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ficha técnica

1.º trimestre de 2017

diretor
Custódio Pais Dias
custodias@net.sapo.pt
TE1000

diretor técnico
Josué Morais
josuemorais2007@gmail.com

conselho editorial
António Gomes, Paulo Monteiro e Manuel Bolotinha

direção executiva
Diretor Comercial Júlio Almeida
T. 225 899 626 luzes
j.almeida@oelectricista.pt armazenar grandes quantidades de energia 2
Chefe de Redação Helena Paulino elétrica a baixo custo
T. 220 933 964
h.paulino@oelectricista.pt
espaço voltimum
editor Luz re-inventada 4 informação técnico-comercial
CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.®
84 Grupel no âmbito da disponibilidade de
design vozes do mercado energia em sistemas críticos
Luciano Carvalho o assustador poder da luz 6 86 novo sistema de teste trifásico Testrano 600,
l.carvalho@publindustria.pt é amigo do ambiente? nós também 8 da OMICRON
Ana Pereira
a.pereira@cie-comunicacao.pt
88 Palissy Galvindústria alimentar e
alta tensão agroalimentar – a tecnologia ao serviço da
webdesign protecção contra descargas atmosféricas em 10 conexão elétrica
Ana Pereira instalações de média e alta tensão (1.ª Parte) 90 Phoenix Contact: a miniaturização dos bornes
a.pereira@cie-comunicacao.pt
intervenções particulares nos domínios da Alta 14 94 Pronodis – Soluções Tecnológicas: detetores
assinaturas Tensão (7.ª Parte) de presença e movimento da Züblin – Grupo
T. 220 104 872 Belga NIKO
assinaturas@engebook.com
www.engebook.com
climatização 98 RS Components: medição de correntes
psicrometria 18 de fuga
colaboração redatorial 102 Sotécnica – Sociedade Electrotécnica:
Custódio Pais Dias, Ana Vargas, Vítor Vajão, notícias 22 Inovação e Profissionalismo na Manutenção
Maria José Rolim, Manuel Bolotinha,
Eurico Zica Correia, Alfredo Costa Pereira,
Multitécnica e no Facilities Management
Manuel Teixeira, João Cruz, Paulo Monteiro, artigo técnico 104 TecnoVeritas – Serviços de Engenharia
Jaime Cabrera Martínez, Carlos Alberto Costa, sistema de controlo de acessos – princípios 46 e Sistemas Tecnológicos: Manutenção
Paula Domingues, Paulo Peixoto, básicos Otimizada? BOEM-S.
Hilário Dias Nogueira, Ricardo Sá e Silva,
Júlio Almeida, Marta Caeiro e Helena Paulino 106 TM2A apresenta os mais recentes encoders
formação da ELTRA
redação, edição e administração ficha prática n.º 49 48 108 TME – Transfer Multisort Elektronik:
CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.®
casos de aplicação 50 reguladores de tensão por impulsos da Série
Grupo Publindústria
Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 AMSR e AMSR I da AIMTEC – substitutos dos
4300-144 Porto . Portugal bibliografia 52 circuitos 78xx/79xx
T. 225 899 626/8 . F. 225 899 629 110 Zeben – Sistemas Electrónicos: manutenção
geral@cie-comunicacao.pt
www.cie-comunicacao.pt
dossier sobre manutenção de instalações 54 de instalações elétricas e armazenamento de
elétricas e armazenamento de energia energia
propriedade a poupança de energia como melhoria do fator 56
Publindústria – Produção de Comunicação, Lda.
Empresa Jornalística Registo n.º 213163
de potência 112 mercado técnico
NIPC: 501777288
detetar desequilíbrio elétrico e sobrecargas 58
Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 qualidade de energia e perturbações da rede 60 130 calendário de eventos
4300-144 Porto . Portugal elétrica (1.ª Parte)
T. 225 899 620 . F. 225 899 629
geral@publindustria.pt
as novas tecnologias estão a tornar a 64
www.publindustria.pt manutenção preditiva de disjuntores numa
realidade
impressão e acabamento quadros elétricos 66
Gráfica Vilar de Pinheiro
Rua do Castanhal, 2
proteção contra sobretensões 70
4485-842 Vilar do Pinheiro artigo técnico
reportagem 131 Díodo retificador
publicação periódica 74 media event em Amsterdão 74 136 Ficha Técnica 5: Introdução à Eletrónica
Registo n.º 124280
Depósito Legal: 372909/14 Ílhavo acolheu o XI Encontro AGEFE 80
ISSN: 1646-4591 de Material Elétrico artigo prático
Tiragem: 5000 exemplares 9.ª edição: Rittal “on tour” em Portugal 82 139 Faça você mesmo

sumário
INPI
Registo n.º 359396 142 bibliografia
periocidade
Trimestral

Os artigos assinados são da


exclusiva responsabilidade dos seus autores.

www.oelectricista.pt
protocolos institucionais
AGEFE, Voltimum, ACIST-AET, cpi, KNX, SITE-NORTE Aceda ao link através
deste QR code.
Estatuto editorial disponível em www.oelectricista.pt
/revistaoelectricista

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2 luzes

armazenar grandes
quantidades
de energia elétrica
a baixo custo Custódio Pais Dias, Diretor

Como forma de aumentar a sustentabilidade a produção offshore. Entre as diversas pro-

estatuto editorial
título
“o electricista” – revista técnico-profissional.
da produção de energia elétrica perspetiva-se postas em estudo destacam-se pela sua
objeto
uma cada vez maior contribuição das fontes exequibilidade com um custo moderado,
Tecnologias de projeto, instalação e conservação no
renováveis, nomeadamente do sol e do vento, a utilização de bunker subaquático, sacos âmbito da energia, telecomunicações e segurança.
entre outras. Contudo, sabemos das dificul- de ar comprimido, ilha de energia e de lago objetivo
dades que enfrenta um sistema que tenha artificial conjugado com eólicas. O bunker Valorização profissional e informação técnica para
profissionais eletrotécnicos.
uma forte contribuição destas fontes na pro- subaquático consiste na colocação de uma
enquadramento formal
dução de energia, devido à sua variabilidade construção, feita em betão, no fundo do mar, “o electricista” respeita os princípios deontológicos
e imprevisibilidade. Estas dificuldades serão equipada com uma bomba/turbina; quando da imprensa e a ética profissional, de modo a não
ultrapassadas se conseguirmos formas de descarregado o bunker encontra-se cheio poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abu-
sar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando
armazenar a energia elétrica de uma forma de água, para armazenar energia a bomba informação.
segura e com um custo reduzido. O que per- retira a água do dispositivo, quando se pre- caraterização
mitiria guardar a energia produzida nos perío- tender produzir energia permite-se a entrada Publicação periódica especializada.

dos mais favoráveis e, posteriormente, injetá­ da água que acionará a turbina. No caso dos estrutura redatorial
Diretor – Profissional com experiência na área da
‑la na rede nos períodos em que a produção sacos de ar comprimido, utilizam-se grandes formação.
seja insuficiente. sacos expansíveis que são também coloca- Coordenador Editorial – Formação académica em
Quando se fala em armazenar energia dos dentro de água; para armazenar energia ramo de engenharia afim ao objeto da revista.
Colaboradores – Engenheiros e técnicos profissio-
elétrica, pensamos de imediato na utiliza- usa-se a energia elétrica para injetar ar nos nais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto
ção de baterias. No entanto, no estado atual sacos, comprimindo-o; para produzir energia editorial, instituições de formação e organismos
profissionais.
da técnica, armazenar grandes quantidades elétrica permite-se que o ar saia acionando
seleção de conteúdos
de energia elétrica em baterias obriga a um uma turbina. Para a construção de uma ilha A seleção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva
investimento cujo custo é quase proibitivo, de energia é necessário construir um dique responsabilidade do Diretor. O noticiário técnico­
resultado da enorme quantidade de baterias numa zona costeira; o armazenamento da ‑informativo é proposto pelo Coordenador Editorial.
A revista poderá publicar peças noticiosas com
que será necessário e do espaço necessário energia faz-se bombando a água existente carácter publicitário nas seguintes condições:
para as colocar. Haverá, então, que pensar no dique para fora dele, ou seja, para o mar; • com o título de Publi-Reportagem;
• formato de notícia com a aposição no texto do ter-
em soluções alternativas. a produção de energia elétrica acontece-
mo Publicidade.
Já que armazenar a energia sob a forma rá quando se permitir que a água entre no-
organização editorial
de eletricidade é dispendioso, há que recor- vamente no dique acionando uma turbina. Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham
rer a outras alternativas energéticas que se Finalmente, a conjugação de um lago artifi- a ser consideradas, a estrutura de base da organiza-
ção editorial da revista compreende: sumário; luzes;
caraterizem por um armazenamento de bai- cial com uma, ou mais, eólicas, consiste em espaço opinião; vozes do mercado; espaço qualida-
xo custo. A ideia não é nova, sendo já utili- aproveitar o facto de haver eólicas colocadas de; espaço KNX; espaço CPI; alta tensão; telecomu-
nicações; climatização; eficiência energética; artigo
zada há décadas nas centrais hidroelétricas no cimo de montes; assim, aproveitando este
técnico; notícias; eletrotecnia básica; ficha prática de
com possibilidade de bombagem. Aplicando facto, podemos construir um lago artificial no eletricidade; casos práticos de ventilação; bibliografia;
esta ideia ao caso da produção baseada em sopé da colina e um grande reservatório de dossier temático; reportagem; entrevista; case-study;
publi-reportagem; informação técnico-comercial;
energias renováveis, poderá investir-se nesta água junto de cada eólica; neste caso, a ener- mercado técnico; tabela comparativa (edição online);
produção, de modo a que haja excedente de gia é armazenada bombando água do lago calendário de eventos; Projecto; nota técnica; forma-
ção; ITED; consultório técnico; publicidade.
energia produzida nos períodos favoráveis, artificial para o reservatório existente junto à
espaço publicitário
utilizando-se o excedente energético para fa- eólica e será produzida devolvendo a água do
A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e
zer bombagem de água, que será depois uti- reservatório ao lago através de uma turbina. frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de
lizada para produzir energia nos períodos de Como se pode constatar, embora o prin- Publicidade é válida para o espaço económico euro-
peu. A percentagem de Espaço Publicitário não po-
insuficiência das fontes renováveis. cípio de funcionamento seja, basicamente, derá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista
Várias linhas de investigação estão a ser similar, existem várias hipóteses em estudo, poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se
coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite
seguidas com o objetivo descrito anterior- implicando custos e capacidades de armaze-
Publicidade que não esteja em conformidade com a
mente, resultando em propostas que pre- namento bastante diferentes, que num futuro lei geral do exercício da atividade.
tendem dar resposta às diferentes situações bastante próximo poderão permitir ultrapas- protocolos
que se apresentam, sobretudo no caso da sar as dificuldades devidas à variabilidade e Os acordos protocolares com estruturas profissio-
nais, empresariais e sindicais, visam exclusivamente
produção eólica, em que poderemos ter con- imprevisibilidade de algumas fontes renová- o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da
dições geográficas muito diversas, incluindo veis de energia. revista junto dos seus associados.

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a maior comunidade de profissionais do sector eléctrico

Luz re-inventada
A internet é o combustível do velocidade de 224 Gbps e 112 Gbps em FOC providenciar ligações de internet seguras, a
mundo moderno. Todos os de 60º e 36º respectivamente. um baixo custo, em áreas em que é impera-
dias existem novos veículos O Li-Fi trabalha através de comunicações tivo que os dados não atravessem barreiras,
que ajudam a fazer chegar de luz visível (VLC). As VLC funcionam ligan- o que torna o Li-Fi na tecnologia - a luz não
a web a cada um de nós. No do e desligando as fontes de luz num período atravessa paredes.
entanto, isto está prestes a de nano segundos – demasiado rápido para O controlo desta tecnologia permite que
mudar com o Li-Fi. ser visível ao olho humano. Embora as fontes todo o conteúdo possa ser adaptado a locali-
de luz Li-Fi tenham de estar ligadas para que zações específicas.
Temos acesso à Internet em todo o lado de- os dados possam ser transmitidos, podem Quem quer que seja que envia a informa-
vido ao Wi-Fi. Em termos técnicos, o Wi-Fi ser ajustadas (com a ajuda de um dimmer) a ção saberá exactamente quem a recebe e
ou rede sem fios é uma tecnologia de comu- um nível que é imperceptível ao olho humano, onde, filtrando-a por tipo de informação e por
nicação que não usa cabos e é transmitida mas ainda assim cumprindo com a sua fun- m2 dentro da mesma divisão. Ou seja, exis-
normalmente através de rádio frequência, de cionalidade. tem diferentes pontos de luz numa divisão,
infravermelhos, etc.. Para aceder a uma rede As ondas de luz não podem penetrar em cruzando diversos feixes, mantendo a ligação
Wi-Fi é necessário estar na área de cobertura paredes, reduzindo dessa forma o seu alcan- e informação constantes a todo o momento.
de um ponto de acesso ou hotspot. Mas to- ce o que, no entanto, torna o sistema seguro No futuro, os LEDs serão usados como
dos nós já experimentámos interrupções na em relação a hackers, quando comparado alternativa ultra rápida ao Wi-Fi. Já temos a
conexão vezes sem conta. Isto está prestes a com o Wi-Fi. A Universidade de Edimburgo infraestrutura, podemos pois usa-la para as
mudar com o Li-Fi. O Li-Fi combina duas fun- classificou o Li-Fi como uma tecnologia mais comunicações. Se pensarmos globalmente,
cionalidades básicas: transmissão de dados segura do que a actual tecnologia sem fios. estamos a falar de 14 mil milhões de lâmpa-
sem fios e iluminação. Além disso, o Li-Fi não requer uma linha di- das nas quais podemos inserir um microchip,
recta de visão para que o sinal seja transmiti- 14 mil milhões de hotspots possíveis – cada
O Li-Fi promete substituir o Wi-Fi do. A luz é reflectida pelas paredes, podendo um dos quais muito mais limpo e funcional do
O Li-Fi ou “Light Fidelity” era, em 2010, um alcançar 70Mbps. que a tecnologia actual.
conceito muito vago que prometia revolucio- O Li-Fi vai reduzir o peso da tecnologia
nar tudo o que estava conectado sem fios e Mais rápido do que uma bala actual, evitar o uso de cablagem e provi-
até as próprias conexões via cabo. Esta mu- Sim, o Li-Fi tem ainda um enorme caminho a denciará, a cada um de nós, uma conexão à
dança será levada a cabo sobretudo pela in- percorrer antes de poder ser comercializado. internet que circulará por cima das nossas
dústria eléctrica através da iluminação. So- Mas esta tecnologia já está a ser desenvolvi- cabeças.
mos fãs da tecnologia, amamos tudo o que da há alguns anos e não tem parado de evo- O mercado de Li-Fi crescerá 82% até 2018
está relacionado com as tecnologias emer- luir. Pesquisadores da Universidade de Oxford e valerá mais de 4 mil milhões de euros. Fei-
gentes, mas isto É o futuro daquilo que hoje conseguiram obter um novo benchmark no xes de luz poderão transportar informação
chamamos transmissão de informação. O Li- que toca a redes de conectividade, usando a que poderá ser usada em qualquer sítio. Os
Fi é oficialmente a nomenclatura usada para tecnologia Li-Fi. nossos carros poderão comunicar uns com
as comunicações sem fio numa rede bidire- Os pesquisadores foram capazes de os outros e com a iluminação pública e de
cional, usando uma comunicação através de transmitir num circuito bidirecional a uma estrada. A iluminação pública poderá ser
luz visível, ao contrário do que acontece com velocidade de 224 Gbps. De forma ilustrati- usada como hotspots – um passo no senti-
a tradicional rádio frequência. va, a uma velocidade de 224 Gbps podemos do da conversão da Internet das Coisas em
A tecnologia está a ser desenvolvida tecnicamente descarregar simultaneamente realidade.
como alternativa potencial do Wi-Fi e, por- 18 filmes (cada um com 1.5 GB) em apenas 1
que o Li-Fi usa uma luz visível de 5G (ou segundo. Bastante impressionante, não é?! E Li-Fi, o pacote completo
infravermelhos e quase ultravioleta) para se não acha, deixe-nos explicar porque deve. O Li-Fi vai converter cada lâmpada LED num
transmitir dados, os pesquisadores acredi- As redes de fibra óptica a uma velocidade de ponto de acesso sem fios, o que permite
tam que o Li-Fi pode oferecer velocidades 100 Gbps tornaram-se uma realidade nos efectivamente que cada utilizador possa mo-
muito maiores do que as obtidas actual- anos mais recentes, mas ainda não se gene- vimentar-se entre fontes sem perda de cone-
mente pela tecnologia Wi-Fi. Até ao mo- ralizaram. Estas redes ópticas ainda são ra- xão. O Li-Fi tem a vantagem de ser adequado
mento constatou-se uma rapidez superior ras, estando apenas disponíveis em áreas im- ao uso em áreas sensíveis a ondas electro-
em 100 vezes quando comparado com al- portantes das grandes cidades.O Wi-Fi está magnéticas, como sejam, cockpits, hospitais
gumas aplicações Wi-Fi. perto de atingir a sua capacidade limite, e o e centrais nucleares porque não causa inter-
Estes resultados foram publicados no Li-Fi quase não tem limites. E se pensa que ferência electromagnética.
Jornal Photonics Technology Letter que con- isto vai ter custos, está enganado… O Li-Fi – segundo parece – vai certamen-
tem todos os detalhes de como funcionam te transformar a comunicação – mas tam-
estes LEDs Li-Fi em diferentes campos de Um futuro brilhante para os LED bém vai gerar novas fontes de receita dentro
aplicação e banda larga, afectando a veloci- Espera-se que o Li-Fi seja 10 vezes mais ba- da indústria da iluminação. A verdade é que o
dade da transmissão de dados. O link opera rato e amigo do ambiente do que o Wi-Fi. As Wi-Fi desaparecerá em breve e irá ser substi-
numa distância superior a 3 metros, numa tecnologias emergentes têm o potencial de tuído pelo Li-Fi em todo o lado.

