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A Riqueza da Vida

Efésios 2:4,7 – Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos
amou, deu-nos vida com Cristo...Deus nos ressuscitou com Cristo...para mostrar a
incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em
Cristo Jesus.
Antes, a riqueza da nossa vida eram as transgressões e pecados (vs.1) que
reputávamos como prazeres. Vivíamos para eles (os pecados). Éramos cativos e
obedientes, não apenas à corrupção, mas ao próprio Satanás (vs.2).
Em razão disso, vivíamos em oposição a Deus: obedecendo ao Diabo e sendo
desobedientes a Deus.
Ao contrário do que o mundo diz, nossa vontade e pensamentos não eram livres nem
independentes, mas escravos das paixões da nossa natureza pecaminosa. Essas coisas
desagradam e atraem a justa ira de Deus (vs.3). Pois esse viver rebelde não
corresponde àquilo para o que Deus nos criou. Ele nos criou para amá-lo, assim como
nos ama. Para obedecê-lo, assim como Jesus em tudo foi e é obediente ao Pai.
Vivendo assim, desperdiçávamos, desprezávamos, rejeitávamos e até odiávamos o
tesouro que Deus tem para nós: seu amor.
No entanto, o texto nos afirma ao menos três boas notícias:
1ª – Boa notícia: Deus é rico em misericórdia, amor e vida. Ele dispensa a nós tudo isso,
pela fé em Jesus, de graça. Através de Jesus, ele nos deu a reconciliação gratuitamente
(vs.4-5). Se chama graça por que não merecemos mesmo. Ninguém jamais teve ou terá
um feito sequer que possa obrigar Deus, pela justiça, a nos dar alguma coisa. Ninguém
tem ou fez coisa alguma de que possa se considerar digno, merecedor ou justo, ou
ainda contar como vantagem diante de Deus (vs.9).
2ª – Boa notícia: Deus também é incomparavelmente rico em graça, em generosidade.
Ele deu prova disso ao enviar Jesus com Filho obediente por nós, em todas as coisas
que não éramos obedientes (vs.6-7). Ele nos pôs em lugar de honra, na família de Deus
(vs.19). Ele fez isso sem que houvesse qualquer mérito de nossa parte. Pelo contrário,
nossas obras detestáveis nos faziam merecedores de ira e justiça (vs.3). Deus nos
outorgou1 a salvação, que é um dom gratuito (vs.8-9).
3ª – Boa notícia: Deus faz de nós nova criação (vs.10), sendo a Pedra Angular, o
Fundamento, o Alicerce: Jesus Cristo (vs.20). Sobre esse novo fundamento nós vamos
sendo edificados. Sobre a justiça, a pureza, a retidão e a santidade de Jesus nós
crescemos e também edificamos (vs.21).

1
Outorgar é diferente de conceder no seguinte: Outorgar tem a ver com dar como favor, promulgar.
Conceder, embora seja tido como sinônimo, possui um significado em torno de tornar disponível, à
disposição. O que não deixa de ser correto quanto a salvação. Porém, Deus não apenas tornou possível
nossa salvação através de Jesus, mas promulgou-a sob decreto de sua livre vontade e graça a todos os
que nele creem.
Deus, por meio de Jesus, preparou boas obras para que nelas labutemos. Obras bem
diferentes das que estávamos acostumados a praticar. Jesus disse que a obra que Deus
requer de nós é esta: Que creiamos em Jesus (João 6:29), a manifestação do amor de
Deus; e que nessa fé e confiança vivamos, e vivamos de acordo com esse acesso ao Pai
(vs.18). O propósito é que sejamos casa e perfeita habitação de Deus, o Espírito (vs.21-
22).
Portanto, a riqueza da vida humana se chama graça de Deus. Ela é o tesouro mais rico
que podemos ter nesta vida e na vida porvir. Pois é por esse tesouro que temos acesso
a Jesus, nossa vida.
É também através dessa graça que flui por meio de Jesus que somos conduzidos à
obediência e às boas obras, bem diferentes àquelas do velho mundo, da velha criação
e do diabo.
Por causa do diabo e do pecado, estávamos mortos para Deus, éramos escravos da
corrupção e da mentira. Os prazeres do pecado que reputávamos por nossa riqueza,
na verdade eram a miséria pela qual o príncipe deste mundo nos mantinha escravos.
Ao invés de acumularmos bens, acumulávamos ira.
Vivíamos, de fato, sem Cristo, sem esperança e sem Deus no mundo (vs.12). Por Jesus,
porém, superabundou a suprema riqueza da graça de Deus a nosso favor em bondade,
vida, liberdade, amor e verdade. A fim de que as únicas três preciosidades nos fossem
dadas por herança: Cristo, a esperança da vida eterna e Deus. São as reais riquezas que
devemos prezar neste mundo, pois serão a nossa riqueza também na vida eterna que
está por vir.

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