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Contatos 01

Amoramon

ÍNDICE
PRIMEIRA PARTE
Introdução......................................................................................1
Um preâmbulo para o contato 1.........................................................2
A abertura do cientista ateu................................................................3
As palavras escolhidas por Deus.........................................................6
A fé não é subjetiva..........................................................................7
Espaço e tempo................................................................................8
Perguntas profundas, o estado caótico primordial.................................9
O universo respira?...........................................................................10
O fechamento do discurso do Dr. Amoramon......................................12
Um preâmbulo ao Contato 2..............................................................13
O que dizer a um rabino judeu?.........................................................14
O Contato 2 ....................................................................................15
Efetivamente Jesus é Jeová...............................................................16
O Shabat é um mandamento perpétuo................................................17
A missão dos servos e a missão do Servo...........................................18
O Contato 3 (A Testemunha de Jeová) .............................................19
A questão em Levítico 17: 11............................................................20
Deus, o Pai, Jeová e o Senhor...........................................................21
Sopro e espírito são coisas diversas....................................................22
A questão do sangue e da alma..........................................................23
Extratos do livro A verdade ao Alcance do Homem.............................24
:
A verdadeira mensagem em Eclesiastes..............................................25

SEGUNDA PARTE
Preparação para o contato com o kardecista ......................................26
O Contato 4 ....................................................................................51
Uma Manifestação Celestial ..............................................................64
Preparação para o contato com o presbiteriano ...................................72
Extratos do Discurso de Parley P. Pratt em Toronto ...........................75
O Contato 5 ....................................................................................80
O Contato 6 (O agnóstico) ................................................................93
A Matéria enviada pelo Dr. Amoramon ao agnóstico .........................102
O Contato 7 - Nota do elder Smith.. ................................................110
A Carta de um Dissidente ...............................................................111
A Resposta ................................................................................... 113
O Contato 8 (O padre católico)........................................................119
O Contato 9 (O livre-pensador)........................................................137

INTRODUÇÃO
Este trabalho é uma compilação de um livro de recordações organizado pelo
elder Smith durante a missão de tempo integral cumprida no Rio de Janeiro,
Brasil, entre os anos de 1989 e 1990.
Fizemos um extrato dos mais significativos CONTATOS, acontecidos nos três
últimos meses de sua missão, na Ala Jardim Botânico, rua Zara, 17, no bairro
do mesmo nome.
Uma interessante coincidência sucedeu nesses três meses - o companheiro do
elder Smith, filho de um fazendeiro em Oklahoma City, passou a ser o elder
José, também filho de fazendeiro do Pantanal de Mato Grosso.
Estava então formada a dupla José e Smith, coincidindo com o nome do
profeta Joseph Smith, e com o fato dele ter sido filho de um homem do campo
também.
Esses contatos foram todos produto de apresentação das pessoas aos
missionários, através de membros da ala.
Antes de cada contato, os missionários faziam uma pequena avaliação da
pessoa que iriam encontrar, de acordo com as impressões transmitidas pelos
seus apresentadores; conscientes de que o objetivo desse primeiro contato era
mais uma tomada de posição, do que o início das palestras propriamente ditas.
Ao descrevermos os diálogos, a não ser a conversa entre os missionários,
preferimos usar os nomes de cada crença ou filosofia, em lugar do nome
pessoal dos contatados; os élderes estão simplesmente denominados
:
missionários. Excepcionalmente usamos nomes, porém fictícios.
O elder Smith fez grande amizade com nosso irmão Xavier autor de vários
livros sobre a doutrina d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
A citar: os primeiro e segundo volumes de A Verdade ao Alcance do Homem
(AVAH), editados respectivamente em 1975 e 1983, e ultimamente uma
tradução adaptada do "The Day of Defense", editada em 1990.
Tendo ele lido os dois primeiros dos livros acima citados, achou por bem usar
algumas partes em cada primeiro contato, antes de iniciar as palestras
regulares.
Ao lermos o livro de recordações do elder Smith, achamos interessantes
abordagens das oposições levantadas pelos visitados. Pensamos que este
nosso trabalho irá trazer uma valiosa contribuição para o trabalho missionário,
dever individual de cada membro da Igreja.
Naturalmente, algumas pessoas gostariam de comunicar-se com os élderes
José e Smith, talvez para mais esclarecimentos sobre certos assuntos. Isso
não será difícil, pois eles deixaram nosso irmão Xavier como encarregado de
intermediar os CONTATOS. Basta escrever para : Rua Zara, 17, Jardim
Botânico, RJ, CEP 22460.
Outras pessoas poderão duvidar da existência real desses élderes. Mas
podemos garantir que eles são tão reais quanto é real nosso irmão Xavier, o
qual entrosa-se de corpo e espírito com eles, de forma integral. Quem vê a
este, vê aqueles.
O bom observador notará que até mesmo o estilo de linguagem e de
expressão dos élderes são idênticos aos do irmão Xavier. Isso é outra prova
de que os três falam através do mesmo Espírito e que, ao ouvi-los, é como se
estivéssemos ouvindo a mesma pessoa.
Como se dá com a Trindade Divina, que são três, mas falam por um só
Espírito.
A bem da verdade o autor não pode ser mais claro do que isso.
AMORAMON
______________
UM PREÂMBULO AO CONTATO 1
PREPAÇÃO PARA O CONTATO, COM O CIENTISTA ATEU. CONVERSA DOS
MISSIONÁRIOS
- De acordo com nosso irmão Dirceu, que nos apresentou ao Dr. Coutinho,
este primeiro encontro vai ser o de maior importância. É preciso quebrarmos o
gelo do Dr., um cientista ateu.
Veja, o Dr. Amoramon pretende usar como referência o livro de recordações
que você está fazendo, para publicar um livro sobre os mais importantes
:
CONTATOS registrados. Talvez ele aceite nosso convite para comparecer a
este nosso primeiro encontro com o Dr. Coutinho.
- Acho uma boa idéia, eles se entenderão muito bem. Sinto perfeitamente que
ele tem sérios preconceitos contra religiões de um modo geral. É preciso que
nos veja com outros olhos, antes de nos oferecermos para dar as nossas
palestras.
- É muito provável que ele leve a conversa para os temas desenvolvidos no
livro de que nos falou, ao sermos apresentados. Não estamos preparados para
abordar esses assuntos. Teremos mesmo que pedir auxílio a quem tenha
habilidade para transpor a barreira.
- Você sabe qual a técnica que o Dr. Amoramon desenvolveu para falar do
evangelho a pessoas como o Dr. Coutinho?
Veja só a subtilidade que ele aprendeu a usar: Em primeiro lugar, toma
conhecimento dos assuntos científicos que mais agradam a pessoa a quem vai
abordar; depois procura as partes que se harmonizem com as revelações de
Deus, antigas e modernas, especialmente com as contidas no livro Doutrina &
Convênios; então, durante a conversação, conduz o assunto de forma a poder
discorrer sobre aquelas partes concordantes; para poder colocar as
mensagens do evangelho em seguida. Sempre em ambiente de edificação e
evitando polêmicas. Quando a posição das pessoas tende a alguma
controvérsia, o Dr. Amoramon procura apresentar perguntas bem colocadas,
que dirijam os interlocutores a concluir por eles mesmos as respostas certas.
Quando a pessoa sente, então, que a conclusão foi sua, torna-se mais
acessível.

A ABERTURA DO CIENTISTA ATEU


DR. COUTINHQ (ATEU): Meus caros, desde que me tornei um cientista deixei
de crer na Bíblia como um livro revelado, em verdade eu tornei-me ateu para o
Deus da Bíblia. Agora, vêm vocês com uma outra Bíblia que chamam Livro de
Mórmon; com outra publicação que dizem ser inspirada: Doutrina & Convênios
e seu séquito de acompanhantes que chamam Pérola de Grande Valor.
Que benefício pode trazer a leitura desses livros aos cientistas como eu?
Estou convicto de que as religiões do mundo têm sido obscurantistas com
seus dogmas, um verdadeiro entrave ao progresso científico ao longo dos
séculos. Como livrar o seu mormonismo dessa mesma desonra?
MISSIONÁRIOS: Prezado Dr. Coutinho, o Sr. não deixa de ter certa razão ao
tomar essa posição. Mas, é possível ser um cientista de ponta na atualidade e
acreditar nas palavras dadas por Deus ao nosso profeta Joseph Smith, e no
seu caso, especialmente aquelas contidas no Livro Doutrina & Convênios.
:
Conhecíamos os argumentos que usaria aqui, pelos artigos jornalísticos que o
Sr. tem escrito, e pela admiração que tem expressado pelo livro de Stephen W.
Hawking, UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO, conforme declarou ao Dr.
Amoramon.
Reconhecendo nossa incapacidade para responder nos termos que gostaria
de ouvir, pedimos a ajuda do Dr. Amoramon. Como o Sr., ele também é um
cientista de renome no campo da física teórica. Ele é mórmon, e conhece
ambas as faces do problema, por isso, poderá falar-lhe de igual para igual.
AS PALAVRAS ESCOLHIDAS POR DEUS
DR. AMORAMON: Prezado colega, as coisas de Deus devem ser tratadas da
forma que Ele estabeleceu para relacionar-se com o homem. Quero dizer: as
palavras que ele escolheu para usar, não são as palavras científicas
inventadas em cada século, nem os conceitos teóricos das ciências humanas,
na sua gradual compreensão do universo - do macro e do micro.
As palavras que Deus mediu para entregar ao homem, devem atingir o
entendimento de todas as classes, desde às dos simples até às dos eruditos.
Quem conhece a totalidade das coisas como Deus conhece, pode usar
palavras que traduzam a síntese da verdade científica total, mas essas
palavras devem ser simples, para poderem ser dadas a todos os homens.
Então nosso entendimento ficará limitado à capacidade individual de
compreendê-las em profundidade.
Elas nos são transmitidas pelos profetas, os quais as recebem do Espírito, o
único que sonda a mente de Deus, vê e compreende o profundo dos Seus
mistérios e inteligência.
É por isso que as palavras de Deus, muitas vezes, tornam-se tão difíceis para
os cientistas compreendê-las e aceitá-las; pois elas devem ser discernidas
pela percepção do Espírito, operando em nós pelo nosso espírito, e não
apenas por concurso deste último, alienado daquele.
Essa integração é conseguida pela oração, ou seja, por uma atitude de oração,
diante Daquele que conhece todas as coisas. Isso eqüivale a dizer: aprender a
colocar a mente em atitude de busca na "freqüência" do Espírito, para poder
receber Dele.
Aí, então, é que o cientista poderá partir corretamente em sua busca - do
simples para o complexo; desde que o se mantenha no eixo da Verdade.
A busca da compreensão científica do universo teria um assombroso impulso;
as vacilações e descaminhos das falsas teorias seriam eliminadas,
simplesmente se o cientista obtivesse antes um testemunho da veracidade da
palavra que Deus põe à sua disposição em cada século; abandonando, em
suas buscas, aquilo que é declaradamente contra elas.
:
As escrituras nos trazem a síntese da ciência de Deus. Como toda ciência,
elas também devem ser discernidas pelo Espírito, da mesma forma acima
explicada. Caso isso não seja observado, a religião torna-se obscurantista da
ciência, como o Sr. pôs no seu discurso aos missionários.
DR. COUTINHO: Dr. Amoramon, confesso estar impressionado com sua
análise do problema das mentes científicas, como a minha.
Mas, o pomo da questão em sua exposição, continua no campo subjetivo da
fé. Quem não tem essa fé, simplesmente não se pode alinhar com a atitude
de oração que citou. As mentes científicas aprenderam a fundamentar-se no
objetivo, para colher frutos objetivos. O Sr, quer que eu torça minha mente
para o subjetivo, para obter ciência objetiva. As sementes de tomates não
podem produzir beterrabas, como o Sr. responderia a isso?
A FÉ NÃO É SUBJETIVA
DR. AMORAMON: A Fé só é subjetiva, quando não experimentamos com ela e
não constatamos os seus resultados objetivos, embora sutis, do seu exercício.
Da mesma forma que a ciência é objetiva, a religião deve ser e é uma coisa
prática, de resultados objetivos, tanto para bem quanto para mal. Dependendo
do ponto de partida, iniciou-se até mesmo de uma posição subjetiva.
Pode hoje haver coisa mais poderosamente objetiva do que o emprego da
energia atômica para o progresso científico em todos os campos?
No entanto a busca para dominar o átomo, partiu do subjetivo e da fé que os
cientistas tiveram de que chegariam a resultados objetivos.
A energia do Espírito é apenas mais outro campo para a pesquisa científica
humana, dentro das leis espirituais. Eu creio que aí estará nossa última
fronteira.
Quem pode cientificamente declarar não ter fé, se não a houver pesquisado no
profundo do ser? Quem terá autoridade para negar o resultado da busca
daqueles que se empenharam nela até encontrar a força dos seus resultados
objetivos? Quem pensava não tê-la mas a obteve, por esforço próprio, pode
compreender a posição do prezado colega; o Sr., porém, como poderia
compreender a dele, sem pesquisar e obter frutos de sua própria fé?
Sobre a ciência de obter, ou melhor, de constatar uma semente de fé e então
desenvolvê-la, eu não tenho melhor exemplo do que o discurso sobre a fé,
feito pelo profeta Alma no Livro de Mórmon, leremos o texto em Alma 32: 26-
43 (segue-se a leitura)
DR. COUTINHO: Devo admitir que é verdadeira sua argumentação, quando
diz não ser científico dizer-lhe que não tenho fé, sem tê-la buscado com
seriedade e empenho. Gostei da exposição do profeta Alma.
DR. AMORAMON: Estou feliz, porque percebo que o nível do nosso diálogo
:
está em ascensão e que grandes frutos sairão dele.
Agora gostaria de continuar a responder-lhe, dando alguns exemplos de quão
maior pode ser o significado das palavras simples dadas por Deus nas
escrituras antigas e modernas. Desejo esclarecer que escolhi alguns conceitos
e teorias do livro de sua atual preferência, já citado pelos missionários, o que
vou apresentar não é doutrina da nossa Igreja, é apenas um exercício
científico que gosto de fazer, para pôr em teste de veracidade quaisquer
teorias ou postulados científicos que apareçam.
O fiel da balança que emprego são as palavras simples dadas por Deus a
Joseph Smith; porque, por exercício da fé, obtive testemunho de sua
veracidade.
Vamos agora teorizar um pouco além das teorias de Hawking, observando
contudo que nossas incursões, não vão além do revelado nem contra ele:
ESPAÇO E TEMPO
O espaço e o tempo são inseparáveis. A luz é que limita as fronteiras do
Espaço-Tempo (E-T), na barreira de velocidade máxima que impõe à massa
dos corpos. A velocidade da luz solar do nosso E-T é de aproximadamente
300.000 quilômetros por segundo. O estado da matéria do nosso E-T é
limitado por essa velocidade. Sua massa tenderia ao infinito ao aproximar-se
dessa velocidade, sendo impossível continuar acelerando, porque a energia
necessária para isso, também seria infinita.
Somente seria possível, a um corpo com massa, ser levado a ultrapassar os
300.000 km/seg., se ele fosse antes transformado em energia, e, depois de
ultrapassada a barreira, houvesse um meio de reintegrar a massa sob as leis
de um novo E-T de luz, mais veloz do que a velocidade da luz solar. A
velocidade constante dos quanta da luz solar determina a freqüência. Quanto
menor o comprimento da onda, maior a freqüência.
O aparecimento e desaparecimento de seres celestiais ressuscitados, em seus
corpos de massa (porque são tangíveis), estão sempre associados com uma
manifestação de ultra-luz, de freqüência e brilho muito maiores que os da luz
solar. É evidente que não é o olho carnal que dá testemunho dessa ultra-luz,
pois ele não pode suportar nem mesmo a luz do corpo solar, quando olhado
diretamente.
É com os olhos do espírito que os profetas podem ver as coisas do E-T onde
residem os seres celestiais. As escrituras nos ensinam que eles vêm na sua
glória.
No meu entendimento, isso significa que eles vêm envoltos na ultra-luz do E-T.
NOTA INTRODUZIDA EM 9 DE SETEMBRO DE 2002:
Cerca de oito anos depois que este livro foi escrito, saíu o artigo desta nota.
:
Foi publicado por Eduardo Castor Borgonovi - Agência Estado de São Paulo.
Cientistas rompem a velocidade da luz
France Press / Nasa
Tempo e espaço - Se a luz viajar à frente do tempo, poderá transportar
informações e quebrará verdadeiros dogmas físicos. Embora os detalhes
exatos dessa descoberta estejam sendo mantidos em sigilo, o jornal londrino
Sunday Times conseguiu um furo de reportagem e divulgou alguma
informação na edição de domingo, dia 04/09/02.
O dr. Wang, um dos cientistas envolvidos disse: "Nosso pulso luminoso
realmente viaja mais rápido que a velocidade da luz. Espero que isso nos
proporcione um melhor entendimento da natureza da luz e como ela se
comporta."
As implicações dessas descobertas mudam totalmente nossa compreensão do
Universo e confundem nossa lógica, acostumada à realidade do mundo
tridimensional. Por exemplo: Um raio de luz emitido de um ponto qualquer,
chegará ao seu destino antes de ter iniciado sua viagem. Isso seria a
constatação prática de que o tempo não corre como uma flecha ou seja, de um
presente para um futuro, mas sim ele é circular e eterno.
Na Itália outro grupo de cientistas afirma ter conseguido propagar microondas
a uma velocidade 25% superior à da luz. Dizem eles que isso pode provar a
possibilidade teórica de transmitir informação mais rápido do que a luz. Esses
experimentos dos pesquisadores de Princeton são a mais recente constatação
de que o mundo físico não funciona de acordo com o que pensamos e
sentimos, nem com as convenções da física newtoniana. A ciência moderna
está começando a perceber que as partículas subatômicas existem
aparentemente em pelo menos dois lugares ao mesmo tempo.
Isso aproxima a ciência da possibilidade de explicar temas que até então
limitam-se à filosofia, ficção, religiões, viagens no tempo, telepatia, universos
paralelos, existência e imortalidade da alma e muitos outros. O que mais causa
espécie e incomoda a mente dos cientistas é que, se a luz realmente puder
viajar à frente do tempo, ela poderá transportar informação. Isso viria a quebrar
um dos pilares básicos da física cartesiana, a da causalidade : a causa sempre
tem de vir antes do efeito.
A própria Teoria da Relatividade de Einstein terá de ser revista - no conceito de
que a velocidade da luz é o limite do universo e não pode ser superada.

