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AS CARTAS DE AMORAMON
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PREFÁCIO GERAL
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As cartas de Amoramon tiveram origem há uns vinte anos . Elas se foram acumulando
gradativamente à medida que inúmeras pessoas lhe manifestaram suas posições espirituais, as quais,
de alguma forma ou outra, contrariavam os princípios e as revelações de Deus aos povos modernos
por meio do profeta, vidente e revelador Joseph Smith, o primeiro presidente de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
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Naquela época, duas décadas atrás, este autor ainda não havia assumido o pseudônimo Amoramon,
mas ao publicar este trabalho agora em 1995, fez com que o mesmo viajasse no tempo, para os idos
1975 e assinasse aquelas primeiras cartas.
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Elas foram dirigidas tanto a pessoas reais quanto imaginárias; algumas delas leram as missivas,
outras jamais as lerão. Mas considerando que todos nós temos um pouco do pensamento dos outros,
as cartas são dirigidas a todos os homens e mulheres que possam pensar como aqueles que
motivaram  Amoramon
a lhes escrever.
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O objetivo do autor ao publicar este trabalho é abrir sua boca e declarar a Restauração do evangelho
de Jesus Cristo - o evangelho do reino, para diferençar do evangelho segundo o mundo.
O primeiro é o do reino porque completo e incorruptível; o segundo é do mundo porque incompleto e
corrompido entre miríades de denominações.
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Amoramon, nos seus já muitos anos de vida, aprendeu a não ter mais ilusões com os homens, nem
com os crédulos nem com os incrédulos; convenceu-se da grande verdade contida nas palavras de um
profeta moderno :
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"O maior milagre de Deus não é mover rios e montanhas; é mudar o coração
dos homens".
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Quão grande é esse milagre, Amoramon pode dar   testemunho pessoal, pela mudança que Deus
processou no seu coração.
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Os crédulos aprendem a crer naquilo que querem acreditar em vez de naquilo que Deus gostaria que
acreditassem - eles não tomam conhecimento de que existe uma fé que agrada a Deus e que, em
decorrência, há outras fés que não agradam.
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Pois a fé é a firme esperança nas coisas que não podemos ver e que são verdadeiras. Isso revela que
podemos ter fé em coisas que não são verdadeiras.
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Mas, se a escritura afirma que a fé é um dom de Deus, perguntamos: Como Ele nos daria o dom de
ter fé naquilo que não é verdadeiro ?
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Os crédulos simplisticamente dirão: Se tenho fé nisso ou naquilo é porque recebi de Deus o dom de
crer nisso ou naquilo.
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Ledo engano ! Deus apenas nos dá o dom de crer, o poder de crer ou de descrer nas coisas do espírito.
O alvo para onde direcionaremos nosso poder de fé é, porém, coisa bem mais complexa e arriscada,
pois é parte inerente de nossa provação mortal; é algo que implica em sério esforço espiritual, busca,
estudo e oração; é algo que está muito além da comodidade espiritual transmitida pelas tradições
recebidas de nossos genitores e progenitores; é algo muito mais sério do que a leviandade espiritual
humana imagina.
A verdade de Deus não pode ser encontrada no comodismo das tradições seculares; ninguém pode
encontrá-la   com um coração leviano. Sem revelação pessoal, nenhum homem pode saber que aquilo
que  crê é do agrado de Deus.
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Deus sabe disso, o demônio também o sabe; só o homem não consegue aprender.
É por isso que o profeta moderno disse aquela verdade trágica - pois o coração humano permmanece
escravo das tradições erradas, ele ama aquilo que o escraviza; luta contra Deus inconscientemente e
impede que Ele mude o seu coração ... para poder exercer a fé que agrada a Deus.
Não fosse este exatamente o drama espiritual humano, e então não haveria razão para uma
restauração de todas as coisas (Atos 3: 19-23).
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"Eis que ponho diante de ti o bem e o mal, a vida e a morte; escolhe pois o bem, para que vivas, tu e a
tua descendência". (Deut 30:19).
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"Não acredites numa coisa simplesmente por ouvires dizer; não acredites debaixo da fé em tradições,
pois elas são veneradas há numerosas gerações. Não acredites em nada através da autoridade dos teus
mestres e sacerdotes unicamente. Crê naquilo que tu mesmo experimentares, provares e reconheceres
como verdadeiro, que esteja de acordo com o teu bem e o dos outros, e então conforma tua conduta a
isso". (Buda, 500 a. C.).
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Dessa forma,  AS CARTAS DE AMORAMON  têm por objetivo ajudar aos que buscam a verdadeira
fé, o caminho verdadeiro para o encontro com Deus.
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FIM DO PREFÁCIO
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ÍNDICE TEMÁTICO
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 Prefácio
Geral...........................................................................................................................................................0

O  evangelho não é algo subjetivo; é tão concreto quanto o corpo ressurrecto de Cristo; a religião
verdadeira é encontrada por
revelação.................................................................................................................................objetivo

Um prefácio à carta
2...............................................................................................................................................Ivan

O livre arbítrio é um dom de Deus ao homem, autêntico e


eficaz....................................................................arbítrio

O urim e tumim, a maçonaria, Joseph Smith foi


maçon?.........................................................................urim e tumim

As palavras a serem usadas na ordenança do batismo da


água..................................................................ordenança

A verdade sobre a reencarnação; a consulta aos


espíritos....................................................................contaminação

A castidade científica da gnose; o satanismo da


doutrina..................................................................................gnose
O poder dos preconceitos sobre nós; as tradições religiosas dos nossos pais;
o Livro de Mórmon; a Bíblia é necessária mas não é
suficiente..............................................................preconceito

A  veracidade do relato de
Joseph.............................................................................................................testemunho

A Igreja de Jesus Cristo não pode agir como as outras


igrejas.......................................................................rígidos

Um padre católico faz declarações que desacreditam sua igreja........................... o padre .................o
pressuposto ..........a questão ...............................finalização

A fragilidade da posição assumida por um amigo da fé 


católica......................................................................igrejas intelecto.........................bater................a
razão........imaturo..................................despedida

A  Igreja de Jesus Cristo tem um programa revelado para estabelecer a Sião de Deus na terra; ele não
é apenas um sistema de assistência social.........visita ......
perplexidade..........caridade ....................................... nação santa

 Convidando um ateu a
refletir.............................................................................................................................o ateu

 Os "sábios" de Oxford corrigem a


Bíblia......................................................................................................a loucura

 Perguntas e respostas capitais sobre o Plano de Deus..............perguntas...............respostas........ .mais


respostas

 Como seria o mundo sem Jesus Cristo?...................................................................................................o


significado

 É possível crer em anjos operando neste século


científico?.............................................................................anjos?

Carta a um anticristo moderno........................................................................................................................


anticristo

 A Primeira Epístola de Pedro, vs. 18-


20........................................................................................................a epístola

O que Cristo e toda humanidade vieram fazer na terra?....................................................................por


que viemos?

 O grande ministério do erro e da iniqüidade, revestido de


santidade.............................................................abertura
a sucessão ......... abominável ........ resumo ...... 350 papas .. apostasia  celibato .... paganismo ..
tirania .... a papisa .... cadeira furada ..... Gregorio II

 O Vale da Decisão.................. sabatismo ............................. o demônio .........................


escrituras ............... tolice

 Na ressurreição, os filhos deste mundo não se casam nem elas se dão em casamento. Há erros nas 
traduções de nossas Bíblias?.................................................................................................................
saduceus casamento eterno
Os Códigos da
Bíblia...........................................................................................................................................códigos

Posfácio

CARTA 1
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    Prezado amigo Nelson
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 Li com atenção o seu trabalho, como poderá constatar no comentário que aqui faço.
Suas palavras: "...Não falo em nome de nenhuma religião e sim de minha consciência, sem qualquer
sectarismo, que abomino."
"A união ( com Deus) é um fato objetivo, mas a consciência dessa união é uma sapiência subjetiva
(pessoal) de cada um."
"... ao terceiro dia, sua matéria se desintegrou e Ele apareceu ressurreto aos discípulos, em corpo
fluídico."
"A única distinção entre Jesus e nós outros é que ele era plenamente consciente de sua realeza Divina
divina ..."
Caro amigo, peço que meça com bastante atenção as palavras  que lhe estou enviando:
Jesus não creu nem fez tudo o que fez  subjetivamente; tanto sua fé quanto suas obras foram e
continuam a ser objetivas. Tão constatáveis quanto a tangibilidade do seu corpo ressurreto -
 "Vêde minhas mãos e pés, sou eu mesmo; apalpai e vêde; um espírito não tem carne e ossos como
vêdes que eu tenho"... "Tendes aqui alguma coisa para comer?"; "Ele tomou (um pedaço de peixe
assado e um favo de mel) e comeu  à vista deles" (os apóstolos). Lucas 24: 39-43.
"Chega aqui com teu dedo, e vê as minhas mãos. Vem com a tua mão e mete-a no meu lado"
(testemunho de toque dado a Tomé). João 20:27.

O corpo de Jesus, depositado no túmulo, não se desintegrou ou desfez. Foi mudado para o estato
ressurreto por infusão do Espírito. A carne e os ossos passaram a ser vivificados pelo Espírito, e não
mais por sangue e água como os corpos mortais que temos.
Jesus ensinou e fez todas essas coisas, como você diz de si mesmo, pelo concurso de Sua consciência (a
qual era a consciência do Pai, pois eles são como um).
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Para que a nossa consciência esteja em unidade com a consciência Deles, é preciso que digamos as
mesmas coisas que Jesus disse usando a Sua .
Ou isso ou não estaremos juntando com ele e sim espalhando o seu rebanho potencial.
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Se Jeová ensina por Isaias que o Servo seria enviado para ensinar aos homens a verdadeira religião, a
verdadeira aliança (ver o capítulo 42 de Isaias), então, é preciso que aprendamos a falar no nome de
Jesus e propagar a religião verdadeira que ele veio ensinar por mandato recebido do Pai.
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Se essa religião, se a aliança nela ensinada, fosse apenas aquilo que vai na nossa consciência
individual, então, ela seria a coisa mais subjetiva existente no mundo. Ela seria equivalente àquele
mesmo "bom senso" da frase irônica de Descartes:
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 "Nada há melhor distribuido na humanidade do que o bom senso, todos estão satisfeitos com o que
têm."
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Poderíamos parodiá-la assim: Nada há melhor distribuído pela humanidade do que a "Religião
verdadeira"  ensinada por Jesus, todos estão satisfeitos com a idéia que formam dela.
Que enorme caos seria a verdade de Deus! Uma verdade para cada consciência ! Cristo teria vindo
em vão para ensinar a verdadeira religião !
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Caro amigo, as nossas intuições estarão sempre associadas com as escolas da vida que nos tenham
influenciado e imperceptivelmente tenham moldado a nossa consciência.
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Melhores escolas, resultarão em novos dados de conhecimento ... novos enfoques ...novas
perspectivas ... novos posicionamentos ... novas reconsiderações, releituras ... arrependimento ...
maior progresso no entendimento do Cristo.
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A religião verdadeira, foi, é e sempre será uma religião revelada objetivamente ao indivíduo, desde
uma única fonte e por um mesmo Espírito. Ela não foi planejada por Deus para apenas ser intuída
subjetivamente pelo espírito humano, mas sim comunicada com poder do Alto ao coração e mente do
homem.
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Se não fosse dessa maneira, Deus não passaria de algo subjetivo, indefinido, sem existência concreta
no Espírito Santo. Ele seria tão variavel quanto as consciências individuais.
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Realmente é como você diz: O Espírito de Deus está em nós, mas a maioria da humanidade jamais
chega a entender o que é estar em unidade com Ele ... porque  estão todos satisfeitos com seu bom
senso e a idéia particular que formam de Deus ...
"Não procuram ao Senhor para estabelecer a Sua justiça, mas cada um segue o seu próprio caminho;
segundo a imagem do seu próprio deus, cuja substância é a de um ídolo que envelhece e perecerá na
Babilônia, na grande Babilônia que cairá...."
(palavras de Jesus Cristo no prefácio de um dos nossos livros canônicos)
Maio de 1995
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PREFÁCIO DA CARTA AO IVAN
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Esta carta visou demonstrar ao Ivan os erros constantes no livro "Crescendo em Graça", o qual, ele
pediu que eu lesse e comentasse.
Os erros são de tal modo grosseiros que o título deveria ser mudado para "Crescendo em Desgraça".
Está ali declarada uma doutrina diametralmente oposta à da Bíblia em muitas passagens
fundamentais.
Por exemplo:
É ensinado que Adão perdeu o livre-arbítrio ao pecar enquanto estava no Jardim do Éden; em
conseqüência todos nós também perdemos esse poder de escolha e ficamos subjugados pela força do
destino, estamos submetidos à fatalidade.
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Diz que nosso destino já está traçado desde o nascimento; até mesmo desde antes do nascimento. Pois
quem não teve na pré-mortalidade seu nome escrito no Livro da Vida, jamais conseguirá escrevê-lo
agora, pelas obras realizadas na vida mortal.
Diz que nossas "escolhas" não são realmente livres; que elas são conduzidas; que não podemos mudar
nosso destino e que ele já está definido desde o nascimento.
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É verdade que alguns dos filhos de Deus se anteciparam na grande honra de terem seus nomes
escritos no Livro da Vida desde antes da fundação do mundo; pela grande fé e boas obras realizadas
antes mesmo de nascerem. Eles vêm à terra, tanto para confirmarem sua eleição e ganhar acréscimo
de glória, quanto para ajudar os menores a obterem melhoria de estado na provação deste mundo.
Essa é a razão do evangelho ser pregado à toda criatura "Quem crer e for batizado será salvo; quem
não crer será condenado".
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Evidentemente, quem não crer não será batizado. Quem apenas crer e não consentir em ser batizado,
estará tão condenado quanto aquele que se deixa batizar sem crer.
Os dois requisitos são complementarmente inseparáveis, ou seja , um não tem valor sem o outro. E
isso é dito dessa forma, em trocados, para deixar sem desculpas os tolos que dizem que a exigência do
batismo era somente para os judeus; que para os cristãos o crer é o suficiente.
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 Há insensatos que conheço, os quais, declaram que o batismo de João ( o da água) era apenas para os
judeus; que para os cristãos não é necessário o batismo de João e que o batismo de fogo e do Espírito
Santo é o necessário e suficiente.
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Como alguém poderia ser salvo, como Cristo declarou, sem ter, a partir da provação deste mundo,
seu nome escrito no Livro da Vida?
De que serviria ensinar o evangelho à toda criatura, se a grande maioria delas não teve seu nome
escrito no Livro da Vida desde antes da fundação do mundo?
Se somente os poucos que tiveram seus nomes escritos desde lá, fossem capazes de crer no evangelho,
quando pregado do lado de cá do véu; de que serviria Jesus ter ensinado aos apóstolos que o
evangelho deveria ser pregado à toda criatura?
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Quanto erro com ares de sabedoria é pregado neste mundo!
Quantos filhos de Deus se deixam engabelar pelos falsos pastores!
Venham aprender a teologia que Jesus Cristo ensina aos membros de Sua Igreja  e vençam o poder
que Lúcifer tem sobre as mentes, porque ...
O Filho de Deus foi mandado ao mundo para destruir as obras do diabo.
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NOTA DO PREFÁCIO DESTA CARTA AO IVAN
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Estas palavras agora escritas foram aqui colocadas no momento em que fizemos a última revisão
deste livro.
Elas são inteiramente dirigidas às pessoas que eventualmente possam ter o comportamento mental e
espiritual que teve o Ivan; e que causou o seu afastamento da Igreja logo depois de ter recebido o
sacerdócio de Melquisedeque.
Por que afinal isso aconteceu, se ele era tão bem relacionado com a maioria dos irmãos?
A minha conclusão pessoal foi a seguinte:
Ele não freqüentou as aulas do sacerdócio, não procurou entender a doutrina da Igreja nem as 
grandes razões de Deus para restaurá-la à terra.
Em vez de escudar o seu espírito com a armadura do poderoso e maravilhoso conhecimento
verdadeiro do evangelho restaurado, começou a ouvir as pregações segundo os pastores do mundo. A
conseqüência direta disso é que se deixou superar.
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Para mim foi muito triste ouvir de sua boca a declaração de que deixara nossa Igreja e batizara-se na
Igreja Metodista porque o que verdadeiramente queria era louvar a Deus!!!
Ele, inconseqüentemente abandonou a Igreja que o Senhor Jesus Cristo restaurou, para que o homem
pudesse em verdade e justiça louvar a Deus; pela obediência estrita ao Seu Plano de Salvação e
portando a honra inavaliável do Seu Sacerdócio.
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O Ivan decidiu jogar fora, como se de nada valesse, toda essa oportunidade maravilhosa que o Senhor
lhe deu... para ir "louvar" a Deus numa congregação falsa e alheia ao poder e autoridade do
sacerdócio de Melquisedeque.
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O que ele entende por louvar a Deus? Será por acaso elevar as mãos para o alto durante as reuniões e
dizer em voz alta ALELUIA! ALELUIA! , incentivado pelos falsos pregadores das igrejas do mundo?
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Será que o Ivan ainda recuperará a razão; antes que se abata sobre ele a noite tenebrosa em que nada
mais poderá fazer por sua alma?
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É Jesus Cristo quem nos adverte:
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-"Aquele que quebra este convênio (do sacerdócio) depois de o ter recebido, e inteiramente se desvia
dele, não receberá remissão dos pecados nem neste mundo nem no mundo vindouro" D&C 84: 41
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A carta que segue foi a que escrevemos ao Ivan quando ainda não imaginávamos que ele iria nos
abandonar em breve. O abandono da Igreja foi produto dos seus contatos com os falsos pregadores e
do seu despreparo para superar as falsidades doutrinárias ... ele insistiu em freqüentar outras igrejas
e acabou trocando ouro por barro.
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CARTA 2
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Prezado Ivan
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 Há um erro fundamental no livro "Crescendo em Graça". Esse erro leva o autor a interpretar as
escrituras que ele mesmo cita, de forma deturpada. Não compensaria discutir uma por uma suas
afirmações e interpretações.
Basta demonstrar esse erro básico e tudo o mais virá abaixo.
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O LIVRE-ARBÍTRIO - Vou começar citando Deuteronômio 30:14 e 19:
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"Mas esta palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: e tu a podes cumprir... ponho diante
de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe pois a vida, para que vivas com a tua
posteridade, amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele ..."
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Quando no versículo 15, o Senhor associa a vida com o bem e a morte com o mal, está pondo diante
do homem a possibilidade de escolher entre os dois, de fato e de direito; e não apenas "fazendo de
conta" que o homem esteja escolhendo por si mesmo.
Mas Deus nos aconselha a escolher o bem. O homem  não pode é ser livrado das conseqüências da
escolha. Se escolher o mal, não será atraído pelo Pai e conduzido a Cristo ... e se não for através de
Cristo não poderá chegar ao Pai. Porque o único  caminho para Ele é através de Cristo. Portanto, ao
atrair o homem para Cristo, o Pai o está conduzindo a Si mesmo. Isso é autêntico, justo e verdadeiro.
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A vontade expressa por Deus é a de que escolhamos o bem e a vida, mas a história do homem, é uma
prova de que, a grande maioria escolhe o mal ...
"mas o homem amou a Satanás mais do que a Deus".
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Se ele não faz a má escolha por responsabilidade própria, quem é o responsável por ela? Se o homem
recebe maldição quando vai pelo caminho do erro, onde estaria a justiça e a verdade, caso ele fosse
inimputável, irresponsabilizavel diante de Deus e de Sua lei revelada?
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Se a iniciativa de conduzir ao bem fosse só e exclusivamente de Deus, sem nenhuma participação
autêntica da vontade individual do homem, então, a palavra em Deut 30 que acima consideramos,
seria nula; pior do que isso, seria falsa ... e Deus deixaria de ser Deus; teria nos enganado, passaria a
ser um demônio, ou um agente do demônio, encarregado de nos confundir e levar ao inferno.
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Nessas condições inaceitáveis, o autor do plano, estaria fazendo maldições caírem sobre a cabeça de
inocentes, de seres inimputáveis, por não saberem o que fazem.
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Acontece que  Cristo pediu ao Pai que perdoasse àqueles que lhe faziam tão grande mal sem saberem
o que faziam, e não aos que tinham por dever de conhecimento a obrigação de saber. Portanto, se
maldições, indiscutivelmente têm caído sobre nós, é porque nossas escolhas são autênticas, quer para
o bem quer para o mal.
E Deus continua a ser Deus.
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O grande fato é que o Pai não atrairá para si (através de Cristo), a nenhum homem que deixe de
escolher o bem para seguir as sendas do mal.
O que Deus faz , sem anular o poder de escolha que nos deu, é nos mostrar que seguimos pelo
caminho do erro, quando e da forma que julgar apropriados.
Podemos citar muitos exemplos, como o caso de Saulo de Tarso, os filhos de Mosíah, os profetas Jonas
e Balaão etc. As maldições que têm caído sobre os judeus ao longo dos relatos do Velho e Novo
Testamentos, a história dos nefitas e lamanitas, e muitas mais.
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Sem dúvida, essas ajudas de Deus não quebram nosso poder de  continuar escolhendo o mal, se assim
o quisermos. A história está aí e contra fatos não há argumentos.
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O fato do Espírito de Cristo lutar para conquistar-nos por suave, medida e justa influência, significa
que ele jamais subjugará a vontade do homem à Sua vontade; jamais tirará dele a responsabilidade
da escolha que fizer.
Se assim não fosse, Deus é quem seria responsável por todo o mal que o homem causa. Cristo disse:
"Os escândalos são inevitáveis, mas ai de quem os causa".
Ai do homem, portanto ! Que absurdo seria se fosse Ai de Deus!
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Ao negar que o homem tenha o livre arbítrio, neste sentido bíblico que acabamos de considerar, o
autor que analiso, entra por um terreno de autoconfusão espantoso.
A escritura fica toda invertida, de cabeça para baixo. Tiro meu chapéu para Satanás ... pelo que ele
consegue fazer com a cabeça de um homem que se diz ministro de ministros de Cristo, e que consegue
deturpar ainda mais o que os seus evangélicos já ensinam errado !
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O autor outorga a si mesmo as palavras de Cristo dirigidas especificamente aos apóstolos e setentas
que comissionou e deu autoridade e poder para irem por todo o mundo conhecido pregar o evangelho.

Em conseqüência direta e blasfema desse erro, ele se auto-constitui sacerdote.


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Os que cumpriram toda a lei do evangelho no meridiano dos tempos e foram reconhecidos por Cristo,
são nivelados aos pastores auto-proclamados, que jamais cumpriram os requisitos da justiça
revelada!
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Nessas condições, como poderão ensinar ao povo o Plano de Deus?
Isso é impossível! Só podem mesmo é ensinar o plano do diabo!
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Naturalmente, o diabo sabe usar muito bem o nome de Cristo, ele é insuperável pelos que não são
guiados pelo Espírito do Sacerdócio de Melquisedeque
( O Sacerdócio Segundo a Ordem do Filho de Deus).
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A interpretação do autor na p.6, no referente a Apo 17:8, é desastrosa.
Em verdade, essa escritura nos ensina que houve alguns que tiveram seus nomes inscritos no Livro da
Vida,
desde antes da fundação do mundo.
Portanto, houve aqueles muitos que não tiveram essa bênção inscrita desde lá.
Mas que vieram à terra mortal lutar por ela. É exatamente por isso que o evangelho é pregado aqui
na terra,
é por isso que está escrito daquela forma em Deut 30.
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Dessa forma, os que não conseguiram essa grande bênção lá, ainda poderão conseguir aqui. É isso ou
o evangelho terá sido pregado em vão.
É pelo fato de Saulo de Tarso ter tido o seu nome inscrito no Livro da Vida desde lá, que ele foi
chamado com poder; para que se pudesse livrar das correntes do erro e  cumprisse a missão para a
qual fôra preordenado
antes de existir o mundo.
O seu erro não era o zelo que tinha por Deus, mas sim um zelo  sem discernimento.
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Na p.8, em razão daquele mesmo erro fundamental, ao falar sobre Adão, o autor cria outra terrível
confusão mental nos homens simples. Chega ao ponto de afirmar que Adão perdeu o livre arbítrio
depois que pecou e morreu espiritualmente!
Ora, a escritura diz que Adão passou a conhecer o bem e o mal depois que cometeu a transgressão do
fruto proibido, e que nessa nova situação de conhecimento passou a ser como Deus.
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Deus providenciou para que ele não vivesse para sempre em seus pecados, impedindo com poder o
acesso à árvore da vida. Portanto, Deus considerou que haveria a possibilidade de Adão servir-se da
árvore por vontade própria, contra a vontade de Deus de que ele deveria morrer fisicamente; ou não
teria usado ostensivamente poder para impedir que isso acontecesse.
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Adão nunca deixou ou deixará de ter livre arbítrio, apenas não pôde desfrutar dessa capacidade
durante o tempo em que foi posto na terra sem que a lei de obediência lhe fosse revelada (período de
vida em que ele era inimputável ou incapaz de decidir-se por uma ou outra coisa).
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O poder da escolha é uma faculdade eterna da inteligência; mesmo em potencial, ele reside nela e ela
no espírito do homem. Mas o exercício dessa faculdade só começa quando nossa inteligência é
colocada diante de oposições, que fazem nascer as opções. Não há opções enquanto uma lei criadora
de opções, determinante de bem e mal, certo e errado, não for comunicada por poder mais alto de
Quem conheça por Si mesmo a lei, as opções e as conseqüências das escolhas.
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Deus não poderia fazer-nos como Ele é sem nos revelar a lei do evangelho.
Ele não poderia ser bom e justo, se não nos ensinasse o caminho para obter as Suas melhores bênçãos,
se não mostrasse as conseqüências de não seguirmos esse caminho mais excelente.
Portanto, o único caminho que Ele nos ensina é o do Reino Celestial. É por isso que não há um
evangelho para o Reino Terrestrial nem outro para o Reino Telestial.
O caminho para esses reinos inferiores é produto de conseqüências das más escolhas. É o que Deus
pode fazer de melhor por aqueles que se negam a obter o que Ele tem de mais excelente.
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Deus não poderia desejar para nós menos do que o Reino Celestial. Sua vontade é que todos nos
habilitemos a ir para lá. Se a grande maioria da humanidade vai para onde Deus gostaria que não
fosse, é porque o faz por vontade própria, é porque tem poder autêntico para escolher o que quer, o
que não quer ou o que não faz questão
de ter, devido ao preço exigido em sacrifício de ilusões temporais.
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Acontece que se Deus não influenciasse comedidamente o homem para que ele se dispusesse a obter o
que de melhor tem para ele, seria um Deus indiferente quanto ao estado final e eterno dos seus filhos.
Ao mesmo tempo, se essa influência por ação do seu Espírito, passasse de certos limites críticos, ele
seria tornada em compulsão, coisa incompatível com a verdade e a justiça divina e a dignidade do
espírito humano.
O plano passaria a ser o de Satanás (levar os homens ao reino Celestial por compulsão), caso em que a
livre escolha não existiria, o homem jamais seria como Deus é. Não passaria de um títere, "uma
vaquinha de presépio" por toda a eternidade.
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Por tudo o que dissemos até agora, podemos concluir: Ou o homem é livre autenticamente para
escolher, ou esse Deus que o criou não passa de um demônio mentiroso e injusto.
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Quem prega que o homem não tem verdadeiramente esse poder de escolha (sabiamente dado por
Deus),
prega o plano de Satanás.
Sabendo ou não do mal que faz, esse é o fato: promove injustiça, deturpa o evangelho, confunde os
filhos de Deus, atribui a Deus a doutrina do diabo, ensina blasfêmias aos homens simples, puxa para
baixo, para o nível rasteiro do seu entendimento os grandiosos caminhos, razões e entendimento de
Deus.
Tal homem seguirá seguramente para sua estação no inferno, e conduzirá para o mesmo buraco todos
os que ouvirem a verdade mas escolherem crer no grande mal dos seus ensinamentos.
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Enfim, caro Ivan, se o fundamento é cego, falso e blasfemo, toda a interpretação particular que e o
autor faz das escrituras, leva a essas terríveis conseqüências. Deus deleita-se com a clareza do que
ensinamos, o demônio deleita-se com quem difunde a confusão da Palavra. Você tem a radiante
doutrina do
Sacerdócio Segundo a Ordem do Filho de Deus.
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Você foi chamado para aprendê-la e ensiná-la aos homens, e não para se deixar confundir pelos falsos
pastores. É uma guerra de inteligência, ela tem muitas batalhas. Vençamos mais esta.
Até breve.
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CARTA 3
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Prezado irmão Antônio da distante João Pessoa
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 Finalmente hoje entreguei minha declaração do I.R. com quem vinha lutando já desde a semana
passada. Eram 16:00 horas quando me sentei com os dois primeiros volumes da Comprehensive
History of The Church, de B.H. Roberts; Mormon Doctrine de Bruce R. McConkie e o Espírito de
Deus, para escrever alguma coisa sobre as perguntas que me fez sobre Urim e Tumim e sobre a
condição de Joseph e Hirum Smith como maçons.
Como você pode notar pelo cabeçalho e a numeração de página, ao responder, já estou acrescendo
mais páginas ao meu livro das cartas.
 As questões que levantou são bastante importantes para justificar mais esta "epístola de
Amoramon".
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O URIM E TUMIM
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De Mormon Doctrine recolhi o seguinte:  São pedras especiais que os anjos entregam a profetas
escolhidos, com o propósito de receberem revelações especiais e fazer interpretação de registros
antigos escritos em línguas desconhecidas. Com a permissão expressa de Deus, esses intérpretes
podem ser passados a outros profetas sussessores; são também chamadas pedras de vidente.  As
palavras urim e tumim são hebraicas e estão no plural, significam: luzes e perfeições. Provavelmente
uma delas é especificamente chamada as luzes e a outra as perfeições. Antigamente (originalmente)
elas eram carregadas num peitoral e junto ao coração
(Exo 28:30; Lev 8:8).
 Dado ao seu caráter sagrado essas pedras foram vistas por pouquíssimos mortais. Sem nenhuma
dúvida elas eram usadas desde antes do dilúvio 9 Exo 28: 30;
Num 27:21; Deut 33:8; 1 Sam 28:6; Ezra 2:63; Nee 7:65.
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 O urim e tumim recebido por Joseph S. era o mesmo que foi portado pelo irmão de Jared 2.700 anos
antes de Cristo. Ele foi expressamente formado por Deus para a interpretação dos registros jareditas
e  nefitas
(d.C 10:1; 17:1; Éter 3: 27-28).
-
 Depois da organização da Igreja, Joseph Smith não dispôs mais do urim e tumim, apenas da pedra
oval de vidente que encontrou quando fazia escavações sob contrato (ver O Evangelho Escondido, p.
166; 172-174).
Esta última é que esteve sobre o altar do Templo de Manti ao ser dedicado, e não o urim e tumim
como alguns chegaram a pensar. A pedra de vidente está em posse da Igreja, o urim e tumim foram
levados pôr Moroni de volta ao esconderijo; provavelmente até que Deus decida revelar os dois terços
selados do Livro de Mormon. (Ver Doctrine of Salvation, Vol 3, p.225; J.S. 2:35; Mosía 8:13 e 28: 13-
16; D&C 130: 6-11).
-
 De Comprehensive History of The Church  recolhemos:
O termo urim e tumim constitui-se também do peitoral, é o conjunto que toma esse nome; porém as
pedras são destacáveis (Vol 1, p.87).
-
A QUESTÃO DA MAÇONARIA
-
O último apelo de Joseph Smith diante da morte iminente foi erguer os dois braços para o céu e dizer:
"Ó Senhor meu Deus". Para alguns, foi um grito maçon de desastre iminente, interrompido pela
velocidade dos acontecimentos, quando ele foi projetado para fora da janela da prisão por um balaço
vindo da porta e caiu no terreno  da prisão. Para o historiador B.H. Roberts aquelas palavras foram
um apelo ao seu Deus e não à misericórdia humana dos eventuais maçons que fizessem parte da
turba.(Hist. Church, Vol. 2. p.287, nota.)
-
A despeito de que ambos os irmãos Smith fossem maçons, consta que Hirum tinha um grau maior na
Ordem. Esse era um fato, tanto quanto o de que entre os da turba de 100 a 150 agressores, havia
alguns que eram maçons e outros eram apóstatas da Igreja.
Eis o que pensa Amoramon de tudo  o que se passou naquele momento crítico:

Se os dois irmãos, Joseph e Hirum, sabiam disso; se o grito de Joseph foi dirigido aos maçons que
eventualmente estivessem entre os da turba, isso só deporia contra a maçonaria. Seria melhor que,
mais coerentemente e "convenientemente",  os maçons de hoje acreditassem que o apelo de Joseph foi
feito a Deus e não aos seus irmãos maçons que ajudaram no assassínio.
O apelo teria sido o seu último testemunho contra aquela ação nefasta, daqueles que julgavam estar
representando a maçonaria (mas, evidentemente não estavam) ou o seu último apelo nesta vida teria
sido a Deus?
-
Toda a força da lógica sã clama que Joseph dirigiu-se a Deus naquele cruciante momento, e não a
uma misericórdia que sabia não existir no coração dos seus assassinos.
-
Ao juntar-se à maçonaria, Joseph e Hirum visaram fazer parte de uma comunidade seleta de pessoas,
de propósitos elevados e que tivessem potencial para conhecer e aderir ao evangelho verdadeiro.
Não foi para ser iluminado com os conhecimentos teológicos da maçonaria que Joseph tornou-se
maçon; seu desejo mais profundo era ensinar o evangelho a alguns deles que se dispusessem a recebê-
lo; além de usar do prestígio que os maçons gozavam na sociedade, e ter uma melhor aceitação entre
as pessoas mais cultas.
-
Muitas pessoas superficiais na Igreja e que tendem a concluir as coisas apressadamente; só  por
exame rápido das questões propostas pela oposição, acabam por deixar as dúvidas destrutivas da fé
abalarem suas convicções.
Os inimigos da Igreja estão em busca dos tais.
Algum tempo atrás fui convidado a assistir um vídeocassete produzido nos USA por uma organização
Batista assessorada por vários mórmons apóstatas que haviam passado pelos nossos Templos, o nome
era:
"Os Mórmons e a Maçonaria", ou coisa parecida.
O início do filme era tão bem feito que parecia ser uma promoção do mormonismo.
-
Gradualmente as coisas foram mudando e feita uma associação fabricada entre os símbolos e
cerimônias maçônicas e os símbolos, sinais e a representação das penalidades que aprendíamos nas
seções do Templo.
(as penalidades estão suspensas atualmente das nossas seções de endowments, por motivos que eu
particularmente imagino e exporei adiante).
-
Ao final, identifiquei umas oito inverdades flagrantes, mesmo tendo visto apenas uma vez o
videocassete.
As ordenanças do Templo foram reveladas modernamente a Joseph Smith por Deus, aquelas mesmas
que os patriarcas conheceram e praticaram na perdida antigüidade.
 O que restou daquelas ordenanças alcançou os nossos dias, embora muito deturpado pelos séculos de
modificações desautorizadas, erros humanos e supressão da revelação contínua de Deus aos seus
profetas, pela iniqüidade do homem.
-
 Essas deturpações podem ser identificadas hoje por quem haja passado por nossos templos e conhece
algumas práticas de outras organizações religiosas humanas; que tenham algum objetivo de culto, e a
antigüidade necessária para ter alguma ligação com a longínqua verdade do passado.
Assim se dá com a maçonaria, o catolicismo e algumas religiões afro-brasileiras nos seus rituais e
símbolos. Todas Elas dão o testemunho de que algo no distante passado originou o que hoje elas
praticam deturpadamente.
Procurando bem, entre todas elas haverá algumas coisas, mesmo que sejam poucas, mas que são
decididamente comuns.
-
Por essas claras razões algumas de suas práticas têm uma longínqua aparência com as nossas.
Acontece que as nossas são as verdadeiras, porque Deus as restaurou.
É preciso que tenhamos consciência disso ou seremos confundidos pelo adversário.
Essas eventuais semelhanças distantes, só nos devem servir para dar o testemunho de uma verdade
que existiu mas que se perdeu pelos séculos.
-
Os tolos dirão que Joseph Smith copiou algumas ordenanças da maçonaria e as modificou um pouco
aqui e muito ali para dar aparência de autenticidade... Coitados deles quando estiverem de pé diante
de Deus, se lá chegarem antes de se arrependerem desses pensamentos!
-
No caso da maçonaria, talvez a maior semelhança conosco e que chegou até aos nossos dias, foi a
questão dos sinais referentes às penalidades que serão aplicadas por Deus aos que violam os convênios
feitos no Templo, que não respeitam a sacralidade deles e escarnecem da confiança que Deus neles
depositou ao revelá-los e ordenar que fossem mantidos sagrados.
-
Para mim este é o motivo pelo qual essa parte das ordenanças foi suprimido - para não desestabilizar
os de menor conhecimento e que possam ser confundidos com o trabalho do inimigo, como a matéria
deletéria contida no videocassete acima citado.
 Para quem tem o conhecimento verdadeiro das coisas, assisti-lo é bom para conhecer as artimanhas
do diabo. Mas para quem não tem esse conhecimento o resultado pode ser uma queda fragosa.
-
É bom ser maçon?
Sim, é bom ... mas até certo ponto! E esse ponto é até que não comecemos a confundir as coisas; é bom
até aquele ponto em que saibamos exatamente onde estamos e para onde devemos caminhar.
Enfim, é bom sermos maçons desde que nossos motivos sejam os de Joseph e Hirum quando fizeram
parte da maçonaria.
-
Prezado irmão Antônio, espero que você como maçon que é, não se tenha ofendido com nenhuma
palavra que escrevi nesta carta. E que o Espírito Santo lhe dê o testemunho de que esta é a verdade
sobre todos os assuntos que me inquiriu.
Agora estou inteiramente aliviado do dever de consciência que me impus, o de responder às suas
perguntas o mais rápido possível ... depois de me livrar do imposto à César

