Você está na página 1de 10

Comunicação com os Mortos

Prof. João Flavio Martinez

Comunicação com os mortos

Ao falar do valor da alma, acima do valor do corpo, Jesus declarou: “E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a
alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e corpo” (Mt 10.28).

Ora, se devemos ter cuidado com o nosso corpo, procurando sempre, quando enfermos, o melhor médico de que dispomos, não
deveríamos, com muito mais atenção, cuidar da nossa alma que sobrevive à morte do corpo? Mas não é isso que tem acontecido. A
maioria das pessoas não se importa com o que possa acontecer com a sua alma depois da morte. Assim, adotam certas crenças que
as levarão a perder suas almas e seus corpos na geena eterna (Ap 20.15).

Evocação de mortos

Uma prática muito difundida no Brasil é a mediunidade, ou seja, a suposta comunicação entre mortos e vivos por meio de um
médium. Essa doutrina é ensinada por Allan Kardec, conhecido como o codificador do Espiritismo. Os que não admitem essa
doutrina declaram que, na verdade, não se trata de espíritos de mortos que se comunicam com os médiuns, mas, sim, espíritos
demoníacos que se manifestam nas sessões em que se evocam os espíritos.

Allan Kardec explica como se dá a evocação dos mortos: “Em nome de Deus Todo-Poderoso, peço ao espírito de tal que se
comunique comigo; ou, então, peço a Deus Todo-Poderoso permitir ao espírito de tal comunicar-se comigo... Não é menos
necessário que as primeiras perguntas sejam concebidas de tal forma que a resposta seja simplesmente sim ou não, como, por
exemplo: ‘Estás aí?’, ‘Queres responder-me?’, ‘Podes me fazer escrever?’” etc. 1

Quem é quem?

Um grande problema aflige os espíritas: é possível identificar os espíritos que baixam nas sessões, evocados em nome de Deus? São
eles realmente os espíritos das pessoas evocadas? Allan Kardec reconhece esse problema de grande importância para a validade da
evocação. E declara: “O ponto essencial temos dito: saber a quem nos dirigimos”. 2

“O ponto essencial” é identificar o espírito que fala pelo médium. Diz mais Allan Kardec: “A identidade constitui uma das grandes
dificuldades do espiritismo prático. É impossível, com freqüência, esclarecê-la, especialmente quando são espíritos superiores
antigos em relação à nossa época. Entre aqueles que se manifestam, muitos não têm nome conhecido para nós, e, a fim de fixar
nossa atenção, podem assumir o nome de um espírito conhecido que pertence à mesma categoria. Assim, se um espírito se
comunica com o nome de São Pedro, por exemplo, não há mais nada que prove que seja exatamente o apóstolo desse nome. Pode
ser um espírito do mesmo nível por ele enviado” 3 (grifo nosso).

Assim, fica claro que não se pode identificar o espírito que se manifesta para dar notícias ou instruções.

Kardec pergunta e os espíritos respondem:

“Os espíritos protetores que tomam nomes conhecidos são sempre e realmente os portadores de tais nomes?”. “Não. São espíritos
que lhes são simpáticos e que muitas vezes vêm por ordem destes”. 4

Então, como fica uma pessoa convidada pelos espíritas e levada pela saudade que vai ao centro para ter notícias de seu falecido
parente, por exemplo, um pai, uma mãe, irmão ou irmã? E o problema não é só esse. Ainda que o médium seja uma pessoa honesta
e digna de toda confiança, quem pode afirmar com segurança que tal espírito que se manifesta por meio dele é o da pessoa
evocada? Como julgar se um espírito é fulano ou beltrano, como diz ser? Pode ser que sim, pode ser que não, mas também pode ser
um espírito substituto.

Allan Kardec reconhece a dificuldade e desabafa:

“A questão da identidade dos espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do espiritismo; é que, com efeito,
os espíritos não nos trazem nenhum documento de identificação e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles assumem nomes
de empréstimos” 5

Pode-se confiar nos médiuns?

Allan Kardec declara que é duvidoso crer na honestidade dos médiuns, o que aumenta ainda mais o problema para aqueles que
admitem que ele existe. “Os médiuns de mais altos merecimentos não estão isentos das mistificações dos espíritos mentirosos. Em
primeiro lugar, porque nenhum médium é suficientemente perfeito para não apresentar ponto vulnerável que pode dar acesso aos
maus espíritos”. 6
Espíritos levianos

O problema fica mais grave ainda quando as seguintes palavras de Kardec são levadas em consideração:
“Esses espíritos levianos pululam ao nosso redor, e aproveitam todas as ocasiões para se imiscuírem nas comunicações; a verdade é
a menor de suas preocupações, eis porque eles sentem um prazer maligno em mistificar aqueles que têm fraqueza, e algumas vezes
a presunção de acreditar neles, sem discussão” 7 (grifo nosso).

