isoladas)
Habitação Unifamilar em Série X X X
Casas Populares em Série X X X
Comércio e Serviço cima de 400m2 X X X
Edifício de Escritórios X X X
Estacionamento Comercial X X X
Centro Comercial X X X
Super e Hipermercado X X X
Lava Rápido X X X
Clínica e Ambulatório X X X
Indústria X X X
Fonte: CURITIBA, 2007.
21
a) V= K x I x A
Onde:
V= volume do reservatório
K= constante dimensional = 0,20
I= intensidade da chuva = 0,080 m/h
A= área prevista de acordo com a redução da taxa de permeabilidade
A pessoa física ou jurídica que infringir o presente decreto está sujeito a penalidades
estabelecidas de acordo com a lei 11.095/2004. (CURITIBA, 2007).
O diâmetro do orifício regulador deverá obedecer aos critérios da tabela abaixo:
Volume Diâmetro
Até 2 m3 25 mm
3 a 6 m3 40 mm
7 a 26 m3 50 mm
27 a 60 m3 75 mm
61 a 134 m3 100 mm
135 a 355 m3 150 mm
356 a 405 m3 200 mm
406 a 800 m3 300 mm
801 a 1300 m3 400 mm
1301 a 2000 m3 500 mm
Fonte: CURITIBA, 2007.
23
Tabela 11 - Média de consumo de água interno de uma residência nos Estados Unidos
Parâmetros
Uso Interno Unidades
Inferior Superior Mais provável
Gasto Mensal M3/pessoa/mês 3 5 5
Segundo Fendrich (2002) apud Zolet (2005) onde cita o Programa Nacional de
Combate ao Desperdício de Água – PNCDA (1998), que retrata a estimativa feita por
Gonçalves (1995), da distribuição do consumo domiciliar por ponto de consumo.
É importante analisar neste quadro, que a bacia sanitária tem o maior consumo entre
os demais pontos e representa 38% do total de consumo.
Total 100
Na tabela 14, apresenta também a média de consumo interno de uma residência nos
Estados Unidos. (AMY VICKERS, 2001 apud TOMAZ, 2005).
25
Tabela 14 - Média de consumo de água interno de uma residência nos Estados Unidos
Tipo de usos da água Porcentagem
Descargas na bacia sanitária 27%
Chuveiro 17%
Lavagem de roupa 22%
Vazamentos em geral 14%
Lavagem de pratos 2%
Consumo nas torneiras 16%
Outros 2%
Total 100%
2.4.1 CAPTAÇÃO
Q = P x A x C, onde:
Q = volume do reservatório (m3)
P = precipitação média mensal em milímetros (mm)
A = área de coleta (m2 )
C = coeficiente de Runoff
O volume de água de chuva aproveitável não é o mesmo que o precipitado. Para isto, é
aplicado o coeficiente de escoamento superficial que é chamado de coeficiente de Runoff
(indicado pela letra C), que considera a perda da água por evaporação, por absorção da
superfície da telha, limpeza do telhado, autolimpeza e outros.
Os coeficientes pesquisados vão de 0,67 a 0,95. Na Flórida é adotado o C=0,67 e na
Austrália o C=0,80. (TOMAZ, 2005).
27
A qualidade da água de chuva pode ser dividida em quatro etapas: antes de atingir o
solo, após escorrer pelo telhado, no interior do reservatório e no ponto de uso.
• No interior do reservatório
• No ponto de uso
Tabela 18 - Parâmetros de qualidade da água de chuva para usos restritivos não potáveis
Onde:
S (t) = volume de água no reservatório no tempo t;
V = volume do reservatório;
C = coeficiente de escoamento superficial.
Onde:
S (t) = volume de água no reservatório no tempo t;
Para este método duas hipóteses devem ser feitas, o reservatório está cheio no início
da contagem do tempo “t”, os dados históricos são representativos para as condições futuras.
V = 0,042 x P x A x T, onde:
P = valor numérico da precipitação média anual, expresso em milímetros (mm);
T = valor numérico do número de meses de pouca chuva ou seco;
A = valor numérico da área de coleta em projeção, expresso em metros quadrados
2
(m );
V = valor numérico do volume de água aproveitável e o volume de água do
reservatório, expresso em litros (L).