DR. COUTINHO: Suas idéias são surpreendentes para mim! Realmente, se eu


pudesse crer com a naturalidade que o caro colega parece crer em seres
ressuscitados, que vivem num E-T diverso do nosso; sobretudo, ainda, que
:
eles são tangíveis, possuidores de massa nos seus corpos, então, mais uma
vez, se eu pudesse crer nisso, posso dizer que aceitaria suas idéias como
bastante científicas e coerentes.
DR. AMORAMON: o Sr. pode observar no Novo Testamento, em Lucas 24:36-
39, o esforço que o Senhor Jesus Cristo fez para provar que seu corpo era
tangível após a ressurreição. É muito sintomática Sua declaração de que ainda
não havia sido glorificado, porque ainda não havia subido para seu Pai. Ele
ainda deveria permanecer nas cercanias do nosso E-T por cerca de quarenta
dias, para realizar trabalhos pré-planejados. Findo esse período, Ele foi visto
subir e desaparecer do nosso E-T, diante dos olhares extasiados de cerca de
quinhentas pessoas. Ele tinha então um corpo de massa espiritual não-
sanguínea, capaz de suportar o poder e a glória da luz que ilumina o E-T onde
habita nosso Deus e Pai. Isso para mim é real, embora estupendo e
maravilhoso! .
DR. COUTINHO: Na relatividade de Einstein, imaginou-se que o E-T começou
a partir de um evento comum, que denominamos modernamente na física
como singularidade, a teoria do Big Bang e do eventual Big Crunch. Uma
delas, atribuindo a origem comum do universo a partir de uma gigantesca
explosão, a outra, prevendo o seu colapso total, enrustindo-se num buraco
negro, onde toda matéria desapareceria, deixando apenas como vestígio, o
gigantesco efeito gravitacional da sua massa extinta.
No entanto, observo que, pelas suas palavras anteriores, o Sr. não está de
acordo com essas teorias,
não é verdade?
DR. AMORAMON: Vejo que o caro colega acompanhou muito bem minha
explanação. É verdade.
Aliás, gostaria de dizer mais um pouco sobre este particular assunto, vejamos:
O princípio da singularidade opõe-se ao princípio da incerteza, o qual alinha-se
melhor com um universo eterno, a partir de um estado caótico, tese que já
defendemos anteriormente.
Se o universo caótico primordial houvesse tido um começo, é certo também
que poderia ter um fim. Como não pode haver matéria que tenha sido trazida
do nada, e muito menos matéria que possa ser totalmente aniquilada a um
estado de não existência, em decorrência, é certo que o universo não teve
princípio e jamais terá fim.
Repetimos que a matéria caótica pode ser organizada e desorganizada um
número incontável de vezes. Isso é o que poderia ser tomado como princípio e
fim, nada mais além disso.
DR. COUTINHO: Gostaria de ouvir um pouco mais de suas idéias sobre os
:
vários E-T's de que falou e das analogias que faz com a teologia mórmon, para
compreender mais a fundo suas razões.
Há alguma escritura que possa ser relacionada com suas conjecturas?
DR. AMORAMON: Certamente que sim, prezado colega. Há muitas delas.
Aqui, porém, citarei apenas algumas poucas, mas na forma de paráfrases,
para tocar melhor o seu entendimento de minha posição. Os missionários
saberão muito bem de que estou falando quando ouvirem cada paráfrase.
Antes, porém, urge que lhe dê algumas breves explicações que se relacionam
à ciência e à teologia; para que possa acompanhar de perto minhas razões de
ver as coisas dessa maneira. Assim, saberá que não exerço uma fé cega e
desprovida de coerência.
Em Isaías 42:5 está dito que Deus criou os céus e os desdobrou. Significa isso
para mim, que Deus, além de criar os céus, colocou-os uns sobre os outros: o
céu dos mortais, o céu dos espíritos, o céu dos seres ressuscitados. Cada qual
com suas próprias leis e poderes.
Num ambiente exterior ao nosso, onde a velocidade de outra manifestação de
luz seja ainda maior do que os nossos 300.000 Km/seg., aí estará um novo E-
T, com governo sobre matéria mais sutil, fina ou pura, onde a massa dos
corpos "residentes" nessa nova luz, também estará limitada à respectiva
velocidade dessa luz refinada. O limite da velocidade da luz do ambiente é o
que formaria cada um dos vários E-T ou desdobramento dos vários céus
criados por Deus.
Ao ser demonstrado que haverá velocidades maiores do que os 300.000
Km/seg. para certas partículas, estaremos demonstrando que há E-T’s acima
do nosso.
O Espírito Santo é luz puríssima, e como tal, é constituído de "quantas"
espirituais que viajam a velocidades infinitamente maiores do que os nossos
quantas da luz solar.
Sem a completa transformação de nossa matéria corporal, para integração
com essa Luz puríssima, nem um corpo poderá chegar com a massa
apropriada ao E-T da presença de Deus. A ressurreição é para isso, para
chegarmos num corpo de massa ressuscitada, e não apenas em espírito -
aquilo que já éramos anteriormente.
É por essa causa científica que nossos olhos carnais não podem ver as coisas
do E-T onde Deus habita; só nossos olhos espirituais podem fazê-lo, quando
amplificados pela luz que habita e forma o E-T da Divindade. Os profetas dão
seu testemunho da intensidade dessa Luz Maior, que cega os olhos carnais.
Os espíritos, nas cercanias dimensionais do E-T da terra física mortal, vivem
no seu próprio E-T de luz mais veloz que a luz solar.
:
Cada E-T tem sua ciência e suas leis próprias, será um reino de leis com seu
próprio espaço, limites e condições.
Cada E-T é uma morada universal, ou um outro universo, que limita seus
próprios moradores, os quais, nos seus corpos, não poderão ultrapassar os
limites científicos de suas leis, no sentido de alcançarem moradas superiores.
Sua técnica e poder só lhes dá acesso às moradas inferiores, não às
superiores.
O universo total é uma esfera "maciça", constituída de E-T's que se entrelaçam
e superpõem. No meu entendimento, a separação entre esses E-T's é o que
as escrituras chamam de véus.
Para satisfazer ao prezado colega, vou parafrasear algumas revelações que
Deus deu ao homem, mas usando os conceitos aqui discutidos:
"Na casa do meu Pai há muitos E-T’s para morada. Em outras palavras: Na
casa do meu Pai há muitos universos para morada de Seus filhos.
Não há E-T onde não haja reino nem reino onde não haja E-T.
A cada espaço foi dado seu próprio tempo, eles existem uns sobre os outros,
até chegar ao E-T que governa todos os demais.
No principio, o Deus Principal chamou os Deuses em conselho e organizou os
E-T's e a terra.
Mas eis que dou-te um relato deste E-T e desta terra sobre a qual estás."
Se essas nossas especulações teóricas forem verdadeiras, e há grande
possibilidade de que sejam, uma vez que não contrariam as palavras
verdadeiramente reveladas, quão complicado seria para os homens simples de
todas as épocas entendê-las!
Deus, sabiamente, usou palavras simples e fez uma síntese. Ele declarou que
elas eram verdadeiras segundo a sua vontade.
DR. COUTINHO: É suficiente, prezado colega, os missionários fizeram muito
bem em trazê-lo, o Sr. abordou a questão com enorme elegância e empatia.
Asseguro-lhe que terei, de hoje em diante, outros olhos para o mormonismo.
Quem sabe, algum dia experimentarei dessa maravilhosa fé que demonstrou
ter.
MISSIONÁRIOS: Gostaríamos de agradecer ao nosso irmão, o Dr. Amoramon,
pela boa vontade demonstrada em vir aqui nos assistir. Confessamo-nos
surpresos com tão poucas perguntas apresentadas pelo Dr. Coutinho, o que
teria dado oportunidade a todos nós de ouvir outras coisas mais
surpreendentes e maravilhosas que sabemos ter o Dr. Amoramon reservado
para este nosso primeiro encontro.
DR. COUTINHO: Verdadeiramente, eu trouxe nas minhas notas algumas
perguntas que tenho como embaraçosas para a ciência, e certamente muito
:
mais para a religião, ou melhor dizendo, para a teologia das religiões do
mundo. Mas, em face de tão claras respostas obtidas para a primeira das
perguntas que fiz, dei-me por satisfeito quanto ao nível mental que um homem
de ciência pode chegar seguindo a senda do mormonismo. É claro. Gostaria
de ouvir mais do meu caro colega. Por exemplo: A teologia mórmon tem
alguma luz a comunicar sobre as perplexidades que intrigam a física teórica
moderna em assuntos como:
PERGUNTAS PROFUNDAS
- Qual seria a condição primordial do universo?
- Haveria algum princípio que determinasse um estado inicial?
- O que responderia o Sr, se lhe fizesse tal pergunta?
DR. AMORAMON: Com prazer a responderia, mas não antes de esclarecer
muito bem, que a resposta representa minha compreensão particular e que
não deve ser tomada como doutrina do mormonismo; embora não contrarie em
nenhum ponto a simplicidade das palavras de Deus que se possam aplicar ao
assunto:
- O grande problema está na ciência querer encontrar a explicação para uma
condição inicial do universo; especialmente quando já podemos aceitar que ele
seja constituído de inúmeros E-T's, cada um deles contendo matéria em,
também, inúmeros graus de pureza. Tudo é matéria, desde o espírito até aos
elementos, tudo é matéria em manifestações diferenciadas.
Essa matéria global existe, ela simplesmente É! Nunca teve começo, e jamais
terá fim! Salve Lavoisier: "No universo nada se cria ou se perde, tudo se
transforma".
O ESTADO CAÓTICO PRIMORDIAL
A matéria existe em estado caótico ou desorganizado, em estado eterno!
Enquanto não se manifestar uma força organizadora, para mudar seu estado
caótico, não haverá criação alguma. Organizar a matéria caótica, é o que
constitui o ato criador de Deus, um ato de organização inicial, visando
propósitos finais mais altos. ''
O poder do Espírito é que atua no caos, determinando sua organização inicial,
o caos não obedece a leis; sem antes ser forçado pelo Espírito ou Inteligência,
o caos não pode mudar seu estado natural, primordial e eterno. A terra e
incontáveis outros mundos como ela, são um exemplo dessas coisas, a
caminho de uma existência de maior glória no universo, de conformidade com
o plano divino.
DR. COUTINHO: Está aí mais uma resposta que me satisfez plenamente! Mas
pelo que entendi, o prezado colega sustentou que o Espírito representa a força
inteligente e criadora entre os elementos em estado caótico, e que ele mesmo
:
é matéria em estado diferenciado dos elementos. Gostaria de ouvir maiores
esclarecimentos sobre o assunto, segundo sua compreensão.
Por que, então, o universo é como se nos apresenta, ele não poderia ter sido
feito de outra forma e sob outras leis?
DR. AMORAMON: Num universo onde a matéria inteligente usa sua
independência para atuar sobre os elementos em estado caótico, tudo é
possível.
Assim, no universo que presenciamos, ela escolheu agir e dar-lhe o impulso
inicial para que os elementos se organizassem dessa forma que aqui
conhecemos. Ele poderia ter incontáveis outras maneiras de começar.
A inteligência é uma substância luminosa e onipresente, tanto no macro quanto
no microcosmo. Ela mantém o universo na forma que lhe determinou a
Inteligência suprema, que governa todas as coisas a seu bel-prazer. Por meio
dela, o homem, como criatura de Deus, concentra maior porção dessa
inteligência ou luz no seu ser, do que quaisquer outras criaturas. Ele pode
fazer das forças naturais, instrumentos para acelerar e dirigir os processos
cibernéticos universais. É assim que nosso Pai Eterno cria os mundos no caos
primordial.
Subordinada a determinados limites, dentro do ambiente em que atua, a
substância inteligente que reside em todos os reinos da natureza, tem poder
para adaptar seu contenente ao meio, produzindo mutações que lhe permitam
sobrepujar as pressões exteriores, no sentido da sobrevivência de cada
espécie. É o poder que comanda todos os processos cibernéticos da natureza;
é o poder de Deus atuando em todos os níveis da criação ininterruptamente.
DR. COUTINHO: Pareceu-me muito boa mais esta sua exposição.
Mas agora ocorreu-me uma questão que talvez ponha em dificuldade sua
posição de não aceitar a teoria do Big Bang, veja:
Há uma razão comprovada de expansão do universo, e é extremamente
provável que essa expansão seja sempre a mesma em todas as direções. Isso
pode ser comprovado pela observação do nível de potência de radiação das
microondas, que demonstra ter a mesma intensidade qualquer seja a direção.
A densidade do universo estaria sendo reduzida continuamente devido à
expansão, e ele gradualmente se faria menos quente. Até onde e até quanto?
Afinal, o universo é ou não infinito? Pode ele ter forma, se for infinito? Como o
senhor se sairia dessas questões?
O UNIVERSO RESPIRA?
DR. AMORAMON: Eu aceito perfeitamente que o universo esteja em
expansão; não porém devido à explosão primordial, mas sim, devido a um
ciclo de sua respiração. O universo é um ser vivo na esfera em que Deus o
:
mantém eternamente; ele é elástico como o pulmão do homem, que se enche
do fluído vital, até determinado limite, e esfria-se no processo, para parar um
breve instante e, logo a seguir, entrar no ciclo expiratório. O universo pulsa