Apreciemos mais um problema levantado por Kardec: “Um fato que a observação demonstrou e os próprios espíritos confirmam é o
de que os espíritos inferiores com freqüência usurpam nomes conhecidos e respeitados. Quem pode, assim, garantir que os que
dizem ter sido, por exemplo, Sócrates, Júlio César, Carlos Magno, Fenelon, Napoleão, Washington etc., tenham de fato animado
essas personalidades? Tal dúvida existe até entre alguns fervorosos adeptos da doutrina espírita, os quais admitem a intervenção e
a manifestação dos espíritos, porém indagam como pode ser comprovada sua identidade” 8

As aparências enganam

De fato, os espíritos que se manifestam nas sessões espíritas se apresentam sob a aparência de espíritos puros, iluminados, “com
linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade” e para enganar, como admite o próprio Kardec:

“É extremamente fácil diferenciar os bons dos maus espíritos. Os espíritos superiores usam com freqüência linguagem digna, nobre,
repassada da mais alta moralidade, isenta de qualquer paixão inferior, a mais pura sabedoria transparece dos seus conselhos,

que visam sempre o nosso aperfeiçoamento e o bem da humanidade. Há falsários no mundo dos espíritos como neste; não é,
portanto, senão uma presunção de identidade que só adquire valor pelas circunstâncias que a acompanharam... Para aqueles que
ousam perjurar em nome de Deus, falsificar uma assinatura, um sinal material qualquer não pode oferecer-lhe obstáculo maior. A
melhor de todas as provas de identidade está na linguagem e nas circunstâncias fortuitas” 9

Repete Allan Kardec:

“Pode-se colocar como regra invariável e sem exceções que a linguagem dos espíritos é sempre proporcional ao grau de sua
elevação” 10

Kardec se torna tão específico que chega a admitir que se um espírito pode “falsificar uma assinatura” pode chegar ao extremo de
imitar as próprias expressões de Jesus. “Dir-se-á, sem dúvida, que se um espírito pode imitar uma assinatura, ele pode igualmente
imitar também a linguagem. Isto é verdadeiro, temos visto os que assumiram afrontosamente o nome do Cristo e, para melhor
enganarem, simulavam o estilo evangélico e prodigalizavam a torto e a direito estas palavras bem conhecidas: ‘Em verdade, em
verdade, eu vos digo...’. Quantos médiuns tiveram comunicações apócrifas assinadas por Jesus, Maria ou um santo venerado” 11
(grifo nosso).

O cristão e o estado intermediário

Nós evangélicos cremos que a alma sobrevive e permanece em estado inteligente e consciente no intervalo entre a morte e a
ressurreição do corpo. Entendemos que a alma é uma entidade consciente e inteligente que habita no corpo e que se separa do
corpo por ocasião da morte física: “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da
palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo
Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas, e
foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus
irmãos, que haviam de ser mortos, como eles foram” (Ap 6.9-11, ver também Lc 12.4-5 – grifo nosso).

Algumas vezes, as palavras alma e espírito são empregadas como sinônimas para falar da parte imaterial do homem que sobrevive à
morte da matéria, o corpo. Quando isso acontece, os termos alma e corpo têm o mesmo sentido. Alguns exemplos bíblicos:

“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.7).

“E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59).

Os textos de Eclesiastes 12.7 e Atos 7.59 falam da sobrevivência do espírito enquanto que Apocalipse 6.9-11 e Lucas 12.4-5 abordam
a sobrevivência da alma como a parte imaterial do homem que sobrevive à morte do corpo, com consciência e inteligência - o “eu”
do ser humano. “Pois qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está?” (1Co 2.11). Depois da
morte física o cristão vai estar com Cristo no céu.

“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor. Mas temos
confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2Co 5.6-8).

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que
deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito
melhor” (Fp 1.21-23).

O estado intermediário do incrédulo

O incrédulo vai para o Seol-Hades (inferno), e lá permanece em estado consciente de tormento. Hades indica o lugar da alma no
intervalo entre a morte do corpo e a ressurreição do corpo, e aparece dez vezes no Novo Testamento.

“E morreu também o rico e foi sepultado. E no inferno (Hades), ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e
Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu
dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os
teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado” (Lc 16.22-25).

Seol-Hades indica o lugar da alma, enquanto o corpo vai para a sepultura (em hebraico, kever, kevurah e, em grego, taphos, mnema
e mnemeion). Geena indica o lugar do corpo e da alma depois da ressurreição do Juízo final.

“E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno,
[geena] para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.43).

“Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados” (2Pe 2.9).

Espíritos malignos

Se os espíritos dos cristãos evangélicos vão para o céu (2Co 5.6-8) e os espíritos dos incrédulos, para o Seol-Hades (inferno), e lá
permanecem sem poder sair (Lc 16.24-28), só há uma alternativa para o que acontece nas sessões espíritas: a presença dos espíritos
malignos! Os espíritas não acreditam em demônios, mas isso não significa que eles não existem.