D. Método prático alemão: Trata-se de um método empírico que adota o menor volume
do reservatório. Esse volume é igual a 6% do volume anual de consumo ou 6% do
volume anual de precipitação aproveitável.
consumo) x 0,06 (6 %)
Vadotado= mín. (V; D) x 0,06, onde:
35
E. Método prático inglês: O volume de chuva é obtido pela seguinte equação abaixo:
V = 0,05 x P x A, onde:
P = valor numérico da precipitação média anual, expresso em milímetros (mm);
A = valor numérico da área de coleta em projeção, expresso em metros quadrados
2
(m );
V = valor numérico do volume de água aproveitável e o volume de água da cisterna,
expresso em litros (L).
Q= A x C x (P – I), onde:
C = coeficiente de escoamento superficial, geralmente 0,80;
P = precipitação média mensal;
I = interceptação da água que molha as superfícies e perdas por evaporação,
geralmente 2 milímetros (mm);
A = área de coleta;
Q = volume mensal produzido pela chuva.
Dt = demanda mensal;
Pr é a falha;
Vt = 0;
De acordo com a NBR 15527 de 2007, a tabela abaixo indica a frequência necessária
para a realização da manutenção periódica em todo o sistema de aproveitamento da água de
chuva.
3 METODOLOGIA
A. V= K x I x A
V= volume do reservatório;
K= constante dimensional = 0,20;
I= intensidade da chuva = 0,080 m/h;
A= área prevista (inciso 2º, do artigo 5º, do decreto nº 176 de 2007).
A. V = N x C x d x 0,25, onde:
V = Volume em litros;
N = Número de unidades;
d = Número de dias de reserva = 2
C = Consumo diário em litros/dia, adotando-se os valores conforme a tabela 23.
43
1 (um) 400
2 (dois) 600
3 (três) 800
4 (quatro), ou mais 1.000
Fonte: CURITIBA, 2006.
B. Memorial de Cálculo
N= 60 unidades de três quartos
V= 60 x 800 x 2 x 0,25
V= 24,00 m3
MESES TOTAL
ANO
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ANUAL
1982 36,10 230,80 55,60 36,10 63,90 240,90 102,20 41,40 18,60 191,50 249,70 141,10 1407,90
1983 203,60 64,30 89,10 156,70 300,60 218,40 262,40 5,10 235,80 77,30 43,20 221,30 1877,80
1984 111,50 22,30 192,00 121,20 150,20 145,70 51,60 193,60 118,30 41,30 164,80 127,20 1439,70
1985 33,70 132,90 64,60 97,70 17,10 37,60 27,80 7,30 126,20 55,00 45,40 88,60 733,90
1986 227,90 125,40 123,10 84,20 84,10 12,20 36,10 116,10 59,50 98,40 184,70 264,30 1416,00
1987 120,50 213,50 26,00 130,00 283,80 112,60 41,40 53,70 87,70 121,00 59,00 141,20 1390,40
1988 120,10 125,60 133,20 99,10 276,10 75,40 19,60 1,90 75,90 101,50 28,80 176,30 1233,50
1989 304,60 122,80 59,20 154,80 103,20 47,70 130,50 37,50 144,90 85,80 76,40 139,10 1406,50
1990 288,30 105,30 214,10 165,00 88,80 88,10 236,90 142,50 116,00 145,10 163,30 82,80 1836,20
1991 136,70 137,00 188,80 51,00 49,60 131,70 1,60 69,20 38,10 167,50 56,50 163,80 1191,50
1992 108,50 157,80 172,00 17,30 292,20 26,00 154,00 150,00 70,10 63,40 115,40 54,80 1381,50
1993 249,60 191,20 125,50 87,30 169,90 80,70 110,60 27,40 360,50 178,30 91,80 119,60 1792,40
1994 228,60 161,60 56,10 77,00 80,40 88,40 124,00 3,40 5,00 139,40 149,90 164,00 1277,80
