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Texto de apoio ao curso de Especialização

Atividade física adaptada e saúde


Prof. Dr. Luzimar Teixeira

ALBINISMO
A palavra albinismo deriva do latim albus(branco) e se refere à incapacidade de um
indivíduo ou animal de fabricar um pigmento denominado melanina (do grego melan, negro),
que dá cor à pele e protege da radiação ultravioleta tanto do Sol como de qualquer
dispositivo artificial, como as câmaras de bronzeamento artificial.

Diferentes alterações dos genes podem causar albinismo. Por exemplo, a falta de alguma
das enzimas sintetizadoras da melanina ou a incapacidade da enzima para entrar nas
células responsáveis pela pigmentação e transformar o aminoácido tirosina, a base para
construir o pigmento, em melanina.

Isto é, no caso do albinismo, o indivíduo ou animal possui melanócitos, onde se gera a


melanina, mas uma disfunção não permite que estas células fabriquem o pigmento.

O albinismo é uma disfunção universal que pode afetar tanto o homem como a mulher e
também afeta os animais. É muito freqüente em ratos, coelhos, cavalos, porcos, peixes,
tubarões e tigres.

As pessoas ou animais com albinismo têm muito pouca ou nenhuma pigmentação em em


seus olhos, pele ou cabelo. Os cabelos, as sobrancelhas e as pestanas são totalmente
brancas ou de um amarelo muito pálido, a tez é extremamente clara e os olhos podem
chegar a ser rosados. A despigmentação com que nascem não se modifica com a idade.

Os albinos têm dificuldade de enxergar em lugares muito claros e podem sofrer


queimaduras por radiação solar muito facilmente, sendo muito provável que desenvolvam
câncer de pele caso não se protejam adequadamente.

O albinismo pode se apresentar de forma total ou parcial, afetando respectivamente todo o


corpo ou só determinadas zonas. A forma mais comum, no entanto, é a total.

Hereditariedade
O albinismo é hereditário e está condicionado a um gene pouco comum que gera certas
características físicas e que tem caráter recessivo, não aparece em todas as gerações.
Estima-se que uma em cada 17.000 pessoas são albinas.

Quando um dos pais possui o gene recessivo do albinismo, existe a probabilidade de


transmissão de 25% em cada gravidez. De cada quatro filhos, um pode apresentar a
doença. No entanto, no caso do nascimento de filho saudável, há 50% de possibilidade de
ele ser portador do gene e gerar filhos com albinismo.

A terapia genética abre uma possibilidade para os portadores do albinismo. No futuro, estes
pacientes poderão receber os genes que faltam a suas células "pigmentadoras", a fim de
que adquiram a capacidade de sintetizar a melanina.

Vitiligo
É bom lembrar que existem variadas doenças que se caracterizam por alterações na
pigmentação da pele, diminuições congênitas ou adquiridas na produção de melanina. Um
exemplo é vitiligo. Ainda que o albinismo possua algumas características similares com o
vitiligo, as disfunções não estão relacionadas.

O vitiligo é uma doença da pele que se adquire e se desenvolve progressivamente,


enquanto o albinismo se apresenta desde o nascimento e não aumenta nem diminui com a
idade. No albinismo, não existe melanina porque os melanócitos não podem sintetizá-la. No
vitiligo, não existe melanina porque os melanócitos foram destruídos.

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