como o coração do homem, só que sua pulsação cicla num período de
grandeza tão grande quanto o limite de sua expansão, coisa imensurável para
até mesmo um arroubo de imaginação do homem.
Portanto, para Deus, o universo tem limites; Ele tem consciência de toda
matéria que Nele existe, pois tudo está sob o poder de Sua inteligência, luz ou
Espírito, os quais significam a mesma coisa.
Da mesma forma que os átomos e os mundos, o universo é esférico. A própria
expansão uniforme, sugerida pela observação da radiação potencial da
microonda que o Sr. citou, dá testemunho disso.
O universo é o próprio Deus, Espírito-Eterno-Universal-Primordial, vivendo
eternamente; pulsando e respirando para todo o sempre! É nessas condições
e por essas razões é que para Deus, os universos ou E-T’s, têm todos os seus
próprios limites.
DR. COUTINHO: Sem dúvida, ao observarmos o comportamento da natureza
no concernente ao nosso planeta; o automatismo que constatamos agindo nos
seres e nas coisas, nos minerais, nos vegetais e nos animais, forçosamente
somos obrigados a admitir que haja um comportamento e uma explicação
inteligente para quaisquer eventos ocorridos; devemos admitir que há uma
força conduzente a ações lógicas; em outras palavras, que há uma lei
estabelecida, para que as coisas sucedam de acordo com uma vontade
dominante, dentro dos limites estabelecidos para as ações automáticas ou
cibernéticas da natureza. Seria essa força, a inteligência a que o Sr. se refere?
Vejo que, no seu entendimento, o universo é inteiramente autocontido e
inteligente, um estranhíssimo ser que se confunde com o próprio Deus na
manifestação de um Espírito incorpóreo e universal! Não seria tal posição uma
terrível contradição com a doutrina pregada pelos mórmons, quando dizem
que Deus é um Homem, em toda a acepção da palavra?
Realmente prezado colega, devo confessar que até agora suas respostas
surpreenderam-me de forma positiva; mas e agora? Como sair-se de tal
encruzilhada?
AFINAL, DEUS É ESPÍRITO OU É UM HOMEM?
DR. AMORAMON: Prezado amigo, o questionamento humano sempre será
maior do que as respostas disponíveis neste estágio de vida do espírito. Quero
dizer que não teremos respostas para toda e qualquer dúvida que possa surgir.
A própria ciência nos informa que o homem não é capaz de utilizar mais do
que vinte por cento de sua capacidade cerebral. Temos oitenta por cento do
:
seu potencial, represado. Mesmo considerando esses vinte por cento hoje
praticáveis, um mínimo da humanidade aprende a usá-lo. Digo isso, para,
desde já, reconhecer que não serei capaz de responder às perguntas que
ultrapassem minha atual capacidade de compreender as coisas profundas de
Deus.
Creio porém, que ainda serei capaz de responder às últimas perguntas que
fez sem sair da boa coerência com minhas palavras anteriores:
- O comportamento da natureza, como o distinto colega bem exemplificou, dá
testemunho da presença de um poder inteligente e atuante em todos os reinos
da mesma. Testemunhamos que esse poder é de capacidade crescente, do
reino mineral ao animal, passando pelo vegetal. No reino animal, de acordo
com cada espécie, e cada órgão, e cada organismo, manifesta-se o poder
dessa inteligência de forma ascendente. Vejam-se as várias dezenas de
funções interdependentes num fígado humano, as incontáveis funções num
cérebro humano; veja-se o poder correlacionador da inteligência no organismo
total. Isso, só para enumerar as poucas funções que conhecemos com nossos
vinte por cento do cérebro.
Essa inteligência universal, os fatos nos demonstram, criou órgãos,
organismos, espécies; ao longo da eternidade, desenvolveu-os, capacitou-os,
organizou-os e os distribuiu pelo cosmo e microcosmo. De corpo presente, nós
humanos, testemunhamos ser os entes mais capazes entre todas as espécies
que vivem na terra. Não precisamos brigar com as escrituras quando,
exatamente por isso, classificam-nos como filhos de Deus ou da raça dos
Deuses, aqui significando filhos dos filhos de Deus. Todos eles, forçosamente,
terão seus próprios organismos corporais, numa cadeia eterna e ininterrupta,
até chegar ao organismo corpóreo do Pai de todos ou Deus Principal.
O organismo desse Deus Principal, também foi organizado pelo poder da
Inteligência, para ser tornado o Pai da raça.
Foi revelado que corpo de Adão foi organizado do pó da terra (dos elementos
universais da terra), para ser o pai corporal da raça adâmica, isso para trazer à
nossa compreensão a forma pela qual a Inteligência organizou o corpo do
Deus Principal, para ser o Pai de sua raça. Sei, perfeitamente que estas
minhas palavras chocarão menos ao prezado colega do que aos crentes mal
informados das religiões falsificadas do mundo.
Ah! Se pelo menos eles soubessem o que verdadeiramente está escrito sobre
o princípio deste mundo nas escrituras hebraicas!
Adaptando para nosso alfabeto, elas soariam mais ou menos assim:
"Berosheit baurau elohem ayt ayshamayeen vehau auraits"
Traduzindo:
:
"No principio o Deus cabeça chamou os Deuses em conselho" (e organizou os
céus e a terra).
DR. COUTINHO: É inteiramente estonteante o que acabo de ouvir!
Como um crente poderá suportar tal pregação, quando sabe que o Deus de
Abraão, Isaque e Jacó é declarado ser o único em toda a escritura?
Afinal, qual é a missão dos mórmons? Nesse aspecto, parece que sua
finalidade é destruir a fé que os outros têm nas escrituras, como o colega sairia
de tão crítica posição.?
DR. AMORAMON: Agora foi o colega que me surpreendeu! Subitamente
pareceu-me estar ouvindo um pastor protestante. Mas como não é, tenho
certeza que não se deixará superar por nenhum preconceito, no sentido de
examinar lucidamente o que vou apresentar.
Em primeiro lugar, é preciso compreender que os mórmons declaram trazer ao
conhecimento do mundo, uma nova revelação de Jesus Cristo, para restaurar
conhecimentos que foram perdidos ao longo dos muitos séculos que
sucederam à sua primeira vinda.
Como poderia ser uma restauração, se nada de conhecimento adicional
trouxesse ao estado presente? Esse conhecimento é, portanto, destinado a
acrescer a fé nas escrituras, e não para destruir. É para destruir, sim, o pouco
discernimento com que elas são hoje interpretadas. O conhecimento que
Paulo tinha de Deus pelo verdadeiro cristianismo dos seus dias, o qual lhe
dava um discernimento muito acima daquele dos judeus e do judaísmo, que
conhecera e praticara com todo o zelo, deu-lhe autoridade para dizer dos
judeus dos seus dias:
"Dou-lhes testemunho que eles têm zelo por Deus, mas um zelo de pouco
discernimento..."
Foi nesse maior discernimento que Paulo também disse:
"..,os ídolos nada são no mundo, e não há outro Deus senão um só.
Pretende-se, é verdade, que existam outros deuses...(e há um bom número
desses deuses e senhores); mas para nós, há um só Deus... para quem nós
existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo..." (1Cor. 8:4-6)
Dissemos nós algo diferente disso?
Vejamos essas coisas mais explicitamente a partir desse mesmo
discernimento de Paulo:
"Os ídolos não têm nenhum poder; não há outro Deus (Principal) além de um
só;(pretende-se que haja outros deuses menores do que o Deus Principal, são
seus filhos); verdadeiramente há um bom número deles; mas para nós,
concerne apenas o Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo, por quem todas
as coisas a nós concernentes existem, e nós igualmente existimos."
:
Cada um dos filhos de Deus, que herdou todas as coisas de seu Pai, foi por
Ele tornado um Deus para sua respectiva geração, a qual passou a responder
diretamente a Ele somente, através do Filho que elegeu para Salvador daquela
sua geração.
É por isso que Paulo disse aquelas palavras; tão incompreensíveis para os
doutos de menor discernimento, que chegam a classificá-las (no rodapé de
suas bíblias) como mero ponto de vista teórico de Paulo.
Pergunto agora ao douto colega, o que estou fazendo aqui hoje?
Estou eu destruindo ou acrescendo a fé dos crentes nas escrituras? Se disser
que destruo, estará acusando Paulo de tê-las destruído desde os seus dias, eu
estarei apenas o ajudando a "destruir".
Dr. COUTINHO: Seguramente! Estou quase convencido de que ninguém
poderá derrubar tais argumentos. Essa dialética só pode ser divina ou
diabólica, não vejo meios termos. Esses argumentos derrubam qualquer
pessoa honesta. Acho que vou parar por aqui.
DR. AMORAMON: Caro amigo, nosso propósito não é derrubar ninguém.
Queremos ser imitadores de Cristo. Ele não ensinava com o propósito de
derrubar as pessoas, mas de edificá-las na fé que Deus aprova. A pessoa, sim,
é que deve derrubar em si mesma, tudo aquilo que a diminui, num esforço de
autodignificação que as escrituras definem como arrependimento. Significa
livrar-se do erro, por reconhecê-lo e abandoná-lo definitivamente.
Nossos erros são incontáveis e grandes, o pequeno em nós é a disposição de
espírito para reconhecê-los e abandoná-los.
Quem sabe o prezado companheiro convidaria os missionários à sua casa
para umas palestras breves; usando, não as minhas palavras, mas as palavras
simples do agrado de Deus contidas nas escrituras? Talvez agora as pudesse
apreciar com outra disposição.
DR. COUTINHO : Agora compreendo que vocês tenham acesso a um espírito
especial de inspiração! Jamais constatei pensamentos tão lúcidos e profundos
entre os muitos pregadores religiosos com quem tive contato. Ainda mais ao
abordar tão difíceis temas das indagações da ciência humana. Em verdade
sinto um quase insaciável desejo de ouvir mais do caro colega, por exemplo:
Já que ambos lemos e analisamos o livro de Hawking, aliás o tenho aqui à
mão, gostaria de saber o seu pensamento sobre o capítulo 11 - CONCLUSÃO.
Poderia dizer brevemente alguma coisa, fazendo um fechamento do seu
discurso?
Quanto a visita dos missionários, certamente que sim, gostaria de recebê-los
em minha casa.
O FECHAMENTO DO DISCURSO DO DR. AMORAMON
:
DR. AMORAMON: Eu já havia preparado alguma coisa a respeito da
Conclusão de Hawking e ficaria frustrado se não tivesse oportunidade de
apresentar esse arremate. Vamos lá:
1. Para nós, o universo é apenas o que podemos observar dele, primeiro com
nossos sentidos, depois com nossos aparatos. Mas, também, pode ser tudo
aquilo que podemos imaginar que ele poderia vir a ser, com razoável grau de
certeza.
2. Podemos dizer simplesmente, que nós e o universo somos um. Ele existe
por nossa causa e nós por causa dele. Somos fundamentalmente produtos da
mesma fonte eterna - o Espírito de Deus. Somos tão eternos quanto o
universo.
3. Os efeitos dos imaginários filamentos gravitacionais, são fatos irrefutáveis,
embora eles sejam por enquanto apenas conjecturas.
4. O Espírito de Deus, a Inteligência universal, é que mantém esta criação na
forma que lhe aprouve organizar nos primórdios; primeiro agindo sobre os
elementos do micro-universo, e depois refletindo o efeito das leis estabelecidas
sobre o macro-universo.
5. Embora Deus não "quebre" costumeiramente as leis, na sua marcha
automática por ação da Inteligência, Ele pode, em determinados lugares e
circunstâncias, sobrepujá-las por ação de leis maiores que não conhecemos. É
quando nos demonstra seus milagres de forma ostensiva, são prodígios que
se impõem ao nosso débil conhecimento das leis eternas nas suas
manifestações extrafísicas.
6. Entre o infinito número de modos possíveis para começar este modelo de
universo que conhecemos (e o que desconhecemos), uma forma deveria ser
escolhida. Podemos imaginar que esta forma foi escolhida, por ser aquela que
resultaria em maior liberdade de ação e de reação entre as micropartículas, os
corpos celestes e os seres universais.
7. Onde há liberdade plena, não pode deixar de haver um certo grau de
incerteza. Onde essa liberdade não existir, não haverá Deus, no espírito de
justiça que nossa inteligência aceita e compreende.
8. O universo respira como se fosse um pulmão humano. Ele vive à
semelhança da sua criatura principal, o Deus Principal, o qual é Pai por causa
do Espírito, e Filho por causa do corpo, dele gerado (gerado desse mesmo
Espírito).
9. Deus respira num corpo de HOMEM, porque já respirava no corpo do
universo, o qual permanece, para sempre, na esfera de sua eterna existência.
10. Os limites do universo são incertos para os seres finitos, pois podem
observar apenas um pequeno segmento do seu ciclo respiratório de bilhões de
:
anos solares. As gerações que viverem sua vida mortal na transição entre a
inspiração (expansão) e a expiração (contração) é que concluirão que o
universo tem limites estáticos. Mas estarão tão iludidos quanto os que hoje
pensam que ele apenas se expande, e que "fabricaram" uma explosão
primordial, para explicar o inexplicável para seres mortais. As estrelas pulsam,
a respiração dos átomos manifesta-se nos efeitos ondulatórios de suas
partículas quânticas.