Artigo faz parte da 2ª Edição da Revista Smart Electrician – Uma Revista em formato digital editada pela Voltimum e inteiramente dedicada à Internet das Coisas. Não perca, este e outros artigos no Voltimum!

Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.

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6 vozes do mercado

o assustador poder da luz


Vítor Vajão
Eng.º Conselheiro Eletrotécnico Especialista em Luminotecnia

O desenvolvimento onda, como se fossem teclas dum piano: Os humanos também são vulneráveis aos
das ciências luminotécnicas, cada uma com sua nota/cor, podendo esco- impulsos da luz: a luz vermelha estimula a ati-
associado às da biologia, lher-se a frequência desejada. O espectro de vidade sexual, daí a famosa “Red Light”.
da visão, da fisiologia, luz “passou a poder ser desenhado à medi- Mas o mesmo acontece, por exemplo,
psicologia e neurologia, da”, como cita Leonora Desar na revista LD+A nos frangos, onde o espectro de luz a utilizar
entre outras, levou a que da IESNA. tem a ver com a idade dos animais.
a conceção de ambiente Agora é possível sintonizar o espectro No caso dos frangos, a solução em uso
de luz tivesse ultrapassado para produzir fotossíntese, promovendo o consiste na mistura de ultra-violetas, azul,
as fronteiras do iluminar para crescimento mais rápido das plantas. verde e vermelho, nos primeiros 10 dias de
ver, passando a acrescentar Os cientistas descobriram que o espectro vida do frango. Após o 10.º dia é removida a
ao ato de ver, o sentir. nos azuis e nos vermelhos é o mais eficiente cor vermelha do espectro, porque essa cor
para a fotossíntese. Utilizando-se LEDs ver- estimula a locomoção dos frangos jovens.
melhos e azuis conseguem-se maiores efici- Eles querem-se calmos, para comerem mais
Efetivamente com a luz vê-se e sente-se, e ências do que com as tradicionais lâmpadas e ganharem peso. Os LEDs não só estimulam
o desenho das emoções ambientais pas- de sódio ou de mercúrio, que contêm também o processo biológico nos animais, mas tam-
sou a ser parte integrante dos sistemas de emissões nos espectros verdes e amarelos. bém são usados para aumentar ou diminuir
iluminação. Com LEDs podem simular-se condições certos genes.
Os efeitos benéficos da luz na agricul- de sombra ou sol, alterando o crescimento Em 2009, a ONCE desenvolveu um meio
tura, estimulando a produção de espécies, é das espécies. Os próprios tratamentos das para iluminar embriões de frangos com um
já evidente em climas muito adversos como plantas podem ser conseguidos com luz vi- espectro muito estreito e, assim, escolher se
tem sido o caso da Holanda, onde, graças às sível e de ultra-violetas, em vez do recurso a o embrião se desenvolvia para ser macho ou
inúmeras estufas com luz programada em químicos, o que é salutar. fêmea, em função da proteína que absorve a
intensidade, duração e cromaticidade, se tor- Está aberto o caminho para a enge- luz, sensível unicamente a um espectro muito
nou num dos principais produtores de flores nharia genética a partir da luz que, atual- estreito.
a nível mundial. mente, permite criar situações no mínimo… Aquela firma está também a trabalhar no
As fontes de luz tradicionais, com os seus assustadoras. aumento do metabolismo nos ovos de gali-
diferentes espetros cromáticos, permitem Vejamos. nha usando luz vermelha: se o embrião está
reutilizar as condições de produção agrícola. Os LEDs já estão a ser usados na cria- débil, a energia adicionada a partir da luz
As lâmpadas fluorescentes, as de mercúrio e ção de animais, introduzindo respostas bio- vermelha pode salvá-lo. Atua como se fosse
de sódio de alta pressão, com emissões ao lógicas no seu sentir, dormir, reprodução e uma incubadora, estando esta tecnologia já
longo dos vários comprimentos de onda, têm locomoção. disponível comercialmente.
sido aproveitadas para reproduzir condições Compreendendo como os animais rea- Os insondáveis caminhos e liberdades
de luz solar reais apropriadas ao desenvolvi- gem à cor e que respostas biológicas são con- que a tecnologia LED proporciona permitem
mento de cada espécie. troláveis; podem simular-se essas condições respostas científicas, impensáveis há ape-
Eis então que aparecem os LEDs, emitindo com luz de LEDs, segundo Zdenko Grajcar, nas 10 anos, entrando agora na engenharia
restritamente em estreitas faixas do espectro CEO da empresa ONCE Inc., companhia es- genética.
e não ao longo de vários comprimentos de pecializada em fotobiologia e otogenética. Pessoalmente continuo a pretender utili-
zar os novos desenvolvimentos tecnológicos
dos LEDs apenas para criar ambiências esti-
mulantes, sãs e à medida das emoções dese-
jáveis. Na verdade, com os LEDs abre-se um
mundo de novas oportunidades para melho-
rar a vivência humana, havendo ainda muito a
explorar neste contexto.
Não sei se os caminhos daqueles de-
senvolvimentos genéticos nos conduzem ao
progresso ou se constituem um perigo para a
humanidade porque, passar dos frangos aos
humanos, é só um passo. E há gente (e cien-
tistas) para tudo…
É realmente assustador este poder da luz
porque, por este andar, embora já não vão a
tempo para me imporem um sexo, qualquer
dia ainda me conseguem pôr a dormir ou a
engordar sabe-se lá com que fins!

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8 vozes do mercado

é amigo do ambiente?
nós também
Escolher empresas amigas do ambiente torna-as empresas elétricas mais ecológicas.
Maria José Rolim
Management System Iberian Manager
Schneider Electric

São muitas as razões que levam uma empre- grandes dimensões, acrescentando um novo
sa elétrica a adotar o compromisso de tornar­ sistema de recuperação de calor no siste-
‑se amiga do ambiente, desde a geração de ma de galvanização por imersão a quente.
novas oportunidades de negócio, aos valores Dada a localização fria da planta central, este
da própria marca. A escolha de um parceiro avanço reduziu significativamente os custos
que partilha dos mesmos princípios ambien- de energia, aumentando consequentemente
tais pode ajudar a alcançar os seus objetivos a competitividade, e ao mesmo tempo que
e a demonstrar que empresas de variadas melhorou a qualidade do ar para todos os
dimensões podem contribuir para uma mu- funcionários.
dança positiva. A Schneider Electric tomou, Os nossos esforços para atingir uma pro-
igualmente, uma decisão consciente, tanto dução limpa permitiram a redução significa-
de manter o seu compromisso corporativo tiva de compostos orgânicos voláteis (COVs)
para com a responsabilidade ambiental, a par e o uso de materiais perigosos. Focámo-nos
com o crescimento da empresa, bem como principalmente na utilização de materiais e
preservar a qualidade superior do produto e substâncias listadas nas normas do regula-
do serviço. mento REACH e RoH, de forma generalizada,
A Schneider Electric é uma empresa em- em todos os nossos produtos e instalações.
penhada no fornecimento de produtos eco- A nossa marca ecológica Green Premium
lógicos aos seus clientes, através de uma disponibiliza a informação ambiental com-
gestão de desempenho ambiental, eficiên- pleta aos nossos clientes.
cia de recursos e produção limpa. Nestas Por fim esforçamo-nos para desenvolver
áreas chave estabelecemos programas que modelos de economia circular através da reu-
reduzem sistematicamente o impacto am- objetivo é a redução do consumo de ener- tilização, reparação e reciclagem de produtos
biental das nossas operações e produtos. gia em 10%, em 2017 em comparação com e materiais. Temos como exemplo a fábrica
Adicionalmente realizamos esforços adi- 2014, tendo já sido conseguida uma redução em Privas, em França, especializada na re-
cionais no sentido de desenvolver modelos de 10% no consumo de água desde o fim de modelação e remanufatura dos produtos em
de economia circular, através da reutiliza- 2014. As emissões de SF6 foram reduzidas final de vida. No que diz respeito aos resíduos
ção, reparação e reciclagem de produtos e numa fração de 10 desde 2008. Mantemos, batalhamos para alcançar um estatuto cres-
materiais. igualmente, uma base de dados que contém cente de “zero waste to landfill” nas nossas
Com mais de 250 fábricas e centros de as melhores práticas, de forma a possibilitar instalações. Até ao final de 2017 pelo menos
distribuição em todo o mundo, foi necessá- a partilha das mesmas em todas as unidades 100 das nossas instalações não continuarão
rio desenvolver uma fórmula que garantisse de negócio da empresa. O impulso para uma a enviar resíduos para aterros.
o sucesso desta missão. A gestão de de- logística mais ecológica concentra-se prin- Estes, bem como outros pequenos, gran-
sempenho ambiental é o primeiro passo para cipalmente na redução das emissões de CO2 des esforços, realizados pelas unidades de
assegurar um avanço contínuo da nossa per- proveniente de fontes de transporte. negócio da Schneider Electric permitem as-
formance ambiental. Cada instalação tem de No que diz respeito à eficácia de recursos segurar o fabrico de soluções e produtos de
obter certificados que atestem a qualidade não é de surpreender que as melhorias mais forma ecológica. Esperamos que esta aná-
(Norma ISO 9001), a segurança (tipicamen- eficazes sejam localizadas. Em seguida co- lise (do que estamos a fazer) ajude a des-
te OHSAS 18001), a gestão ambiental (ISO mento dois exemplos de histórias de sucesso: poletar ideias para o que pode fazer indivi-
14001) e a gestão de energia (ISO 50001). Em 2015 a nossa fábrica em Plovdiv, na dualmente, por si. Sabemos que estamos a
Por exemplo, quando adquirimos uma nova Bulgária, abordou o problema da gestão de fazer a diferença e temos reconhecimento
empresa ou instalação, o local é certificado resíduos através do investimento numa linha no mercado pelos nossos empenhos. De
no espaço de dois anos, tendo em conta os de execução de serviço completo de uma li- facto, a Schneider Electric subiu do 25.º para
parâmetros previamente referidos. nha de execução, onde a maioria das repara- o 10.º lugar no Ranking Ecológico Global da
Considerando a eficiência de recursos no ções e remodelações de produtos são agora Newsweek em 2016.
fabrico e logística focamos a nossa atenção realizadas. Ao alterar a forma de reparação Se é uma empresa de fornecimento de
na energia, água, SF6 e resíduos. Na aborda- dos produtos gerou-se uma redução do con- energia que pretende impulsionar o seu nível
gem a cada área começamos por quantificar sumo de matérias e da produção de resíduos. de responsabilidade ambiental, ao utilizar os
o que está a ser consumido e/ou gerado e, Em 2012, os gestores da unidade sueca produtos e soluções da Schneider Electric,
em seguida, tomamos as medidas neces- de gestão de cabos Wibe Mora modernizaram está a optar, igualmente, por uma abordagem
sárias para otimizar as operações. O nosso e otimizaram uma estrutura de ventilação de amiga do ambiente.

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10 alta tensão

protecção contra descargas


atmosféricas em instalações
de média e alta tensão
1.a parte Manuel Bolotinha
Engenheiro Eletrotécnico – Energia e Sistemas de Potência (IST – 1974)
Membro Sénior da Ordem dos Engenheiros
Consultor em Subestações e Formador Profissional

1. INTRODUÇÃO
As redes e equipamentos eléctricos instalados no ar, como é o caso das
linhas aéreas e das subestações exteriores com isolamento no ar (AIS),
podem ser atingidos por descargas atmosféricas que provocam sobre-
tensões transitórias nos sistemas eléctricos, que se propagam ao longo
do sistema energético sob a forma de ondas electromagnéticas.
Mesmo que uma descarga atmosférica não atinja directamente
um equipamento, o facto de se produzir na sua proximidade pode dar
origem a sobretensões transitórias que se propagam igualmente ao
longo do sistema.
Essas sobretensões afectam a coordenação de isolamento da
rede eléctrica e podem causar danos nos principais equipamentos,
designadamente o envelhecimento precoce dos materiais isolantes,
com a consequente diminuição da sua rigidez dieléctrica1, influen-
ciando desta forma a fiabilidade da rede e, consequentemente, a qua-
lidade e continuidade de serviço.
A diminuição da rigidez dieléctrica pode dar origem à disrupção Figura 1. Descarga atmosférica entre uma nuvem e o solo.
entre condutores activos e entre condutores activos e as massas.
Nestas circunstâncias revela-se necessário conhecer o fenómeno As descargas atmosféricas dão origem a luz em forma de plasma4 e
das descargas atmosféricas e definir qual o método de protecção mais som, sob a forma de um trovão. Para que uma descarga atmosférica
adequado, de acordo com o nível de risco e os tipos de equipamentos aconteça é necessário que se verifiquem duas condições:
a proteger. • Existência de um elevado potencial eléctrico entre duas regiões do
Neste artigo apenas serão abordadas as situações dos equipa- espaço;
mentos e redes de MT, AT e MAT2 (U > 1 kV CA). • Existência de um meio com elevada resistência (como a atmos-
fera) que obstrua a equalização livre e desimpedida de cargas de
sinal oposto.
2. CARACTERIZAÇÃO DAS DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS Cada onda de corrente dá sempre origem a uma onda de choque de
Uma descarga atmosférica é um fenómeno transitório, que se traduz tensão, que se propaga a toda a instalação (em ambos os sentidos),
na geração de uma onda de tensão seguida de uma onda de corrente, e que, no caso das linhas aéreas, se reflete em ambos os extremos,
e é uma descarga electrostática3 súbita entre duas zonas carregadas agravando os efeitos da descarga inicial.
electricamente de duas nuvens ou entre uma nuvem e o solo, o que se As sobretensões atmosféricas, tal como qualquer outro tipo de
observa na Figura 1. sobretensão, caracterizam-se pela sua amplitude, forma de onda e
Trata-se de um fenómeno estatístico, para o qual não é possível duração e componentes harmónicas. Este tipo de sobretensões ca-
definir uma formulação matemática e um modelo teórico rigoroso. As racteriza-se por ser habitualmente unidirecional, com uma onda de
normas, baseadas nos conhecimentos teóricos actuais e na experiên- propagação longitudinal usualmente de frente de onda lenta, isto é,
cia acumulada, permitem definir um sistema de protecção razoavel- com um tempo até atingir o valor de pico (TP) entre 20 μs e 5000 μs
mente eficaz e económico. e um tempo até atingir metade do seu valor (T2) não superior a 20 ms
(tempo de cauda) – ver Figura 2.

1 Define-se rigidez dieléctrica como a capacidade que um material isolante tem


de suportar o campo eléctrico sem perda das suas características de isolante
(ruptura dieléctrica).
4 O plasma é um dos quatro estados fundamentais da matéria (os restantes três
2 MT: Média Tensão (3 kV ≤ U ≤ 45 kV); AT: Alta Tensão (60 kV ≤ U ≤ 115 kV); MAT: são o estado sólido, o líquido e o gasoso), que pode ser criado por aquecimento
Muito Alta Tensão (U ≥ 132 kV). U representa a tensão nominal composta da rede. de um gás ou sujeitando-o a um campo electromagnético muito intenso. Este
3 Descarga electrostática é uma descarga repentina de electricidade estática entre processo faz aumentar ou diminuir o número de electrões, criando cargas
dois pontos a potenciais diferentes. positivas ou negativas, o que pode ser acompanhado pela dissociação das
ligações moleculares, transformando o gás nos átomos que constituem as suas
Texto escrito de acordo com a antiga ortografia. moléculas.

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Nº Dias com Trovoada (1961-90)

21 - 24
18 - 21
15 - 18
12 - 15
9 - 12
6-9
3-6

Figura 5. Exemplo de um mapa isocerâunico.