“Há demônios, no sentido que se dá a essa palavra? Se houvesse demônios, seriam obras de Deus. E Deus seria justo e bom, criando
seres infelizes, eternamente votados ao mal?”. 12

Nomes e características de Satanás

O diabo existe! Também existem os demônios que cumprem suas ordens. A Bíblia mostra a existência e trabalho deles.

Diabo - significa sedutor, acusador dos irmãos: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada diabo e Satanás, que
engana a todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12.9).

Satanás - indica que o diabo é inimigo, o grande adversário de Deus e dos filhos de Deus:

“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”
(1Pe 5.8).

Príncipe deste mundo - Satanás governa os homens e os governos humanos: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Ef 2.2).

Pai da mentira - a mentira é uma de suas táticas. Não é apenas o mentiroso, mas o pai da mentira: “Vós pertenceis ao vosso pai, o
diabo, e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, pois não há verdade nele.
Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).

Anjo de luz - ele se disfarça em anjo de luz por meio de seus ministros: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura
em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as
suas obras” (2Co 11.14-15).

A Bíblia proíbe evocação aos mortos

A Bíblia é o livro, dentre outros, que nos dá a história do espiritismo. Em Êxodo ela mostra que os antigos egípcios foram praticantes
de fenômenos espíritas, quando os magos foram chamados por Faraó para repetir os milagres operados por Moisés. Quando Moisés
apareceu diante desse monarca com a divina incumbência de tirar o povo de Israel da escravidão egípcia, os magos repetiram
alguns dos milagres de Moisés (Êx 7.10-12, 8.18).

Mais tarde, já nas portas de Canaã, Deus advertiu o povo de Israel contra os perigos do ocultismo. A mediunidade, por exemplo, era
uma prática abominável aos seus olhos (Dt 18.9-12). O castigo para quem desobedecesse aos mandamentos de Deus nesse
particular era a morte:
“Qualquer homem ou mulher que invocar os espíritos dos mortos ou praticar feitiçarias deverá ser morto a pedradas. Essa pessoa
será responsável pela sua própria morte” (Lv 20.27, ver também Êx 22.18).

A Bíblia também indica que as pessoas com ligações com espíritos familiares e feiticeiras são amaldiçoadas por Deus:

“Não procurem a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro. Isso é pecado e fará que vocês
fiquem impuros” (Lv 19.31).

“Se alguém procurar a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro, eu ficarei contra essa pessoa
por causa desse pecado e a expulsarei do meio do povo” (Lv 20.6). O rei Saul, antes da sua apostasia, quando ainda estava na
direção de Deus, baniu os praticantes de várias modalidades do espiritismo (lSm 28.3-9). Mais tarde, o reto rei Josias agiu da mesma
forma (2Rs 23.24-25). O profeta Isaías também se dirigiu aos antigos espíritas que vaticinavam para o povo de Israel dizendo-lhes
que essa prática era inútil e detestável aos olhos de Deus:

“Algumas pessoas vão pedir que vocês consultem os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão:
Precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos! Mas vocês respondam assim: ‘O
que devemos fazer é consultar a Lei e os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor” (Is 8.19-20).

Jesus, a solução!

Caro leitor, muitos motivos e intenções têm levado as pessoas a se enveredar pelos caminhos da mediunidade. Quase sempre esse
rumo é tomado pela obsessão da saudade de alguém que partiu deste mundo. Sabemos que é indescritível a dor causada pela perda
de um ente querido e, de fato, a separação abrupta das pessoas que amamos resiste ao conformismo da situação, mas não existe
solução para esta adversidade no espiritismo.

Jesus é e tem a solução! Cristo venceu a morte e, por isso, pôde declarar: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda
que esteja morto, viverá” (Jo 11.25).

Para seus seguidores, a morte não é nada mais do que tirar uma linda flor do deserto e plantá-la no jardim do paraíso. Pense nisso e
considere, ainda, que, além da explícita reprovação bíblica, o próprio mentor do espiritismo, Allan Kardec, demonstrou a
impossibilidade de confiar que os espíritos, que se manifestam nas sessões espíritas, sejam fulano ou beltrano.

Não se deixe enganar pela emoção! Não se deixe guiar pelos seus próprios caminhos! A advertência bíblica é bem oportuna: “Há um
caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele sãos os caminhos da morte” (Pv 14.12).