          Rio de Janeiro, 26 de abril de 1996


-
CARTA 4
-
 Prezado Pedro

Você escreveu  coisas curiosas sobre a conversa mantida com um motorista de taxi em São Paulo. Foi
interessante o como o diálogo entre vocês teve início.
Creio que a Bíblia velha e surrada que o motorista mantém à vista do passageiro, é exatamente para
induzi-lo à curiosidade e abrir espaço para entregar o recado do evangelho segundo ele conhece.
-
Mais curioso ainda no seu relato foram as palavras do motorista ao passarem em frente a uma capela
mórmon. Quando ele lhe disse ter pertencido àquela Igreja quando jovem, e que mais tarde afastou-se
dela, ao descobrir ser uma igreja falsa; pois batizavam as pessoas de forma errada: - "Os mórmons
batizam em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; enquanto a escritura em Atos dos Apóstolos
manda batizar em nome de Jesus Cristo".
-
Você disse na carta ter ficado surpreendido com aquela afirmação do dissidente,
e mais ainda com o desafio que lhe fez de mostrar nos Atos dos Apóstolos uma única vez sequer em
que  um batismo tenha sido feito, que não haja sido no nome do Senhor Jesus; em vez de "No nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo".
-
Quando então você usou Mateus 28: 18-19 para mostrar a ele as palavras do Senhor ressuscitado:
"Ide pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", ele
mais uma vez fez o desafio acima, e declarou serem as escrituras contidas em Atos dos Apóstolos
posteriores e mais elucidadoras do que aquela passagem de Mateus.
Mostrou então a fotografia do "profeta" de sua nova igreja; em que ele aparece com uma
luminosidade sobre a cabeça enquanto prega à congregação!
-
Deu então ele a explicação "iluminada" do novo profeta para aquela aparente discrepância entre o
que o Senhor ressuscitado disse aos apóstolos anteriormente e o fato apontado em Atos dos Apóstolos,
quanto às palavras "corretas" a serem usadas  no batismo. E disse mais, para compreender essa
explicação do "profeta" é preciso estar iluminado pelo Espírito Santo.
-
Dessa forma, o "iluminado" convence aos seus seguidores estarem na única igreja verdadeira na face
da terra; pois é ela a única que conduz o homem pelo reto e correto caminho do batismo; ela é a única
que batiza os seus membros no nome do Senhor Jesus!
-
Eis a luz adicional que mais este falso profeta alcançou, diz ele:
-
"Deus é um só em três manifestações diferentes, mas que no seu fundamento resultam no nome de
uma só pessoa. À essa divindade trina deve ser atribuído um nome pessoal; ela deve ser conhecida por
um nome próprio para que as coisas de Deus sejam feitas no nome dessa pessoa, e esse nome é Jesus
Cristo!
A expressão o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo não constituem um nome pessoal.
É por isso que o batismo verdadeiro passou a ser feito mais apropriada e corretamente como está em
Atos dos Apóstolos e não como em Mateus acima citado.
Uma era a forma usada antes de Jesus subir aos céus, mas outra é a forma depois disso, quando ele
passou de novo à trindade; mas agora com um nome próprio, pessoal e indestrutível.
-
O nome Jesus Cristo é o nome real de uma pessoa da trindade que se manifestou para unificar em si o
Pai, e o Filho , e o Espírito Santo. É por isso que os apóstolos ensinaram o batismo daquela forma".
Pedro, caro amigo e irmão de fé, não me admirei quando você escreveu ter sido apanhado de surpresa
e se ter sentido despreparado naquele momento para responder de imediato a essa avalancha de "luz
negra".
-
Amoramon lhe agradece por ter apresentado mais este demônio que ainda não conhecia ...
Amoramon vai apresentar-se a ele envolto no manto do Espírito do Sacerdócio de Melquisedeque:
-
Vem então a sua pergunta: "O que eu diria se estivesse no seu lugar?"
-
-Confesso que nunca havia observado esse fato - de que em todo o texto contido em Atos dos
Apóstolos, não há alusão às palavras contidas em Mateus 28:18-19.
Isso também foi surpresa para mim. Mas não que me viesse a parecer qualquer contradição. Pois,
enquanto Mateus declarava as palavras definidas por Jesus para serem usadas no ato da ordenança,
portanto imutáveis, o autor de Atos ensinava outro ponto da doutrina:
-
 Que a ordenança do batismo deveria ser feita em nome de Jesus. Para todos saberem que não 
poderia ser feita em nome de João Batista, de Pedro, de Paulo, de Apolo ou outro qualquer nome
dado debaixo do céu a não ser o do
Senhor Jesus Cristo.
-
O "iluminado profeta" de mais essa falsa igreja, ao estudar as escrituras, deve ter ficado como nós
ficamos, surpreendido com o mesmo fato.
Apenas nossas conclusões são guiadas pelo conhecimento que temos da doutrina do sacerdócio de
Melquisedeque e do testemunho do Espírito Santo e do conhecimento verdadeiro sobre a doutrina da
Trindade.
Eles nos levam ao entendimento de que não há nem contradição nem necessidade de explicações
misteriosas, como as dadas pelo falso profeta.
-
Sua dificuldade começa pelo fundamento - Ele não sabe nada sobre a verdadeira doutrina da
Trindade. Por isso, parte de uma referência errada para um erro ainda maior: Anular as palavras
imutáveis da ordenança do batismo ensinada pelo Senhor a quem ele diz amar (servir) mas nem
sequer conhece.
Com isso ele torna nulo já o primeiro convênio do evangelho, para ele e para os incautos que o
seguem.
-
Ao extrair as palavras : "Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" , as quais dão testemunho
da unidade  de ação e de propósitos desses três personagens distintos e inseparáveis da Trindade, o
"iluminado" incorre em todas as maldições que Deus declara serão derramadas sobre a cabeça
daqueles que mudam seus estatutos, quebram a aliança eterna; que acrescentam ou retiram palavras
das revelações e convênios estabelecidos nos céus desde antes da fundação do mundo.
-
Pedro, se você um dia encontrar esse motorista (Que lástima! Ele disse ter sido membro de nossa
Igreja quando jovem), diga  todas estas palavras.
Eu posso lhe garantir que ele preparou-se muito bem para dizer a você tudo aquilo.
-
Agora você também está preparado para oferecer-lhe a oportunidade de alcançar um melhor
entendimento ... Quem sabe voltará a ser um dos nossos como querem O Pai, e o Filho, e o Espírito
Santo.
-
Escreva sempre que surjam dúvidas. Como você já me autorizou a incluir esta carta no meu próximo
livro, credito a você parte deste esforço que faço para esclarecer nosso povo. Com isso talvez evitemos
que muitas pessoas menos preparadas do que nós, caiam nos muitos engodos deste mundo.
O Senhor Jesus Cristo vem! E não demora!
Setembro 1995
-
CARTA 5
 -
 Prezado amigo Daniel
Quem melhor pode compreender o pensamento dos jovens senão aqueles que já foram jovens?
Podem eles inverter o processo, pretendendo compreender o pensamento adulto;
se a marcha da vida é começar jovem e terminar sempre mais e mais velho do
que se começou?
O mais Adulto de todos (Deus), nos compreende integralmente; conhece nossos pensamentos, todos os
perigos, desafios e perplexidades por que passamos neste mundo. Porque, antes de nós, já os viveu por
Si mesmo.
-
Quando e como um jovem passa a compreender um adulto?
- Somente quando deixa as coisas de jovem e começa a reconhecer-se separado do grupo etário dos
que agem como jovens; quando ele começa a pensar diferente e a se sentir deslocado, desenturmado,
um estranho no ninho.
Exatamente pelo mesmo processo que experimentou ao deixar de ser criança para tornar-se um
jovem.
-
É verdade que essas transições não acontecem abruptamente, mas quando começam a insinuar-se na
mente, o fazem de forma inexorável.
Por mais que um adulto tente fazer uma criança ou mesmo um jovem pensar como ele pensa, a ver as
coisas na sua perspectiva, ele não consegue.
Porque o processo da vivência é gradual; embora dinâmico, só pode advir passo  a passo.
Deus nos vê a todos, dos mais jovens e inexperientes aos mais velhos e experimentados nas coisas desta
vida, como simples criancinhas espirituais.
Isso, a despeito de nossas ferrenhas convicções e orgulho intelectual.
-
Contudo, pelos conselhos que nos dá, Ele nos vai levando em direção do obter a meta que nos
designou:
"Até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o
estado de homens feitos, a estatura da maturidade de Cristo ... Assim já não seremos crianças atiradas de
um para outro lado e como joguetes de todo vento de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e
de seus artifícios enganadores".(Efésios 4: 13-14)
"Vós perscrutais as escrituras julgando ter nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão
testemunho de mim. E vós não quereis vir a mim para que tenhais vida ... Como podereis crer, vós que
recebeis glória uns dos outros, e não buscais a glória que é só de Deus? Pois, se crêsseis em Moisés,
certamente creríeis também em mim, porque ele escreveu a meu respeito.
Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis nas minhas palavras?". (João 5:39-44)
-
As escrituras bíblicas nos trazem muitos conselhos de Deus, para que possamos ir passando do estado
de crianças espirituais,  a um estado de maturidade, conforme o grau de comunhão que conseguirmos
com a mente de Cristo.
-
Prezado Daniel, Jesus Cristo ensinou aos apóstolos e eles a nós, o fato de termos um inimigo espiritual
real e operante, astucioso, ardiloso e sobretudo mentiroso.
Ele é um espírito que comanda legiões de espíritos, os quais agem em toda a terra cumprindo sua sina
maligna.
-
Para dar o testemunho extremo de Cristo e suas palavras, dos apóstolos antigos, entre 44  e 81 d.C.,
quinze  foram mortos violentamente.
Deus permitiu que eles deixassem diante de nós esses poderosos testemunhos de sangue, para que os
pesássemos contra a variedade de falsas doutrinas maquinadas pela vaidade e orgulho dos homens e a
inspiração que vem das trevas.
-
Esse testemunho de sacrifício sangrento dos apóstolos é uma dádiva inavaliável de força e direção que
Deus nos concedeu; mas, ao mesmo tempo será um moto assustador de autocondenação diante do
tribunal de Cristo ...
Se nós entregarmos nossa confiança aos falsos mestres deste mundo e do além, que ensinam e agem
contra o testemunho dos apóstolos e profetas, os quais selaram com o próprio sangue as palavras que
Deus os mandou declarar ao mundo.
-
Quando Deus disse a Moisés que ensinasse aos israelitas que não deveriam consultar os espíritos dos
mortos, nem os adivinhos e pitonisas; para não se contaminarem com eles (contaminar com as
doutrinas que vêm da região dos mortos), é porque Ele sabe da profundidade da contaminação
espiritual que essas doutrinas trazem às nossas mentes, tornando-as inimigas inconscientes do
verdadeiro Plano de Salvação.
-
 A mensagem bíblica é inteiramente deturpada na interpretação particular de quem está contaminado
pela doutrina dos espíritos. Pois ela não tem qualquer semelhança com a doutrina do Espírito Santo,
quando ensina pelos patriarcas, profetas e apóstolos de Jesus Cristo, os princípios, a fé, as ordenanças
e os convênios estabelecidos por Deus com os homens. Sem o cumprimento dos quais, é impossível
alcançar o direito de usufruir de todas as bênçãos concedidas através da Expiação de Jesus Cristo.
-
A doutrina dos espíritos é uma cortina de fumaça que encobre as mentes; que distrai e aliena os
homens do entendimento de todas essas coisas essenciais, ensinadas por Deus desde a fundação do
mundo por Seus porta-vozes autorizados, os profetas.
-
Essa advertência de Deus é clara, direta, objetiva e insofismável. Ela deixará sem qualquer desculpa 
todo homem que for advertido disso e, ainda assim, se deixar levar por essa via de doutrinas surgidas
de fundamento condenado tão formalmente por Deus - A consulta aos espíritos dos mortos e suas
respostas
contaminadas e contaminadoras.
-
"Vosso pacto com a morte será quebrado, vosso entendimento com a morada dos mortos não subsistirá;
quando a onda transbordante passar, sereis por ela esmagados". (Isa 28:18)
   Amoramon, 1995
-
CARTA 6
Prezada  Sônia
De acordo com o seu pedido, aqui vai minha apreciação sobre o livro "Orientação Conjugal",
de Efrain Villegas de Andrade:
-
O livro usa de técnica muito boa para conquistar a adesão das pessoas sequiosas
de ver a justiça estabelecida neste planeta desvairado. Podemos dizer que até ao capítulo VII
aplaudimos o conteúdo de maneira geral.
-
A partir do capítulo VIII começamos a encontrar um ponto decisivamente irreconciliável com as
escrituras bíblicas, especialmente com a ministração do profeta Moisés, o qual (pasmemos) é
reconhecido por Efrain V. de Andrade
como um homem de Deus!
-
Sem sombra de dúvida, a força em que estão fundamentados os conhecimentos e a
fé dos adeptos da gnose, está na revelação dos seus "Mestres"... enquanto a força de Moisés está nas
revelações de Jeová, as quais condenam o conhecimento que vem pelos meios adotados pela gnose.
-
Ensinou Jeová a Moisés: "Não se ache no meio de ti ... quem se dê à adivinhação, à astrologia, ... ou à
evocação dos mortos, porque o Senhor Deus abomina aqueles que se dão a essas práticas ... etc.
-
A situação fica crítica para Efrain, quando ele tenta harmonizar o texto das escrituras com os dogmas
preferidos da gnose. Quem examina com cuidado os textos bíblicos citados por ele, vê a completa
impossibilidade de unir uma coisa a outra.
-
A começar pelo termo "fornicação". A idéia bïblica da palavra é a mesma contida nos dicionários:
Intercurso sexual voluntário entre mulher solteira e um homem, em especial  homem solteiro - é
geralmente considerado um ato ilegal diante de Deus e dos homens.
-
No livro em causa o significado da palavra "fornicação"é usado de maneira exótica, para concordar
com o dogma da gnose de "castidade científica".
Nessa linha de raciocínio, a gnose afirma que Jesus, os apóstolos, Moisés e outros "iniciados"
praticaram a  "castidade científica" (p.149).
Em seguida, ensina a treva de que essa prática dá aos seus participantes o poder da ressurreição e da
imortalidade, p.142,149(2) e 164.
-
O antagonismo é total. O ensinamento é inconsistente e ridículo.
-
As escrituras ensinam que Jesus foi as primícias da ressurreição; que todos aqueles que alcançaram e
alcançarão a imortalidade o farão pelos méritos da expiação de Jesus; ensinam as escrituras que
ninguém jamais conseguiria a ressurreição pelos méritos de suas próprias obras.
-
Jesus é Deus e anterior a todos os homens em espírito, é blasfêmia citá-lo em paralelo com Sanat
Kumará, São Germano, Zoroastro e etc. Todos esses últimos foram simplesmente homens, jamais
poderiam fabricar sua própria ressurreição por terem praticado tal esquisitice da gnose - a técnica da
união sexual sem movimentos físicos e sem ejaculação extra corpórea (pasmem todos - eles ensinam
que ela se deve dar para dentro do próprio corpo maculino).
-
É exatamente por isso que Jeovä disse a Moisés que aqueles que consultam aos mortos, ficam
contaminados pelas doutrinas diabólicas que vêm da região dos espíritos.
-
Outras terríveis violências contra as escrituras estão contidas nas p. 76,122,123,131,142,154,162 e 164.