Figura 2. Forma de onda de uma sobretensão. Para determinar a necessidade de protecção de uma determinada es-
trutura (por exemplo uma linha aérea) contra descargas atmosféricas,
As formas de onda de corrente de descarga e de sobretensão de- é necessário determinar o risco (tema que será abordado no Capítulo 3),
signam-se habitualmente por T1/T2 , onde T1 representa o tempo de que é estabelecido de acordo com as Normas IEC 62305 – Protection
“subida” da tensão, sendo a forma de onda de tensão de ensaio dos against lightning, EN 50164 – Lightning protection components e
equipamentos ao choque atmosférico, de acordo com a Norma IEC NP 4426:2013 – Protecção contra descargas atmosféricas – Sistemas
60071 – Insulation co-ordination, a onda 1,2/50 μs, como se mostra com dispositivo de ionização não radioactivo, sendo definido um parâ-
na Figura 3. As ondas de corrente de descarga podem assumir diver- metro que corresponde à densidade esperada de descargas por quiló-
sas formas; estatisticamente, a forma 10/350 μs, representada na metro quadrado e por ano (descargas/Km2/ano), representado por Ng,
Figura 4, é considerada a mais provável. que está relacionado com Nk pela expressão:

Ng = 0,02 × Nk1,67

Vpk
0.9 Vpk
(A)
3. SISTEMAS DE PROTECÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS – ASPECTOS GERAIS
0.5 Vpk Os sistemas de protecção contra descargas atmosféricas devem ser
estabelecidos de acordo com as Normas IEC, EN e NP referidas no
0.3 Vpk
Capítulo 2 e com o “Guia Técnico de Pára-raios” publicado pela DGEG
(Direcção Geral de Energia e Geologia), que estabelece também os
métodos de cálculo, para garantir que as sobretensões geradas não
1,2 μs
alcancem valores suficientemente elevados que possam danificar os
50 μs equipamentos, considerando os níveis de protecção (I, II, III, IV – mui-
Figura 3. Forma da onda de tensão 1,2/50 μs. to elevado; elevado; normal; fraco) definidos por aqueles documentos
para os tipos de instalações a proteger.
De acordo com a Norma IEC 62305, para cada nível de protecção,
l os valores máximos dos parâmetros da descarga referentes ao pri-
meiro impulso positivo são os indicados na Tabela 1.
Max.
100 %
Tabela 1. Valores máximos dos parâmetros da descarga referentes ao primeiro impulso
positivo.
56
50 %
Nível de Protecção
Parâmetro Símbolo Unidade
I II III IV

t Corrente de descarga
I kA 200 150 100
(pico)
10
(μs)
Carga
Qshort C5 100 75 50
350 do impulso
Energia
W/R MJ/Ω6 10 5,6 2,5
Figura 4. Forma da onda de corrente de descarga 10/350 μs. específica
Parâmetros
T1/T2 μs/μs 10/350
Uma outra característica das descargas atmosféricas é o índice ce- de tempo
râunico, representado por Nk, que indica o número de dias de trovoa-
da numa determinada região por ano, cujo registo em Portugal é feito
pelo IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), que elabora os
mapas isocerâunicos, que representam as curvas que ligam os locais 5 C: Coulomb.
que têm o mesmo índice cerâunico, como se representa na Figura 5. 6 MJ/Ω: megajoule por ohm.

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Ainda de acordo com a mesma Norma, os valores mínimos da corren- As dimensões da base (d1 e d2), correspondentes aos alçados longitu-
te de descarga e o raio da esfera fictícia7 a considerar indicam-se na dinal e transversal, respectivamente, da superfície gerada pela recta de
Tabela 2. inclinação da haste de descarga (α = 30º) devem obedecer às seguin-
tes condições: (d1 > c e d2 > l).
Tabela 2. Valores mínimos da corrente de descarga e raio da esfera fictícia.

Nível de Protecção
Parâmetro Símbolo Unidade
I II III IV
d ≤ 10 m
Corrente de descarga
I kA 3 5 10 16
mínima (pico)

Raio da esfera fictícia r m 20 30 45 60 h1 h1

Nas instalações de MT, AT e MAT os dispositivos habitualmente utili- 30º 30º 30º 45º 30º
H H
zados para a protecção contra descargas atmosféricas são: h
h
• Condutores suspensos (cabos de guarda);
• Captores verticais (hastes de descarga), mais vulgarmente do tipo Estrutura Estrutura
a proteger a proteger c
“Franklin”, ou do tipo “ionizante” (ver Figura 6); c
• Descarregadores de sobretensões (ver Capítulo 6).

d1 d1

Figura 8. Zonas de protecção de um cabo de guarda (esquerda) e dois cabos de guarda


(direita).
Fonte: Guia Técnico de Pára-raios.

Tal como para o caso da haste de descarga, as dimensões da


base (d1 e d 2), correspondentes aos alçados longitudinal e trans-
versal, respectivamente, da superfície gerada pelas rectas de
inclinação dos cabos de guarda devem obedecer às seguintes
condições: (d1 > c e d 2 > l).

Figura 6. Captores de Franklin (esquerda) e ionizante (direita).

4. LINHAS AÉREAS
Nas Figuras 7 e 8 representam-se em alçado longitudinal as zonas de A protecção das linhas aéreas contra descargas atmosféricas é
protecção dos captores de Franklin e dos cabos de guarda, em função realizada por meio de um cabo de guarda instalado ao longo de
da altura de montagem dos sistemas de protecção (H), da distância en- todo o percurso, montado no topo dos postes, como se mostra
tre o captor/cabo de guarda à estrutura a proteger (h1) e das dimensões na Figura 9.
das estruturas (c x l x h – comprimento x largura x altura) a proteger.

Haste de descarga

h1
30º
H

2 m (min.)

Estrutura h Ligador de terra


a proteger

Eléctrodo de terra
d1
Figura 7. Zona de protecção de um captor de Franklin. Figura 9. Cabos de guarda.
Fonte: Guia Técnico de Pára-raios.

7 A esfera fictícia, cujo raio permite definir a zona de protecção onde não há Actualmente, nas linhas AT e MAT utiliza-se o cabo tipo OPGW (Optical
pontos atingidos pela descarga, traduz a aplicação mais aproximada do modelo
electrogeométrico ao cálculo dos sistemas de protecção contra descargas
Power Ground Wire), um cabo que contém uma estrutura tubular com
atmosféricas; este modelo é o que permite uma melhor aproximação às condições um ou mais cabos de fibra óptica destinados à comunicação entre su-
reais da descarga, baseando-se fundamentalmente na relação do valor de pico da bestações, rodeada por camadas de fio de aço ou alumínio, que serve
corrente de descarga e a distância de escorvamento do traçador (canal ionizado
que se destaca de uma nuvem carregada e se dirige, por saltos sucessivos, em de protecção contra as descargas atmosféricas, como se representa
direcção ao solo – “Guia Técnico de Pára-raios”). na Figura 10.

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Nas linhas AT de 60 kV mais antigas, onde pode não haver necessi-


dade de comunicação entre subestações ou essa comunicação se
realiza através dos condutores de energia por onda portadora (PLC
– Power Line Carrier) com modulação de frequências, os cabos de
guarda são habitualmente do tipo ACSR (Aluminium Conductor Steel-
Reinforced) – ver Figura 11.

Fios de Alumínio

Composto de
Fio de aço / Al preenchimento

Fios de Aço
Tubo de proteção Galvanizados

Enfaixamento
Figura 11. Cabo ACSR.

Fibras ópticas
Não é habitual fazer a protecção contra descargas atmosféricas das
Elemento central
linhas aéreas BT e MT, embora em alguns países como a Índia, o Brasil
e os Estados Unidos da América se utilize este sistema de protecção
Figura 10. Cabo OPGW. nas linhas MT, com cabo do tipo ACSR.

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14 alta tensão

intervenções particulares
nos domínios da Alta Tensão
7.ª parte
Eurico Zica Correia
Engenheiro Eletrotécnico

É objetivo do presente documento dotar Entidade responsável pela condução


os leitores dos principais conhecimentos Recebido o pedido de indisponibilidade compete à entidade responsá-
que lhes permitam efetuar trabalhos vel pela condução analisar a sua conformidade:
em tensão, fora de tensão e nas proximidades • Coordena o processo de consignação;
de instalações em tensão, respeitando • Elabora a documentação necessária ao processo de consignação,
as regras de segurança aplicáveis. incluindo a ordem de manobras;
• Nomeia o responsável e delegados de consignação;
• Passa a responsabilidade do elemento de rede ou instalação ao
responsável de consignação.

Responsável de consignação
O responsável de consignação recebe da entidade responsável pela
condução o processo de consignação do elemento de rede ou insta-
lação para consignar.
Executa ou confirma as manobras de isolamento e bloqueio dos
aparelhos que delimitam a instalação a consignar, de acordo com a
ordem de manobras, e estabelece as medidas de segurança conside-
radas necessárias.
A identificação no local, a verificação da ausência de tensão, a liga-
ção à terra e em curto-circuito e a delimitação são realizadas:
• Pelo responsável de consignação, ou sob a sua responsabilidade
no caso de a consignação visar a criação de uma zona protegida;
• Ou pelo responsável de trabalhos no local de trabalhos.

No caso de trabalhos em cabos subterrâneos, o responsável de


consignação deve identificar o cabo na presença do responsável de
trabalhos.
trabalhos fora de tensão No boletim de trabalhos/ensaios, o responsável de consignação
preenche a data e a hora da consignação e assina-o, em dois exempla-
Atribuições básicas no âmbito da consignação res, atestando que o elemento de rede ou a instalação se encontra em
elétrica de uma instalação condições de iniciar o trabalho logo que seja dada a devida autorização.
As atribuições específicas para a consignação numa rede de determi- Um dos exemplares fica em poder do responsável de consignação,
nada atividade (distribuição, transporte, ...) devem ser estabelecidas sendo o outro entregue ao responsável de trabalhos/ensaios.
através do respetivo regulamento de consignações.
A cada responsável de trabalhos/ensaios deve ser
Entidade requisitante passado obrigatoriamente um boletim de trabalhos.
A entidade interessada na realização de trabalhos fora de tensão (enti-
dade requisitante) elabora o pedido de indisponibilidade, identificando Quando a distância geográfica e as necessidades de exploração o jus-
as instalações ou partes de instalação a intervencionar ou a consignar, tificarem, o boletim de trabalhos pode tomar a forma de uma mensa-
com indicação da localização, data e duração prevista para a realiza- gem registada do responsável de consignação para o responsável de
ção de trabalhos fora de tensão, e dirige esse pedido à entidade res- trabalhos.
ponsável pela condução: A aplicação de medidas complementares, como por exemplo co-
• Indica o responsável de consignação e delegados de consignação locação de anteparos e ligação à terra suplementar, pode ser realizada
à entidade responsável pela condução, que serão nomeados por por iniciativa do responsável de trabalhos ou por indicação do respon-
esta, salvo se outro procedimento for acordado; sável de consignação.
• Nomeia o responsável de trabalhos, da EDP ou do prestador de No caso de trabalhos efetuados por uma empresa exterior, os
serviços, bem como as medidas de segurança complementares acordos estabelecidos previamente devem definir se o responsável de
que irá tomar; consignação executa/confirma:
• Substitui o responsável de trabalhos nomeado, apenas em casos • A totalidade das operações da consignação;
de reconhecida necessidade e com conhecimento imediato à enti- • Ou as duas primeiras operações, sendo as restantes realizadas
dade responsável pela condução. pelo responsável de trabalhos da empresa exterior.

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alta tensão 15

“Quando a distância geográfica e • Efetuar a delimitação da zona de trabalho. Para tal, utiliza todos
os meios adequados como o limite físico das instalações, antepa-
as necessidades de exploração o
ros e outros meios de balizagem, em todos os planos em que seja
justificarem, o boletim de trabalhos necessário. Os dispositivos de ligação à terra e em curto-circuito,
pode tomar a forma de uma mensagem quando aplicados nas redes aéreas de condutores nus, podem
registada do responsável de consignação contribuir para definir o limite da zona de trabalhos;
para o responsável de trabalhos.” • Informar os executantes da natureza dos trabalhos, das medidas
de segurança tomadas, das precauções a respeitar, dos limites da
zona de trabalho, do ponto de encontro em caso de interrupção do
Os acordos prévios originam sempre uma troca de documentos ou de trabalho e do fim do trabalho.
mensagens.
Para evitar erros nas operações de consignação ou de desconsig- Nenhum trabalho fora de tensão pode ser iniciado sem
nação duma instalação ou duma parte da instalação, deve ser desig- que a referida autorização seja dada pelo responsável
nado um único responsável pela consignação ainda que intervenham de consignação.
vários responsáveis de trabalhos.
Sempre que se justifique poderão existir vários delegados de con- Durante os trabalhos, o responsável de trabalhos deve:
signação coordenados por um responsável de consignação. • Zelar pela aplicação das medidas de segurança;
As atribuições do responsável de consignação e do responsável de • Assegurar a vigilância dos executantes, em particular nas fases de
trabalhos podem ser asseguradas por uma mesma pessoa. Neste caso maior risco;
não haverá estabelecimento nem transmissão do boletim de trabalhos. • Zelar pela boa execução do trabalho;
• Zelar pela boa utilização das ferramentas e dos equipamentos de
Desconsignação segurança.
Após a recepção do(s) aviso(s) de fim de trabalhos, o responsável de
consignação estabelece com o centro de condução o início das mano- No caso de ocorrer uma interrupção temporária dos trabalhos, o res-
bras de desconsignação: ponsável de trabalhos deve:
• Garante a retirada dos anteparos, protetores e materiais de sinali- • Dar aos executantes a ordem de interrupção dos trabalhos e de
zação colocados por sua iniciativa; reunião no ponto combinado;
• Assegura a abertura dos seccionadores ou interruptores de liga- • Tomar as medidas para garantir a segurança da zona de trabalhos
ção à terra e em curto-circuito que ele próprio tenha fechado, e re- relativamente a terceiros;
tira ou manda retirar os dispositivos de ligação à terra e em curto- • Interditar aos executantes qualquer acesso à zona de trabalhos até
circuito que eventualmente tenham sido colocados; que seja dada ordem em contrário.
• Devolve o elemento de rede ou instalação à entidade responsável
pela condução. No recomeço dos trabalhos, o responsável de trabalhos deve:
• Certificar-se que as medidas de segurança inicialmente tomadas
Nenhuma instalação pode ser reposta em tensão continuam válidas e confirmá-las;
enquanto o aviso de fim de trabalhos não for entregue • Dar ordem de recomeço dos trabalhos.
ou transmitido pelo responsável de trabalhos ao
responsável de consignação. No fim dos trabalhos, o responsável de trabalhos deve:
• Certificar-se da boa execução dos trabalhos e da recolha de todas
Responsável de trabalhos as ferramentas e materiais sobrantes;
O responsável de trabalhos deve receber uma cópia do boletim de • Reagrupar o pessoal no ponto combinado e comunicar a interdi-
trabalhos do responsável de consignação e, depois de autorizado por ção definitiva de acesso à zona de trabalhos;
este, dar início às operações que lhe são confiadas. • Retirar os equipamentos de ligação à terra e em curto-circuito e os
dispositivos de sinalização das ligações à terra e em curto-circuito
Na preparação do trabalho, o responsável de trabalhos deve assegu- que tenham sido colocados;
rar-se que: • Retirar os equipamentos de delimitação da zona de trabalhos;
• O trabalho foi claramente definido e que todos os riscos, elétricos • Assinar e devolver ao responsável de consignação o boletim de
ou não, nomeadamente de vizinhança ou de indução foram devi- trabalhos, ficando com uma cópia.
damente analisados;
• Os executantes possuem a qualificação adequada aos trabalhos; Atribuições do executante
• Os executantes possuem os equipamentos de proteção individual O executante zela pela sua própria segurança.
e coletiva necessários.
O executante deve:
Antes de iniciar o trabalho, o responsável de trabalhos deve: • Seguir as instruções do responsável de trabalhos;
• Confirmar a realização das manobras, bloqueios e outras medidas • Respeitar os limites da zona de trabalhos que lhe foram definidos
de segurança mandadas executar pelo responsável de consigna- e os dispositivos de segurança colocados no interior dessa zona;
ção ou delegado de consignação, só as podendo alterar com a au- • Utilizar os equipamentos de proteção individual;
torização destes; • Utilizar ferramentas adequadas ao trabalho a executar;
• Receber do responsável de consignação a autorização para dar • Respeitar as caraterísticas técnicas dos equipamentos e as regras
início aos trabalhos (expressa na entrega do boletim de trabalhos de segurança e da técnica, aplicáveis a cada tarefa;
ou através de uma mensagem registada); • Verificar as ferramentas e equipamentos antes e após a sua
• Identificar a instalação; utilização.
• Verificar a ausência de tensão e, salvo indicações contrárias, pro-
ceder imediatamente a uma ligação à terra e em curto-circuito, no O executante só pode iniciar o trabalho depois
caso em que estas operações lhe estão atribuídas; de receber ordem para isso.