UM PREÂMBULO AO CONTATO 2
PREPARAÇÃO PARA O CONTATO COM O RABINO. CONVERSA DOS
MISSIONÁRIOS
- Teremos hoje aquela palestra com o rabino Weiner. Seria importante que
você desse uma lida nesta matéria que tenho em mãos, publicada no O Globo,
em 9/8/76. Isso dará uma boa idéia do pensamento dos rabinos, e de que
forma reagirão à nossa mensagem.
De antemão, deveremos estar prevenidos de que de nada servirá citarmos
quaisquer escrituras do Novo Testamento. Proponho que neste contato
usemos o profeta Isaías. É um livro completo para nosso encontro de hoje.
- É meu irmão, a tremenda dificuldade é mesmo aqueles judeus estavam de tal
modo humilhados pelas sucessivas servidões, sob babilônios, macedônios e
romanos, que sua ânsia por um Messias conduzia a um libertador físico
temporal, com exércitos e aparatos. A idéia de um libertador espiritual, de um
redentor da morte física, por ressurreição futura, era inaceitável, inteiramente
incompreensível a eles. Usando um pouco de empatia, posso compreendê-los
muito bem. Quando tudo aconteceu de maneira tão diversa daquela que eles
tão ardentemente esperavam, orientados pelos líderes eclesiásticos judeus da
época, fecharam suas mentes para a primeira vinda do Messias nos seus
gigantescos objetivos espirituais.
- Você resumiu bem a questão. Dentro daquele contexto, quão especiais
deveriam ser os judeus que se converteram a Cristo! Sabemos que, no
princípio; a Igreja era constituída só de judeus, até o ministério de Paulo.
Diante da clareza das palavras dos profetas precursores da primeira vinda de
Cristo, os rabinos judeus devem ter tido algumas dificuldades para explicá-las,
especialmente as que dão testemunho da vinda do Servo, nos capítulos 42,
49, 50, 52 e 53 de Isaías. Mas a sofisticaria deles acabou por vencer, no seio
do seu povo, o testemunho de Cristo que aqueles heróicos judeus convertidos
deram ao mundo. A malignidade da classe sacerdotal judaica, fez cair esse
véu mental sobre todo o povo judeu das gerações seguintes. Véu, o qual, está
reservado a Cristo para rasgar, quando descer no Monte das Oliveiras para
:
salvar os poucos judeus que restarão do cerco final de Jerusalém, na batalha
do Armagedom.
- Sinto que o momento para chamar os judeus está chegando, embora tenha
consciência de que conseguiremos apenas poucas conversões entre esse
povo inicialmente, pois a escritura não falha.
Dessa forma, não falhou até agora a conspiração dos sacerdotes judeus
descrita em Mateus 28:11-14, para fechar o coração da raça judaica ao
verdadeiro Messias.., mas Ele derrubará a conspiração no tempo que
determinou-se a fazê-lo.
O QUE DIZER A UM RABINO JUDEU ?
- Façamos agora nossa oração, pedindo as palavras certas para dizer ao
rabino Weiner.
- Sim, mas antes gostaria de sugerir que estudemos especialmente a escritura
em Daniel 9: 24-26 antes de visitar o rabino. Veja irmão, as notas que tenho
comigo, tiradas de um estudo que fiz com o irmão Xavier:
O Édito de Ciro foi no ano 538 a.C.; da unção até ao Édito de Ciro decorreram
sete semanas proféticas de sete anos (ele deve ter sido ungido, portanto, no
ano 587 A.C.); mais sessenta e duas semanas proféticas de sete anos ou 434
anos, e estaria reconstruída a cidade de Jerusalém com suas praças e
muralhas. Depois dessas semanas, nos tempos de aflição de um Ungido ( o
Messias), "ele será morto, sem que ninguém interceda por ele."
E de fato, nem o Pai intercedeu por ele, pois estava preordenada a sua morte.
O fim de Jerusalém chegaria com uma invasão.
"O Ungido fará com muitos uma sólida aliança e fará cessar a lei do sacrifício e
a oblação." (a lei de Moisés).
Podemos usar essas escrituras, no caso do rabino demonstrar boa disposição
para nossas palavras.
- Realmente é um trecho muito forte esse. Não o conhecia ainda, naturalmente
porque as nossas palestras não têm sido dirigidas aos judeus especificamente,
por enquanto. Mas a partir de agora, teremos que nos familiarizar melhor com
um novo grupo de escrituras do velho Testamento para falar a esse povo.
Agora sim eu entendo melhor Isaias 44: 28 e 45:1, 6, 13 no seu
relacionamento com Daniel 9: 24-26, pois Ciro foi ungido rei da Pérsia no ano
587 A.C., exatamente sete semanas proféticas (correspondendo cada uma a
sete anos) antes do nosso conhecido Édito de Ciro, que liberou os judeus do
cativeiro, e autorizou a reconstrução do Templo e da cidade de Jerusalém, com
suas praças e muralhas. Essa reconstrução durou 434 anos (sessenta e duas
semanas proféticas), o que nos leva ao ano104 a.C. se começarmos a
contagem desde a unção de Ciro, em 587.
:
Algum tempo depois desse período, no tempo de aflição, o Ungido seria
suprimido, e a cidade juntamente com seu templo seriam destruídos.
Efetivamente, no ano 33 da nossa era o Messias foi morto; para no ano 70,
Jerusalém ser destruída pelo general romano Tito.
Quando colhemos tal luz do Velho Testamento, sentimos lástima pelas
pessoas que nos criticam por darmos muita importância ao estudo dessas
velhas escrituras. Como se qualquer testamento, seja o Novo seja o velho,
pudesse ser mais importante que o outro, quando na verdade eles se
completam, valorizam-se mutuamente, complementam-se e formam um só
corpo. Assim deverá ser em relação a qualquer outro testamento que Deus
houver por bem revelar, como o Livro de Mórmon e outras escrituras que
certamente serão dadas a conhecer no futuro.
Quem deixar de reconhecer qualquer delas, ficará com o entendimento
obliterado pela descrença.
Agora façamos nossa oração, companheiro.
__________________
O CONTATO 2
O RABINO JUDEU: Caros jovens, muito aprecio a dedicação que vejo em
vocês. Sei que deixam seus lares e sua terra natal, e viajam muitas vezes para
países distantes; que falam línguas muito diferentes das de vocês. Entretanto,
vejo que pregam sua mensagem no idioma daqueles que visitam.
Mas quanto a mim, um rabino judeu, que mensagem vocês poderiam trazer
que eu pudesse aceitar? Sei que pregam Jesus Cristo, como sendo o Messias
esperado pelos judeus. Acontece que nossa escola, nossos mestres, nossa
tradição; tudo nos ensina que ele não foi o Messias que nosso povo esperava
e continua esperando. Ele não libertou o povo judeu do tacão dos gentios.
Vejam a história secular, e tudo o que ocorreu ao nosso povo depois daquilo
que vocês chamam o ministério de Jesus. Tudo isso nos dá provas de que
nosso Libertador ainda não veio.
MISSIONÁRIO: Podemos concordar plenamente com o Sr., quando diz que
não houve libertação para o povo judeu, e que ele sofreu enormemente em
todos os lugares por onde foi dispersado.
Mas isso não pode ser usado apenas para concluir que o Libertador não tenha
vindo. Há outra possível conclusão que tem o mesmo peso: - A de que o
Messias tenha de fato vindo, mas que tenha sido rejeitado por seu povo, e que
o resultado dessa rejeição tenha sido a dispersão e a escravidão.
Essa rejeição está consubstanciada nos profetas do Velho Testamento.
Profecias indisputáveis dão testemunho de que o povo judeu não reconheceria
o Messias quando nascesse entre eles; que o prenderia e num iníquo
:
julgamento condená-lo-ia e crucificaria.
Não vemos razão para deixarmos de dar o mesmo peso às duas conclusões, e
examinar com isenção de ânimo as duas possibilidades. As tradições
simplesmente não têm peso, se não forem capazes de enfrentar a justiça e a
verdade. Ademais, por que será tão difícil aos mestres judeus aceitar que seus
antepassados tenham rejeitado o Messias?
Não foram os antecessores desses mesmos antepassados que continuamente
rejeitaram a Jeová, enquanto a eles manifestava-se dos céus?
Se fizeram isso com seu Deus enquanto Ele Se lhes manifestava desde os
céus, quão mais fácil seria rejeitá-lo quando lhes aparecesse na carne, no
cotidiano, falando-lhes como um homem fala a outro homem!
EFETIVAMENTE JESUS É JEOVÁ!
O RABINO: Até que vocês se estavam saindo muito bem. Honestamente devo
admitir que as duas conclusões poderiam ter o mesmo peso. Mas vejam só o
que acabam agora de dizer! É ofensivo à dignidade de Jeová dizer que Ele
desceu à carne na pessoa de Jesus. Para mim isto é blasfêmia, torna nossos
pontos de vista irreconciliáveis.
MISSIONÁRIO: Senhor, podemos provar pelo Velho Testamento que não
somos os primeiros a declarar essas coisas. Pessoas muito mais importantes
já o fizeram, e com palavras mais poderosas do que as nossas. Elas eram da
vossa própria raça e comungavam da confiança de Jeová - seus profetas ao
povo de Israel. Veja as palavras de um dos seus grandes:
"Que aqueles dentre vós que temem o Senhor ouçam a voz do seu Servo"
(Isaias 50:10) "0 Justo, meu Servo, justificará a muitos homens, e tomará
sobre si suas iniqüidades." ( Isaias 53:11)
"Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, e meus servos que escolhi: para
que vós possais saber e crer em mim, e compreender que Eu sou ele:"
"...Eu sou o Senhor, além de mim não há outro salvador."
(Isaias 43:10,11)
Perguntamos agora ao Sr., quem eram os servos aqui referidos por Isaias, e
também quem era o Servo? Quem falou estas palavras pela boca do profeta?
- Foi o Senhor Jeová quem falou-as por meio de Isaías, não há outra resposta!
Quem Ele disse que era o Servo?
- Ele disse que era Ele mesmo, e que além Dele não haveria outro salvador.
Quem eram os servos que Ele escolheu para suas testemunhas entre as
nações?
- Eram vocês caro rabino, era o povo de Israel.
O que aconteceu com o Servo de Jeová? (agora sabemos Quem era assim
referido)
:
O que aconteceu com os servos de Jeová? (os israelitas) .
- Em Isaías 65, o Senhor diz o que aconteceu com os servos, e em 48:18-20
diz o que teria acontecido a eles se houvessem sido obedientes.
Quanto ao Servo, a luz das nações, esse sim, foi na terra o que já era nos
céus. Seu propósito é erguer um povo justo e que, com Ele, possa ser
reconhecido como a luz das nações. Certamente Ele o conseguirá no devido
tempo, porque é Deus, e disso dá testemunho em Isaías 49.
Os servos, podem, desde agora ou desde antes, ser considerados a luz das
nações?
- Como poderiam sê-lo, antes de se arrependerem do que fizeram ao Servo de
Jeová?
O RABINO: Vejo que vocês são muito hábeis na manipulação de palavras, e
pressinto que conhecem muito bem nossa posição a respeito desse assunto
em particular.
Sabem que nossa escola nos ensinou que tanto a palavra Servo quanto a
palavra servos referem-se ao povo de Israel; que toda a descrição dos
sofrimentos do Servo aplica-se ao povo israelita de forma metafórica ou
simbólica?
MISSIONÁRIO: Tão hábeis quanto nós na manipulação de palavras foram os
mestres judeus que formaram essa escola de interpretação, ou melhor
dizendo, de deturpação das palavras de Isaias sobre o papel verdadeiro do
Servo no Plano de Salvação.
Mas acontece que o Senhor é infinitamente mais hábil e cauteloso ao colocar
suas palavras. Ele sabe que é preciso cercar a oposição de todos os lados,
pela causa dos justos entre todos nós.
Veja, caro rabino, o que Ele diz em Isaías 40: 5,6:
Ele diz que preparou o Servo para trazer de volta Jacó e reunir para Ele Israel.
E mais: Que não era suficiente que o Servo fosse enviado para restaurar as
tribos de Jacó e reconduzir os fugitivos de Israel, mas para Dele (o Servo)
fazer a luz das nações, para propagar a salvação até aos confins do mundo.
E mais caro Rabino: Em Isaías 42:18,25, Jeová diz que o povo de Israel é
surdo e cego, a não ser o Servo. Como vê, estão aí discriminadas as palavras
e seu objetivo referencial, de maneira indisputável. É apenas uma questão de
escolher entre duas escolas "manipuladoras" de palavras, a vossa e a nossa.
Mas nunca esquecendo de consultar ao Senhor Jeová qual a Sua própria
colocação.
O RABINO: Afinal, o que vocês pretendem? Converter os rabinos, fazer uma
revolução entre nosso povo? E nossa história, e nossa tradição; nossas lutas e
sofrimentos seculares no exílio e na diáspora? Pretendem vocês que
:
esqueçamos a fidelidade a nossos ancestrais? Quererá um grupo de jovens
como vocês quebrar o sistema milenar do judaísmo?
MISSIONÁRIO: Prezado Sr., se tivéssemos a pretensão de converter os
rabinos, teríamos antes a de converter o povo judeu.
Aliás, a boa palavra não é converter, mas sim convencer; porque o poder de
converter é tarefa do Espírito de Deus, quando o coração humano o consente.
É o Senhor Jeová quem diz, e nós acreditamos, que o judeu é um povo de
dura cerviz (orgulhoso) e rebelde desde o nascimento, Isaías, 48: 4,8. Não
obstante, por razões preexistentes, o Senhor os assumiu como seu primeiro
povo do convênio.
É tanto dos antigos quanto dos modernos israelitas que Ele fala em Isaías 5: 7:
"A vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são
a planta de sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue
derramado, esperei a retidão, e eis os gritos de socorro."
Ora, caro Sr., essa decepção do Senhor não é só com Judá - hoje,
gradualmente sendo reunida no Estado de Israel. É também com Israel, o
Reino das onze tribos, iniciado sob Jeroboão, o qual, depois do cativeiro e
dispersão, miscigenou-se e veio a constituir as nações da cristandade
moderna ocidental e os povos asiáticos em geral; enfim, podemos considerar,
excetuado entre os povos pagãos, Israel está em todo o mundo moderno.
Com essa visão abrangente, podemos agora ler o primeiro capítulo do Livro de
Isaías, e examinar como o Senhor nos vê na atualidade. Quem sabe talvez,
ainda tenhamos que ler os capítulos dois e três, para vermos quão longe estão
Judá e Israel da conversão? Falando coletivamente e não individualmente.
Porque algumas conversões individuais são esperadas pelo Senhor, pois, é
Ele quem diz que vai recolher suas jóias entre esse povo.
Prezado Senhor, é atras dessas jóias que o Senhor nos mandou esquadrinhar
o mundo, pela última vez, antes de sua segunda vinda.
Não temos nada contra, se o Sr. for uma delas. Mas temos plena consciência
de que apenas uns poucos aceitarão nossa missão, como sendo a única
verdadeiramente autorizada pelo Senhor, para reunir o povo de Israel (aqui,
incluindo também Judá). Afinal, por que seria o mundo devastado nos últimos
dias, senão pela rejeição do seu Deus?
Se o Sr. tiver alguma dúvida quanto a isso, leia o capítulo 24 de Isaías para
certificar-se de que novamente Judá e Israel estão rejeitando seu Deus ou não
haveria razão para tão terrível juízo universal.
O SHABAT É UM MANDAMENTO PERPÉTUO
O RABINO: Meus caros jovens, afinal quem é o rabino, eu ou vocês? Nós
aprendemos de Jeová os rituais da lei mosaica e os praticamos com o melhor
:
de nosso entendimento, nós praticamos sim, a verdadeira religião herdada de
nossos pais. Portanto, por que nosso Deus nos desaprovaria?
MISSIONÁRIO: Admitimos que, até determinado tempo, isso foi requerido.
Vossos pais praticaram a religião dos rituais que Deus deu a Moisés, e nisso
estavam certos. Mas Deus estabelecera um tempo para esses rituais serem
dados como cumpridos, e substituídos por uma Lei Maior. Jeová revelou ser
Ele mesmo o Servo, que viria entre os homens, para trazer as nações a
verdadeira religião, veja o capítulo 42 de Isaías até o versículo 4.
É possível praticar a religião verdadeira, se rejeitarmos Aquele enviado para
ensiná-1a? Seria correto da parte de Deus, derramar sobre o mundo um
castigo universal sem haver antes dado aos homens a oportunidade para
aceitá-1a ou rejeitá-1a? Por que o castigo universal é dado como certo pela
revelação de Deus?
A resposta é óbvia: Ele será rejeitado, quando enviar seus servos autorizados
pela última vez. E não é a cristandade moderna que tem autoridade para
avisar aos judeus; pois eles são a semente do reino de Israel disperso e
miscigenado entre as nações dos gentios. Portanto, o chamado tem que vir do
alto, por nova revelação de Deus, dirigida aos descendentes dos dois reinos,
Judá e Israel, pois ambos continuam em falta diante do Senhor. A dura cerviz,
declarada por Isaias, não é só com referência a Judá, refere-se aos gentios
também, os quais contêm a semente de Israel e, por isso, são chamados ao
convênio eterno da mesma forma que os judeus. Os que aceitarem o
chamado, serão um só rebanho, conduzidos por um só pastor.
O RABINO: O cristianismo que conheço revela-se como uma religião
romântica e nada prática. O contrário do judaísmo, que obedece a rituais
estritos. Além de caracterizar-se dentre os povos da diáspora, pela
observância do Sabat no sétimo dia, como ordenou Jeová para observância
perpétua. Como poderíamos aceitar qualquer religião que venha a contrariar
um mandamento tão claro como esse?
MISSIONÁRIO: Devemos admitir que esta é uma questão difícil, o foi no
passado e é mais ainda no presente. Mas tentaremos demonstrar ao caro
rabino, que nossas razões não são tão fúteis quanto podem parecer aos
judeus. Naturalmente, temos consciência de que só deveremos usar o velho
Testamento, o que nos dificultará um pouco a tarefa.
Vamos começar por Êxodo 12: 14,16. Nesses versículos, o Senhor ordena que
os judeus tenham uma santa assembléia, tanto no primeiro quanto no sétimo
dia, e que durante esses dias não se fará trabalho algum. O primeiro dia é o
domingo e o sétimo o sábado. Ele disse aos Israelitas que naquele dia tiraria o
povo do Egito, seria a festa dos ázimos, Eles deveriam guardar aquele dia de
:
geração em geração, como instituição perpétua.
Observa o caro rabino, o caráter sagrado que Deus deu a ambos os dias?
Agora, vejamos o significado hebraico da palavra shabbath: dia de descanso.
Ora, qualquer dia da semana poderia ser designado para ser o shabbath. A
palavra, embora seja parecida, não significa o nosso sétimo dia da semana. O
shabbath é uma instituição perpétua, porque comemora os grandes feitos de
Jeová em beneficio dos homens: de Adão ao Êxodo, o shabbath foi
comemorado no sétimo dia, para marcar que Jeová descansou dos seus
trabalhos da Criação no sétimo dia; do Êxodo até a ressurreição de Jeová, (o
Servo, o Messias ou o Cristo), o shabbath permaneceu sendo comemorado no
sétimo dia.
Jeová, porém, já tinha em mente mudá-lo para o primeiro dia, e deu sinal disso
de duas maneiras. A primeira, quando em Êxodo 12 deu, juntamente com o
sétimo, o mandamento de ter uma santa assembléia tanto no primeiro dia
quanto no sétimo. Ambos os dias eram um símbolo, nas suas comemorações
do Êxodo, dos dias da semana que seriam determinados para o shabbath. O
segundo sinal foi dado pela palavra de Oséias, quando declarou que o Senhor
faria cessar (para os judeus) suas festas, suas luas novas, seus sábados e
todas as suas solenidades, (Oséias 2:13)
As luas novas continuariam a aparecer no céu para sempre, o que deveria
cessar, portanto, era a contagem dos meses pela lua nova, os meses lunares,
ordenados aos judeus no Êxodo. Da mesma forma, os sábados (os sétimos
dias das semanas) continuariam a se suceder para sempre; o que o Senhor
disse que faria e fez, foi cessar a comemoração do shabbath no sábado; para
passá-lo ao primeiro dia, comemorando o êxodo da escravidão da morte (física
e espiritual) para toda a humanidade. Êxodo esse, muito maior e significativo
do que simplesmente aquele êxodo menor de libertação física do cativeiro
egípcio, para um povo restrito. O Sabat continuou e continuará a ser
perpetuamente observado ... só o que mudou foi o dia da semana de sua
observação, agora, para comemoração da Salvação perpetuada por Jeová, na
figura do Servo - Jesus Cristo!
Prezado rabino, diante do verdadeiro cristianismo, é o judaísmo que nos
parece ser uma religião romântica, tão romântica quanto parece ao judaísmo o
falso cristianismo dos povos gentios modernos, vossos irmãos inconscientes
da antiga Israel dispersa.
O RABINO: Decididamente, vocês querem destruir a minha fé, onde
aprenderam essa dialética tão envolvente e capaz de confundir nossa crença e
nossa tradição? Vocês têm noção do espírito a que se estão entregando?
Aliás, não é só a fé do judaísmo que querem destruir, é também a fé no
:
cristianismo, segundo o entendo. Vocês colocaram-se numa posição contra o
mundo todo, pode o que pregam ser de Deus? Deus quer esclarecer as
pessoas, não confundi-las na sinceridade de sua fé. A obra de vocês parece-
me diabólica, já consideraram isso? Não é o que pensam de vocês várias
denominações protestantes?
A MISSÃO DOS SERVOS E A MISSÃO DO SERVO
MISSIONÁRIO: Grandes oportunidades o Sr, nos deu com essas perguntas e
afirmações tão pertinentes. Agradecemos por sua franqueza, isso é essencial,
para sabermos o que dizer a cada pessoa.
Examine o Sr. a saga dos profetas do Velho Testamento enviados ao povo de
Israel, os servos, os quais, foram os primeiros a serem chamados para
ensinar as leis de Deus ao mundo por preceito e exemplo. Cite um só entre
aqueles profetas, que tenha vindo para elogiá-los, ajude-nos a encontrar um
pelo menos.
Vieram eles para destruir o que? A justiça acreditada e praticada por eles, ou
para denunciar a idolatria e o mal praticado pelo povo e pelo mundo em geral?
Por que, então, o Servo haveria de ser enviado para ensinar aos servos a
VERDADEIRA religião, se eles já a conhecessem?
Veja o que diz o Senhor Jeová hoje aos judeus e aos "israelitas-gentios" no
mundo todo, no capítulo 58 de Isaías. Por favor, leia todo o capítulo.
Deus esteve e está hoje contra essas práticas do mundo; de que lado acha o
Sr. que deveríamos estar?
Deus sempre enviou seus profetas para lutar contra o mundo (o espírito do
mundo) mas a favor da edificação, do crescimento de tudo que é bom na fé de
Seus filhos, e da superação de tudo aquilo que não serve ou que serviu mas
passou e hoje não tem mais valia alguma.
Estamos nos entregando ao Espírito de Deus, é por isso que estamos a favor
das pessoas e contra o espírito do mundo; embora a injustiça desse mesmo
espírito qualifique-nos como citou.
Seguimos a um profeta moderno em Israel, chamado para reunir um povo
justo ao Senhor nos últimos dias.,Deus julgará o mundo pela injustiça que fizer
a nós; pois, foi Ele quem nos enviou. Veja Isaías 5: 20, 24.
Penso que respondemos plenamente a suas perguntas anteriores e que
contestamos com justiça suas afirmações acusatórias contra nós.
O RABINO: Achei meio fantasiosa sua afirmação de que os gentios de hoje,
confundem-se com a semente da Israel dispersa. Ao que me consta, as tribos
que constituíram o Reino de Israel, foram perdidas em região desconhecida do
Norte da Terra, após o cativeiro assírio. Delas não temos notícia alguma.
MISSIONÁRIO: Em parte o Sr. está certo. Porque, verdadeiramente, uma parte
:
das onze tribos desapareceu em direção ao Norte da terra, e dela está
profetizado que voltará do Norte no devido tempo do Senhor.
Mas, com o grosso dessas tribos aconteceu o que já dissemos, para que Deus
pudesse vir a cumprir as promessas feitas a Abraão, de que através de sua
semente corporal e do seu sacerdócio, Ele abençoaria todas as famílias da
terra (todas as nações).
Essas mesmas bênçãos foram confirmadas sobre a cabeça de Isaque e Jacó,
com detalhes impressionantes. Leia no Velho Testamento as bênçãos dadas
por Deus a esses patriarcas, e verá a correção de nossa palavra.