1995 423,50 120,90 126,00 63,60 37,40 104,70 102,10 65,30 148,40 149,90 82,40 150,20 1574,40
1996 246,00 243,80 238,70 27,00 2,40 113,30 95,90 79,40 192,60 177,10 168,10 233,50 1817,80
1997 370,00 260,60 52,50 16,50 54,30 144,60 45,60 105,90 159,80 209,40 245,20 160,20 1824,60
1998 131,50 181,40 318,20 112,60 33,20 93,80 133,80 267,80 369,00 206,40 14,10 108,80 1970,60
1999 303,60 374,60 120,60 62,80 70,60 64,20 141,20 12,60 116,20 105,40 70,20 120,00 1562,00
2000 100,00 193,10 119,60 11,40 21,80 121,20 72,00 74,20 223,40 149,60 139,00 183,70 1409,00
2001 131,00 376,40 171,80 78,80 180,20 104,20 175,80 46,40 48,60 238,00 132,60 135,40 1819,20
2002 225,80 186,60 69,20 100,00 106,20 25,60 41,60 104,20 179,20 116,60 170,40 162,10 1487,50
2003 208,40 141,40 233,20 63,20 10,80 98,00 138,40 10,80 158,40 71,30 154,00 204,00 1491,90
2004 141,60 57,20 218,60 120,00 117,40 69,50 42,20 18,20 53,00 154,00 58,00 163,40 1213,10
2005 108,40 82,00 62,80 121,60 87,70 83,60 136,40 144,40 327,20 230,20 82,30 30,20 1496,80
2006 159,20 175,40 151,20 13,00 13,00 34,40 45,40 39,20 185,60 52,90 134,80 126,40 1130,50
2007 203,40 119,80 128,00 120,00 194,00 0,00 93,40 12,80 89,40 140,20 108,60 168,60 1378,20
2008 133,40 67,00 188,80 137,80 45,40 111,00 27,40 94,80 36,20 218,60 54,40 60,40 1175,20
2009 141,60 111,20 79,60 52,20 28,20 60,30 216,20 71,80 284,60 148,40 196,40 156,40 1546,90
2010 348,20 132,20 205,80 195,60 97,60 84,80 120,20 47,40 50,60 152,80 88,60 333,60 1857,40
2011 310,20 325,80 71,40 119,40 29,40 102,20 154,40 264,20 66,40 196,00 64,80 111,80 1816,00
Fonte: INSTITUTO DAS ÁGUAS DO PARANÁ, 2012.
45
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo serão apresentados: o consumo de água estimada para suprir à demanda
não potável do condomínio, cálculo estimado da demanda não potável a ser atendida pelo
volume armazenado de água pluvial, definição de quais usos não potáveis serão atendidos,
simulação do reservatório projetado através de outros métodos de dimensionamento,
comparativo do volume reservado da água de chuva pela demanda total não potável do
condomínio.
Para estimar o consumo de água para fins não potáveis do condomínio residencial,
alguns dados foram obtidos do projeto aprovado na Prefeitura Municipal de Curitiba,
principalmente as áreas de uso comum que serão administradas pelo condomínio.
As áreas condominiais estão distribuídas em doze ambientes mobiliados que permitem
a ocupação máxima de 160 pessoas. Na tabela 25, segue a relação dos usos com sua
respectiva capacidade.
Espaços Capacidade
Salão Gourmet 24
Brinquedoteca 22
Festas Infantil 27
Fitness 14
Cinema 9
Festas Adulto 24
Jogos 10
Espaço Teen 8
Espaço Mulher 10
Vestiário 10
Portaria 1
Guarita 1
Total 160
Junto aos espaços de uso coletivo foram projetados onze banheiros, mais um vestiário
para o uso de dez funcionários do condomínio e um banheiro exclusivo para o uso da portaria
de acesso de pedestres e outro para a guarita de acesso de veículos, totalizando quatorze
banheiros.