-
É bárbara a afirmação da gnose de que o Filho do Homem se levantará pelo sexo praticado por um
homem iniciado!!!
-
Ora, as escrituras dizem que o Filho do Homem é Jesus Cristo - Unigênito na carne, vindo pela
sssemente do Homem de Santidade (Deus Pai)e o concurso do Espírito Santo agindo sobre  a virgem
Maria.
-
Para que nos fosse enviado o Filho do Homem de Santidade, foi preciso que o sexo de Deus interviesse
e quebrasse a cadeia da morte, herdada da queda de Adão.
-
O sexo mortal simplesmente gera os filhos de Adão neste mundo. Estes se podem vir a constituir nos
filhos da luz, por plena adesão à causa de Cristo.
Não é como a gnose ensina e contamina as almas, dizendo que os filhos da luz serão gerados pela
prática da "castidade científica" entre seus pais.
Sônia,  você já livrou-se de muitas heresias ... livre-se de mais essa !
Do seu amigo de sempre.
P.S. Há muito mais a comentar, mas o acima é treva suficiente ... Chega!!!
-
    CARTA 7
-
Prezado Moisés
Esta carta é para registrar aquela conversa notável que tivemos na semana passada. Você está
lembrado que começamos falando na tremenda capacidade que têm as crianças de colocar-nos contra
o muro com sua seqüência de por quês ?
Nós respondemos aos iniciais, mas chega a um ponto que não conseguimos mais respondê-los a elas
nem a nós mesmos, pois nosso conhecimento não é enciclopédico. Mudamos de conversa, desistimos
ou apelamos para a
"mãe dos burros".
-
Então, lembra-se como passamos a considerar que todos nós somos como as criancinhas, quando nos
colocamos diante de Deus?
Apenas há agora uma diferença - Ele é a enciclopédia infinita, por Seu Espírito.
Pode responder a qualquer pergunta justa e pertinente que lhe façamos.
Porque, como as crianças nos fazem, podemos também fazer perguntas que Deus
não ache próprio responder.
 O limite, portanto, estará em nó - no sabermos fazer as perguntas certas, adequadas e pertinentes.
Não será como aquela nossa posição diante dos "por quê?" infantis; quando sempre acabamos
perdendo o jogo; pois a capacidade que eles têm de continuar perguntando é maior do que aquela que
temos para responder.
-
Você lembra de termos concluído que Deus sempre poderia responder às nossas questões, mas nós é
que não estamos seriamente interessados em fazer perguntas sérias, inteligentes e que tenham real
significação para nossa vida espiritual ?
-
Não aprendemos a desenvolver aquela atitude séria de busca, tão necessária para obtermos as
respostas que nos indicarão a porta apertada e o caminho estreito que Cristo nos incentiva a buscar, a
encontrar e a seguir perseverantemente até o fim.
-
Há alguns que embora procurem conhecer as coisas espirituais, satisfazem-se com  um
questionamento apenas superficial; logo ficam cansados e não aprofundam sua busca.
Outros há que ao irem mais fundo, acabam por ficar temerosos do comprometimento que sentem ter
de assumir diante do conhecimento gradual que vão obtendo.
E se negam a continuar questionando as coisas nas quais temem acreditar.
-
Nesse ponto do diálogo eu considerei a limitação que os preconceitos impõem à nossa capacidade de
questionar. Quando estamos submetidos a determinadas tradições religiosas desde a infância,
tememos questionar sobre assuntos que possam pôr em perigo a fé que hajamos depositado  nelas.
Tememos estar pecando contra elas ou tememos ter que refazer  nossa vida espiritual, com todas as
muitas implicações decorrentes.
-
O que é exatamente um preconceito? Diz o dicionário: São idéias de coisas que não conhecemos
perfeitamente; são idéias que nos impedem de examinar mais detidamente as coisas que, a priori, nos
parecem sem a importância devida para que lhes demos nossa atenção.
Os preconceitos são formados por tradições herdadas, conformismo, adaptação, falta de
questionamento, desinformação, conspiração, propaganda viciosa, mentiras e meias-verdades.
Em geral, uma pessoa preconceituosa tem a mente fechada para a pesquisa, sofre de imobilidade
mental e de acomodação alienante.
Decorre que ao pararmos nossa busca de entendimento das coisas de Deus, estaremos  nos
condenando a morrer espiritualmente por estagnação do espírito.
-
Os judeus pararam nas revelações dadas a Moisés; aí estagnaram e não buscaram mais nada além da
lei, viveram pela tora e se deixaram morrer espiritualmente por ela. Sua tradição preconceituosa os
deteve na lei de Moisés.
-
Os cristãos do Meridiano dos Tempos foram mais além, pois venceram os preconceitos judaicos e
viveram pela fé no evangelho de Jesus Cristo. Enquanto foi possível viver a pureza dos ensinamentos;
realizar as corretas ordenanças, ministradas por quem tinha o poder e a autoridade do Cristo e seus
apóstolos, eles viveram espiritualmente, habilitaram-se para a vida eterna.
 -
Mas aquela época gloriosa foi curta, durou apenas até o fim do primeiro século.
Com a morte e desaparecimento dos apóstolos, veio a apostasia da Igreja.
A corrupção dominou e tomou conta de toda a cristandade. Formaram-se as falsas tradições e o erro
grassou por todos os países e regiões da terra onde se instalou a Igreja Católica e suas filhas rebeldes.
Exatamente esse é o cristianismo tradicional que vive hoje em todas as nações da terra.
O arqui-inimigo de Deus conhece o poder das tradições religiosas erradas.
A avalancha de falsidades que ele conseguiu difundir pelo mundo todo, século após século, milênio
após milênio, tem enorme poder espiritual. Essas tradições falsas quando bem enraizadas, são a mais
poderosa arma  com que o demônio conta para cegar os homens e lutar contra o Plano de Deus.
Quando passamos os séculos aprendendo mentiras, nossas mentes têm grande dificuldade de ceder à
verdade quando ela nos é comunicada pelos verdadeiros mensageiros de Cristo.
Sua mensagem torna-se tão estranha diante das tradições dos séculos, que a grande maioria as olha
como esquisitice - Assim é cumprida a escritura: As coisas de Deus aos homens parecem loucura ... e o
apóstolo Paulo ironiza: Mas a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria dos homens.
-
Assim, a cristandade estava e ainda continua submetida a esse poder por quase 2.000 anos, quando
Deus em 1820, devido à proximidade da segunda vinda de Cristo e à necessidade de que as escrituras
sejam cumpridas, e para que fosse dado início à restauração de todas as coisas, anunciada pelos
profetas desde o princípio do mundo (Atos 3: 19-23), chamou um profeta moderno para dar
prosseguimento a Seu Plano. Para poder dar cumprimento às promessas que fez aos patriarcas, as
quais, até hoje não tiveram seu cumprimento; já que nenhum deles recebeu sua herança territorial na
terra.
Também porque Deus não poderia agir contra a Sua própria palavra, pois em Amós 3: 6-7 Ele diz: ...
Virá a calamidade sobre uma cidade (no caso, sobre toda a terra) sem que o Senhor a tenha
determinado ? Porque o Senhor Jeová nada fará sem antes revelar o seu segredo aos seus servos, os
profetas.
-
Se não mais havia profeta sobre a terra, de que forma Deus cumpriria Sua palavra e daria
prosseguimento às preparações para a volta de Jesus Cristo sem antes chamar um profeta e dar-lhe
mandamentos?
-
Meu caro Moisés, Ele fez exatamente isso e chamou Joseph Smith. Caso Ele houvesse chamado a você
ou eu, todas as mentiras e injustiças que os pastores do mundo têm lançado contra ele, seriam
dirigidas contra nós.
Joseph Smith seria um desconhecido para eles como hoje somos nós.
-
Comentei naquela ocasião que se houvesse um mínimo de sabedoria e conhecimento de Deus num
homem, ele seria muito cauteloso em aceitar as "Vossas eminências" segundo os louvores gerais do
mundo. Pois os verdadeiros profetas de Deus só puderam e podem hoje ser reconhecidos por poucas
pessoas, muito poucas.
E se assim não fosse, Cristo estaria errado ao afirmar que  estreita é a porta ; e apertado o caminho
que leva à salvação e poucos vão por ela ... Mas larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à
perdição,
e muitos vão por ele.
-
 De maneira quase geral os homens de hoje, para não fugir à regra, não estão aproveitando essa
última oportunidade que Deus dá a seus filhos para sairem das trevas espirituais que se abateram
sobre as mentes nestes últimos séculos precedentes à segunda vinda de Jesus Cristo.
A mensagem da restauração tem sido aceita , em média , por uma em cada mil pessoas que a ouvem
dos missionários. E a razão é exatamente aquela que exaustivamente acabamos de discutir acima.
-
Isso também para que se cumpram as palavras de Deus por Isaías quando fala da condição espiritual
do povo que habitaria a terra nestes nossos últimos dias:
 "Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de adormecimento, fechou vossos olhos e cobriu
vossas cabeças ... Este povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com a boca, enquanto seu
coração está longe de mim e o temor que me testemunha é convencional e rotineiro, por isso continuarei
a tratar este povo de modo tão estranho (para ele) que a sabedoria dos espertalhões se perderá e a
inteligência dos malignos desaparecerá".
-
Moisés, você mesmo comentou quão estranha e inusitada lhe pareceu a história de Joseph Smith, de
suas visões e do modo pelo qual obteve o livro de Mórmon!!!
Que melhor cumprimento se daria para essas palavras de Isaias em  29:10 - 14 em face dos
pensamentos do mundo? Não é este seu, o mesmo pensamento que têm as pessoas que "aprenderam"
as coisas de Deus segundo o mundo?
-
Como deve estar lembrado, caro Moisés, nossa conversa chegou a esse ponto quando os missionários
bateram à porta para visitar-me.
Foi quando você deu continuidade à conversa fazendo aquelas perguntas que vou descrever abaixo:
-
1.  Nessa restauração, qual a necessidade do Livro de Mórmon; por que Deus não usou a Bíblia e
realizou a obra?
-
-  O grande fato verdadeiramente é que sem a Bíblia Ele não poderia dar início à restauração pelo
chamado do profeta, pois Joseph Smith foi atraído ao bosque onde receberia a visão do Pai e do Filho,
pelo poder do Espírito que está na Bíblia.
Até então, nada se sabia do Livro de Mórmon.
 Foi lendo, orando e acreditando na Bíblia que ele conseguiu abrir novamente os céus e tornar-se um
profeta moderno, pela vontade e presciência de Deus.
Foi pela Bíblia que os pastores daquelas muitas congregações criaram a efervescência religiosa
naquela pequena localidade do estado de Nova York onde vivia a família do futuro profeta.
Foi pela Bíblia que eles desenvolveram aquele estado de espírito nas pessoas, e acabaram por influir o
jovem Joseph Smith a meditar profundamente sobre todas aquelas querelas religiosas e desenvolver 
uma intensa vontade de reconhecer a verdade no meio de toda aquela confusão de doutrinas.
E tudo isso aconteceu pela presciência de Deus. Seu Espírito suplantando os atos dos homens e os
conduzindo a criar a atmosfera adequada para Suas preordenadas revelações àquele que escolhera
desde a eternidade para enviar à terra nos últimos dias. Para chamá-lo com poder, como já fizera a
todos os santos profetas da antigüidade. Cada um no seu próprio tempo e ordem.
Novamente é preciso dizer que até esse ponto, ainda nada se sabia do Livro de Mórmon. Tudo
aconteceu pelo poder do Espírito e a palavra da Bíblia, sem ela, nada disso teria sido possível.
-
A partir de 1823, quando o anjo Moroni veio a Joseph Smith e anunciou a existência do Livro de
Mórmon, começou o dever de interesse pelo livro, da parte do profeta e de todos a quem ele anunciou
a palavra de Moroni.
Mais tarde, quando o livro foi publicado ao mundo, esse dever de interesse passou a pesar sobre os
ombros de toda criatura que dele ouvir falar; pois é óbvio ser grave falta ignorar qualquer parte da
palavra revelada por Deus, esteja ela onde estiver, venha a nós por que meio for.
-
Se esta é uma coisa grave por evidência, pela mesma evidência, o diabo tem que lançar toda sua força
contra o Livro de Mórmon - para que os homens o ignorem ou combatamm contra o profeta e o livro
e, assim, sejam condenados no último dia.
-
Esta é a gravidade da questão, tão grave que o Senhor nos adverte : Não há olho que não verá nem
ouvido que não ouvirá nem coração que não será penetrado. E os rebeldes serão tomados de muita
tristeza, pois suas iniqüidades serão proclamadas de cima dos telhados, e revelados os seus atos
secretos (D&C 1: 2 - 3).
-
Com esta resposta inicial à sua primeira pergunta Moisés, lembro-me de que se declarou satisfeito em
saber que nós os mórmons, reconhecemos e damos tal crédito à importância da Bíblia nos
fundamentos do trabalho de restauração que declaramos ter sucedido a partir das revelações
recebidas por Joseph Smith.
-
Você então comentou sobre a injustiça do pastor batista que lhe disse terem os mórmons desprezado a
Bíblia para seguir um livro esquisito e estranho à palavra de Deus. Foi tão importante e elucidador
aquele nosso encontro, que resolvi não deixar que se perdesse; tanto para mim quanto para você.
Foi por isso que decidi preservá-lo através desta carta.
-
Agora, ditas todas essas coisas, posso começar a responder o porquê da vinda do Livro de Mórmon :
-A primeira de todas as razões é que a Bíblia, embora necessária, imprescindível mesmo, não é porém
suficiente para o trabalho da restauração.
Exatamente porque essa restauração é declarada por Deus, ser uma restauração de todas as coisas;
isso inclui também em restaurar o correto conhecimento da Bíblia, além de revelações para restaurar
partes claras e preciosas que foram dela retiradas por manipulação de homens corruptos; e para
terminar com as muitas contendas entre os cristãos sobre a doutrina de Cristo.
-
Para isso, o Livro de Mórmon é a providência que Deus preordenou:
Naquele tempo (o tempo da restauração) os surdos ouvirão as palavras do livro; e livres da
obscuridade e das trevas (dos séculos de trevas e apostasia em que os céus permaneceriam fechados -
sem revelação de Deus aos homens), os olhos dos cegos (espirituais) verão (Isaías 29: 18).
Essas palavras do Livro de Mórmon são as declaradas por Isaías, de que falarão baixinho desde
debaixo da  terra, com uma voz sussurrante vinda da poeira; e que sairá da terra como a voz de um
espectro ... (Isaías 29 : 4 - logo depois dessa escritura está anunciada a visitação do Senhor nos últimos
dias).
-
Esta é uma impressionante declaração de Isaías e que de fato acontece com quem lê as palavras do
Livro de Mórmon com a apropriada influência do Espírito.
Pois ele passa a ouvir essa voz vinda do pó, como um sussurro da voz dos profetas que escreveram
aquelas palavras pelo dom do Espírito Santo!
A pessoa então passa a saber pelo coração que elas são verdadeiras!
-
Da mesma forma que a Bíblia, o Livro de Mórmon é imprescindível. Mas não poderia agir isolado
dela, um livro é razão do outro;  eles se dão suporte mútuo pelos testemunhos recíprocos. Cada um
porém, tem a sua própria oportunidade e finalidade; tanto no tempo quanto no espaço geográfico
dentro do Grande Plano
de Salvação.
-
Chegou o momento da reunião do povo santo nos últimos dias; e isso está acontecendo pelo chamado
contido no Livro de Mórmon.
-
A restauração do conhecimento verdadeiro da Bíblia, ensinou ao profeta Joseph Smith o até então
misterioso significado e a correlação existente entre toda aquela parte  do livro citado por Isaías e as
palavras que temos em Ezequiel 37 : 15 - 21.
No versículo 19 o Senhor declara que tomará a vara de José (os livros sagrados eram escritos em
pergaminhos enrolados em varas), que está nas mãos de Efraim, bem como as tribos de Israel que
estão com ele, para juntar à vara de Judá (o livro de Judá - a Bíblia), de modo que unidos na mmão,
não sejam senão um ... Vou recolher os israelitas de entre as nações onde se acham dispersos; vou
congregá-los de toda
a parte e trazê-los para o seu país.
-
Ficou então absolutamente claro a Joseph Smith e a todos os que o receberem como um autêntico
profeta de Deus, que a reunião do povo de Deus nos últimos dias será feita através da união desses
dois livros - A Bíblia e o Livro de Mórmon
(A vara de José e a vara de Judá).
-
Depois de termos chegado a esse interessantíssimo e importante ponto caro Moisés, foi quando você
fez uma pergunta muito interessante, lembra-se ?
 Sua segunda pergunta: Mas não é verdade que a Bíblia já reuniu os inúmeros povos cristãos, nas
suas várias denominações, para receberem a Cristo; não é verdade que todas essas denominações
cristãs vivem pela Bíblia?
-
- Essa pergunta tem sua resposta nas próprias palavras de sua formulação:
Porque o correto entendimento da Bíblia, faria com que todo o povo fosse reunido numa única
denominação - Porque Deus não é autor de confusão, mas de paz ... e porque uma casa dividida
contra si mesma não pode subsistir ( não pode subsistir para sempre diante de Deus); e porque se o
Senhor Jeová não edificar a casa, em vão trabalham os que a constróem.
-
Tendo-se estabelecido essa situação confusa e caótica entre os cristãos em toda a terra, carregando
nas suas mãos a Bíblia; como alguém de sã consciência poderia esperar que ela fosse o instrumento
absoluto e único para reunir o povo numa mesma fé, num mesmo batismo e num mesmo
conhecimento de Cristo ?
-
É óbvio que Deus não o fará exclusivamente usando a Bíblia, Ele é muito mais inteligente do que
todos nós reunidos e somados. Ele o fará, porém, como declarou aos seus profetas que faria. Doa a
quem doer caro Moisés ... e nunca esqueça que Ele disse: Aquele que receber um profeta (Seu) na
qualidade de profeta, receberá uma recompensa de profeta. Essa recompensa é a vida eterna.
-
O precário entendimento da Bíblia entre os homens, quando não têm profetas para guiá-los, é que faz
reunir vários grupos, cada um sob sua própria denominação
e dogmas particulares. É incrível que os homens da cristandade moderna se julguem em cada uma
das suas centenas de congregações diversificadas, como sendo o povo de Deus ... quando a palavra é:
"Se não sois um, não sois meus"!!!
-
O Livro de Mórmon é a chave mestra que Deus preparou para cada indivíduo que quiser abrir a
porta do seu cárcere espiritual e fugir do carcereiro - o demônio.
Para que venhamos para a luz;  fazer parte do povo santo que O Senhor está preparando para ser
elevado a receber Cristo nos ares, na coluna de fogo do Espírito, quando de sua em breve chegada ao
Monte das Oliveiras para dar abertura ao Milênio da Paz.
Moisés guarde esta carta por favor, e a releia quando as dúvidas sobre essas questões vierem à sua
mente.
Ao seu dispor
-
CARTA 8
-
Prezada Ruth
-
Foi muito interessante a pergunta que me fez. Ela foi de fato um desafio e uma oportunidade
excelente para defender a causa que abracei já desde os idos 1970, quando aceitei o batismo n’A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
-
Alguém de outra denominação religiosa disse a você que a mentira de Joseph Smith poderia ser
facilmente desmascarada, a começar pelo  relato do transporte das placas que ele declarou ter feito.
 Como ele sozinho poderia ter transportado um volume pesando cento e cinqüenta quilos do monte
Cumorah até sua residência ou até um esconderijo próximo?
-
Você me disse ter perguntado a essa pessoa (da Igreja Presbiteriana) como ela sabia que as placas
pesavam tudo isso; ao que ela respondeu ter ouvido do seu pastor, o qual declarou que estudiosos do
assunto calcularam o peso baseando-se no número de páginas do Livro de Mórmon que está em
nossas mãos, cerca de quinhentas e vinte e duas na versão em língua inglesa. Considerando que essas
quinhentas e vinte e duas páginas são um terço dos escritos que estavam nas placas, o total de páginas
chegaria a mil quinhentas e sessenta e seis.
Disse então jocosamente o pastor presbiteriano que Joseph teria que ser um elefante para transportar
esse peso em qualquer que fosse a liga de metais empregada na confecção das placas.
-
Ruth, ainda estou lembrado do receio com que me fez essa pergunta. Talvez  você achasse que ela
seria incomodamente embaraçosa; que pudesse causar mesmo um abalo no relato do profeta e na
minha fé nesta obra. Mas o fato é que você lançou-me numa pesquisa para encontrar a explicação.
Ao realizá-la, acabei concluindo que se os referidos estudiosos do assunto houvessem feito a mesma
pesquisa que fiz, jamais teriam concluído tão grande peso para o conjunto de placas do Livro de
Mórmon. Teriam evitado que os cristãos desavisados se lançassem contra a verdade declarada por
Joseph Smith , e mais, que dessem tetemunho da sua tolice com um argumento ridículo como esse.
-
Veja Ruth, eis a luminosa explicação:
Foram escritas experimentalmente em hebraico quinze páginas da edição inglesa do Livro de
Mórmon. Esse texto em hebraico ocupou uma área de 15,5 cm por 16,5 cm. A área útil das placas do
Livro de Mórmon era de 14 cm por 18 cm, portanto era aproximadamente a mesma: 255,75 cm2
(hebraico) para 252 cm2 das placas
do Livro de Mórmon.
-
Acontece que a escrita usada no Livro de Mórmon (o egípcio reformado) era mais compacta ainda do
que a escrita em hebraico.  Calculamos que se usássemos o mesmo tipo de letras (o mesmo tamanho)
teríamos uma placa em hebraico para sete páginas do Livro de Mórmon em inglês.
Podemos com justiça admitir que essa relação passasse para 1 por 10 usando o egípcio reformado.
Isso significará que 522 páginas escritas em inglês no Livro de Mórmon, corresponderiam a 52,2 
placas em egípcio reformado.
-
Como isso representava um terço das placas, concluímos que o livro inteiro teria  156,6 espaços de
placas escritas. Ocorre que as placas estavam escritas dos dois lados, portanto o livro em placas
continha apenas 78,3 placas.
Como a espessura total do livro em placas era de seis polegadas (15 cm), as placas individuais
deveriam ter 2 mm de espessura.
Em ferro, isso pesaria cerca de 38,250 Kg - relativamente fácil para um homem de 90 Kg  na força
física dos seus vinte e um anos de idade transportar.
O livro de Mórmon foi escrito por gravação em placas de uma liga que tinha a aparência do ouro; por
isso é impossível precisar o seu peso. Mas, seguramente era menor do que os 38,250 Kg que
encontramos para o ferro.
-
A verdade histórica com referência a essas questões, está contida no capítulo VIII de A História da
Igreja, por B.H. Roberts, volume I.
-
Não foram os presbiterianos que começaram a difundir essas falsidades. Isso começou já desde o
início  da história dos mórmons. Como exemplo citamos o contido nas páginas 93, nota 10. do volume
I:
-
Um certo Sr. John Hyde divulgou que baseando-se nas medidas das placas, concluiu que seu peso
deveria ser da ordem de 91 kg. Além disso, disse ele que Joseph Smith teria realizado a façanha 
impossível de carregar mais o peso do peitoral de metal, mais a espada de Labão, mais o dispositivo
que o profeta Lehi teria usado para orientar-se no deserto e mais o Urim e Tumim (as pedras de
vidente).
Diz Hyde ironicamente então, que Joseph Smith com essa carga de cavalo, teria corrido uma distância
de três Km e pouco, mais rápido do que dois homens que tentaram  assaltá-lo e que estavam de mãos
vazias.
-
Na verdade, o profeta escondera todas essas coisas, logo depois que o anjo Moroni as entregou em
setembro de 1827; ele ocultou-as preventivamente num esconderijo situado a cerca de quatro
quilômetros de sua residência. Quando voltou lá pela segunda vez, foi para transportar
primeiramente as placas; mais tarde levou o resto das coisas para sua residência.
-
As ações reptícias de incontáveis pessoas tentando subtrair  de Joseph aqueles objetos, são uma prova
de que sabiam por certo que ele os possuía.
Prova também de que não acreditavam ser sua origem a declarada pelo profeta.
O que pretendiam era tirar vantagem pecuniária usando o ouro que pensavam estar contido nas
placas.
No final das contas, tudo acontecido e engendrado pela oposição, só serviu mesmo foi para tornar
ainda mais verídico o testemunho de Joseph Smith.
No julgamento de Deus é de tal modo importante que os homens creiam no Livro de Mórmon, no
profeta e na restauração, que Ele  preordenou o derramamento de seu sangue e de seu irmão Hyrum
como testemunhos extremos de apóstolos de Jesus Cristo, selando com a morte a veracidade deste
trabalho de Deus nos últimos dias.
O mesmo testemunho de sangue dado pelos apóstolos de Jesus Cristo
no Meridiano dos Tempos.
-
 Prezada Ruth, ainda não foi por aí que conseguiram derrubar o testemunho de Joseph Smith. O
mundo vai continuar tentando ... até que Jesus Cristo, tendo à sua direita o profeta da restauração,
pise o Monte das Oliveiras e derrube o mundo.
-
Quando tiver mais perguntas entre em contato comigo.
-
CARTA 9
-
Esta carta tem o objeto de marcar para a eternidade o encontro de nossas mentes em agosto passado.
Achei que nossas palavras não se deveriam perder no vento. Tenho a convicção de que elas serão úteis
para outras pessoas.
Como você sabe, decidi que meus encontros espirituais seriam publicados como cartas abertas, para o
bem de todos os que desejarem deles aproveitar
alguma coisa.
-
Nossa conversa começou com aquela sua observação seguida de pergunta:
-
"Acho que vocês, os mórmons são rígidos demais nas suas posições, tanto no comportamento social
quanto no religioso.  Talvez seja essa a razão porque as igrejas evangélicas cresçam muito mais
rapidamente do que  a de vocês.
Por que a liderança mórmon não muda um pouco essa rigidez de princípios e torna a igreja mais
acessível ao comum das pessoas ?
Afinal qual é o benefício a mais de ser mórmon em vez de ser messiânico ou membro da Igreja
Universal do Reino de Deus?
Vejo que essas igrejas prometem mais bênçãos e assistem o povão com métodos muito mais rápidos,
eficientes e objetivos do que vocês estão prometendo ao povo e fazendo por ele.
Por que a liderança mórmon não imita os seus métodos?".
-
Caro Macedo, você realmente colocou muito boas perguntas, e fez afirmações importantes. Isso dá-me
oportunidades ímpares para esclarecer muitas coisas.
Você disse uma grande verdade ao afirmar que as igrejas acima prometem aos que se decidirem a
seguir a palavra dos seus pastores, muito mais bênçãos temporais e espirituais maravilhosas do que
nós prometemos.
-
Quem promete grandes bênçãos temporais, ou pensa que pode prometer ou sabe que não pode mas,
mesmo assim, promete para alcançar seus objetivos.
E admito até que muitas coisas boas aconteçam a algumas pessoas em casos individuais. Mas, observe
bem  Macedo, as promessas feitas por essas igrejas são de caráter geral, portanto coletivas; enquanto
seu cumprimento comprovado é de caráter excepcional e particularizado.
 São chamados a prestar o testemunho delas, essas pouquíssimas exceções quando comparadas à
multidão de fiéis desafortunados.
Não vêm prestar o testemunho os milhares e milhares de pessoas iludidas por promessas falsas que
não se cumpriram e jamais se cumprirão; simplesmente porque este mundo não vive ainda o Milênio
da Paz, aquele tempo e  espaço em que as grandes promessas se cumprirão.
Mas a impressão causada pelos testemunhos declarados por aqueles poucos que se consideram
abençoados, é suficiente para manter a chama de esperança no coração das multidões iludidas com a
busca de bênçãos temporais.
-
Exatamente é assim que acontece com o baú da felicidade do Sr. S. Santos.
Que tremendo efeito causa a alegria dos premiados e dá  motivação aos incontáveis milhares que
pagam os carnês do baú  "da felicidade do citado apresentador"! Quão falsas são as promessas de
felicidade para a multidão! A despeito disso, todos continuam a aumentar a riqueza do dono do baú !
-
Dizem os matemáticos que a chance de uma pessoa ganhar o primeiro prêmio numa loteria nacional é
da ordem de 1 para 12.000.000 ! Mas todos continuam a comprar os bilhetes porque sabem que um
pode ganhar. Esperam que esse um seja ele. Pelo menos, aí ninguém está prometendo a felicidade
coletivamente,
como as falsas igrejas fazem.
Sim Macedo, é como você diz. Nós não fazemos esse tipo de promessa para conquistar a adesão do 
povo,  porque sabemos serem falsas. A palavra verdadeira de Deus dada ao homem, no tipo de mundo
em que vivemos, está longe de ter essas promessas de livrar-nos das provações e dos sofrimentos; eles
são inexoravelmente causados por resultado das ações daqueles que nos cercam e não estão dispostos
a obedecer as leis eternas. Nós estamos com eles no mesmo barco, singrando as mesmas calmarias e
borrascas.
-
SPor isso, só podemos prometer aquilo que Deus prometeu:
Paz neste mundo turbulento e vida eterna no mundo vindouro; fé e esperança mesmo dentro das
tribulações inarredáveis da vida telestial deste mudo; força para não fazer caso das tentações;
perseverança para resistir em justiça até o fim de nossa provação... e o fortalecimento e conforto do
Espírito Santo.
-
Quando Jesus Cristo declarou que os escândalos são inevitáveis neste mundo, mas ai de quem os
causa, deixou subentendido que esses escândalos (causados pela ignorância da verdade e a maldade
dos homens) sujeitarão a humanidade em geral a muitos sofrimentos também inevitáveis.
Eles cairão sobre culpados e inocentes, da mesma forma que o sol brilha e a chuva cai sobre bons e
maus.
-
Sim Macedo, é  "só isso" o que estamos autorizados por Deus a prometer. Quem promete mais ou
menos do que isso para os que vivem neste mundo não o faz da parte de Deus. Quem confia em
promessas diferentes dessas que fazemos, não as está recebendo de Deus, mas sim recebe aquelas que
vêm do Mentiroso
e dos falsos pastores que o servem inconscientemente.
-
A palavra de Deus diz aos ricos que consintam em ser  diminuídos naquilo que os pobres sejam
acrescidos ( o governo de Deus é de autoconsentimento e não de compulsão). Ou seja, que as doações
voluntárias  dos ricos venham se acrescer na mão dos pobres; a palavra diz que pobres ou ricos não
sejam ociosos; diz aos ricos que não sejam egoístas nem os pobres cobiçosos; diz para nos servirmos
uns aos outros como o Senhor nos serviu a todos; diz que carreguemos as cargas uns dos outros. A
palavra de Deus jamais disse ao pobre que se despoje de sua penúria para dá-la à congregação da
igreja que freqüente.
(como muitos têm sido induzidos pela falsa pregação desses pastores desautorizados).
 Mas a um homem de muitas posses disse certa vez que se quisesse ganhar o reino dos céus deveria
vender tudo o que possuía, dar aos pobres, e então segui-Lo.
Para esse homem, apegado que era àquelas muitas posses, o remédio era o indicado por Jesus; porque
as riquezas temporais o impediam de amar mais a Deus do que a Mamon. E ele deu prova de que
aquele era mesmo o remédio apropriado para sua alma, ao afastar-se do Senhor para conservar seus
bens materiais.
-
Não caro Macedo, nós não podemos imitá-los, são eles é que devem nos imitar; porque somos nós que
imitamos o Senhor Jesus Cristo; pois procuramos fazer as coisas da maneira Dele; do modo que Ele
revelou ao profeta Joseph Smith para o Seu povo fazer.
-
O reino de Deus não é um reino de assistência social. Mas  é um reino onde os súditos aprendem
autovalorização no Espírito Santo; aprendem a dignidade que existe na independência econômica, no
crescimento espiritual e controle emocional. Aprendem a necessidade de crescer em todos os sentidos,
para poderem dar de si pela edificação do reino de Deus na terra. Deus não nos chamou à sua
assembléia para sermos eternos dependentes dos nossos irmãos. Ele nos induz a alcançar a condição
de poder dar em vez de permanecer sempre na condição de precisar receber - "Porque mais bem-
aventurado é o que dá do que o que recebe".
-
O governo de Deus funciona a longo prazo, não há imediatismo no cumprimento das Suas promessas.
Elas vêm tão lentamente quanto nós somos lentos em nos colocarmos em condições espirituais para
merecermos recebê-las.
-
No governo de Deus, as diversas congregações devem colocar sob a gestão de seus bispos, o poder
econômico para poder ajudar momentaneamente os necessitados temporais dessas congregações.
Da mesma forma que o patriarca de uma família deve ajudar momentaneamente um membro da clã,
e erguê-lo à condição digna  de se auto-suprir.
Esta é a assistência individual e familiar que somos chamados a prestar ... até que a terra inteira
esteja cheia por essas congregações, e que o reino de Deus siga em frente  "a todo o vapor",  e todos
sejam ricos e participantes do Espírito de Deus.
-
Esta é a ordem que recebemos de Deus pelo profeta para fazer essas coisas. Elas podem ser mais
demoradas, mas são as únicas que podem resolver os problemas do mundo de forma completa e
permanente.
Valeu a pena nossa conversa.
-
CARTA 10
-
Prezada Multidão
-
Eram 24:00 horas de um dia 11 de maio quando mudei o canal da TV, o programa era "A 25a.
Hora". Imediatamente me perguntei:
- Qual será a intenção da direção da programação de uma emissora administrada por evangélicos, ao
convidar um padre católico para debater em mesa redonda sobre um tema tão terrível - A
Inquisição ?
Onde o padre foi buscar motivação para aceitar esse desafio, tão inaceitável
quanto a própria Inquisição ?
-
A não ser que o padre estivesse motivado para ajoelhar-se ali e, em nome do Papa, pedisse perdão a
Deus e ao mundo; não poderia haver outra razão compreensível e compatível com a inteligência
humana.
Seria absurdo tentar apresentar quaisquer razões, quaisquer explicações, fazer qualquer tentativa
para justificar a posição tomada pela Igreja Católica naquele cruel episódio. Assim, eu não via
nenhuma razão
para o padre estar ali.
-
Mas lá estava o padre ! Isso despertou-me do sono que já me dominava. Fiquei curioso para ouvir o
que ele iria dizer, cercado como estava, física e espiritualmente, por protestantes evangélicos.
-
Para dar ao público uma impressão de imparcialidade, a direção do programa providenciou a
presença de um professor, filósofo, teólogo e doutor em ciências sociais, declaradamente católico
praticante e conhecido nacionalmente.
Mas, o que poderia ele dizer em favor da posição do padre mesmo com  toda aquela sua bagagem
intelectual ? Pois no caso, aplicava-se à pleno a força do dito popular: "Contra  fatos não há
argumentos".
-
Minha estupefação foi grande quando percebi que o padre estava fazendo tentativas para  explicar a
posição da liderança católica naqueles séculos da Inquisição.
Estava tentando uma explicação que preservasse sua crença e a de todo bom católico, de que a Igreja
em si sempre foi e continuaria a ser a Igreja de Jesus Cristo, inspirada pelo Espírito Santo, a despeito
de todo mal que tenham feito seus dirigentes à humanidade!
-
Pensei ironicamente com os meus botões :
É! Realmente, contra fatos não há argumentos, e apliquei aquele dito popular em outra direção :
 "Contra o fato da força que têm as tradições erradas sobre o espírito humano, não há argumento
verdadeiro que prevaleça, quando o homem se auto-determina a crer nelas".
-
Sim! Cumprindo a sabedoria deste meu dito parodiado, ali estava o padre para defender  o
catolicismo diante do racionalismo do século XX !
-
Disse ele: O pensamento da Igreja era o da Idade Média no seu zelo fanático pela doutrina, envolvido
e mesclado com os interesses políticos, econômicos e territoriais do jogo de poder entre as nações, nas
figuras de seus reis, rainhas, imperadores, príncipes e princesas medievais. Essa era a consciência
medieval da Igreja, que permitia que a sua direção manifestasse o zelo daquela forma.
Injustificável para nós hoje, mas perfeitamente justa para eles na Idade Média!
-
Ou isso foi uma confissão direta da apostasia da Igreja ou teremos de admitir que o Espírito Santo
esteve fanatizado naquela época e submetido ao pensamento medieval, e que Ele é o verdadeiro
mentor da Inquisição!
-
Ocorre que para aceitar isso, teremos antes de confessar que nosso Deus é o Demônio! Mas como tal
opção será uma terrível blasfêmia, teremos que aceitar a outra :
- O deus medieval da Igreja Católica era o próprio Satanás. Resta saber quando o Senhor Deus
passou novamente a ser o Deus Vivo e atuante na Igreja terrena; porque daquela igreja Ele já se
havia afastado havia muitos séculos!
-
Um clamor de Amoramon:
-
Ó maldita tradição satânica que impedis a humanidade de ver as vossas obras!
Ó luz de Cristo! Ó luz do Espírito Santo! Quão  radiosas brilhais nas trevas e as trevas não vos
compreendem!
-
O Filho de Deus é enviado ao mundo para destruir as obras do Demônio. Mas os homens amam mais
a Satanás do que a Deus, crêem piedosamente no que é falso e desprezam a justiça e a verdade!
-
Jesus e os apóstolos, muitos séculos antes da Inquisição, ensinaram a doutrina do evangelho num
mundo pagão e idólatra. Deixaram-se imolar pela verdade de Deus; enquanto a liderança católica, em
atitude diametralmente oposta, fez imolar muitos milhares de criaturas pelo poder da Igreja que se
fez uma rainha Romana!
-
Depois das coisas chegarem a esse ponto, em que o padre inconscientemente estava debatendo com os
meus pensamentos,  um evangélico forçou a barra, perguntando como um católico pode continuar a
sê-lo diante desses fatos.
Esta foi a resposta do padre:
-
"Para que uma pessoa aceite o catolicismo é preciso que exerça uma opção, depois de aceitar o
pressuposto de que a Igreja católica representa o Reino de Deus na terra. Isso, a despeito da
Inquisição; a despeito de toda história secular e eclesiástica; a despeito de  todas as variações
doutrinárias, contradições entre bulas papais, encíclicas e tudo o demais negativo que possa macular a
Imagem da Igreja. Este é o substrato de toda a questão, a aceitação por opção de consciência, que a
Igreja Católica é o Reino de Deus na terra".
-
Com esta definição de posição, fiquei ainda mais estupefato, e pensei:
-
E por que não dizer também - A despeito do sermão da montanha, da caridade definida por Paulo; a
despeito de todo o Novo Testamento; a despeito de todo o mal que a Igreja Católica fez contra o
evangelho, a humanidade e contra o Espírito Santo. Ainda assim, um homem para fazer sua opção
pelo catolicismo deve ignorar tudo isso, para poder partir do pressuposto de que  a Igreja é o Reino de
Deus estabelecido na terra !
-
Estava ali, de maneira insofismável,  demonstrada a violência que  um homem faz contra a própria
consciência quando força sua opção pelo catolicismo, depois de saber essas coisas. Ele faz apagar em
si a luz que Deus lhe oferece pelo conhecimento da verdade; para poder adotar um pressuposto
absurdo de que as trevas foram,  continuaram e continuam a ser o Reino de Deus !
-
Quão grande será a dor dessas pessoas diante de Deus se morrerem culpadas dessa ofensa contra Ele!
Quanto doerá o seu arrependimento tardio, até que sejam perdoadas! Quão melhor seria para elas
saírem desta vida livres desta condenação!
-
Eu então me perguntei : - Será que o grande público se deu conta disso ?
- Certamente que não ! O grande público ou estaria dormindo ou assistindo algum dos muitos
enlatados alienantes que a nossa TV é farta em apresentar.
E os que assistiram ao programa, em geral não estariam preparados para analisar
o profundo dessas implicações.
-
O padre estava emaranhado nessa teia nada escriturística de incoerências, substratos, pressupostos e
opções. Então, os evangélicos sentiram-se preparados e inteiramente à vontade para fazer o seu
discurso. Falaram com veemência do seu valente zelo pela Bíblia; da inspiração do Espírito Santo,
que os leva ao entendimento inspirado das escrituras ...
-
Essa noite, os meus botões não me deixaram descansar. Ao ouvir isso do discurso dos evangélicos,
pensei ironicamente:
-
É! Esse é mesmo "entendimento inspirado" que leva as testemunhas de Jeová às suas interpretações
particulares dos textos bíblicos;  o mesmo que conduz os mestres do espiritismo a escreverem o
Evangelho Segundo o Espiritismo; o mesmo que leva os católicos a ensinarem suas doutrinas
tradicionais multicentenárias como sendo a palavra de Deus. Enfim, é o mesmo espírito que nós os
mórmons declaramos estar lutando para conduzir nosso povo a ter o entendimento insólito que temos
das escrituras bíblicas e a associá-las com novas escrituras reveladas pela instrumentalidade do
profeta Joseph Smith.
-
ONDE ESTÁ A VERDADE EM TAMANHA CONFUSÃO DE POSIÇÕES ?
-
Por que todos se julgam inspirados pelo Espírito Santo, se as escrituras são interpretadas de tão
variadas formas, se as doutrinas que ensinam são tão variadas e antagônicas ? O que passa pela
mente de todos esse crentes quando se defrontam com as escrituras abaixo ?
-
"Esforçai-vos por conservar a unidade do Espírito ... Não há mais que um só Senhor, uma só fé, um
só batismo"... "Todo o ramo que não der fruto em mim, ele (o Pai) o cortará, ... o ramo não pode dar
fruto por si mesmo, se não permanecer na videira ... Se alguém não permanecer em mim, será lançado
fora, como o ramo, Ele secará" ... "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a
constróem"...
"Bem-aventurado és Simão filho de Jonas, porque não foi a  carne nem o sangue que te revelou, mas
meu Pai que está nos céus ... e sobre esta rocha (a revelação do Pai) edificarei a minha Igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela".
-
Está ai o próprio Salvador ensinando que a Igreja verdadeira de Jesus Cristo será edificada sobre a
rocha da revelação do Pai a cada um de nós por seu Espírito Santo; para que as portas do inferno não
prevaleçam sobre nós ao nos manter enganados sob o poder das muitas igrejas falsas inspiradas pelo
farsante e imitador
dos dons do Espírito.
-
"Antes de tudo sabei que nenhuma profecia da escritura é de interpretação particular. Porque jamais
uma profecia foi proferida por produção de vontade humana, Homens inspirados pelo Espírito Santo
falaram da parte de Deus"
-
Qual de todas essas igrejas que se dizem cristãs, podem continuar a dizê-lo se os indivíduos que as
constituem não têm o testemunho de fogo do Espírito Santo; se seu profeta fundador não recebeu a
visitação pessoal de Deus; se não viu e declarou que viu Deus face a face (como Jesus, Moisés, Jacó,
Isaque, Abraão, Noé, Enoque e Adão) ; se não recebeu  ministração dos anjos; se não tem sua
organização na terra como Jesus a instituiu no Meridiano dos Tempos?
-
Saber qual é a Igreja verdadeira de Jesus Cristo no tumulto religioso desnorteante em que o diabo
lançou os homens nos últimos dias, é o maior desafio da cristandade moderna. Tanto Jesus quanto
Pedro deixaram a chave para os homens vencerem essa prova:
-
Compreenderem que só pela revelação do Pai pelo Espírito Santo é possível ao homem identificar a
Igreja verdadeira.
Isso era verdade no Meridiano dos Tempos, em todas as épocas da antiguidade e continua a sê-lo
hoje; porque Deus é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.
(ver Mateus 16:17-18 e IIPed 1: 20-21).
-
A GRANDE QUESTÃO QUE SUBJUGA A CRISTANDADE
-
O que é um testemunho do evangelho, o que é uma opinião humana?
-
A opinião é um ponto de vista particular, uma perspectiva pessoal, um posicionamento particular no
exame das coisas observadas; ela desenvolve seu poder em decorrência de fatores, culturais,
emocionais, físicos, mentais e espirituais; por tudo isso, ela é extremamente variável; por ela é
impossível chegar à unidade de parecer, de fé e muito menos de propósitos.
-
Por isso, Deus jamais adotaria o caminho das opiniões humanas (da carne e do sangue) para edificar
a Sua almejada unidade de fé e do conhecimento do Filho de Deus; para edificar nos homens a
maturidade de Cristo.
-
O poder que está no exercício das opiniões só pode mesmo é originar facções, divisões e subdivisões,
partidos, seitas e variedade de interpretações.
A cristandade moderna revela claramente ser constituída de igrejas pseudo-cristãs.
-
Todas elas menos uma, são formadas contra o princípio cristão de formação da Igreja verdadeira.
Elas são edificadas a partir da iniciativa particular de um fundador humano, de forma absolutamente
ilegal diante de Deus. Para que houvesse legalidade nelas seria preciso que toda escritura sagrada
estivesse errada.
-
É por isso que Deus usa o poder do Seu testemunho espiritual para arregimentar
os homens e acolhê-los na Igreja de Jesus Cristo; não pode haver outro modo de  fazê-lo. O
testemunho do Espírito sobrepuja nossas opiniões, alinha, organiza, uniformiza e unifica; transforma
a variedade em unidade ao operar e manifestar no homem o dom do arrependimento, que o leva a
aceitar o batismo na Igreja verdadeira e ao dom do Espírito Santo, o único poder empregado por
Deus como edificador da Igreja de Jesus Cristo.
-
ENQUANTO O HOMEM NÃO RECONHECER ESSA SUA FRAQUEZA E IMPOSSIBILIDADE
DE ENCONTRAR O REINO DE DEUS NA TERRA NA BASE DA OPINIÃO PARTICULAR,
CONTINUARÁ ENGANADO NAS IGREJAS DO MUNDO.
-
Não poderá ser de outra forma, porque estará agindo fora do método estabelecido por Deus para
formar o corpo de Sua Igreja. Ele se terá colocado na dependência de si próprio num assunto em que
jamais poderá agir independente da ordem arranjada nos céus.
Se não fosse provido por Deus um meio de comunicar-Se com o homem, no sentido de provar a
autenticidade de Suas manifestações; diferençando-as definitivamente e de modo inconfundível do
sentimento humano das simples opiniões pessoais, então, seriam vãs as palavras contidas em IIPed
1:20-21 e Mateus 16:17.
-
Uma opinião racionalista se tem simplesmente, opera-se apenas na mente; já um testemunho
manifestado por Deus é sentido espiritualmente no coração, antes de poder ser percebido, processado
e compreendido na mente.
Ele é manifestado quando Deus quer que o seja e não quando o homem força as coisas para que
aconteça; quando ele se deixa influir pelos cânticos e refrões ritmados de grupos inconseqüentes e que
não se dão conta que o zelo, a honra e a dignidade em que Deus tem o Seu Espírito, não permite que
ele esteja ao comando e bel-prazer das vontades humanas em busca de sinais do alto.
As manifestações do Espírito Santo são coisa muito mais séria, muito mais acima, muito mais restritas
no julgamento de Deus, do que as pretensas manifestações que o povo pensa que acontecem da parte
de Deus, e que se tornaram um lugar comum na falsa idéia dos tolos, batendo palmas e cantando
refrões e se autocondicionando para receber manifestações.
Sim, elas vêm ! Mas vos asseguro que não é do alto, e sim de um poder espiritual que visa condenar o
homem pela indignidade de pensar tal blasfêmias sobre o Espírito Santo.
-
Ó Satanás, como tem sido fácil para ti enganar as multidões ! Porque a única saída que Deus lhes dá é
o ouvir a palavra do Seu Sacerdócio pelos profetas de Israel do passado e do presente. Mas eles não
ouvem com os ouvidos espirituais a voz sussurrada do Espírito de Deus; preferem ouvir com seus
ouvidos físicos as vozes berrantes  que enchem os ares de sons, e de almas o inferno.
-
Enfim, ó multidão, Amoramon deseja terminar esta carta apenas dizendo mais uma coisa:
-
As opiniões são fundamentadas só em raciocínio intelectual, o espírito do homem tem comando sobre
o como e o quando quer formá-las; enquanto os testemunhos do alto estão ao inteiro comando de
Deus pelo Seu Espírito; são alicerçados primeiramente num sentimento espiritual que se manifesta no
coração, para só depois subirem ao intelecto. Isso é o que torna impossível o diálogo entre os que têm
a experiência dos testemunhos da parte de Deus e os que têm  falsos testemunhos, fabricados em
baixo.
-
Quem poderá receber esse testemunho do alto se não se apresentar diante de Deus com um coração
humilde e despojado de toda sua pretensa cultura bíblica ou secular ou o que seja ? Quem tentar
indicar o caminho para si mesmo, seguramente irá em direção errada, porque nenhum homem pode
encontrar o caminho da salvação
por si só. Ela é um dom que Deus só dá a quem segue Suas regras.
  Maio 1994
-
  CARTA 11
-
Prezado Alain
Desejo que esta nossa troca de correspondência fique para a eternidade. Vou registrá-la nesta carta.
Vou transcrever algumas partes dos pensamentos que expressou e respondê-los em seguida.
Peço que considere os meus pensamentos com o mesmo interesse que usei para analisar os seus.
-
Prezado amigo, você começou dizendo:
-
"Todas as igrejas se dizem as únicas verdadeiras ... Mesmo que a maioria delas falasse isso por
convicção, em vez de ficar contente com essa unanimidade, fico é muito desconfiado. Se entre cem
igrejas uma fosse verdadeira e noventa e nove delas fossem erradas e enganadoras do povo, a
probabilidade de encontrar a certa seria muito pequena. Para mim, a minha Igreja tem uma vantagem
decisiva sobre as outras: Foi fundada por Jesus Cristo, sob a liderança de Pedro".
-
Peço então agora que considere suas próprias palavras iniciais. Veja Alain, se esta sua última
afirmação fosse verdadeira, não seria nada difícil encontrar a resposta: A Igreja Católica seria a
única verdadeira, existissem outras denominações quantas existissem; não seria absolutamente difícil
concluir isso. Já que a Igreja Católica é a única entre todas que declara ter mantido a linhagem do
sacerdócio de Melquisedeque; o qual Jesus Cristo recebeu do Pai Eterno (confirme isso na carta de
Paulo aos Hebreus) e passou-o aos apóstolos Pedro, Tiago e João, quando os constituiu e enviou para
pregar o evangelho em todo o mundo conhecido.
-
Se nenhuma outra igreja que se denomina cristã reivindica estar alicerçada sobre esse tão sólido
fundamento do sacerdócio e dos apóstolos, seria muito fácil concluir que a Igreja Católica é a única
certa, e portanto verdadeira.
-
Embora, eu diga que seria fácil às pessoas de mediana inteligência e algum conhecimento de causa
chegar a essa conclusão, através de pequeno esforço intelectual; também admito que não seria fácil
para a maioria das pessoas deste mundo, não por falta de inteligência e sim,  mais por falta de
interesse em
pesquisar essas coisas.
-
Só com esse pequeno esforço de nosso intelecto, seria possível eliminar todas as outras e dizer:
A Igreja Católica é a única verdadeira.
Pronto! Teríamos encontrado o caminho da salvação, o Reino de Deus na terra, somente por meio do
nosso intelecto! Daí em diante era só aprender o catecismo e pedir o batismo ou simplesmente seguir
fielmente as instruções e as doutrinas do catolicismo... se já houvéssemos sido batizados como bebês.
-
De que serviria o testemunho do Espírito Santo que alinhou Pedro com a verdadeira causa de Cristo ?
Mas para Pedro não lhe bastou a conclusão da "carne e do sangue" (o seu intelecto). A ele Jesus
chamou de bem-aventurado, porque sabia pelo Espírito Santo.
-
E quanto a nós outros cristãos; não deseja também o Senhor que sejamos bem-aventurados? E como
o seremos se também não o soubermos pelo Espírito Santo? Será que Ele queria para Pedro o
testemunho do Espírito e para nós o do intelecto? Mandaria Ele a um vestir-se de seda e aos outros de
trapos?
-
Alain, o intelecto é um instrumento de grande valor para o homem dominar as coisas que estão aqui
por baixo, mas as que estão acima só são sondáveis pelo Espírito de Deus. Ou Ele se revela ou nossas
conclusões serão grandemente duvidosas.
-
Ouvindo os leigos aqueles argumentos racionalistas em favor do catolicismo, da parte dos sacerdotes
católicos, que aprenderam intelectualmente a doutrina, história e ordenanças nos seminários, segundo
as tradições católicas; que foram constituídos de autoridade eclesiástica, sem nunca terem
experimentado o testemunho de fogo do Espírito Santo, para saber diretamente de Deus se Ele
aprovou suas ações, sua fé, suas ordenanças, doutrina e teologia; perguntamos:
Em que são transformados esses leigos que aceitam a pregação do intelecto religioso tradicional
católico?
- Certamente que não poderão ser chamados de bem-aventurados, como Cristo chamou a Pedro e
também gostaria de chamá-los. Eles não passarão de cristãos intelectuais tradicionais.
-
"Que têm uma aparência de religiosidade, mas negam o Meu Poder" (negam a necessidade da
manifestação viva do poder de Deus para iluminar sua decisão no caso crucial de encontrar o Reino
de Deus na terra)
-
Com toda segurança Alain,  Deus os vê como desventurados, porque lhes falta o testemunho de fogo
do Espírito Santo, para julgarem as coisas de Deus segundo Deus e não segundo o intelecto humano.
A fé que nos vem pelo intelecto não é bastante para garantir que seguimos o caminho mais elevado, o
mais excelente, e que levará nossos espíritos à presença do Deus Pai.
-
Alain, você é uma dessas pessoas, mas só continuará a ser se quiser. A revelação de Deus existe para
ajudar o homem naquilo que não pode fazer por si mesmo.
E encontrar o Reino é uma dessas coisas, só o Espírito de Deus pode mostrar ao homem onde
encontrá-lo.
-
Você teorizou cem igrejas, uma verdadeira e noventa e nove falsas, para concluir que seria muito
difícil encontrar a verdadeira. O fato é que não são apenas cem, são vários milhares!
Mas qual a dificuldade que terá o Espírito de Deus para encontrá-la para você ?
Só será muito difícil, mesmo impossível, se você não aprender a confiar no Espírito e nas palavras de
Cristo:
-
"Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á"; "Quem procura acha, a quem bate ser-lhe-há aberto".
-
Alain, é preciso portanto que nos seja aberto depois de batermos, você fala como a esmagadora
maioria dos católicos que conheço; como eles, você não conhece as escrituras em profundidade. Se
conhecesse, nunca diria ser difícil encontrar o Reino; pois saberia que Quem o encontra para o
homem é o Espírito de Deus; basta que ele esteja profundamente interessado. Mas qual o profundo
interesse que pode ter uma pessoa que pensa  já ter encontrado sem nunca ter procurado
avidamente... como um semi-afogado anseia pelo ar.
-
Alain vou dizer-lhe uma coisa muito dura que só os verdadeiros amigos e que realmente se importam
têm coragem de dizer:
-
As coisas falsas que vêm ao nosso espírito por processo intelectual, por vias racionalistas, podem ser
derrubadas por nosso próprio intelecto, por concurso da luz de Cristo, que se manifesta na nossa
consciência e nos ensina a julgar as coisas, ver claramente o bom, o justo, o certo e o errado, a
verdade e a mentira.
-
Pela luz de Cristo e as palavras de Deus no Velho e no Novo Testamentos (sem falar aqui no Livro de
Mórmon, em que você não crê) podemos ver claramente as falsidades intelectuais tradicionais
pregadas pelas religiões do mundo; tanto em palavras quanto em atos.
A desvirtuação da doutrina e da religião verdadeira que o Filho de Deus ensinou é tão flagrante nas
vias do catolicismo, que é um escândalo ver tantas pessoas submetidas a ele; só explicável por auto-
alienação, doentia acomodação espiritual sob o poder das falsas tradições e desinteresse na busca do
Reino.
-
Você então me fez uma pergunta muito comum; já a ouvi muitas vezes:
-
"Por que Jesus Cristo teria fundado uma Igreja destinada a tornar-se errada por mil e oitocentos
anos?".
-
A Igreja, com a primeira vinda de Cristo, tinha que ser implantada na terra, para dar oportunidade
aos homens das várias gerações receberem as bênçãos da ressurreição e da vida eterna. Cristo
realizou essa meta do Plano de Deus em plenitude.
Os justos de todas as eras anteriores  e posteriores passaram então a poder aproveitar essa
oportunidade maravilhosa.
A Igreja da terra caiu pela iniqüidade dos líderes, mas ela continuou a existir nos céus com aqueles
mesmos santos do Velho e do Novo Testamentos; para, no devido tempo e de acordo com as
escrituras, ser trazida de volta à terra, precedendo a segunda vinda de Cristo para julgar o mundo.
A Igreja verdadeira jamais tornou-se errada ou  deixou de existir. Os homens é que deixaram de
merecer ter a Igreja no seu meio. Os objetivos do estabelecimento da Igreja na terra foram inteira e
totalmente cumpridos.
Deus não preordenou a Igreja  para cair em apostasia e sim para dar oportunidade de salvação aos
vivos e aos mortos que aceitarem os termos do Plano de Salvação. Sem ela isso seria impossível.
-
Alain, nos mesmos termos eu poderia perguntar a você:
-
Por que Deus chamaria o povo israelita à reunião na terra de sua herança, se sabia ter que dispersá-lo
por mais de dois mil e seiscentos anos?
Não foi também a iniqüidade do povo eleito a causa da dispersão? E Deus não a usou para abençoar
todas as famílias da terra com o sacerdócio e as promessas feitas a Abraão?
Para que Deus mandaria Salomão construir o templo de Jerusalém, se sabia que o abandonaria à
destruição mais tarde? Por que fez o mesmo com o templo de Zorobabel e mais tarde com o de
Herodes, destruído pelos romanos?
-
Que resposta você me daria? Certamente diria, de acordo com a própria resposta do catolicismo -
Deus fez todas essas coisas para poder abençoar de forma geral os povos da terra, e quando o povo
israelita mostrou-se indigno do Espírito de Deus e das bênçãos dos templos, eles lhe foram retirados.
-
Ora,  se confessamos que Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre; temos de admitir que Ele
também retirou da terra a Igreja fundada por Cristo, de acordo com as escrituras. E que a
restauraria agora novamente, antes da segunda vinda de Cristo ... de acordo com as escrituras.
(Atos 3: 19-24; IITess 2: 3-4 e 8-12; I Tim 4: 1-3).
-
 Isso é o que o catolicismo responderia se pudesse ser coerente com a sua resposta na questão da
dispersão dos judeus e da destruição dos templos; dos quais, Deus afastou-se. Mas como poderia ser
coerente, se para sê-lo, estaria confessando a apostasia e se autocondenando à destruição?
-
Assim, os líderes católicos percorrem o mundo nas suas vestes sacerdotais (o que Cristo ou os
apóstolos jamais usaram); levam nas mãos ídolos cegos e mudos (o que Cristo ou os apóstolos jamais
fizeram); beijam imagens de santos e santas feitas de pau ou de pedra (o que Cristo e os apóstolos
jamais fizeram).
Seria interminável a série de escandalosas ilegalidades, violações e blasfêmias que eles cometem diante
de Deus.
-
E mesmo fazendo tudo isso, são recebidos com  honra pelos poderosos dos Estados Nacionais por onde
passam (recebem honrarias que nenhum poderoso da terra jamais prestou a Cristo ou aos apóstolos
verdadeiros).
Porque a Igreja fundada por Jesus Cristo, na sua pureza, jamais poderia ter o respaldo do mundo,
como a Igreja romana sempre teve, desde que surgiu até hoje.
-
Certamente Cristo deveria estar "erradíssimo" quando disse que poucos encontram a porta estreita e
seguem o caminho apertado . Mais "errado" ainda estaria quando acrescentou que muitos vão pela
porta larga e o caminho espaçoso que levam à perdição.
-
Alain, ou as multidões estão certas e Cristo está errado ... ou elas estão em erro e Cristo está certo,
não pode haver meio termo para julgar essas coisas com justiça. Suas palavras não podem ser
tornadas vãs para justificar as crenças falsas das multidões, que são levadas por guias cegos a cair no
mesmo buraco.
-
Deus colocou essas coisas diante de nós de uma forma tão clara, que é impossível escapar da
condenação se não as discernirmos. Só não vê a verdade de tudo isso quem não quer ver. Essa atitude
jamais poderá justificar o homem diante de Deus, seguramente ele se autocondenará no último dia.
-
Alain, compreendo perfeitamente que a liderança católica não pode optar por ser coerente e fazer
essa destemida confissão. Mas você pode!
Por que se autocondenaria à mesma destruição a que eles se condenam?
Você é muito mais descompromissado com o erro do eles são. Você não fez os votos feitos por eles, não
assinou convênios com Cristo que Cristo jamais propôs.
Alguns desses convênios e votos são tão antagônicos com a verdade ensinada por Ele e seus apóstolos,
que eu não hesitaria nem um pouco em dizer que foram inspirados pelo demônio.
Você pode libertar-se pelo testemunho do Espírito Santo ... bastará que busque a verdade com
intensidade, fé e desassombro. Faça o mesmo que o jovem Joseph fez
e Deus o conduzirá para vencer o ministério do erro.
Perdoe-me pela dureza de minhas palavras, mas elas passarão a ser doces no seu coração se você
ceder ao Espírito que elas comunicam.
-
Continuo a considerar as palavras de sua carta:
-
"Por que Pedro e os demais apóstolos não tiveram possibilidade de transmitir os poderes que
receberam de Cristo? Eles eram menores do que Joseph Smith?"
-
- As escrituras nos provam que eles fizeram exatamente isso, pois o livro do Apocalipse fala de sete
ramos da  Igreja espalhados   por diversos   lugares,
os quais, ainda existiam no decurso do segundo século pelo menos. Mas, como denuncia Paulo, a
Igreja já desde o seu tempo,  estava trilhando o caminho da apostasia predita.
-
E agora  Alain, considero o que segue, o argumento mais espiritualmente imaturo que apresentou, ao
qual definiu como indiscutível; quando em verdade é um dos mais duvidosos e discutíveis de todos,
em função das escrituras:
-
"Recebi minha fé dos meus pais, junto com a mamadeira - na minha opinião, a revelação de Jesus
Cristo assim dada (através dos pais terrenos) é a única que vale".
-
Ó céus, ó paraíso, ó infernos! Que terrível mal fez o catolicismo a uma pessoa tão boa como você
Alain; para fazê-lo dizer tal blasfêmia sem  perceber!
-
Sem dúvida é belo o amor que demonstra ter por seus pais. Mas se todos os filhos neste mundo,
aplicassem esse seu mesmo critério para definir a revelação do Espírito Santo, teríamos antes de
admitir que a palavra de cada um dos pais terrenos valeria tanto quanto a sagrada manifestação de
fogo do o Espírito Santo ao
coração do homem.
Teríamos que jogar fora o testemunho de Pedro, porque ele não o recebeu de seus pais, como você
Alain, disse ter recebido dos seus!
-
 "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim"
(Mat 10: 37)
-
Onde iria parar a verdade que só Deus tem no Seu Espírito?
-
Tanto pais quanto filhos, dependem inteira e individualmente do testemunho pessoal desse Espírito,
para conhecerem a verdade e se tornarem livres das opiniões carnais, próprias ou alheias. A lei
imutável é:
Revelação pessoal ou morte espiritual.
-
O testemunho do Espírito leva o homem à exclusividade e à unidade; as opiniões individuais levam ao
panteísmo, idolatria, blasfêmia, paganismo ...ecumenismo.
Isso tudo é a conseqüência do critério que você advogou e segue.
-
É por isso exatamente que o cristianismo do mundo é um caos de falsidade e de treva. É por isso que o
demônio é o príncipe deste mundo; ele é o príncipe de tudo o que é mentira e falsidade. Ele reina
sobre o cristianismo falso na terra mortal e no mundo dos espíritos, onde também estão os "mestres"
que Cristo não constituiu no seu sacerdócio.
-
E você termina sua carta com um comentário que revela sua posição diante dessa grande guerra de
opiniões em que o demônio lançou a cristandade da terra:
-
"Esse confronto de opiniões e interpretações entre pessoas que "sabem" estar a verdade do seu lado, e
que as outras pessoas estão erradas, só pode levar a brigas e guerras".
(Creio com isso Alain que você acha não valer a pena lutar no proselitismo).
-
Os discípulos de Jesus sabiam que estavam com a verdade - ela era a própria presença do Filho de
Deus entre eles. Por isso, sua pregação sempre esteve em confronto com as falsas idéias do mundo
sobre Deus e o seu Pano de Salvação.
-
A verdade de Deus não se pode calar diante da mentira. Ou não seria verdade que o Filho de Deus foi
enviado para trazer ao mundo a verdadeira religião e, com isso destruir as obras do diabo. Também
não seria verdade o que Cristo disse:
-
 " Não julgueis que vim trazer a paz sobre a terra ... não a paz, mas a espada. Eu vim fazer a divisão
entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as
pessoas de sua própria casa"...(Mat 10: 34-36).
-
Prezado Alain, sei que você ama a seus pais. Mas o melhor bem que poderá lhes fazer está muito além
de simplesmente ser fiel aos ensinamentos que recebeu deles. De que lhes valerá ou a você a pureza de
intenções se os ensinamentos não forem os que Deus ensinou para o maior bem deles e de você?
-
E se eles foram enganados e passaram o engano para você?
Amar-los-ia menos se saísse você do engano e depois os ajudasse a sair?
(quer estando vivos ou mortos).
O que não daria você para fazer-lhes tão importante serviço? Você recebeu de Deus a oportunidade
de conhecer muito mais do que eles conheceram na terra sobre todas essas coisas do Plano de Deus.
É-lhe oferecida oportunidade e poder para agir além do véu da mortalidade e alcançá-los lá no
mundo dos espíritos, seja onde estiverem, e abençoá-los de imediato com o paraíso de Deus e com a
breve futura ressurreição para a
vida eterna.
-
Enfim, pela aceitação e fidelidade ao Evangelho do Reino que foi revelado a nós nos últimos dias, você
poderá fazer tudo isso por eles. Enquanto pela fidelidade aos ensinamentos que eles lhe deram, não
fará nenhum bem a eles ... e por isso, muito menos a você.
-
Alain, já o conheço há muitos anos. Sei de suas grandes qualidades como pessoa humana. Conheço
também quão obstinado é você de caráter. Digo isso no bom sentido. Tenho consciência de que
empreguei todo meu poder , mente e força espiritual nesta carta, e que fui absolutamente claro em
tudo o que escrevi.
-
MINHA DESPEDIDA DO ALAIN
-
Alain partiu para a França numa travessia solitária do Atlântico. Foi a segunda vez que enfrentou
uma navegação solitária num barco à vela de sete metros. Desta vez foi de sua própria construção; fez
todos as plantas, fez todos s cálculos, encomendou e administrou a construção do veleiro. A viagem
durou dois meses,
mas ele chegou bem na França.
Alain é uma pessoa de poucas amizades, é retraído. Ele era excepcionalmente dedicado à sua esposa;
ela perdera a visão havia uns vinte anos antes de morrer.
No ano seguinte, 1995, Alain partiu no seu veleiro curtindo a sua dor. Talvez nunca mais nos vejamos
nesta vida.
-
Eu era a única pessoa com quem ele se abria e conversava sobre religião; até mesmo trocamos
algumas cartas sobre esses assuntos.
-
Mas Alain estava irremediavelmente contaminado pelos dogmas do catolicismo para poder
considerar os eventos da restauração com a liberdade e a disposição de espírito capazes de produzir
um testemunho do evangelho restaurado.
-
 Ainda ocorria o percalço de sua extrema fidelidade aos pais ... Que pena! Ele seria um grande
membro da Igreja se alcançasse o entendimento espiritual. Infelizmente o que ele tem de sobra de
inteligência mundana lhe falta em discernimento espiritual.
Amoramon espera que não. Mas talvez ele seja uma daquelas pessoas de quem o Livro de Mórmon
diz em certa passagem: "Haverá alguns que não acreditarão, por mais que o homem faça por
declarar".
-
PREFÁCIO DA CARTA AO ANTÔNIO
-
A resposta dada nesta carta, precisa ser analisada com muito cuidado e discernimento espiritual.
-
O fato de sabermos que a Igreja tem ajudado, tanto com milhares  de toneladas de gêneros
alimentícios quanto com assistência técnica, a muitas populações carentes da terra, em catástrofes e
emergências nacionais sempre ocorrendo (isso conforme os relatórios semi anuais publicados na
revista Liahona); não significa ser esse o sistema de Deus para estabelecer Sua Sião na terra.
O modo do Senhor para cumprir essa meta  está descrito na resposta que daremos às questões
levantadas pelo Antônio. Nem por isso estamos condenando ou criticando os que fazem a caridade no
seu próprio modo de fazer as coisas, pois sabemos que o homem não alcança os pensamentos e as
razões de Deus; para poder agir por si mesmo como Ele o fará no Seu devido tempo.
-
Para agir em unidade com Deus, o homem precisará ter o dom do Seu Espírito e usá-lo num grau
superior da harmonia com Ele. O mesmo é verdade para nós como membros da Sua Igreja. Podemos
fazer a caridade que quisermos em benefício das pessoas alheias à nossa congregação; podemos nos
associar às campanhas comunitárias que houverem. Mas o que não devemos perder é  o entendimento
de que não será simplesmente por essas ações de assistência social praticadas pela piedade do mundo,
que a Sião de Deus será estabelecida na terra.
-
Não nos devemos descuidar de cuidar primeiro dos necessitados dentro de nossas congregações; e em
primeiro lugar dos mais fiéis entre eles e que estejam em dificuldades. Para isso, não nos devemos
furtar das ofertas de jejum, das ofertas alçadas e das visitas aos seus lares; para viver as suas aflições
e ajudá-los com tudo o que pudermos através do juiz comum da ala, o bispo.
Depois, se houver condições cuidaremos dos necessitados de fora.
-
Cuidando dos nossos do modo que o Senhor ensinou, estaremos edificando Sua Sião; mesmo que nada
possamos fazer pelos que estão de fora do Reino ... porque não aceitam o convite e não querem
participar do Serviço.
-
Certa vez o Senhor disse a um de seus discípulos que estava preocupado em enterrar um morto
primeiro e só depois seguí-lo:
 "Deixa que os mortos enterrem seus mortos; vem tu e segue-me!"
-
Parodiando: Deixa que o mundo socorra os que são do mundo; vem tu e socorre primeiro os que,
como tu, não são mais dele.
Se alguém disser que estas palavras são injustas, que dirá ele daquelas ditas pelo Senhor ao parente
do morto?
-
CARTA 12
-
Prezado irmão Antônio
Na última visita que fiz como seu mestre familiar você me abriu seu coração ao falar com grande
franqueza do como se tem sentido ultimamente na Igreja.
Isso foi muito bom. Voltei para casa pensando no que dizer a você sobre todos aqueles sentimentos
que expressou, e conclui ser necessária uma resposta muito mais cuidadosa, elaborada e, sobretudo,
fundamentada em todas as coisas que estes vinte e cinco anos de minha militância na Igreja
adicionaram ao meu entendimento. Talvez com esta carta você venha a necessitar muito menos tempo
do que levei para alcançar a compreensão que agora expresso.
-
Suas palavras:
-
"Tenho freqüentado com regularidade as reuniões dominicais, tenho lido o Livro de Mórmon quase
diariamente, tenho lido as Liahonas. Mesmo assim,  sinto uma certa apatia e uma sensação de que faço
as coisas por um dever de obediência rotineira ao convênio que fiz no batismo, mas sinto falta de um
verdadeiro conhecimento de causa que me mantenha motivado; sinto falta de enxergar metas mais
objetivas sobre o que estou fazendo na Igreja. Sobretudo de enxergar o que faz a nossa Igreja neste
mundo,  melhor do que fazem muitas igrejas sérias que conheço.
-
Muitas vezes fico perplexo ao ver muito mais ações de assistência social e outros benefícios temporais em
prol dos necessitados, da parte de outras igrejas, do que observo da nossa parte. Fico triste ao constatar
que nada fazemos pelas comunidades, pelos miseráveis sem lar que vivem ao relento, por baixo de pontes
e elevados; enquanto as igrejas evangélicas proeminentes não cessam de fazer e mostrar suas obras 
assistenciais.
-
Vejo também que eles fazem esses trabalhos de amor sem verem a quem estão fazendo, tenham eles a
crença que tiverem. Fico mudo ao ouvir de algumas pessoas que conheço a acusação de que nós os
mórmons só nos importamos com os pertencentes às nossas pequenas congregações  e deixamos de lado
os outros,
que estão muitas vezes em situação pior do que os nossos necessitados".
-
Antônio, o quão importantes  foram as questões que levantou, você só poderá saber após ler na
íntegra as palavras desta carta. Foram valiosíssimos os sentimentos que deixou falar do mais
profundo do seu coração quanto ao modo pelo qual vê atualmente a nossa Igreja e as outras.
-
São tantas as coisas que devo dizer que mal sei por onde começar!
-
O Espírito me diz que devo partir da palavra PERSPECTIVA!
-
Nossa Igreja é guiada pela perspectiva de Deus; as outras têm por guia a perspectiva do homem. Isso,
basicamente, é o que determina a enorme diferença.
-
"Meus caminhos não são os vossos caminhos; e meus pensamentos são mais altos do que os vossos", é a
palavra que Deus nos deixou para considerar.
-
A perspectiva do Alto nos guia a ações que resultarão em benefícios permanentes a longo prazo; a
perspectiva de baixo guia os homens a ações que resultarão em benefícios imediatos, mas incompletos
e transitórios.
-
Enquanto Deus vê o fim desde o princípio, o homem só vê o que está imediatamente debaixo do sol, o
hoje; ele não consegue ver o princípio e muito menos o fim.
-
A perspectiva de Deus é estabelecer as células de Sua Sião na terra, para que o reino de Sião governe
a terra no Milênio
("de Sião sairá a lei e de Jerusalém a palavra do Senhor").
-
A perspectiva do homem não vai além do remendar os odres velhos ou as roupagens esfarrapadas dos
intermináveis miseráveis da terra. Isso porque, o poder de injustiça do sistema mundial para gerar
miseráveis, é astronomicamente maior do que as ações acanhadas da perspectiva de justiça dos
poucos que tentam fazer algo
por eles.
Este mundo é uma fábrica de párias físicos, mentais e espirituais em altíssima e acelerada produção;
pelo poder que o homem permite ao diabo exercer e reinar na terra, através de ignorar ou ser
indiferente e rebelde diante da lei revelada por Deus.
Nosso Deus não entra nessa de transformar Sua Igreja num empreendimento de Assistência  Social
segundo as perspectivas humanas e seus sistemas assistenciais, no seio de uma multidão miserável em
caráter permanente, crescente e interminável.
-
Seu reino não é o deste mundo. Seu sistema tem o poder para consertar tudo isso, mas pelos métodos e
perspectivas do Alto; nada daqui de baixo Lhe serve. São os homens que devem adotar o sistema de
Deus, não Ele os dos homens.
-
Ditas essas primeiras coisas Antônio, talvez você já possa começar a perceber alguma diferença e ter
respondidos alguns dos por quês? de sua mente.
Mas ocorreu-me neste ponto que alguns anos atrás outro irmão de fé manifestou questões parecidas e
enviei-lhe uma carta, a qual transcrevo em parte:
-
A CARIDADE DO HOMEM E A CARIDADE DE DEUS
-
A caridade acanhada do homem preenche temporariamente o vazio de um estômago, mas não o do
espírito; nem do que dá nem do que recebe.
A caridade do homem abriga e aquece por fora, mas não o faz suficientemente por dentro da criatura
assistida ou daquele que a assiste. Porque o frio de um recôndido e angustiante sentimento de tristeza,
permanece em ambos os corações.
É aquele nosso sentimento da preexistência, que veladamente se insinua nas consciências e transmite
um frio às almas sensíveis ao contemplarem as injustiças da terra - Todos filhos de um mesmo Pai,
uns na opulência e outros na indigência.
-
A caridade imperfeita do homem, exalta o rico e humilha o pobre; enquanto a caridade perfeita do
sistema de Deus, dignificará o pobre e tornará grande o rico, pela humildade diante da lei de Deus.
Porque o sistema do homem não desenvolve o poder para mudar as posições relativas de uns para
com os outros; mantém as castas do mundo, uns escravos outros mestres.
-
Já o sistema de Deus, levará os pobres àquelas justas oportunidades temporais e espirituais, que os
farão, de direito divino e inalienável, participantes dos bens da terra no tempo e na eternidade. Isso se
dará pela ação humilde e dignificante daqueles que detiverem nas mãos as riquezas da terra, em bens
e talentos; os quais se tendo convertido ao evangelho do reino, ao chamado de Deus pela voz do
profeta presidente da Igreja, ampliarão suas almas ao infinito:
-
- Ao depositarem nos Celeiros do Senhor (nas mãos do gestor de bens de cada ala geográfica, os
bispos) todas as suas posses temporais, dons e poderes; para a edificação da Sião de Deus na terra.
Ou isso será feito ou jamais a Sião de Deus será estabelecida na terra.
-
O grande profeta Enoque despendeu trezentos e cinqüenta anos para conseguir isso do povo da Igreja
no seu tempo; todos eles foram transladados para um habitat superior. Hoje, já se passaram  cento e
sessenta e cinco anos desde que a Igreja foi restaurada à terra.
Mas,  Alguém muito mais poderoso do que Enoque, veio cuidar e continuará a tratar pessoalmente
deste assunto. Seguramente o Senhor Jesus Cristo despenderá muito menos tempo para implantar
Sua Sião na terra.
-
Antônio, quando você for ao Templo, será requerido que faça este convênio com Deus - O da
Consagração. Então , terá consciência de que se estará auto-obrigando a cumpri-lo quando Deus o
chamar a fazê-lo.
Não é para já, mas está próximo. Não importa se você estará vivo ou morto temporalmente, porque
este convênio é para o tempo e a eternidade. Pois quando Cristo voltar, esta será a lei  fundamental
para Deus poder levar adiante a Sua Ordem Econômica na terra, como ela é administrada nos céus:
A Ordem Unida, para administração dos bens da terra; em benefício de todos os que se puserem em
conforme com Ele.
-
"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como (ela é feita) nos céus".
-
Antônio, é isso o que os cristãos pedem quase todos os dias nas suas orações, sem saberem exatamente
o que estão pedindo, e muito menos as implicações e condições que lhes serão requeridas para que tão
grandiosa bênção se cumpra sobre a humanidade que restar dos julgamentos de Deus.
-
Ainda lhe direi mais alguma coisa sobre o mesmo tema:
-
A caridade do homem faz bem à sua alma, mas ela é pequena, circunscrita, acanhada, não tem longo
alcance nem se irradia como um bem permanente. É dependente da vontade, dedicaçào, determinação
e presença de indivíduos de vida efêmera, de perspectivas e poderes limitados, e inteligência relativa.
-
Já a caridade de Deus, embora sendo exercida através do homem, fará ainda um melhor bem à sua
alma. Porque ela será ampla, sem fronteiras, poderosa e de alcance infinito; será irradiada como um
bem permanente. Porque não dependerá apenas do valor e presença de indivíduos que não contam
com o poder, o conhecimento, a presença franca e a unidade que o Espírito Santo tem com o Pai e o
Filho na execução do Plano de Salvação da humanidade.
-
A caridade de Deus não é aplicada por indivíduos agindo sozinhos, dentro do círculo de suas limitadas
visões. Ela é para ser aplicada a partir de uma inteira nação - a Israel de Deus (não a Israel esttado
mundial atual, na desordem espiritual em que está), mas sim a partir da Israel de Deus, una em
propósito e vontade; poderosa e eficaz no cumprimento da Vontade Suprema, no Seu modo próprio
de fazer a caridade.
-
Antônio, estas são as razões superiores pelas quais os profetas anunciaram e ansiaram pelo dia do
estabelecimento de Sião sobre a terra. A nação santa anunciada por Deus para estabelecer Sua justiça
e irradiar Seu amor e verdade sobre todos os homens.
-
Estas coisas são astronomicamente maiores do que os esforços desorganizados de todas as entidades
de assistência social do mundo somados e multiplicados.
 Elas só valem pela intenção; mas jamais resolverão um décimo da carência mundial sempre
crescente. O céu não é pavimentado com lajotas de boas intenções humanas e sim com aquelas que
levam impresso o selo da obediência aos mandamentos de Deus.
-
Não é possível estabelecer uma nação sem congregar seus cidadãos; para transmitir-lhes o espírito
nacional e a unidade de ideais. Isso não poderá ser feito sem o poder da palavra (pregação
autorizada). Nos verdadeiros trabalhos de Deus, isso exige o chamado de um profeta, organização do
sacerdócio, estabelecimento da Igreja , envio de missionários; trabalho, dedicação e sacrifício do povo
congregado e ... sobretudo obediência, paciência e perseverança, porque o resultado final de tudo isso
só virá a longo prazo.
-
Finalmente Antônio, devo dizer que nada do que fizermos em benefício deste trabalho de Deus será
por Ele ignorado. Lembre-se de que este é o único trabalho que extrapola o tempo e garante os
direitos do homem na eternidade e o faz participante de tudo o que Deus possui.
-
É importante entender que não desmereço os esforços caridosos de quaisquer pessoas ou igrejas.
Todos eles terão seus méritos relativos reconhecidos por Deus. Mas a única Organização da terra que
pode acabar com a indigência e a pobreza, de forma global,  é o governo do Reino de Deus, o qual tem
princípio na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Ele começa pelo estabelecimento da justiça de Deus na célula mater - a família. Depois no conjunto de
famílias numa ala; depois numa estaca (conjunto de alas); depois numa região (conjunto de estacas);
depois numa área (conjunto de regiões) ... Até levedar toda a terra com o sistema de governo dos céus.

