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CONTATOS

ÍNDICE DA PARTE 2

Preparação para o contato com o kardecista ...............................1

O Contato 4

O discurso do kardecista................................................................2

O que Deus disse a Moisés sobre a consulta aos espíritos?...........4

Foi Joao Ba�sta uma reencarnação do Profeta Elias?.....................5

O reino de Deus não se cons�tui em confronto de dialé�cas.........6

João Ba�sta não poderia ser a reencarnação do profeta Elias........8

A doutrina do karma versus a expiação de Jesus Cristo...................9

Uma Manifestação Celes�al ...........................................................11

Preâmbulo ao contato 5..................................................................17

Um equacionamento perfeito ........................................................18

Extratos do Discurso de Parley P. Prat em Toronto ........................19

O Contato 5 .....................................................................................23

A fé na salvação deve estar de acordo com as escrituras.................25

FIM DO ÍNDICE DA PARTE 2

______________

UM PREÂMBULO AO CONTATO 4

PREPARAÇÃO PARA O CONTATO COM O KARDECISTA

CONVERSA DOS MISSIONÁRIOS

- Vamos ter um encontro com o Dr. Medeiros, hoje às 20:00 horas. Quando o irmão Riemer
apresentou-nos a ele, no domingo passado, notei a grande ansiedade que tem por comunicar
suas experiências espirituais e o conhecimento que tem da doutrina espírita. Você observou que
es�vemos ouvindo sua pregação por quase dez minutos? Se conseguimos dizer duas ou três
frases foi muito.

- É verdade! Suponho ser muito di�cil entregarmos nossa mensagem de forma produ�va, o
problema principal é que sua mente não se concentra naquilo que lhe comunicamos no
momento, divaga em busca de encontrar uma correspondência com a doutrina que assimilou
durante muitos anos.

- Por isso, pedi ao irmão Riemer que, discretamente, explicasse a ele a importância da mensagem
que temos para comunicar, e da atenção necessária para compreende-la, a fim de poder aceitar
os desafios que faremos e, através deles, consiga a necessária comunicação com Deus pelo Seu
Espírito, para descobrir por si mesmo a veracidade da mensagem.
- Ó�mo! Se o irmão Riemer conseguir isso, acho que daremos nosso recado. Mas, lembro-me
bem de que o Dr. Medeiros pediu que esse nosso primeiro contato fosse uma simples tomada
de posição para ele, uma conversa informal, para ver se aceitaria ou não as palestras regulares.

- Sim, mas de qualquer forma, é preciso que ele nos dê oportunidade para esgotar nossas
respostas às questões que apresentar. Devemos estar prevenidos para o fato de que, nesses
primeiros encontros, uma muralha de tradições precisa ser galgada; para podermos chegar ao
coração das pessoas, vencer a desconfiança natural e as vezes sérios preconceitos de toda ordem
- raciais, nacionais, polí�cos, sociais, econômicos e, principal mente, religiosos.

Se não chegarmos ao coração, as pessoas não entenderão a mensagem. Devemos circular


qualquer contenda; até mesmo, aparentemente, concordando com o que sabemos ser uma
concepção errada, para, depois, colocar uma pergunta bem feita, de forma que a pessoa
encontre por ela própria a resposta correta.

Nosso controle emocional é a chave para vencermos os desafios desses primeiros Contatos.

Agora vamos pedir ao nosso Deus as palavras certas para dizer ao Dr. Medeiros.

CONTATO 4

O DISCURSO DO KARDECISTA

O KARDECISTA: Prezados jovens, vou ser absolutamente franco com vocês. Vejam bem, é grande
a amizade que tenho pelo Riemer. É mais por atenção à ele que estou hoje recebendo vocês em
minha casa, porque já formei minha posição sobre as coisas espirituais.

Observem ali naquela estante; todo o lado direito é ocupado com obras espiritualistas,
representam o meu acervo de conhecimento sobre este vasto assunto. Acervo que acumulei em
muitas horas de leitura e meditação, por mais tempo do que os anos de vida que vocês viveram,
os dois somados. Tenho quase certeza que vocês não leram, e talvez mesmo nunca tenham
ouvido falar dos livros clássicos que os kardecistas como eu já estudaram profundamente.

Assim, eu me pergunto: o que poderiam ter vocês para me ensinar? Não é querer embaraçá-los,
mas digam-me se conhecem pelo menos um dos livros que vou citar, para começarmos nossa
conversa:

- O Livro dos Espíritos, de Alan Kardec.

- O Evangelho Segundo o Espiri�smo.

- O livro dos Mediums.

- Mensagem do Astral, psicografado por Hercílio Maes.

- A Vida de Cristo Ditada por Ele Mesmo (a uma médium francesa)..

Agora o tempo é de vocês...

MISSIONÁRIO: Muito agradecemos ao Sr, por ter-nos recebido e dado oportunidade para falar-
lhe de nossa missão. Estamos realmente impressionados com a sua dedicação ao estudo desses
assuntos, e aos muitos anos de vida que tem perseverado neles!

O Sr, apertou-nos contra um canto de parede, quando perguntou se já havíamos lido algum
desses livros, pois, na verdade, não lemos nenhum deles, não conhecemos seu conteúdo. Mas,
podemos agora imaginar do que se trate, pelos �tulos que citou.
Agora, se nos permite, gostaríamos de abordá-lo, usando a mesma argumentação que usou para
mostrar a desproporção do seu conhecimento daquelas coisas em relação ao nosso.

Diga-nos Dr. Medeiros, se já leu pelo menos um dos livros que vamos citar: Doutrina e Convênios;
o Livro de Moisés e o Livro de Abraão, todos de autoria do Senhor Jesus Cristo? E mais, o Sr. já
leu a Bíblia de forma integral? O Sr, já leu o Livro de Mórmon?

Efe�vamente, não podemos ensiná-lo em nada, no que concerne aos assuntos comunicados por
espíritos, médiuns e suas mensagens. Sobre isso, reconhecemos sua supremacia absoluta.
Porém, reconhecemos nos devidos termos, porque há outras coisas a considerar sobre esse �po
de conhecimento. Mas, sobre isso, falaremos depois.

Nossa missão é vir à sua casa para ensiná-lo das coisas que sabemos, e que o Sr, ainda não sabe;
simplesmente porque, até agora, ninguém o avisou delas.

O KARDECISTA: Muito bem! Muito bem mesmo! Vocês usaram minhas palavras e me apertaram
no outro canto da parede; vejo que dialogo com pessoas inteligentes. Mas penso ainda ter um
pouco de vantagem: Posso dizer que não sou um ignorante da Bíblia, pois tenho lido sempre o
Evangelho Segundo o Espiri�smo e, por sinal, conheço também passagens da vida de Cristo que
vocês nem sonham em conhecer. Elas estão con�das num outro livro Chamado A Vida de Cristo
Ditada por Ele Mesmo, em que ele incorpora-se numa medium francesa e dita, através dela, os
fatos de sua vida, o que me dizem disso?

MISSIONÁRIO: Vemos que o Sr, é um homem com grande capacidade de crer nos fenômenos
espirituais. Esperamos que também possa crer nas coisas que lhe vamos relatar na sucessão de
nossos encontros, se o permi�r.

O Sr, pergunta o que temos a dizer sobre suas úl�mas afirmações. São tantas, tantas coisas, que
preferimos começar pelas primeiras palavras que nos disse hoje. Tentaremos estabelecer uma
ordem. Vamos começar analisando os �tulos dos livros que citou: - o Livro dos Espíritos, de Alan
Kardec.

Embora não tenhamos lido o livro, sabemos que o autor foi o codificador da doutrina espírita, a
qual nasceu da manifestação de incontáveis espíritos, os quais incorporam-se num médium e
respondem às consultas que os homens lhes fazem. Alguns iden�ficam-se como sendo pessoas
já falecidas, muitas delas historicamente conhecidas; outros são conhecidos ou se dão a
conhecer como mestres ou espíritos de luz.

O KARDECISTA: Exatamente! Vejo que, nesse ponto, vocês estão bem informados. Foi dessa
forma que soubemos algo glorioso sobre o espiri�smo, e que nos foi ensinado pelos grandes
mestres do mundo dos espíritos.

É assim que soubemos ser o espíri�smo a terceira revelação de Deus aos homens; a primeira
foi Moisés e a segunda, Jesus Cristo. Vocês já haviam ouvido essa doutrina do kardecismo?

E da reencarnação, o que vocês pensam?

MISSIONÁRIO: Sim, ouvimos falar dela, mas através de um livro escrito por um nosso irmão da
Igreja em 1975, A Verdade ao Alcance do Homem. Prometemos que, no nosso próximo encontro,
traremos uma cópia das partes que discutem esse assunto, na nossa perspec�va espiritual.
-Agora, deixe-nos con�nuar com nossa resposta sobre a forma pela qual Kardec codificou a
doutrina espírita. Já que concordou com o entendimento que declaramos ter do processo,
vamos analisá-lo à luz das escrituras bíblicas.

O QUE DEUS DISSE A MOISÉS SOBRE A CONSULTA AOS ESPÍRITOS?

Veja o que Deus disse à Moisés:

"Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos; não os consulteis, para que não sejais
contaminados por eles!... (Lev.19:31)

"Se alguém se dirigir aos espíritos ou aos adivinhos... voltarei o meu rosto contra esse homem e
o cortarei do meio do meu povo." (Lev.20:6)

"Não se ache no meio de � ... quem se dê à ... magia, ao espiri�smo ... ou à evocação dos mortos,
porque o Senhor teu Deus abomina aqueles que se dão a essas prá�cas!..." (Deut.18:10-12)

São três testemunhos de um profeta de Deus, de que a doutrina ensinada pelos espíritos aos
espíritas está contaminada. Uma doutrina só pode estar contaminada pela men�ra; ela pode ter
toda a aparência do bem e da jus�ça, ao débil entendimento dos homens, mas ser injusta e falsa
para Deus. Gostaríamos que o Sr, examinasse as escrituras por si mesmo, de forma direta, e não
através de interpretações outras que não a do Espírito que está na Bíblia.

Podemos inferir dessas palavras dadas por Deus a Moisés que existe efe�vamente um mundo
de espíritos, que eles podem comunicar-se conosco e nos contaminar com doutrinas falsas. E
que se quisermos fazer parte do Seu povo, não devemos fazer nenhuma dessas coisas ... e se
teimarmos em receber essas doutrinas, seremos colocados fora do Seu Reino.

Jesus Cristo deu testemunho da veracidade das palavras de seus profetas e apóstolos, e estes,
deram testemunho dele:

"Pois, se crêsseis em Moisés, certamente creríeis em mim, porque ele escreveu a meu respeito.
Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis nas minhas palavras?" (João 5:46 -47)

Como vê Dr. Medeiros, mesmo que digamos crer no Senhor Jesus Cristo, estaremos provando a
Ele que não cremos; ao desobedecer Suas palavras ... empregando nossa confiança, não Nele,
mas em quem nos é dito para não confiar. O espírito "de luz" que ensinou ser o espiri�smo a
terceira revelação de Deus, só pode ser mesmo é do diabo.

Quanto à reencarnação, como doutrina ensinada pelos espíritos, o que o Sr. acha que
pensaríamos dela?

O KARDECISTA: Pelo menos dessa doutrina eu espero a aceitação de vocês, pois a passagem em
João 1: 21-25 é ensinada no kardecismo como uma afirmação bíblica da reencarnação - João
Ba�sta era o profeta Elias que haveria de vir.

MISSIONÁRIO: Preferimos deixar a resposta desta questão para nosso próximo encontro, pois a
cópia. que traremos responderá plenamente. Considerando agora o �tulo do segundo livro de
sua citação: o Evangelho Segundo o Espiri�smo:

Mesmo que não houvéssemos citado aquelas três escrituras do pentateuco de Moisés, as quais,
desqualificam inteiramente as obras espíritas, poderíamos usar uma do Novo Testamento, que
desqualificaria este úl�mo livro, a começar do próprio �tulo:

"Antes de tudo, sabei que nenhuma escritura é de interpretação par�cular." (Ped, 1:20)
As escrituras bíblicas nos ensinam que há um Pai da Verdade, um só Mestre e um Espírito da
Verdade. Também nos ensinam que há um pai das men�ras e uma mul�dão de mestres.

Seus ensinamentos são antagônicos e perfeitamente discerníveis por qualquer pessoa que
estude a palavra de Deus com seriedade, livre das interpretações ou interposições falsas,
denunciadas pelo Espírito de Deus nos livros dos profetas bíblicos.

Em que escola acreditaremos, na do Espírito, na de um só Mestre ou na dos espíritos e sua


mul�dão de mestres?