O RABINO: Parece que vocês vieram mesmo preparados para responder a


qualquer pergunta que eu possa formular. O curioso é que tem muita coerência
em tudo o que disseram, mais do que jamais eu poderia esperar de uma
religião cristã qualquer. Vocês só usaram o profeta Isaias, excetuando aquele
pequeno versículo de Oséias. Sua fala parecia-me às vezes mais israelita do
que cristã, talvez por isso mesmo é que me tenham impressionado bastante.
Mas, e daí? O que esperam que eu faça? Antes de qualquer coisa eu sou um
rabino.
MISSIONÁRIO: Queremos apenas pedir ao Sr, que leia o Livro de Mórmon e
medite sobre o seu conteúdo. Deixamos a Deus o direito de dizer-lhe o que
quer que faça; então, quando souber, dessa forma superior, aquilo que deve
fazer, faça-o com coragem e total entrega ou não faça nada e fique onde está,
se for o melhor que pode fazer.
Aprendemos a não fazer acepção de pessoas, devemos levar a mensagem da
restauração a tantas pessoas quanto possa nossa voz alcançar. É grande o
Valor das almas aos olhos de Deus.
Ele não está impressionado pelas honras que possamos portar segundo o
mundo, para Ele, o que conta mesmo é o Valor das almas individuais dos Seus
filhos. Qué-las, no maior número possível, ganhando a honra de viver ao Seu
lado.
Tudo que aqui dissemos foi no nome de Jeová, do Servo ou de Jesus Cristo,
que são a mesma pessoa.
Reconhecemos que não poderíamos, de nós mesmos, dizer essas palavras,
arrazoar da maneira que fizemos. É pelo Espírito de Deus, que nos foi
concedido do alto, que não podemos ser confundidos por qualquer doutrina
que se nos oponha. É Deus, pelo seu Espírito de inteligência e poder, quem
não se deixa confundir, não nós.
:
O CONTACTO 3
A TESTEMUNHA DE JEOVÁ