A previsão da empresa contratada para administrar o condomínio nos primeiros seis
meses após a entrega do empreendimento é de contratar dez funcionários, sendo quatro
pessoas designadas para a limpeza, ou seja, um funcionário por torre, dois porteiros e mais
dois para realizar o revezamento na escala de trabalho, um jardineiro e um zelador.
As áreas externas de uso comum do condomínio estão descritas na tabela 26. Para o
lazer externo foram idealizadas duas piscinas cobertas aquecidas com área de 120,00 m2,
entre a circulação e os passeios, áreas de jardins com vegetação e gramado que compõem a
superfície permeável de 1.062,19 m2.
As áreas de calçadas, praças, acessos, quadra esportiva, playground e quiosques com
churrasqueiras somam o total impermeabilizado de 1.560,32 m2.
Segundo a NBR 15.527 de 2007 e Tomaz (2005), foram definidos os seguintes usos
não potáveis: a descarga de bacias sanitárias, a rega de jardins, limpeza de pisos e calçadas,
manutenção das piscinas e lavagem de veículos.
O empreendimento possui 152 apartamentos, distribuídos entre 60 unidades de três
dormitórios e 92 unidades de quatro dormitórios.
Para estimar a demanda de água a ser utilizada em descarga de bacias sanitárias para
todos os apartamentos, foram estimados quatro habitantes para a moradia de três dormitórios,
sendo um casal para a suíte e para os demais quartos uma pessoa por dormitório.
47
Nas unidades de quatro dormitórios foram estimados cinco habitantes, um casal para a
suíte e para os demais quartos uma pessoa por dormitório, o total estimado é de 700
moradores.
De acordo com o memorial descritivo fornecido pela construtora, para todos os
banheiros do condomínio, será instalada a bacia sanitária com caixa acoplada de consumo
reduzido de 6,0 litros por descarga.
Neste caso não foi considerado o volume sugerido de 9,0 litros por descarga de acordo
com a tabela 11. Estimou-se a frequência de uso de cinco vezes ao dia por habitante, a tabela
abaixo apresenta a demanda estimada para atender a descarga da bacia sanitária de todas as
unidades do condomínio residencial.
Na tabela 27, o volume necessário para abastecer a descarga das bacias sanitárias dos
152 apartamentos é de 21,00 m3 por dia, totalizando um consumo de 630,00 m3 por mês.
Tabela 28 - Demanda para o uso da descarga sanitária dos banheiros de uso comum
Demanda para a descarga da bacia sanitária dos banheiros da área condominial
Nos quatorzes banheiros destinados para o uso comum, considerou-se uma população
total de 160 pessoas de acordo com a capacidade máxima permitida para cada ambiente
condominial, visto na tabela 25. Os parâmetros estabelecidos para calcular o consumo da
descarga da bacia sanitária, seguiram os mesmos valores estimados para o cálculo da
demanda dos apartamentos, de acordo com a tabela 28.
O consumo estimado é de 144,00 m3 ao mês, mas estes espaços condominiais podem
não estar ocupados no mesmo período, alguns com uma menor frequência de utilização,
48
ocorrendo uma variação de uso entre os finais de semana e dias úteis, deste modo uma
referência de 30% sobre os parâmetros estimados é o mais indicado para prever o consumo
mensal, que na tabela 29, representa o valor de 43,20 m3 ao mês.
Tabela 29 - Demanda com 30% como referência para a descarga sanitária de uso comum
Demanda descarga da bacia sanitária dos banheiros da área condominial
Nas áreas externas do condomínio, os usos não potáveis estabelecidos são para a
manutenção das piscinas, irrigação de jardins, lavagem de pisos e veículos.
Na tabela 30, são fornecidos os valores para a manutenção das piscinas com área de
120,00 m2, estimou-se o consumo de 3,0 litros por m2 ao dia, que gera um volume de 10,80
m3 ao mês. Para a rega de jardins, superfícies gramadas e arborizadas que somam a totalidade
de 1.062,19 m2, mensurou-se o valor de 2,0 litros por m2 ao dia que produz a demanda
mensal de 63,73 m3. A lavagem de pisos, calçadas, pátios e demais áreas impermeabilizadas
representa um total de 1.560,32 m2, estabeleceu-se o consumo de 2,0 litros por m2 ao dia para
o cálculo da demanda, que proporciona um montante mensal de 93,62 m3.