O antagonismo é de tal ordem, que não podemos mesclá-las de nenhuma forma.

Pedimos agora que nos perdoe, mas já passa das 21:30 e é tempo de nos despedirmos.
Voltaremos outra vez, se o Sr. consen�r.

O KARDECISTA: Naturalmente, gostaria que vocês voltassem. Preciso meditar melhor sobre o
que me disseram. Peço que não deixem de trazer a cópia. Quero que saibam: apreciei a
franqueza que usaram.

Que tal depois de amanhã à mesma hora?

MISSIONÁRIO: De acordo, o Sr, permite que um de nós faça uma oração para agradecer a Deus
pela oportunidade deste encontro?

(Dois dias depois foi realizado o segundo encontro, ainda informal para esclarecer as questões
que ficaram pendentes).

MISSIONÁRIO: Dr. Medeiros, aqui está a cópia prome�da. Mas antes de examina-la, gostaríamos
de terminar nossas respostas às primeiras questões.

Veja o Sr., pelo que demonstramos em referência aos primeiros livros considerados, não
podemos dizer nada diferente em relação aos dois outros. Quanto ao livro que citou mais
adiante, o caso é ainda mais sério. De que forma o Senhor Jesus Cristo violaria sua própria
palavra, no testemunho dado de Moisés, o qual condenou veementemente as prá�cas espíritas?

Além disso, como Ele se iria incorporar numa mulher com um corpo ressuscitado e glorificado,
com o qual vive na presença do Pai? Vê o Sr. agora, o absurdo e a falsidade contaminadora a que
os homens estão sujeitos, se não aderem firmemente à doutrina do Espírito, e se deixam levar
pela dos espíritos?

Não duvidamos que a tal senhora tenha experimentado uma incorporação, mas lhe asseguramos
que não foi de Jesus Cristo e sim de um espírito maligno.

FOI JOÃO BATISTA UMA REENCARNAÇÃO DO PROFETA ELIAS?

Agora sim, podemos examinar a cópia, Nela está a resposta para o problema que levantou, ao
dizer que João Ba�sta era o profeta Elias reencarnado.

Mas antes de tudo, peço que considere a semelhança do absurdo com o que acabamos de dizer
anteriormente sobre o corpo ressuscitado do Senhor.

Veja o Sr., Elias não morreu, foi transladado no corpo, é o que lemos em II Reis 2:11-12. Sendo
assim, pelo testemunho da escritura; como ele entraria no ventre de Isabel para nascer como
João Ba�sta? Vê o Sr, como é fácil descobrir os antagonismos, quando conhecemos a doutrina
do Espírito de Deus?
Enxergou o Sr., agora, o terrível antagonismo da doutrina espírita, quando diz que o espiri�smo
é a terceira revelação de Deus?

Veja o que diz a cópia. (Segue-se a leitura da cópia, pelo Dr. Medeiros, o nosso kardecista)

O KARDECISTA: Realmente, não posso deixar de reconhecer os antagonismos. Mas os profetas


an�gos podem ter feito um complô contra os espíritas, para poderem manter-se na liderança do
povo. Eles podem ter colocado na boca de Moisés e do próprio Jesus, aquelas palavras. Não é
uma hipótese aceitável, considerando que o espiri�smo manifesta poderes espirituais
impressionantes, os quais poderiam diminuir a influência dos profetas de Israel sobre o povo?

MISSIONÁRIO: Em primeiro lugar, complôs não são atos do Espírito que orienta os profetas. Mas
são os atos naturais dos espíritos que trabalham incessantemente contra Deus e o Seu Plano de
Salvação.

Não! A hipótese que sugeriu é para nós inaceitável.

Para explicar os antagonismos que vemos, não é necessário fazer qualquer hipótese, porque os
autores das men�ras estão perfeitamente iden�ficados nas escrituras. Veja a palavra de Paulo
sobre esses poderes que se manifestam no espiri�smo principalmente:

"A manifestação deste ímpio, será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda sorte de
milagres, de sinais e de prodígios enganadores. Ele usará de todas estas seduções do mal para
aqueles que se perdem. Por não terem aberto seus corações ao amor da verdade que os poderia
ter salvo... Assim, serão condenados todos os que não deram crédito à verdade, para se
comprazerem no mal." (2 Tess 2: 9-12)

"Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, ...mas contra os príncipes deste
mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas nos ares)" (Filipenses 6:12)

Como vê, Dr. Medeiros, não se trata de formular hipóteses, mas de aceitar os fatos da revelação
de Deus.

O REINO DE DEUS NÃO SE CONSTITUI EM CONFRONTO DE DIALÉTICAS

O KARDECISTA: Então, todo o bem, toda a caridade que fiz durante esses quarenta e cinco anos
de vida adulta, resultarão em nada? Meus mo�vos de amor pelo próximo foram debalde? Então,
o reino de Deus de que falam, resume-se apenas em confronto de dialé�cas, para obter ou não
o que chamam de salvação? Não seria isso uma mera guerra de palavras; o mesmo que vemos
todas as denominações que se dizem cristãs fazerem? Então, o que os diferenciaria das demais?
O que haveria de prá�co em todas essas contestações, em todas essas confrontações que estão
em curso desde que o mundo é mundo?

MISSIONÁRIO: Que excelentes foram suas questões agora, Dr. Medeiros, é uma grande
oportunidade que nos deu de prestar um maior testemunho hoje. Suponhamos que uma
denominação qualquer, entre nessa luta dialé�ca a que o Sr. se referiu, mas que não conheça o
verdadeiro Plano de Deus, a organização a ser dada ao povo, o sistema de operação e
administração, em preparação para um governo mundial... quando, no devido tempo, o governo
será dado ao povo da Sua Igreja (aos santos)... "para fazer a vontade de Deus na terra, como é
feita nos céus."
Nesse caso, a referida denominação estará fazendo exatamente o que o Sr. sugeriu - como um
ferreiro, sem fogo e fole, malhando em ferro frio. Por mais que bata, não conseguirá seu obje�vo
... por falta do "espírito", do fogo.

Agora, suponhamos que uma dessas denominações seja a verdadeira. Obviamente, ela também
estará na luta dialé�ca, do contrário, como poderá vir a ser conhecida e reconhecida como tal,
por aqueles que �verem olhos de ver e ouvidos de ouvir as coisas verdadeiramente reveladas
dos céus?

Nesse aspecto superficial, ela, em tudo, se pareceria com as demais, para o observador menos
atento ou a primeira vista.

Mas, neste caso, como ela conhece o verdadeiro Plano, Organização e Administração do Sistema
Geral de Governo, estabelecido por Deus para reger o mundo na sua segunda vinda, ela diferirá
inteiramente das outras. Ela terá a bigorna e o martelo, o fole e o fogo, para aquecer o ferro e
moldá-lo ao fei�o encomendado pelo Patrão.

O ferreiro é Deus; o braço representa os homens da Igreja, ao serviço de Deus; o martelo e a


bigorna, são os meios terminais que trazem a força de ação e o apoio para execução do trabalho;
o ferro é o material humano do mundo, que precisa ser moldado à vontade de Deus; o fogo é o
Espírito, tornando maleável o coração de pedra do povo do mundo, para trazê-lo à verdadeira
assembléia; o fole é a palavra de Deus, soprando con�nuamente, trazendo es�mulo e poder ao
fogo ou Espírito do Sacerdócio, para tornar a obra realizável.

O apóstolo Paulo ensinou que o evangelho não é apenas um conjunto de palavras (não compõe-
se apenas das dialé�cas humanas), mas é o poder de Deus para a salvação de todo o que nele
crê. E o crer demanda em muita ação da parte do homem.

Todo o esforço de pregação do evangelho, ao longo dos milênios, visa preparar um povo
separado (santo), para herdar este planeta; depois de purificado de toda poluição �sica e
espiritual, e de ser insuflado da luz celes�al (glorificado) à altura do Reino Celes�al de Deus (veja
o Apocalipse).

O Sermão da Montanha dá os requisitos que o homem deve alcançar espiritualmente, para


poder ser herdeiro de tudo o que Deus preparou, para aqueles que dão prova que o amam, por
trabalhar na obra que lhes designou, no seio do povo que reuniu na Igreja, com esse específico
propósito.

Este é o sen�do prá�co e obje�vo final que existe na pregação do evangelho. A Igreja de Jesus
Cristo con�nua a atuar no mundo dos espíritos, que seque-se a este nosso. A obra não sofre
solução de con�nuidade. O sacerdócio de Deus, que o Sr, receber aqui na mortalidade, con�nua
a atuar com todo o vigor lá, em preparação dos herdeiros do Reino Celes�al e de outros reinos
menores. Se o Sr, permi�r, traremos uma cópia xerox relatando a visão dada por Deus a um dos
nossos irmãos, em janeiro de 1920, onde estão focalizados os trabalhos do sacerdócio no mundo
dos espíritos. É interessante notar que também não há solução de con�nuidade para a atuação
do falso sacerdócio.

Para terminar de responder suas questões, afirmamos que nenhum ato justo, feito de coração
reto, deixará de ser considerado na nossa salvação. Mas, devemos lembrar-nos que nos será
dado, de acordo com as obras que realizarmos neste estado de provação. Logo, o �po de salvação
que herdaremos será função dessas obras.
Agora, perguntamos ao Sr. se poderemos voltar para apresentar as palestras regulares.

O KARDECISTA: Certamente! Certamente!

(As palestras foram dadas e dois meses após o Dr. Medeiros deixou de ser kardecista, e hoje é
um membro do sumo-conselho de uma de nossas estacas.)

JOÃO BATISTA NÃO PODERIA SER A REENCARNAÇÃO DO PROFETA ELIAS

Perguntaram os fariseus:

"És tu Elias?, respondeu João Ba�sta: "Não sou o dito Elias"; con�nuaram os fariseus: "És tu o
Profeta (Elias)?", "Não" disse João; insis�ram os fariseus: "Como, pois, ba�zas, se não és o Cristo,
nem Elias, nem o Profeta (Elias)?"

(João 1:21-25)

Posteriormente a isso, Jesus declarou que o Ba�sta era o Elias que haveria de vir, e que ele não
fôra reconhecido como tal pelos judeus!

A contradição é só aparente; porque ao analisarmos a úl�ma pergunta dos fariseus, vemos que
eles discriminaram ni�damente:

Cristo, Elias e o Profeta (Elias). Estava, portanto, envolvido na questão, um outro Elias que não
era o Profeta Elias! Quem era ele então?

- Se Jesus disse que João era o ELIAS que haveria de vir, aparentemente "contra" a palavra de
João, que disse aos fariseus não ser o Elias que os judeus supunham; é porque o personagem a
quem os judeus se referiram na pergunta, não era o mesmo ao qual Jesus se referiu ao dizer que
João era o Elias que haveria de vir.

Os fariseus �nham em mente, na sua primeira pergunta, o Elias que haveria de restaurar todas
as coisas; enquanto Jesus referiu-se ao Elias que haveria de "endireitar o caminho diante do
Senhor", ao qual, chama de mensageiro em Mat: 3-l (ver Isaias 40: 3 e Lucas 7: 27); esse
mensageiro, sem sombra de dúvida, era o

Ba�sta! Mas o MENSAGEIRO do Pai (o ELIAS que haveria de restaurar todas as coisas era o
próprio Cristo) e João tentou esclarecer isso aos fariseus: "Depois de mim vem um (Elias) mais
poderoso do que eu... Ele vos ba�zará no Espírito Santo e no fogo." (Lucas 3:16)

Como João sabia não ser (ele mesmo) o Elias que haveria de restaurar todas as coisas, respondeu
corretamente que não era aquele Elias que os judeus �nham em mente!

Podemos, assim, começar a discernir a confusão:

A palavra Elias tem duplo significado nas Escrituras, ela pode ser um nome pessoal, Elias (o
profeta), ou ser empregada para definir uma atribuição (de mensageiro, de precursor, de
preparador ou o que valha). Já o Profeta (Elias), a quem os fariseus também fizeram menção , é
aquele citado em Malaquias 4: 5, que estava anunciado para vir, antecedendo a volta de Cristo
nos úl�mos dias

..." para converter o coração dos filhos aos seus pais..."

Esse Profeta apresentou-se no Templo de Kirtland em 1836.


Foi ele que não provou a morte; que foi transladado diante de Eliseu. (II Reis 2:11); portanto seu
corpo e espírito man�veram-se unidos para sempre desde o nascimento carnal. Assim sendo,
não é grande incoerência dizer que o espírito de Elias (o profeta) reencarnou em João Ba�sta?