-
Espero ter conseguido responder satisfatoriamente a todas as suas dúvidas. Caso haja mais, espero
que seja tão franco quanto foi na minha última visita. Tudo isso resultou em bem para mim e para
todos os que lerem esta carta. Sei que não me negará  a permissão de publicá-la num livro que estou
escrevendo :
-
AS  CARTAS DE AMORAMON.
-
Um até breve do seu irmão em Cristo
-
CARTA 13
-
Prezado Wilson
Nossos encontros têm sido muito interessantes, eu com a minha fé religiosa e você com sua fé
científica. É engraçado quando sou desafiado a convencê-lo das coisas espirituais em que creio e você
não.
Como poderei tentar tal empreendimento se você obstinar-se defensivamente na fortaleza de suas
próprias razões? Por onde começar?
Vamos tentar as coisas pela palavra PERSPECTIVA; ela tem sido meu carro-chefe  para iniciar esses
diálogos difíceis.
-
Numa perspectiva bem mais alta do que a comum; poderia haver uma fé religiosa que não fosse
científica ou uma fé científica que não viesse a se tornar religiosa?
-
Posso garantir que a resposta científica a essas duas questões é um redondo NÃO!
A história das ciências está farta de exemplos em que ela seguiu atrás de suposições diametralmente
opostas às verdadeiras causas  para compreender e explicar os fenômenos observados. A ciência
admite que as suposições trazem graus de incerteza e possibilidades de explicações alternativas.
-
A história da ciência coleciona um oceano dessas falsas suposições. Ela só obteve o verdadeiro, mas
ainda relativo conhecimento de causa, depois de ter mudado o seu curso inicial.
A suposição de que os seres vivos, da simples ameba, subindo na escala até o homem, surgiram por
mera obra do acaso a partir de uns dois bilhões de anos atrás
é na verdade cômica ... Já que eles nada sabem com certeza nem do que se passou com seus próprios
familiares há dois mil anos.
-
Amigo Wilson, onde se encontra a última fronteira do conhecimento científico do homem? Qual o
limite do progresso no conhecimento científico e na sua aplicação prática para o desenvolvimento das
coisas e dos seres? Qual o cientista imprudente que ousaria estabelecer esse limite?
-
A única conclusão coerente, cientificamente pensando, é que o progresso só pode ser infinito. Isso leva
nossa inteligência a concluir cientificamente que o homem caminha para ser um Deus. Essa nossa
conclusão científica lança-nos para bem perto da Bíblia, quando ela diz:
-
"Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo. Contudo morrereis como simples homens ..."
(Salmos 81:6-7)
-
A ciência, quando é coerente consigo mesma, deve concluir que o homem caminha para ser como um
Deus; já que ele terá à sua disposição  um tempo infinito para chegar lá. Tanto tempo ele terá, quanto
teve nosso Pai para tornar-se Deus, pois o tempo é apenas uma ilusão cercada de infinito por todos os
lados ... É, portanto anticientífico pensar em limites para o progresso do homem.
-
Se a morte física fosse um limite, ela seria anticientífica. Neste caso, o estado de Deus só poderia ser
alcançado pela futura geração científica que chegasse a obter o poder da imortalidade (a ciência da
imortalidade); anticientifica seria nossa posição se admitíssemos que todos os mortos anteriormente
estariam perdidos para sempre, já que com isso estaríamos estabelecendo limites finais para o seu
progresso...que, científicamente, também deveria ser infinito.
-
Ocorre que se esses futuros Deuses não conseguissem ressuscitar cientificamente os das gerações
passadas, estariam limitados cientificamente nos seus poderes.
Sua ciência não seria infinita, ainda não seriam Deuses; embora fosse cientificamente impossível
deixarem de chegar a sê-lo no porvir;  porque o progresso da ciência não tem por onde deixar de ser
imortal ... infinito. Ou isso ou ela não é ciência. Essa é a Ciência que está  denominada de  Sabedoria
no livro de Salomão do mesmo nome, terceira parte.
-
Portanto, caro Wilson, a ressurreição é um fato científico absoluto e coerente com o progresso infinito
do homem. Fato esse que, fora de qualquer dúvida, tem de ser reconhecido como inapelável - Ou a
ciência terá que negarr a si mesma.
-
Quem não tem fé no poder infinito da ciência , nesta nossa perspectiva mais alta, não tem fé em Deus.
Quem, nesta mesma perspectiva superior, nega a Deus, estará negando o progresso infinito da ciência.

