altamente religioso que difama o nome de Deus e seu tabernáculo.
Vamos entender rapidamente do que se trata o
tabernáculo.
O santuário que Deus mandou construir é o
modo didático de se ensinar o Plano da Salvação. O santuário estava composta por uma parte externa, chamada de átrio, e uma parte interna, conhecida como tabernáculo. O tabernáculo era dividido em dois compartimentos, o lugar Santo e o Santo dos Santos, ambos separados por uma cortina.
No átrio, entre a entrada principal e a
entrada do tabernáculo, se encontravam o altar do holocausto e a bacia de cobre. Dentro do santuário, no lugar Santo, encontravam-se três móveis; do lado direito da entrada estava a mesa, onde eram colocados doze pães sem levedo e alguns utensílios; em frente dela, do lado esquerdo, estava o candelabro, cujas chamas ficavam acessas continuamente. O altar de incenso se encontrava em frente ao véu. Do outro lado do véu, no Santo dos Santos, estava a arca da aliança.
A ordem dos rituais era a seguinte:
Primeira fase da cerimonia: o indivíduo que
queria perdão pelos seus pecados, trazia um cordeiro sem defeito como oferta. O sacerdote examinava o cordeiro e logo então o pecador colocava as mãos na cabeça do animal. Simbolicamente estava transferindo seus pecados para um ser inocente. Então, o cordeiro era degolado (imolado) pelo próprio indivíduo ao pé do altar do holocausto. O sacerdote colhia o sangue em uma bacia de ouro e com um recipiente menor, espargia nas pontas do altar e então derramava o restante ao redor de sua base. Logo então o cordeiro morto era cortado em pedaços e colocados para serem queimados. Assim, o indivíduo estava livre do pecado. E claro que isso era uma 2. representação do que o Messias faria no futuro: morrer em nosso lugar.
O sacerdote tinha que se lavar antes de
oferecer a oferta queimada e novamente antes de continuar o ritual dentro do tabernáculo. Isso ele fazia na bacia de cobre. Esses eram os rituais que acontecia no átrio do santuário.
A segunda fase da cerimônia: Iniciava-se
quando o sacerdote entrava no tabernáculo. Após lavar-se, o sacerdote entrava no lugar Santo levando consigo uma porção do sangue do sacrifício e passava para o aspersor, um recipiente de ouro que se encontrava sobre a mesa dos pães. Cuidadosamente aspergia o sangue diante do véu entre o lugar Santo e o Santo dos Santos, e aplicava o sangue nas pontas do altar do incenso. Isso era uma representação simbólica da transferência dos pecados para o tabernáculo. Após essa tarefa, ele saia e entrava o sacerdote responsável pela queima do incenso. Ele ficava perante o altar de incenso, balançando o incensário até que a fumaça enchesse os dois compartimentos. Então acontecia algo espectacular. A glória de Deus era manifestada através da shekinah, uma luz misteriosa que pairava sobre o arca no Santo dos Santos e que impregnava ambos compartimentos. Essa cerimonia era efetuada diariamente, duas vezes por dia. E por essa razão que o conjunto desses rituais diários era chamado de O Contínuo Sacrifício.
Terceira face da cerimônia: Acontecia apenas
uma vez por ano, quando o Sumo Sacerdote penetrava o Santo dos Santos em uma cerimonia que consistia na purificação do santuário. Esse dia era chamado de dia da expiação. Era um dia de juízo. Nesse dia, enquanto o povo afligia-se diante de Deus silencioso e pensativo, o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos com uma oferta especial. Quando ele saia, aqueles dentre o povo que não participavam do cerimonial, afligindo-se diante de Deus, eram afastados do meio da congregação.
O Santuário na terra era uma semelhança do
santuário celestial, e as atividades realizadas pelo sacerdote no tabernáculo era 3. um exemplo daquelas que seriam realizadas por Cristo no santuário celestial. Cada atividade nas três fases da cerimonia, cada mobília, cada detalhe, apontava para alguma atividade ou característica de Cristo dentro do Plano da Salvação, ou Plano da Redenção.
Se traçar uma linha de tempo desde a entrada
do santuário e passando pelos compartimentos do tabernáculo, veremos mini profecias de eventos relacionados a esse grande plano.
O primeiro evento acontece na primeira fase.
O cordeiro teria que morrer fora do tabernáculo, no átrio, mas antes, o sacerdote teria que se lavar. O átrio representa a terra; aqui, Jesus passou pelo batismo, pelas águas, viveu entre nós e foi morto. Todos os nossos pecados foram transferidos para Ele. O ser inocente pagou pela nossa transgressão.
O segundo evento acontece na segunda fase. O
sacerdote entrava no lugar Santo e ficava entre o candelabro, a mesa e o altar de incenso. O sangue do pecador havia sido espargido no altar e a fumaça do incenso impregnava o recinto. Esse ritual indicava Jesus indo para o céu como sacerdote para interceder por nós. E lá, Ele, a luz do mundo, vela e sustenta seu povo diariamente, provendo todas as nossas necessidades, representado pelos candelabro e pelos pães. O sangue espargido e a fumaça com cheiro agradável significa que o sacrifício de Cristo foi aceito e agora atende nossas orações. Ele faz isso continuamente.
O terceiro evento acontece na terceira fase.
Apenas uma vez dentro do ciclo anual, o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos para realizar a obra de juízo. Acontece que Jesus já começou sua terceira atividade em 22 de outubro de 1844.
Veremos isso em outro vídeo.
Jesus ainda está realizando seu trabalho de
juízo, mas logo essa atividade chegará ao fim. É quando nós dizemos que a graça acabou e o fim chegou. Seu povo, aqueles que o aceitam e guardam seus mandamentos, deveriam 4. estar em sincera comunhão, purificando-se diante dEle.
Esse é o trabalho verdadeiro que era
realizado no santuário terrenal e que é realizado no santuário celestial. Para ser mais exato, no céu existe apenas o tabernáculo, pois o átrio, ou as atividades no átrio já foram realizadas por ocasião da vida, morte e ressurreição de Jesus.
O Plano da Salvação é apresentado no ritual
do santuário em suas três faces. A primeira face já passou. A segunda face acontece simultaneamente com a segunda face.
Este é o evangelho e completo apresentado no
ritual do santuário. Quando o texto de apocalipse disse que o sistema religioso iria difamar o nome de Deus e de seu tabernáculo, estava dizendo que esse poder apresentaria algo diferente do que realmente é o Plano de Salvação. Se a Bíblia apresenta um Deus de amor, esse poder apresenta um Deus tirano. Se a Bíblia apresenta a Jesus como o único intercessor, esse poder apresenta outros intercessores. Se a Bíblia apresenta um Plano de Salvação, esse poder apresenta um evangelho de salvação totalmente diferente.