Quando os espíritas estudarem o Evangelho segundo o Espírito Santo em vez do "evangelho"


segundo o espiri�smo, terão condições de compreender e aceitar essa verdade! (AVAH, 1o-
Volume p. 124 e 125)

A DOUTRINA DO KARMA VERSUS A EXPIAÇÃO DE JESUS CRISTO

(REENCARNAÇÃO versus RESSURREIÇÃO)

APÊNDICE 1 (AVAH, 2o- Volume)

Façamos antes algumas perguntas preparatórias:

Quem é o principal responsável por estarmos subme�dos ao pecado, dor, aflição e morte?

Alguns dirão: - Adão!

Con�nuemos, porém, a aprofundar a pergunta: ... mas quem organizou as circunstâncias


potenciais para que Adão pudesse desobedecer e ser condenado tanto à morte espiritual quanto
à �sica?

- Naturalmente, aquele que levou-lhe o conhecimento da lei!

Então, podemos responder mais completamente:

- Embora Adão houvesse transgredido a lei e permi�do que o poder do mal entrasse no mundo,
isso só se tornou possível depois que a lei lhe foi declarada. Como, sem lei, Adão não poderia
transgredir, o criador do pecado (em potencial) foi o autor da lei - Deus!

"Eu sou o que �ra o pecado do mundo; porque fui eu quem criou o homem" (Mosíah 26:23)

Deus criou o homem perfeito e em perfeita inocência, depois revelou-lhe duas leis para serem
obedecidas, mas dentro de circunstâncias que terminariam por levar Adão a ter que exercer uma
entre duas opções. E ele preferiu transgredir uma lei menor (comer do fruto proibido) para poder
obedecer a uma lei maior (ele acompanhou a mulher na queda para poder gerar seus filhos,
permi�ndo que o Plano de Deus �vesse prosseguimento - pelo nascimento dos Seus filhos em
corpos de carne, ossos e sangue).

Deus, para isso, organizou as circunstâncias potenciais geradoras do pecado, ao revelar a lei. O
homem ao ser feito árbitro de si mesmo, exerceu sua escolha (contra a lei) e dinamizou o
potencial do pecado com todos os seus efeitos devastadores. Mas o mestre do pecado é o
demônio. (ver Mosíah 4: l4)

O pecado, por sua vez, gerou a morte espiritual e a morte temporal.

Essas mortes seriam de caráter eterno irreversível, a menos que houvesse interferência do
próprio Deus, pois o homem mortal não as poderia remediar.

De fato, só Deus poderia �rar a morte do mundo, uma vez que foi Ele quem a criou. Ela tornou-
se o maior e úl�mo inimigo da felicidade do homem, inimigo ao qual só mesmo o Messias teria
o poder para vencer.
A lei eterna determinou, por causa da jus�ça, que o Deus que revelou a lei, Ele mesmo deveria
�rar o pecado do mundo. É a compensação exigida, sem a qual Deus não Se poderia sen�r
jus�ficado diante da própria jus�ça eterna.

Para �rar a morte do mundo, Ele precisaria subjugar seu poder e fazer reverter seus efeitos. Seria
preciso Se deixar morrer; para depois Seu espírito retomar o corpo... e abrir a passagem para
todos os mortos. Desenvolver o poder da ressurreição impondo-se ao poder da morte. (Mosíah
15: 7-9, 19, 20)

Sabemos ter sido Cristo quem realizou a expiação; portanto, ele mesmo foi quem deu a lei
configuradora do pecado. Ele falou a Adão e a todos os demais profetas, sob o nome de Jeová.

(Isaias 43:3, l0, 11, 15; 50: 6-10; 53: 4- 11; Filipenses 2: 6-8)

O Homem não pecaria se Deus não houvesse revelado a lei, mas, ao ser ela declarada, ele foi
exortado a cumpri-la, com promessas de bênção ou maldição (Deut 30:19). Isso tornou o homem
responsável diante de Deus e árbitro de si mesmo, pela liberdade de consciência que passou a
poder exercer em face das circunstâncias surgidas naquele novo estado de existência.

Através da lei recebida e da transgressão e queda de Adão, os espíritos dos homens, ao a�ngirem
a idade da responsabilidade, perdem a inocência em troca da obtenção de maior inteligência e
maturidade espiritual na eternidade. É uma mudança do estado de inocência, para um estado
de culpabilidade, mas com potencial altamente promissor; mesmo sujeitos aos riscos, perigos e
perdas eventuais.

Pelas penas que os homens fariam cair sobre suas próprias cabeças, ao se enredarem nas teias
do pecado, por mal uso do livre arbítrio, a misericórdia de Deus estabeleceu uma maneira pela
qual eles pudessem escapar da dor espiritual correspondente - O Criador da lei, que trouxe a
possibilidade do pecado, sofreria as penas a que seriam condenados todos os Seus filhos, para
que eles não precisassem sofrê-las.

Mas, como o homem também foi feito responsável diante da lei de Deus; para que essa graça
de livramento dos cas�gos fosse alcançada por ele, tornou-se necessário estabelecer
determinadas condições: 1- fé no Autor de uma compensação pelos pecados da mul�dão - o
Messias, que viria no Meridiano dos Tempos realizar essa expiação (JesusCristo); 2 -
arrependimento dos pecados, 3 -ba�smo por imersão; 4 - imposição das mãos por um portador
do Sacerdócio para receber o dom do Espírito Santo, e então prosseguir vivendo de toda palavra
que sai da boca de Deus, perseverando até o fim.

Quem não aceitar todas essas condições, não alcançará a graça oferecida, terá que arcar com o
peso das penas por si mesmo. Para depois, receber o seu quinhão de salvação, de acordo com
as obras realizadas na carne, (D&C 19:16-19). Essas obras são o fator determinante das grandes
diferenças entre os graus de salvação dos homens na eternidade; elas os des�narão aos
diferentes reinos de salvação preparados por Deus; e dentro de cada um deles, aos incontáveis
graus inerentes a cada um. Isso éo que significam as palavras : "...será dado a cada um, de acordo
com as suas obras".

Por isso, é imprescindível que o Evangelho venha a ser conhecido por todos os espíritos dos
homens quer na terra �sica, quer no mundo dos espíritos, pois todos deverão decidir por si
mesmos se usarão ou não do poder dessa graça. (l Pedro 3:18-19; 4: 5-6)
Por todas essas coisas podemos compreender da palavra de Deus:

Obedecidos os requisitos do evangelho, a remissão dos pecados é completa, perfeita, total (pois
foi perfeita a compensação operada por Cristo). Ao lermos Hebreus 9: 25-27; l0:18 vemos essas
coisas claramente confirmadas. (Ver também as referências do Livro de Mórmon sobre a
expiação). A dialé�ca kármica contraria tudo isso de maneira flagrante, mesmo assim domina
muitos milhões de mentes; por que?

- Porque, pelo menos no que diz respeito aos espíritas, as pessoas desprezaram a leitura
criteriosa da Bíblia; em troca da sofistaria satânica denominada O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO.

Deus revelou a verdade, veio ao mundo para confirmar tudo que anunciara por seus profetas;
expiou, morreu, ressuscitou e subiu ao céu, prometendo voltar para salvar os que o esperam
dignamente. Ele fez a Sua parte e deixou-nos sem desculpas, se não cumprirmos a nossa.

DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS DO SACERDÓCIO NO MUNDO DOS ESPÍRITOS

"UMA MANIFESTAÇÃO CELESTIAL"

Por HEBER Q. HALE, Presidente da Estaca de Bolse, Idaho d’A Igreja de

Jesus Cristo dos Santos dos Úl�mos Dias

É com um espírito bem humilde e grato, que vou tentar relatar nesta ocasião, a pedido, uma
experiência pessoal, a qual, é muito sagrada para mim. Necessito ser breve. Além disso, há
alguns assuntos que me foram dados a conhecer, e que não sinto liberdade de relatar aqui.

Deixem-me dizer, a guisa de prefácio, que entre às 24:00 h e 7:30 h da manhã do dia 20 de
janeiro de 1920, enquanto eu estava sozinho num quarto da casa de meu amigo, W.F. Raeson,
em Carey, Idaho, esta gloriosa manifestação foi concedida a mim.

Eu não es�ve consciente de nada do que me ocorreu durante as horas mencionadas, exceto o
que experimentei. Eu não me virei na cama e nem fui perturbado por nenhum barulho. Se foi
um sonho, uma aparição, uma visão ou uma peregrinação de meu espírito ao mundos dos
espíritos eu não o sei... e não me importa.

Eu sei é que realmente vi e experimentei as coisas relatadas nessa manifestação celes�al e elas
são reais para mim, tanto quanto qualquer experiência de minha vida. Para mim, pelo menos,
isso é suficiente.

De todas as Doutrinas e prá�cas da Igreja, o trabalho vicário pelos mortos, tem sido o mais di�cil
para eu compreender e aceitar totalmente. Eu considero esta visão, como uma resposta do
Senhor à oração de minha alma, nisso e outras dúvidas que eu �nha.

(NOTA de Amoramon - Vemos aí aplicada a doutrina da revelação con�nua; a qual é dada


individualmente a quaisquer um de nós nesta Igreja, quando manifestamos um desejo são e
ardente de saber determinados pontos da doutrina que não compreendemos - quanto à
maneira pelas quais nossas dúvidas serão �radas, devemos deixar à cargo do Senhor, em vez de
sugerir que Ele faça dessa maneira ou daquela.)

Eu passei por um curto espaço de tempo, de meu corpo, por uma membrana, ao mundo dos
espíritos. Isto foi a minha primeira experiência depois de dormir. Eu parecia reconhecer, que
�nha passado pela mudança chamada MORTE e referi-me a ela em minha conversação com os
seres imortais com quem imediatamente fiz contato; também observei o desagrado deles com
o nosso uso da palavra MORTE e o medo que temos dela.

Eles usam ali uma outra palavra para referir-se à transição da mortalidade

para o mundo dos espíritos, palavra esta, que não me recordo, mas que me posso aproximar do
significado, conforme a impressão que deixou em minha mente: "O NOVO NASCIMENTO"

Minha primeira impressão visual, foi a proximidade do mundo dos espíritos ao nosso mundo da
mortalidade. A grandeza dessa esfera celes�al foi desconcertante aos olhos deste espírito
noviço. Muitos lá gozavam visão irrestrita e ação desimpedida. A vegetação e paisagem eram
belas, além de qualquer descrição, Não era tudo verde lá como aqui, mas áureo, com tonalidades
variadas de cor-de-rosa, cor-de-laranja e cor-de-alfazema, como o arco-íris.

Uma calma doce permanecia em todo o lugar. As pessoas que encontrei, eu não os vi como
espíritos, mas como homens e mulheres, indivíduos pensa�vos e a�vos, tratando de negócios
importantes de uma maneira muito eficiente. Havia perfeita ordem ali e todo o mundo �nha
alguma coisa para fazer e pareciam estar tratando de seus afazeres.

A crença de que os habitantes do mundo espiritual são classificados de acordo com suas vidas
de pureza e a sua observância à vontade do PAI, foi subseqüentemente sen�da por mim.

Par�cularmente, observei que os iníquos e os impenitentes são confinados a um certo distrito,


isolados, com marcações definidas entre um e outro mundo (iníquos e justos), defini�vamente
determinadas e intransponíveis, tanto quanto a linha de divisão que existe entre o nosso mundo
�sico e o mundo espiritual; é apenas uma membrana, mas intransponível; até que a própria
pessoa, por si mesma tenha mudado (para poder passar por ela).

Esse mundo dos espíritos, é o grande lar temporário de todos os espíritos aguardando a
ressurreição dos mortos e o julgamento. Havia muita a�vidade dentro e entre as diferentes
esferas. Vi professores designados, indo de esferas mais altas, para esferas mais baixas, a fim de
cumprir com seus compromissos missionários. Eu �ve grande desejo de encontrar certos
parentes meus já falecidos e certos amigos também, mas fiquei imediatamente impressionado
com o fato, de que �nha entrado num mundo tremendamente grande e extenso, muito maior
mesmo do que a nossa terra, e mais numerosamente habitado.

Eu só podia estar em um lugar ao mesmo tempo, não podia fazer mais do que uma coisa ao
mesmo tempo; assim como, só podia ver em uma única direção ao mesmo tempo. Portanto,
compreendi que requereria muitos e muitos anos para achar e conversar com todo o mundo que
conhecia e aqueles com quem eu desejava encontrar, e que não haviam sido chamados para
me receber naquele momento.

Todos os homens e mulheres dignos estavam designados para fazer serviços especiais e
regulares, sob um plano de ação bem organizado, dirigido principalmente para pregar o
Evangelho do PAI aos não conver�dos, ensinando àqueles que procuram conhecimento, assim
estabelecendo relacionamentos familiares, juntando genealogias familiares para o uso e
bene�cio de sobreviventes mortais de suas respec�vas famílias, para que o trabalho de ba�smo
e as ordenanças seladoras possam ser realizadas para os falecidos, nos templos de DEUS na terra.