É incoerente aceitar uma coisa e negar a outra, pois a mútua dependência dessas duas verdades torna
inapelável a nossa conclusão  porque ambas fazem parte do edifício da Verdade.
-
Ocorreu-me agora o texto de uma escritura que há algum tempo havia selecionado para enviar a um
amigo que se dizia agnóstico. Ele tomara essa posição por se ter revoltado contra tanta discórdia entre
as muitas religiões que conhecera e que quiseram arregimentá-lo para suas fileiras.
-
Esse meu amigo continua a admirar a grandiosidade das coisas universais, mas continua a não ser
capaz de crer  ou descrer na existência de Deus.
Ele hoje apenas  tem  certeza de uma coisa:
Que passara a abominar todas as religiões organizadas.
 Uma vez eu lhe disse: Se você abomina as organizadas, que dirá das desorganizadas!  E ele
respondeu:
-
 - Não! Não abomino as desorganizadas, porque elas representam para mim um esforço individual
autêntico, desinteressado e independente de uma pessoa para prestar honras a algum poder superior
inteligente, se é que ele existe.
Eu sou uma dessas pessoas.
-
Ele é o protótipo perfeito do agnóstico.
Sem dúvida esse meu amigo está bem adiante espiritualmente dos que se declaram taxativamente
ateus, mas da mesma forma, está estagnado no seu progresso, não
sabe para onde vai, nem o que faz na terra, nem de onde veio nem para que veio.
-
Prezado Wilson, não sei bem como classificar você nesse jardim zoológico espiritual. Talvez nem
mesmo você o saiba. Por isso, fui buscar no último parágrafo de um excelente livro que tenho -
Evidence in Science and in Religion, de Arthur Wallace, editado em 1966, o inteligente texto abaixo:
-
"Se uma pessoa não tem conhecimento das escrituras ou se ela recusa-se a obtê-lo, essa pessoa terá
alguma justificação para adotar um ponto de vista agnóstico.
Isso significa que ela não estará convencida que Deus exista ou não.
-
Se , contudo, alguém clama ser ateu, está sendo dogmático quanto à certeza de suas suposições. Certas
pessoas pensam que suas atitudes são científicas quando assumem o não acreditar em nada que não
possam ver, sentir, ouvir ou medir.
-
Porém, elas ficam bastante surpresas quando aprendem que tal atitude não é absolutamente
científica. Já desde longo tempo a ciência teve de abandonar os sentidos físicos e o senso comum, para
que pudesse chegar a um melhor entendimento do mundo físico.
Um verdadeiro cientista vive hoje pela fé, fé nos seus conceitos, nas suas fórmulas matemáticas, em
seus instrumentos".
(Armin J. Hill, Modern Science and your Religious Faith)
-
Agora a escritura:
-
"São insensatos por natureza todos os que desconhecem a Deus, e que, através dos bens visíveis, não
querem reconhecer Aquele que é; nem reconhecer o Artista, considerando suas obras; pelo contrário,
tomam o fogo, o vento ou o ar agitado, a esfera estrelada, a água impetuosa ou os astros dos céus, por
deuses governadores do mundo".....
(Como os que atribuem aos mecanismos automáticos da natureza o governo final das coisas do
mundo).
...."Se é por estarem encantados com sua beleza que tomam essas coisa por deuses, saibam então quanto
seu Senhor prevalece sobre elas. Se o que os impressiona é a sua força e o seu poder, que compreendam
por meio delas, que seu criador é mais forte; pois, a partir da grandeza e da beleza das criaturas é que,
por analogia,
se reconhece o seu Autor.
Contudo, estes só incorrem numa ligeira censura, porque, talvez eles caem nesse erro procurando a Deus
e querendo encontrá-lo: Vivendo entre Suas obras, eles as observam com cuidado, e porque eles as
consideram belas, deixam-se seduzir por seu aspecto.
Mesmo assim, eles não são inteiramente desculpáveis, porque, se possuem luz suficiente para poder
perscrutar a ordem do mundo, como então não encontraram mais facilmente Aquele que é seu Senhor?"
(O Livro da Sabedoria 13: 1-9)
-
E com esta maravilhosa escritura, caro Wilson, encerro minha fala por agora.
-
Um abraço daquele que você chama de "meu pastor", mas que de fato sempre declarou que só há um
Pastor - Jesus Cristo, que ao me conceder a inspiração do  Seu Espírito, permitiu que eu colocasse
estas palavras.
-
CARTA 14
-
Caro irmão de fé Dirceu
Acabo de receber o recorte do artigo publicado no Jornal do Brasil de 8 de setembro do corrente ano.
Você me pediu que o analisasse e dissesse alguma coisa sobre o assunto.
Embora já tenhamos rido bastante pelo telefone, ao trocar nossas primeiras impressões sobre a 
tragicômica loucura, insensatez e ignorância espiritual suprema desta produção de uma nova
linguagem bíblica.
Para tornar mais aceitáveis os textos da Bíblia que ferem a suscetibilidade de segmentos dentro das
sociedades dos povos modernos,  e à sua visão do  mundo; mesmo assim, decidi registrar nesta carta
tudo o que dissemos e muito mais.
-
OS SÁBIOS DE OXFORD E O TEXTO DA BÍBLIA
A autor do louco empreendimento é alguém impessoal: A Editora da Universidade de Oxford! A
motivação é a oportunidade criada pela histeria de revisionismo lingüístico acontecendo na América,
o que abre as portas do mercado para mais esta mirabolante e oportunista  versão da Bíblia!
-
Mas, de acordo com o artigo, há um grupo de seis professores americanos que fez a "purificação"
final do texto!
-
Dirceu, o recorte apresenta a título de exemplo alguns poucos dos incontáveis textos modificados.
Imediatamente  me veio à mente a pergunta:
O que terão feito esses "sábios" de Oxford com aquelas duas escrituras tão nossas conhecidas, uma
escrita por Moisés e outra no final do livro do Apocalipse?
-
"Não ajuntareis nada a tudo o que vos prescrevo, nem tirareis nada daí, mas guardareis os mandamentos
do Senhor, vosso Deus, exatamente como vos prescrevi" (Deut 4: 2)
"Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro:
Se alguém lhes juntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; e se alguém
dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da Árvore da vida e da cidade santa ..." (Apoc 22:
18-19)
-
Essas coisas nos levam a muitos outros pensamentos analíticos. Pois se Deus disse isso nessas duas
escrituras, é porque sabia desde o princípio que os homens iriam violar a  Sua palavra. Então , Ele
declarou as maldições conseqüentes, quando do julgamento desses violadores.
-
É importante compreender o que Deus não disse, para poder entender melhor o que preferiu dizer.
Ele não disse que impediria com o Seu poder que os homens violassem a Sua palavra, num
julgamento imediato e preservador daquilo que mandou escrever pelos profetas.
-
A conclusão imediata é que há violações nos textos da Bíblia, lacunas, cancelamentos, erros de
tradução; tanto não intencionais como intencionais, tendenciosos e os vindos de conspiração
sacerdotal para manter vivos dogmas sectários preferidos.
-
 Agora que provamos essa verdade por raciocínio claro, vamos usar o próprio fato que hoje acontece
diante dos nossos olhos para comprovar :
- A Bíblia Segundo a Editora de Oxford, inundando o mundo com milhares e milhares de exemplares
para confundir ainda mais a mente dos infelizes cristãos, atoleimados com tantas violações da palavra
verdadeira que Deus deu aos profetas.
Antes dos de Oxford, os "inspirados" líderes das Testemunhas de Jeová, já contribuíram com sua
parte na violação universal.
-
Deus então é incapaz de preservar sua palavra verdadeira, esclarecendo, completando, restaurando
os textos violados da Bíblia, e pondo em ordem as mentes dos cristãos? Qual outra maneira que lhe
restá para fazê-lo se não for a de sempre?
-
A esta pergunta prefiro responder pelo avesso para criar suspense, como você sabe que gosto de
fazer ... chocar primeiro, e depois explicar.
-
A resposta é um enfático sim! Deus é incapaz de resolver ... para a quase generalidade dos  homens
esse trágico desfecho. Mas não por incapacidade Sua.
É o homem mesmo que, usando o poder de escolha que divinamente recebeu, tem poder para anular
os trabalhos de Deus em seu benefício.
-
Basta que ele não creia no ministério dos anjos, no chamado de profetas, na vinda de mais palavras
do Alto enviadas nos seus dias (modernamente), para seu esclarecimento e libertação. Bastará que ele
acredite no ministério do erro em vez  de no ministério dos anjos, e que só admita essas coisas para os
dias da antigüidade.
-
Pronto! Para esses (e são a esmagadora maioria) Deus é incapaz de resolver o problema. Porque eles
negam o Seu poder; não buscam o testemunho do Espírito Santo para resolver seus problemas
espirituais.
-
É agora o momento para comentar algumas das bárbaras modificações introduzidas pelos "sábios"
de Oxford.
Eles vão substituir a expressão  "o filho do homem", empregada em toda a escritura com o intento de
chamar a atenção dos homens para a enorme preeminência de Deus sobre ele, e da humildade em que
se devem manter diante de Deus Pai e daquele designado nas escrituras como o Filho do Homem ou o
Filho de Deus; repetimos, vão substituir pela expressão - pessoa humana; a qual não tem nenhuma
conotação de reverente humildade como é a intenção da escritura transmitir. E quanto a expressão -
O Filho do Homem? Em que tremennnda blasfêmia ela vai ser transformada!!!
-
"A Pessoa Humana" para designar o Filho de Deus!!! Jeová, o Deus , o Filho do Deus Pai, passa a não
ser mais do que uma proeminente pessoa  humana; diferençada das demais, por duas letras
maiúsculas!
-
Em Mateus 11: 27 está escrito: "Todas as coisas me foram dadas por meu Pai e ninguém conhece o
Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo".
( Porque ambos se conhecem no poder e pelo poder do Espírito Santo - o que o homem só pode
conhecer see o Filho  quiser revelá-lo).
-
A escritura dos "sábios" fica assim: "Todas as coisas me foram dadas por meu pai
e minha mãe e ninguém conhece a criança , a não ser o pai e a mãe". Para evitar suscetibilizar as
mulheres! Lá se foi a divindade da escritura, para ser transformada numa simples relação familiar da
mortalidade!
-
Ó Satanás! Como és hábil no teu trabalho!
Ó infernos! Escancarai vossas portas; os "sábios" de Oxford já estão a caminho!
Ó céus, Ó anjos , arcanjos e querubins!
-
Foi lendo a Bíblia que o rei Tiago mandou produzir, que eles concluíram essas barbaridades, e
confirmaram em gênero, número e grau a palavra das escrituras:
"A letra mata, mas o Espírito vivifica".
"Deus conhece o pensamento dos sábios e sabe que eles são vãos", disse o apóstolo Paulo.
-
Eles suprimiram todas as referências - à mão direita de Deus -  para não ofender aos canhotos.
Qualquer passagem que possa sugerir anti-semitismo, como - os judeus que mataram  Jesus Cristo, 
está substituída por - aqueles que mataram Jesus Cristo !!!
-
A abertura da oração modelo ensinada por Jesus aos seus discípulos, também foi "melhorada" pelos
"sábios" - Pai e Mãe nossos que estttais nos céus ... para ser menos injusto para com as mulheres.
-
A palavra - Senhor - também foi riscada; na opinião de um dos editores, hoje em dia não temos mais
senhores.
-
 Com esta, fizeram ainda pior do que as testemunhas de Jeová!
Eliminaram a Senhoridade de Jesus Cristo sobre todos os espíritos filhos de Eloim! "Porque nem
Deus pode ser Senhor de ninguém hoje em dia"!!!
-
Ó Satanás! Exulta com os teus cativos, enquanto ainda te resta tempo!
-
A justificativa para o nascimento desta nova Bíblia politicamente correta, foi apresentada por Burton
Throckmorton, professor de Novo Testamento, no Maine, EUA, um dos revisores do Conselho
Editorial:
-
 Uma tentativa de reescrever a Bíblia numa linguagem contemporânea para melhorar as relações
entre as pessoas, removendo conotações injuriosas ou de servilismo.!!!
-
Dirceu, para se aproximarem melhor das pessoas eles optaram por se afastar ainda mais de Deus !
Como tragicomédia eles fizeram um bom trabalho!
Optaram pelo politicamente correto segundo o pensamento de baixo, e abandonaram o
teologicamente certo segundo o pensamento do Alto.
Para eles o baixo está no Alto e o Alto em baixo! O certo é o errado e o errado é o certo!
Foi bom eu ter lido esse artigo; pois, se não o fizesse, não poderia escrever estas palavras. Que venha
pois a oposição, para que a verdade brilhe mais intensamente.
       Setembro 1995
-
CARTA 15
-
Prezado Epaminondas
Você de fato me fez perguntas de grande importância, vou enumerá-las e respondê-las um pouco fora
da ordem em que estão na sua carta. Faço isso a bem da clareza que pretendo dar às respostas. Elas
serão dadas de acordo com a teologia da Igreja. Espero que ao final você esteja disposto a ler
seriamente o Livro deMórmon.
-
Por sinal, este ano de 1995 foi marcado pelo lançamento de nova edição revisada, em português!
Estamos sendo incentivados a ler novamente o livro, pois há coisas importantes a considerar nessa
revisão. De minha parte já o fiz, ao ler o livro em espanhol contendo essa revisão.
Ocasião em que produzi o meu livro "Uma Análise Dinâmica do Livro de Mórmon". Um trabalho
árduo em que dediquei-me intensamente por quatro meses a fio. É pena que só poucos irmãos têm
conhecimento dele.
-
Mas, vamos às suas brilhantes perguntas (elas merecem brilhantes respostas):
DE ONDE VIEMOS?
- Todos viemos de uma vida preexistente na presença de Deus, no globo onde Ele habita.
O QUE FAZÍAMOS LÁ?
- Aprendemos princípios e leis divinas de relacionamento familiar na condição, de filhos do nosso Pai
Celeste e como irmãos por descendência paterna comum.
O QUE FAZEMOS AGORA NESTE MUNDO?
- Ganhamos um corpo de carne e ossos vivificado à sangue e formado pelos elementos desta terra
temporal; para podermos morrer e ressuscitar imortais. Estamos sendo provados e observados por
Deus, para eventualmente herdarmos a Vida Eterna.
PARA ONDE IREMOS DEPOIS DA RESSURREIÇÃO?
- Alguns herdarão esta mesma terra glorificada e exaltada para suportar a presença do Deus Pai;
outros menos capazes irão para outros mundos inferiores em glória e poder; de acordo com as
diversas capacidades individuais de aceitação das leis que governarão cada um desses mundos.
O QUE FAREMOS NESSES MUNDOS?
- Progrediremos ininterruptamente em cada um deles, mas dentro das limitações do poder e das leis
de cada um; em busca de realizações grandiosas e inimagináveis hoje  para nós. Em cada um desses
mundos haverá limites e condições.
Mas a plenitude do poder e das realizações só serão conhecidos e partilhados pelos que alcançarem o
direito de viver na presença do Pai, e usufruirem do Seu modo de viver.
Todos seremos governados por Deus, para levar as Suas realizações aos páramos do Universo, seja
como Deuses seja como anjos, arcanjos ou querubins. Mesmo os que forem banidos como filhos-da-
perdição ou demônios, serão usados para governar outros demônios em forma de espíritos, e fazer
com que ajam  nos mundos temporais, como seres opositores ... a fim de permitir que outros mortais
sejam provados para a Vida Eterna. As obras de Deus são como um círculo eterno, nunca terão fim.
COMO PODEMOS TER CERTEZA DESSAS COISAS?
- Estudando as escrituras, obedecendo ao evangelho e buscando obter o testemunho do Espírito Santo
sobre todas elas.
VOCÊ PODERIA DIZER MAIS SOBRE AS QUESTÕES QUE LEVANTEI?
-
- Antes da organização desta terra para habitação e provação dos filhos de Deus que nela entrariam
através da semente de Adão, houve vários concílios. Neles foram detalhados gradualmente, todos os
itens de um grandioso plano de progresso espiritual e corporal para esses filhos de Deus, ainda em
estado corpóreo de espíritos simplesmente.
Os termos em que se daria a queda do primeiro homem desta nossa raça, Adão; a queda; a morte
espiritual; o véu do esquecimento e a morte física; o livre-arbítrio; os termos do grandioso plano de
salvação, pela vinda, expiação, morte, ressurreição e glorificação do Messias; o princípio do livre
consentimento e etc.; o direito à liberdade; a paternidade; a família; a pregação do evangelho; os
engodos diabólicos; os riscos do empreendimento; as perdas e ganhos; o testemunho do Espírito.
-
Enfim, os temas constantes desses concílios foram incontáveis para o homem.
Mas para Deus eles foram contados, necessários e suficientes; para que todos pudéssemos ser
devidamente provados e julgados diante do Filho de Deus
no último dia.
-
Na preexistência os filhos de Deus (nós, os que desceriam à carne através de Adão) estavam
organizados de acordo com os vários graus de inteligência, no sentido da fé, sabedoria, espiritualidade
e índole espiritual demonstrados naquele primeiro estado de vida.
Esses espíritos estavam classificados dentro de três categorias principais :
Os que eram grandes e nobres, os medianos, e os menores. Mas havia muitas gradações dentre os
medianos, muito mais entre os menores.
Entre os nobres e grandes também havia gradações, embora muito menos do que nas outras duas
categorias. O reflexo dessas gradações têm sua manifestação agora também na nossa passagem
temporal, aqui na terra (inclusive no mundo dos espíritos pós-mortal).
Próximo ao momento planejado por Deus para dar início à nossa provação, neste novo estado que
agora experimentamos, houve um grande e último concílio para obter o autoconsentimento de todos
os que desceriam à carne mortal.
-
A maioria entre os grandes aderiu ao Plano sem relutância, ficando imediatamente em conforme com
todos os seus estatutos. Mas houve aqueles que fizeram inicialmente algumas restrições e não
apoiaram imediatamente todos os termos.
-
O segundo entre os grandes depois de Jeová, opôs-se frontalmente contra o Plano do Deus Pai,
Elohim. Ele foi contra o termo que daria a verdadeira dignidade aos seus irmãos menores - O Livre-
arbítrio.
Com tal amputação dessa dignidade dada pelo Pai aos seus filhos, ele pretendia levar de volta à sua
presença (depois do estágio nesta provação) todos os homens sem exceção, sem pecado e sem dor; sem
necessidade de uma expiação pelos pecados.
Se ele fosse o escolhido, não precisaria sofrer as aflições do Getsêmani e as dores da cruz. Com tal
plano diametralmente oposto ao do Pai, se aprovado pela maioria dos espíritos naquele último
concílio, a glória de sua realização não mais seria do Pai e do Filho que Ele escolhesse para levá-lo a
cabo.
A glória seria, portanto, não daquele que aquiescesse com o pensamento do Pai em todas as coisas,
mas daquele que se O opusesse! Isso eqüivaleria a pedir que a honra do Pai lhe fosse dada ... e foi o
que ele pediu de fato com sua oposição!
-
Houve guerra entre os espíritos, e ele foi banido da glória e dos céus.
Lúcifer era seu nome. Ele conseguiu a adesão de um terço dos espíritos e levou-os consigo para a
perdição já desde lá.
Tendo sido expulso dos céus para esta terra, veio, tanto para prover os meios opositores com que
seremos provados, quanto para dar continuidade ao seu próprio plano nefasto - destruindo a
liberdade do homem na terra, sob governos corruptos e antidemocráticos e por desconhecimento do
verdadeiro evangelho ( o evangelho do Reino ); subjugando-o entre as paredes dos seus "falsos
evangelhos", segundo as opiniões humanas e mandamentos demoníacos; e levando a quantos possa 
para um estágio passageiro no inferno do mundo dos espíritos (depois de provarem um modelo dele,
já aqui mesmo na terra), o que, para alguns, ele conseguirá que seja definitivo, depois da ressurreição
para a perdição.
-
Ele combate os santos na terra, e procura tornar os homens tão miseráveis quanto ele se tornou ao
perder todas as glórias que Deus preordenou para seus filhos, da maior à menor... que herdaremos
depois que se passar este nosso período de provação e for inaugurado um novo estado de vida para os
nossos espíritos na carne gloriosa da ressurreição.
-
A obra de Deus visa proporcionar a seus filhos honra, glória, poder e domínio universais; com
imortalidade e vida eterna, para trabalhar magnificando Sua obra criadora para todo o sempre.
-
Devido ao apoio inicial ao Plano apresentado por Deus não ter sido perfeito por parte dos espíritos
logo de imediato, desde aquele princípio; os líderes que lá fizeram algumas restrições, arrebanharam
multidões de simpatizantes.
Surgiu com isso uma  guerra de opiniões entre inúmeras facções. Embora todas elas apoiassem o
Plano de forma geral, não o faziam de forma plena por não terem o correto e completo entendimento
de todas as suas profundas e eternas implicações.
-
Vemos isso acontecer hoje na terra entre aquelas multidões que, como ponto pacífico apoiam o
Senhor Jesus Cristo como sendo verdadeiramente o Filho de Deus, mas não estão em concordância
entre si com muitas partes de Sua doutrina; porque, sendo conduzidos por aqueles que elegem na
terra como seus pastores e líderes espirituais, deixam-se levar por suas pregações e interpretações
particulares da lei de Deus.
Essa lei traz os verdadeiros termos daquele concílio celestial, cujos ditames não foram alcançados com
perfeição por alguns, desde lá na preexistência - Porque havia gradações (de espiritualidade) entre as
inteligências, tanto lá quanto as há aqui.
-
Caro Epaminondas, você perguntou se eu poderia dizer mais sobre as questões que levantou! O
quanto mais posso dizer é tanto que mal sei por onde começar; e depois de começar, até onde ir, onde
parar?
Isso porque suas perguntas foram por demais abrangentes e puxam as coisas desde a eternidade por
trás do tempo e continuam a puxar para além dele ... muito além.
As respostas que dei até agora e darei para a frente, são pautadas nas escrituras que o mundo cristão
conhece e as que indevidamente não reconhece e, por isso desconhece.
-
Quando os filhos de Deus lançam o anátema sobre um profeta verdadeiro, enterram para si mesmos
todas as palavras que Ele lhes quer comunicar por meio dele.
Eu não sou desses tais; espero que você também não seja.
As respostas aqui constantes são as do profeta Joseph Smith e daqueles que aprenderam por meio das
revelações modernas que Deus nos concedeu através dele.
-
Aquelas inteligências grandes e nobres que aderiram integralmente ao Plano, desde aquele princípio
foram organizadas e enviadas entre os demais para promover o entendimento e união gerais. Após
grande labuta, conseguiram que muitos reconhecessem seus erros de enfoque, pontos de vista e
perspectiva.
-
Alguns porém, só terão cedido já ao término daquela experiência preexistente. Mesmo assim,
multidões só foram integradas parcialmente, considerando aqui a não aceitação integral da plenitude
das responsabilidades que adviriam da adesão ao evangelho do Filho de Deus, e os deveres do
Sacerdócio.
-
Ao final daquela experiência ou provação preexistente dos espíritos houve um julgamento - Quando
então, todos se viram autocompelidos a reconhecer que as restrições a lhes serem impostas
futuramente no novo estado que experimentariam, foram produto de suas próprias escolhas e
atitudes; por isso perfeitamente justas.
E aceitaram jubilosa e esperançosamente os termos propostos.
Pois a meta de cada um seria melhorar seu estado através da provação na terra.
-
Mas o véu do esquecimento ocultaria deles a lembrança dessas coisas; ou não poderiam ser provados
em fé.
Ao chegarmos a este nosso estado, as restrições foram estabelecidas de muitas e variadas formas; mas,
principalmente por meio da linhagem corporal, pelas sementes genéticas formadoras dos diversos
povos da terra.
Havia porém a garantia de que os mortos ainda na primeira infância, antes da idade do
discernimento do bem e do mal, do certo e errado (estabelecido por Deus em oito anos de idade),
seriam redimidos da queda física de Adão pela ressurreição e, além disso, salvos da morte espiritual;
lhes sendo assegurada a salvação celestial pelos méritos da expiação do Filho de Deus.
-
Foi estabelecido que o Filho de Deus viria ao mundo no meridiano dos tempos para dar oportunidade
de salvação para todo o gênero humano; e que voltaria no final dos tempos para julgar.
-
Neste nosso estado presente, todos teríamos as plenas oportunidades de recuperar-nos das eventuais
perdas e restrições preexistentes. Para isso o evangelho deveria chegar ao conhecimento de todos,
quer na mortalidade quer no mundo dos espíritos pós-mortal.
O Plano estabelece que ninguém será salvo em ignorância do evangelho integral; portanto, também
ninguém será condenado em ignorância.
Quem o for será por escolha própria, seja para o bem ou para o mal.
-
Devido a todas aquelas diferenças de espiritualidade entre as inteligências, em entendimento, em
obras e fé manifestadas na preexistência, houve uma ordem estabelecida desde lá quanto ao
chamamento aqui na terra, de acordo com as linhagens.
Aquele mesmo Plano apresentado a nós quando estávamos na presença de Deus, nos seria
apresentado novamente na mortalidade, sob o véu do esquecimento da vida preexistente. Esse Plano é
o evangelho de Jesus Cristo na sua plenitude.
Esse chamado ao evangelho, obedeceria à ordem de prioridades acima descrita.
-
A partir de Noé, as coisas aconteceram da forma abaixo:
-
No meridiano dos tempos, os filhos de Sem (os semitas), filho de Noé, por meio dos judeus, chamariam
primeiro os judeus, para determinar os que seriam escolhidos; a seguir esses judeus chamariam os
gentios (os quais estariam entre as linhagens dos dois outros filhos proeminentes de Noé - Jafé e Cam).

-
Já nos últimos dias (os nossos dias) os da linhagem de Sem, vivendo agora entre os gentios (semitas
vivendo como gentios por estarem entre eles) e sendo descendentes de Sem pela semente de Efraim,
filho de José do Egito, seriam chamados desde os céus e, com poder e autoridade dados por Deus,
percorreriam o mundo todo para chamar primeiro os gentios e determinar os escolhidos entre eles.
Por último então, esses gentios passariam a chamar os judeus. O Plano preordenou os judeus para
serem chamados primeiro no meridiano dos tempos, depois os gentios. Já nos últimos dias o Plano
preordenou os gentios para serem chamados primeiro; por último serão chamados os judeus.
-
Não foi exatamente isso o que Cristo fez no meridiano dos tempos?
-
Os gentios só começaram a ser chamados depois, no ministério do apóstolo Paulo.
-
"Os primeiros serão os últimos; e os últimos serão os primeiros"
(a serem chamados). Este é o verdadeiro significado dessas palavras de Cristo.
-
A mesma guerra de opiniões acontecida na preexistência foi transplantada para o temporal, e de
forma muito mais acirrada e cruel. Porque aqui podemos fazer maiores males aos nossos desafetos do
que podíamos fazer lá.
Aqui, derramamos sangue e podemos matar o corpo físico; lá não podíamos matar os corpos de
espírito, não havia sangue para ser derramado.
A morte que lá conhecíamos era a espiritual (o banimento da presença de Deus).
-
Trouxemos portanto conosco nossa índole preexistente, aqui revividas e ampliadas sob o véu do
esquecimento e a força do demônio e suas hostes; que nos rodeiam de todos os lados para lançar-nos
na miséria e na dor, tanto físicas quanto espirituais.
-
O evangelho e o sacerdócio nos é ofertado por Deus para vencermos o inimigo de nossas almas. Mas , 
desde antes do dilúvio a humanidade inclinou-se a amar mais a Satanás do que a Deus; até ao ponto
de desejar o mal todo o tempo ... e Deus teve que destruí-los naquela ocasião ... exatamente como
acontece agora - Ele prepara-se para vir destruir os maus em toda a terra.
-
Esta é a explicação para a multidão de seitas que polulam de todos os lados sob os muitos engodos do
diabo. Essas seitas e facções são o testemunho físico e espiritual daquelas questões preexistentes, elas
fazem parte de nossa provação temporal.
-
Mas no final deste nosso estado atual, da mesma forma que aconteceu no anterior, todos seremos
conscientemente induzidos a dobrar os joelhos diante do Filho de Deus e reconhecer que os seus
julgamentos são justos; que as restrições que nos serão impostas no nosso estado final de salvação são
todas justas.
-
Os gentios são principalmente filhos de Jafé, grandemente multiplicados e vivendo nas terras da
herança prometida a Israel (Jacó e seus doze filhos). Como seja: as terras das Américas, da Europa, e
no Oriente - Ásia, Polinésia, Austrália.
-
O trabalho missionário nos últimos dias para reunir os que serão escolhidos para a salvação celestial,
começou entre os gentios em 1836 - Inglaterra, França, Itália Norte (1850); Grécia, Itália Sul; a
Rússia será a última entre os gentios.
Em 1986 os missionários começaram a ser preparados para entrar na China. Os judeus serão os
últimos de Israel a serem chamados.
-
O trabalho missionário é para reunir os herdeiros da glória celestial somente. Não há trabalhos que
conheçamos que estejam sendo feitos para os herdeiros das salvações menores (terrestrial e telestial).
Primeiramente estão sendo preparados os que serão governantes, os que serão levantados na manhã
da primeira ressurreição para se encontrarem com Cristo nos ares e descerem com Ele no Monte das
Oliveiras.
As multidões que não forem dignas desta honra, ressurgirão depois, no decorrer do Milênio e no seu
final, cada um na devida ordem, de acordo com as obras realizadas na provação.
-
Os povos pagãos terão sua oportunidade no início do Milênio. Eles estão hoje na África e Oceania
principalmente.
-
Vou encerrar esta carta anotando algumas referências que usei para dar estas respostas; embora aqui
não estejam todas elas:
=
Apocalípse 12:10; Capítulo 3 do Livro de Abraão; Mórmon Doctrine p. 163; "God Man and the
Universe" ps. 273, 276, 281 e 285; um discurso do Elder Alvin R. Dyer, feito aos missionários que
presidiu em Oslo, Noruega em 1961.
-
Caro Epaminondas, você realmente fez grandes perguntas, espero ter alimentado seu interesse com
correspondentemente grandes respostas.
-
Devo ainda dizer a você, caro Epaminondas, que as questões levantadas foram de grande importância
para este meu livro. Elas levaram aos seus eventuais leitores a oportunidade impar de meditar sobre
assuntos espirituais da maior relevância; os quais passariam desapercebidos, não fosse o concurso de
uma mente perscrutadora como a que você tem, e as pertinentes e desafiadoras perguntas que fez.
-
Tenho certeza que você meditará profundamente nas respostas que dei; sei também que se der
oportunidade ao Espírito de Deus, Ele testificará ao seu coração que elas são verdadeiras; que a
teologia que elas levam não saiu da interpretação particular de nenhuma mente humana, e sim da
mente de Deus.
-
Gostaria que você lesse os últimos livros que escrevi para fazer brilhar ainda mais a grande causa que
abracei desde meu batismo em 28 de fevereiro de 1970. A saber: A Verdade ao Alcance do Homem, 2
volumes, Uma Análise Dinâmica do Livro de Mórmon, O Livro da Miscelânea; Finalmente a Um
Passo do Milênio; As Cartas de Amoramon; Contactos e O Evangelho Escondido.
-
Esses livros não estão em livrarias, e os interessados devem procurar diretamente comigo por carta ou
pelo telefone (021)3322-4154 e 422-0183.
Meu endereço: Avenida Aquarela do Brasil 333, bloco 3, apartamento 1804,
CEP 22 610-010, Rio de Janeiro, RJ.
Um grande abraço do sempre amigo
-
CARTA 16
-
Caro amigo Tertuliano
Você fez uma afirmação um pouco chocante naquele jantar da última sexta feira. Sei perfeitamente
que sua intenção não foi atacar meus irmãos de fé. Mas de qualquer forma, ela revela que você
conhece muito mal a nossa condição de cristãos.
Vou relembrá-lo de suas palavras:
-
 "Sempre ouvi dizer que os mórmons não são verdadeiramente cristãos; que eles são muito apegados ao
Velho Testamento, a ponto de se aproximarem mais das idéias dos antigos judeus do que fazem os
próprios judeus modernos. Afinal, se vocês são de fato cristãos, o que Jesus Cristo significa para vocês?".

=
Tertuliano, você me conhece a tantos anos ! Como ainda não entendeu minha posição nesse aspecto?
Naquele jantar eu não encontrei atmosfera para responder à sua pergunta ... O espírito do vinho
reinante entre a maioria presente, não induziu-me a fazê-lo.
-
Resolvi enviar minha resposta nesta carta.
-
Ninguém pode avaliar corretamente o Novo Testamento se não tiver um sólido entendimento do
Velho Testamento. O Novo não substituiu o Velho, mas sim deu continuidade a ele, desenrolou o
cenário para o cumprimento de todas as profecias anunciadas pelos antigos profetas.
Os eventos relatados no Velho Testamento estão cristalinamente gravados na mente de Deus; as
promessas feitas por Ele aos patriarcas, cujos cumprimentos estão preordenados para os últimos dias,
têm de ser cumpridas, pela honra em que nosso Deus tem o Seu nome, e ela está na Sua palavra.
-
É por isso que damos tanta importância ao estudo do Velho Testamento. E se com isso o mundo nos
acha parecidos aos judeus antigos, posso garantir que não é com aqueles que rejeitaram a primeira
vinda do Messias que nos identificamos.
-
Digo isso, porque há muitos hoje em dia no mundo que dizem amar o Novo Testamento, porém mais
se parecem com aqueles  judeus do meridiano dos tempos; os quais, diziam amar as escrituras e
esperavam o Messias, mas rejeitaram-no quando veio; rejeitaram a Ele e àqueles por Ele constituídos
para levarem o evangelho a todo o mundo então conhecido.
-
Sim Tertuliano, nós parecemos com os judeus, mas com aqueles que se uniram ao Cristo na Sua
primeira vinda ... Porque hoje, somos os únicos na terra que estamos aceitando o Seu trabalho de
restauração e precursor do grande final; quando as promessas anunciadas pelos profetas, desde Adão
até o último que falará da parte de Deus, serão todas cumpridas.
-
Vou responder a você, o que Cristo significa para nós. Mas usarei uma maneira diferente de dizer:
-
COMO SERIA O MUNDO SE ELE NÃO HOUVESSE VINDO
-
- As escrituras não se teriam cumprido, em conseqüência:
- As profecias seriam desacreditadas, em conseqüência:
- O Velho testamento perderia sua força influenciadora sobre a civilização;
- O Novo Testamento não existiria, em conseqüência:
- Deus seria apenas uma idéia vaga em nossa mente;
- Nossas esperanças ficariam circunscritas às coisa desta vida;
- A morte seria algo terrível, esmagador e irremediável;
- A idéia de ressurreição não existiria, muito menos a esperança e a fé;
- Nosso relacionamento familiar e social, não passaria de um mero acidente sem  quaisquer outras
conseqüências além da breve experiência mortal;
- Sem a palavra viva de Deus, não teríamos nenhum entendimento justo de nossa origem, da
finalidade de aqui estarmos, e do nosso porvir;
- Acabaríamos por ter de admitir  termos surgido  pelo capricho de circunstâncias  num universo
movido pelo poder do acaso; sem propósito em vir à vida e muito menos no sair dela;
- Talvez nos classificássemos como "bestas promovidas", como hoje se consideram alguns  daqueles
para quem Cristo não existe, nem Deus, nem nada mais além do homem e do mundo visível;
- Não haveria julgamento, prêmio ou condenação. Quem fizesse o mal e conseguisse burlar a justiça
humana, nada mais teria temer; quem fizesse o bem sem nunca obter o retorno desse bem nesta vida e
que só conhecesse o sofrimento,  nada poderia esperar de restituição do bem no porvir;
- Realmente, seríamos os mais miseráveis entre todos os viventes; por nossa capacidade superior de
raciocínio como "bestas promovidas", e diante de tamanha desesperança.
-
Está aí Tertuliano, nessas breves palavras ditas de um modo propositalmente estranho, tudo o que
pensamos sobre o significado de Cristo ter vindo no meridiano dos tempos e de Sua próxima vinda.
-
Para nós, Ele é o centro de tudo o que existe no universo e no homem, ele é o Deus de Israel, o Filho de
Deus, nosso mais digno irmão em espírito; que criou o mundo e tudo o que nele há por delegação
recebida do Pai; que expiou por nossos pecados e nos salvou da morte física e espiritual; que
ressuscitou e ressuscitará a todos nós, sem exceção, para sermos julgados e, de acordo com as nossas
obras, recebermos tudo aquilo que fizermos por merecer.
-
Julgue agora depois disso se nós somos ou não cristãos! E diga isso a todos os tolos que disserem ao
contrário do que vai declarado nesta carta.
-
Pode ficar certo de que continuo o seu amigo de sempre. Foi muito bom ter acontecido tudo isso, pois
considerei uma boa oportunidade para dar este testemunho a você e a todas as pessoas que vierem a
ler esta carta, a qual incluirei num livro que estou elaborando. Sei que não se importará que eu o faça,
pois, em todas  as cartas tomei o cuidado de não usar sobrenomes, vão apenas de concreto os fatos,
não as pessoas.
  Setembro de 1995
-
CARTA 17
-
Caro Eládio esta é a segunda carta que lhe envio, e provavelmente será a última.
Considerando o seu pedido para que não mais lhe escrevesse, depois da minha carta anterior, quando
rebati seus argumentos de uma forma que lhe desagradou.
-
Gosto quando alguém me escreve com a franqueza que você usou na sua última carta. Foi bom você
se ter sentido à vontade para dizer aquelas palavras; elas ficaram fortemente gravadas no meu
espírito. Não as considerei uma ofensa pessoal, pois entendi sua perplexidade pelo fato de ver-me
acreditar em coisas tão "fantásticas,  fora do consenso natural  e da era científica em que vivemos".
-
 Você pergunta: "Afinal, como você, um homem de cultura, pode acreditar nessas tolices de anjos, visões
celestiais, livros em placas de ouro, bússolas que funcionam por princípios espirituais, e etc. Em pleno
final do século XX"?
-
Realmente, devo admitir que são coisas muito difíceis de acreditar usando o senso comum do homem
natural. Mas de que maneira essas coisas deixarão de parecer loucuras ao homo sapiens deste século
ou de outro qualquer, se ele não se deixar influenciar pelo Espírito que fala ao homem interior ou
espiritual?
De que forma não lhe parecerão loucuras, se nos dizem as escrituras:
"as coisas de Deus aos homens parecem loucuras" porque "o homem natural é inimigo de Deus, e o
será para sempre, a menos que ouça a Sua voz"?
-
Foi bom ter-me guardado de responder sua carta de imediato. Porque surgiu um fato muito
interessante na semana deste mês de setembro iniciada no domingo dia 17.
O acontecido avivou minha lembrança sobre algo correlato acontecido nos Estados Unidos da
América do Norte, se não estou errado, na década de 50.
-
Mas vamos primeiramente ao caso brasileiro:
-
Foi publicado nos jornais do Rio de Janeiro que a prefeitura decidiu remover a estátua de bronze do
Barão do Rio Branco, da Avenida Princesa Isabel para outro local. Ao seus funcionários escavarem a
base do monumento para fazer a remoção, encontraram uma caixa de cobre fechada. Ao ser aberta,
foram descobertas várias moedas de cobre e prata, além de exemplares do Jornal do Brasil do ano de
1901!
-
Sem dúvida, um achado muito interessante e que nos trouxe informações concretas sobre coisas de
quase um século atrás.
 Se a idéia de remoção desse monumento só chegasse à mente de algum prefeito de 3.307 A.D., o
achado levaria aos habitantes do Rio de Janeiro daquele ano futuro, informações de 1406 anos atrás.
Teoricamente, seria uma coisa  perfeitamente possível e aceitável ao bom senso de qualquer homo
sapiens; a menos que os quatorze séculos destruíssem os jornais ... mas não destruiriam o cobre ou a
prata das moedas, ou as suas gravações.
-
Naturalmente, se o autor daquela façanha do ano 1901, tivesse em sua mente alguma intenção
multissecular, não iria colocar jornais simplesmente, e sim algum material disponível na época, que
pudesse atravessar incólume os séculos.
-
No ano 421 A.D., 1406 anos antes que o profeta Joseph Smith obtivesse o livro em placas de ouro e os
objetos que você citou, além de outros mais; e 1480 anos antes do ocultamento da nossa caixa de
cobre, um homem de nome Moroni, ocultou anais em placas de ouro numa colina onde hoje está o
estado de Nova York, com intenção que os escritos atravessassem séculos e milênios.
Ele o fez porém por revelação de Deus.
-
Certamente que o homem da caixa de cobre teve uma intenção boa e louvável ao assumir aquela
iniciativa, ele foi inspirado a fazê-lo. A caixa é real, o homem era real, o testemunho nos foi dado;
muitas pessoas manusearam-na. A multidão que leu os jornais tomou conhecimento, acreditou no
relato escrito e não teve necessidade de ir até onde ela está para tocá-la e ao seu conteúdo. Porque não
há nenhuma razão para desacreditar no fato e no relato ou para procurar desacreditá-lo.
-
Não surgiu nenhum motivo para tal; o conteúdo da caixa não denuncia  ninguém intocável do
passado, não desmascara nenhuma grande organização, não mexe com nenhum poderoso do mundo;
não é uma ameaça para o stablishment em nenhum país. Mas se o fosse, certamente os poderes
atingidos por-se-iam em pé de guerra.
-
Aí então,  a saga da caixa de cobre seria muito semelhante à saga do Livro de Mórmon; porque ele
denuncia poderosamente toda a farsa religiosa da terra. Vira o mundo inteiro de cabeça para baixo.
Melhor dizendo, vira de cabeça para cima, porque Deus denuncia as obras do mundo e as declara
todas más; o mundo inteiro, espiritualmente falando, está de cabeça para baixo; está em erro, e Deus
o chama ao arrependimento, ou Sua ira descerá  sem medida sobre os habitantes da terra.
-
  E quanto às placas do Livro de Mórmon?  Eram elas reais como o conteúdo da caixa de cobre?
Pessoas credenciadas viram-nas? Homens corruptos tentaram subtraí-las do profeta? Houve, na
época, testemunhos registrados por escrito em cartório sobre a veracidade daqueles objetos?
-
A resposta para cada uma dessas questões é um enfático sim! Os fatos provam-se por si mesmos. A
grande questão, então, volta-se para a doutrina declarada nos registros. É aí onde reside o pomo da
questão.
Ele é da parte de Deus ou é mais uma conspiração humana?
-
Se a obra é de Deus, Ele não deixará o julgamento final da questão submetido às oscilações das
opiniões humanas. Usará o Seu próprio método - O testemunho do Espírito Santo... SSe a obra é
produto de conspiração humana ou inspirada pelo demônio, as coisas ficarão mesmo por conta das
opiniões carnais; estabelecida que estará a confusão das mentes. De uma forma ou outra, será da
conveniência do inimigo número um de Deus.
-
Se a obra é divina, foi apresentada para o benefício humano; a conclusão imediata é que ela será
viável de ser recebida como tal, ou Deus seria inconseqüente, inconsistente e incompetente em
apresentá-la  ao homem sem que ele pudesse recebê-la por revelação do Seu Espírito.
-
Eládio, não foi com uma análise simplista ou raciocínio pobre que apresentei a você a situação acima.
Quando você sentencia por sua frágil opinião carnal que tudo aquilo foi tolice; tudo foi coisa
inaceitável diante da erudição científica do século XX ... que tudo não passou de conspiração, é
porque usou de raciocínio muito pobre e imprudente para analisar aqueles fatos.
-
 Você diz só crer em Deus e nada mais! Que risco enorme você está correndo por não examinar essas
coisas com a envergadura mental e espiritual necessárias para lidar com as obras que eventualmente
possam ser mesmo de Deus!
As obras que se nos apresentam como sendo dos céus não devem ser avaliadas levianamente; pelo
risco que corremos de rejeitar aquilo que vem de Deus ou abraçar as obras do demônio ou de homens
corruptos.
 O risco que o homem corre de cair nas teias do mal é tão grande que Deus nos dá a garantia das
manifestações do Seu Espírito, para podermos discernir a verdade em todas as coisas que nos vêm das
regiões dos espíritos e do universo espiritual.
-
Por não julgar-me capaz de exercer um julgamento justo sem o concurso do Espírito,  fui muito mais
fundo do que você na busca da verdade sobre tudo isso ... e encontrei o testemunho dos céus
assegurando a verdade do profeta e do Livro de Mórmon.
-
 Sou menos tolo do que você imagina. E você é menos esperto do que pensa ser.
-
Aprendi antes de você que "Quem não procura não acha" e "A quem não bate, não ser-lhe-á aberto".