Notas

1 O livro dos médiuns, p. 224, edição de 1987, Instituto de Difusão Espírita.


2 O livro dos espíritos, p. 42, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
3 O que é o espiritismo, p. 318, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
4 O livro dos espíritos, p. 150, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
5 O livro dos médiuns, p. 461, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
6 O que é o espiritismo, p. 316, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
7 O livro dos médiuns, p. 402, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
8 O livro dos espíritos, p. 41, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
9 O livro dos médiuns, p. 464, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
10 O livro dos médiuns, p. 465, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
11 O livro dos médiuns, p. 464, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
12 O livro dos espíritos, pp. 72 e 74, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.

http://vigiandoeorando.blogspot.com/2007/08/comunicao-com-os-mortos.html

Invocação de Mortos
Prof. João Flavio Martinez 

Invocação de Mortos 

O ESPIRITISMO E A PRÁTICA DA INVOCAÇÃO AOS MORTOS

Reencarnação, que já falamos acima, e invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude
espiritista. Se ambas forem removidas, o Espiritismo rui irremediavelmente. Mostramos nos textos anteriores como a teoria da
reencarnação não suporta ser provada pela Bíblia. Neste texto, porém, trataremos da não menos fraudulenta invocação de mortos.

O que diz a Bíblia: “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações
daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem
quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o
Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir,
ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o Senhor teu Deus não te permitiu tal coisa” (Deuteronômio
18:9-14).

Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro “O Céu e o Inferno”, aduz A. Kardec: “... Moisés devia, pois, por política, inspirar
aos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhanças e pontos de contato com o inimigo”.

Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, simplesmente por razões políticas, como afirma Kardec, é
demonstração de ignorância quanto às Escrituras. A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação
com eles. Prova apenas que havia a consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa
de comunicação. Na prática de tais consultas aos mortos, sempre houve embuste, mistificação, mentira, farsa, comercialização de
cartas do além e manifestação de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos, espíritos
enganadores se manifestam, identificando-se com os nomes de pessoas amadas que já falecera (leia Lucas 16:19-31). Alguns desses
espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos
éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. É o caso do engenheiro que se passava pelo Dr. Fritze (a fraude
terminou no ano de 1999). Aquele cidadão enganou a milhares, deixou gente gravemente enferma e até há denuncias de casos de
mortes – Isso é o Espiritismo. São espíritos que se prestam a serviço do pai da mentira (João 8:44), Satanás.

O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: “Quando vos disserem: Consultai os
que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus?
Acaso a favor dos vivos consultará os mortos?” (Isaías 8:19).

O Estado dos Mortos: O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte
em nada do que se faz e acontece na terra. Veja, por exemplo, o que disseram grandes figuras da Bíblia:

1) – Salomão: -“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos... Não têm eles parte em cousa alguma do que se faz
debaixo do sol”. (Eclesiastes 9:5,6).

2) – Davi: -“Mostrarás tu maravilhas aos mortos? ou levantam-se os mortos para te louvar? Será anunciada a tua benignidade na
sepultura, ou a tua fidelidade no Abadom (abismo)? Serão conhecidas nas trevas as tuas maravilhas, e a tua justiça na terra do
esquecimento? (Salmos 88:10-12).

3) – Ezequias –“Pois não pode louvar-te o Seol, nem a morte cantar-te os louvores; os que descem para a cova não podem esperar
na tua verdade. O vivente, o vivente é que te louva, como eu hoje faço; o pai aos filhos faz notória a tua verdade” (Isaías 38:18-19).

4) Jó -“Tal como a nuvem se desfaz e some, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem
o seu lugar o conhecerá mais (Jó 7:9-10).

5) Jesus na história do rico e Lázaro –“Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se
arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém
dentre os mortos” (Lucas 16:30-31). A história do rico e do Lázaro mostra a impossibilidade de se sair do lugar dos mortos, pois o
rico, que fora ímpio em vida, queria alertar os seus parentes vivos para que não praticassem as mesmas ações dele e, por
conseqüência, acabassem no mesmo lugar que ele – o inferno, mas foi a ele negado.

Nenhum dos textos bíblicos, até aqui citados, contradiz-se com o estado intermediário do homem ou a esperança bíblica da
ressurreição dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdição eterna (Daniel 12:2). Os citados textos mostram,
sim, que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar a viver a vida de antes, e que na sepultura nada poderá fazer
por si mesmo e muito menos pelos vivos.

http://vigiandoeorando.blogspot.com/2007/08/invocao-de-mortos.html

O Inferno Existe
Prof. João Flavio Martinez 

O Inferno Existe 

O ESPIRITISMO AFIRMA QUE O INFERNO NÃO EXISTE

Afirma Kardec: O dogma da eternidade absoluta das penas (inferno e lago de fogo) é portanto incompatível com o progresso das
almas, ao qual apõe uma barreira intransponível. (Céu e Inferno, Ed. Lake – 1995, pág.63). Kardec coloca a realidade do inferno e do
juízo eterno como uma incompatibilidade, como uma barreira intransponível da realidade, como falta de bom senso e sendo uma
doutrina contrária ao amor de Deus. Entretanto a Bíblia, que não é um livro de massagem de ego, deixa-nos claro sobre a existência
do inferno – lago de fogo:

1) – O que diz as Escrituras sobre o Inferno:

Leia: Dt.32:22, Jó 26:6, Am.9:2, II Ped.2:4, Pv.27:20, II Tes.1:7-9, Ap.14:9-11, Mc.9:47-48, Mt.23:33, Lc.16:22-23, Mt.25:41-46. ...