Os representantes autorizados das famílias no mundo espiritual, têm acesso aos nossos registros
no templo e são avisados totalmente do trabalho feito ali, porém o trabalho vicário feito no
templo, não se torna automa�camente válido no mundo espiritual; pois o recebedor desse
trabalho deve primeiro: crer, arrepender-se, aceitar o ba�smo e receber a confirmação. A par�r
daí então, certas ordenanças (NOTA de Amoramon - as ordenanças específicas do mundo dos
espíritos, que não conhecemos ainda) são realizadas, efe�vando essas ordenanças salvadoras
que realizamos na terra, nas vidas desses seres regenerados.

Então, a grande obra está se realizando - eles fazendo um trabalho lá que não podemos fazer
aqui, e nós fazendo um trabalho aqui, que eles não podem fazer lá - ambos necessários, sendo
um o complemento do outro; e assim proporcionando a salvação de todos os filhos de DEUS que
virão a ser exaltados.

Fiquei surpreso ao notar que não haviam bebês nos braços das mães.

Eu encontrei o filho infan�l de Orson W. Rawlins, meu primeiro conselheiro e imediatamente


reconheci-o como o bebê que morreu uns anos atrás, mas ele parecia possuir inteligência e, em
certos aspectos, aparência de um adulto e estava empenhado em tratar dos negócios de sua
família e com sua genealogia. Fiquei muito contente em saber que as mães ( NOTA de Amoramon
- depois da ressurreição) novamente receberão em seus braços, os seus filhos que morreram em
sua infância e estarão completamente sa�sfeitas; mas o fato permanece -

que ao entrarem no mundo dos espíritos eles são adultos, porém, há maior oportunidade de
desenvolvimento, os bebês são espíritos adultos em corpos infan�s.

Vi também, uma grande mul�dão de homens, a maior que já vi juntos em um só lugar;


imediatamente reconheci-os como soldados, os milhões que foram massacrados e lançados tão
rapidamente ao mundo dos espíritos durante a primeira guerra mundial. Entre eles estava
calmamente e majestosamente um grande general, como comandante supremo daqueles
soldados. Quando eu me aproximei, recebi um sorriso bondoso e uma generosa saudação
daquele grande e amoroso homem chamado Richard W. Young.

Daí veio uma convicção absoluta em minha alma, que de todos os homens vivos ou mortos, não
houve nenhum que fosse tão perfeitamente escolhido para a grande missão que ele exercia ali.
Ele recebia a atenção e o respeito de todos os soldados. É um grande general e um grande
Sumo-Sacerdote de Deus. Nenhum outro trabalho, pelo qual ele podia ter sido chamado, pode
ser comparado com o atual em importância e extensão.

Andando mais à frente, por um tempo considerável, vi pessoas, algumas que eu já conhecia e
muitos milhões que não conhecia. Aproximei-me de um pequeno grupo de homens, em pé em
um caminho cercado de prados espaçosos e flores, gramados e matagal ornamental, tudo
comum a tonalidade áurea cercando o caminho, que ia para um lindo edi�cio. O grupo estava
empenhado em uma intensa conversação. Um daqueles homens deixou-os e veio vindo em
minha direção pelo caminho. Reconheci-o imediatamente, era o meu es�mado Presidente
Joseph F. Smith. Ele me abraçou como um pai abraçaria o seu próprio filho e depois de algumas
palavras de saudações, rapidamente declarou: "Você não veio para ficar"; declaração está, que
compreendi ser mais como uma afirmação do que uma interrogação. Pela primeira vez
conscien�zei-me de minha missão incompleta na terra e, apesar de sen�r que eu gostaria de ter
ficado lá, imediatamente perguntei ao Presidente Smith se eu poderia voltar à terra, ele disse-
me: "Você expressou um desejo reto", então ele replicou: "Eu apresentarei o assunto às
autoridades e informo-lhe mais tarde",

Em seguida, nos viramos e ele conduziu-me para aquele grupo pequeno de homens, de onde
�nha saido. Imediatamente, reconheci o Presidente Brigham Young e o Profeta Joseph Smith.
Fiquei surpreso em achar o Presidente Young um homem mais baixo e forte do que eu �nha
imaginado em minha mente. Do outro lado, vi o Profeta Joseph Smith mais alto do que eu
esperava. Ambos possuíam uma calma e uma majestade santa.

Eles foram bondosos e cavalheiros para comigo. O Presidente Smith apresentou-me aos outros.
Em seguida, voltamos pelo mesmo caminho; o Presidente Smith ainda apresentou-me a outras
pessoas; e daí par�u dizendo que me veria novamente.

Foi-me permi�do avistar esta terra e tudo o que estava ocorrendo sobre ela. Não houve limites
em minha visão (NOTA de Amoramon - agora ele estava recebendo uma visão da terra pelo poder
do Espírito, e não olhando diretamente com seus olhos do corpo de espírito, condição em que
teria certas limitações, conforme descritas anteriormente neste relato); e fiquei espantado com
isto. Vi minha esposa e meus filhos em casa. Vi o Presidente Heber J. Grant como o cabeça desta
grande Igreja e do reino de DEUS, recebendo luz e verdade e guiando o seu des�no ( da Igreja).
Eu contemplei esta Nação (Estados Unidos da América), que foi fundada sobre princípios
corretos e designada a permanecer, porém ela estava cercada de iniquidades e forças sinistras,
que procuravam conduzir os homens à destruição. Eu vi vilas e cidades, os pecados e iniquidades
de homens e mulheres. Vi navios velejando sobre os mares e os vastos campos marcados e
feridos pela guerra na França e na Bélgica. Em uma só palavra, eu contemplei o mundo inteiro
como ele era: Como um panorama passando diante de meus olhos. Daí, sen� aquela
inesquecível impressão de que toda a terra, as cenas e pessoas sobre ela, estão abertas à visão
dos espíritos, mas somente quando é dada uma permissão especial, ou quando eles precisam
fazer um serviço especial aqui. Isto é verdadeiro para aqueles espíritos dignos, que estão
a�vamente empenhados no serviço do Senhor, e para aqueles que não podem estar
empenhados em dois campos de a�vidades ao mesmo tempo.

Os espíritos iníquos e impenitentes, tendo ainda, como todo mundo, o seu livre-arbítrio, não se
aplicam em nenhuma incumbência ú�l ou salubre. Eles procuram prazeres nos velhos fantasmas
e exultam no pecado e na miséria da humanidade degenerada. Neste sen�do, eles ainda são
ferramentas de satanás. São esses espíritos preguiçosos, danosos e enganosos que aparecem
como miseráveis e fraudulentos em sessões espíritas, chamadas de mesas brancas e outras
operações enganosas semelhantes, os espíritos nobres e grandes não atendem ao chamado do
médium e de grupos de introme�dos inquiridores que aparecem. Eles não faziam isso na
mortalidade e certamente não irão fazer agora em seu estado mais avançado de conhecimento
no mundo da imortalidade.

Esses espíritos iníquos que não se arrependem, são espíritos aliados de satanás e seu exército,
operando através de seus médiuns na carne; essas três forças, cons�tuem um perverso triângulo
ou trindade sobre a terra e são responsáveis por todo o pecado, iniqüidade, aflição e miséria
entre os homens e as nações.

Avancei mais em frente, banqueteando os meus olhas nas belezas que me cercavam e
glorificando-me na desejável paz e felicidade que habitavam em todo aquele mundo e em todas
as coisas. Quanto mais distante ia, as mais gloriosas cenas tornavam a aparecer.

Enquanto eu estava em pé, de um certo ponto, vi um templo maravilhosamente belo, com


cúpulas de ouro, de onde saiu um pequeno grupo de homens ves�dos com túnicas brancas, que
pararam para uma pequena conversa. Esses foram os primeiros que vi ves�dos dessa forma. Os
milhões que �nha visto anteriormente, estavam logicamente, ves�dos, porém eram ves�mentas
variadas e os soldados estavam, por exemplo, ves�dos com uniformes.
Nesse pequeno grupo de homens, meus olhos se centralizaram em um deles, mais
resplandecente e santo do que todos os outros. Enquanto eu estava assim contemplando-o, o
Presidente Joseph F. Smith saiu do meio deles e veio para o meu lado. "Você sabe quem ele é?"
ele perguntou. E eu imediatamente respondi: "Sim, eu o conheço, meus olhos contemplam o
nosso Senhor e Salvador." - "É verdade", replicou o Presidente Smith. E Oh! Como a minha alma
estremeceu de êxtase e uma inexplicável alegria encheu o meu coração! O Presidente Smith
informou-me, que eu �nha permissão para voltar e completar a minha missão na terra da forma
como o Senhor �nha designado a cumprir; e aí, com a mão sobre meu ombro, proferiu estas
memoráveis palavras:

"Irmão Heber, você tem uma grande obra a realizar. Ande com um coração devoto e será
abençoado em seu ministério. Deste momento em diante, nunca duvide que DEUS vive, que
Jesus Cristo é Seu filho, o Salvador do mundo e que o Espírito Santo é um Deus de Espírito e o
mensageiro do Pai e do Filho. Jamais duvide da ressurreição dos mortos e da imortalidade da
alma; que a missão dos Santos do Úl�mos Dias é pregar o evangelho para toda a humanidade,
os vivos e os mortos e que o grande trabalho nos Templos Santos para a salvação dos mortos só
está no começo e saiba disso, que Joseph Smith foi um enviado de DEUS para introduzir o
evangelho na dispensação da plenitude dos tempos, que é a úl�ma oportunidade para os
mortais da terra. Que seus sucessores foram todos chamados e aprovados por DEUS. O
Presidente Heber J. Grant é, nesse momento, o reconhecido e ordenado cabeça d’ A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Úl�mos Dias sobre a terra. Dê a ele a sua confiança e também o seu
apoio. Muito do que você tem visto e ouvido aqui não será permi�do repe�r quando você
voltar."

Assim dizendo, despediu-se e disse-me "Deus Te Abençoe".

Daí em diante, andei por uma considerável distância, passando por várias cenas e inumeráveis
pessoas antes que eu chegasse na esfera, de onde eu �nha entrado no início. No caminho de
volta, despedi-me de muitos amigos e parentes, sendo que alguns deles enviaram palavras de
saudações e conselhos aos seus entes-queridos aqui; sendo que minha mãe era uma delas.
Encontrei o irmão John Adamson, sua esposa, seus filhos James e lsabell, que foram mortos pela
mão de um assassino na casa deles em Carey, Idaho, na tarde do dia 29 de outubro de 1915. Eles
pareciam radiantes quando souberam que eu estava voltando para a mortalidade e
imediatamente o irmão Adamson disse-me:

"Diga aos nossos filhos que somos felizes e estamos muito ocupados; que eles não devem
lamentar a nossa par�da e também, não devem preocupar suas mentes a respeito da maneira
pela qual par�mos. Há um propósito, e nós temos muito trabalho a realizar aqui, que requer
nossos esforços cole�vos e não poderíamos fazê-los individualmente."

Eu imediatamente entendi que o trabalho que estavam realizando era a genealogia; eles estavam
trabalhando na Inglaterra e Escócia. Um dos maiores e mais sagrados no céu, é o relacionamento
familiar. o estabelecimento de correntes completas, sem elos incompletos, traz alegria total. Elos
totalmente estragados serão �rados e provavelmente novos elos serão colocados nas vagas, ou
dois elos con�guos serão ligados juntos. Homens e mulheres em todo lugar do mundo, estão
sendo mo�vados pelos seus antepassados falecidos para juntar genealogia.

Esses são os elos das correntes, as ordenanças de ba�smo, endowments e selamentos realizados
nos templos de DEUS pelos vivos para os mortos.
São as ligações dos elos. Ordenanças são realizadas no mundo espiritual confirmando os
recebedores individuais e os princípios salvadores do evangelho realizados aqui.

Quando aproximei-me do lugar por onde eu �nha entrado, minha atenção foi atraída para um
pequeno grupo de mulheres preparando o que parecia ser ves�mentas.

"Nós estamos preparando a recepção para o irmão Phillip Worthington brevemente".

(Phillip Worthington faleceu no dia 22 de janeiro de 1920; o Presidente Hale foi no�ficado por
telegrama, voltou para Boise e pregou no enterro dele no dia 25 de janeiro).

Quando admirado repe� o nome dele surpreso pela sua vinda, fui admoestado:

"Se você soubesse da alegria e missão gloriosa que está sendo reservada para ele, você não
pediria que ele ficasse por mais tempo na terra".

