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Fluidos Termodinâmica

Fenômenos Oscilatórios e Termodinâmica


Área 1

Curso de Fenômenos Oscilatórios e Termodinâmica -


Parte II

Profa. Ma. Naiane Santana

Naiane Santana Área 1


Fluidos Termodinâmica

Fluidos

Termodinâmica

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Fluidos Termodinâmica

Fluidos
É uma substância que pode escoar e assume a forma do recipiente que
o contém: líquidos e gases.
1.1. Massa Específica
Da substância que constitui o corpo!
m
ρ= (kg /m3 ) (1)
V
1.2. Pressão
F
p= (N/m2 = Pascal = Pa) (2)
A
onde: F é o módulo da força normal uniforme a que está sujeita
a superfície de área A.

1atm = 1, 01 × 105 Pa
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2. Hidrostática
2.1. Princípio de Stevin

X
FR = 0 =⇒ Fb − Fa − P = 0 (3)
Fb = Fa + mg (4)
mg
pb = pa + (5)
A
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Se m = ρV e V = Ah. Então:

pb = pa + ρgh (6)

Fazendo pb = p e pa = po :

p = po + ρgh (7)

onde: p é chamada pressão absoluta, po é a pressão atmosférica. E a


diferença (p − po ) é chamada pressão manométrica.

2.1.1 Consequências do Teorema de Stevin


I A pressão aumenta coma profundidade.
I Pressão para pontos situados num mesmo nível serão iguais.

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I Vasos Comunicantes: ha = hb = hc

I Experimento de Torricelli: 1atm = 76cmHg

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2.2. Princípio de Pascal


Uma variação de pressão aplicada a um fluido incompressível
contido em um recipiente é transmitida integralmente a todas
as partes do fluido e às paredes do recipiente.

∆pa = ∆pb (8)

2.2.1 Consequências do Princípio de Pascal


I A prensa hidráulica.

Fa Fb
= (9)
Aa Ab

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2.3. Princípio de Arquimedes (Empuxo)


Quando um corpo está total ou parcialmente submerso em um
fluido, uma força de empuxo ~ exercida pelo fluido age sobre o
corpo. Essa força é dirigida para cima e tem módulo igual ao
peso do fluido deslocado pelo corpo (mf g )

 = mf g (10)
 = ρf Vg (N) (11)

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3. Hidrodinâmica

3.1. Escoamento de Fluidos Ideais


• Escoamento Laminar: a velocidade do fluido em um ponto fixo
qualquer não varia com o tempo.
• Escoamento Incompressível: a sua massa específica tem um
valor uniforme e constante.
• Escoamento Não-Viscoso: a viscosidade de um fluido é a
medida da resistência que o fluido oferece ao escoamento.

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3.2. Equação da Continuidade


Para um escoamento laminar de um fluido ideal

Como o fluido é incompressível ∆V1 = ∆V2 .

A1 ∆x1 = A2 ∆x2 (12)


A1 v1 ∆t = A2 v2 ∆t (13)
A1 v1 = A2 v2 (14)

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Podemos definir vazão de um fluido:


∆V
Q = Av ou Q= em m3 /s (15)
∆t

3.3. A equação de Bernoulli

Aplicando ao fluido a lei da conservação da energia:

WT = ∆Ec (16)

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Sendo W = P.d cos θ e W T = W1 + W2 (17)


W1 = −∆mg (h2 − h1 ) = −ρ∆Vg (h2 − h1 ) (18)

W2 = F1 ∆x − F 2∆x = p1 ∆V − p2 ∆V = −(p2 − p1 )∆V (19)

ρ∆V (v22 − v12 )


∆Ec = (20)
2

ρ∆V (v22 − v12 )


−ρ∆Vg (h2 − h1 ) − (p2 − p1 )∆V = (21)
2
ρv 2 ρv 2
=⇒ p1 + ρgh1 + 1 = p2 + ρgh2 + 2 (22)
2 2
ρv 2
onde o termo 2 é chamado de energia cinética específica.
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3.3.1 Aplicações
I Tubo de Pitot
ρv22
v1 = 0 e h2 = h1 , logo: p1 = p2 + 2

No tubo temos: p1 = p2 + ρo gH, então:


s
ρv22 2ρo gH
= ρo gH =⇒ v = (23)
2 ρ

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I Tubo de Venture
Como A1 > A2 , então v1 < v2 .

ρv12 ρv 2
p1 + = p2 + 2 (24)
2 2
Conclui-se que: p1 > p2 , pois v1 < v2 .

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I Teorema de Torricelli
v1 ≈ 0 e p1 = p2 = po .

ρv 2
ρgh1 = ρgh2 + (25)
2
p
v = 2gh (26)

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Fluidos

Termodinâmica

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Termodinâmica

I Um dos principais ramos da física - o estudo da energia térmica.


I O estudo das leis que regem a relação entre calor, trabalho e
outras formas de energia.
I A termodinâmica procura explicar os mecanismos de
transferência de energia térmica a fim de que estes realizem
algum tipo de trabalho.