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16 alta tensão

TRABALHOS COM PRESENÇA DE TENSÕES “Um condutor próximo de um ou mais


INDUZIDAS condutores em tensão pode possuir
Generalidades
uma determinada tensão, por influência
Um condutor próximo de um ou mais condutores em tensão pode elétrica, em particular em caso
possuir uma determinada tensão, por influência elétrica, em particular de existência de um paralelismo bastante
em caso de existência de um paralelismo bastante longo dos dois con- longo dos dois condutores ou em caso
dutores ou em caso de defeito. de defeito.”
Estes fenómenos podem produzir-se quer numa instalação co-
locada fora de tensão, quer numa instalação em construção e criam
tensões que podem dar origem a correntes não negligenciáveis em
malhas constituídas pelos próprios condutores, ligações à terra e com CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS
retorno pelo solo. Em caso de trovoada (aparecimento de relâmpagos, ou perceção do
A proteção contra o risco de tensão ou corrente induzidas, nomea- trovão) nenhum trabalho deve ser começado nem acabado na rede ou
damente quando os trabalhos implicam a abertura de arcos, deve ser nas instalações, tanto interiores como exteriores, se forem alimenta-
feita na zona de trabalhos: das por uma linha aérea em condutores nus.
• Com a utilização de dispositivos de ligação à terra complementa- Para as instalações exteriores:
res àqueles já colocados no quadro da consignação; • Em caso de vento violento que torne impraticável a utilização dos
• Ou utilizando os métodos e ferramentas adaptados aos Trabalhos meios necessários à execução do trabalho, os trabalhos não de-
em Tensão, sem prejuízo das ligações à terra colocadas a mon- vem ser começados nem acabados;
tante e jusante para a criação de uma zona protegida dentro do • Em caso de precipitações atmosféricas importantes, nevoeiro es-
quadro da consignação. pesso, que impeçam a vigilância do responsável de trabalhos:
› Nas linhas aéreas nuas ou isoladas o trabalho não deve ser
A escolha da proteção a aplicar deve resultar de um acordo entre o começado, mas a operação em curso pode ser acabada;
responsável da instalação objeto dos trabalhos e o responsável da ins- › Em canalizações subterrâneas os trabalhos só podem ser ini-
talação mantida em serviço, em função: ciados ou acabados se o local de trabalhos estiver abrigado da
• Do tipo de trabalho a efetuar; precipitação, da passagem de águas, e suficientemente ilumi-
• Da competência e dos meios materiais do pessoal interveniente; nado.
• Dos níveis possíveis de tensão induzida.
Em instalações interiores alimentadas exclusivamente por uma rede
Condições gerais de execução dos trabalhos subterrânea ou aérea em condutores isolados, nenhuma restrição é
Para além das operações de consignação indicadas no § 3.1, deverão preconizada.
tomar-se, no caso de trabalhos submetidos a uma tensão induzida, as
precauções complementares abaixo definidas:
TRABALHOS NÃO ELÉTRICOS
* Caso das canalizações elétricas isoladas Baixa Tensão Dentro do quadro de procedimentos dos trabalhos fora de tensão, os
(BT) e Alta Tensão (AT) trabalhos não elétricos podem ser executados, no âmbito de uma au-
É necessário ligar à terra e em curto-circuito os condutores e as arma- torização para trabalhos não elétricos, de acordo com as prescrições
duras metálicas dos cabos, quando existam, o mais próximo possível seguintes:
da zona de trabalho. A) Foram eliminados todos os riscos elétricos de contacto e de
Os cabos isolados cuja armadura metálica está em contacto com vizinhança
o solo ou que são ligados à terra nas extremidades não são normal- Os trabalhos não elétricos podem ser executados sem comple-
mente sede de tensão induzida. mentares prescrições.

* Caso das linhas aéreas BT e AT em condutores nus B) Os riscos de contacto foram suprimidos mas ainda restam
São necessárias medidas rigorosas para assegurar em permanência: riscos elétricos de vizinhança
Neste caso, a associação das disposições do presente capítulo e
A) O escoamento das correntes induzidas ou resultantes de um de- as do Capítulo 5, aplicáveis a trabalhos não elétricos, conduzem às
feito eventual disposições seguintes:
A zona de trabalhos deve ser delimitada pela colocação de terras o • O pessoal não qualificado deve trabalhar sob as ordens de um
mais próximo possível do local onde se desenvolvem os trabalhos. responsável de trabalhos qualificado, que deve assegurar a vigi-
lância permanente de todos os membros da equipa que dirige;
B) A equipotencialidade da zona de trabalhos • A vigilância permanente pode não ser necessária se a totali-
Os executantes nunca se devem colocar entre duas peças condu- dade do pessoal que vai efetuar o trabalho não elétrico está
toras, incluindo o solo e a massa dos suportes metálicos, suscetí- instruída sobre o risco elétrico (o que pressupõe que o pessoal
veis de ficarem submetidos a potenciais diferentes. tem formação adequada que lhe permite zelar pela sua própria
Assegurar previamente uma ligação equipotencial entre estas pe- segurança dentro das condições particulares da instalação);
ças tomando todas as precauções necessárias para evitar aquela • Antes de iniciarem os trabalhos, o responsável de trabalhos
situação. deve receber do responsável de consignação a autorização de
início de trabalhos (através da entrega do boletim de trabalhos
C) A continuidade elétrica das malhas criadas. ou de uma mensagem registada) e tomar as medidas corres-
Os condutores, as ligações à terra e o solo criam anéis dentro dos pondentes à sua responsabilidade.
quais circulam correntes induzidas importantes. A abertura de um
arco num destes anéis deve ser precedido pela ligação de um dis- No fim dos trabalhos, o responsável de trabalhos restitui a autorização
positivo shunt para manter a continuidade. (3.4) para trabalhos não elétricos.

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18 climatização

psicrometria
Alfredo Costa Pereira
Membro sénior da Ordem dos Engenheiros
Especialista em Engenharia de Climatização

O ar que normalmente respiramos 3. HUMIDADE RELATIVA DO AR (RH)


contém sempre uma maior ou Define-se humidade relativa do ar como sendo a razão (à mesma
menor quantidade de vapor de temperatura):
água, numa forma não visível,
quantidade esta que exerce uma Pressão parcial do vapor de água Pv
certa pressão, denominada pressão RH = =
Pressão de saturação do vapor de água Pn
de vapor.
Apenas com uma pequena margem de erro, podemos também dizer
A quantidade de vapor de água que um m3 de ar pode conter é limitada que a humidade relativa é igual à percentagem de saturação do ar, ou
e depende da temperatura a que se encontra. Quanto mais elevada for igual à razão entre a humidade absoluta do ar e a humidade absoluta
a temperatura do ar, mais quantidade de vapor de água pode conter, do mesmo ar no estado de saturação, isto é:
até atingir um limite máximo, em que a pressão do vapor iguala a pres-
W
são de ebulição da água à temperatura correspondente (temperatura RH =
Wsat
de saturação). Se adicionarmos mais vapor de água do que o ar pode
conter nas condições de saturação, esse excesso de vapor de água
condensa-se sob a forma de pequeníssimas gotas de água, formando
o que se chama nevoeiro. 4. TEMPERATURA DE PONTO DE ORVALHO
DO AR (TD.P.)
Define-se ponto de orvalho, ou temperatura de ponto de orvalho,
1. TEMPERATURA DE BOLBO SECO DO AR (tdb) como sendo a temperatura a que é necessário arrefecer o ar húmido
É a temperatura do ar medida por um termómetro vulgar. para que ele atinja o estado de saturação completa.

2. TEMPERATURA DE BOLBO HÚMIDO DO AR (twb) 5. HUMIDADE ABSOLUTA DO AR (W)


É a temperatura medida por um termómetro cujo bolbo está em- Quando trabalhamos com cálculos que envolvem o ar húmido é reco-
bebido num feltro humedecido com água. A temperatura de bolbo mendável tomar como referência a massa de 1 kg de ar seco, na qual
húmido está relacionada com a maior ou menor capacidade do ar são misturadas quantidades variáveis de vapor de água. Se adicionar-
absorver vapor de água. Se a água que está embebida no feltro que mos x kg de vapor a cada kg de ar seco, a massa da mistura fica igual a
envolve o bolbo do termómetro se for evaporando, o valor da tem- (1+x) kg. Podemos então dizer que a humidade absoluta do ar é de x kg
peratura medida por este termómetro vai sendo tanto menor quanto de água contidos em cada kg de ar seco. Para este valor não ter muitas
maior for o fluxo de evaporação, dado que a água do feltro para se casas decimais exprime-se também o valor da humidade absoluta em
evaporar terá que retirar ao bolbo do termómetro o respetivo calor (x.103) gr de água contidos em cada kg de ar seco.
latente de vaporização. Através da equação de estado dos gases perfeitos, aplicada ao va-
Se o ar do local onde está a ser medida a temperatura de bolbo por de água e ao ar seco, obtemos a seguinte expressão que relaciona
húmido já não tiver mais capacidade para absorver vapor de água o valor de x com a pressão parcial do vapor de água:
(100% de humidade), a água contida no feltro do termómetro não
x×P
se consegue evaporar, e a temperatura medida pelo termómetro Pv = · mbar
x + 0,622
de bolbo húmido passa a ser igual à temperatura medida por um
termómetro vulgar, isto é, por um termómetro de bolbo seco. Di- sendo:
zemos neste caso que o ar do local está num estado de saturação. P = PV + PA = pressão parcial do vapor de água (mbar) mais pressão
Portanto, a temperatura de bolbo húmido é uma medida indireta da parcial do ar seco (mbar) = pressão total do ar húmido = pressão ba-
humidade do ar do local, ou seja, da sua capacidade de absorver rométrica em mbar.
vapor e água.
Fora do estado de saturação (100% de humidade), a temperatura
de bolbo húmido é sempre inferior à temperatura de bolbo seco, dada 6. ENTALPIA OU CALOR TOTAL (H)
a permanente retirada de calor latente de vaporização da água contida É a quantidade que indica o valor do calor total (soma do calor sensível
no feltro do termómetro. com o calor latente) “contido” na mistura ar/vapor de água, em relação
a um ponto de referência, que é a temperatura de zero absoluto.
Expressa-se em J/kg de ar seco.
A diferença entre a temperatura de bolbo
seco e a temperatura de bolbo húmido
designa-se por depressão de bolbo húmido 7. VOLUME ESPECÍFICO OU VOLUME MÁSSICO
Esta diferença está tabelada e é uma medida indireta da humidade DO AR (v)
m3
relativa do ar. É o volume em m3 ocupado por cada kg de ar. Exprime-se em .
kg
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DEFINIÇÕES E TERMOS CORRENTES USADOS Diagrama psicrométrico


EM CLIMATIZAÇÃO Estas 7 grandezas caraterísticas do ar húmido estão relacionadas
por diversas equações com resoluções matemáticas mais ou menos
Pureza do ar complicadas, que levam a cálculos fastidiosos. Por esta razão, estas
É de extrema importância para a saúde humana reter as poeiras e equações foram substituídas por vários gráficos que se reuniram num
outras impurezas existentes no ar através de filtros eficientes. Os único diagrama, designado por Diagrama Psicrométrico.
fumos existentes no ar devem ser extraídos e compensados com Para cada pressão barométrica existe um determinado diagra-
quantidades de ar exterior suficiente para uma boa renovação e ma psicrométrico, devido às correções que é necessário fazer com
oxigenação do ar ambiente. a altitude.
Conhecendo 2 das 7 variáveis definidas anteriormente, o diagra-
Caloria ma psicrométrico permite-nos determinar graficamente as restantes
Uma caloria (cal) é uma unidade de energia térmica e define-se 5 variáveis, isto é, por simples leitura, sem realizar qualquer cálculo
como a quantidade de calor que é necessário fornecer a 1 kg matemático.
de água a 15º C, para aumentar a sua temperatura de 1º C. Esta Todos os processos de aquecimento, arrefecimento, humidifica-
unidade não pertence a nenhum sistema de unidades, embora ção e desumidificação que ocorrem no condicionamento do ar, fazem
se utilize em cálculos de climatização pelo facto de simplificar variar o estado do ar desde um estado inicial ao qual corresponde um
algumas expressões. O múltiplo da caloria é a quilocaloria (kcal) ponto no diagrama, até um estado final ao qual corresponde outro
= 10 3 cal. ponto no diagrama. Existem 6 processos diferentes para fazer variar
o estado do ar:
Frigoria 1. Processo com calor sensível constante (indicado por uma tempe-
É o mesmo que caloria. É a quantidade de calor que é necessário re- ratura de bolbo seco constante, indicada no eixo das abcissas);
tirar a 1 kg de água a 15º C para diminuir a sua temperatura de 1º C. 2. Processo com calor latente constante (indicado por uma humida-
de absoluta constante, (indicada no eixo das ordenadas à direita
do diagrama) e uma temperatura de ponto de orvalho constante
BTU (indicada sobre a curva de saturação). A humidade absoluta repre-
British Thermal Unit. É uma unidade de energia térmica do sistema senta a quantidade de vapor de água contida no ar e expressa-se
imperial inglês. Define-se como sendo a quantidade de calor que é em kg de água contidos em cada kg de ar seco, ou em gr de água
necessário retirar a uma libra de água, para diminuir a sua tempe- contidos em cada kg de ar seco;
ratura de 1º F. Um BTU equivale a 0,252 kcal. 3. Processo isentálpico, ou processo com entalpia (ou calor total)
constante ou processo adiabático (indicado por uma temperatura
Tonelada de refrigeração (TON) de bolbo húmido constante);
É uma unidade de potência térmica inglesa que não pertence a ne- 4. Processo com humidade relativa constante (indicado pela varia-
nhum sistema de unidades. 1 TON = 3000 kcal/h = 12 000 BTU/h. ção de todos os outros parâmetros);
5. Processo que representa uma combinação dos anteriores, sem
Calor sensível que qualquer grandeza permaneça constante;
É a quantidade de calor posto em jogo devido a uma diferença de 6. Processo de mistura de duas quantidades de ar em estados diferentes.
temperatura.

Calor latente NOTAS:


É a quantidade de calor posto em jogo quando não há variação de a) As linhas de temperatura de bolbo seco são linhas de calor sensí-
temperatura, mas uma mudança de fase. No caso do ar húmido, vel constante;
o calor latente está sempre (e apenas) associado às variações de b) As linhas de temperatura e ponto de orvalho são linhas de calor
humidade absoluta. latente constante;
c) As linhas de temperatura de bolbo húmido são linhas de entalpia
Entalpia ou calor total constante, ou de calor total constante. A temperatura de bolbo hú-
É a soma do calor sensível com o calor latente. mido é uma medida do calor total (entalpia), isto é, da soma do ca-
lor sensível com o calor latente. As linhas de temperatura de bolbo
Frio húmido são apresentadas no diagrama psicrométrico, como tendo
Frio não tem definição. É apenas a ausência de calor. Quando se origem na curva de saturação, desenvolvendo-se inclinadamente
pretende produzir frio, isto é, arrefecer um determinado ambiente, para baixo e para a direita.
temos que retirar calor ao referido ambiente.
O diagrama psicrométrico tem dois eixos de coordenadas oblíquas e
Condução tem no eixo das abcissas a escala das temperaturas de bolbo seco e
É a transferência de calor molécula a molécula por contacto entre elas. no eixo das ordenadas, colocado no lado direito do diagrama, a es-
cala das humidades absolutas, expressas em (kgágua/kgar seco) ou por
Convecção (grágua/kgar seco).
É a transferência de calor devido ao movimento do ar em contacto As curvas de humidade relativa começam no diagrama no canto in-
físico com objetos ou corpos a temperaturas diferentes. ferior esquerdo do diagrama psicrométrico e desenvolvem-se para cima
com uma curvatura para a direita semelhante à curva de saturação e
Radiação representam a humidade relativa do ar desde 10% até 100%. A curva de
É a transferência de calor por meio de ondas eletromagnéticas. A humidade 100% designa-se por curva de saturação. Acima da curva de
transferência de calor por radiação não afeta o ar, isto é, não aque- saturação estamos em presença de água líquida. Abaixo da curva de
ce nem arrefece o ar, afetando apenas os corpos ou superfícies saturação estamos em presença de vapor de água não saturado.
opacas que se lhe interpõem. Vê-se no diagrama que quando arrefecemos o ar mantendo a sua
humidade absoluta constante, a humidade relativa vai aumentando

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20 climatização

até atingir, se atingir, a temperatura de ponto de orvalho, sobre a curva Considerando o volume específico constante, o ponto representativo
de saturação (100% de RH), o que representa o início da condensação. da temperatura da mistura pode ser determinado pela seguinte média
As temperaturas de ponto de orvalho são pontos situados sobre a cur- pesada:
va de saturação. Sobre a curva de saturação as temperaturas de ponto . .
V1 × t1 + V2 × t2
de orvalho coincidem com as temperaturas de bolbo húmido e com tmist = .
as temperaturas de bolbo seco. A temperatura de ponto de orvalho é V1 + V2
uma medida do calor latente. Portanto, uma variação no valor da tem- Caso o volume específico não se possa considerar constante (o que
peratura de ponto de orvalho representa uma variação do calor latente acontece nos casos em que a diferença de temperatura dos volumes
(conteúdo de humidade) do ar. a misturar estejam fora dos limites do diagrama psicrométrico), a tem-
As linhas de igual entalpia específica, (isentálpicas) são arcos de peratura da mistura deve ser calculada por uma média . pesada seme-
hipérbole quase retilíneos que se confundem com as linhas retas de lhante à anterior, substituindo o caudal em volume (V) pelo caudal em
.
igual temperatura húmida, cuja pendente é quase igual. massa (m).
O volume mássico (ou volume específico) é o inverso da massa
volúmica (ou massa específica). As linhas de igual volume mássico 2. Processo de aquecimento sem humidificação
(isocóricas) têm origem na curva de saturação, são quase retilíneas e Se o aquecimento do ar de um determinado espaço for feito sem variar
desenvolvem-se para baixo com uma pendente maior que as anterio- a sua humidade absoluta, o ponto representativo da transformação
res. De notar que o volume mássico pouco varia na zona de utilização desloca-se no diagrama segundo uma reta horizontal para a direita. A
do diagrama, pelo que não se comete erro apreciável se considerar- mistura de ar é aquecida de 3 para 4 por uma bateria de aquecimento.
mos esta grandeza constante.