É impossível duvidar do ensino das Escrituras e da seriedade com que Jesus falava acerca do inferno. O tom do ensino de Cristo
indica fortemente que o inferno é um lugar literal. Portanto, a Bíblia ensina com muita clareza essa dura realidade que se os
Espíritas continuarem a omitir poderão comprovar na prática.

2) – Os Espíritas dizem que o ensino sobre o inferno é irracional e falta de bom senso, mas a Bíblia mostra ser o contrário:

A Bíblia diz: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucuras; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente” (I Cor.2:14). A doutrina do inferno só é irracional para o homem natural, não convertido.
Daí ser fácil concluir porque os Espíritas acham o ensino sobre o inferno irracional, eles nunca nasceram de novo(Jo.3, Rm.6:4).
Somente os nascidos de novo entendem a Palavra de Deus e não recusa nenhuma verdade por mais dura que seja. Com tantos
textos existentes na Bíblia a respeito de tal lugar é diabólico fugir dessa realidade por mais dura que seja. É lógico que o diabo
gostaria que ninguém soubesse que tal lugar existe, assim seria mais fácil destruir os homens usando a própria justiça de Deus.

3) – A doutrina do inferno não é contrária ao amor e a misericórdia de Deus:

Todos os que falam assim deixam de reconhecer a santidade de Deus e a necessidade do pecado ser punido por causa dessa
santidade. Lembremos que Deus é amor e o amor é Deus. Deus amou o mundo inteiro e quer que todos se salvem (I Tm.2:4). Apesar
de Deus querer salvar todos os homens, Ele não age contra a vontade humana – o homem é, por vontade e determinação de Deus,
um ser livre para escolher, só depende dele. O inferno nem tinha sido projetado para o homem, sim para o Diabo e seus anjos
(Mt.25:41), mas com a desobediência o homem acabou recebendo o mesmo destino (Mt.25:46). O INFERNO É A CONFIRMAÇÃO DO
AMOR DE DEUS CONTRA O PECADO E IMPIEDADE. DEUS É AMOR, MAS NUNCA DEIXARÁ DE SER JUSTIÇA.

4) – A doutrina do inferno e do lago de fogo não é repugnante à justiça:

Se a justiça nos fosse feita, cada um de nós receberia a condenação que merece (Jo.3:18). Merecemos a justiça, mas Deus nos
concede a misericórdia pela sua graça, por causa do seu Filho Jesus (Rm.3:26). Todos devem ser salvos da mesma maneira, através
dos méritos de Cristo e não de obras(Ef.2:8-9). Deus é justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. O Inferno é, segundo os
ensinos cristalinos da Palavra de Deus, uma dura realidade que até gostaríamos de não aceitá-la, mas como não somos como os
Espíritas que torcem a verdade por achá-la dura demais, nós nos curvamos diante da soberania de Deus. E pior é que, o inferno não
só é uma realidade, mas um lugar de sofrimento (Judas 7), lugar de dor (Sl.116:3), lugar de tormentos (Lc.16:24,25,28), lugar de ira
(Ef.2:3, Cl.3:6), lugar de condenação eterna (Mc.3:29), lugar de tormento eterno (Mt.25:41,46; Mc.9:44-46).

Pobres Espíritas estão indo para o inferno e ensinando que o inferno não existe, porém quando lá chegarem vão se deparar com a
calamitosa realidade – a perdição eterna.

http://vigiandoeorando.blogspot.com/2007/08/o-inferno-existe.html

Porque uns nascem doentes


Prof. João Flavio Martinez

Porque uns nascem doentes

POR QUE UNS NASCEM...


Cegos, aleijados, retardados, pobres e outros não?

Quem nunca parou para pensar nestas questões? Talvez você mesmo já tenha pensado por que uns nascem aleijados e outros com
saúde, uns nascem inteligentes e outros com problemas mentais, uns pobres e outros ricos? Por que tantas desigualdades? Não é
isto uma tremenda injustiça?
Estas perguntas tem feito parte do pensamento do homem a muito tempo sem contudo achar uma explicação satisfatória às
mesmas. Enquanto a humanidade sofre diariamente seus efeitos dolorosos, parece que os espíritas acharam uma explicação
satisfatória para todas elas.