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Termometria
I A noção de quente ou frio está intimamente relacionada com o
grau de agitação das partículas constituintes do corpo.
I A grandeza física que permite dizer se algo está quente ou frio é
a temperatura.
I A temperatura é a grandeza associada à energia cinética média
das moléculas de um corpo.
1.1. Escalas Termométricas
I Quando a temperatura de um corpo muda, algumas
propriedades desse corpo se modificam.
I O princípio do equilíbrio térmico: Se dois corpos de diferentes
temperaturas são colocadas em contato, se não houver
influência externa, estes passarão a ter a mesma temperatura
final.
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I A escala Celsius (◦ C )
• Ponto de fusão: 0◦ C .
• Ponto de ebulição: 100◦ C .
• A escala é dividida em 100 partes iguais de 0◦ − 100◦ .

I A escala Fahrenheit (◦ F )
• Ponto de fusão: 32◦ C .
• Ponto de ebulição: 212◦ C .
• A escala é dividida em 180 partes iguais de 32◦ − 212◦ .

I A escala Absoluta ou Kelvin (K )


• Ponto de fusão: 273, 15K .
• Ponto de ebulição: 373, 15K .
• A escala é dividida em 100 partes iguais de 273, 15 − 373, 15.
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I Conversões entre as escalas

θc θF − 32 θk − 273, 15
= = (27)
100 180 100

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Dilatação Térmica
I Variações nas dimensões de um material devido à variação de
temperatura.
2.1. Dilatação Linear

∆L = αL∆T (28)

∆T é a variação da temperatura.
α é o coeficiente de dilatação linear (/◦ C ).
L é o comprimento inicial.

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2.2. Dilatação Superficial

∆A = βA∆T (29)

∆T é a variação da temperatura.
β é o coeficiente de dilatação superficial (/◦ C ).
A é a área inicial.

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2.3. Dilatação Volumétrica

∆V = γV ∆T (30)

∆T é a variação da temperatura.
β é o coeficiente de dilatação volumétrica (/◦ C ).
V é a área inicial.

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2.4. Relação entre os Coeficientes

Sendo:V = L1 .L2 .L3 e α = L1 . dV


dT

dV dL3 dL2 dL1


= L1 L2 + L1 L3 + L2 L3 (31)
dT dT dT dT
1 dV L1 L2 dL3 L1 L3 dL2 L2 L3 dL1
. = + + (32)
V dT L1 .L2 .L3 dT L1 .L2 .L3 dT L1 .L2 .L3 dT

γ = 3α (33)

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2.5. Dilatação Térmica Aparente de um Líquido

∆Vreal = ∆Vfrasco + ∆Vap (34)

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Calorimetria
I É a parte da Termologia que estuda a quantidade de calor
recebida ou perdida por um corpo.
I Quando um corpo recebe ou cede calor,ocorre uma
transformação:variação de temperatura ou mudança de estado
físico. No primeiro caso, dizemos que se trata de calor sensível
e, no segundo, calor latente.
I A unidade histórica de medida de energia térmica:caloria.
I A caloria (cal) é definida como a quantidade de energia térmica
necessária para elevar de 1◦ C a temperatura de 1g de água.
I A caloria se define, em termos de unidade de energia no SI, o
joule:

1cal = 4, 184J (35)

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3.1. Capacidade Térmica


Definimos capacidade térmica C de um corpo como sendo a
quantidade de calor necessária por unidade de variação de
temperatura do corpo:
 
Q cal
C= −→ ◦ (36)
∆T C

3.2. Calor Específico


Pode ser definido como a "capacidade térmica por unidade de
massa". Então o calor específico c pode ser entendido como a
quantidade necessária de calor para elevar de 1◦ C 1g de um
material. Sendo assim, cada material possui seu valor
característico para o calor específico. Em outras palavras, Calor
específico c é uma característica da substância e não do corpo.
 
C cal
c= −→ (37)
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m g .◦ C Área 1
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I O calor específico da água: 1cal/g .◦ C .


I A quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo, em
função da variação de temperatura, pode ser expressa da
seguinte forma:

Q = mc∆T (38)

onde Q é a quantidade de calor; m massa; c calor específico;


∆T variação de temperatura.

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3.3. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA:


Se vários corpos, no interior de um recipiente isolado
termicamente, trocam calor, os de maior temperatura cedem
calor aos de menor temperatura, até que se estabeleça o
equilíbrio térmico (a temperatura final igual). A soma algébrica
dos calores trocados é igual a zero:

Q1 + Q2 + ... + Qn = 0 (39)

O recipiente isolado termicamente é chamado de calorímetro.


Quando o calorímetro é ideal sua capacidade térmica é
desprezível (Q = 0).

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3.4. Calor Latente


I Quantidade de energia térmica recebida ou cedida por um
corpo, para exclusivamente mudar de estado físico.
I Note que esse calor será usado não para aumentar a
temperatura (agitação das moléculas) mas para mudar o estado
de agregação da matéria. Então nesse processo a temperatura é
constante.

Q = mL (40)

onde L é o calor latente, unidade: cal/g .

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Bibliografia

I Serway, R. A., Jewett Jr, J. W. Física para Cientistas e


Engenheiros - volume 1 e 2 8a. CENGAGE Learning.
I Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J. Fundamentos de Física -
Volume 2 8a. Edição - LTC Grupo GEN.
I Tipler, P. A., Física - Volume 1 4a. Edição – LTC.

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