Digo dessa forma, para parodiar as palavras do Senhor, enunciando-as na forma negativa; para
estarem de acordo com a atitude negativa que você escolheu assumir diante das revelações modernas
de Deus. No qual você diz crer (em teoria), porque na prática, não conseguiu ainda aprender a crer no
que Ele está fazendo agora
nos seus dias.
-
Para encerrar, quero lembrar que nos U.S.A. foi colocada uma caixa de aço em algum lugar que não
me vem à memória, contendo informações importantes sobre o conhecimento da humanidade neste
século. Ela destina-se à humanidade futura.
Se o homem toma tais iniciativas, porque não considera que Deus as tome,
e até melhores?
Não me queira mal, escrevi visando o seu bem.
     Setembro de 1995
-
CARTA 18
-
Mário
Nesta carta não vou escrever  "prezado Mário", porque seria hipocrisia.
-
 A despeito disso, quero que saibas não te desejar mal. A prova disso é o esforço que farei para
mostrar a ti, um moderno anticristo inconsciente que és, quão incoerente, injusto e cego estás sendo,
ao abrires tua boca para escrever e dizer as barbaridades que me fizeste chegar às mãos.
-
Já te conheço há vinte e cinco anos precisamente. Nosso primeiro encontro foi na capela do Jardim
Botânico no ano de 1970, quando juntos freqüentamos as primeiras palestras sobre o mormonismo.
Desde então, tenho visto tua atuação de anticristo isolado, pelas ruas e praças ; procurando destruir a
fé de inúmeras pessoas de conhecimento simples.
Tu não destróis para construir ou restaurar; destróis sem nada teres a oferecer; a não ser  tua própria
sofismaria sem qualquer alvo espiritual digno.
-
 Passas  o tempo lendo e relendo as escrituras bíblicas,  procurando encontrar e levantando questões
para confundir os crentes com tua pretensa erudição à base do entendimento da carne e do sangue.
Que enorme diferença há entre o teu procedimento e o daqueles que levam consigo a legalidade
espiritual e a chancela de Deus para pregar Seu evangelho!
-
Esses vão no Seu Espírito, não para destruir a fé, mas para acrescer; promover a fé das pessoas;
mostrando claramente a meta do homem e o verdadeiro trabalho de Deus: "Proporcionar a
imortalidade e a vida eterna ao homem".
-
Grande poder permites inconscientemente que o demônio tenha sobre ti!
Ao observar tua atuação por tantos anos, admiro-me da enorme paciência e longanimidade de Deus
para contigo; esperando que te arrependas de todas as blasfêmias que tens perpetrado diante Dele!
-
São inacreditáveis as heresias que declaras no folheto que mandaste produzir e me entregaste na rua!
Escrevo estas coisas, mais com a esperança de que os leitores deste meu trabalho se beneficiem, do
que tu mesmo.
Assim, eles conhecerão melhor o demônio que age em ti, da mesma forma que
o conheço e abomino.
-
O panfleto do teu demônio:
-
 "Pregar dízimo na dispensação da graça é estelionato ... Na pregação
(do evangelho), a lei (de Moisés) desaparece e a graça nos é oferecida. Não vivemos debaixo da lei (Rom
6:14). Na associação (não sei a qual delas te referes) a lei volta impiedosamente, sem considerar se o
membro vive numa teocracia ou ditadura secular; se o sacerdócio é levítico ou eterno; e mostra Deus de
olho no que não dá nem para o sustento do arrochado ... Eu não pertenço àquela aliança velha que havia
entre Deus e o povo de Malaquias; mas aceito a nova, onde Jesus é o sacerdote que só me requer a fé e a
mudança de mente! Qualquer cristão esclarecido, lúcido e sincero, assinará esta declaração".
-
Mário, não foi atoa que te apelidei de fariseu moderno! Anticristo moderno também  cabe-te  muito
bem!
 Tua treva é tão grande, que mal sei por onde começar! Mas como é de bom alvitre sempre
começarmos a resolver nossas diferenças pelos pontos concordantes, vou procurar algum que
milagrosamente possa existir ... Pronto! Encontrei um!
-
Vou começar concordando contigo em um e único ponto:  Cobrar dízimo de uma congregação em
nome de Deus quando ela não foi por Ele edificada, quando é obra do homem, é estelionato e
blasfêmia. Há pastores que, inconscientemente, são culpados desse erro; outros há que o são
conscientemente, porque sabem não ter autoridade divina alguma para cobrar dízimo ou outra oferta
qualquer em nome de Deus, a não ser no deles mesmos.
-
O dízimo cobrado nessas circunstâncias, só tem poder para fazer crescer a divulgação do erro ; não
pode agradar a Deus nem reverter no proveito espiritual do povo enganado; serve é para o bolso dos
que fazem do evangelho causa de ganho. Quanto mais crescem suas congregações mais aumentam
suas contas bancárias.
O convênio do dízimo que Deus faz, é com o povo de Sua Igreja. Não com outro qualquer que não
tenha aceito os Seus termos, o modo  d’ Ele próprio
administrar Seus negócios.
-
Quando vemos em Marcos 12:41-44; Lucas 21:1-4; 2 Cor 8:12, Jesus aprovando e enaltecendo a
dádiva da viúva pobre, e lemos a tua pregação de anticristo moderno, temos forçosamente de concluir
que, mesmo sem perceberes, estás acusando Jesus de estar de olho naquele pouco, que sequer daria
para o sustento da viúva por um simples dia. E isso é um relato do Novo testamento, tu sabes muito
bem que Malaquias é do Velho.
-
Foi pena o relato dos evangelistas ter parado aí. Pois Deus é fiel às suas promessas. Aquela viúva, por
sua fé e justiça, terá sido abençoada fartamente pela palavra da escritura em Malaquias:
"... Eu abrirei as janelas do céu e derramarei sobre vós bênçãos muito além do necessário".
Eu mesmo conheci uma viúva pobre e que com grande dificuldade criava suas duas filhas. De acordo
com a tua doutrina ela foi explorada pela Igreja, ao ser induzida a pagar o dízimo. O fato real, e que
supera todos os teus argumentos satanizados, é que ela foi fiel ao princípio, fez a sua parte de
sacrifício; provando a si mesma diante do Senhor que, de fato, tinha fé na Sua palavra.
Passados poucos anos, e as janelas do céu lhe foram abertas. Vindo não se sabe de onde e nem como,
surgiu na sua vida um homem procurando estabelecer-se numa boa família. Ele desposou-a, e ela hoje
trocou um quarto úmido e escuro por um apartamento de três quartos claro e confortável, com tudo o
que lhe era necessário e não tinha, e ainda continua recebendo mais do que precisa. Vi com meus
próprios olhos a bênção cumprir-se integralmente!
-
Na perspectiva de Deus e do homem que confia em Sua palavra, o pagamento do dízimo na Igreja do
reino, e em nenhuma outra mais, de acordo com os convênios do evangelho do reino, é o melhor
investimento que o homem pode fazer nesta vida; abaixo do convênio maior e mais poderoso da
consagração de tudo o que possui pela causa de Deus.  Mas este último, da mesma forma que o
dízimo, só é instituído por revelação expressa, e não ao bel-prazer do homem.
-
-Na Igreja verdadeira, "Os pobres são acrescidos naquilo que os ricos são diminuídos" e não: "Os
pastores são acrescidos naquilo que os membros da congregação são diminuídos" (quer sejam ricos
quer pobres).
Nas falsas igrejas, o seu "sacerdócio" privado, é assalariado pelo dinheiro arrecadado das
congregações. Na Igreja verdadeira, não há sacerdócio privado, todos os membros masculinos são
chamados ao sacerdócio e ao trabalho na missão da Igreja, e por ele não recebem um $Real sequer; 
os ricos, remediados e pobres, fazem o sacrifício voluntário do dízimo, o qual segue intocável para o
fundo mundial do dízimo; para, sob a supervisão da Primeira Presidência da Igreja, ser empregado
no programa do estabelecimento de Sião sobre a terra:
-A reunião do povo de Cristo nos últimos dias.
-A proclamação do evangelho em todas as nações.
-A manutenção dos que trabalham em tempo integral nos assuntos
administrativos da Igreja.
 -A construção de templos e casas de reunião, e sua manutenção.
 -A assistência aos necessitados.
-
Portanto, o dízimo é essencial. Tanto para fazer crescer a Igreja verdadeira quanto as falsas. Sob a lei
econômica do mundo, nada pode crescer sem a sua mola mestra, o dinheiro.; seja para o bem ou para
o mal. Ou contamos com ele ou nada poderemos fazer no sentido de estabelecer e dar crescimento a
qualquer obra.
-
O dinheiro honestamente ganho é a imagem do próprio homem, refletida no espelho de sua dedicação
ao trabalho diário, mensal, anual ou mesmo ... de toda uma vida !
-
Por tudo isso, o dízimo é um dos testes mais definitivos para estabelecer o grau de justiça e
entendimento pessoal dos membros da Igreja.
"Por esse teste e princípio, se saberá quem é a favor ou quem é contra o Reino de Deus".  (Joseph F.
Smith).
-
"...e na verdade este é um dia de sacrifício; e um dia para o dízimo do meu povo; pois aquele que paga
o seu dízimo, não será queimado na ocasião de Sua vinda ... todos os soberbos e os que praticam a
iniqüidade, serão como o restolho; e Eu os queimarei ... não pouparei a nenhum que permanecer em
Babilônia." (D&C 64:23-25).
-
Ó tolo Mário! E tu que te julgas herdeiro da Salvação sem entenderes o óbvio e ululante do Espírito!
Quão impossível para ti será entenderes o princípio maior da consagração! Se o do dízimo é para ti
um escândalo, a ponto de pregares as barbaridades que pregas; quão mais escandaloso será para ti
aquele glorioso princípio econômico celestial, o único que poderá verdadeiramente levar o homem à
presença de Deus , o Pai, para viver como Ele vive!
Sim! Porque na glória em que Ele vive, e vivem os que estão com Ele, a consagração é o princípio sine
qua non!
-
Ó tolo Mário! E todos os infelizes que possam pensar como tu! Se não entendeis o princípio primário
do dízimo; como entendereis o princípio maior? Como podeis pretender ser herdeiros da salvação
celestial, se lutais contra Deus, mesmo inconscientemente?
-
Passo agora para outro erro que cometes:
-
Em Hebreus 7:12 Paulo faz uma de suas muitas analogias - "Mudada a lei, necessário se torna mudar
o sacerdócio." O que isso significa?
-
Para ti a primeira lei não foi substituída por outra lei. Julgas que a Nova Aliança não tem uma lei de
obediência; que basta dizer que crês e estás salvo, sem nada mais teres que fazer além disso!
-
Paulo precisaria aprender de ti o evangelho, porque ele , no teu obscuro entendimento, teria ensinado
tudo errado:
-
- Uma lei menor seria mudada para outra lei maior; da mesma forma que um sacerdócio menor seria
mudado para um maior. Uma lei menor, administrada por um sacerdócio menor, seria mudada por
uma lei maior, administrada por um sacerdócio maior, com poder de salvação que o sacerdócio
menor não tinha.
O sacerdócio Aarônico ou Levítico, passa o comando ao sacerdócio de Melquisedeque; a lei dos
mandamentos carnais dada a Moisés, passa o comando à lei da graça, a dos mandamentos espirituais
ensinada por Jesus Cristo - uma lei superior, cheia de sacrifícios espirituais individuais:
-
Não mais a lei dos símbolos rituais do sacrifício de animais, realizados por sacerdotes mortais
prefigurando o grande sacrifício futuro (físico e espiritual) do Filho de Deus, o primeiro sacerdote
segundo a ordem de Melquisedeque naquela dispensação especial do evangelho à terra. Ele veio nos
ensinar o sacrifício simbólico individual do sacramento; sacrifício pela fé, em que oferecemos a Deus
um coração quebrantado e um espírito contrito, ao comermos o pão e bebermos do cálice
sacramentais.
-
Não há lei que não traga consigo regras a serem obedecidas; não há obediência sem atos de
obediência; não há atos de obediência sem obras de obediência. Sem estas últimas a fé é morta, não
tem poder de salvação; mas sim de condenação, porque aquele que se nega a cumprir o mandamento,
desobedece a lei de justiça estabelecida pelo Alto.
Jesus ensinou e deu exemplo pessoal de que é preciso cumprir toda a justiça; aceitando o batismo da
água mesmo sem ter pecado, testemunhou a condenação de quem tentar furtar-se à essa ou qualquer
outra ordenança revelada.
-
Ó anticristo Mário! De outra feita ouvi-te pregar que o batismo da água não é necessário para o
cristão, mas sim somente para o judeu!
-
Se a circuncisão passou a não mais ser necessária para o judeu, então, que obra de obediência sobrou
para o cristão nesse teu evangelho?
-
Apenas confessar de boca que crês, não é sacrifício, não é esforço, não é obediência, não é obra de fé.
Crer é apenas o primeiro passo entre os muitos necessários para obtermos de Deus a graça da
Salvação. Mas o teu modo de crer não leva a qualquer outro lugar que não seja o inferno.
-
No final da tua declaração, dizes que qualquer cristão esclarecido assinaria em baixo dela! De que
forma um cristão faria isso?
-
Algumas pessoas me têm perguntado qual o proveito que há em altercar com pessoas como tu. Mas
respondo que o proveito é para mim e para outros que entendam minhas palavras. Porque através
desse tipo satânico de oposição é que posso fazer brilhar ainda mais a luz da verdade e regozijar-me
nela.
-
Escrevi todas estas coisas para dar oportunidade aos que ainda possam se arrepender; para que
considerem e reconsiderem todas estas coisas com maior maturidade espiritual - o que significa maior
humildade diante de Deus; com  melhor reconhecimento da nulidade dos seus pensamentos e
interpretações carnais das escrituras; para convidar a todos os que têm ânsia da verdade, a vir ao
encontro dela n’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
-
E encerro meu escrito a ti Mário. E o que escrevi está escrito e não me escuso. Que estas palavras
sirvam para medir a minha e a tua justiça diante de Jesus Cristo no último dia de nossas vidas na
provação.
-
Meu desejo sincero é que te arrependas a tempo, e venhas a ser um dos nossos ... antes que caia sobre
ti a noite tenebrosa, em que nada mais poderás fazer pela tua libertação daquele que hoje te possui
acorrentado e quer deleitar-se contigo no seu reino.
Setembro de 1995.
-
CARTA 19
-
Querida Ruth
-
Não poderia deixar de registrar aqui nossa última conversa, tuas palavras:
-
"Numa reunião que tivemos esta semana, um encontro de casais promovido pela paróquia onde
resido, não ficou claro ao meu entendimento, nem no de algumas pessoas presentes, o tema estudado.
Falávamos da primeira epístola de Pedro
3- versículos 18 ao 20. Nossa dúvida foi a seguinte:
Como é possível que todas aquelas pessoas que cometeram tantos pecados na sua vida na carne,
possam ser ao final salvas junto a Deus da mesma forma que os bons, aqueles que nunca cometeram
os pecados graves dos condenados enquanto estavam na carne?"
-
 Ruth, é essencial transcrever a escritura a que você se refere, para depois analisá-la devidamente,
vamos dividir em parágrafos e numerá-los para facilitar o comentário:
-