A SOLUÇÃO DO ESPIRITISMO

Para o espiritismo todas as mazelas e vicissitudes da vida encontram a explicação em uma só palavra - reencarnação. As perguntas
acima já levaram muitas pessoas a ingressarem no Kardecismo por julgar a resposta espírita a mais satisfatória de todas. De fato,
para os espíritas, tudo funciona segundo uma lei, a lei de causa e efeito. A doutrina espírita frisa que todo pecado cometido é uma
divida contraída que deve ser paga numa ou em várias reencarnações. Assim sendo, as pessoas que passam por estes problemas
não devem fazer nada além de esperar por mais reencarnações até que por fim será purgada de suas faltas que foram contraídas
em vidas passadas. Destarte, o consolo do espiritismo consiste apenas em adiar os problemas do ser humano. Além de que a ajuda
que outros fossem prestar para sanar a dor do sofrimento alheio estaria indo contra essa suposta justiça de Deus.

RESPOSTAS SENSATAS

Não é preciso recorrer á reencarnação para encontrarmos respostas para as questões do sofrimento e desigualdades entre os seres
humanos. Os fatos nos falam de maneira inequívoca:

" Por que uns nascem pobres?


Ora, todos sabemos que isto depende da condição social em que se encontra a família. Se as explicações são as faltas na vida
pregressa da pessoa, sendo que em outra vida ela foi uma pessoa rica egoísta e usou mal seu dinheiro e por isso agora nasceu pobre
para pagar este karma adquirido, então perguntamos: que explicação dar à vida de Cristo? Decerto segundo esta doutrina, ele foi
um dos maiores pecadores para nascer pobre e morrer na miséria como um criminoso! E as pessoas que se enriquecem da noite
para o dia? Uma série de circunstancias podem influenciar a vida financeira das pessoas, até mesmo as condições geográficas dos
paises. Não precisamos recorrer à reencarnação.

" Por que uns nascem doentes?


Este também tem sua explicação nos seguintes fatos: mães que não cuidam bem de sua gravidez tomando medicamentos sem
controle médico. Como conseqüência os bebês que nasceriam saudáveis, nascem doentes. Relações sexuais entre pessoas que tem
doenças venéreas produz cegueira nos filhos. Junte-se a isto as diferenças sanguíneas e outras. E os animais que nascem doentes?
Eles também tiveram vidas passadas por nasceram desta maneira? Claro que não!
A resposta para o sofrimento é encontrada nesta vida sem precisar recorrer a vidas passadas.

COMO TUDO COMEÇOU

A Bíblia nos diz que nesta vida o que o homem plantar ele colherá (cf. Gl. 6:7). Quando Deus colocou o homem no jardim do Éden,
havia uma vida abundante para todos, sem sofrimentos, sem dor, desigualdades ou doenças. Mas o Homem veio rejeitar a vida que
Deus lhe ofereceu e escolher viver sua própria vida. Aí então começou o que a Bíblia chama de pecado. O pecado diz o apóstolo
Paulo, passou para toda a humanidade e como sentença contra o pecado veio a morte.

UM CONVITE

Mas a Bíblia nos diz que mesmo o homem rejeitando o amor de Deus, Ele enviou seu único filho para todo aquele que nele crer não
pereça, mas tenha a vida eterna. Aos cansados e oprimidos Jesus diz, "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu
vos aliviarei" (Mt. 11:28-30). Aos que cometeram faltas ou pecados ele lhes oferece o perdão e o "sangue de Jesus nos purifica de
todo o pecado" (I Jo. 1:7) porque Ele veio trazer "vida e vida com abundancia" (Jo. 10:10). Milhares de pessoas que outrora eram
cativas por filosofias religiosas como estas e continuavam presas pelo sofrimento esperando que mais algumas reencarnações
fossem solucionar seus problemas obtiveram a solução e a paz tão almejadas através da pessoa do Filho de Deus - Jesus Cristo.

http://vigiandoeorando.blogspot.com/2007/08/porque-uns-nascem-doentes.html

Reencarnação em Conflito
Pb.Paulo Cristiano 

Reencarnação em Conflito 

A doutrina da reencarnação é a coluna dorsal do espiritismo Kardecista. É ela o alicerce onde todos os demais postulados erigidos
por Kardec se apóia. Tal é a sua importância para o espiritismo que é considerada como um dogma mesmo (Livro dos Espíritos, nº
171 e 222). Depois de sua morte em 1870, foram gravadas as seguintes palavras em seu túmulo: “nascer, morrer, renascer de novo
e progredir sem cessar: esta é a lei”.

Carlos Imbassay – um dos apologistas do espiritismo – reconhece que ela é de importância capital para o espiritismo.

Se portanto, tirarmos a reencarnação de debaixo da doutrina kardecista todo o edifício desabará, só sobrarão cacos.

O Que é Reencarnação e Qual a sua Finalidade? 