A TESTEMUNHA DE JEOVÁ: Caros jovens, estou recebendo vocês hoje, a


pedido de um amigo de infância, que pertence à congregação dos mórmons há
cerca de dez anos. Como já devem saber, minha congregação é muito firme
na fé. Fazemos muito proselitismo, temos várias publicações periódicas e
representação em quase todo o mundo. Seguimos à risca as escrituras, e
somos capazes dos maiores sacrifícios pessoais para não desobedecê-las,
inclusive até mesmo o sacrifício de nossa própria vida e dos nossos familiares.
Por exemplo, no caso de ser necessário receber uma transfusão de sangue,
preferimos morrer do que consentir em tamanha violação da palavra de Deus.
Sei que vocês não compreendem essa nossa atitude tão radical, como muitos
oponentes julgam. Enfim, é assim mesmo, quando uma congregação é guiada
e fortalecida por Jeová, como a nossa é, será natural que o mundo não a
compreenda.
Posso dizer a vocês, que tenho visto pessoas que se batizaram na Igreja de
vocês e mais tarde passaram a ser Testemunhas de Jeová, porém, em toda
minha vida, jamais vi uma testemunha deixar de sê-lo para ser mórmon.
Não será isso sintomático; não será isso uma indicação da força de nossas
convicções e fé, sobrepujando a de vocês?
MISSIONÁRIO: De fato, nosso amigo comum já nos havia falado sobre tudo
isso. Mesmo assim, ele insistiu que o procurássemos.
Disse-nos que o Sr. era uma pessoa especial e que se houvesse este
encontro, o Sr, teria uma outra perspectiva da atuação de nossa congregação
no mundo.
- É verdade que não compreendemos muitas escrituras da forma que o Sr. as
compreende; é verdade que aceitamos a doutrina de que Jesus Cristo é Deus
como seu Pai é Deus, diferente mente do Sr. que só aceita Jeová como Deus.
Nosso irmão Oséas já nos pôs a par das escrituras que o Sr. usa para firmar
sua fé, na questão das transfusões de sangue. Sabemos também que seu filho
mais velho terá uma operação muito séria a fazer, e que os médicos insistem
na possibilidade de precisar da transfusão.
A esperança do irmão Oséas é que possamos demonstrar ao Sr. onde está o
problema que levou os pais de sua doutrina ao erro de interpretação; ele
espera que o Sr. o reconheça e se livre dele. Quem sabe, se isso acontecer, o
Sr. viria a aceitar a apresentação das palestras que temos por missão
comunicar a todos, sem fazer acepção de pessoas? Quem sabe
conseguiremos que seu filho tenha mais chances de sucesso, na delicada
:
cirurgia que vai fazer?
A QUESTÃO EM LEVÍTICO 17: 11
A TESTEMUNHA: Como vocês demonstrariam qualquer coisa diversa da
interpretação que temos de Levítico 17:11, onde está escrito
insofismavelmente que a "a alma da carne está no sangue"?
Isso, para nós é ponto final, nada mais haverá a dizer. A alma da carne, sendo
o sangue, ela não poderá ser dada a ninguém, pois estaríamos doando aquilo
que é mais sagrado em nós e, por esse grande pecado, perderíamos nossa
salvação. Não poderíamos ser daqueles cento e quarenta e quatro mil que
estarão diante do trono de Deus.
MISSIONÁRIO: Até que concordaríamos em boa parte com o Sr., e também
diríamos que nada mais há a acrescentar na escritura ... Mas só se esta frase
fosse uma escritura. Porque, de fato, ela não passa de um retalho de escritura,
uma frase preparatória para comunicar a mensagem da verdadeira escritura;
mensagem essa que só pode ser discernida do texto completo. Os retalhos,
isoladamente, não têm mensagem alguma. Eles são um perigo, quando
tomados fora do contexto, principalmente pelos mestres sem o Espírito. Por
isso, está escrito que a letra mata, quando não entendida com o discernimento
do Espírito.
A escritura completa em Levítico 17:11, dependendo de cada versão da Bíblia
que usarmos, apresenta em média 17 palavras, 3 artigos e 2 contrações. É o
caso da Versão dos monges beneditinos de Maredsous, Bélgica.
Nessa escritura são apresentados: uma analogia, um simbolismo e uma
conclusão ou mensagem propriamente dita. Vamos dividi-la nessas três partes.
1a. a analogia: "a alma da carne está no sangue" ( significando que a vida da
carne está no sangue, porque é o sangue que vivifica a carne mortal);
2a. o simbolismo: "por isso, tenho dado" (o sangue) "sobre o altar, para"
(simbolizar) "a expiação por vossas almas"
3a. a conclusão ou mensagem: "porquanto é o sangue" (do Messias) "que fará
expiação pela alma."
O sangue dos primogênitos dos animais, derramado sobre o altar, era uma
figura, um símbolo morto da futura expiação do Messias; em si mesmo, não
tinha poder algum para salvar as almas. Mas a fé dos israelitas na futura vinda
do Messias, naqueles símbolos tipificada, tinha o poder de salvação.
O que os mestres da sua congregação fizeram com esta bela metáfora
judaica?
- Pegaram um artigo, quatro palavras e duas contrações
(considerando a versão portuguesa que analisamos) e os amputaram das
demais treze palavras e dois artigos. Com isso, rapidamente transformaram o
:
que era uma mera analogia preparatória da mensagem, numa trágica doutrina
dogmática sobre alma, sangue e transfusões pecaminosas.
Eles alienaram uma multidão de pessoas da verdadeira compreensão, tanto da
analogia, quando do simbolismo, e da verdadeira mensagem da metáfora.
É até irônico quando pensamos: Deus fez a gestação de tal forma que a
criança seja desenvolvida no útero materno, por contínua transferência e
circulação do sangue da madre, via ramificações venosas e arteriais da
placenta e cordão umbilical.
Mesmo quando a criança nasce, por alguns minutos, parte desse mesmo
processo continua, até que seja cortado o cordão umbilical.
Que grande pecado Deus teria cometido contra os inocentes infantes, desde a
gestação e o nascimento, se fosse verdadeira tal doutrina equivocada das
Testemunhas!
Tanto o Êxodo quanto o Levítico tratam amplamente dos rituais de sangue, o
apóstolo Paulo faz referências a eles muitas vezes, para mostrá-los como
meras figuras; para ensinar sua ineficácia, depois que o verdadeiro sangue
expiatório foi derramado pelo Messias.
Agora eu convido o Sr. a ler Hebreus 9:15-22 e meditar sobre a verdadeira
mensagem em Levítico 17:11.
Não é só a sua congregação a prejudicada por esses erros tradicionais que se
insinuaram há muitos séculos, e que o povo aprendeu a venerá-los como se
fossem a doutrina de Deus.
Se a restauração que proclamamos, e o Espírito que recebemos não fossem
capazes de demonstrar claramente esses erros, então ela seria falsa; os
oponentes teriam desculpas para apresentar no Julgamento. Mas, sabemos
que Deus não aceitará nenhuma delas, daqueles que nos ouvirem e tiverem
condições de compreender.
Muitos falsos mestres, em todas as religiões do mundo, criaram doutrinas
erradas e mandamentos humanos, a partir de retalhos de escrituras ou de
analogias mal compreendidas.
Para mostrar ao Sr. que esses erros peregrinam por todas as denominações,
trouxemos a descrição de um dos maiores deles. Está contida no capítulo XIV,
p. 176 a 179, lo. Volume do livro AVAH, de Francisco X. S. Santos, editado em
1975. (Pode ser encontrado presentemente na Internet
http://www.geocities.com/athens/delphi/9485/avah2.html).
DEUS, O PAI, JEOVÁ E O SENHOR
A TESTEMUNHA: Não posso negar que vocês deram uma explicação
bastante racional em ambos os exemplos explanados. Pelo menos nesses
dois assuntos é inegável que estão em boa posição perante as escrituras. É
:
um fato, em função do zelo que todos aprendemos a desenvolver pelo sistema
religioso e doutrinário que adotamos, estarmos muito mais prontos a
reconhecer erros nos sistemas alheios. Vocês estariam prontos a reconhecer
os erros doutrinários do mormonismo, uma vez que eu possa demonstrá-los?
MISSIONÁRIO: Todo homem verdadeiro, honesto e independente na sua
busca das coisas de Deus, tem o dever de reconhecer como errado tudo
aquilo assim identificado por sua consciência, e corajosamente declará-lo.
Assim deve agir para aproximar-se de Deus, qualquer outra atitude resulta em
afastamento. Nossa resposta é sim!
A TESTEMUNHA: Muito bem! A Bíblia nos diz que há um só Deus, Jeová, o
Senhor, por isso substituímos o nome Senhor por Jeová em todo o Livro
Sagrado. No entanto, vocês, erradamente, ensinam que há outros Deuses:
Jesus Cristo e o Espírito Santo. Enquanto nós agimos para retirar toda
confusão com relação ao nome de Deus, vocês agem para confundir a pureza
da doutrina, ensinando uma forma de politeísmo, inaceitável ao Espírito das
sagradas escrituras. Além disso, ensinam que o espírito do homem sobrevive
à morte; quando, na verdade, o que volta à Deus é o sopro de vida apenas.
Exatamente como diz Eclesiastes12: 7:
"antes que o pó retorne à terra para se tornar o que era; e antes
que o sopro de vida retorne a Deus que o deu."
Enfim, o que vocês ensinam, parece-me uma grande confusão das várias
falsas religiões do mundo, um pouco de cada uma. Ora parecem israelitas, ora
católicos, ora espíritas. Afinal o que vocês são?
SOPRO E ESPÍRITO SÃO COISAS DIVERSAS
MISSIONÁRIO: Talvez seja melhor respondermos a essas questões, do fim
para o princípio. É o que faremos.
Veja o Sr., Todas as denominações que acaba de citar, e muitas outras mais,
pretendem ter as escrituras judaico-cristãs como o paradigma de sua fé e
religião. Nós aí nos incluímos, apenas acrescentando que cremos nelas ainda
mais - pela luz adicional das novas revelações, dadas aos profetas dos últimos
dias, para restaurar o conhecimento perdido em muitos séculos de apostasia.
Ora, essas várias denominações, usando uma mesma referência escriturística
que nós (a Bíblia), forçosamente terão alguns pontos comuns conosco. Em
todas as coisas segmentárias, mas eventualmente verdadeiras que ensinem,
terão nosso apoio. Isso porque, toda a verdade pertence a Deus, não a nós ou
a elas. Portanto, de que forma não daríamos nosso apoio?
Acontece que elas estão eivadas de erros, os quais Deus houve por bem dar
aos homens nova oportunidade para corrigir. Estamos cumprindo Seu Plano e
mandamentos para os últimos dias de desregramento deste mundo. Sabemos:
:
Quem rejeitar a advertência que promulgamos, não é a nós que rejeita, é à
Alguém responsável por tudo isso.
Os espíritas ensinam que há um mundo dos espíritos. É verdade,
corroboramos este ensinamento, mas não as práticas que eles seguem, nem
as doutrinas decorrentes das violações das palavras de Deus aos profetas de
Israel, os únicos que reconhecemos como autênticos, quer no passado quer
no presente.
Os apóstolos ensinaram que Cristo foi em espírito aos espíritos dos mortos
que estavam em prisão.
Para que?
- Para levar a eles o conhecimento do evangelho; para que eles, mesmo tendo
sido condenados na sua vida física, possam viver segundo as leis de Deus
ainda como espíritos, para poderem alcançar um melhor estado de salvação.
Porque, quer estando vivos na carne mortal, quer mortos, todos terão que
prestar contas a Deus. Confirme isso lendo I Ped. 4: 5-6. Por terem ensinado
isso pregaram os apóstolos a doutrina dos espíritas? Adotaram suas práticas?
ou simplesmente ensinavam haver um mundo de espíritos? Permita-nos dizer-
lhe que, novamente, pelo mesmo vício de julgamento dos pais de vossa fé,
outro retalho de escritura foi tomado em Eclesiastes 12: 7, o qual foi reforçado
por outro retalho em Gen. 2:7. O resultado foi o aparecimento de nova falsa
doutrina. A vossa doutrina é uma colcha de retalhos.
Veja o que dizem as duas escrituras:
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do pó da terra, e instilou-lhe no rosto
(nas narinas, na versão do Rei Tiago) um sopro de vida e o homem se tornou
um ser (alma, na versão do Rei Tiago) vivente."
Gen. 2:7
"antes que o pó retorne à terra para se tornar o que era; e antes que o sopro
de vida (espírito, na versão do Rei Tiago) retorne a Deus que o deu."
A primeira vista, parece que o homem viveu apenas pelo sopro de vida; que
seu corpo físico recém formado do pó da terra ali jazia pura e simplesmente;
que independente de qualquer outra entidade formadora, o simples sopro o
tornou uma alma vivente; que ao morrer o corpo físico, o "único" outro
componente volta à Deus, como simples sopro de vida, e acabou-se o
assunto. No entanto, a verdade é outra bem diferente:
Acontece que o conjunto de escrituras nos demonstra que há diferença entre o
sopro de vida que deu a respiração ao homem (desde Adão até ao último bebê
que nascer neste mundo), e o espírito propriamente dito. Reconhecemos que,
em alguns poucos casos, ambos os termos possam ser entendidos como a
mesma coisa; mas isso, muito mais pela variação das muitas versões da Bíblia
:
do que por outros fatores.
O profeta Isaías ensinou a distinção entre esses dois termos:
"... que dá respiração ao povo..., e o espírito aos que andam nela"
Isa 42: 5.
Zacarias 12:1 nos diz que o espírito tem forma.
Os apóstolos não ensinaram que Cristo foi em sopro ao mundo dos sopros,
para ensinar o evangelho aos sopros que estavam em prisão... para que
vivessem segundo Deus em sopro. Afinal de contas, Deus não é um sopro e
sim um Espírito (com corpo glorioso de ressurreição). E como tal, Ele é o Pai
dos espíritos de toda a carne, e não o Pai dos sopros de toda a humanidade.
A QUESTÃO DO SANGUE E DA ALMA
Quem não souber discernir a correta acepção em cada caso, terá
entendimento deslocado da verdade. Como já discutimos anteriormente,
poderá concluir tragicamente que o sangue é a alma individual, e cometer toda
aquela injustiça consigo mesmo e com o próximo, negando-se a socorrê-lo
com seu sangue.
Quem interpretasse dessa forma a escritura, teria que dizer: Em I Reis 17: 21-
22 que Elias pediu ao Senhor que fizesse retornar o sangue do menino morto,
em vez da alma ou espírito, na correta acepção do emprego.
Note-se que, embora não seja o ideal, algumas vezes a palavra alma é
empregada na acepção de espírito ou de vida. Como exemplo, podemos citar
Mateus16:26; Hebreus 10:39; Mateus 10:28.
Aliás, se o sangue do homem fosse a sua alma; não haveria almas individuais,
mas sim uma alma coletiva e única, pois todos nascemos neste mundo pelo
sangue de nossas mães, em cadeia ininterrupta que liga todos os mortais ao
primeiro ventre materno que gerou os filhos de Adão. Então, se assim fosse,
não importaria doar para salvar ou receber para ser salvo na carne; pois, tanto
o sangue quanto a alma seriam propriedade coletiva. Ninguém teria direito de
agir como se fosse propriedade particular.
E, ainda mais: Se o sangue fosse nossa alma, todos estaríamos banidos para