1 - "Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos injustos - para nos
conduzir a Deus.
2 - Morreu segundo a carne, mas foi vivificado quanto ao espírito.
3 - Nesse mesmo espírito é que Ele foi pregar aos espíritos que estavam detidos no cárcere, aqueles
que outrora,  nos dias de Noé, haviam sido rebeldes, quando Deus aguardava com paciência,
enquanto se edificava a arca, na qual ... apenas oito pessoas se salvaram das águas".
-
No parágrafo número 1, vemos Pedro dizer que Cristo morreu pelos injustos, entre os quais inclui a si
mesmo e a todos os cristãos. Pois não há sobre a terra homem algum inteiramente justo e que nunca
cometa pecados.
Mas, devemos considerar que entre eles há os grandemente injustos também.
Acontece que Pedro está escrevendo especificamente aos membros da Igreja:
-
Aos eleitos que são estrangeiros e estão espalhados pelo mundo então conhecido (ver a introdução
desta carta de Pedro). Portanto, a promessa de conduzir a Deus é para eles e não para os iníquos que
escolherem permanecer vivendo nos desregramentos do mundo, depois de serem clara e devidamente
convidados a exercerem fé na vinda do Filho de Deus, ao arrependimento, batismo e ao dom do
Espírito Santo - os primeiros princípios do evangelho para ingressar no Reino de Deus (na terra é a
Sua Igreja).
-
Aqui, o significado de conduzir a Deus é no sentido de levar os eleitos para viverem com Ele o Seu
estilo de vida - A Vida Eterna, ou a Vida que vive o Eterno.
-
Mas, a vinda de Cristo e a sua ressurreição, também conduz todos os homens a Deus para serem
julgados e separados de acordo com as obras realizadas na sua humanidade de carne (na
mortalidade). Portanto, no que se refere aos iníquos, que tiverem as plenas oportunidades de aderir à
causa de Cristo, mas houverem escolhido permanecer imundos nos seus pecados, não tendo usado a
graça oferecida pela expiação; para esses, o significado do serem levados a Deus, será para serem
julgados, e não para viver a Seu lado.
-
No parágrafo 2, vemos  Pedro fazendo questão de frisar que Cristo foi em espírito aos que, depois de
sua humanidade de carne, voltaram àquela condição de espíritos sem o corpo físico.  "O pó volta ao
pó; e o espírito volta a Deus, que o deu" (Jó).
-
Talvez Pedro quisesse dar testemunho contra as doutrinas falsas, já desde então reinantes, que
negavam a existência dos espíritos individuais dos homens.
-
No parágrafo 3 temos a parte mais importante a considerar: Aí está dito que os espíritos foram
rebeldes e que estavam detidos. Sobre eles, portanto, caiu um julgamento preliminar. Se foram
rebeldes é porque tiveram sua oportunidade de conhecer a lei e a rejeitaram conscientemente;
pecaram contra a luz que receberam de Deus por parte do pregador da justiça a eles designado, Noé.
Está dito que Deus deu-lhes o tempo necessário para que se arrependessem e se salvassem das águas.
Esse tempo dado foi o requerido para a construção da arca.
-
Consta que Noé pregou durante cento e vinte anos, possivelmente deve ter sido esse o tempo de
duração da construção da arca.
Uma vez que aquela multidão teve sua plena oportunidade e não quis fazer uso dela, foi para o
cárcere pagar por seus próprios pecados. Cristo foi libertá-los milêniosdepois, mas só após haver cada
um deles pago até o último ceitil da dívida individual.
Ao serem libertados, foram julgados segundo as obras realizadas na carne, as quais, embora já tendo
sido pagas por eles próprios, não o foram com a "moeda forte"da expiação do Messias. Por isso,
jamais obterão a vida eterna que os justos obtiveram desde a sua humanidade de carne - porque a sua
redenção foi perfeita, infinita e eterna - Eles usaram a plenitude da graça dda expiação do Filho de
Deus.
-
Ruth a primeira vinda de Cristo selou os julgamentos que deveriam vir sobre as multidões de
espíritos enviados à terra entre a queda de Adão e a ressurreição de Jesus.
Nós agora somos aqueles das multidões designadas para a segunda etapa, ela chega ao começo do fim
com a segunda vinda de Cristo, a qual está às nossas portas.
Ainda haverá uma terceira etapa, para as multidões que nascerão no sétimo milênio ... só depois de
tudo isso é que virá o fim.
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É para que você tome conhecimento disso tudo, que tenho dado a você alguns livros de minha autoria,
acompanhando o Livro de Mórmon. Em "Uma Análise Dinâmica do Livro de Mórmon" , todas essas
coisas estão explicadas e até muito mais.
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Ruth, este é o caminho de nossa salvação. Não há outro! A salvação é individual! Não morra ...
"Pois quem ama mais a seu pai e sua mãe do que a Mim; não é digno de Mim".
-
Quem ama serve. É impossível amar ao verdadeiro Deus sem servi-lo. Venha servi-lo e salve-se!  Não
temos tempo para deixar essas coisas para depois, uma vez que elas nos tenham sido declaradas com
toda a clareza e autoridade pelos portadores do sacerdócio do Filho de Deus.
-
Vou terminar esta última carta da série com duas escrituras solenes do Livro de Mórmon:
-
"... hoje é o tempo e o dia de vossa salvação; portanto, se vos arrependerdes e não endurecerdes os
vossos corações, imediatamente será realizado para vós o grande plano de redenção" (Alma 34:31)
"...Não deixeis o dia do vosso arrependimento para o fim; porque depois do dia desta vida, que nos é
dado para prepararmo-nos para a eternidade, se não melhorarmos nosso estado durante esta vida,
então virá a noite tenebrosa, na qual não se pode fazer obra alguma" (Alma 34:33)
     Aguardo ansiosamente por tua decisão:  É Viver ou morrer!
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Setembro de 1995
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CARTA 20
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Prezado Afonso
Esta carta é para cumprir a promessa que fiz de enviar a você a matéria que usei na minha última
palestra. Devo lembrar que o tema dessa palestra,  foi escolhido em função de algumas questões que
foram levantadas anteriormente em conversa informal mantida por alguns membros da nossa Igreja
e pessoas curiosas sobre a nossa posição diante da missão  de Jesus Cristo e seus apóstolos; bem como
de toda a cristandade. Aquelas pessoas queriam ter uma idéia mais clara e ampla sobre a razão dessas
coisas. Em decorrência, preparamos a palestra e os convidamos; foi quando lembrei-me de enviar um
convite a você.
-
A questão principal: O QUE CRISTO, OS PROFETAS, APÓSTOLOS E TODA HUMANIDADE
VIERAM FAZER NESTA TERRA?
-
No evangelho de João 17: 1-6, as palavras de Cristo respondem toda essa questão no concernente a ele
próprio e à sua missão na terra:
 "Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer" (v. 4).
Que obra foi essa?
-
"Pois lhe deste poder sobre toda a criatura, para que ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe deste"
(v. 2).
E em que consiste a vida eterna?
-
"Ora, a vida eterna consiste em que te conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem
enviaste"
(v. 3).
-
Com esta obra e palavras, Cristo declara ao seu Pai e ao mundo que O glorificou (deu a glória ao
nome do Pai), e pede:
-
"Agora , pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o
mundo fosse criado" (v. 5).
-
-No que diz respeito ao versículo 3 acima, é preciso esclarecer melhor o seu significado. Pois, para
podermos de fato conhecer a Deus, o Pai, e a Jesus Cristo, como diz a escritura, será preciso
chegarmos às suas presenças e os vermos como somos vistos por Eles (compreendermos ao Pai e ao
Filho da mesma forma que somos compreendidos por Eles).
A escritura diz conhecer, esse conhecer significa conhecer pessoalmente; e não apenas reconhecer,
aceitar daqui de baixo na terra mortal, que haja um só Deus verdadeiro e  a Jesus Cristo, o seu
enviado.
 Por enquanto, nesta mortalidade, muito poucos alcançarão a grande bênção que alguns grandes
profetas e apóstolos receberam: Vivificados pelo poder do Espírito Santo, viram com os olhos do
espírito ao Pai e ao Filho em sua glória.
Dessa forma, eles obtiveram um conhecimento perfeito Deles. Conhecimento esse que todos os
herdeiros da vida eterna terão de fato na eternidade, pois é a promessa da escritura e a finalidade
declarada da missão de Jesus Cristo por suas próprias palavras.
-
As palavras finais de Jesus neste capítulo 17 do evangelho de João, fecham com chave de ouro a sua
declaração da missão recebida do Pai para ser feita por ele na terra:
-
" ... que onde estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me
concedeste, porque me amaste antes da criação do mundo ..."   (v. 24).
-
Insofismavelmente, Jesus veio para levar a Deus todos aqueles que lhe foram dados no mundo; mas
que antes do mundo ser formado eram do Pai (éramos eleitos na preexistência e guiados diretamente
pelo Pai). Na terra porém eles passaram a ser guiados diretamente por Jesus:
-
"Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua
palavra ..." (v. 6).
-
Portanto, todos eles existiam antes do mundo ter sido formado, eram filhos de Deus em estado de
espírito. Se eles existiam como espíritos, todos nós também existíamos pois a escritura nos diz;
"Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo. Contudo, morrereis como simples homens".
(Salmos 81: 67)
-
Ditas essas coisas e apresentadas as escrituras pertinentes, podemos desenvolver mais o assunto.
Vamos continuar citando mais algumas palavras de Paulo que confirmam tudo o que dissemos
anteriormente:
"Combate o bom combate da fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e fizeste aquela
nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas" (o convênio feito com Deus na ocasião do batismo).
( II Tim 6: 12)
Palavras que demonstram a finalidade desta nossa existência:
A conquista da vida eterna.
-
"Convinha que Aquele (Deus o Pai) ... cuja intenção era a de levar um grande número de Seus filhos à
glória, elevasse à perfeição pelo sofrimento o autor da salvação deles (Jesus Cristo). Porque santificador
e santificados formam um só todo (significando que têm a mesma origem e mesma preordenação, isto é,
a conquista da vida eterna). Por isso Jesus não hesita em chamá-los seus irmãos ... Como os filhos de
Deus participam da carne e do sangue (significando participar da vida mortal) também ele (Jesus)
participou das mesmas coisas, a fim de destruir pela sua morte (sobrepujada pela  ressurreição e a
expiação) aquele que tinha o império da morte"
( o demônio). ( Heb 2: 10-14).
-
De fato, o demônio tinha a chave tanto da morte física quanto da morte espiritual. Jesus veio para
destruir a ambas; a primeira ele destruiu pela ressurreição, a segunda por sua expiação e pela
comunicação da religião verdadeira, cuja prática é o meio único do homem conseguir usufruir da
misericórdia de Deus na obtenção da vitória sobre a morte espiritual e voltar à sua presença para
viver com Ele a vida eterna. A ressurreição nos dá a redenção física; a expiação nos dá a redenção
espiritual, a qual, é uma graça muito maior.
-
Nós nada podemos fazer para colaborar com o Plano de Deus no sentido da ressurreição em si, ela é
um fato consumado desde as decisões tomadas por Deus na preexistência. Mas podemos colaborar
com Ele no sentido de adicionar glória à Sua glória - Conquistando para nós uma ressuuurrreição
gloriosa e trabalhando para que outros também consigam. Quanto mais corpos gloriosos se unirem ao
nosso Deus, mais magnificada será a sua glória.
-
Nesse aspecto, nossa missão, nas devidas proporções, é a mesma que a do nosso irmão maior Jesus
Cristo e que a dos profetas e apóstolos.
Porque da mesma forma que Cristo, todos nós viemos para lutar contra o demônio; para vencer sua
força por intermédio de Cristo e para conquistar a Gória Eterna.
Para isso,  devemos buscar, encontrar e aderir de corpo e alma à causa de Deus. Aceitando a Cristo
como nosso único mestre e salvador, e como seus representantes legais, os profetas e apóstolos por ele
enviados. Se desobedecermos a esse princípio capital, estaremos nas teias do erro sob o poder do
demônio. Por melhores que nos julguemos aos nossos próprios olhos, estaremos fora da verdadeira
senda
de Cristo para a vida eterna.
-
Há muitas outras referências das escrituras que comprovam tudo isso que dissemos: 2 Nefi 9: 6-54 ; 1
Ped 5:8 ; Colos 2: 14-15 ; Efe 6: 11-12 ; 1 Cor 15: 40-41 ;
Luc 11: 34-36.
-
É impossível ao homem sobrepujar as mentiras do demônio sem contar com o dom do Espírito Santo
e cultivá-lo sempre. É por isso que estão declarados na escritura os primeiros princípios do Evangelho
da forma que estão : Fé em Jesus Cristo; arrependimento; batismo por imersão por quem tenha
autoridade delegada por Deus; e recebimento do dom do Espírito Santo.
Vemos que os três primeiros foram estabelecidos para a conquista do quarto, o qual é a meta. Pois,
sem este instrumento, o homem natural não consegue pensar ou fazer as coisas que o homem
espiritual pode e tem que fazer para conquistar a vida eterna.
-
"O homem natural não percebe as coisas do Espírito de Deus; pois para ele são loucuras. E não as pode
entender, porque é o Espírito que as julga. Já o homem espiritual julga (melhor) todas as coisas (que
refiram-se ao evangelho e ao Plano de Salvação), e seu julgamento não é superado por ninguém (que
pense como homem natural). Pois quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? ( que
possa instruir o homem espiritual sobre as coisas do evangelho). Nós, porém, temos a mente de Cristo"
(conhecemos o pensamento de Cristo pelo Espírito Santo ... ; " porque o Espírito sonda tudo, também as
coisas profundas de Deus" ( 1 Cor 2; 10).
-
            Espero que tenha ficado satisfeito com as respostas,
-
A seu dispor Afonso
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CARTA 21
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Prezado Henrique
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No último encontro que mantivemos, você estava tão entusiasmado com as suas razões, que não me
deixou espaço para falar das minhas. Há tempo descobri que uma carta é a medida melhor indicada
para dizermos tudo o que precisamos dizer sem sermos interrompidos.
-
Recordando suas palavras:
-
"Há muito tempo que me decidi pela Igreja Católica e pretendo jamais deixá-la. Tenho muito fortes
razões pela opção que fiz pelo catolicismo, a principal e decisiva é esta: A religião e Igreja que mais
próximas estão dos apóstolos de Jesus Cristo no tempo e no espaço, é sem dúvida a católica.
Os protestantes surgiram quinze séculos depois; vocês, os mórmons, três  séculos ainda mais tarde.
Portanto, está bem caracterizado o fato de que todos, excetuando a Igreja Católica, não passam de seitas
religiosas com suas diversas características próprias, mas nenhuma com a sucessão apostólica como nós
declaramos ter."
-
Realmente Henrique, dentro da perspectiva que escolheu assumir, não pode haver dúvida de que a
Igreja Católica é o Reino de Deus na terra.
-
Acontece que há três enormes pedras de tropeço na frente dessa   "Dona Perspectiva" por quem se
apaixonou - Uma pedra é a Escritura, as outras  são a História Secular e a História Eclesiástica.
-
Pela sua perspectiva, a Igreja Católica é a única que pode ser levada a sério, na sua reivindicação de
ter a sucessão do sacerdócio apostólico. Mas pela perspectiva levantada pelo testemunho triplo - das
escrituras, dos princípios e convênios do evangelho e da História, ela é inaceitável. Pois foi ela
exatamente que tornou-se a primeira e principal entre todas as seitas, e a mãe de todas elas ...
de acordo com as escrituras!
-
Eu, como você, também nasci no catolicismo, mas a minha consciência não pode ignorar essa
perspectiva maior, para poder fazer opção pela Igreja Católica. Isso, para mim, seria tentar tapar o
sol com uma peneira.
-
Se uma religião qualquer não puder provar pelas escrituras às pessoas esclarecidas,  que ela não é
uma seita, então, não deverá ser levada a sério. Se ela não passar neste teste mais fácil, também não
passará no mais perfeito e incorruptível, o do testemunho do Espírito Santo. Ela poderá enganar até
mesmo ao mais esclarecido dos homens, mas jamais ao Espírito de Deus.
-
Ora Henrique, se a Igreja de sua opção não pode provar ser a verdadeira Igreja que Cristo fundou;
qual outra poderá? Qual outra poderá dizer que tem a sucessão apostólica, se for dissidente do
catolicismo?
-
Acontece porém que, pelas  escrituras, qualquer Igreja (inclusive a Católica) que declarasse hoje em
dia ser a sucessão ininterrupta do apostolado; não deveria ser levada a sério. Pois as escrituras dizem
com clareza meridiana que a sucessão apostólica seria interrompida pela apostasia!
E que haveria uma restauração de todas as coisas!
-
Em conseqüência dessas escrituras, hoje, a Igreja que fosse verdadeira deveria declarar ser a
restauração daquele sacerdócio apostólico, o qual, é o Sacerdócio de Melquisedeque. Só há uma Igreja
que pode declarar isso!!!
-
Lembro-me bem de haver começado a dizer essas coisas, mas você não permitiu que continuasse;
dizendo que eu estava interpretando de modo particular essas escrituras - em especial, as que falam
da apostasia e da restauração. Quanto ao fundamento histórico que citei, você disse ser  muito vago e
sem referências palpáveis, para que merecesse ser levado em consideração.
-
Realmente Henrique, você não pode fazer idéia do interesse com que tenho procurado entender todas
essas coisas. Nem poderia, pois até hoje não tive oportunidade de conversar seriamente com você
sobre as fontes das quais colhi o conhecimento que hoje tenho. Isso, só para falar das fontes seculares,
sem citar coisas maiores comunicadas pelo Espírito.
-
Um caso publicado hoje nos jornais da cidade do Rio de Janeiro, 14 de outubro de 1995, além de
amplamente divulgado ontem pelas emissoras de rádio e televisão, dão conta do procedimento
condenável assumido por um bispo da Igreja Universal, ao ridicularizar a imagem de Nossa Senhora
de Aparecida, considerada pela Igreja Católica como a padroeira da cidade, e alvo da fé de muitos
milhões de católicos.
-
 A locutora do Jornal da TV Manchete, classificou o procedimento do bispo confrade de Edir Macedo
como abominável. Isso, imediatamente trouxe à minha lembrança o contido numa obra em cinco
volumes e cerca de duas mil páginas que li há três anos: -  "A História dos Papas, mistérios e
iniqüidade da corte de Roma, Crimes dos Reis, Rainhas e Imperadores Através dos Séculos". Autor:
Maurício Lachatre - tradução de Augusto José Vieira. Obra editada um século atrás pela Empresa
Editora do Mestre Popular, Rua Victor Cordon, 36/1o. - Lisboa.
-
O conteúdo dessa coleção em cinco volumes, relata a história da Igreja Católica na figura de mais do
que trezentos e cinqüenta Papas. Ao ler todas essas milhares de páginas, e mais as incontáveis citações
de outros historiadores eclesiásticos por diversos autores estudiosos do assunto, posso afirmar
conhecer mais sobre a história de tua tão amada Igreja do que qualquer católico que conheças, sejam
eles prelados ou leigos.
-
Que bom seria se todos os católicos se interessassem em conhecer a História d’A Igreja  de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias em seis volumes, por B.H. Roberts, como eu me interessei em
conhecer a História da Igreja Católica!
-
Seguramente, todos nós nos conheceríamos muito melhor, teríamos muito mais luz e, em
conseqüência, estaríamos mais perto de entender a justiça de Deus.
-
Fiz um super-resumo da obra de Lachatre, evitando as descrições mais escabrosas, e guardei numa
gaveta sem saber bem para quê. Hoje, porém, sei perfeitamente que era para entregá-lo a você e a
todas as pessoas que lerem estas minhas cartas abertas aos meus amigos sem sobrenomes.
-
O SUPER RESUMO:
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Da introdução do primeiro volume:
-
Maomé apareceu no sétimo século. Ele é apresentado pelo historiador como sendo um hábil impostor
que fundou uma nova religião e o maior império do mundo de sua época.
Os persas faziam uma guerra terrível contra o Império do Oriente. No século nono os gregos
separaram-se dos latinos - sobrevieram quinze séculos de assassinatos, atrocidades e lutas sangrentas.
No Ocidente, vinte e nove cismas mancharam a cadeira de Roma, todos eles foram sangrentos.
-
Árabes e turcos escravizaram as igrejas de Roma e da África, e lá fundaram a religião maometana
sobre as ruínas do cristianismo. O Papa Inocêncio III concebeu as cruzadas contra esses infiéis, e
criou o monstruoso tribunal da inquisição.
-
O papa Martinho IV, associou-se ao tirano Carlos Danjou, o usurpador da Sicília, e comandou a
terrível matança que veio a ser conhecida como As Vesperais Sicilianas; quando dez mil  franceses
foram mortos.
-
O papa Pio IV, para tentar sustar a decadência da Santa Sé, excitou o fanatismo de Carlos IX da
França e de Felipe II da Espanha, reunindo os meios para exterminar calvinistas e luteranos. Mas isso
só veio a ser realizado mais tarde, no pontificado de Gregório XIII, no grande massacre imposto aos
protestantes, na bárbara noite de São Bartolomeu.
-
No período de oito séculos abarcados por esse primeiro volume da obra de Lachatre, apenas meia
dúzia de papas, entre eles, Clemente IX, Benedito XIV e Clemente XIV, pode ser vista como
iluminada ... porém dentro das limitações insuperáveis que a Igreja já incorporara em matéria de
corrupção na religião, doutrina e teologia.
-
Só para citar uma entre as centenas de barbaridades que ocorreram nas cortes do papado nesse
período trágico: O cardeal Baltazar Cossa, mandou aplicar um clister envenenado ao papa Alexandre
V; reuniu o conclave e, apoderando-se do manto pontifical, exclamou: "Sou papa!"; tomou o nome de
Martinho V, mandou queimar vivos dois excelentes homens - João Huss e Jerônimo de PPPraga - os
quais, pregavam contra os crimes nefandos dos padres e a ambição desmesurada dos pontífices.
-
OS PAPAS DOS PRIMEIROS SÉCULOS
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"... Tu és Pedro, e sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja ..." e "Contra ela, as pedras do inferno não
prevalecerão ..."
Esses dois retalhos, quando retirados do  contexto completo da escritura que lhes dá vida no Espírito
Santo, não comunicam verdade alguma. Mas foram usados pela esperteza dos papas para criar duas
doutrinas abomináveis e que têm subjugado os católicos através dos séculos:
-
Do primeiro retalho, saiu a doutrina de que Pedro foi o primeiro papa e que Cristo edificou a sua
Igreja sobre a pessoa de Pedro ( quando toda escritura declara que Cristo é o fundamento, e os
apóstolos as colunas); do segundo retalho os papas criaram a doutrina da infalibilidade papal
(quando a escritura diz que todos pecam, sem exceção, a não ser Jesus Cristo).
-
É incontestável que Pedro haja estabelecido uma espécie de residência em Antióquia, onde foi
considerado como sendo o primeiro bispo local. A primeira assembléia cristã de caráter geral, foi
para resolver a aparentemente difícil questão da necessidade da circuncisão na Igreja de Jesus Cristo.
-
Nessa ocasião, tanto os apóstolos quanto todos os membros tiveram o direito de voto; era o costume
instituído na Igreja primitiva como padrão. Pedro não inventaria esse procedimento, com toda a
certeza ele foi instituído por Cristo - "Faz exatamente o que te digo; não acrescenta nem tira nada".
Este é outro padrão imutável contido nas escrituras.
-
O apóstolo Paulo cita os nicolaitas, discípulos dos primeiros sete diáconos de Jerusalém. Eles
desprezavam o casamento, mas entregavam-se a monstruosos atos de sodomia.
-
Linus foi o primeiro bispo da Igreja de Roma, morreu em 67 d.C. e consta que o seu bispado durou
onze anos, oito meses e cinco dias.
Os bispos de Roma falsificaram o texto das escrituras, para apagar a evidência deixada nos escritos
de Lucas de que ele era casado. Ele foi o autor de um dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos.
-
Barnabé era um apóstolo de segunda ordem (entendo significar que ele foi ordenado apóstolo por um
dos que foram ordenados diretamente por Cristo; não que ele fosse um apóstolo de nível inferior - isso
seria uma incoerência).
Ele viveu no pontificado de Clemente (os primeiros bispos de Roma foram Linus, Cletus e Clemente)
ensinava que os seis dias da criação, representavam seis períodos de mil anos cada, e que no sétimo
período, representado pelo sábado, Cristo viria para julgar os vivos e os mortos. Dizia que a aurora
do oitavo dia
(o primeiro dia de uma nova semana segundo o tempo de Deus) seria o começo de uma nova criação.
Ele profetizou a apostasia da Igreja:
-
"Ela há de entrar no caminho oblíquo, na senda da morte eterna e dos suplícios; hão de aparecer os
males que perdem as almas. A idolatria, a audácia, o orgulho, a hipocrisia, a falsidade, o adultério, a
apostasia, o incesto, o roubo, a magia, a avareza e o assassinato serão crimes habituais de todos os seus
ministros, que hão de ser os corruptores da obra de Deus, cortesãos dos reis, adoradores dos ricos e
opressores dos pobres".
-
Henrique, quão terrível é essa profecia! Por que ela não consta no cânone? É evidente que foi
cancelada por inspiração do demônio! Mas ele não pôde cancelar o registro histórico, que prova a
correção dela.
-
O apóstolo Paulo profetizou também a apostasia da Igreja em muitas escrituras.
 O papa Alexandre I inventou a água benta, fundamentando-se na doutrina pagã
da água lustral.
-
Extratos da página 68 do primeiro volume:
-
No concílio de Trullo, em aproximadamente 692, inúmeras questões que dividiam as igrejas, oriental
e ocidental, foram focalizadas - Um ilustre prelado tomou a palavra:
-
"... É de absoluta necessidade que esta assembléia se exprima de modo positivo sobre uma questão que
divide as igrejas orientais e ocidentais, e que desenvolvamos as razões que nos levaram a publicar uma
resolução contrária às opiniões da Santa Sé".
-
Evidente está que esse ilustre prelado representava as igrejas orientais, pelo que segue do seu
discurso. Note-se também que a Santa Sé em Roma, desde então já era considerada pautar-se por
opiniões humanas em vez de revelação direta de Deus. Tanto está que as igrejas orientais achavam-se
no direito de também guiar-se por suas opiniões (e não revelações posteriores às recebidas de Cristo) e
publicar resoluções contrárias à Santa Sé.
-
"Antes de consagrar um eclesiástico, o clero latino obriga-o a prometer que interromperá todas as
relações íntimas com sua mulher; nós, ao contrário, seguiremos o antigo canon apostólico, mantendo o
casamento dos que têm ordens sacras, e não os privando de suas companheiras ... não se deve excluir os
laços legítimos que tenham contraído; não serão forçados ao celibato, pois isso seria condenar o
casamento instituído pelo próprio Deus".
-
Como você pode constatar, Henrique, eram os próprios católicos orientais que defendiam o direito e a
justiça dos prelados serem casados; contra a injustiça já instalada na mente dos pontífices ocidentais,
liderados por Roma! Ainda havia uma parcela do Espírito entre os orientais.
-
"... os padres nunca receberão salário pela santa comunhão; os fiéis não receberão a eucaristia em vasos
de ouro ou de qualquer outra matéria preciosa, mas nas mãos cruzadas uma sobre a outra, porque não
há no mundo nada mais precioso do que o corpo humano, que é o verdadeiro templo de Jesus Cristo".
-
O Imperador Justiniano aprovou todos os cânones deste concílio; os patriarcas de Alexandria,
Constantinópola, Antióquia, os bispos, e (pasmemos) até mesmo os legados da cúria romana! Todos
subscreveram essas decisões, que foram remetidas ao santo padre, o qual, não as quis aprovar,
declarando-as atentatórias à dignidade pontifícia. Esse papa foi Sérgio I, o octogésimo sexto papa,
falecido em 701 d. C.
Satã estava consolidado em Roma; nada que fosse justo prevaleceria!
-
Eleutério foi o décimo quarto papa, era grego, governou a Igreja por quinze anos e morreu no ano
194.  É importante considerar que os eventos agora registrados, passaram-se cerca de cento e sessenta
anos após a morte de Jesus e aproximadamente um século depois do desaparecimento do grupo de
apóstolos seus contemporâneos.
Durante o pontificado deste papa, Clemente de Alexandria escreveu os "Tratados de Filosofia
Cristã", onde, sobre o casamento está escrito:
-
"Demócrito e Epicuro viam o casamento como a principal origem de todos os males; ... Mas nenhum
desses filósofos tinha autoridade para julgar ... porque todos eles se davam à prática infame da sodomia.
Na religião cristã, o casamento é uma instituição moral ... E ademais, não será ele a maior perfeição de
que o homem é dotado - a de gerar seres que lhe sucederão ...?"
"O casamento é o gérmen da família, a pedra fundamental do edifício social; e os padres cristãos devem
ser os primeiros a darem o exemplo, contraindo uniões sagradas."
"Os nicolaitas, os discípulos de Corpocrates ... pregaram a comunidade de mulheres, e cometeram um
grande crime perante Deus; ... Igualmente culpados são os que pretendem que as relações sexuais nos
desviam das orações ..."
"Todos esses hereges têm condenado os que com razão  sustentam que o homem deve usar, segundo o
livre-arbítrio, da faculdade que Deus lhe concedeu de escolher uma mulher para si ..."
"Esses insensatos pretendem imitar a Cristo, ... Jesus não era um homem comum ... e se recusam
obstinadamente a seguirem o exemplo de S. Pedro e S. Paulo, que eram casados, coabitavam com suas
mulheres e tinham numerosos filhos."
-
Vejamos o que foi gradualmente acontecendo, até que esse conceito de virtude e justiça,
compreendido e defendido por Clemente de Alexandria, fosse virado de cabeça para baixo; passando
o que era heresia para virtude e a virtude para heresia:
-
Silvestre, o trigésimo quarto papa, romano de nascimento, eleito em 314 e morto em 335, logo ao
iniciar seu pontificado, convocou um concílio, cujo décimo cânone era:
-
-"Se os diáconos, ao serem ordenados, declararem que pretendiam casar-se,
ficarão no ministério com permissão do bispo ..."
-
Já uns meses depois, foi chamado um novo concílio em Neosesarea, quando foi estabelecida a
interdição formal do casamento para o clero; neste sínodo, venceu o falso argumento de que o
casamento obrigava o homem a ocupar-se de coisas terrenas e a desviar-se das obrigações do
sacerdócio.
-
Veio depois, em 325, o concílio de Nicéia, determinado por Constantino; quando quiseram proibir os
padres que já eram casados, de coabitar com as suas antigas esposas. Mas o bispo de Tebaida,  de
nome Paphúncio, declarou:
-
"... não se deve impor um jugo tão pesado ... o casamento é honroso; ... uma demasiada severidade seria
prejudicial à Igreja; ... já é muito que proibais o casamento ... não queirais agora também, impor aos já
casados, o abandono
de suas esposas."
-
Em  406 apareceram as obras de um padre de grande erudição chamado Vigilâncio. Ele condenava os
abusos introduzidos no cristianismo - o celibato, o culto das relíquias e a queima de círios em honra
dos santos.
Mas deste século em diante, cada vez mais, as vozes que proclamavam justiça e verdade eram menos
ouvidas. A mentira e a malignidade passaram a triunfar aceleradamente em direção à Idade Negra.
( A profecia do apóstolo Barnabé, começava seu cumprimento inexorável).
-
Celestino I foi o quadragésimo quinto papa, governou a Igreja de 424 a 432. Numa carta notável,
condenou os bispos que usavam um cinto e um manto sobre seus trajes seculares, a fim de se
distinguirem dos demais fiéis ( e de todos os demais homens)
-
"porque os padres só se deviam distinguir do povo pela doutrina e pureza de costumes, e não pelo
hábito."
-
Henrique, não preciso dizer o que prevaleceu, pois nada que fosse justo poderia vingar dai em
diante ... e até hoje a prova está diante dos nossos olhos. Um simples manto e um cinto, que já eram
condenáveis, foram transformados na parafernália com que você vê os cardeais e sumo-pontífices
atrelados ... Para receberem o reconhecimento e a honra dos homens, cometem essa abominação
diante de Deus!
-
Só quem não conhece as escrituras e a História, pode aplaudir essas blasfêmias.
Diante dessas coisas, a indignação e revolta dos mais espiritualizados e esclarecidos, começou a
multiplicar os "hereges", pois, os verdadeiros hereges passaram
a ser os justos !!!
.
Henrique, os católicos justos foram sufocados pelos católicos injustos, os quais, consolidaram sua
posição, e levaram a Igreja Católica para o abismo, de acordo com as profecias. Todas as injustiças
que prevaleceram estão hoje em vigor
(pelo menos a maioria delas).
-
A aparência de religiosidade impressiona aos incautos, por seus aparatos. Mas ela está reprovada por
Deus em gênero, número e grau. A justiça e dignidade de Deus não se coadunam com uma Igreja,
cuja injustiça prevaleceu sobre os justos que nela estavam; que os mandou para a tortura e para a
fogueira, aos milhares, às centenas de milhares. Nossa memória é muito vaga e curta, mas diante de
Deus tudo isso está permanentemente presente - Ele anuncia que grande será a qqqueda de todas as
Igrejas que mataram os santos e se embebedaram com o seu sangue.
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Saia dela Henrique ... enquanto Deus ainda nos dá tempo!
-
O papa Leão I foi o quadragésimo sétimo. Governou de 440 a 461, foi quem inaugurou a tortura e
violência para corrigir os hereges. Glorificava-se de ter ordenado o suplício pavoroso de Prisciliano,
por ele advogar uma crença parecida à dos agnósticos. Pediu a Máximo autorização para matar os
hereges em todas as províncias do império.
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O século VI deu início à tirania do clero, pelo apoio que conseguiu de tiranos seculares, reis, príncipes
e imperadores, com os quais jogava  com ardis, adulações e traições. Assim, os papas conseguiram
manter os reinos lutando uns contra os outros para tirarem proveito da miséria dos seus povos.
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O século VIII foi marcado por incontáveis lutas e derramamento de sangue, torturas pavorosas pela
questão da adoração de imagens. Nessa terrível confusão, entraram reis, imperadores, príncipes e
todo o clero. O rei Carlos Magno era contra a adoração de imagens. Mas, o destino da justiça já
estava selado para a morte.
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Acabou vencendo a sofismaria, a mentira, o erro, a idolatria (mascarada de não ser, na falácia dos
adeptos das imagens) ... e a vitória do mal chegou aos nossos dias ao preço do suplício e morte
ignominiosa de milhares de pessoas boas do próprio catolicismo. Elas morreram para que o
cristianismo não fosse vitimado por aqueles males ... e hoje os católicos se comovem diante de
imagens, praticando os erros que eles combateram até a morte, para evitar que manchassem o
cristianismo!
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A PAPISA JOANA
O século IX foi marcado por um fato incrível. Uma mulher enganou a todos e foi consagrada papa.
Seu reinado durou uns dois anos, de 853 a 855. Seu sexo só foi descoberto porque ela ficou grávida de
um amante secreto (provavelmente um dos seus camareiros) e teve a infelicidade de sentir as dores do
parto quando se encaminhava à cavalo para a catedral de São João de Latrão.
Ela caiu do cavalo e a verdade foi percebida de imediato pelos cardeais, os quais a cercaram para não
ser vista pelo povo. Ali mesmo ela morreu e a criança foi morta pelos clérigos.
-
Esses são fatos históricos que alguns católicos tentam negar desde então. Dizem eles que Deus não
poderia permitir que uma mulher impudica ocupasse o trono de São Pedro. No entanto, a história
demonstra que ela como "papa", foi infinitamente mais justa e sábia do que a esmagadora maioria
dos papas celerados que ocuparam o trono (que jamais foi de São Pedro - Ele preferiu ser crucificado
de cabeça para baixo do que sentar-se num trono à imitação dos reis seculares).
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É absolutamente necessário negar a história da papisa Joana. Porque ela destrói por completo a
doutrina da infalibilidade dos papas e da pretensa inspiração do Espírito Santo aos componentes do
conclave de cardeais que elegem o papa.
A saga de Joana papisa é mais uma evidência histórica  entre as centenas de demonstrações de que a
Igreja fundada por Cristo seria retirada da terra.
-
A CADEIRA FURADA
Acontece que, quando mais tarde os cardeais e os papas tentaram pôr em descrédito a realidade da
papisa Joana, colidiram com uma decisão tomada por eles mesmos, imediatamente conseqüente
daquele tremendo engodo que a Igreja sofrera.
Para evitar que fato semelhante viesse novamente ocorrer, a cúria romana estabeleceu uma prova que
veio a ser conhecida como a da "cadeira furada":
- Todos os papas eleitos nos conclaves deveriam passar por essa prova final antes de serem
proclamados papas. Eles deveriam sentar na cadeira furada de modo a que a genitália ficasse ao
alcance, por baixo, da mão de um clérigo designado para dar testemunho da prova de virilidade do
novo papa!
-
Se isso não era uma admissão clara de que o Espírito Santo nada tinha a ver com as eleições dos
papas, e que os membros do conclave confiavam mais na cadeira furada para salvá-los daquele
engano, então, a heresia é de Lachatre e de Amoramon -
-
Nesse caso esses dois é que deveriam ser mandados ao inferno.
Essa prova da cadeira furada só foi descontinuada depois que sucedeu outro fato também
desconsertante. Um clérigo designado para fazer a prova de toque na genitália do último candidato a
papa que sentou numa dessas cadeiras, antes de fazer o toque, olhou no que iria tocar. Aquilo que viu
apavorou-o de tal modo que fugiu correndo para não ter que tocar as úlceras purulentas - o
testemunho dos desregramentos sexuais daquele homem que iria dirigir os destinos da Igreja!!!
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Aquele que havia sido escolhido no conclave por inspiração - não do Espírito Santo, mmmmas do
espírito do diabo.
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As guerras por causa da adoração de imagens cobriram todo o oitavo século, e marcaram a passagem
de nove papas - de Gregório II, o nonagésimo primeiro, até Adriano I, o nonagésimo nono.
-
Num concílio, os adoradores de imagens eram anatematizados, no outro o culto idólatra era
restabelecido. Alguns reis e potentados apoiavam hora um hora outro concílio; os infelizes súditos
passavam de fiéis a hereges e vice versa, ao sabor das oscilações das vagas do "Espírito Santo" e da
infalibilidade papal, que levam os povos a se aniquilarem mutuamente "Em nome de Cristo" !!!
-
Como exemplo, eis um extrato dos bárbaros argumentos usados pelo papa
Gregório II em favor do culto às imagens:
Carta por ele enviada ao Imperador Leão III:
-
"Até os últimos anos do pontificado de Gregório II, nada fizestes contra o culto das imagens, e
agora ... chamais idólatras aos que as adoram! Mandais quebrar as estátuas dos santos e atirá-las
para fora da casa de Deus, e não receais o justo castigo de vossa conduta! ... Por que persistis no erro,
recusando seguir as santas tradições dos padres dos seis concílios? ...Que escuteis humildemente os
discursos cheios de bom senso que dirigimos ao vosso espírito simples e grosseiro".
"Não vedes pois, que toda a vossa guerra contra as imagens não passa de presunção, ignorância e
barbarie? Só vós tendes a culpa das desordens, sedições, assassinatos e guerras civis que têm desolado
a Itália".
"Não desvieis os simples da veneração que têm pelas representações das histórias santas ... a
credulidade dos povos é a vossa força, como também a nossa."
-
-Vê você Henrique, onde estava e está a força da Igreja Católica? Pode você imaginar o que
acontecerá quando a consciência dos simples for despertada para essas grandes verdades? - A Igreja
cairá, e grande ser&aacuute; a sua queda, diz o Senhor Jesus Cristo em revelações modernas.
Quanto a você, poderá derrubá-la hoje mesmo no seu coração, e então só haverá um lugar onde
encontrar abrigo e proteção do castigo que está prestes a ser
derramado sobre toda a terra.
-
Devo admitir que esta foi uma carta longa. Mas que não leva a você mais do que um centésimo de
tudo o que tenho lido e meditado sobre  todas essas coisas.
Considero que fiz por você um enorme esforço espiritual, mesmo assumindo o risco de que venha a
me odiar por isso.
Talvez você não venha a compreender que não luto contra nenhuma pessoa humana; em vez disso eu
luto por elas contra quem as escraviza pela mentira ... as potestades, os príncipes do mundo tenebroso
que se manifestam das regiões dos espíritos para dominar a mente  dos homens.
-
Como você deve entender bem,  não estou advogando como certo o procedimento do bispo Von
Helder da Igreja Universal. Embora tudo o que ele tenha dito seja verdade.
 O procedimento correto é divulgar a palavra, sem gestos teatrais ou de impacto emocional. A
verdade deve entrar no coração humano com suavidade... para que ele a absorva prazerosamente até
o seu total, sem o risco de destruir o vaso.
-
Continuo pronto a esclarecer qualquer ponto que tenha ficado obscuro.
Outubro 1995, seu amigo de sempre
-
CARTA 22
-
Prezado Nilson
Foi muito bom e instrutivo para mim você ter-me apresentado a mais esse demônio - O demônio que
domina os sabatistas; para que o Espírito que está em mim dê-lhe combate.
Sua poderosa sofismaria está contida no livro que me deu para analisar, "Valley of Decision", de
Leola Woodruff. Sendo a autora uma descendente do Presidente Willford Woodruff, é notável o fato
dela ter sido convertida ao sabatismo depois de ter sido nascida e criada na religião dos Santos dos
Últimos Dias.
-
 De acordo com o texto, Leola e seu jovem marido Carl, também mórmon, foram convertidos pela
pregação da sogra "Mamãe Woodruff", também criada no mormonismo e convertida ao sabatismo
havia dezenove anos. Os mestres visitantes e parentes não conseguiram demover Leola de sua nova fé,
e acabaram perdendo a batalha para o demônio que já havia dominado irremediavelmente as mentes
daqueles ex-mórmons.
-
Desde 1993 o livro escrito por Leola foi traduzido para o português e editados 5.000 exemplares na
primeira edição - Casa Publicadora Brasileira, Rodovia SP 127 - Km 106 CEP 18270-000 - Tatuí SP.
-
É um demônio poderoso, senti a sua pressão! Ele só pode ser vencido pelo testemunho do Espírito
Santo e o conhecimento abrangente das escrituras. Tão abrangente quanto o conhecimento que ele
tem; caso contrário, ele pode derrubar nossa fé, como está demonstrado pelo livro.
Até ouso conjeturar que se trate de um demônio feminino; nesse livro sua ação é mais conhecida
sobre as mulheres. A começar pela própria fundadora do sabatismo, a "profetisa" Hellen Gould
White, cujo nome contém o número da besta do Apocalipse, razão porque, talvez ela preferisse
assinar o nome de forma reduzida - Hellen G. White.
O cálculo do número é apresentado no livro de Sana-Kahn, "...Até 1954 e Depois ...", edição de 1934:
 E L L E N   G O V L D        W H I T E  (W= VV)
  50+50+      5+50+ 500+      5+5+1  =  666
-
É uma curiosidade que decidi incluir como abertura desta carta a você caro Nilson.
-
O fato é que o livro de Leola é uma excelente demonstração de que as tradições religiosas
comunicadas por nossos pais, mesmo que elas sejam as mais corretas de todas, não são o bastante
para evitar que sejamos eventualmente superados pelo poder da sofismaria satânica, na sua grande
capacidade de manipular as escrituras.
-
A lei é: Conquiste o seu testemunho individual do Espírito Santo e permaneça ligado a ele, ou o perigo
de morte espiritual sempre o estará ameaçando de perto.
-
Aqueles mórmons que foram superados e passaram a adventistas do sétimo dia, nunca desenvolveram
esse testemunho do Espírito. Viveram de suas próprias racionalizações, até que encontraram pela
frente uma doutrina de maior racionalismo ... e se deixaram superar.
-
Quem fundamentar sua vida espiritual em racionalismo apenas, correrá o grande risco de vacilar nas
suas convicções e cair. O Plano de Deus não é fundamentar nossa fé de outra maneira que não seja no
testemunho do Espírito Santo.
Quem começa a duvidar, no seu racionalismo, do chamado de um autêntico profeta,
é porque jamais o conheceu pelo testemunho do Alto, e sua fé na obra não passa de crença nas
tradições recebidas.
-
Quando um membro é envolvido por esse tipo de erro, os mestres familiares não se devem deixar
envolver pela tentação de entrar no terreno da racionalização.
Usem o seu testemunho e apelem à pessoa para que obtenha o seu. A menos que tenham
conhecimento das escrituras ao ponto de citá-las sem deixar terreno para serem superados. Se não
conseguirem contribuir com isso para que o oponente entre em reflexão, pelo menos saiam sabendo
que não foram superados pelo inimigo comum, deles e nosso.
-
De acordo com o texto de Leola, os mestres visitantes foram levados à irritação por várias vezes, e
perderam a batalha para a nova "luz" que ela recebera de sua sogra ... que a recebeu de Ellen G.
White...que a recebeu do inimigo em última instância.
-
Leola citou muitas e muitas escrituras bíblicas para provar aos mestres visitantes que o Livro de
Mórmon, Doutrina & Convênios e Pérola de Grande Valor estavam, em muitas escrituras, em
completo desacordo entre si e também com a Bíblia; que era impossível aceitá-los conjuntamente -
Era ficar com a Bíblia e rejeitar os outros ou ficar com eles e rejeitar a Bíblia. Ela optou pela Bíblia,
como sua sogra já fizera dezenove anos antes.
Curioso porém é que as escrituras mais evidentes que demonstram os erros do sabatismo, não foram
sequer tocadas, nem por Leola nem sua sogra ou mesmo pelos mestres familiares! Ou será que eles as
usaram, mas a autora do livro não as citou propositadamente?
-
Em Êxodo 12:16, lemos:  "No primeiro dia, assim como no sétimo, tereis uma santa assembléia.
Durante estes dias não se fará trabalho algum..."
-
Por que no primeiro e no sétimo? Por que não só no sétimo? Não era só no sétimo dia que seria
estabelecido o Sabat dos judeus? O que tem o primeiro dia da semana a ver com o sétimo para que
Deus haja recomendado uma santa assembléia e que não se fizesse trabalho algum, no primeiro dia
como no sétimo?
-
Em Oséias 2:13, lemos a resposta do porque dessa observância mosaica do primeiro e do sétimo dias
na festa dos pães ázimos:
-
"Porei fim a todos os seus divertimentos, suas festividades, suas luas novas, seus sábados,  e todas as
suas solenidades"
-
Se o Senhor do Sábado disse que poria fim aos sábados dos judeus e todas as suas solenidades, mas se
também  disse que o sábado seria um dia para ser observado perpetuamente, o que daí se conclui?
-
- É evidente que o sábado a ser observado perpetuamente significa algo diverso da palavra sábado ou
o sétimo dia; o qual (sabat), seria mudado para um outro dia da semana; ou isso ou o Senhor estaria
em contradição consigo mesmo!
-
E qual seria o dia mais apropriado para mudar, senão para o primeiro dia, o domingo, o dia em que o
Senhor libertou toda a humanidade da sepultura por sua ressurreição?
Isso também nos trouxe ao entendimento a razão porque, em Êxodo 12:16, o Senhor mandou os
israelitas terem uma santa assembléia solene no primeiro dia, assim como no sétimo, durante os quais
não se faria nenhum trabalho.
-
Na Bíblia grega original, Novo Testamento, após a ressurreição, o primeiro dia da semana é chamado
de Sábado oito vezes. Definitivamente significando o Sabat e não o sábado ou sétimo dia. Se a
tradução houvesse sido perfeita, essa impropriedade não apareceria. E o demônio sabático teria que
se concentrar em outros engodos.
Os santos reuniam-se para participar do sacramento no primeiro dia da semana, depois da
ressurreição de Jesus.
( Ver Uma Obra Maravilhosa e um Assombro, Cap. 22)
-
O esperto demônio do sabatismo, conseguiu incutir na mente dos sabatistas que a perpetuidade do
mandamento de adoração era para ser no sétimo dia, no sábado, de forma imutável. Enquanto para
quem tem o entendimento no Espírito, a perpetuidade era aplicada ao Sabat, o Dia do Senhor ou o
Dia de Adoração, fosse qual fosse o dia da semana que o Senhor designasse.
Assim, os sabatistas estão infelicitados, pois, foram colocados contra Cristo e seus apóstolos, ao
manterem o dia de adoração dos judeus que rejeitaram o Messias e sua ressurreição.
-
Esses argumentos não aparecem nenhuma vez no livro de Leola. Eles eliminariam de vez os
argumentos do demônio sabático; por isso, essas questões foram evitadas. Custo a acreditar que este
livro não tenha sido adaptado pelos sabatistas para não perderem seus salários.
-
Como vê Nilson, seria muito improvável que os mestres visitantes não houvessem apresentado esses
argumentos e escrituras desde o início dos debates, caso o relato do livro fosse completo e verdadeiro.
Ocasião em que a questão estaria encerrada com a vitória da verdade. Não haveria razão para o livro
de Leola.
-
Se o livro foi escrito dessa forma, é porque foi adaptado de modo a não tocar nessas questões
eliminatórias contra o sabatismo.
Se os sabatistas foram dominados diante de uma questão tão simples quanto esta, quão mais
dominados estarão diante das questões muito mais profundas do evangelho tocadas pelo Profeta
Joseph Smith e seus associados?
-
Aí mesmo é que o demônio sabático torceu suas mentes ao ponto de colocarem as escrituras bíblicas
em completa oposição às revelações recebidas pelo Profeta e os pronunciamentos de líderes da Igreja.
-
Realmente Nilson, a letra da Bíblia mata para a Vida Eterna, se não for entendida segundo o Espírito,
o Único que pode amarrar os demônios especializados para enganar os adeptos de cada uma das
falsas religiões do mundo.
-
Eu poderia rebater facilmente todos os falsos argumentos que superaram a fé daquelas mulheres, mas
depois do que acabei de demonstrar, creio não valer a pena; o demônio sabático já está amarrado
para todos os que lerem estas coisas e tiverem um mínimo de inteligência voltada para a Luz.
-
O livro de Leola  prova ser possível interpretar a Bíblia de modo completamente oposto à verdade. Se
uma pessoa se esforçar para fazê-la concordar com o Livro de Mórmon, conseguirá; se quiser fazê-la
discordar, também conseguirá...porque tanto o Espírito quanto o demônio ajudarão no seu propósito.