EXEMPLO DE LEITURA NO DIAGRAMA


PSICROMÉTRICO
Consideremos uma determinada massa de ar à temperatura de bolbo
seco de 20º C, e com uma humidade relativa RH = 70%. Podemos
ler diretamente no diagrama psicrométrico as restantes 5 grandezas
caraterísticas do ar húmido:

• Temperatura de bolbo húmido tWb=16,4º C

• Temperatura de ponto de orvalho tp.o.= 14,3º C Este é um exemplo de um processo com calor latente constante, ou, o
que é o mesmo, com humidade absoluta constante. Note-se que por
• Humidade absoluta X = 10,3 grH2O / kg ar seco este facto, a temperatura de ponto de orvalho mantém-se constante.
Apenas se adiciona ao ar calor sensível. É o que acontece com
• Entalpia h = 46,2 KJ/kg ar seco qualquer sistema de aquecimento em que não se adicione ou retire
vapor de água ao ar do local a aquecer, isto é, em que não haja humidi-
• Volume mássico (ou volume específico) v = 0,844 m3/kg ar seco ficação ou desumidificação do ar.
A gama de humidade relativa do ar de um espaço aquecido, acei-
tável para o conforto e salubridade humana, está compreendida entre
MUDANÇAS DE ESTADO DO AR HÚMIDO 40% a 60%.
É por esta razão que o projetista de um sistema de aquecimento
1. Processo de mistura de duas quantidades de ar deve entender quando há necessidade de humidificar o ar do local a
A partir do momento em que misturamos dois volumes de ar V1 e V2 aquecer, o que acontece sempre nos casos em que a humidade do ar
em dois estados diferentes, estado 1 e estado 2 respetivamente, a exterior é pequena.
mistura encontra-se sempre situada sobre a reta que une os pontos 1
e 2, de tal modo que: 3. Processo de aquecimento com humidificação
Sempre que o clima de um local é considerado seco no inverno, o que
1–3 m1
= , acontece no nosso país em todas as zonas afastadas da orla marítima,
3–2 m2
o aquecimento dos edifícios deve ser feito com humidificação.
sendo m1 e m2 as massas de ar seco contidas nos volumes V1 e V2
respetivamente.

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climatização 21

Como se referiu anteriormente, o valor da humidade relativa do ar do "Teoricamente, o ar (que é uma mistura de
espaço aquecido deve estar compreendido entre os 40% a 50%. Se ar com vapor de água) é primeiramente
por exemplo pretendermos aquecer ar destinado a um determinado arrefecido (por retirada de calor sensível)
processo industrial, inicialmente a 4,4º C e 30% de RH, até 40,6º C ao longo de uma linha de humidade
mantendo constante a humidade relativa, teremos necessariamente absoluta constante, até se atingir a curva
que adicionar vapor de água ao ar. Para determinarmos a quantida- de saturação. A partir deste ponto qualquer
de de humidificação necessária começamos por marcar no diagrama retirada de calor resulta em condensação
psicrométrico o ponto representativo do estado inicial do ar, ponto A. do vapor de água contido no ar, fazendo
Fazemos seguidamente a leitura de H1 e de W1. Seguindo a linha de diminuir a sua humidade absoluta, ao
30% de humidade relativa, vamos intersetar esta linha com a vertical mesmo tempo que a temperatura de bolbo
que passa pela temperatura de bolbo seco de 40,6º C, e marcar o pon- seco do ar também diminui, seguindo o
to B, que representa o estado final que pretendemos para o ar. Faze- processo sobre a curva de saturação."
mos agora a leitura direta de H2 e de W2.

Então o calor fornecido ao ar será igual a H2 – H1. Exemplo:


Suponhamos que fazemos passar ar, inicialmente a 40,6º C e 15% de
A humidificação necessária será igual a W2 – W1. RH por um spray de água (lavador de ar), ficando o ar à saída do lava-
dor com 90% de humidade relativa. Vamos assumir que o processo é
Embora tenhamos considerado a linha representativa do processo adiabático. Pretendemos calcular a temperatura de bolbo seco à saída
de aquecimento com humidificação, como uma curva perfeita de A do lavador.
para B, seguindo a linha de 30% de humidade relativa, a representação
do processo real não seria tão simples, embora o resultado final fosse
o mesmo. Na realidade, a humidificação do ar é feita por pulverização Resolução:
de vapor de água na conduta que transporta o ar quente para o pro- Começamos por marcar no diagrama o ponto A, referente às condi-
cesso industrial. A linha CD representa o processo real de uma linha ções iniciais do ar antes de entrar no lavador.
de calor latente (humidificação), que é completada pela linha de calor Este ponto está sobre a linha de temperatura de bolbo húmido de
sensível horizontal DE. O processo real completo desde o estado A até 20,6º C e tem uma humidade absoluta W1. Entalpia constante quer
ao estado B é feito por uma série de pequenos processos combinados dizer temperatura de bolbo húmido constante, pelo que o processo
do tipo CDE. Esta representação, contudo, não tem qualquer interesse segue esta linha de bolbo húmido até intersetar a linha de 90% de RH,
prático, dado que o resultado final é o mesmo. ponto B. Este ponto representa o estado do ar à saída do lavador. A
temperatura de bolbo seco do ar desceu para 21,7º C, e a humidade
4. Arrefecimento isentálpico ou arrefecimento absoluta aumentou. A diferença (W2-W1) indica o aumento de humi-
adiabático ou ainda arrefecimento evaporativo dade sofrido pelo ar.
Este processo ocorre ao longo de uma linha de temperatura de bolbo Deve referir-se que embora a temperatura de bolbo seco do ar tenha
húmido constante. Este processo de arrefecimento é utilizado em pro- diminuído até 21,7º C, o ar nestas condições não é confortável para o
cessos industriais, como por exemplo na indústria têxtil, atendendo a ser humano, dada a sua elevada humidade absoluta. Na prática, con-
que as linhas que trabalham nos teares necessitam de ter uma humi- tudo, com um arrefecimento evaporativo apenas se consegue diminuir
dade elevada para não partirem. a temperatura de bolbo seco do ar em cerca de 2 a 3º C, nunca sendo
O ar a arrefecer e a humidificar é obrigado a passar por um cha- um ambiente confortável atendendo à elevada humidade contida no ar.
mado lavador de ar, que não é mais do que um spray de água pulve-
rizada. Dado que neste processo o calor total é constante (processo
isentálpico), o arrefecimento sensível (diminuição da temperatura de 5. Arrefecimento com humidade absoluta constante
bolbo seco) só pode fazer-se à custa de um aumento do calor latente Este processo é o inverso do aquecimento com humidade absoluta
(aumento de humidade absoluta). O calor sensível é portanto usado constante. O processo ilustra-se no diagrama movendo para a esquer-
para evaporar mais água. A temperatura de bolbo seco do ar diminui, a da do ponto 4 para o ponto 3, no exemplo 2. Apenas se retira calor
temperatura de bolbo húmido permanece constante, e as humidades sensível ao ar, mantendo-se a humidade absoluta constante. Este pro-
absoluta e relativa aumentam. cesso nunca se poderia realizar com um arrefecimento evaporativo,
como ilustra o exemplo anterior.
Para que o processo se faça com humidade absoluta constante, o
equipamento de climatização deve operar sempre acima, ou no limite
na temperatura de ponto de orvalho. Caso a temperatura fosse inferior
haveria condensação com a consequente diminuição da humidade
absoluta.

6. Arrefecimento com desumidificação


Este processo ilustra o que se passa num sistema real de climatização,
quando opera em modo de arrefecimento no período de verão.
Teoricamente, o ar (que é uma mistura de ar com vapor de água)
é primeiramente arrefecido (por retirada de calor sensível) ao longo
de uma linha de humidade absoluta constante, até se atingir a curva
de saturação. A partir deste ponto qualquer retirada de calor resulta
em condensação do vapor de água contido no ar, fazendo diminuir a
sua humidade absoluta, ao mesmo tempo que a temperatura de bolbo
seco do ar também diminui, seguindo o processo sobre a curva de
saturação.

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zados sem interromper o fornecimento de segurança de pessoas e bens, mobilidade das competições durante, aproximadamente,
energia às cargas. As versões Metered dos elétrica, conetividade em iluminação urbana, dez anos. João Correia, atleta do Maratona
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grau de faturação de ±1%, facilitando a aná- Rexel é um fórum de conhecimento e partilha de alegria conseguir o apuramento da for-
lise da utilização da energia. A nova gama para os instaladores, integradores, engenhei- ma como o alcancei. A minha pré-época foi
suporta a configuração e a atualização em ros, arquitetos, projetistas, responsáveis de muito condicionada, devido a uma tendinite
massa, reduzindo o tempo de gestão e me- manutenção industrial e outros profissionais no ombro e a uma recente grave queimadu-
lhorando a eficiência global. Emparelhados do setor do material elétrico. ra no braço”. Reforça que, “apesar de todos
com o software Intelligent Power Manager A ExpoRexel, além de uma imensa varie- os constrangimentos, nunca desisti e con-
(IPM) pronto para a virtualização da Eaton, dade de material elétrico exposto, destaca- segui alcançar o primeiro objetivo de 2017,
os novos ePDUs podem ser facilmente mo- se, também, por ser um ponto de encontro melhorando a marca em quase 1,5 segundos,
nitorizados e geridos a partir de um painel para partilha de conhecimento. Prova disto comparativamente ao mesmo período do ano
de controlo de virtualização. Quando utiliza- será a realização de debates sobre 3 temas passado”.
dos com sensores opcionais, como o Envi- fundamentais para o desenvolvimento tec- João Correia nasceu em 1983 e, aos dois
ronmental Monitoring Probe (EPM) da Eaton, nológico do país: IoT para Gestão de energia, anos, sofreu um acidente que o deixou numa

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cadeira de rodas. Em 1991, começou a praticar desporto,
tornando-se no primeiro atleta português a ganhar uma
medalha internacional, na modalidade de atletismo em ca-
deira de rodas. Já conta com 16 anos de carreira e mais
de 45 participações em provas nacionais e internacionais.
Nadi Batalha, Coordenadora de Marketing da Vulcano, des-
taca “a vontade e força do João que, após as diversas con-
trariedades, conseguiu garantir a presença numa das mais
importantes provas mundiais. É um ser humano com um
enorme valor e potencial, não só na modalidade que prati-
ca mas também na formação de jovens e dinamização do
atletismo. É com muito orgulho que damos os parabéns ao
João, que já entrou para a história do desporto nacional”.

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produção exclusiva na Europa. A produção do modelo
SIMOSEC, quadro elétrico modular de Média Tensão, cujo
fabrico a nível europeu era, até agora, realizado em Frank-
furt, na Alemanha, passou recentemente para a fábrica da
Siemens em Corroios, localizada no concelho do Seixal. Uma
mudança que, segundo Fernando Silva, Diretor da Divisão
Energy Management na Siemens Portugal “demonstra a
qualidade das equipas portuguesas e reforça a importância
do país em todo o mundo Siemens”.
24 notícias

Este quadro é utilizado na área das in- Uma cobertura ótica feita de plástico sistema desenhado para manter o ambien-
fraestruturas, bem como na distribuição de transparente, na qual está integrada uma es- te interior ideal, otimizando a temperatura, a
energia pelas empresas elétricas e indústrias trutura de Fresnel, serve para iluminar o armá- qualidade do ar e a iluminação. Mike Musta-
de pequena e média dimensão. Graças aos rio de forma ótima. Ele focaliza a luz de modo pha, Managing Director da Building Products
largos anos de experiência e conhecimento que todo o armário, mesmo na parte inferior, da ABB, diz que:”Este projeto de construção
dos seus colaboradores, a fábrica da Siemens seja iluminado de forma direcionada, o que é um marco importante que utiliza soluções
em Corroios foi reconhecida como tendo as significa que a luz atinge exatamente aqueles de topo dignas de uma empresa tecnológica
condições ideais para a produção deste equi- lugares onde é necessário - sem ser espalha- líder como a Microsoft. Os controlos KNX da
pamento, num ciclo que vai desde a pré-fa- do para o exterior. Além disso, todas as lumi- ABB estão adaptados ao ritmo natural do dia,
bricação de componentes até à elevada qua- nárias foram projetadas para suportarem mul- incluindo a posição do sol em relação aos es-
lidade de montagem, eletrificação e ensaios. ti-tensão (100 - 240 V) e podem, portanto, ser critórios e aos corredores do edifício. Pode di-
Após meses de preparação logística, com usadas em todo o mundo. Assim, a Rittal dis- zer-se que dá um novo sentido às expressões
fornecedores locais e internacionais, bem ponibiliza uma família completa de luminárias ‘Microsoft Office (escritório)’ e ‘Microsoft Win-
como de formação a vários níveis, os primei- adequadas a cada mercado, possibilitando dows (janelas)’.” Outro requisito importante do
ros testes com quadros protótipo, definidos uma redução nos custos de armazenamento edifício era o de garantir que os funcionários
pela fábrica de Frankfurt, atestaram a quali- na complexidade na seleção de produtos. As teriam acesso a muita luz natural, tendo sido
dade e fiabilidade dos quadros elétricos SI- luminárias podem ser adaptadas a qualquer criados escritórios abertos com grandes fa-
MOSEC feitos na unidade de Corroios. tipo de instalação, isto é, podem ser montadas chadas de vidro, bem como salas de reuniões
É estimado que sejam produzidos cerca vertical ou horizontalmente no armário, sendo junto ao átrio, onde a luz pode entrar através
de 600 quadros elétricos por ano e as pri- montadas apenas por encaixe ou aparafusa- do telhado de vidro. Ao utilizar o calor e a luz do
meiras entregas estão agendadas já para das no armário TS 8. O uso de um suporte uni- sol sempre que possível, e ajustando automa-
abril de 2017, satisfazendo uma encomen- versal auxilia a montagem rápida em armários ticamente os estores e as janelas, a poupança
da para a Alemanha e outra para a Bulgária. compactos AE. A Rittal também oferece aces- de energia é feita sem comprometer o confor-
Até ao momento, o fabrico deste produto tem sórios adequados como interruptores de porta to. Até o calor gerado pelos computadores e
sido feito nas linhas de montagem já existen- e cabos de ligação. pelos servidores é reutilizado para minimizar
tes na fábrica de Corroios, mas existem planos o desperdício. 
para que, num futuro próximo, venha a haver Além de utilizar os componentes inteli-
uma linha dedicada apenas a este produto. ABB equipa escritórios gentes da ABB, o Departamento de Sistemas
Recorde-se que, já em 2014, esta unidade da Microsoft com produtos KNX da Hoffmann utilizou a gama MooV’n’Group
fabril da Siemens Portugal tinha sido sele- ABB, S.A. da Newron System ABB, um inovador inter-
cionada pela Siemens AG para receber uma Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390 face gráfico de programação para KNX. A ex-
nova linha de produção para os quadros elé- marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt tensão e a complexidade deste sistema KNX
tricos de Baixa Tensão SIVACON S8. É ainda torna-o um dos maiores na Dinamarca, tendo
de realçar que a fábrica de quadros elétricos a obra sido atribuída a certificação “Gold In-
sedeada em Corroios exporta 95% da sua ternational LEED Standard” para edifícios de
produção, para países como a Alemanha, An- baixo consumo. Entre outras caraterísticas,
gola, África do Sul, Austrália, Brasil, Coreia do o sistema está pré-configurado para que os
Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos e México. controlos do sistema KNX possam ser ge-
ridos através de um interface online. Assim,
os funcionários podem utilizar os seus com-
Luminárias de sistema LED Rittal: putadores ou tablets para ajustar a ilumina-
a série de luminárias Rittal está ção, as persianas e a temperatura. Apenas as
completa O Grupo ABB equipou os recentes escritórios salas de reuniões estão equipadas com ter-
Rittal Portugal da Microsoft, na Dinamarca, com as suas so- móstatos e botões de controlo nas paredes.
Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219 luções de sistemas inteligentes da plataforma
info@rittal.pt · www.rittal.pt KNX. É em Lyngby, nos arredores de Copenha-
ga, que podemos encontrar o novo empreen- Phoenix Contact foi uma das
dimento de 18 000 m2 do gigante mundial de empresas convidadas a integrar
software. O edifício foi desenhado pela Hen- a iniciativa Indústria 4.0
ning Larsen Architects e compreende dois edi- Phoenix Contact, S.A.
fícios de forma cúbica que se ligam através de Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769
um átrio em forma de “V”, o que garante maior www.phoenixcontact.pt
luz natural e mais espaço para que os funcio-
nários trabalhem confortavelmente.
A Henning Larsen Architects trabalhou
As novas luminárias de sistema LED da Rittal com a Microsoft para garantir que o edifício
foram especialmente concebidas para uso satisfazia a sua visão de criar um local de tra-
em armários industriais e de comunicações, balho para o futuro, um local onde os funcio-
onde asseguram a iluminação indicada. Com nários da Microsoft possam pensar, trabalhar
uma intensidade luminosa de 400 a 1200 lu- e colaborar com o máximo conforto, utilizando
mens, é a solução adequada quer para os ar- as melhores tecnologias de domótica disponí- No âmbito da Iniciativa Portugal i4.0, de de-
mários de grandes dimensões (1200 mm de veis no mercado. Para alcançar essa visão, o finição da Estratégia Nacional para a Digi-
largura e 2200 de altura), quer para armários Grupo Hoffmann, como empreiteiro principal, talização da Economia, a Phoenix Contact
do tipo mural (caixas AE ou CM). integrou o sistema inteligente KNX da ABB, um esteve presente na sessão de apresentação