Aí, inundou a minha consciência esta terrível verdade: Que a vontade do Senhor pode ser feita
tanto na terra como no mundo espiritual por nós e através de nós. Por causa do egoísmo do
homem e a vontade pessoal, contra a vontade de Deus, muitas pessoas que talvez teriam par�do
em inocência e paz, tem con�nuado a viver e passado por uma vida de sofrimentos e misérias
ou deboches e crimes; vivendo para seu próprio risco. Homens e mulheres e também crianças,
são muitas vezes chamados para missões de grande importância do outro lado e respondem
alegremente; enquanto outros recusam-se a ir, e seus ente-queridos não os deixam par�r.
Também, muitos morrem porque não têm a fé para serem curados. Ainda outros, vivem muitos
anos e passam por este mundo de mortais, sem qualquer manifestação especial ou ação da
vontade Divina.

Quando um homem es�ver aflito e doente, a pergunta de capital importância não é... "Será que
ele vai viver ou morrer?"

Que diferença faz se viveremos ou morreremos, desde que a vontade do Pai seja feita?

Certamente nós podemos confiar em Deus. É aí que entra o dever especial e privilégio de
administração pelo Santo Sacerdócio, que é dado aos lideres d’ A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Úl�mos Dias, para efetuar a vontade do Pai, concernente àqueles sobre quem suas
mãos estão colocadas. Se por alguma razão, eles não conseguem iden�ficar a vontade do Pai,
devem con�nuar orando com fé para aliviar a aflição daquela pessoa, mas humildemente
concedendo supremacia para a vontade de Deu; para que a vontade Dele possa ser feita tanto
na terra como nos céus.

Para uma pessoa justa, o nascimento no mundo espiritual é um privilégio glorioso e uma benção.

Os maiores espíritos da família do Pai Celes�al, usualmente não permanecem muito tempo na
carne. Eles são chamados ao mundo dos espíritos para realizarem certa missão onde o campo é
maior e os trabalhadores são poucos. Esta missão terrena, pode portanto, ser longa ou curta,
dependendo de como o Pai quer que seja. (NOTA de Amoramon, observe-se que aqui o
Presidente Hale está apresentando uma opinião pessoal. Talvez a tradução não esteja muito
precisa neste ponto. Seria melhor dizer "Alguns dos maiores espíritos ..." em lugar de dizer "Os
maiores espíritos ...")

Quietamente passei por onde eu �nha entrado no mundo dos espíritos e imediatamente o meu
corpo foi es�mulado e levantei-me para ponderar sobre isso e para registrar as muitas coisas
maravilhosas que eu �nha visto lá.
Permitam-me aqui e agora, declarar ao mundo que, sem preocupação do que outros possam
pensar ou dizer; que eu sei através de meu próprio conhecimento e de minha própria
experiência, que Deus é o Pai dos espíritos de todo homem e que ELE VIVE! QUE JESUS É O SEU
FILHO E O SALVADOR DO MUNDO; que o espírito do homem não morre! Mas sobrevive a
mudança chamada "morte" e vai ao mundo dos espíritos; que o mundo dos espíritos fica sobre
ou perto da terra; que espíritos tomarão seus corpos novamente na ressurreição; que os
princípios de salvação estão sendo agora ensinados aos espíritos e que o grande trabalho de
salvar a família do Pai entre os vivos e os mortos, está em processo e que, enfim,
compara�vamente, poucos serão perdidos; que o evangelho de Jesus Cristo foi novamente
estabelecido na terra com todas as suas chaves, poderes, autoridades e bênçãos, através do
chamado de Joseph Smith; que isto é o poder que salvará e exaltará todos aqueles que se
renderem à obediência aos seus princípios e que, enfim, salvará o mundo; que o fardo de nossa
missão é salvar almas para Deus e que o trabalho para a salvação dos mortos é tão importante
quanto o é o trabalho para os vivos.

(NA DEDICAÇÃO DA CAPELA EM NEWCASTLE, AUSTRÁLIA, ELDER PAUL H. DUNN, DO PRIMEIRO


CONSELHO DE SETENTAS, CONFIRMOU QUE ESTA MANIFESTAÇÃO FOI AUTÊNTICA E ACEITA PELA
IGREJA).

PREÂMBULO AO CONTATO 5

PREPARAÇÃO PARA O ENCONTRO COM O PRESBITERIANO, CONVERSA DOS MISSIONÁRIOS

- Conheço o Sr. que vamos visitar hoje, desde os meus quinze anos de idade. Ele trabalhava numa
indústria de tecidos em São Paulo, antes de mudar de ramo e passar a residência para o Rio. É
membro a�vo da Igreja Prebisteriana desde jovem: conhece bem o protestan�smo e é uma
pessoa muito franca, ao ponto de ser rude algumas vezes. Ele condescendeu em marcar esse
nosso encontro, em atenção à amizade que mantém com meu pai, mas sinto que se tocarmos
seu coração ele entenderá a mensagem.

- É irmão, gosto de lembrar dos grandes nomes dos primórdios desta nossa restauração. A
maioria deles era da fé protestante, embora vindos de diversas denominações. Entre muitos
deles, gosto de lembrar de Parley P. Prat e de sua busca constante, sempre por maior luz.

Bem jovem ainda uniu-se à Igreja Ba�sta. Cerca de um ano e meio após seu casamento, ele
encontrou mais luz na pregação dos Discípulos e decidiu dedicar sua vida à pregação daquela fé.

Pouco depois, porém, teve conhecimento do Livro de Mórmon e dos fatos relacionados com seu
aparecimento. Convenceu-se da maior luz que o mormonismo trazia, e abraçou nossa fé para
não mais mudar. Parley descobriu que as diversas igrejas fundadas pelo homem podem trazer-
nos em seus ensinamentos graus menores ou maiores de luz; que o espírito autên�co, na sua
busca por mais luz, não se deixa deter, até que encontre algo maior e que não possa ser superado
diante de sua consciência. É preciso ter coragem moral para mudar; para não se deixar deter em
nome de tradições ou de grupos de pressão, sejam elas de que natureza forem.

- Realmente! Brigham Young, o segundo presidente da nossa Igreja, era metodista, e Heber C.
Ximball era da Igreja Ba�sta. Todos eles foram homens de grande envergadura espiritual. Mas,
de minha parte, também gostaria de lembrar do discurso memorável feito por Parley P. Prat no
Canadá.
A força missionária de suas palavras, precisa ser melhor conhecida e avaliada por todos nós.
Parley buscou a inspiração para esse discurso, das questões levantadas por John Taylor numa
reunião precedente, diante de várias pessoas que costumavam freqüentar duas vezes por
semana a casa de uma delas, com o obje�vo de estudar a Bíblia de forma independente das
seitas locais.

UM EQUACIONAMENTO PERFEITO

Nessa época, John Taylor ainda não se unira ã nossa Igreja.

Algumas questões de John Taylor na sua fala, foram de importância capital para uma busca
sensata e inteligente. Veja:

Depois de ler no Novo Testamento a passagem relatando a ida de Felipe à Samaria ensinar o
evangelho, e o que se passou, John Taylor colocou essas questões:

- Onde está nosso Felipe?

- Onde estão nossos Pedro e João? Nossos apóstolos?

- Onde está nosso dom do Espírito Santo pela imposição das mãos do sacerdócio? Alguém
responda, onde?

- É, o padrão de organização da Igreja Cristã (origínalmente estabelecida por Jesus), o modelo


para a organização em todos os tempos futuros? Se é assim, nós como povo, não temos o
ministério, as ordenanças, os dons que cons�tuíram a Igreja de Jesus Cristo.

Alguém nos diz que fomos aspergidos na infância... Que enorme diferença dos samaritanos que
foram ba�zados "quando creram, e receberam a palavra com alegria."

Pedro e João haviam sido ordenados apóstolos por Jesus, e administravam o Espírito Santo pela
imposição das mãos, no nome de Jesus.

Em vez disso, nossos ministros foram comissionados pelo Rei e Parlamento da Inglaterra, ou por
John Wesley e seus sucessores, sem nenhuma reivindicação de que sua autoridade tenha vindo
do Senhor ou de seus anjos.

Os samaritanos �nham dons espirituais, nós não temos nenhum deles. Então, se diferimos
inteiramente do padrão em todas as coisas, o que podemos reivindicar, ou qualquer igreja do
mundo cristão, como sendo a verdadeira Igreja que Cristo fundou?

Se não somos membros da verdadeira Igreja de Cristo, em que diferimos dos pagãos, a quem
alguns de nós desprezam ou têm piedade?

No que diz respeito ao padrão da verdadeira Igreja Cristã, todos nós somos pagãos, já que não
temos nem mesmo a sombra de qualquer coisa daquele padrão. Original; que dizem vocês disso,
meus irmãos?

- Que tremenda conscien�zação deve ter levado aos ouvintes essas palavras! Que formidável
análise de situação! Que preparação mental para uma busca autên�ca1

Agora lembro-me do nome do anfitrião dessas reuniões, era o Sr. Patrick, um rico aristocrata que
�nha um cargo no governo.
- É uma pena que não podemos estudar o discurso de Parley, pois estamos quase na hora do
encontro com meu amigo presbiteriano. Mas ele está escrito na Autobiografia de Parley P. Prat,
ocupa dez páginas do capítulo dezoito.

O fato é que, tanto a fala de John Taylor quanto o discurso de Parley são tão atuais hoje quanto
o foram no século dezenove; o bem que farão a todas as pessoas que pensam com
independência é o mesmo. Infelizmente o livro ainda não foi traduzido para o português.

Bem, é hora de pedirmos ao Senhor que nos dê sua inspiração para o encontro.

- De acordo, mas gostaria de sugerir que déssemos uma cópia desse discurso ao seu amigo, caso
ele declare ser capaz de ler em inglês. Que tal?

- Excelente idéia! Tenho quase certeza que ele conhece inglês até melhor do que eu. Também
incluirei uma cópia a este nosso relatório de Contatos, para referência futura de outros
missionários como nós.

- Seria las�mável que as pessoas não pudessem tomar conhecimento do discurso, por não lerem
inglês. Farei um resumo da pregação do - irmão Parley, para que a idéia fundamental seja captada
por todos. Sugiro que além do texto integral em inglês, anexemos também o resumo do discurso.

- Você hoje está verdadeiramente inspirado! É exatamente o que vamos fazer!

_____________________

EXTRATOS DO DISCURSO DE PARLEY P. PRATT EM TORONTO, CANADÁ

"...Certos princípios defini�vos exis�am, os quais, pra�cados e usufruídos, cons�tuíam a Igreja


Cristã ou corpo de Cristo, tais como:

Primeiro - Um sacerdócio inspirado ou apostolado, autorizado para administrar salvação no


nome de Jesus.

Segundo - Fé nas suas palavras e testemunho, da parte daqueles que os ouviam.

Terceiro - Reforma de vida.

Quarto - obediência a certas ordenanças, como o ba�smo e a imposição das mãos no nome de
Jesus Cristo, para a remissão dos pecados e o dom do Espírito Santo.

Quinto - os dons espirituais concedidos ao corpo assim organizado, para sua edificação,
crescimento e aperfeiçoamento.

...Aqueles que admitem as escrituras como sendo um registro das coisas como de fato exis�ram,
rapidamente concordarão que os cinco princípios acima, efe�vamente exis�ram, e cons�tuíram
o corpo da Igreja Cristã ou corpo de Cristo.

Isso, então, cons�tui o modelo ou padrão do objeto de nossa presente busca.

...Ou os mesmos princípios seriam requeridos para cons�tuir o corpo de Cristo em todas as
idades subsequentes ou, de outra forma, o Novo Testamento tem que deixar de ser um
"standard", e ser suplantado por dispensação posterior, declarando poder para anular ou tornar
ultrapassada a dispensação de Jesus Cristo e seus apóstolos, e para introduzir uma outra ordem
de coisas no seu lugar.
(NOTA de Amoramon - seria necessário para isso, acontecer o mesmo que aconteceu entre a
dispensação de Moisés e a de Jesus Cristo e Seus apóstolos, a úl�ma subs�tuindo e suplantando
a anterior, como efe�vamente aconteceu no Meridiano dos Tempos - Mas, qual dispensação
posterior poderia suplantar a de Jesus Cristo? É exatamente essa impossibilidade, o ponto que
Parley quer demonstrar)

Esta úl�ma alterna�va, ninguém ousaria declarar correta.

... Por que, então, estamos nós em dificuldade para julgar os vários, sistemas que, nos tempos
modernos, estão declarando ser a igreja de Cristo?