49
Na tabela 34, o volume armazenado pode suprir as demandas não potáveis a seguir
como: o volume mensal de 54,00 m3 que adiciona a descarga da bacia sanitária dos banheiros
de uso comum e a manutenção das piscinas.
Também é possível abastecer a demanda mensal de 66,90 m3, para a lavagem de
veículos e a manutenção das piscinas ou atender apenas a irrigação do jardim que consome
um volume de 63,73 m3 ao mês.
milímetros (mm), a base do ano médio é de 2005, que acumulou um total anual de 1496,80
milímetros (mm).
Rippl 960,04
Simulação 173,00
Australiano 173,00
5 CONCLUSÕES
juntamente com o sistema de reuso de água cinza. Uma sugestão para ser desenvolvida num
próximo trabalho, com o cálculo do volume de água cinza aproveitável, avaliação da
capacidade estimada para a complementação da reserva de água pluvial e comparação da
quantidade disponível para substituir o fornecimento potável. Nos dois casos descritos não
foram considerados a viabilidade econômica, ou seja, o “payback” dos sistemas, mas é
possível assumir previamente que o investimento aplicado na implantação do sistema de reuso
é elevado e requer a necessidade de admitir um profissional responsável pela estação de
tratamento e custear a manutenção periódica deste sistema.
Além disso, conclui-se que o aproveitamento de água de chuva é um sistema mais
viável para o uso em residências unifamiliares, visto que a demanda é menor e como o
potencial pluviométrico do município é elevado, desta forma, aumentam as chances do
atendimento da demanda total para fins não potáveis.
Para o caso em estudo, verificou-se a impossibilidade de atender toda a demanda para
fins não potáveis com os reservatórios projetados com base no decreto municipal. Portanto,
optou-se por atender parte da demanda de uso não potável da área condominial de uso
comum. Mesmo com o atendimento parcial da demanda de uso não potável para o
condomínio em questão, verificou-se a importância de coletar, armazenar e aproveitar a água
de chuva.
Para grandes condomínios e com grandes demandas, uma opção sustentável, porém
ainda com alto custo, é o reuso de água cinza.
Todas as alternativas de fontes de abastecimento de água são viáveis de análise, pois
este é um recurso imprescindível para a vida e cada vez mais escasso em nosso planeta.
57
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CURITIBA. Decreto nº. 293, de 22 de março de 2006. Regulamenta a Lei nº 10.785 de 2003
e dispõe sobre os critérios do uso e conservação racional da água nas edificações e dá outras
providências. Curitiba, 22 de março de 2003.
CURITIBA. Decreto nº. 176, de 20 de março de 2007. Dispõe sobre os critérios para
implantação dos mecanismos de contenção de cheias. Curitiba, 20 de março de 2007.
SEEGER, Lília Mayumi Kaneda. Eficiência dos Sistemas de Aproveitamento das águas
pluviais na região central do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Pós-graduação
em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008.
Disponível em:
http://w3.ufsm.br/ppgec/wp-content/uploads/Lilia%20Seeger.pdf
Acesso em: 12 set. 2012.
TOMAZ, Plínio. Previsão de consumo de água. Interface das instalações prediais de água e
esgoto com os serviços públicos. São Paulo: Navegar, 2000.
TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de água de chuva para áreas urbanas e fins não
potáveis. 2. ed. São Paulo: Navegar, 2005.