sempre da presença de Deus; pois o apóstolo Paulo nos ensina que carne e
sangue (isto é, carne com sangue) não chegará à presença de Deus. Se a
alma, na acepção de espírito, é imortal, nada pode ter a ver com o sangue, o
qual é coisa exclusiva da mortalidade.
A presença de Deus só dá lugar à carne e (com)espírito vivificante, como o de
Cristo na ressurreição, o qual perdeu todo o sangue no processo de seu
suplício, morte e preparação para ressurgir em carne espiritual no terceiro dia.
O ambiente eterno é fulgurante e luminoso (espiritual); o da mortalidade é
aquoso e opaco (carnal sangüíneo).
:
Quanto a Jeová ser o nosso Senhor e Deus, concordamos plenamente com o
Sr. O problema surge porém, quando concordamos da mesma forma com João
e o profeta Isaías em coisa que o Sr. não concorda.
EXTRATOS DO LIVRO A VERDADE AO ALCANCE DO HOMEM, VOLUME 1
Veja só este pequeno texto do livro AVAH, p. 240 e 241.
"Quem é conhecido nas Escrituras sob as denominações abaixo:
O Salvador, O Redentor, O Senhor, O Rei de Israel, O Verbo, O Servo?
- Cremos que a esmagadora maioria dos cristãos sabe que se trata de Jesus
Cristo. Agora, vejamos o testemunho que João dá dele:
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. A vida estava nele, e a vida era a
luz dos homens."
Ora, substituamos o nome Verbo pelo, nome Jesus Cristo e vejamos como se
nos apresentará a mesma Escritura:
"No princípio era Jesus Cristo, e Jesus Cristo estava com Deus, e Jesus Cristo
era Deus. Ele estava no principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e etc... etc.", e continua João: "Estava no mundo (ele, Jesus),
o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu."
(João 1: l-l0)
Parece-nos que isso é bastante para entender que Jesus Cristo é anterior ao
mundo e a tudo que nele está, mas, como há pessoas difíceis de convencer
com poucos argumentos (se é que se pode admitir ser isso pouco) vamos
apresentar outra Escritura reveladora do esforço que o Senhor faz para
transmitir esse entendimento aos que têm suas mentes comprimidas pelas
doutrinas falsas. Aqui está ela: "... diz o Senhor, o Meu servo, a quem escolhi;
para que o saibais e me creiais e entendais que sou eu mesmo, e que antes
de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum outro haverá."
(Isaias 43: l - 3)
E quem é esse Senhor que fala e declara que ele mesmo é o servo que
escolheu, para que saibamos, creiamos e entendamos?
Vejamos nas suas próprias palavras quem ele é: "...diz o Senhor, que te criou,
ó Jacó, e que te formou, ó Israel ... porque eu sou o Senhor teu Deus, o Santo
de Israel, o teu Salvador..." (Isaias 43:1-3)
E o que sucedeu ao servo no qual se transformou esse Senhor?
- "Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores
levou sobre si... ele foi traspassado por nossas transgressões, e moído pelas
nossas iniqüidades... mas o Senhor fez cair sobre ele (o Servo) a iniqüidade de
nós todos..." (Isaias 53: 4-6).
:
"Eis que vem com as nuvens e todo olho o verá, até quantos o traspassaram...
Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há
de vir, o Todo-poderoso." (Apoc 1:7-8).
Depois disso tudo, quem continuar a rejeitar a compreensão de que Jesus
Cristo é Jeová, encarnado na figura do Servo, é porque não crê nas Escrituras
e ama as tradições erradas mais que a verdade, portanto, já recebeu sua
recompensa.
______________
(1) Para entender as palavras "...antes de mim Deus nenhum se formou..." é
preciso compreender o princípio da coeternidade que liga o homem (como
espírito-inteligência) ao Deus Supremo (também como Espírito-Inteligência)
._______________
Como pode ver, neste pequeno texto, se substituirmos a designação "Senhor"
por Jeová, como vocês fizeram em toda a Bíblia, aí mesmo, então, é que mais
gritante se torna o fato de que Jeová e Jesus Cristo são a mesma pessoa. Isto
é, o espírito individual de Jeová nasceu na mortalidade como Jesus Cristo.
O próprio nome dado ao Salvador revela essa verdade. Seu significado é:
"Jeová é o Salvador Consagrado".
- Agora, apresentaremos ao Sr. mais um texto do livro já citado, p. 349 e 350,
bem como o Apêndice 3 integralmente. Nada podemos apresentar mais claro
do que o contido nesses extratos para demonstrar-lhe que. Jesus Cristo é
Deus. Há algumas referências do Livro de Mórmon.
Setecentos e cinqüenta anos aC, Isaias descreveu a morte e a ressurreição de
Jeová (ver todo o capitulo 53).
0 nome Jesus em hebraico é Yeshua e sïgnifica Yahweh é salvação. O nome
Yahweh refere-se, no hebraico, ao Deus de Israel.
Em português esse nome toma a forma Jeová. O anjo instruiu Maria a dar ao
seu filho o nome de Jesus , porque sabia que ele seria o próprio Jeová
descendo à carne, para realizar a salvação do gênero humano.
As palavras de Isaias dão testemunho irrefutável dessa verdade: "...Eu sou o
Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador, dei o Egito por teu
resgate..." (43:3); "...Eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador" (43:11);
"... saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador, o teu Redentor, o Poderoso
de Jacó." (60:16)
Para esclarecer a todos que ainda estão confusos sobre as expressões Jeová
e o Servo (de Jeová), Isaias pronunciou essas palavras: "...o meu Servo, a
quem escolhi para que o saibais e me creiais e entendais que sou eu mesmo e
que antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá."
(43:10) (1)
:
0 corpo físico de Jesus Cristo foi o Servo do espírito de Jeová para a obra de
salvação e redenção da humanidade. Jeová nasceu na carne como Jesus
Cristo, e realizou sua obra. E ele próprio deu testemunho disso em sua oração
final: "... e agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive
junto de ti, antes que houvesse mundo"; (João 17:5); E Paulo corrobora esse
testemunho : "...pois ele, subsistindo em forma de Deus... a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma do servo, tornando-se em semelhança de
homens e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-
se obediente até à morte, e morte de cruz..." (Filipenses 2:6-8)
No Salmo 81:6-7, lemos: "... sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.
Contudo morrereis como simples homens..."
Ora, Jesus Cristo referiu-se a essa escritura quando argumentava com os
Judeus. Exatamente para demonstrar que somos todos deuses, na qualidade
de filhos do Altíssimo. (Ver João l0: 34-35)
Ditas essas palavras, poderemos mostrar qual o verdadeiro significado do
texto: "...antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum
haverá."
Somos deuses porque filhos de Deus, primeiro como inteligências incorpóreas
(incriáveis, coexistentes e coeternas com a Inteligência divina).
Nessa condição, e nessa somente, somos tão eternos quanto nosso Pai e
quanto seu filho e nosso irmão Jesus Cristo. Assim, também, ninguém houve
antes de nós (nem haverá depois, já que nossas inteligências são eternas,
incriáveis e coexistentes com Deus).
Já quanto à condição seguinte não se dá o mesmo. Porque nossas
inteligências progrediram como entidades individuais e se diferenciaram
gradualmente umas das outras, e, ao serem associadas aos seus corpos
espirituais estabeleceram-se as diferenças de idade dos espíritos na
eternidade, porque os nossos corpos espirituais não foram gerados ao mesmo
tempo.
Jesus Cristo é o mais velho irmão que temos, porque foi o primeiro, como
inteligência, a obter um corpo de espírito. E por que? - Porque era a maior de
todas as inteligências abaixo do Pai (por esse mesmo princípio ele foi o
primeiro a obter o corpo ressuscitado).
Antes da queda gradual que experimentaram nossas inteligências, fomos unos
com o Pai; pois nossas inteligências nele estavam (e hoje estão, mas de forma
diferente). Agora, na prova máxima a que estão sujeitos nossos espíritos, após
a queda física e espiritual iniciada por Adão, é requerido a quantos de nós
pudermos, tornarmo-nos novamente um com Ele.
Mas, desta vez, em carne; exatamente como Jesus o fez. Ele levou seu corpo
:
de carne inteiramente obediente ao seu espírito, à presença do Altíssimo. É
assim que os justos apresentarão seus corpos ao Pai, em perfeita submissão
aos seus espíritos. (A oração sacerdotal de Jesus confirma a verdade dessa
doutrina; ver João 17: 20~24)
Todo o universo é uma sistemática de avaliação para os espíritos; engendrado
pela Suprema Inteligência e organizado da Sua própria Substância. A
organização do mundo físico reproduz esta verdade, através da organização
atômica da matéria - toda ele repousa sobre o átomo de hidrogênio, o mais
simples dos elementos e constituído de apenas um próton e um elétron.
Assim, na sistemática concebida por Deus para a existência dos corpos dos
homens no mundo temporal, Ele fez com que todos tivessem sua origem a
partir de um primeiro e único o corpo de Adão (o pai de todos os corpos que
pertencem à sua família; ver Mórmon 3: 20).
0 relacionamento que existe entre o corpo de Adão e todos os corpos a partir
dele gerados, é semelhante àquele existente entre o corpo de espírito de
nosso Pai Eterno e os nossos corpos de espírito.
Mas não é só isso. Esse relacionamento estende-se até às profundezas da
eternidade; porque, da mesma forma que o espírito de Adão já existia antes
que seu corpo físico fosse organizado, a Inteligência de Deus já existia
eternamente antes que o primeiro Corpo de Espirito do Deus Cabeça de todos
os outros Deuses, houvesse sido organizado; para, semelhantemente, ser o
Pai de todos os corpos na dimensão do universo dos espíritos.
Ora, o pai do meu corpo e de todos os meus irmãos consangüíneos, é um só.
Nenhum pode haver além dele, que nos tenha gerado diretamente. Assim, em
relação a todos os meus irmãos por parte de pai, nenhum pai haverá antes
dele nem haverá depois (no que se referir aos nossos corpos). Não obstante,
há um número incontável de pais entre as famílias da terra. De forma
semelhante há incontáveis pais de corpos de espírito no mundo eterno... e
continuarão a existir para sempre.
Sendo, toda a humanidade terrena, filha em espírito de um mesmo Pai na
eternidade, está escrito que para nós nenhum Deus houve, nem haverá
depois. A despeito disso, haverá outros Pais na eternidade que dirão essa
verdade a seus próprios filhos. E, no entanto, todos esses Pais serão filhos de
outros Pais, esses de outros... e assim, até chegar ao corpo do Deus Principal
que gerou todos os outros, mas não foi gerado por ninguém e sim organizado
pelo poder do Espírito Eterno, do qual nossas inteligências fazem parte
eternamente .
Essas coisas não são contra as Escrituras, e sim verdades mais profundas. O
profeta Daniel compreendia essa verdade maior, a existência de vários Deuses
:
(ver Daniel 11: 36, 38, 39).
Ao prestarmos honra ao Pai dos nossos corpos de espírito através do seu
primogênito em espírito e unigênito na carne - Jesus Cristo - estaremos
honrando o Deus Supremo, que enviou o Pai, assim como este enviou o Fllho
"...a quem fez herdeiro de todas as coisa, pelo qual também fez o universo"
(Hebreus 1: 2) "... para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus,
na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor,
para glória de Deus Pai." (Filipenses 2:10-11).
APÊNDICE 3
UMA QUESTÃO QUE CONFUNDE MUITA GENTE
Chegou às nossas mãos um exemplar da revista "Sign of the times" de Julho
de 1973. Na página 28 há uma seção chamada "Sua Pergunta da Bíblia
respondida". Seque-se a pergunta feita por alguém que se diz ministro:
"Ninguém jamais me fez claro, e eu como ministro não tenho sido capaz de
explicar pelas Sagradas Escrituras, exatamente como o título "Filho de Deus"
foi aplicável a Cristo antes que Ele tivesse nascido em Belém. Se
verdadeiramente era o Filho de Deus antes dessa época, por favor expliquem-
me de que forma Ele foi um Filho.
Um pai existe sempre antes do filho, mas é ensinado que o Pai não antecedeu
ao Filho e que Cristo era Igual com o Pai. Isso cria um problema de confusão
mental para aqueles que pensam no filho como descendente do pai.
Pessoalmente, eu preferiria usar o termo "Associado" para Jesus Cristo nos
dias que antecederam o Seu advento pela primeira vez." A.W.G.
Da resposta dada, os pontos mais importantes focalizados foram:
"... para mim não é mais difíci1 crer que Cristo existiu eternamente como o
Filho, do que crer ter Ele existido eternamente como o Salvador. Em
Apocalipse 13: 8 Cristo é chamado "o Cordeiro Imolado desde a fundação do
mundo"... em lsaias 9: 6 o Filho é chamado "o Pai eternamente" e "o Deus
poderoso"... o Velho Testamento o chama tanto Pai quanto Filho, bem como
Deus..." "... Nas suas leituras e meditações a respeito de Deus você
provavelmente concluiu que os atributos pertencentes à divindade não podem
ser limitados a tempo e espaço..."
Pareceu-nos, disso tudo, que a pergunta foi tremendamente bem feita e a
resposta melancolicamente mal dada - aliás não houve resposta para a grande
pergunta de A.W.G., que merecia maior esclarecimento. Mas como dá-la se
não sabem?
Embora a pergunta não tenha sido a nós dirigida, por alguma razão, chegou às
nossas mãos. Vamos respondê-la para todos os A.W.G. deste mundo que
procuram conhecer a verdade e não a encontram:
:
CRISTO É PAI E TAMBÉM É FlLH0, NAS ALÉM DISS0 É 0 PAI E 0 FILHO.
ESSA É UMA QUESTÃO MUITO DIFÍCIL E QUE CONFUNDE A MUITA
GENTE
Vejamos as palavras de Abinadi no Livro de Mórmon:
"Quisera que compreendêsseis que o próprio Deus virá entre os filhos dos
homens e redimirá Seu povo. E porque Ele habitará na carne será a vontade
do Pai; sendo o Pai e o Filho. Pai, porque foi concebido pela poder de Deus; e
Filho por causa da carne; de maneira que vem a ser o Pai e o Filho - e são um
Deus, sim, o Eterno Pai do céu e da terra. E tornando-se assim a carne sujeita
ao Espírito, ou o Filho ao Pai; sendo um Deus, sofre tentações e não cede a
elas... a carne sujeitando-se até a morte e a vontade do Filho se incorporando
à vontade do Pai.
E assim rompe Deus as cadeias da morte, tendo ganho a vitória sobre ela;
dando ao Filho o poder de interceder pelos filhos dos homens..." (Mosiah l5: l-
8).
"... Ensinai a todos que a redenção vem por Cristo, o Senhor, que
é o verdadeiro Pai Eterno" (Mosiah 16:15)
Vejamos as palavras do rei Benjamim: "E se chamará Jesus Cristo, o Filho de
Deus, o Pai dos céus e da terra, o criador de todas as coisas desde o
princípio..." (Mosiah 3: 8).