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26 notícias

do plano de medidas iniciais de valorização, específicos, como é o caso dos trabalhos em salmão de viveiro, e está em operação desde
promoção e investimento na digitalização da tensão (TET). fevereiro. O barco é utilizado para transportar
economia portuguesa. Estas medidas, num Hilário Dias Nogueira é engenheiro ele- alimentos e equipamentos, para reparar ou
total de 60, foram o resultado do contributo trotécnico e autor de algumas publicações reposicionar jaulas de peixe, para verificar a
de várias entidades privadas e públicas que sobre as Regras Técnicas, com apresenta- fixação das jaulas e para realizar inspeções.
irá envolver cerca de 50 mil empresas e prevê ções digitais, formador, consultor e colabora Está equipado com o sistema de propulsão
um investimento superior a dois mil milhões com a revista “o electricista” tendo publicado BlueDrive PlusC da Siemens, que integra um
de euros nos próximos anos. A sessão de- vários artigos e alguns manuais para a Pu- sistema de gestão de energia, propulsores e
correu na Escola Superior de Tecnologia e blindústria. Napoleão Dias Monteiro é técnico controlos de hélice, e um sistema de moni-
Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, no altamente classificado como eletricista de torização remota EcoMain. A tecnologia da
passado dia 30 de janeiro e contou com a redes BT/MT e em TET/MT na EDP, possui Siemens foi desenvolvida em Trondheim, na
presença do Primeiro-Ministro, António Cos- formação em França na EDF, de trabalhos Noruega, e tem por base soluções desenvol-
ta, o Ministro da Economia, Manuel Caldeira em Tensão nas redes de Média Tensão (TET/ vidas para navios offshore, amplamente tes-
Cabral e o Secretário de Estado da Indústria, MT). Enquanto funcionário na EDP assumiu a tadas e com várias provas dadas, ao longo de
João Vasconcelos. função de Formador de algumas equipas da vários anos.
A Phoenix Contact integrou o grupo de EDP, na Central Tejo – Lisboa. A Siemens é pioneira na área das solu-
trabalho “Automóvel”, cujo propósito era iden- ções verdes para a construção naval: depois
tificar as principais necessidades da indústria do “Ampere”, o primeiro ferry de propulsão
portuguesa no âmbito da sua transformação Primeiro barco elétrico do mundo elétrica do mundo que opera na Noruega, e de
digital, orientar as medidas para a adoção e para piscicultura uma encomenda da FinFerries, companhia de
a massificação das novas tecnologias nos Siemens, S.A. navegação finlandesa, chegou em 2016 uma
modelos de negócio das empresas portugue- Tel.: +351 214 178 000 · Fax: +351 214 178 044 terceira encomenda da Fjord1, um operador
sas. Neste dia, a Phoenix Contact expôs a sua www.siemens.pt de ferries norueguês. Em novembro de 2016,
oferta de soluções tecnológicas Indústria 4.0 a Siemens recebeu outra encomenda da no-
na Sala da Academia Edunet, sala onde tem rueguesa FosenNamsos, desta vez para dois
desenvolvido uma parceria de ensino com a novos ferries a baterias. A capacidade de
ESTG/IPL desde 2012. transporte de cada um dos navios é de 130
carros e 390 passageiros, e a sua entrada
em serviço está prevista para 2019. Assim,
“Manual de Trabalhos em Tensão os primeiros ferries totalmente elétricos do
na Alta Tensão” da Publindústria mundo navegam com tecnologia desenvolvi-
Publindústria – Edições Técnicas, Lda. da e fabricada pela Siemens.
Tel.: +351 220 104 872
vendas@engebook.com · www.engebook.com Na Noruega acaba de entrar em serviço o
primeiro barco para piscicultura totalmen- Vulcano celebra 40 anos
te alimentado a baterias. Foi a Siemens que Vulcano
desenvolveu e forneceu o sistema completo Tel.: +351 218 500 300 · Fax: +351 218 500 301
de propulsão e de controlo elétrico à empresa info.vulcano@pt.bosch.com · www.vulcano.pt
local de construção naval Ørnli Slipp. O bar- /VulcanoPortugal
co de casco duplo tem cerca de 14 metros
de comprimento e oito de largura, e a viagem
diária que faz para a incubadora de peixe, a
2 km da costa, leva cerca de 50 minutos. A
capacidade da bateria é suficiente para um
dia de trabalho normal (cerca de oito horas).
O sistema de propulsão elétrica economiza
Este “Manual de Trabalhos em Tensão na Alta combustível e reduz os custos operacionais,
Tensão”, de Hilário Dias Nogueira e Napoleão uma vez que não precisa de tanta manuten-
Monteiro, editado pela Publindústria – Edi- ção como um motor diesel. Além disso, a au-
ções Técnicas, pretende transmitir os sabe- sência de gases de escape, de vibrações e de A Vulcano celebrou a 17 de março de 2017 o
res técnicos a todos os colaboradores de or- ruído torna o ambiente de trabalho no “Elfrida” seu 40.º aniversário, e para assinalar a data
ganizações empresariais ou qualquer técnico mais ecológico e saudável. António Carvalho, lançou nesse dia uma campanha publicitária
que tenha aptidão e pretenda aprofundar os responsável pelas soluções para a Indústria multimeios sob o mote “40 anos no coração
seus conhecimento ou até melhorar a sua fu- Naval da Siemens em Portugal, diz: “Muitas dos Portugueses”. Com esta campanha, a
tura opção de trabalho. das soluções Siemens utilizadas na Noruega marca pretende homenagear os seus con-
Foi uma preocupação dominante na re- têm aplicação em Portugal, quer no que toca sumidores, aumentando a perceção sobre o
alização deste manual, dirigir ao técnico as a parte da frota pesqueira, quer no que con- vínculo emocional entre ambos. O conceito
matérias e informações necessárias devi- cerne a alguns transportes marítimos e flu- surge da constatação de que, se a marca é
damente orientadas e identificadas desper- viais. A intenção da Siemens é incentivar cada uma referência em Portugal há tantos anos,
tando-o para uma aprendizagem em novas vez mais a utilização de soluções amigas do isso significa que na maioria das casas exis-
tecnologias, aquisição de conhecimento ambiente, capazes de gerar poupanças finan- te um equipamento Vulcano. Mas a maioria
tendo como base a implementação das ade- ceiras e ambientais”. das pessoas não tem a consciência disso e
quadas condições de segurança no trabalho O barco elétrico “Elfrida” é propriedade da não se apercebe de que realmente existe uma
e o objetivo da formação em alguns setores Salmar Farming AS, uma empresa criadora de forte ligação entre a marca e os portugueses.

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Ao longo das últimas quatro décadas, a Catálogo de Formação Com formação em Automação e Eletró-
Vulcano tem sido a escolhida para garantir F.Fonseca 2017 nica Industrial, João Rodrigues possui uma
o conforto em casa dos portugueses, e é por F.Fonseca, S.A. carreira profissional na Schneider Electric
essa confiança que a marca pretende agra- Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 com mais de 16 anos, onde se iniciou na
decer, oferecendo na campanha de aniversá- ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com Agência Comercial de Lisboa tendo, poste-
rio 40 meses de garantia em esquentadores, /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda riormente, liderado a mesma. Além de ou-
termoacumuladores, caldeiras e bombas de tros cargos foi responsável pelo Desenvolvi-
calor A.Q.S., ao longo deste ano de celebra- mento Estratégico da filial portuguesa, onde
ção. A campanha será difundida através de tinha sob sua responsabilidade as ofertas
múltiplos canais, como televisão, rádio, redes para aplicação em energias renováveis e as
sociais, e através de uma ação diferenciadora soluções de gestão técnica de edifícios. Foi
em imprensa e em rede de MUPI wi-fi. A peça também Vice-Presidente do Energy Busi-
central da comunicação é o filme de TV, que ness da Schneider Electric Portugal e, antes
se desenrola num tom emocional, explorando de ingressar na Schneider Electric, desen-
a presença da Vulcano nas diferentes eta- volveu competências e funções na área de
pas da vida dos consumidores. Aqui vai-se Energia. Segundo João Rodrigues: “é com
relembrando a sua relação com uma marca O número de novas ações e de formandos natural satisfação que assumo o desafio de
orgulhosamente nacional, que sempre esteve não têm parado de aumentar. Em 2016 a liderar a Schneider Electric Portugal. O facto
junto dos portugueses, sempre foi parte inte- F.Fonseca mais que duplicou o número de de conhecer muito bem esta organização do
grante do seu conforto em casa, e que com formandos e o número de formações até por- ponto de vista do negócio faz com que olhe
o passar dos anos conquistou um lugar nos que todos os dias continuam a surgir novos para os próximos anos com a expetativa de
seus corações. desafios. que os bons resultados operacionais e os
Na F.Fonseca gostam de acreditar que compromissos mantidos com os nossos
este reconhecimento deve-se à riqueza e parceiros possam ser reforçados.”
TEV2 lança novo catálogo variedade dos seus conteúdos, à experiên-
para 2017 cia, conhecimento e notoriedade dos seus
TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda. formadores e parceiros. No final gostam de CIRCUTOR venceu primeiro
Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164 acreditar que ajudam os formandos a evoluir prémio na categoria de “Melhor
marketing@tev.pt · www.tev.pt pessoal e profissionalmente e, é por isso que projeto de Eficiência Energética”
os colocam acima de tudo. E isso enche-os CIRCUTOR, S.A.
de orgulho. O Plano de Formação para 2017 Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072
é um espelho desse orgulho e da certeza que www.circutor.com
vão surpreender os formandos e parceiros
com novas temáticas, novos meios e melho-
res metodologias de ensino.

João Rodrigues é o novo Country


Manager da Schneider Electric
Portugal
A TEV2 lançou o novo catálogo para 2017 que Schneider Electric Portugal
contém informações de todos os seus produ- Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101
tos, ilustrados com fotos e desenhos técnicos pt-comunicacao@schneider-electric.com A 23 de março de 2017 foram entregues, em
ou de ambientes onde estes produtos podem www.schneiderelectric.com/pt Madrid, os prémios da 5.ª edição do Electro
ser utilizados. Entre as principais novidades FORUM 2017, os Innovation Awards iElektro,
destaque para uma oferta mais completa de os prémios de inovação do setor elétrico. A
caixas de derivação salientes, novidades no CIRCUTOR foi galardoada com o primeiro
ITED e ITED3A e nos quadros de distribuição prémio na categoria de “Melhor projeto de
salientes. Ao longo de quase 100 páginas po- Eficiência Energética”, um galardão que foi
derá encontrar informações completas sobre recebido por Vicente Barra, Diretor de Marke-
os produtos, incluindo as caraterísticas, nor- ting da CIRCUTOR.
mais, IP, IK e respetivos acessórios. Os Innovation Awards iElektro são um
O catálogo da marca TEV está dividido certame anual organizado pela iElektro, um
nas seguintes secções: Caixas de Contador, jornal online especializado no setor de mate-
Portinhola e para redes ITED/CEMU, Caixas A Schneider Electric, especialista global em rial elétrico, juntamente com o Grupo Electro
de Derivação e Aparelhagem, Quadros de gestão de energia e automação, nomeou Stocks, uma referência na distribuição profis-
Distribuição Salientes, Quadros de Distri- João Rodrigues como novo Country Mana- sional de material elétrico com o objetivo de
buição de Embutir, Caixas de Coluna para a ger da Schneider Electric Portugal. A posição, estimular o setor elétrico e impulsionar pro-
rede Elétrica, Armários de Telecomunicações ocupada até ao momento por David Claudino, jetos que explorem possíveis cenários elétri-
Individuais Salientes, Armários de Teleco- passa a contar agora com o know-how do cos durante os próximos anos. A CIRCUTOR
municações Individuaisde Embutir, Armários responsável, que desempenhava anterior- garantiu o prémio através de um projeto de
de Telecomunicações de Edifícios, Soluções mente a função de Vice-Presidente do IT Bu- Eficiência Energética, considerado como o
para Remodelações e Reabilitações ITED3A, siness, desde 2013, acumulada com os Field melhor pelo seu intuitivo analisador de redes
e Barramentos. Services desde 2015. portátil: “MYeBOX®. Conetado à eficiência”

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que junta toda a informação detalhada rela- ambiental é também uma caraterística im- uma redução do consumo energético com a
tivamente a todos os parâmetros elétricos de portante do uso de sistemas de iluminação iluminação de uma rua durante os períodos
uma instalação, proporcionando um acesso a LED, uma vez que estes não contêm me- de menor intensidade de tráfego); as fontes
total aos dados, ligando-o a um equipamento tais pesados na sua composição e, por isso de luz direcionais e de dimensão são redu-
através da app a partir de dispositivos móveis garantem um menor impacto para o meio zidas (o feixe de luz direcional dos sistemas
ou conetando-os à cloud. Graças à conetivi- ambiente envolvente do que as soluções LED com a utilização de lentes, refletores ou
dade e versatilidade do analisador MYeBOX®, convencionais, em favor de um futuro mais ótica secundária, permitem obter uma dis-
a realização de auditorias torna-se uma tare- sustentável. tribuição de luz de elevada uniformidade, na
fa mais fácil. As vantagens da utilização de LEDs são iluminação de um determinado plano como
um consumo energético reduzido (os sis- por exemplo, na iluminação rodoviária, numa
temas LED são 20% mais eficientes do que rua com passeios adjacentes ou de um ob-
O compromisso as lâmpadas compactas economizadoras); jeto em concreto. A reduzida dimensão dos
da iluminação a LED um elevado tempo de vida útil (superior a 50 LEDs permite o desenho de módulos mais
Primelux 000 horas, com reduzida depreciação do flu- compactos e o redesenho das soluções tra-
Tel.: +351 234 758 211/212 · Fax: +351 234 758 213 xo luminoso emitido pela lâmpada, ou seja, dicionais já existentes). E entre as vantagens
www.primeluxled.com uma lâmpada LED ligada cerca de 10 horas ainda podemos enumerar o seu arranque
por dia terá uma duração aproximada de instantâneo (as lâmpadas LED podem ser
14 anos); custos reduzidos de manutenção ligadas e desligadas vezes sem conta, sem
(elevada durabilidade, robustez e fiabilidade prejuízo do seu funcionamento, e acendem
dos sistemas a LED permitem uma redução quase instantaneamente, não necessitan-
significativa dos custos de manutenção as- do de um tempo determinado até atingirem
sociados, bem como a redução de custos o seu patamar de fluxo luminoso nominal);
com a substituição desses mesmos siste- a instalação é segura (como operam em
mas de iluminação); utilização em sistemas Baixa Tensão ou com transformadores in-
A iluminação com recurso à tecnologia LED de controlo e gestão (aliados aos sistemas corporados, a segurança dos utilizadores é
assegura uma melhor qualidade de luz, com de iluminação inteligente, a tecnologia LED maior do que nas soluções que ligam direta-
um reduzido consumo energético, maior du- aplica-se com sensores e reguladores di- mente à rede elétrica. As lâmpadas LED não
rabilidade e fiabilidade dos equipamentos máveis ou dimmers. E com sensores de lu- “queimam” porque fazee a transferência de
e, por conseguinte, com menores custos de minosidade e de presença e um sistema de calor através de dissipadores térmicos as-
manutenção associados. O compromisso gestão associado é possível, por exemplo, sociados). De destacar ainda a tecnologia