-
Leola , Mamãe Woodruff e Hellen G. White tiveram muito sucesso nessa infeliz na empreitad a que se
entregaram.
Será sempre uma questão de associar-se ao Espírito da Verdade ou a cair nas mãos de um demônio 
qualquer que ande pelo mundo realizando seu trabalho.
Isso, obrigatoriamente, exige revelação de Deus.
-
Agora Nilson, vou usar um pouco de racionalização no Espírito Santo. Vou começar perguntando aos
sabatistas duas perguntas opcionais, para as quais,  só há uma resposta coerente:
Qual das duas foi a maior realização de Deus?
- A libertação de alguns milhares de israelitas da servidão no Egito?
- A libertação de toda a humanidade da morte física pela ressurreição de Jesus?
- Foi a segunda! Não há outra resposta possível!
-
Ora, o Senhor mandou guardar o sétimo dia para manter na memória do povo israelita a libertação
do jugo sob os egípcios.
Quando Jesus ressuscitou, no primeiro dia, que dia deveria ser consagrado para os cristãos manterem
na memória? O sétimo ou o primeiro?
-
Se o dia simbólico memorial da primeira libertação já estava ocupado pelo sétimo; que dia o Senhor
designaria para manter na memória dos cristãos aquele ato libertador muito maior do que o
primeiro?
-
O sétimo diriam os tolos sabatistas!?
-
Seria uma grande "tolice" de Deus, manter o sétimo dia para memória da ressurreição. Não haveria
para isso outro dia mais apropriado do que o primeiro dia ... e Deus só faz coisas apropriadas e
inteligentes.
-
O dia simbólico a ser designado para manter na memória do povo os grandes atos de Deus, tem que
ter coerência com os fatos a que se refere.
Assim, o dia da libertação dos israelitas é uma coisa; o dia da libertação da morte é algo diverso e de
muito maior significado para toda a humanidade. Ele se superimpõe sobre aquele ato menor. A
comemoração e memória do cristão, passa a ser direcionada ao ato maior; o menor fica apenas
guardado em nossa lembrança,
sem mais necessidade de comemoração.
-
Não mais nos referimos ao Senhor como Aquele que tirou Israel do Egito, mas Aquele que livrou
Israel (todo o Seu povo) da morte.
-
Assim, Nilson, tanto pelas escrituras quanto pela razão, os cristãos que ainda insistem em guardar o
sétimo dia em vez do primeiro, estão nas garras do desconhecimento e da incoerência espirituais.
-
Tão incoerentes são eles, quanto seriam os judeus que decidissem guardar o primeiro dia para
comemorar a libertação do jugo egípcio.
-
Quando Leola chega a reconhecer que os apóstolos observavam o primeiro dia da semana, em vez do
sétimo, diz que o faziam por tradição!
-
Mas que tradição poderia ser essa se eles eram judeus e haviam observado o sétimo dia sob a lei de
Moisés? Uma modificação tão radical da noite para o dia, não poderia jamais ser classificada como
tradição.
-
Cristo veio, tanto  para cumprir a lei de Moisés quanto para dar-lhe por cumprida, após sua
ressurreição inaugurando a Nova Aliança.
-
Os mórmons jamais ensinaram que Cristo ao dar cumprimento à lei de Moisés, revogou os Dez
Mandamentos. Os Dez Mandamentos são da lei espiritual e não da lei dos mandamentos carnais
dados a Moisés.
-
Nilson, não quero ceder à tentação de ir a fundo em todas as incoerências escritas nesse livro de Leola
(Será que é dela mesma?). Hoje é o Dia do Senhor e eu não mereço esse castigo.
-
Por enquanto vou limitar esta carta a estas palavras, como já disse, não compensa perder mais tempo
com isso.
Outubro de 1995
-
CARTA 23
-
 Querida Ruth
Mais uma vez escrevo a você. E desta vez quero agradecer, muito mesmo, pela excelente questão que
levantou; e mais ainda pela franqueza de dizer que não estava satisfeita com a maneira pela qual a
respondi.
-
Isso fez-me ir muito mais a fundo na mente e na pesquisa, para organizar melhor uma resposta mais
convincente. Como já disse antes à você, O Espírito de Deus fala com mais poder à nossa mente,
quando pensamos nas coisas de Deus nas horas de vigília; a mim, especialmente pela madrugada.
Hoje Ele tirou-me da cama às 3:20, mas já lutava comigo desde às 3:00 da matina. Sabendo que  não
mais me deixaria dormir, antes que registrasse Sua fala ao meu coração, levantei-me para fazê-lo.
-
A dificuldade que existe em entregar luz adicional a quem tenta apreendê-la por aceitação
unicamente dos textos da Bíblia, reside nos  trechos lacunares e muitas vezes nas traduções menos
fiéis aos textos hebraicos e depois gregos.
Isso concorda plenamente com as palavras contidas no Eclesiástico (Prólogo), livro canônico para os
católicos, (embora considerado apócrifo pelos protestantes), quando dizem que as escrituras se
tornam muito diferentes e perdem sua força quando traduzidas do hebraico para outras línguas.
-
Se os protestantes teimam em não aceitar essa verdade, os católicos têm o dever de aceitar, pois ela é
declarada no próprio cânone reconhecido por eles.
Mas mesmo que alguns católicos relutem em aceitar esse fato, o Espírito vai demonstrá-lo agora:
-
Veja Ruth, você me trouxe o texto em Lucas 20: 27 - 36, em que alguns saduceus, que não criam na
ressurreição, e que viviam sob a lei de Moisés, apresentaram um caso hipotético e estudado, com a
intenção de confundir Jesus. A prova de que consideravam o caso sob a lei de Moisés e não sob a lei
do evangelho; ou seja,
sob a lei do sacerdócio Aarônico e não sob a do sacerdócio de Melquisedeque, foi que começaram suas
palavras dizendo: "Mestre, Moisés prescreveu-nos ... etc ...etc ... (ver o texto na Bíblia que você usa
comumente).
-
Ora , ao  consultar nas várias versões da Bíblia que tenho ao meu alcance, li no rodapé da versão
católica dos Montes Beneditinos de Maredsous, Bélgica, o comentário sobre o exemplo engendrado
pelos saduceus: * 20: 33 - Situação paradoxal: poder-se-ia concluir dai que a ressurreição é
impossível.
Isso demonstra o entendimento católico de que a pergunta dos saduceus e a resposta de Jesus nessas
escrituras, referem-se à ressurreição e não aos casamentos na situação paradoxal criada.
-
Mas, tive a felicidade de encontrar outras versões modernas da Bíblia, como a tradução da versão
inglesa de 1961, mediante consulta ao texto antigo hebraico, aramaico e grego, editada em português
em 1967; e A Bíblia de Jerusalém, em que eruditos seculares, conhecedores profundos desses idiomas,
examinaram e concordaram com os textos traduzidos do hebraico e do grego por seus pares católicos.
-
Examinando primeiro a nossa tradução da versão inglesa de 1961:
-
Lá está escrito, no correspondente ao versículo 34 nas Bíblias comuns:
"Os filhos desse sistema de coisas, casam-se  e são dados em casamento, mas os que têm sido contados
dignos de ganhar aquele sistema de coisas...
( e na letra da nota e, no rodapé da Bíblia de Jerusalém, referindo-se a esse mesmo versículo 34, é
inferido que essa expressão é um semitismo - um modo dos semitas expressarem sua idéia)
 ...e a ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem são dados em casamento.
-
..." E na Bíblia de Jerusalém:  "... Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são
filhos de Deus, por serem filhos da ressurreição.
(da primeira ressurreição).
-
Agora Ruth, vou mostrar a você o ponto crucial do erro dos tradutores que não conhecem em
profundidade o Plano de Salvação. Para se livrarem do "semitismo" eles construíram sua tradução
na forma das línguas modernas. Com isso confirmaram em gênero, número e grau as palavras
contidas no prólogo do Livro do Eclesiástico. Palavras que também nos demonstram uma das fortes
razões pelas quais os protestantes, em especial os evangélicos, não podem aceitar esse livro como
inspirado por Deus.
Se o fizessem, como poderiam manter o seu zelo sem discernimento pelo texto bíblico; como
reconhecer que embora não haja erros nos textos hebraicos, os há nos textos traduzidos, que
chegaram a nós?
Lembre-se que os textos do evangelho de Jesus, foram inicialmente escritos em aramaico, um idioma
próximo ao hebraico e que foi usado por Jesus na sua pregação.
-
Os eruditos seculares e religiosos, ao passarem os textos considerados para suas línguas, concordaram
entre si e retiraram aquele "semitismo"( "os filhos desse sistema de coisas" e substituiram por "os
filhos deste mundo") com isso, transformaram e transtornaram nosso entendimento do que Jesus
disse aos incrédulos da ressurreição.
A nova e errada construção, no latinismo ou no anglicanismo, nos trouxe a idéia de que Jesus,
naquela ocasião, referiu-se a todos os homens , em todos os tempos, tanto os que vivessem sob a lei de
Moisés quanto os que viessem a viver sob as leis do evangelho; tanto os que vivessem sob a égide do
sacerdócio Aarônico, quanto os que vivessem sob o sacerdócio Maior ou de Melquisedeque.
-
Ora Ruth, os textos combinados dessas duas versões da Bíblia,  demonstram a você e a todos os
homens que Jesus referiu-se exclusivamente às pessoas ali especificadas e que viviam "aquele sistema
de coisas".
-
Ensinei à você a verdadeira palavra proferida por Jesus aos saduceus:
-
Para aqueles que estavam sob a lei de Moisés, que tinham passado pelo batismo dos judeus, mas não
ainda pelo batismo de João; embora eles pudessem ser  tidos como justos, dentro daquele sistema de
coisas ( o sistema limitado pelo poder da lei de Moisés), não poderiam ter seu casamento reconhecido
por Deus na eternidade; nem aqueles sete, especificamente, nem a mulher; portanto, eles seriam feitos
como os anjos de Deus.
Por que você pensa que os judeus referiam-se ao batismo de João discriminativamente?
Era porque eles mesmos já praticavam um batismo sob a lei de Moisés. Mas o de João era o de
abertura para uma lei maior e melhor. Se o batismo dos judeus podia abrir-lhes as portas para se
tornarem anjos de Deus, de que serviria à humanidade uma lei superior, se não fosse para levar os
homens a uma posição ainda
mais excelente?
-
Como  vês Ruth, foi muito bom teres trazido a mim essa questão; com isso, tive a oportunidade de
encontrar com muito mais poder e clareza, a explicação do que há muito já sei pelas revelações do
nosso Doutrina & Convênios e Pérola de Grande Valor. Eles dizem de maneira direta, clara e pura,
aquilo que não mais podemos apreender diretamente da Bíblia, devido à todas as circunstâncias
acima expostas.
-
A culpa dessa dificuldade não é da Bíblia em si na língua mãe, o hebraico, mas das  inúmeras versões
e traduções nas outras línguas da terra; as quais, têm ao longo dos séculos corrompido o poder e a
clareza das suas idéias expressas em hebraico.
-
O conhecimento puro do Plano de Salvação foi gradualmente sendo perdido pela humanidade; os seus
eruditos tornaram-se incapazes de captar o Espírito das expressões semitas, e nos deram como
herança uma Bíblia com lacunas
(admitidos em notas dela própria), cancelamentos, traduções inacuradas e textos que nos levam a
receber algumas de suas mensagens, até mesmo de forma oposta à mensagem dada na língua mãe.
-
Com essa oportunidade você me deu o ensejo de demonstrar a necessidade da restauração de todas as
coisas, antes da volta de Jesus Cristo (ver atos 3: 19-23);
a necessidade do chamado de um novo profeta e, em conseqüência, do envio de anjos da restauração;
da premência do envio das escrituras na sua pureza original, quer em espécie (o Livro de Mórmon e o
Livro de Abraão) quer por inspiração aos profetas dos nossos dias. E que como foi no passado, está
sendo no presente, nos demonstrando a grande verdade de que Deus é sempre o mesmo; que está vivo
e que não emudeceu para nós, como os tolos ensinam.
-
Quando Ele uniu o primeiro casal, o fez ainda na imortalidade e vida semelhante à vida eterna, pois
ambos estavam nos seus corpos e na Sua presença. Com isso, demonstrou ser Sua intenção perpetuar
para sempre os laços entre o marido e a esposa, não somente até que a morte os separe; não para que
eles ressuscitem e permaneçam separados e solteiros por toda a eternidade, como serão aqueles que
somente obtiverem as condições para serem anjos na Glória Celestial.
-
Pela lei de Moisés, no máximo seria obtida a condição dos anjos; mas pela lei do evangelho, é possível
ao homem obter a condição do Pai e do Filho, pela Expiação de Cristo e a plenitude do poder e glória
do Espírito Santo.
-
Todas essas coisas foram necessárias, para que o homem volte a ter o verdadeiro entendimento de
Deus e de Seu Plano de Salvação; para poder habilitar-se às suas melhores bênçãos, no tempo e na
eternidade.
-
Ruth, Deus levantou o profeta Joseph Smith e trouxe o Livro de Mórmon, para chamar os tradutores
e a todos nós, suas vítimas, ao conhecimento puro, ao arrependimento e à salvação esplêndida na
presença de Deus.
-
São agora 5:30 da madrugada. Você me deu muito trabalho no Espírito e eu mereço dormir mais um
pouco.
-
   18 de novembro de 1995. Até breve.
-
CARTA 24
-
Prezado Beto
Vamos direto ao assunto. Você me fez perguntas claras e diretas no último encontro que tivemos.
Quero que saibas não ter sido a primeira vez que elas me são dirigidas; muitas vezes não são feitas
exatamente como as formulaste, mas no escopo final conduzem às mesmas respostas que tenho
comumente dado a muitos amigos e conhecidos. Para não ter que repetir muitas vezes as mesmas
coisas, resolvi encaminhar em anexo a carta escrita à minha amiga Ruth.
-
Peço que a leias cuidadosamente, pois isso vai ajudar muito na compreensão das minhas respostas a
ti. Para começar, vou dar uma organização às perguntas que me fizeste, enumerando-as:
-
1- Como vocês mórmons podem sustentar a doutrina dos casamentos para a eternidade, diante das
escrituras em Lucas: 20: 34 - 36?
2- Fundamentando-se nessas escrituras e mais em 1 Coríntios 7: 32 -33, o papa João Paulo II
demonstrou que a virgindade e o celibato são espiritualmente melhores e mais dignos diante de Deus
do que o casamento.
Seus argumentos são muito fortes. Como os mórmons se podem suster diante disso e, ainda mais,
quando afirmam que o casamento é para ser eterno e a multiplicidade de esposas é uma lei celestial?
-
3- Como vocês se podem declarar cristãos com essa doutrina tão estranha às escrituras, tão
discordante do entendimento das demais igrejas cristãs em pontos como esses, isto é, quando todas
elas concordam, pelas escrituras, que o casamento termina com a morte e que os homens justos serão
anjos de Deus, separados e solteiros para toda a eternidade?
-
Ao terminares de ler a carta que enviei à Ruth, poderás concluir quem está certo ou errado no sentido
absoluto da questão. Digo absoluto, porque, no sentido relativo, o papa parece estar certo quando
declara seu entendimento dessas coisas da maneira com que se expressou na página 13 de O Globo, de
25 de junho de 1982 :
-
"... os sexos permanecerão caracterizados no outro mundo, mas não haverá procriação; os sexos
encontrarão suas realizações superiores de uma outra maneira desconhecida para o homem".
-
Acontece, caro Beto, que provamos insofismavelmente, usando a própria literatura editada pelas
organizações de cunho católico, como as edições Paulinas ( A Bíblia de Jerusalém), que os dois
versículos da escritura em Lucas 20: 34 - 36 foram adulterados na tradução.
-
Em conseqüência, todas as igrejas devem reformular seu entendimento deles; devem compreender
que o estado angélico não é o limite do homem; que o estado do seu Deus é que deve ser o novo
"limite" no entendimento do cristão que cumpre toda a justiça do evangelho. E Deus tem Sua esposa,
nossos espíritos não nasceram de uma proveta, mas sim de um Pai e de uma Mãe divinos.
"Sois deuses; sois todos filhos do Altíssimo..."
-
Beto, se o papa está errado em doutrina tão séria e importante, quanto mais errado estará em tantas
outras coisas!
-
Não importa que ele possa estar certo em alguns pontos teológicos do evangelho; o que
verdadeiramente conta, considerando sua condição de chefe espiritual de uma Igreja que se diz a
continuação da Igreja fundada por Jesus Cristo, é que não poderia pregar falsas doutrinas.
Quer por não ter uma correta compreensão das escrituras quer por falta de revelação contínua de
Deus, para iluminar o seu entendimento.
De fato é verdade que os mórmons ensinam a eternidade do relacionamento conjugal dos casais que
serão feitos como Deus é na eternidade.
Foi desde a eternidade que Deus disse e está registrado na Gênesis : "Façamos o homem à nossa
imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem ... Deus criou o homem à Sua imagem, à
imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou". (Gen 1: 26-27).
E o apóstolo Paulo também ensinou:
-
"O homem não é (completo) sem a mulher; nem a mulher é completa sem o homem diante de Deus".
-
Beto, todas essas escrituras devem concordar entre si, uma não é independente da outra; para haver
coerência entre elas, é necessário que a doutrina extraída do conjunto seja verdadeira. Ou isso ou a
desarmonia entre elas e a interpretação doutrinária  será tornada patente.
-
Quando Deus declarou que faria o homem à sua imagem e semelhança, e quando esclareceu que os
faria homem e mulher; quando o apóstolo Paulo declarou a doutrina de que o homem não é completo
sem a mulher, é porque Deus também não seria completo sem a Mulher.
-
Sem essa coerência na doutrina, não há semelhança entre Deus e o homem; sem que a imagem de
Adão e Eva tenham sido como a imagem de Deus (Deus Homem e sua Mulher) não há verdade na
palavra revelada, sem verdade não há Deus.
-
Quando Pedro foi investido do poder de ligar e de desligar na terra, e a promessa de Deus de que
esses atos seriam reconhecidos nos céus, é porque Ele tinha a intenção de estabelecer laços aqui que
perdurassem na eternidade.
Tanto quanto tinha a intenção de cortar esses laços aqui mesmo, quando a iniqüidade prevalecesse.
Não haveria coerência em Deus ter dado esse poder a Pedro
(As chaves do Reino) se essas ordenanças não tivessem o correspondente valor e reconhecimento pelas
leis celestiais.
-
Além de todo o exposto, ainda vou convidar você a meditar sobre  as palavras da escritura em Isaías
4: 1-3:
"E naquele dia, sete mulheres se achegarão a um homem e lhe dirão: Comeremos do nosso pão e nos
vestiremos às nossas custas, contanto que nos seja permitido usar o teu nome. Livra-nos de nossa
humilhação"... "Então, o resto de Sião e o remanescente de Jerusalém serão chamados santos, a saber o
que está inscrito para a vida em Jerusalém".
-
Ao ser inaugurado esse período, já no Milênio da Paz; quando a morte não mais separará os casais,
quer física quer espiritualmente, devido ao poder selador aplicado às uniões e ao fato de não mais
haver a morte física, é evidente que os santos estarão selados às suas esposas, quantas elas forem ...
Tem mais um pouco caro Beto:
Se aqueles versículos aos quais você se referiu em Lucas 20:34 -36 houvessem sido traduzidos
corretamente, então eles nos teriam trazido ao entendimento o que segue:
-
Vou usar a combinação dos textos contidos na tradução da versão inglesa de 1961,
o texto correspondente na Bíblia de Jerusalém e os textos comumente encontrados nas traduções de
Ferreira de Almeida, para transmitir a idéia correta das palavras de Jesus aos saduceus.
-
"Os filhos deste mundo que pertencem a este sistema de coisas (concernentes à lei dada a Moisés),
casam-se (eles) e (elas) dão-se em casamento; mas os que (entre eles) têm sido contados  dignos de
ganharem, (naquele sistema de coisas da lei dada a Moisés), a (primeira) ressurreição dentre os
mortos, nem eles se casam, nem elas se dão em casamento; pois não mais podem morrer : são (feitos)
semelhantes aos anjos e são (tornados) filhos de Deus, sendo filhos da (primeira)  ressurreição".
-
Beto, os tolos dirão que Amoramon está incorrendo no pecado de modificar o texto das escrituras
para fazê-las harmonizar com os seus dogmas preferidos. No seu zelo sem discernimento pela Bíblia,
eles nem imaginam estar zelando, não por ela, mas sim, tanto por tudo quanto  nela é justo e
verdadeiro quanto pelos erros que os "doutos" sem o Espírito nela introduziram.
-
Pelas revelações modernas de Deus ao profeta Joseph Smith, é que Amoramon pautou seu
entendimento, para poder restaurar essas duas escrituras à sua pureza original. Deus é o meu juiz,
Ele sabe que ensinei corretamente e com o mäximo da clareza que  me concedeu.
Por agora vou terminando.
_______________

CARTA  25
Rio de Janeiro. 7 de maio de 1999

Prezado amigo Vahia

Levei quinze dias para passar em revista o livro que me pediu lesse e desse um parecer
sobre ele. Sem dúvida é obra de altíssimo nível no que diz respeito às ciências envolvidas
nesta assombrosa pesquisa descrita pelo Dr. Jeffrey Satinover no seu livro "A Verdade
por trás dos Códigos da Bíblia".
O autor, confessa  sua posição favorável na aceitação dos Códigos como verdadeiros, mas
só quando a pesquisa e as descobertas são feitas por processos científicos
reconhecidamente acurados e por cientistas de renome, os quais cita nominalmente e em
profusão no texto.
PRIMEIRA PARTE
Para iniciar, devo partir do pressuposto de que, nas condições acima, os Códigos são
verdadeiros, ou seja, que a Torah judaica não contém apenas um texto linear comum, mas
também possui um código embutido no seu texto. Um código tanto linear quanto em
profundidade e que pode ser discernido pelo emprego de estatística matemática. Caso
contrário, não haveria razão para eu escrever tudo o que segue.
Mas, antes de iniciar o meu texto propriamente dito, devo ainda esclarecer que não tenho
a tola pretensão de poder julgar os trabalhos e os métodos científicos de alta matemática
que esses luminares do assunto empregaram e continuam a desenvolver para pesquisar os
Códigos.
 Minha análise aqui, é quanto ao significado do fenômeno e das conseqüências das
descobertas para o homem do final deste século, sejam os Códigos verdadeiros ou um
simples delírio de imaginação dos homens de ciência modernos; delírio amplificado
geometricamente pelo poder crescente dos computadores.
Vou começar com uma pergunta capital:
 - O que é mais importante para nós, homens comuns; sabermos; que os Códigos ocultos
na Bíblia são verdadeiros ou saber que Deus chamou modernamente um profeta e lhe
revelou em linguagem literal e claramente a Sua vontade em relação a nós?
- Saber  que os Códigos são verdadeiros, cria em nós um assombro e perplexidade. Mas
não nos indica claramente uma direção a seguir.
Os Códigos acendem no homem um desejo de buscar a explicação para o assombroso
fenômeno, mas nada há neles que o oriente  para o encontro com Deus.
Saber que Deus enviou uma mensagem específica e orientadora ao homem; para que possa
sair do caos em que vive, na loucura da sociedade moderna, e preparando-o para ir ao Seu
encontro, é sem dúvida  muito mais importante.
A veracidade dos Códigos pode vir a ser provada cientificamente por concurso das mentes
proeminentes deste século, e elas acabem por conduzir, por sua influência, os homens
simples a acreditar neles (nos Códigos) por respeito à sua mundialmente reconhecida
autoridade.
Mas esses mesmos cientistas, não serão capazes de indicar um caminho seguro e infalível
para o homem chegar ao Autor dos Códigos. Eles são capazes de nos entregar um
estupendo conhecimento, mas nada podem dizer sobre o que fazer com ele.
O conhecimento sobre o profeta moderno, é impossível de ser verificado por lógica
científica ou estatística matemática, como a ciência pretende demonstrar a veracidade dos
Códigos. Mas os homens simples podem obter esse conhecimento seguro e muito mais
importante, pelo poder do Espírito de Deus.

Se os Códigos pudessem demonstrar ao povo judeu que Jesus é o Messias, de que isso lhes
serviria, se não lhes dissessem também o que fazer com esse conhecimento?
.
Mesmo que houvesse nesses Códigos  provas da existência de Deus que pudessem mudar a
mente dos ateus; de que lhes serviria esse conhecimento, essa mudança de mentes ... se eles
continuassem no escuro sem saber para onde ir?
 No entanto as revelações modernas dizem exatamente o que todos nós, gentios e judeus,
deveremos fazer.

Sem que o homem tenha a compreensão de que há necessidade de estabelecer uma


comunicação individual e efetiva com Deus, para alcançar o conhecimento verdadeiro das
coisas do alto, de nada lhe valerá vir a saber "cientificamente" que Deus existe e que
produziu Ele mesmo os Códigos da Bíblia. Esse conhecimento, por si só, não lhe trará ou
fará o bem necessário. Será um conhecimento verdadeiro mas inconseqüente, incompleto,
vazio, sem poder de transformação ou de religação com Deus.
A IDÉIA DE FÉ DESAPARECERÁ?
Tal conhecimento não será o fim da linha, nem eliminará a necessidade de continuar a
exercer fé. A fé continuará a ser o instrumento de poder espiritual fundamental para obter
os conhecimentos seguintes na saga do homem para o encontro com Deus - isso é para
responder aos que perrgguntam : - O que será da fé se a ciência provar através dos
Códigos que Deus existe?
Em prosseguimento, de nada valerá o homem dizer saber pela fé que Deus existe; pois isso,
embora seja necessário, não é o suficiente para trazer-lhe o conhecimento de Seu Plano e
Vontade em relação à ele e à geração na qual foi mandado viver os seus dias temporais.
Se comparada ao que pode trazer o Espírito de Deus ao homem que cultiva a fé que
agrada a Deus, a confirmação científica da veracidade dos Códigos, muito pouco trará à
humanidade dos nossos dias - tanto aos judeus, cristãos, quanto muçulmanos e etc. Pois
não os fará mudar de atitude entre eles mesmos; embora possa produzir algumas
mudanças dentro das suas denominações particulares - como veremos logo a seguir.
O poder do conhecimento eventualmente trazido pelos Códigos, jamais levará a
humanidade à fé naquele único caminho que pode levar a Deus. Pelo contrário, continuará
a alimentar a desunião e a guerra; porque a ciência, por si só, jamais teve poder para
trazer  paz ao mundo ... nem terá.

A paz é um atributo do Espírito de Deus, que só pode ser desfrutada em harmonia com um
povo que domine as ciências da terra, mas também  que aceite Suas operações (do
Espírito) - por intermédio do ministério de anjos, profetas, e um sacerdócio legalmente
constituído, chamado e exercido na terra em retidão. Deus está preparando um povo que
cumpra essas qualificações para o trabalho gigantesco de recuperação deste planeta tão
estragado pela loucura destas últimas gerações.
O que fará a comprovação da veracidade dos Códigos, especificamente para os judeus? -
Por acaso os mudará em cristãos?
O que fará aos cristãos? - Por acaso os mudará em judeus ortodoxos?

Até mesmo o conhecimento pela fé que têm os cristãos, de que Deus existe e que Jesus é o
Cristo, ficará nisso limitado; se  eles não derem dinamismo à  fé, em busca do acréscimo de
entendimento da Vontade de Deus em relação a cada um deles.
 Mesmo sendo uma conquista da fé, um conhecimento limitado, não será capaz de levar-
nos além dos seus próprios limites. Em outras palavras, a busca de Deus deve ser um
processo dinâmico, contínuo e vivo. Se pararmos não chegaremos lá.
De que servirá ao cristão dizer que têm fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo, se ao ver-se
de frente com as Suas revelações modernas, (entregues para livrá-lo de muitos erros
acumulados nas gerações); ele as rejeitar, julgando-as como esquisitices, estranhas e fora
do seu contexto religioso?
Nessas circunstâncias, até mesmo o conhecimento da fé se pode colocar na mesma
vacuidade do conhecimento dos Códigos, que por si sós não nos levam à meta estabelecida
por Deus para os homens - Desfrutar de Sua  Presença na Eternidade.

O conhecimento de que esses Códigos são reais não passará de um conhecimento morto,
inócuo, sem alcance espiritual além de um horizonte muito curto e limitado; se comparado
com tudo o mais que o homem tem que aprender e que praticar na sua saga para o
encontro com Deus. Aprendizado esse que só é possível pela fé dinâmica, conjugada à
revelação contínua de Deus ... as quais, levarão o homem passo a passo, preceito sobre
preceito ... até à claridade perfeita.

Caro amigo Vahia, por essas palavras parece até que estou contra os Códigos, mas não
estou! Apenas desejo colocar sua importância nas devidas proporções; nas perspectivas de
uma pessoa que passou pelas experiências espirituais que tenho passado nesta vida.
Enfim, o verdadeiramente importante é o que faremos depois de saber qual a vontade de
Deus em relação à cada um de nós.

SEGUNDA PARTE

Então, admitindo que os Códigos sejam verdadeiros; para que servirão? Que propósito
Deus teve ao incluí-los na Torah? Porque influenciou os cientistas (principalmente judeus)
desta geração e multiplicou o interesse deles pelo estudo da Torah?
Essas sim são as questões proeminentes que Amoramon se sente capaz de analisar e
responder a você caro amigo Vahia. Por sinal, quero desde já pedir sua permissão para
incluir mais  esta carta no meu livro que está em suas mãos "As Cartas de Amoramon".

Conforme analisamos exaustivamente na PRIMEIRA PARTE, os códigos, dependendo da


perspectiva em que forem colocados, se podem transformar num instrumento distrativo,
numa cortina de fumaça que pode encobrir o caminho da Vida, que o Filho de Deus foi
designado a trazer aos homens.
Se a fé cultivada pela cristandade houvesse sido a autêntica, não teria levado a
humanidade aos horrores da Idade Média, nem às duas Grandes Guerras, nem estaria
hoje conduzindo os povos para uma terceira Guerra Mundial. Se a fé cultivada pela
cristandade houvesse sido a verdadeira, não teria acontecido a enorme proliferação de
Igrejas.
.
Deus pode ter estabelecido o Seu sistema de Códigos na Torah como uma trombeta para
soar e reconquistar o interesse dos judeus cientistas dos nossos dias. Judeus esses que se
afastaram das sinagogas e do estudo da Torah. Por se terem enebriado com os
conhecimentos científicos do século, eles se poderão estar afastando da reunião profetizada
para os judeus nos últimos dias do sexto milênio e princípio do sétimo. O assombro das
descobertas dos Códigos os congregará novamente em torno da Torah e na Palestina, para
que as profecias da reunião sejam cumpridas.
 Assim, Amoramon vê o desenvolvimento da pesquisa e das descobertas "criptográficas"
dos Códigos, como um estratagema de Deus para fazer com que Suas profecias sejam
cumpridas. O fato disso estar acontecendo agora entre os cientistas judeus e por esse exato
motivo, levam  Amoramon a entender o propósito dos Códigos desta forma.
Mas não seria apenas este o propósito dos Códigos. No desenrolar dos textos do livro do
Dr. Satinover, vemos o enorme esforço intelectual que foi exigido dos cientistas nas
ciências da matemática estatistica, da criptologia, das probabilidades estatísticas e da
mecânica quântica, os quais os levaram ao entendimento  de que há um mistério profundo
na natureza fundamental da estatística em mecânica quântica : "... temos uma vontade
(através do poder do cérebro) que é capaz de determinar a ação dos átomos, o resto do
corpo age como seu amplificador." p.129
"A aparente não-predestinação da física é quase uma combinação de acasos" p.129.
DESTINO OU PREORDENAÇÃO?
O holocausto estava nos Códigos, portanto, ele teria que acontecer. Independente disso
não se tratou de destino, mas sim da presciência de Deus. Não de Sua Vontade, mas sim do
conhecimento que tem da natureza do homem, do poder do Adversário e das
circunstâncias da vida num mundo como a terra.
Hoje é sabido que as forças aliadas na Segunda Guerra Mundial, decifraram o código
criptográfico dos nazistas e sabiam desde muito antes sobre o trajeto ferroviário que
seguiriam os vagões da morte, para a terrível solução final arquitetada pelos nazistas. Mas
esse trajeto não conduzia a nenhum alvo de interesse estratégico. Portanto, se eles
destruíssem a linha férrea estariam declarando ter decifrado o Enigma dos nazistas. Na
matemática de perdas e ganhos eles concluíram ser melhor deixar morrer os judeus do
que eventualmente perder a guerra ou atrazar de muito a vitória final. Quando a
exterminação daqueles milhões de judeus estava codificada na Torah, estava dizendo que
esta seria a decisão dos homens e não a de Deus.
 Hoje no mundo há uma estrada de ferro espiritual, que semelhantemente está conduzindo
incontáveis milhões de pessoas para a morte espiritual. Mas, em nome da mesma sagrada
liberdade de escolha em que Deus fundamentou o Seu Plano de Progresso Eterno, e que O
conteve de intervir antes do Seu próprio e devido tempo para impedir o sacrifício dos
judeus; da mesma forma, Ele Se está contendo agora, para deixar que escolhamos a Vida
ou a morte do espírito.
 E o que vier a acontecer conosco, individualmente, não se tatará de destino, mas  porque
assim  escolhemos ... o desejo de Deus é que todos nós escolhamos "o bem e a vida".

Dizem os pesquisadores que a criptografia encontrada na Torah, não contém mensagem


alguma. Uma vez que esses códigos não se traduzem em mensagens, quer de superfície ou
mais profundamente codificadas, o que eles significam então?
Só se pode pesquisar os códigos a partir de datas ou nomes conhecidos, isso torna
impossível desvendar o futuro através deles. Embora  muitos nomes e datas do futuro
estejam inseridos nos Códigos, pela própria natureza de sua preparação, eles só podem ser
comprovados como verdadeiros, depois que acontecem. Não é como a profecia, que nos diz
literalmente ou por símbolos interpretáveis, o que com toda certeza acontecerá no futuro.
Com isso, os Códigos se caracterizam como um testemunho de um poder superior que os
introduziu na Torah, eles são um testemunho do passado, como a profecia é um
testemunho do futuro.
Dessa forma, Deus emprega Seu método de dar validade à Sua  palavra: "Através de duas
ou três testemunhas toda a verdade será estabelecida".
Deus, dessa forma terá deixado esses dois testemunhos, os Códigos e as Profecias; e cercou
a veracidade de Sua Palavra da frente para trás e de trás para a frente, pois Seu caminho
é como um círculo eterno.
Assim, Amoramon entende que os códigos estão clamando ao mundo e principalmente aos
eruditos judeus afastados da Torah, que as escrituras são verdadeiras e fundamentais
para a vida de todo homem que pretender alcançar a meta suprema preordenada para sua
vinda e caminhada neste mundo.
Como já dissemos, encontrar nos Códigos os futuros eventos é impossível; nem seria
preciso, pois eles já estão literalmente descritos nas profecias.
Mas Deus guarda em Si mesmo o dia e a hora e nos dá apenas a indicação dos tempos e
seus sinais, num desafio para que nos esforcemos para entender o desenrolar do Seu
Plano.
Deus guarda em Si mesmo a decisão de quando será o dia e a hora para suceder os
grandes acontecimentos concernentes aos Seus julgamentos das humanidades, neste e em
outros mundos. Isso porque Ele pode abreviar ou retardar o dia e a hora, em função do
comportamento coletivo dos homens. Dessa forma, não há um destino fixo para as coisas
deste mundo nem de nenhum outro mundo. O que há é a presciência de Deus e a
preordenação dos espíritos que exercerão grandes influências no comportamento das
multidões. É dessa forma que Deus conduz Seu Plano e vai gradualmente sobrepujando os
atos das nações; para as coisas sucederem de acordo com Sua vontade ... mesmo que seja a
longo prazo no nosso julgamento, não no Dele, que nos administra da Eternidade onde não
existem curtos e longos prazos. Dessa forma, não será o arbítrio humano que conduzirá as
coisas de Deus para seu decurso final. Se assim fosse, Deus seria o conduzido e nós Seus
condutores. Não é a obra de Deus  que se frustra, mas a dos homens para eles próprios.
Continuando a admitir que Deus tenha colocado os Códigos na Bíblia:
Qual dificuldade para Ele seria inscrever usando Sua "criptografia" os nomes e datas de
nascimento e morte dos Seus filhos proeminentes que seriam enviados para moldar o
comportamento dos povos?
A Jesus Ele predeterminou o nome. O mesmo para João Batista, o qual colocou na
mortalidade seis meses antes de Jesus; mudou o nome de Abrão para Abraão, de Isac para
Isaac e de Jacó para Israel. Não vemos nenhum problema para acreditar que Deus tenha
colocado nos Códigos as datas e os nomes que quis.

AS LEIS DA MECÂNICA QUÂNTICA


Agora vamos considerar o texto que se inicia na página 252:
Este é o entendimento que formamos: As leis da mecânica quântica determinam um limite
fronteiriço em sua relação com a nossa mecânica clássica. Onde as leis dessa última
começam a perder a rigidez física e passam a dar a vez para as manifestações mais livres
dos "acasos" no entrelaçamento com as leis universais que conhecemos.
A ciência começa a vislumbrar que deve haver algo muito maior além das leis que
conhecemos e que influencia o comportamento das leis no universo físico. Isso, já é fato
comprovado;  anuncia haver  uma aparência de indeterminação no absolutismo das leis da
física, que leva a ciência ao reconhecimento da existência do que aparenta ser uma
hipoteticamente especificada e plausível manifestação  de combinação de acasos.
A mecânica quântica tem levado os mais destacados cientistas no gênero, a  concluir que,
para haver coerência nas observações,  experimentos e conclusões da estatística
matemática, na medição dos fenômenos observados em mecânica quântica, tem que haver
algo acima das leis clássicas da mecânica comum ou física - tem que haver um outro
universo de leis extra-físicas... pois onde há outras leis, forçosamente haverá outro
universo de manifestações. Amoramon assegura que esse novo universo que nos
interpenetra e envolve de todos os lados, é o mundo dos espíritos.
Já é compreendido pela ciência que as ondas ultra-micro-curtas cerebrais em
determinadas circunstâncias, têm poder para agir em interação com essas leis exteriores e
influenciar nossas leis comuns, ao ponto de inverter sua atuação - provocando os
fenômenos da levittttação, transportes e outros mais.
Dessa forma, seria "quânticamente" possível a comunicação entre as mentes temporais; e,
da mesma forma, em situações especiais, a comunicação da mente humana com a Mente
de Deus, a qual, se irradia por todo o universo a partir do Seu ponto de irradiação
universal, o Espírito de Deus.
Sem nada conhecer de mecânica quântica, os estudiosos judeus da Cabala, há milênios
fazem incursões nesse terreno extra físico, e obtêm resultados que estão acima das nossas
leis clássicas. Essas leis superiores podem ser empregadas por quem tenha recebido poder
para agir por meio delas, por julgamento e concessão de Quem as domina.  O  que ele fizer
nessas condições, parecerá um milagre  aos espectadores. E efetivamente será um milagre
para quem não imagina nem de perto o processo pelo qual essas "violações" das leis
comuns acontecem.

SERIA ISSO A MORTE DA FÉ?


 Pelo contrário, porque o conhecimento prático e o poder para realizar essas coisas, será  o
produto da comunhão com Aquele que domina e que criteriosamente concede o dom para
o homem realizar gradualmente esses prodígios, dom que  ninguém obtém a não ser pelo
poder da fé e a obediência estrita às leis superiores.

Para quem gosta de falar e pensar pretensiosa e pomposamente, essa seria a explicação
quântica do dom do Espírito Santo.

Se Amoramon estivesse fazendo esses paralelos e escrevendo essas coisas simplesmente


baseando-se em teorias da mecânica quântica; a qual, está ainda muito longe de ser uma
assunto dominado pela ciência humana, nenhum poder elas (as teorias) teriam para
convencer da verdade das metáforas. Embora Amoramon não conheça de forma absoluta
os paralelos quânticos daqui de baixo, ele sabe quando fala dos paralelos de cima; pois os
conhece por si mesmo. Só veio conhecê-los pelo poder da fé ... e só pode mantê-los pelo
poder da fé.
Quando nós obtivermos poder sobre essas coisas, diremos que será a morte da fé?
Não! Caro amigo Vahia, a fé não morre com o conhecimento verdadeiro, mas ela é
transferida para horizontes mais distantes.

Por falta da fé autêntica os judeus não reconheceram a Jesus Cristo como um Libertador 
ainda maior do que Moisés. Os gentios os acusam disso. No entanto, eles mesmos, os
gentios modernos, juntamente com os judeus de hoje, não reconhecem ao profeta desta
última dispensação do evangelho, tão grande quanto Moisés; que lhes foi enviado para
restaurar à terra a verdade perdida.
Moisés foi chamado por Jeová.  Joseph Smith foi chamado com duplo testemunho dos
Céus - por Deus, o Pai, e por Seu Filho Jesus Cristo, o qual não é outro senão o próprio
Jeová, que chamou Moisés.
Se os antigos judeus erraram, os gentios que hoje os acusam, estão errando duplamente.
A fé é um poder dinâmico e não estático. Portanto, ela deve ser desenvolvida
continuamente, por trabalho do evangelho, estudo, oração e jejum quando requerido.
Os judeus permitiram  aquela sua grande conquista - a fé em Moisés - tornar----se
estática; e criaram nela um limite que não os permitiu desenvolver poder para crer no
Messias que lhes foi enviado.
Essa fé estática os mantém esperando por Quem já deu início à Sua Vinda dupla -
primeiro para salvar espiritualmente a humanidade inteira; em seguida para julgar o
mundo e salvar aqueles que o esperam.
CONCLUSÃO

Ao chegarmos a este ponto dos comentários, caro Vahia, vamos considerar outros fatores
envolvidos, os quais julgamos importantes de analisar:
Mesmo que esses Códigos não sejam verdadeiros, eles terão contribuído para conduzir as
mentes proeminentes da ciência moderna à incursões que levaram a estatística matemática
e a mecânica quântica à todas essas novas conclusões acima descritas; conquistando
muitas consciências que já se haviam afastado da busca de Deus, empanturradas que
estavam em sua indigestão científica.

Mesmo que sejam falsos, os Códigos tiveram poder para impulsionar a ciência ao
progresso no entendimento de mais alguns passos dos mistérios  do universo e de suas leis -
físicas e extrafísicas.
A suspeita da possível veracidade desses Códigos, impulsionou a ciência em sua busca;
portanto eles foram úteis para a humanidade, de uma maneira ou de outra.
 Se o impulso para o erro foi produzido por inspiração do Grande Adversário de Deus
para distrair os homens de seu verdadeiro objetivo, Deus fez com que a força do engano
fosse dobrada a Seu favor, levando os pesquisadores a conclusões importantíssimas que já
comentamos anteriormente.

UMA CURIOSIDADE FINAL


A análise da disposição dos números primos de 1 a 160.000, (mantidos os espaços que
seriam ocupados pelos números pares) na espiral de Ulam; quando visualizados na tela de
um computador com os olhos semicerrados, permite divisar figuras geométricas que se
apresentam como que surgidas  daquele caos de pontos correspondentes às posições de
cada um dos números primos na dita espiral.
A razão do surgimento desses padrões geométricos dentro do caos de pontos, ninguém até
hoje conseguiu explicar.
É como que, semelhantemente, o caos primordial não fosse um caos absoluto; e que
entrelaçado com ele e agindo diretamente sobre suas partículas em estado caótico, o
Espírito de Deus lá estivesse, dando o testemunho de Sua presença.
 Como se fôra um sinete do Espírito, uma marca d’água,  um sinal de Deus no caos
primordial, para dizer à ciência humana:

EU SOU!
 

Um grande abraço do seu amigo Amoramon

P.S. - Resolvi abreviar a análise do livro e parar por aqui.


 
 
 

FIM DAS CARTAS DE AMORAMON


PRIMEIRA SÉRIE

POSFÁCIO

Esperamos que você tenha feito e continue a fazer bom proveito deste livro. Se não para convencer às
outras pessoas da veracidade de nossa doutrina, a d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, que sirva pelo menos para você se convencer de quão forte é a nossa posição como membros da
única Igreja verdadeira em toda a terra, diante das mentiras com que o adversário de Deus acorrenta
a mente dos homens.
Que nos apeguemos à liberdade que o Senhor nos oferece ... a única que nos fará verdadeiramente
livres e vitoriosos sobre todos os engodos satânicos, tanto os deste mundo quanto do mundo dos
espíritos.

AMORAMON
Revisão de 1999

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