Comparemos com as palavras de João: "... estava no mundo e o mundo foi


feito por ele, mas o mundo não o conheceu... os seus não o receberam. Mas
todos aqueles que o receberam... DEU-LHES O PODER DE SE TORNAREM
FILHOS DE DEUS. ESTES NÃO NASCERAM DO SANGUE, NEM DA
VONTADE DA CARNE, NEM DA VONTADE DO HOMEM, NAS SIM (DA
VONTADE) DE DEUS. (João 1:10-13).
E agora vejamos as palavras do Senhor Jesus Cristo:
"Pai, é chegada a hora, glorifica teu Filho... Pois lhe deste poder sobre toda
criatura... Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer.
Agora pois, Pai, glorifica-me junto de ti concedendo-me a glória que tive junto
de ti, antes que o mundo fosse criado." (João 17:1-5). E após a ressurreição:
"Disse- lhe Jesus... mas vai a meus irmãos e dize-lhes: "Subo para meu Pai e
vosso Pai, meu Deus e vosso Deus". (João 20:17).
Essas palavras esclarecem toda a questão:
Jesus Cristo é Deus desde antes de descer para a carne, e lá recebeu poder
sobre toda criatura, e com esse poder realizou toda a criação. Por isso é o Pai
Eterno para toda obra que Seu Pai e nosso Pai lhe ordenou fazer. Nem por
:
isso Ele deixa de ser um Filho, tanto em espírito quando na carne; porque, na
carne, também se sujeitou à vontade do Pai, sendo glorificado primeiro no
espírito e depois na carne ressurrecta: "... glorifica-me junto de ti mesmo, com
aquela glória que tive em ti, antes que houvesse mundo." Nem por isso Ele
deixa de ser nosso irmão: "...vai a meus irmãos e dize-lhes: subo para meu
Pai, e vosso Pai, meu Deus, e vosso Deus".
Nem deixa Ele de prestar honras ao mesmo Deus que nós prestamos!
Nem por isso deixaremos de ser feitos filhos de Deus na carne, como somos
no espírito; se obedecermos, exatamente como fez Jesus Cristo.
O fato de dizermos que o Filho é o Pai Eterno (desta criação) não significa que
Ele não tenha o Seu Pai Eterno, nem que este não tenha o Seu.
O cognome de Pai está relacionado com o poder criador concedido e exercido
por quem o recebe. Esse é feito como um Pai Eterno para todos os seus
irmãos menores, a fim de poderem crescer nas diferentes etapas da senda do
progresso eterno, engendrada pelo Deus Supremo. Disse Jesus: "Meu Pai é
maior do que eu"; no entanto, Ele falava a Moisés, Abraão, lsaac, Jacó e a
todos os demais profetas , como o Deus-Todo-Poderoso, mas a eles não se
deu a conhecer pelo Seu nome: Jeová. (Êxodo 6:3 ver também o apêndice
12)
Jesus Cristo falou claro quando referiu-se aos discípulos como Seus irmãos e,
para desbancar a previsível sofistaria maligna, reforçou Suas palavras
acrescentando logo a seguir: "... meu Pai, e vosso Pai, meu Deus, e vosso
Deus." (João 20:17)
Quando reçordamos outras palavras Suas: "Vós sois deuses". (João10:34);
"Sede vós perfeitos como é o vosso Pal que está nos céus" (Mateus 5: 48)
mais confirmação obtemos de que essa é a verdade.
Aqueles que ensinam ser o Pai e o Filho a mesma pessoa, estão certos. Mas
não sabem porque ou, fazendo um jogo de palavras, estão certos, mas estão
errados, porque só alcançaram metade da idéia e a ensinam como a verdade;
para explicar o que não casa, criam um dogma absurdo que desnorteia
inteiramente os homens. Eles não alcançaram ainda esta compreensão
superior:
Ao Filho foi dada autoridade e poder para exercer, como Pai, a obra que Lhe
foi atribuída fazer por Seu Pai (e nosso também). Na autoridade de Pai, pelo
poder criador que recebeu, o Filho desceu e fez-se carne - na figura de Filho
ou do Servo, como fala Isaías.
Cumpriu na carne toda a vontade do Pai, da mesma forma que já tinha
cumprido em espírito (antes do mundo ter sido criado por Ele mesmo).
Voltou ao Pai em corpo ressurrecto como vencedor do mundo, para reassumir
:
Sua gloriosa posição de Criador e Salvador de todos os homens. (João 17:1-5)
Dessa posição exaltada, o Filho, que também é Pai e nosso irmão em espírito
por parte de Pai, promete elevar ao Seu "status" todos os que O obedecerem!
Assim sendo, o que impede ao homem entender que o Pai de Jesus Cristo
tenha também o Seu Pai, e este o Seu Pai, e este o Seu... e assim, até o Deus
Supremo, Pai maior que todos os outros Pais, que numa eterna cadeia de
autoridade delegaram aos Seus Filhos mais dignos o poder criador dos
Deuses-Pai e o direito de Se apresentarem, aos espíritos em provação, na
figura do Deus-Poderoso?
"Berosheit baurau Eloheim ait auschamayeen vehau auraits"
"No principio o Deus cabeça chamou os deuses em conselho..."
A TESTEMUNHA: Vocês comportaram-se como se soubessem de antemão as
questões que eu iria levantar. Cercaram-me de tal forma, com suas respostas
estudadas, que não tive maneira de esquivar-me da pressão. É isso justo? Por
acaso não foi o meu amigo Oséas que os advertiu dos meus artigos de fé,
para que vocês os derrubassem? Que bem isso fará a vocês ou a mim?
MISSIONÁRIO: De fato, tivemos uma longa conversa com nosso irmão Oséas
sobre o Sr. e sua fé. Isso, para podermos melhor preparar-nos para dar ao Sr,
o melhor de nós. Se as suas questões pegassem-nos de surpresa, embora
pudéssemos respondê-1as, não o faríamos com a organização de idéias e
clareza que acabamos de expor. A pressão que declarou ter sentido, só lhe
pode transmitir mal estar, no caso do Sr. lutar contra a luz das palavras que lhe
comunicamos; porque essa pressão é desenvolvida na consciência de quem
ouve a palavra, e não na daquele que a comunica.
Quem tem luz capaz de sentir essa pressão, também é capaz de adicionar, de
assimilar a luz que lhe deu causa, e fazê-la parte de si mesmo. Só quem lutar
contra a própria consciência, dirá que essa pressão é injusta e desagradável.
Efetivamente, o esforço que fizemos fará bem a nós, receba o Sr. ou não
nossa mensagem. Quanto ao bem que lhe fará, depende inteiramente do Sr.
. Por isso, achamos justo tudo o que fizemos. Oramos a Deus para que o Sr.
possa ser justo consigo mesmo, fazendo o que Ele gostaria que fizesse.
A VERDADEIRA MENSAGEM EM ECLESIASTES
A TESTEMUNHA: Devo confessar que as respostas pegaram-me inteiramente
de surpresa. Nunca imaginei que jovens como vocês pudessem ter tão grande
entendimento das escrituras, a ponto de abalar minhas convicções,
alicerçadas durante tantos anos. Mas, ainda há um livro da Bíblia que não
comentaram satisfatoriamente, é o Eclesiastes. Lá esta escrito que depois da
morte tudo acaba, vejam o que diz em 9: 5-6, não é isso uma negação de tudo
quanto disseram sobre a sobrevivência do espírito?
:
"Com efeito, os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem
mais nada; para eles não há mais recompensa, porque sua lembrança está
esquecida. Amor, ódio, ciúme, tudo já pereceu; não terão mais parte alguma,
para o futuro, no que se faz debaixo do sol."
MISSIONÁRIO: O Eclesiastes é um livro dirigido àqueles que põem sua
esperança e valores nas coisas da carne mortal e do mundo físico, que é
vivificado pela água e a luz do sol, e não nas coisas que se desenvolvem
acima das leis terrenas e da luz do sol. As escrituras em Eclesiastes são uma
lição contra as vaidades cultuadas pelos mortais; mostra a precariedade deste
nosso mundo e seus habitantes
Sua lição nada tem a ver com o corpo de espírito, o qual, não veio do pó e sim
da eternidade, portanto jamais poderá ser sepultado, como o corpo físico
mortal.
Nas versões católicas da Bíblia, o Livro da Sabedoria segue-se ao Eclesiastes.
Lá está demonstrada a sobrevivência do espírito, veja o capítulo 2, ao
descrever a vã filosofia dos ímpios, e o capítulo 3, demonstrando a verdadeira
doutrina da sobrevivência da alma. Estude mais as seguintes referências
confirmatórias, Números 16: 22 e Hebreus 12: 9.
Agora está na hora de nos despedirmos. Poderíamos saber se o Sr, gostaria
de receber nossas palestras regulares?
A TESTEMUNHA: Dêem-me mais tempo para pensar... mais um pouco de
tempo.
NOTA: Cerca de trinta dias após, soubemos da morte do jovem, filho de nosso
visitado; durante o período pós-operatório, quando já se recuperava na sua
residência. Durante a operação os médicos fizeram uma transfusão, à revelia
dos pais. Havia necessidade de mais uma, mas não foi feita. Talvez não
tenhamos mais oportunidade de dar as palestras. Elas terão que ser dadas por
outra dupla de missionários. Deixaremos este relatório para sua orientação
sobre o este nosso primeiro contato.)
DOS MISSIONÁRIOS AO IRMÃO OSÉAS (nota escrita):
Prezado irmão.
Visitamos seu amigo Armando e fizemos tudo que era possível, para
convencê-lo da verdade nobre os temas que nos pediu esclarecer-lhe.
Enviamos anexa, uma cópia desse contato. Não sabemos se ele aceitará as
palestras. Quão grande pode ser a fidelidade das pessoas a causas injustas;
quão grande se torna a injustiça do homem que ouve com toda a clareza a
verdade e a rejeita.
Élderes José e Smith
FIM DA PRIMEIRA PARTE
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