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verde visível através da proteção do ambien- oferecidos de forma flexível como um mo- tempo, têm de obter os seus serviços cloud
te porque o LED tem um feixe de luz que não delo de “IT como um Serviço” (ITaaS – “IT a partir de um datacenter na Alemanha, por
emite raios ultravioletas ou infravermelhos. as a Service”). A plataforma RiMatrix BCC uma razão ou outra.
E como não contém metais pesados como (Balanced Cloud Computing) baseada nos “A participação da Rittal está a permitir
o mercúrio ou o chumbo permite a redução, contentores ou serviços internos RiMatrix S expandir o nosso bem-sucedido modelo de
direta e indireta, da emissão de CO2 para a da Rittal, constitui a base destes serviços. negócios iNNOVO, o que inclui o desenvol-
atmosfera. Os clientes recebem um sistema chave-na­ vimento de novos designs para cloud com-
‑mão cloud computing, no qual componen- puting e a introdução de novas plataformas
tes como racks, sistemas de controlo de cloud ITaaS tal como ‘HPC como Serviço’
Formações EPLAN para 2017-2018 temperatura e fonte de alimentação estão ou ‘SAP Hana’, baseado na plataforma cloud
M&M Engenharia Industrial, Lda. disponíveis como módulos pré-definidos. BCC. Estamos muito satisfeitos por ter en-
Tel.: +351 229 351 336 · Fax: +351 229 351 338 O âmbito do fornecimento inclui o servi- contrado na Rittal um parceiro internacio-
info@mm-engenharia.pt · info@eplan.pt dor, a rede e o armazenamento como op- nalmente estratégico e muito inovador com
www.mm-engenharia.pt · www.eplan.pt ções. Além disso, o framework open source quem temos, por muitos anos, seguido in-
“OpenStack” é usado como software de tensamente as nossas estratégias comuns
Já está disponível um novo plano de forma- gestão da cloud. O resultado é um data- de cloud”, diz o Sebastian Ritz, CEO da iNNO-
ções EPLAN para o ano 2017/21018. A forma- center em cloud standard e “privado virtual” VO Cloud GmbH. A Rittal está a introduzir os
ção essencial EPLAN Electric P8, considera- adequado para aplicações standard e (em seus conhecimentos em infraestruturas de
da como o pilar de todas as formações, conta modo ITaaS) para cenários exigentes como TI e módulos de datacenters eficientes em
com várias ações ao longo do ano surgindo, computação de alto desempenho (HPC - termos de energia nestes projetos conjun-
assim, em evidência no novo calendário. Da High Performance Computing), SAP Hana tos. A iNNOVO Cloud GmbH tem muitos anos
oferta formativa fazem ainda parte ações de ou aplicações Big Data. Os clientes têm a de experiência na conceção e operação de
atualização para Engenheiros de Manuten- opção de comprar um cloud computing plataformas cloud. A Rittal tem uma partici-
ção, de Módulos, de EPLAN Pro Panel, bem modular na sua totalidade ou alugar um pação de 31% na iNNOVO cloud GmbH.
como de EPLAN Fluid. (“Datacenter como um Serviço”).
O novo plano surge como resposta à Em particular, as suas aplicações estão
crescente expansão dos serviços e aplica- nos setores Indústria 4.0 e Internet of Thin- Edição Vintage: inspirada
ções EPLAN, contemplando diferentes ofer- gs (IoT) que exigem sistemas de computa- no passado, perfeita no presente
tas formativas concebidas para acompanhar ção de baixa latência em produção, os “Edge LEDVANCE
e desenvolver as competências necessárias Datacenters”. Os datacenters baseados em Tel.: +351 214 165 860 · Fax: +351 214 171 259
aos novos desafios do mercado e dos clien- contentores também são usados ​​para da- portugal@ledvance.com · www.ledvance.pt
tes. Adotando uma metodologia de estrutu- tacenters com grandes requisitos de esca-
ras claras e processos regulamentados, com labilidade ou com densidades e eficiências
conteúdos bastante aprofundados, todos os de alta potência. “Até agora, o planeamento
programas educativos EPLAN oferecem aos e a construção de um datacenter separado
utilizadores dos diferentes softwares vastas para uma empresa tem sido um projeto mui-
possibilidades de aperfeiçoamento pesso- to individualizado que demora muito tempo,
al e profissional. Para conhecer o catálogo às vezes anos. A Rittal e a iNNOVO estão
de Formação EPLAN, consulte o website agora a oferecer aos seus clientes infraes-
www.eplan.pt, Menu Serviços – Formação – truturas de TI de rápida implementação ​​e
Catálogo de Formações EPLAN ou envie um com segurança de falhas, incluindo a gestão
email para info@eplan.pt. da cloud. As empresas estão a adaptar-se à
transformação digital e estão a usar os da-
dos como um novo fator de produção, para
Rittal no iNNOVO Cloud: obter obter novas oportunidades de receita”, diz
um datacenter como um serviço Martin Kipping, Diretor de Projetos Interna- Desde 1906 que a marca OSRAM oferece, de
completo da cloud privada cionais de TI da Rittal. forma contínua, soluções de iluminação de
Rittal Portugal O conceito BCC está a ser seguido, por qualidade e concebidas a pensar nas neces-
Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219 exemplo, no Projeto Lefdal Mine Datacenter. sidades dos seus clientes. Inspirada no estilo
info@rittal.pt · www.rittal.pt Na costa norueguesa, um cloud compu- predominante na época em que a marca sur-
ting altamente escalável e eficiente está a giu, a Edição Vintage 1906 já se encontra dis-
ser construído numa mina desativada e as ponível com soluções de iluminação estética,
novas soluções Rittal BCC estão a ser apli- com um design minimalista e linhas direitas,
cadas com a plataforma iNNOVO BCC. Os e equipadas com a mais recente tecnologia.
clientes podem, assim, trabalhar os seus O conjunto lâmpada e PenduLum Pro acres-
sistemas de TI num datacenter seguro e centam valor.
ultra-eficiente e/ou obter os recursos de TI A Edição Vintage 1906 pode iluminar
necessários como serviços de gestão. Os todo o tipo de áreas como showrooms, es-
dois parceiros também estão a construir um paços em hotéis e restaurantes, e também
parque cloud em Frankfurt. Os contentores nas habitações. É uma forma adequada de
No seguimento da sua parceria estratégi- Rittal BCC com capacidade até 200 kW es- responder ao estilo de vida dos dias atuais
ca, a Rittal e a iNNOVO Cloud GmbH estão tão a ser instalados lá. A oferta é relevante e usufruir de algumas vantagens como as
a comercializar novas soluções de infraes- para empresas que necessitam de sistemas quatro lâmpadas na forma clássica (Globo,
trutura e cloud computing. Estes estão a ser de TI de alto desempenho e que, ao mesmo Edison, Oval e Tubular), uma luz ambiente

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discreta, tecnologia de halogéneo ou a mais Grupel revela com orgulho: “o nosso stand e as soluções inteligentes projetadas para o
recente LED, garantia de 90% de economia foi um dos mais elogiados e visitados nestes utilizador profissional. Este é o lugar onde o
dos custos de energia através da tecnolo- três dias intensos. Vimos os nossos projetos foco é a eficiência energética com a utiliza-
gia LED, além da fonte de luz com fixação publicados na revista Power News do nosso ção de LEDs de última geração e tecnologia
versátil garantido pelo design da PenduLum fornecedor (a conceituada marca de moto- de sensor. A Züblin é a escolha número 1 do
Pro. res Perkins) e durante a exposição centenas mundo como fornecedora de uma linha com-
A Edição Vintage 1906, além de atrativa de pessoas acederam à aplicação móvel da pleta de sistemas de controlo de iluminação
e eficiente, também é prática devido ao cabo feira para solicitarem mais informações so- eficiente automatizada.
extra longo revestido a tecido e às várias op- bre a Grupel. Causámos furor, gerámos in-
ções de suspensão, as PenduLum Pro que teresse e estabelecemos vários contactos
iluminam exatamente onde a luz é neces- com vista à realização de novos negócios Quadros de distribuição JSL
sária. Além disso ainda se carateriza pelo que permitirão levar não só a nossa marca JSL – Material Eléctrico, S.A.
suporte em alumínio anodizado em preto ou mas também um bocadinho de Portugal, a Tel.: +351 214 344 670 · Fax: +351 214 353 150
dourado, um design industrial minimalista e todos os cantos do mundo.” Terminada a fei- Tlm.: +351 934 900 690 · 962 736 709
autenticidade dos materiais, sem esquecer o ra, a Grupel já pensa na próxima edição de info@jsl-online.net · www.jsl-online.net
cabo extra longo e o fio para formas de sus- 2018 de forma a assegurar a sua presença
pensão flexíveis. e consolidar a sua posição como um dos fa-
bricantes líderes a nível mundial no sector da
geração de energia.
Grupel faz sucesso na Feira
Middle East Electricity no Dubai
Grupel S.A. – energy everywhere Pronodis com nova representada:
Tel.: +351 234 790 070 · Fax: +351 234 920 670 Züblin
www.grupel.eu Pronodis – Soluções Tecnológicas, Lda.
Tel.: +351 234 484 031 · Fax: +351 234 484 033 Os quadros de distribuição JSL, com capaci-
pronodis@pronodis.pt · www.pronodis.pt dades para 5, 9, 11, 24, 26 e 40 módulos de
/pronodissolucoestecnologicas.pronodis disjuntores, foram concebidos para difíceis e
exigentes condições de trabalho: estaleiros,
obras, túneis, instalações portuárias, entre
outros.
Todos os componentes são fabricados
com materiais de alta qualidade, permitindo
alcançar Classe II de isolamento e uma ótima
resistência ao impacto e às agressões exte-
riores de corpos sólidos e água. O quadro de
distribuição é constituído por um fundo, mol-
A Grupel, empresa de produção de gera- dura e tampa e é fornecido com calhas DIN
dores a diesel em Portugal, faz um resumo A Pronodis informa que passou a represen- e porta-etiquetas autocolantes. É fornecido
positivo da sua presença na edição de 2017 tar, em regime de exclusividade em Portugal, com um dispositivo de selagem para o dife-
da prestigiada Feira Middle East Electricity uma nova marca de detetores – Züblin – uma rencial e limitador de potência do fornecedor
(MEE), que decorreu entre os dias 14 e 16 marca suíça do grupo NIKO. A Züblin é uma de energia. De acordo com as Normas: IEC
de fevereiro, no Dubai. Esta é a principal ex- referência no mercado ao nível da deteção e 60439, EN 50298, EN 60439-3, EN 62208, EN
posição da região para a indústria de ener- iluminação e disponibiliza uma vasta gama 60529 e EN 62262.
gia, abrangendo a produção, transmissão de produtos de qualidade, uma caraterística
e distribuição de energia elétrica, incluindo em comum com a Pronodis.
os setores de energia renovável e nuclear e Pela tendência do mercado português, a Phoenix Contact esteve presente
indústria da iluminação. Foi com uma expe- aposta numa marca tão competitiva como nas Jornadas de Engenharia
tativa elevada que a Grupel exibiu as suas a Züblin em termos de qualidade e preços, Eletrotécnica do ISEL
soluções de engenharia aplicadas ao setor tornam-na numa mais-valia, tendo assim Phoenix Contact, S.A.
da geração de energia na MEE 2017 Dubai, sempre agregada o serviço de apoio e ga- Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769
expetativas que não saíram defraudadas. A rantia dada pela empresa Pronodis. A Züblin www.phoenixcontact.pt
empresa apresentou-se com um stand pró- é parceira em KNX e DALI, em detetores de
prio que se caraterizou pelo design arrojado, presença, sendo assim um sistema com a
aliado à funcionalidade e à arte de bem rece- máxima eficiência energética.
ber, tão típica dos portugueses. A Züblin é detentora de uma vasta gama
Nesta edição da MEE (Dubai), a Gru- de produtos como detetores de presença,
pel demonstrou que a sua energia está em detetores de movimento, detetores de alta
toda parte, apresentando ao vivo geradores frequência, detetores de infravermelhos, de-
a diesel e a gás de alta qualidade. O grande tetores de dupla tecnologia, detetores DIM,
interesse dos visitantes não se fez esperar detetores DALI, detetores KNX, detetores
e a afluência ao stand foi significativa, dei- 24 V, iluminação com sensor, iluminação LED
xando francamente satisfeitos todos os que com e sem sensor, projetores LED com e sem
integraram a equipa que representou a em- sensor, iluminação de alta frequência, entre O ISEL realizou, em 2017, as Jornadas
presa. João Pintado, Diretor de Marketing da outros. A marca Züblin abrange os produtos de Engenharia Eletrotécnica de Energia e

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Automação nos dias 15 e 16 de março, com o Steinel Professional tanto para os utilizadores particularmente ativo, com a participação nas
objetivo de proporcionar aos alunos um con- finais como os profissionais. principais feiras mundiais (Ligth and Building,
tacto mais directo com as marcas e conhe- Agora que a Steinel e F.Fonseca estão em Frankfurt, EFICAM, em Madrid, e 3.º Salón
cerem melhor os produtos e soluções na área novamente juntas, a F.Fonseca garante que Navarro Inmobiliário, em Pamplona), trabalho
da tecnologia de automação e energia. os clientes podem contar com um parceiro complementado com diversas ações junto
A Phoenix Contact esteve presente nas revigorado, cheio de motivação e conheci- de clientes. Recorde-se que a EFAPEL tem a
palestras com o tema “Indústria 4.0 – A pro- mento, assente em recursos humanos es- sua própria equipa de ciclismo a disputar as
dução do amanhã”. Ao mesmo tempo que pecializados, conhecedores do mercado, principais provas velocipédicas nacionais e
decorriam as palestras, a Phoenix Contact aplicações e soluções existentes. E para patrocina a equipa de futebol da Académica
apresentou no seu espaço de exposição o ajudar a F.Fonseca pedem que lhes transmi- de Coimbra.
programa de automação Academia Edunet, tam as suas necessidades de acordo com a
resultado da parceria com o ISEL, e o concur- especificidade do seu negócio porque acre-
so internacional xplore 2018 New Automation ditam que juntos serão ainda mais fortes e FREZITE distinguida
Award, destinado a grupos de alunos com competitivos com Troféu OE | 80 anos
interesse pela tecnologia de automação. Pro- FREZITE – Ferramentas de Corte, S.A.
fessores e alunos foram desafiados pela Pho- Tel.: +351 252 400 360 · Fax: +351 252 417 254
enix Contact a apresentar uma candidatura EFAPEL cresce 8% e constrói novo info@frezite.com · www.frezite.com
com uma ideia inovadora. As candidaturas módulo em Serpins
que passarem à segunda fase terão apoios EFAPEL – Empresa Fabril de Produtos Eléctricos, S.A.
para o desenvolvimento do projecto (mais Tel.: +351 239 970 130 · Fax: +351 239 970 137
informações em www.phoenixcontact.com/ efapel@efapel.pt · www.efapel.pt
xplore). Os alunos do ISEL que concorrerem
poderão ainda utilizar o equipamento da Aca-
demia Edunet.