Etimologicamente, reencarnação significa “tornar a tomar corpo, ou vivificar um corpo novo”. Consiste no fato de uma alma ou um
espírito, que após ter animado um corpo e ter-se libertado deste pela morte, passar a dar vida a um outro corpo inteiramente novo.
É o mesmo que “palingenesia”, pluralidade de existências, vidas sucessivas, transmigração da alma. Também é um refinamento da
“metempsicose”.

Allan Kardec define desta manera: “a reencarnação é a volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado
para ela e que nada tem de comum com o antigo” (O Livro dos Espíritos, pág. 67)

A finalidade da reencarnação consiste em: 1º) progresso e evolução dos espíritos e 2º) expiar faltas cometidas em vidas passadas.
(op.cit. pergunta 167)

As Incoerências da Reencarnação

Veremos agora que esta doutrina não é só incoerente do ponto de vista bíblico como também filosófico e cientifico.

A Partir de Um Enfoque bíblico. 

Os espíritas querem achar apóio em textos bíblicos para fundamentar a teoria da reencarnação. Contudo, a Bíblia rejeita de forma
categórica essa doutrina. Até mesmo o assunto favorito deles “João Batista era Elias”, pois crêem que quando Jesus disse aos
discípulos: “digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram; mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho
do homem há de padecer às mãos deles.Então entenderam os discípulos que lhes falava a respeito de João, o Batista.” (Mateus
17:13) era realmente uma prova da reencarnação de um profeta no outro, cai por terra por diversos motivos:

A profecia de Malaquias diz que Elias viria cumprir um importante ministério antes do “grande e terrível dia do Senhor”.
João Batista iria adiante de Jesus no ESPIRITO E PODER de Elias e não que seria Elias reencarnado. (Lucas 1:17); Isto tem a ver com o
ministério de ambos e não com reencarnação. Se segurmos esta lnha de pensamento, teremos de admitir que Elizeu e não João era
a reencarnação de Elias, pois diz a Bíblia que “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte dele em Jericó, disseram:
O espírito de Elias repousa sobre Eliseu” (2 Reis 9:15). Vejamos as semelhanças entre ambos:

ELIAS
=====
Profetizou em tempos de apostasia
Profetizou para aproximar o povo de Deus
Vestia –se com roupa de pele de ovelhas
Acabe (o rei) tinha medo de Elias
Jezabel pediu a vida de Elias
Pregava sobre o arrependimento e castigo

JOÃO BATISTA
============
Profetizou em tempos de apostasia
Profetizou para aproximar o povo de Deus
Vestia-se com roupa de pele de ovelhas
Herodes tinha medo de Elias
Herodias pediu a vida de João
Pregava sobre o arrependimento e castigo

João Batista negou tal fato absurdo, qual seja, de que ele era Elias (João 1:21).
Quando Jesus fez esta comparação, eles tinham acabado de ver Elias e Moisés no monte da transfiguração. Se Elias fosse João
Batista reencarnado os espíritas entrariam em contradição com sua própria doutrina, veja:
João nesta altura já havia sido decapitado por Herodes, portanto estava morto. Ora, o próprio Kardec afirmou que “a reencarnação
é a volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ela e que nada tem de comum com o antigo”.
Como então, João Batista, apareceu no velho corpo na transfiguração? Não teria ele que aparecer (de acordo com a doutrina
espírita) com o atual, da ultima reencarnação, isto é, com o corpo de João e não de Elias?
Ainda, segundo a doutrina espírita, o tal espírito se reencarna para purgar suas faltas do passado para progredir até ser espírito
puro. Diz Kardec: “Toda a falta cometida, todo o mal praticado é uma dívida contraída que deverá ser paga.” (O Céu e o Inferno, pág.
88) Certamente, Elias mesmo sendo um profeta de Deus, tendo intimidade com Ele, parece que não havia progredido muito, visto
que passou novamente pelas mesmas “provas” (como João Batista) para “limpar” seu suposto “carma” do passado.
A Bíblia diz categoricamente que “Está ordenado ao homem morrer uma só vez vindo depois disto o juízo” (Hebreus 9:27). Não
existem várias mortes, mas uma só.

A Partir de Um Enfoque Ético. 

O espiritismo ensina que Deus criou todos espíritos simples, ignorantes e imperfeitos. Ora, se todos os espíritos são imperfeitos
então no final das contas toda a culpa de todo o sofrimento que tais espíritos estão sujeitos é em última análise atribuída a Deus e
não ao ser humano. Esta premissa do espiritismo joga a culpa do mal em Deus. Onde está a justiça deste Deus do Espiritismo?

Outra questão que o espiritismo não responde quanto ao mal é: onde começou o mal? A reencarnação explica o mal no presente
mediante o mal no passado. Mas então de onde vem este mal? Onde está o mal primeiro que causou o mal segundo? A doutrina do
carma tenta isentar Deus deste dilema, mas acaba se enroscando mais ainda, pois se tudo tem uma causa primária, então em ultima
análise ela vai voltar para o princípio de tudo. E quem havia no principío? Deus.