Por que não os comparamos com o modelo correto que já conhecemos e rejeitamos ou
aceitamos de imediato?

Talvez seja dito que tal procedimento leva a conseqüências e conclusões tão terríveis; apresenta
a verdade de modo tão indesejável, que é melhor fechar a vista a ela.

... Pode alguém dizer: Se o an�go modelo é o padrão, então , o véu do atual Cris�anismo é
re�rado, e o mundo inteiro é descris�anizado, porque em nenhum lugar encontramos tal padrão.
Bem, admitamos então, que a igreja Cristã não exista entre os homens na atualidade, e que ela
não tem exis�do desde muito tempo. E daí? Existe uma verdade?

Se existe, ela não fará mal a ninguém. Se o mundo todo tem estado por muitas idades envolto
em mistério e engano, não é melhor descobri-lo agora, do que con�nuar em ignorância até que
Jesus o revele no dia do julgamento, e nos lance dos mais altos pináculos da esperança e
expecta�va, para o desespero; sujeitos a estado mil vezes mais doloroso, pela súbita reversão?"

(NOTA de Amoramon - Para evitar isso, Deus teria que restaurar a verdade, pelo amor que tem
aos homens, no desejo que eles alcancem a graça da salvação)

"Mas, suponhamos que ao abrir nossos olhos para essa grande descoberta, procuremos e
encontremos em todo o conteúdo dos escritos profé�cos, a confirmação de nossas observações
e conclusões?

Suponhamos que Jesus Cristo e seus apóstolos e profetas, juntamente concordem com isso, ao
dar seus testemunhos, predizendo a exata ordem de acontecimentos que nós descobrimos
exis�rem... Não seria isso...uma dupla confirmação de que abrimos nossos olhos e descobrimos
uma conspiração, a tempo de escapar...?

Poderíamos então exclamar... - Ó mistério da iniquidade! Estás finalmente desmascarado, tu que


enganaste as nações com tua fei�çaria, e com quem os reis da terra, os nobres e grandes
homens, cometeram a fornicação, e viveram voluptuosamente; tua máscara foi re�rada, e o
povo verá tua nudez e te desprezará; e muitos estarão prontos quando a proclamação for feita:

- "Saí dela, vós que sois o meu povo."

Mas suponhamos, de outra maneira, que fechemos nossos olhos para essas verdades, e
agasalhemos no nosso peito esses sistemas de erro e falsidade, os quais clamam serem de Cristo,
mas não são. O resultado disso, é que estaremos dando con�nuidade à edificação daquilo que o
Senhor determinou-se a abater no devido tempo, e estaremos nos o pondo àquilo que o Senhor
enviará ao mundo, para completar sua obra.

Nesse caso, seríamos seus inimigos (quer consciente quer inconscientemente) e na sua vinda,
seríamos encontrados lutando contra Ele.
Olhemos para os judeus aos olhos dos profetas... Por quase dois mil anos os vemos sem um
profeta, um sacerdote inspirado, rei, governador ou mestre para guia-los à luz, à liberdade ou à
Deus. Nenhuma voz da sarça ardente; nenhum relâmpago sobre o Sinai; nem mesmo uma voz
suave sussurrando do direito e da salvação...enquanto vagavam e eram oprimidos, dentro da
escuridão do domínio dos gen�os...

Nós perguntamos aos judeus; por que tudo isso? Não será porque vossos pais rejeitaram o
Messias, seus santos apóstolos e profetas; e aquelas coisas lhes foram re�radas por ira do Todo-
Poderoso?

- Ó não, dizem os judeus, nós somos a verdadeira Igreja e o povo de Deus; revelações, profetas,
visões, anjos e dons, foram dados apenas para o estabelecimento da igreja de Israel, e estando
completo o cânon das cscrituras, não houve mais necessidade dessas coisas; por isso, elas
cessaram completamente.

Agora, vocês sabem que os judeus estão enganados. Vocês sentem lás�ma e se admiram de sua
ignorância... Vocês também sabem que, antes da vinda de Cristo, no período entre o profeta
Malaquias e a vinda de João Ba�sta, quando todos esses dons cessaram na igreja dos judeus,
formou-se uma mul�dão de seitas, nenhuma das quais era verdadeira.

Todos deveriam arrepender-se e ser ba�zados por João, para o caminho do Senhor ser
preparado... Vocês também sabem que os judeus, tendo rejeitado a Cristo e seus apóstolos, o
reino lhes foi tomado; e dado a outro povo, que deveria produzir os frutos do mesmo. Se os
judeus, até hoje estão sem essas coisas, é porque seus pais as rejeitaram mil e oitocentos anos
atrás (agora são quase dois mil anos).

Mas os judeus nada sabem dessas coisas. Eles estão cegos pelo enganoso pensamento de que
sua raça, tendo sido a escolhida pelo Senhor necessariamente permanecerá para sempre
favorecida, cometendo ou não iniquidade...

... Agora, voltemo-nos para a igreja dos gen�os. Pela ministração dos apóstolos, eles receberam
o reino de Deus e par�ciparam dos seus frutos. os ramos naturais (os judeus) foram quebrados
e re�rados, e os gen�os foram enxertados no seu lugar.

"Cuidai pois", diz o apóstolo Paulo, "porque se Deus não poupou os ramos naturais, muito menos
poupará a vós."

Quando os gen�os receberam o reino, e nele se tornaram, foram abençoados com o ministério
de homens inspirados, e favorecidos com revelações, visões, anjos e profetas, como dá
testemunho o Novo Testamento.

O que aconteceu, o que foi feito dessas coisas? Em que circunstâncias, e em cumprimento de
que escrituras, essas coisas também cessaram entre os gen�os?

O profeta Daniel havia previsto os vários poderes que se levantariam na terra para estabelecerem
seus governos. Mas o poder de Roma, o mais terrível de todos, destruiria tanto os fortes quanto
o povo santo...até que chegasse o fim, quando os santos receberiam o reino sob todo o céu, e o
possuiriam para sempre.

Essa é a substância do testemunho de Daniel. João, em sua revelação, prevê a mesma coisa...

Paulo também prevê um tempo em que os homens "não suportarão a sã doutrina, mas fecharão
seus ouvidos à verdade, e se voltarão às fábulas, chamando a si uma mul�dão de mestres."
Diz que eles teriam uma aparência de religiosidade, mas que negariam o poder de Deus (isto é,
o verdadeiro trabalho de Deus manifestado entre eles nos úl�mos dias ou tempos do fim). Paulo
também dá testemunho de que, se os gen�os não se man�vessem na fé, encontrariam a mesma
queda que sofreram os judeus.

(NOTA de Amoramon: Os pais do protestan�smo, descobriram que os gen�os, representados


pelo poder da igreja romana, já haviam desde muito tempo caído. Tanto prova que trataram de
re�rar-se dela... e fizeram muito bem! Mas, o problema é que não �nham para onde re�rar-se,
a não ser que organizassem sua própria igreja.

Foi exatamente o que fizeram, naturalmente não queremos falar das ramificações que vieram
depois. Mas os pais protestantes, colidiram de frente com um problema ainda maior, o Salmo
126:1: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem."

Realmente, este sim, era o problema insuperável para o homem; e por que?

- Porque só Deus pode estabelecer sua igreja.

Seria plenamente compreensível que eles edificassem um lugar para ir na sua re�rada, mas que
esclarecessem a todos, que aquela era a sua igreja, e não a Igreja de Deus, pela qual, deveriam
esperar.

Quase dois séculos depois de Lutero, o grande reformador Roger Williams compreendeu
plenamente essa verdade, quando fez a declaração de que não havia nenhuma igreja legalmente
cons�tuída, até que novos apóstolos fossem enviados por Deus.)

Jesus Cristo fala de uma época quando os tempos dos gen�os estarão cumpridos: seu domínio
chegará ao fim com grande julgamento, e que Jerusalém não mais será pisada sob os pés dos
gen�os.

Agora, o sumário de todas essas coisas é: Os gen�os mataram os apóstolos e homens inspirados;
cessaram de produzir os frutos do reino; embebedaram-se com o sangue dos santos; destruíram
os fortes e o povo santo; mudaram os tempos, as leis e as ordenanças de Deus; afastaram seus
ouvidos da verdade e se entregaram fábulas; não mais suportaram a sã doutrina, mas
acumularam para si uma mul�dão de mestres; man�veram uma forma de religiosidade;
encheram-se de nomes blasfemos; enganaram todas as nações e arrastaram reis e grandes
homens para a trilha de suas misteriosas abominações e farsas religiosas.

Os gen�os con�nuarão a dar as regras por esses meios fraudulentos, até que os julgamentos do
Todo-Poderoso os varram da terra; ponha fim ao seu domínio, restaure Israel e Jerusalém, e dê
o domínio do mundo aos santos.

...Como protestantes, não podemos reivindicar uma linha de sucessão vinda dos apóstolos; pois,
isso implicaria que nós jamais tenhamos sido católicos romanos ( NOTA de Amoramon - a quem
os pais do protestan�smo condenaram como apóstatas e de quem se separaram); nesse caso,
que necessidade teríamos �do de protestar ou nos desmembrar de uma comunidade a que
jamais teríamos pertencido?

Nada menos do que uma nova dispensação - uma nova revelação para comissionar apóstolos,
como foi feito inicialmente - poderia dar a qualquer corpo religioso o direito a reivindicar ser a
Igreja de Jesus Cristo...
...Este, meus amigos, é o quadro deplorável da cristandade dos gen�os apresentada diante de
nós, quer olhemos a olhos-nus para os fatos que nos cercam, quer ajudados pela visão da
profecia e da história, passemos em revista as sucessivas gerações do longo passado.

Mesmo assim, dentro do reino de erro e sangue, sempre houve muitos indivíduos que
desejaram conhecer e servir ao Senhor. Desejaram ver o triunfo da verdade; mas o tempo ainda
não havia chegado; eles morreram sem vê-la, mas serão levantados novamente para par�cipar
do triunfo que almejaram; eles e nós nos regozijaremos, quando o erro for sobrepujado e os
santos possuírem o reino...

(Aqui o discurso foi interrompido e acertado para con�nuar no dia seguinte).

O CONTATO 5

O PRESBITERIANO: - Afinal, o que vocês pregam, a fé em Cristo ou a fé em Joseph Smith e na


Igreja que ele fundou? Sabemos que nenhuma igreja salva, posso citar inúmeras escrituras que
dão prova disso, vejam Atos 16:31; João 1:13; João 6:37; Marcos 1:21... Em conjunto, essas
escríturas dizem:

"Jesus salvará seu povo dos seus pecados... todo o que vem a mim, de modo algum o lançarei
fora... a tantos quantos o receberam, deu-lhes poder para serem feitos filhos de Deus...vinde
então e aceitai-o agora como o vosso salvador, porque ele se compadecerá de vós e é grandioso
em perdoar".

Pode haver coisa mais clara e esperança mais certa do que crer nessas palavras?

MISSIONÁRIO: O centro de nossa pregação, sempre foi e será o Senhor Jesus Cristo. Por isso, não
podemos deixar de anunciar a quem ele chamou dos céus nos úl�mos dias, para servir-lhe de
instrumento e porta-voz para nossa geração. Se não o fizéssemos, estaríamos deixando de
receber um profeta que o Senhor nos enviou.

"Aquele que recebe um profeta na qualidade de profeta, recebe uma recompensa de profeta."

(Mat. 10: 40) E quem não o recebe, que recompensa obterá?

Concordamos com o Sr., quando diz que nenhuma igreja pode salvar o homem e sim a pessoa
do Senhor Jesus Cristo. É verdade que isoladamente dele, nenhuma igreja poderia salvar.

Mas será verdade que, simplesmente por se dizerem associadas a seu nome, sem cumprir os
requisitos de legalidade e jus�ça revelados do céu, o Senhor salva? Será verdade que todas as
incontáveis denominações protestantes que professam seu nome e crêem nele, podem levar a
salvação aos homens, pelos méritos de sua expiação?

Nesse caso, por que também não podem salvar-nos as Igrejas romana e ortodoxa grega? Elas
também professam o Senhor Jesus Cristo.

Se assim fosse, o que faríamos dessas escrituras:

"Deus não é autor de confusão, mas de paz."... "É Cristo dividido?" "...Uma casa dividida contra
si mesma não pode subsis�r"... "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a
constróem."
(Respec�vamente: 1 Cor l4: 33; 1 Cor 1:12-13; e Salmo 126:1)

A resposta é óbvia: É preciso que a igreja seja A Dele.

Para tal, ela deve ser edificada por ele, pessoalmente ou sob sua direção, através de quem ele
chamar na terra para isso; ou trabalharão em vão os que edificarem igrejas
desautorizadamente... porque Cristo não é dividido, e porque Deus não é autor de confusão,
mas de paz.