URBANO, Edison. Sempre sustentável. Projetos experimentais de baixo custo. São Paulo:
[s.n], 2012. Disponível em:
http://www.sempresustentavel.com.br/index.html
Acesso em: 12 set. 2012
7 APÊNDICE
Chuva Volume
Demanda Área de
Média Coeficiente de Chuva Volume do Volume do Volume do
Mensal Coleta Overflow Suprimento
Mensal de Runoff Mensal Reservatório Reservatório Reservatório
Meses (m3) (m2)
(mm) (mm)
Q (m3) =C
(T) (m3) (m3) (m3)
I (mm) D (m3) A (m2) C xIxA (m3) (T-1) (m3)
Janeiro 108,40 168,15 960,00 0,80 83,25 960,04 0,00 -84,90 0,00 0,00
Fevereiro 82,00 168,15 960,00 0,80 62,98 960,04 -84,90 -190,07 0,00 0,00
Março 62,80 168,15 960,00 0,80 48,23 960,04 -190,07 -309,99 0,00 0,00
Abril 121,60 168,15 960,00 0,80 93,39 960,04 -309,99 -384,75 0,00 0,00
Maio 87,70 168,15 960,00 0,80 67,35 960,04 -384,75 -485,55 0,00 0,00
Junho 83,60 168,15 960,00 0,80 64,20 960,04 -485,55 -589,50 0,00 0,00
Julho 136,40 168,15 960,00 0,80 104,76 960,04 -589,50 -652,89 0,00 0,00
Agosto 144,40 168,15 960,00 0,80 110,90 960,04 -652,89 -710,14 0,00 0,00
Setembro 327,20 168,15 960,00 0,80 251,29 960,04 -710,14 -627,00 0,00 0,00
Outubro 230,20 168,15 960,00 0,80 176,79 960,04 -627,00 -618,36 0,00 0,00
Novembro 82,30 168,15 960,00 0,80 63,21 960,04 -618,36 -723,30 0,00 0,00
Dezembro 30,20 168,15 960,00 0,80 23,19 960,04 -723,30 -868,26 0,00 0,00
Total 1496,80 2017,80 1149,54 0,00
Confiança Eficiência
Número de vezes que o reservatório não atendeu a
demanda
0 do sistema 100,00% do sistema 100,00%
(%) (%)
Chuva Volume de
Demanda Área de Perdas Coef. Volume Volume Volume
Média Chuva
Mensal Coleta por de do do do Overflow Suprimento
Mensal Mensal
Meses (m3) (m2) evaporação Runoff Reservatório Reservatório Reservatório
(mm) (mm)
Q (m3) =A x 3 3 3
(T) (m ) (m ) (m )
I (mm) D (m3) A (m2) I (mm) C C x (P - I) fixado - (m3) (T-1) (m3)
Janeiro 108,40 168,15 960,00 2,00 0,80 81,72 173,00 0,00 -86,43 0,00 0,00
Fevereiro 82,00 168,15 960,00 2,00 0,80 61,44 173,00 -86,43 -193,14 0,00 0,00
Março 62,80 168,15 960,00 2,00 0,80 46,69 173,00 -193,14 -314,60 0,00 0,00
Abril 121,60 168,15 960,00 2,00 0,80 91,85 173,00 -314,60 -390,90 0,00 0,00
Maio 87,70 168,15 960,00 2,00 0,80 65,82 173,00 -390,90 -493,23 0,00 0,00
Junho 83,60 168,15 960,00 2,00 0,80 62,67 173,00 -493,23 -598,71 0,00 0,00
Julho 136,40 168,15 960,00 2,00 0,80 103,22 173,00 -598,71 -663,64 0,00 0,00
Agosto 144,40 168,15 960,00 2,00 0,80 109,36 173,00 -663,64 -722,43 0,00 0,00
Setembro 327,20 168,15 960,00 2,00 0,80 249,75 173,00 -722,43 -640,83 0,00 0,00
Outubro 230,20 168,15 960,00 2,00 0,80 175,26 173,00 -640,83 -633,72 0,00 0,00
Novembro 82,30 168,15 960,00 2,00 0,80 61,67 173,00 -633,72 -740,20 0,00 0,00
Dezembro 30,20 168,15 960,00 2,00 0,80 21,66 173,00 -740,20 -886,69 0,00 0,00
Total 1496,80 2017,80 1131,11 0,00
Confiança
Eficiência do
Número de vezes que o reservatório não atendeu a demanda 0 do sistema 100,00% 100,00%
sistema (%)
(%)
Fonte: Adaptado de CHRISTAN, 2008.