A Partir de Um Enfoque Lógico 

Se a reencarnação é uma lei de progresso como afirmam os espíritas, onde está então uma prova empírica dela? O que vemos na
verdade é o contrário do que alega a doutrina espírita. O mundo deveria esta evoluindo tanto moralmente como espiritualmente,
mas o que vemos é uma regressão de ambos. Ora, após milênios de evolução humana, será que o mundo não deveria apresentar-se
bem mais humano, bem mais desenvolvido humanitariamente? Isto não deveria ser visível? Onde estão os espíritos adiantados
provenientes de tantas reencarnações e purificações?

A sociologia nega a existência prática desta tese. 

Acrescenta-se a isto ainda o crescimento demográfico. Se no princípio diz a Bíblia que havia apenas duas pessoas, Adão e Eva, de
onde surgiram tantas pessoas como vemos hoje em dia? Se a reencarnação é tornar a tomar novamente um outro corpo onde havia
tantos corpos no principio do mundo? Demais disso, se há 50 anos atrás tínhamos aproximadamente 5 bilhões de almas para se
reencarnar depois da morte, então deveríamos ter novamente 5 bilhões de corpos para essas pessoas se reencarnarem! Mas temos
hoje 6 bilhões!

A reencarnação ainda enfrenta sérios problemas, quais sejam:

Seria Deus justo em destinar seres humanos a castigos por faltas de que nem tem consciência? Como irei me arrepender de erros
que desconheço? Seria Deus justo castigando pessoas que foram criadas imperfeitas?

Outro fato significativo é que a reencarnação e a lei do carma choca-se grandemente com um outro pilar do espiritismo que é “fora
da caridade não há salvação”, que nada mais é do que um tipo de auto redenção. Ora, segundo diz essa doutrina, toda
conseqüência que temos no presente foi contraída em outra existência passada tendo de ser paga nesta ou noutra reencarnação
futura para se purificar. Veja que esses dois princípios na prática entram em contradição, pois e assim fosse eu não deveria fazer
caridade a quem está sofrendo, caso contrário, estaria atrasando o progresso daquele espírito para uma próxima existência. Mas em
contrapartida estarei atrasando o meu próprio, pois não praticando a caridade não terei salvação como ensinou Kardec! Isto nos
leva a concluir que o causador do sofrimento não passa de um executor de ordens divinas!

Se o pecado ou falta cometida na vida passada envolveu alma e corpo, não é justo que o corpo atual pague pelo corpo da última
reencarnação. O ser humano não é dualista, mas um ser único, o homem sem seu corpo não é ser humano.

E se pensarmos em Jesus Cristo que segundo AK, foi o maior espírito de luz que já veio a esta terra, o que teria feito Jesus para levar
uma vida daquela? Morreu como um assassino, pobre, abandonado até mesmo por seus próprios discípulos. Estaria ele pagando
algum carma? Se a resposta for sim, então porque teria que paga-lo já que era perfeito, espírito de luz? Espíritos de luz já escaparão
da cadeia das reencarnações!

Qual é o Consolo da Reencarnação?

A teoria da reencarnação não deixa espaço para o perdão e a misericórdia de Deus, é inflexível, além de fazer de Deus um ser
contemplativo e inerte. Tudo se baseia imparcialmente na lei do carma, a lei mecânica da causa e efeito, pois tudo aquilo que a
pessoa praticar de ruim nesta vida terá forçosamente adquirindo uma dívida para a próxima vida.

A reencarnação não funciona. A única coisa que ela oferece é um alívio filosófico de poder ter mais uma chance de se arrumar no
futuro. Sugere ainda que o sofrimento é algo merecido, pois quem esta sofrendo é porque mereceu sofrer. E se você quiser escapar
destas reencarnações terá que passar por muitas, muitas vidas ainda... Em outras palavras, a reencarnação só faz adiar o problema,
jogando-o sempre para o futuro. Ao contrario da lei mecanicista da reencarnação, Jesus oferece a solução para o problema do
pecado aqui e agora. O perdão de Deus é para esta vida e não para o futuro após a morte. A purificação que tantas espíritas almeja
é dado nesta vida pelo sangue de Jesus.
PARA MEDITAÇÃO DOS ESPÍRITAS

“Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras;o qual desejava alimentar-se com as migalhas
que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras.Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para
o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a
Abraão, e a Lázaro no seu seio.E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água
a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em
tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.E além
disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de
lá passar para nós.Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,porque tenho cinco irmãos; para que lhes
dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento.Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas;
ouçam-nos.Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender.
Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite (não reencarne)
alguém dentre os mortos.” (Evangelho de Lucas, 16:21-31)

http://vigiandoeorando.blogspot.com/2007/08/reencarnao-em-conflito.html

Você também pode gostar