Nisso, sabemos que todos estamos de acordo, caso contrário estaremos contra Deus.

Somos nós que dizemos serem, os edificadores de igrejas, os autores de confusão e divisão entre
os filhos de Deus ou o diz a própria escritura, na qual declaramos crer?

Quem autorizou a edificação da vossa igreja; o edificador foi chamado e comissionado pelos
anjos de Deus?

Perguntamos isso, porque sabemos que Joseph Smith recebeu dessa forma o seu chamado. Se
vocês também o receberam dessa forma, então, quem nos chamou é autor de confusão e não é
Deus.

Mas se foi de Deus o chamado (e sabemos que foi), então, só uma igreja neste mundo terá sido
edificada dessa forma. Percebe o Sr. a delicadeza e importância da questão?

Se Deus disse a Pedro que edificaria sua igreja sobre a rocha da revelação e, por não ser católico,
o Sr. tem plena compreensão disso, então, sabe que será necessário receber revelação pessoal
para poder reconhecer a verdadeira igreja...

"Quem procura acha... a quem bate ser-lhe-á aberto..."

Seria então errado dizer que "Quem não procura não acha... a quem não bate, não ser-lhe-á
aberto?"

A resposta a essa busca deve vir por uma revelação do Espírito, é de Jesus essa palavra, não
nossa.

Diante disso, qual é a Igreja verdadeira? O Sr. será capaz de apontar?

Certamente que o Sr. não poderá apontá-la; pois, só a revelação de Deus está habilitada a fazê-
lo.

Agora, com essas escrituras que focalizamos, o Sr. só poderá mesmo apontar, com certeza, as
que não são verdadeiras. E isso também só lhe é possível pela palavra revelada nas escrituras,
desde que as entenda pela luz de Cristo E que enorme mul�dão delas o Sr. apontará!

O PRESBITERIANO: Muito bem, então, você invalida todo nosso esforço, toda a dedicação de
nossos líderes, anos a fio, na busca de agradar a Deus e reunir seu rebanho? Você está tentando
convencer-me de que a única igreja que Deus aceita é a de vocês? Não é isso uma tremenda
pretensão, uma tremenda falta de tato no relacionamento com as pessoas? Como esperam ser
aceitos dessa maneira, onde está o amor e a boa vontade que deve ter todo o cristão verdadeiro?

MISSIONÁRIO: Observe bem a quem o Sr. pode estar acusando de todas essas faltas. Veja, se
fomos nós que inventamos a história da fundação d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Úl�mos Dias, então, bem merecemos toda essa sua crí�ca. Mas, se foi Deus quem nos enviou,
na autoridade e poder do Seu sacerdócio, então, a crí�ca que nos lança, a�nge diretamente a
Deus.

Percebe a gravidade da situação? Por que assumir tão grande risco, sem antes orar ao nosso Pai
por luz, em vez de arriscar-se na selva das opiniões próprias?

É imprescindível que a Igreja seja a dele, para que nós nela nos reunamos, e sob as regras por
ele estabelecidas, podermos receber a graça da salvação.

A Igreja de Jesus Cristo foi fundada por Ele no Meridiano dos Tempos. Ele organizou o corpo da
Igreja, nomeando seus oficiais, Efésios 4:11; isso para evitar que não acontecesse ao povo da
Igreja o declarado em Efésios 4:14; mas sim que viéssemos a ser o descrito em Efésios 4:15-16.

Outra prova de que o Senhor reconhecia ainda a Igreja que fundara, está no Livro do Apocalipse,
revelado a João um século após a morte do Senhor.

Ele dirige-se a cada lugar onde a Igreja estava estabelecida. Veja em Apocalipse 1:11

- Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tia�ra, Sardos, Filadélfia e Laodicéia.

É evidente que tratavam-se de ramos da mesma Igreja, espalhada pela Ásia. Seus oficiais eram
divinamente comissionados com a autoridade do Alto, para poderem legalmente comissionar
outros, e fazer a Igreja crescer.

Mas, a mesma tragédia da infidelidade do povo de Israel à Jeová, que acabou por dispersá-los
fisicamente por toda a Terra, aconteceu com o povo cristão, a par�r do princípio do segundo
século após a ressurreição. Com a apostasia da Igreja, os cristãos foram dispersos
espiritualmente entre as miríades de denominações pseudo-cristãs do mundo. A herança �sica
de Israel entre as nações, passou a ser uma promessa para o futuro; assim como a herança
espiritual dos gen�os da Igreja, também passou a ser uma esperança para o futuro.

O futuro chegou em 1830, e o Senhor restaurou Sua Igreja. Ela pertence a Ele, mas deu-a a nós
todos que a quisermos receber.

A FÉ NA SALVAÇÃO DEVE ESTAR DE ACORDO COM AS ESCRITURAS

O PRESBITERIANO - Pois eu sei que creio nele, isso é o bastante para poder dizer com toda
convicção que já estou salvo! Esta é uma esperança luminosa que adquiri, e jamais deixarei ser
re�rada do meu coração porque é verdadeira. Portanto, não vejo necessidade de, a essa altura
da minha vida, mudar para outra igreja.

Recebemos de Deus o dom de crer no seu Filho e o confessamos como o único com poder para
salvar. É o bastante! É o bastante!

MISSIONÁRIO: Estamos impressionados com sua convicção, porém mais ainda, com sua pouca
noção do que seja verdadeiramente crer no Senhor!

Que crer será esse, que nega a necessidade dos instrumentos organizados por Ele; exatamente,
para poder executar Suas promessas de salvação: - o profeta, o sacerdócio e a Igreja?

Quem crê que Ele salva, mas não acredita nos Seus métodos ou não concorda com eles, por
ignorância ou por falta de discernimento, em úl�ma instância, crê de boca e não de fato; sua
esperança torna-se vã diante de Deus.
Não será por isso que é dito nas escrituras: - muitos se aproximarão dele no julgamento, para
reivindicar a salvação que esperavam, e ela lhe será negada?

"Apartai-vos de mim maus operários..."

Se Deus salva quem crê nele de fato, aceitando todos os seus instrumentos de trabalho, estaria
fazendo acepção de pessoas se salvasse, da mesma maneira, os que dizem nele crer, mas não
aceitam seus métodos. Realmente, o adversário de Deus tem que nos fazer crer não ser
necessário afiliar-se à verdadeira Igreja de Jesus Cristo, e nisso ele está fazendo um "ó�mo"
trabalho... como diz o ditado popular:

"A corrupção do ó�mo é o péssimo."

No Meridiano dos Tempos, o problema dos que buscavam a Deus, era encontrar a Igreja de Jesus
Cristo, aceitar suas ordenanças e trabalhar segundo os encargos por ele estabelecidos,
perseverando até o fim; para serem �dos como justos.

Hoje o problema é o mesmo, Deus não muda. É por meio de sua Igreja que ele salva. Veja o que
o Senhor diz em Efésios 4:1-6 e, por ele, acredite em nossa pregação. Veja Efésios 2:14-22 e
acredite mais ainda.

O PRESBITERTANO: Isso que vocês pregam é amor? Querem dividir e destruir a fé do


protestan�smo nos seus pais fundadores, Lutero, Melanchton, Campbell, Roger Williams e
muitos outros?

MISSIONÁRIO: Vocês dizem muito bem quando declaram os nomes de seus pais fundadores. Nós
declaramos que nosso pai, na acepção de fundador é Cristo.

Quanto ao virmos para dividir, a resposta é sim. Mas o que viemos fazer é separar nas
consciências o Espírito de Deus do espírito do mundo, pela causa de Cristo. Quanto ao amor,
declaramos que queremos dividir o protestan�smo para traze-lo à verdadeira causa de Cristo;
com o mesmo amor que vocês têm por Ele, ao querer dividir o nosso rebanho para "salvar-nos";
embora erradamente, pela simples declaração de crença e aceitação verbal do Senhor Jesus
Cristo como o nosso salvador.

Compreendemos que não devemos, em jus�ça, vê-los como nossos adversários, pois Cristo luta
por nós todos, para que não sejamos enganados pelo pai das men�ras - o nosso verdadeiro
adversário comum - Nossa missão é de amor. Aliás usarei a úl�ma capa do livro de vocês: - "O
Mais Importante é o Amor", para lhes dizer: "Nunca estamos sa�sfeitos com a injus�ça que o
espírito do mundo prega, mas nos alegramos quando a verdade de Cristo triunfa."

Ao vê-lo citar o nome de Roger Williams, o grande reformador do século XVIII, dois séculos após
o movimento de Lutero, devemos reproduzir aqui suas palavras de grande inspiração ao concluir:

"Não há uma igreja regularmente cons�tuída sobre a face da terra, nem qualquer pessoa
qualificada para ministrar qualquer ordenança da Igreja; nem poderá exis�r até que novos
apóstolos sejam enviados pelo grande cabeça da Igreja, cuja vinda eu estou esperando."
(Picturesque America, pág. 501)

Sr. se esse grande homem compreendeu e declarou tão excelsa verdade, por que os protestantes
não a compreenderiam?
Quanto a Alexander Campbell, um dos principais incen�vadores da fundação da Igreja Ba�sta,
tendo lido o Livro de Mórmon, disse:

"Ele decide todas as grandes controvérsias: O ba�smo das crianças, a Trindade, a regeneração,
o arrependimento, a jus�ficação, a queda do homem, a expiação, a transubstanciação, o jejum,
a penitência, o governo da Igreja e os direitos do homem!"

Sr., as palavras desses grandes líderes protestantes, não lhe significam nada?

O PRESBITERIANO: Realmente vocês vieram muito bem preparados para este nosso encontro!
Talvez eu os tenha ouvido mais do que deveria. Embora ainda tenha inúmeras objeções às
doutrinas que vocês pregam, sinto que abalaram algumas idéias que havia �do até agora. As
escrituras que apresentaram e os exemplos históricos �veram grande influência no meu
pensamento.

MISSIONÁRIO: O Sr. não avalia o regozijo que nos dá com suas úl�mas palavras. Peço que nos
permita acabar de responder à sua úl�ma pergunta. É essencial consolidar o entendimento do
significado do dom da salvação.

Veja, os demônios crêem e também confessam que Jesus é o Cristo.

Nós também cremos e confessamos a mesma coisa. Qual a diferença do conhecimento entre nós
e eles?

- É que a par�r desse conhecimento nós podemos fazer as obras do evangelho; que nos
habilitarão ao dom da graça da salvação. Nenhuma dessas obras nos salvaria, isoladamente
dessa graça; elas apenas nos põem ao alcance dela.

Já os demônios não podem fazer as obras do evangelho e não podem alcançar a graça da
salvação, porque negaram ao Cristo na presença de Deus; eles perderam o dom para toda a
eternidade.

Quanto a declarar, desde já, que estamos salvos, só porque confessamos o Cristo, é negar os
ensinamentos do evangelho.

Veja, na parábola do semeador, em Mateus 13:20-22 - Jesus fala dos que recebem a palavra por
um momento, mas não perseveram... Por um breve tempo �veram o dom de crer na salvação,
mas o perderam pela transgressão. Quem pode saber que está salvo se nem mesmo pode
garan�r que perseverará até o fim?

Por que Paulo escreveu em Hebreus 5: 7, falando de Cristo:

"Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, Àquele que o
podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade."

Por que Paulo só se declarou salvo, ao pressen�r a aproximação da morte e sabendo que
perseverara até o fim? II Timóteo 4: 6-7 e 18.

Não seria mais correto que disséssemos em nosso coração:

Que Deus me ajude a perseverar na jus�ça até o fim, para poder dizer como Paulo?

Ou, se viermos a cair: - Perdi minha salvação, peço a Deus que me dê forças para o
arrependimento e para recuperar meu estado de salvação?
Como as escrituras nos provam que o homem pode cair da graça, estaremos contra elas se
declaramos estar salvos por ela, sem termos a�ngido o fim da nossa provação. E quem pode
sabê-lo a não ser quando o fim efe�vamente lhe chegar?

Podemos citar as escrituras que corroboram esses ensinamentos: 1 Cor 9:27 e l0:12; Gal. 5: 4; 1
Tim, 1:18-19; Heb 6: 4-6 e l0:26-39; 2 Ped. 2:20-22. Nossos livros canônicos também dão esses
ensinamentos, e de maneira mais clara ainda: Mosiah 4:30 e D&C 20:29-34.

É irônico o fato de alguns protestantes nos virem aplicar um teste de fé que seus pastores
ensinam, "para iden�ficar os que têm a verdadeira fé na palavra de Cristo"

Eles mandam perguntar ao indivíduo: - Você está salvo? Se ele responder decididamente que
está, então o testador concluirá que o testado tem fé na palavra ... e , em conseqüência, está
salvo!

Quando, na luz do verdadeiro conhecimento, ele apenas está demonstrando seu


desconhecimento, e que a sua fé está centralizada no que é contrário às escrituras e portanto
não é verdadeiro!

O Sr. pode agora perceber, quão prejudicial pode ser para as pessoas, deixarem-se conduzir por
uma cadeia secular de pastores auto-proclamados e suas interpretações par�culares das
escritura?

Deixamos para o final de nosso encontro, as palavras que vamos agora dizer, pois, depois desta
preparação, acreditamos que o Sr. vai suportá-las bem, para que ambos nos regozijemos no
triunfo da verdadeira jus�ça de Cristo.

Veja o Sr. o que os pastores fizeram com a sua congregação, ao lançarem o que chamaram de
"Edição Especial NOVO TESTAMENTO para as escolas e leigos", e acrescentaram VENDA
PROIBIDA.

Olhe só a interpretação que deram a 2 Ped. 1:20-21 (p. 284 de seu livro) :

"Porque nenhuma profecia da Escritura foi inventada pelo próprio profeta..."

Acontece que, no versículo 20, é diferente a palavra de Pedro:

"Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação par�cular..."

Ora, todo o Novo Testamento, nesse livro, está escrito alterando o texto produzido pelos
profetas, apóstolos e evangelistas; para refle�r a interpretação par�cular da sua escola!

Agora, raciocine conosco: Se no versículo 21, como está no verdadeiro Novo Testamento, seu
texto não foi produzido por vontade humana (opinião humana), então, ele não deve ser alterado
por nenhuma escola outra que não seja a dos profetas, a qual é a Escola do Espírito.

O texto deve permanecer como nos foi entregue, para que o dom do Espírito Santo, necessário
para entendê-lo, leve o cristão a beber da fonte original, de onde fluem as escrituras. Não de
outra derivação qualquer, que transporte interpretações par�culares, seja de que escola for.

Mas, quem produziu esse livro, também furtou-se de reproduzir o texto bíblico do versículo 20.
Isso exporia de forma flagrante a impropriedade de todo o procedimento.

Dizem eles que são inspirados pelo Espírito Santo para fazer esses trabalhos esclarecedores dos
cristãos... Dizemos nós: Só se o Espírito lutasse contra si mesmo.
A única jus�fica�va para alterar um texto da escritura é a prova, adquirida por um profeta vivo,
de que um erro tenha sido introduzido por algum escriba ou tradutor, comparando com o texto
hebraico se possível, ou grego, na falta daquele. Porque são os textos mais próximos da fonte.
Deus proíbe que façamos versões par�culares refle�ndo nossa própria interpretação. Mas, um
profeta pode produzir uma versão inspirada, se mandado por Deus.

Na capa do livro referido, está escrito em letras capitais: "VENDA PROIBIDA". Realmente, Deus
não proíbe que a Bíblia seja vendida, mas proíbe que tais livros sejam vendidos ou dados aos
Seus filhos, para não serem contaminados com os erros humanos.

Paradoxalmente, aquela proibição é a única coisa justa - Mas, desde que a proibição seja de
circular, tanto quanto de vender.

O PRESBITERIANO: É terrível, eu sempre fui ensinado que as obras não eram necessárias, as
cartas de Paulo aos Gálatas e aos Romanos são cheias dessa doutrina; como podem vocês dizer
que ela não é verdadeira?

MISSIONÁRIO: Reconhecemos a dificuldade que os pais do protestan�smo �veram para


entender o que Paulo quis dizer aos Gálatas e aos Romanos. A história do cris�anismo recém
formado, no Meridiano dos Tempos, é o que pode trazer-nos a luz sobre essas passagens.

Se não considerarmos o contexto da Igreja naqueles dias, não compreenderemos a que obras
Paulo se referiu como desnecessárias. Veja bem Sr., no princípio, a Igreja era cons�tuída apenas
de judeus conver�dos.

Já no ministério de Paulo, os gen�os começaram a ser chamados e foram entrando para o


rebanho. Os judeus conver�dos haviam sido circuncidados em cumprimento das obras da Lei de
Moisés; obviamente os gen�os não haviam sido subme�dos à circuncisão; os judeus achavam
que eles também deveriam cumprir as mesmas obras da Lei; a qual, os judeus ainda não haviam
compreendido ter sido suplantada por outra Lei maior do que a an�ga das performances
carnais; incapazes de trazer ao povo a salvação celes�al. Portanto, elas passaram a ser
inteiramente desnecessárias, diante da Lei superior dos mandamentos espirituais, que Cristo
inaugurou por sua expiação.

Então, Paulo disse tudo aquilo, por causa do erro que os conver�dos judeus estavam tentando
introduzir no evangelho.

Ele não disse, absolutamente, que as obras da Lei superior não eram necessárias. Se houvesse
dito tal coisa, estaria diametralmente em oposição às palavras de Tiago. Neste ponto, vou
apresentar um extrato do livro "A Verdade ao Alcance do Homem, Volume l pags. 304 e 305:

"Paulo demonstra poderosamente que as obras (da lei mosaica) não são requeridas; e que a
jus�ficação virá pela fé no Senhor Jesus Cristo. Ele não ensinou que a jus�ficação será alcançada
sem a realização das obras da Lei Eterna - O Evangelho. Os doutrinadores do erro é que
transplantaram as palavras de Paulo para o caso onde elas não se aplicam e, desde
então..."atravessam terras e mares para fazer um prosélito e quando o fazem tornam-no cem
vezes mais filho do inferno do que era antes."

Pertenceria Paulo a uma Igreja diferente da que pertenceria Tiago? Ensinaria um o contrário do
que ensinava o outro? Era um servo de Belzebú e o outro de Cristo? ou serão de Belzebú aqueles
que os colocam um contra o outro, sem que o sejam?

Atentemos para Tiago e entendamos o que significa a palavra fé para Deus:


"De que aproveitará...alguém dizer que tem fé, se não �ver obras? Acaso esta fé poderá salvá-
lo?... Assim também a fé: se não �ver obras, é morta em si mesma...eu te mostrarei a minha fé
pelas minhas obras...Queres ver, Ó! homem vão, como a fé sem obras é morta?

Não foi ele (Abraão) jus�ficado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?

Vês como a fé cooperava eficazmente com as suas obras, e era completada por elas...Vêdes como
o homem é jus�ficado pelas obras e não somente pela fé? ...Assim como o corpo sem alma é
morto, assim também a fé sem obra é morta."

Por que chamava Tiago de homem vão, aquele que cria ter a fé desprovida de obras poder de
salvação?

Por que insis�u ele com tanta ênfase nas obras, como requisito indispensável na qualificação da
fé?

Respondemos: - Porque desde os seus dias o ministério do erro operava, deturpava as palavras
de Paulo.

Até os nossos dias os efeitos daqueles erros doutrinários estão presentes, principalmente entre
as seitas protestantes.

Em que sen�do então a jus�ficação é gratuita?

- Deus preordenou Jesus Cristo para ser Salvador e Redentor; por aflições, dores e efusões de
sangue, ví�ma de compensação (propiciação) diante da jus�ça divina, em favor de todos os
transgressores que têm fé no Seu nome. Pela validade que Deus pôs nesta compensação, os
homens podem ser jus�ficados, sem terem que pagar individualmente em dor, aflições e
lamentos (no inferno - num estado infernal de consciência) os reclamos da jus�ça incorrup�vel;
desde que pra�quem a fé que agrada a Deus. É nesse sen�do que a jus�ficação é gratuita.
(Romanos 3: 21-30);

"... e a promessa é assegurada a toda posteridade de Abraão, não somente aos oriundos da Lei,
mas também aos que possuem a fé de Abraão..."

(Romanos 4:16)

"Julgamos pois, que o homem é jus�ficado pela fé, sem as observâncias da Lei" (obras da lei
mosaica). (Romanos 3:28)

"Abraão creu em Deus, e isto lhe foi imputado em conta de jus�ça." (Romanos 4:16)

Como vemos, Abraão foi jus�ficado pela fé; mas de que maneira ele a tornou viva?

- Realizando um ato de obediência diante do teste engendrado por Deus. Da mesma forma, os
preceitos e ordenanças do Evangelho são um teste engendrado por Deus para qualificar os que
possuem a fé de Abraão.

Sem as obras de obediência ao Evangelho nossa fé é morta. Por mais que confessemos que Jesus
é o Senhor diante das mul�dões, nunca seremos jus�ficados se não obedecermos a todas as
ordenanças e mandamentos que o próprio Jesus obedeceu, para que pudesse exortar-nos a
seguí-lo!

Para demonstrar que as obras são a vida da fé, Tiago escolheu exatamente a mesma escritura
que Paulo escolhera para demonstrar não serem requeridas as obras da lei mosaica. Tiago usou
o estratagema de citar exatamente a mesma escritura (Gen. 15: 6), para pegar no laço os homens
vãos da época, que desde então deturpavam o verdadeiro sen�do das palavras de Paulo e
confundiam a compreensão da jus�ça de Deus!

Sabendo dessas coisas, por que nos permi�remos ser homens vãos?

Por causa da eloquência de um grande orador?

Pela solenidade de um "pastor" enganado? -

Pela causa do nosso orgulho e amor pelas falsas tradições recebidas?

E à verdade, que valor atribuiremos?

Vejamos as palavras do próprio Paulo, na mesma carta aos romanos, escritas pouco antes,
referindo-se à jus�ficação dos que pra�cam e lei que receberem:

"..,diante de Deus não são justos os que ouvem a Lei, mas os que pra�cam a Lei..." (Rom, 2:13-
16)

"É injus�ça isso que pregamos?"

Aos que dizem ser, responderemos adaptando a argumentação poderosa de Paulo: " ... Se a
nossa ‘injus�ça’ realça a jus�ça de Deus, que diremos então?

...Mas, se a verdade de Deus, brilha ainda mais para a Sua glória por nossa ‘men�ra’; por que
seremos nós, ainda, chamados transgressores? (Rom 3: 5-7)

"Assim, serás reconhecido justo nas tuas palavras e vencerás quando julgares." (Salmos 50: 6)

O PRESBITERIANO: Que grandioso serviço vocês me prestaram! Que clareza e poder sen� agora
na palavra que me trouxeram! Sinto meu peito arder de forma que nunca experimentara, sei que
é o Espírito dando-me o testemunho do verdadeiro evangelho! Mil vezes obrigado, vou restaurá
minha vida espiritual, agora com um maior discernimento.

MISISONÁRIO: Nós também agradecemos a Deus por tê-lo encontrado. No presente, o Sr. é um
em mil. Mas sabemos que essa proporção irá gradualmente mudando a nosso favor; quando o
coração dos homens começar a procurar a verdadeira luz com mais interesse e sinceridade.

Se nos derem oportunidade de mostrar a verdade, nós a mostraremos, essa é nossa missão, e
nosso chamado nos úl�mos dias.

Veja, agora, nos tempos do fim, Deus está reunindo os judeus na terra de sua herança profé�ca,
a Pales�na; depois irá uni-los espiritualmente ao verdadeiro rebanho de Cristo - o reino de Deus
na terra, que é iniciado pelo estabelecimento da Igreja. Exatamente como o reino foi
estabelecido por Jesus Cristo no Meridiano dos Tempos, assim está sendo feito nos úl�mos dias.

De forma semelhante, para cumprir o profe�zado, Ele está reunindo em Sua Igreja, os cristãos
que foram dispersados entre as miríades de denominações da cristandade moderna; para
ensinar-lhes a plenitude do evangelho (que foi perdida na grande apostasia); para que eles
levem-no (o pleno evangelho) a todas as nações da terra; desta vez, primeiro aos gen�os e depois
aos judeus; para edificar um povo separado (santo), preparado para receber Cristo na sua
segunda vinda - um só rebanho e um só pastor.
No Meridiano dos Tempos, Cristo referiu-se à sua Igreja e povo, como aprisco e rebanho,
respec�vamente. Ele era o pastor, dono de ambos. Referindo-se aos úl�mos dias, ele usa os
mesmos termos - um aprisco, um povo, um pastor, uma só fé, um só ba�smo...

Qual o aprisco verdadeiro?

Qual o povo verdadeiro?

Onde está o pastor verdadeiro?

Este é o problema que Deus pôs diante de nós nos úl�mos dias, se nos dispusermos a procurar
junto com Ele, obteremos sua ajuda e encontraremos o reino de Deus na terra (que é iniciado
pelo estabelecimento da Igreja).

FIM DE CONTATOS PARTE 2

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