Steinel regressa à F.Fonseca


a 1 de abril de 2017
F.Fonseca, S.A.
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 A EFAPEL, fabricante nacional de aparelha-
ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com/steinel gem elétrica de Baixa Tensão e referência do A FREZITE foi distinguida pela Ordem dos
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda mercado em Portugal, fechou o ano de 2016 Engenheiros (OE), por ocasião das comemo-
com vendas de 30,2 milhões de euros, o que rações dos seus 80 anos, como um dos 12
representa um aumento de 8% em relação ao casos mais emblemáticos da engenharia das
anterior exercício. Mais de 30% deste valor últimas oito décadas em Portugal – um por
corresponde a vendas no mercado externo, cada uma das 12 especialidades de engenha-
designadamente em países da Europa, Médio ria estruturadas na Ordem.
Oriente e América Latina. A exportação man- A cerimónia de entrega de prémios decor-
tém-se como vetor fundamental da estraté- reu no Convento do Beato, em Lisboa, na noi-
gia de crescimento da empresa de Serpins, te de 26 de novembro, contando com a pre-
no concelho da Lousã, que em 2015 criou sença do Ministro do Ambiente, João Pedro
uma subsidiária em Espanha, a EFAPEL- So- Matos Fernandes, e do Secretário de Estado
luciones Eléctricas, S.L. O investimento de 3,8 do Ambiente, Carlos Martins.
É com muito orgulho que passados 12 anos milhões de euros em ativos fixos representa a Distinguida na área da Engenharia Mecâ-
a F.Fonseca reconquista a parceria com a determinação da empresa em explorar todas nica, a FREZITE esteve representada pelo seu
marca Steinel, sendo o seu representante as potencialidades detetadas no mercado, fundador e Presidente do Conselho de Admi-
oficial em Portugal desde o dia 01 de abril nomeadamente o reconhecimento dos pro- nistração, José Manuel Fernandes.
de 2017. A história de ambas as empresas dutos EFAPEL e o crescente aumento da sua As comemorações dos 80 anos da OE
remonta há cerca de 40 anos, atualmente procura. contaram ainda com a adesão dos repre-
revigoradas com o acumular de experiên- A construção do novo módulo, já iniciada sentantes máximos da engenharia de 12
cias, conhecimento, maturidade e evolução em janeiro de 2017 e de conclusão prevista países.
tecnológica. para novembro, responde justamente ao au- Apostando em engenharia de soluções
Fundada em 1959, a Steinel tem evoluí- mento da exigência, tanto do ponto de vista para ferramentas de corte com aplicações
do de forma consistente, passou de pioneira da produção como da logística. Este é já o nas indústrias da transformação de madeira,
a uma referência em inovação e tecnologia, quarto módulo da fábrica de Serpins, a que plásticos, metais e compósitos, o Grupo FRE-
para os mercados de iluminação controlada acresce ainda um polo situado na Lousã. O ZITE trabalha essencialmente para os seto-
por sensores e ferramentas de ar e cola quen- investimento em IDI (Investigação, Desenvol- res do mobiliário, automóvel, aeroespacial e
te. A marca é responsável pela criação de vimento e Inovação) representou a verba de moldes.
produtos inovadores e inteligentes reconhe- 760 000 €. Na área de Recursos Humanos, O seu percurso tem vindo a ser reconhe-
cidos mundialmente, sendo estes pensados e a que a EFAPEL atribui muita importância, cido no e pelos mercados. Em 2011, a FREZI-
concebidos em centros de desenvolvimento manteve-se o investimento em formação e TE conquistou o prémio Internacionalização
próprios na Alemanha, República Checa e Su- foram contratados 12 colaboradores, para na categoria PME. Em 2014 foi distinguida
íça. Atualmente os produtos e soluções Stei- as áreas de Engenharia, Comercial e Produ- com o Prémio EY International Entrepreneur
nel estão disponíveis sob as marcas Steinel e ção. O Departamento de Marketing esteve Of the Year, a que se vem juntar agora este

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Troféu OE pela sua expressão na área da En- à regulamentação CPR. Por exemplo, o en- Além da arquitetura e equipamento mo-
genharia Mecânica. saio segundo a Norma EN 50399, relativo dernos, o especialista em engenharia elétrica
Recorde-se que na sua estrutura de in- à medição da emissão de calor e produ- também está a dar relevância à eficiência na
ternacionalização, o Grupo FREZITE, funda- ção de fumos em cabos durante o teste de tecnologia energética de construção do CTC,
do há cerca de quatro décadas, conta com propagação da chama. Também o ensaio que irá assegurar operações sustentáveis. Por
empresas próprias em oito países: Portugal, segundo a Norma EN 60754-2, de deter- exemplo está prevista a utilização de energia
Brasil, Alemanha, República Checa, Polónia, minação do pH e condutividade, e o ensaio geotérmica para reduzir de forma substancial
Espanha, Reino Unido e México. Com sede segundo a Norma EN 60332-1-2, relativo à a energia consumida para o aquecimento e
na Trofa, no distrito do Porto, exporta os seus resistência à propagação vertical da chama arrefecimento. Além do CTC, a Weidmüller
produtos e tecnologias para mais de 50 paí- num monocondutor ou num cabo. Ainda, o também irá construir um centro de inovação
ses nos cinco continentes. ensaio segundo a Norma EN 61034-2 que ligado à Universidade em Paderborn, que foi
mede a densidade dos fumos emitidos por concebido para fortalecer as competências
cabos em combustão. de desenvolvimento da Weidmüller e expan-
Laboratórios de ensaio dir ainda mais a rede de trabalho com univer-
de fogo da General Cable sidades, institutos e centros de investigação
obtêm a acreditação ENAC Weidmüller fortalece fábrica com da região. Como especialistas experientes, a
para ensaios CPR Centro Tecnológico & de Cliente Weidmüller apoia os seus clientes e parceiros
General Cable Portugal Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. em todo o mundo com produtos, soluções
Tel.: +351 219 678 500 · Fax: +351 219 271 942 Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 e serviços na indústria da energia, de sinais
info@generalcable.pt · www.generalcable.pt weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt e de dados, e para isso mantêm-se muito
próximos e em contacto direto com as suas
indústrias e mercados para conhecer me-
lhor os seus desafios e necessidades. Nesse
seguimento desenvolvem continuamente so-
luções inovadoras, sustentáveis e úteis para
responder às suas necessidades, e assim
criam standards na Industrial Connectivity.

O Grupo Weidmüller iniciou os trabalhos de 10.º Aniversário da “Corrida


construção do seu Centro Tecnológico & de CIRCUTOR – MONTSERRAT”
A General Cable, empresa no setor de cabos Cliente (CTC), depois de assinar um acordo CIRCUTOR, S.A.
a nível internacional, obteve a acreditação com o empreiteiro Köster GmbH para a im- Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072
ENAC (em conformidade com a ISO 17025) plementação conjunta do grande projeto de www.circutor.com
para o seu laboratório de ensaio de fogo em construção no final do mês de novembro. O
Espanha (na unidade fabril de Manlleu), o que novo complexo do edifício terá uma área to-
lhe confere o aval necessário para a realiza- tal de quase 12 000 metros quadrados e será
ção de ensaios CPR. Na Europa, o número um espaço para mais de 400 empregados.
de instalações acreditadas para a realiza- A construção do CTC permitirá à Weidmüller
ção destes testes é muito reduzido. As DoP fortalecer a sua sede em Ostwestfalen-Lippe,
(Declarações de Desempenho) exigidas pela e a inauguração está prevista para o primeiro
regulamentação CPR obtêm-se somente semestre de 2017.
através de empresas certificadoras oficiais, A Weidmüller encara a expansão da fá- Cerca de 1000 pessoas participaram a 01
que podem subcontratar os ensaios de fogo brica em Detmold como uma decisão estra- de outubro na 10.ª edição da “Corrida CIR-
a laboratórios com acreditação ENAC, como tégica: “o nosso CTC é um componente im- CUTOR – MONTSERRAT”. Desde 2007 que
os da General Cable. portante para a sustentabilidade da fábrica todos os trabalhadores do Grupo CIRCUTOR
A acreditação ENAC certifica que os en- em Detmold, tal como a Weidmüller surgir organizam esta corrida não competitiva,
saios de fogo são realizados de acordo com como empregador”, explicou Peter Köhler, desde as instalações da CIRCUTOR até ao
critérios de qualidade, repetibilidade e re- Diretor Executivo do Grupo Weidmüller. “As Mosteiro de Montserrat. Tudo começou em
produtibilidade. A ENAC reconhece a com- tendências tecnológicas como a digitaliza- 2007 como um ideia entre colegas de tra-
petência técnica do laboratório, e a acre- ção e Indústria 4.0, bem como a internacio- balho e que superou todas as expetativas
ditação que concede permite garantir os nalização contínua dos nossos mercados e iniciais e que contabilizou na 1.ª edição com
resultados dos testes e o respetivo reconhe- clientes, obrigam-nos a um trabalho em rede a participação de cerca de 75 pessoas, atu-
cimento internacional. Certifica-os também global e a adotar uma abordagem interdisci- almente evoluiu e em 2016 somou cerca de
perante clientes e outras entidades. Durante plinar. O nosso novo edifício irá ajudar-nos 1000 participantes.
a auditoria realizada pela ENAC é avaliada a a alcançar este novo objetivo.” Algumas par- A organização desta “Corrida CIRCUTOR-
competência técnica do pessoal, a valida- tes do novo edifício também estão previstas MONTSERRAT” tem, ano após ano, reforça-
de e adequação dos métodos de ensaio, a para ser um centro do cliente. Jörg Timmer- do a sua infraestrutura e organização, com
rastreabilidade das medições e calibrações mann, Diretor Financeiro do Grupo Weidmül- a ótima ajuda dos voluntários responsáveis
às normas, assim como a manutenção e ler, acrescentou que “o nosso objetivo é fa- pela sua organização do Grupo CIRCUTOR.
conformidade dos equipamentos de en- zer a nossa marca, a nossa força inovadora Esta é uma organização que permitiu conver-
saio. Por ter a acreditação ENAC, o labora- como um fornecedor de soluções e o nosso ter este evento numa data fixa no calendário
tório de ensaios de fogo da General Cable foco é tornar acessível o novo edifício a visi- que mobiliza, anos após anos, cada vez mais
pode realizar todos os ensaios associados tantes de todo o mundo.” participantes.

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A corrida começa às 7.30 horas das ins- reduzido e um menor peso comparados com e a partilha de conhecimentos entre os co-
talações da CIRCUTOR, percorrendo 21,5 km as suas versões equivalentes de NiCd. Com laboradores e os reformados do Grupo. Os
com uma elevação de 1301 metros, e ter- estas baterias os fabricantes podem oferecer participantes voluntários treinarão os empre-
mina na Praça de Sant Jordi do Mosteiro de uma maior voltagem e maior capacidade e, endedores em competências de eletricidade
Montserrat. O Padre Ignasi M. Fossas, prior portanto, um tempo de funcionamento mais e gestão, ao mesmo tempo que ajudarão a
de Montserrat, assistiu ao ato de celebração amplo sem aumentar o peso ou o tamanho. desenvolver os seus protótipos. A Energy Ge-
do 10.º Aniversário desta travessia, junta- neration pretende selecionar 10 empreende-
mente com o Presidente do Grupo CIRCU- dores para o seu programa em 2016, 20 em
TOR, Ramón Pons e Ramón Comellas, rece- Schneider Electric 2017 e 30 em 2018.
bendo os participantes com um bolo gigante e a sua Fundação promovem
comemorativo do 10.º Aniversário desta o empreendedorismo
travessia. energético em África 24 horas de sol na GENERA 2017
Schneider Electric Portugal com a GENERA
Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101 Fronius España S.L.U.
RS Components distribui pt-comunicacao@schneider-electric.com Tel.: +34 916 496 040 · Fax: +34 916 496 044
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com baterias de lítio-ião
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A Schneider Electric, com a sua Fundação, A Feira Internacional de Energia e Meio Am-
estabeleceram uma parceria com a Energy biente – GENERA decorreu de 28 de fevereiro
Generation, uma organização sem fins lu- a 3 de março com todas as tendências e novi-
crativos, para promover e desenvolver pro- dades do setor fotovoltaico. A Fronius ocupou
jetos de acesso à energia idealizados por um stand com as suas últimas inovações. O
A RS Components distribui novas ferramen- jovens africanos empreendedores. A Energy sistema de autoconsumo Fronius Energy Pa-
tas elétricas que utilizam baterias lítio-ião Generation identifica, desenvolve e distribui, ckage ocupou novamente um lugar de desta-
(Li-ião), de fabricantes de referência como massivamente, soluções africanas de eletri- que. Composto pelo Fronius Symoi Hybrid, a
Bosch, DeWALT e Makita. Estas ferramentas ficação, apoiando, simultaneamente, jovens Fronius Solar Battery e o Fronius Solar Battery
elétricas são adequadas para substituir as empreendedores africanos. Com base em e o Fronius Smart Meter, este sistema cumpre
ferramentas com baterias de níquel-cádmio Lomé, Togo, a organização atua em duas ver- com a visão de “24 horas de sol” da Fronius
(NiCd). Anteriormente, a vantagem deste tipo tentes: criou o Africa Energy Generation Prize, que maximiza o autoconsumo da energia
de baterias era que as baterias de NiCd man- um concurso pan-africano para criadores de disponível e consegue um maior grau de in-
tinham uma tensão de saída constante até soluções não convencionais de geração de dependência relativamente ao fornecimento
que estivessem quase completamente es- energia. Para o primeiro prémio em 2016, 40 energético. Como caraterística inovadora, a
gotadas, enquanto a tensão oferecida pelas “embaixadores” deslocaram-se a África para Fronius adicionou um inversor Fronius Symo
baterias de tipo alcalino ou de chumbo-ácido descobrir projetos inovadores, tendo resul- a este sistema, através do acoplamento AC,
diminuiria junto da descarga da bateria. tado na apresentação de 40 projetos de 16 mostrando a flexibilidade e a diversidade da
Mas o cádmio utilizado neste tipo de ba- países e na seleção de 10 empreendedores. potência que permite o Fronius Energy Pa-
terias é carcinogénico e altamente tóxico, o Adicionalmente, a associação criou a Energy ckage e uma completa compatibilidade com
que tem um impacto no ambiente. A Direti- Generation Academy, uma incubadora com os produtos Fronius. Uma vez que as instala-
va da UE/2013/56 sobre as baterias incluía sede em Lomé, que proporciona aos 10 em- ções fotovoltaicas em Espanha cumprem já
anteriormente uma isenção para as baterias presários selecionados o apoio, durante um há muitos anos com as normas, os proprietá-
de NiCd usadas nas ferramentas elétricas. ano, para desenvolver os seus projetos, co- rios das mesmas podem atualizá-las de uma
No entanto, esta isenção foi suprimida a 31 nhecimentos técnicos e as suas capacidades forma rentável, eficiente e simples. Perante
de dezembro de 2016, o que significa que as de gestão. esta situação e as sucessivas mudanças da
baterias de ferramentas elétricas de NiCd já No âmbito do seu programa de Acesso à norma que afeta estas instalações, muitos
não estarão no mercado. As baterias de Li- Energia e de Empreendedorismo, a Schneider dos proprietários pensam que estas mudan-
ião não podem ser substituídas com bate- Electric apoia a organização do Africa Energy ças não só estão proibidas como também es-
rias de NiCd, sendo assim necessária uma Prize através da sua Fundação e comprome- tão previstas na legislação. O Projeto Revam-
atualização da ferramenta elétrica. As van- te-se a contribuir para o desenvolvimento da ping, renovação dos sistemas fotovoltaicos
tagens das baterias do Li-ião passam por incubadora em Lomé, como ao equipar os mediante a substituição de equipamentos
não afetarem a memória; praticamente não laboratórios técnicos e disponibilizar con- antigos, surge como uma solução para esta
se autodescrregam; tendo capacidade para teúdos de formação. A Schneider Electric situação. A Fronius oferece todo o apoio téc-
serem recarregadas em qualquer momento, Teachers, uma associação sem fins lucrati- nico para este tipo de projetos.
independentemente do estado atual de car- vos fundada pela Schneider Electric e a sua A sofisticada gama de inversores Fronius
ga. Além disso possuem um tamanho mais Fundação, promoverá o trabalho voluntário SnapINverter esteve distribuída por diferentes

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zonas e projetos apresentados no stand. Os LEDVANCE vence Prémio em 1895 em Lisboa, no bairro do Chiado, a
requisitos técnicos de cada um dos modelos “Fornecedor do Ano 2016” poucos metros do Teatro S. Carlos, a Palis-
SnapINverter estão concebidos para cumprir da AGEFE sy Galvani – Electricidade, S.A., comemo-
com os requisitos dos sistemas fotovoltaicos LEDVANCE rou em março de 2017 o seu aniversário.
de hoje e de amanhã. E isto garante a máxi- Tel.: +351 214 165 860 · Fax: +351 214 171 259 Um longo caminho que acompanhou a ex-
ma flexibilidade na planificação da instalação, portugal@ledvance.com · www.ledvance.pt pansão da eletricidade desde quase o seu
sendo possível utilizar a geração SnapINver- início. Foi apenas quatro anos antes que foi
ter para qualquer tipo de sistema fotovoltaico, criada a CRGE em Lisboa, uma das empre-
desde casas unifamiliares até grandes insta- sas que após o 25 de abril daria origem à
lações fotovoltaicas, uma vez que oferecem atual EDP.
potências desde 1,5 a 27 kW. Estes inversores Desde o início que usou a marca comer-
são os mais indicados tanto para as instala- cial Palissy Galvani, devido aos seus funda-
ções de autoconsumo como as híbridas, res- dores terem querido homenagear dois cien-
pondendo às necessidades atuais do merca- tistas, Bernard Palissy e Luigi Galvani. Em
do espanhol. referência às experiências de Galvani sobre
eletricidade animal – algumas das quais
A LEDVANCE foi a vencedora do Prémio de eram replicadas no ensino liceal em Portugal
Nova RAPID 45: nova gama Fornecedor do Ano 2016 na Categoria de Ilu- durante muitos anos – a empresa escolheu
de calhas técnicas minação. Pelo quarto consecutivo a AGEFE uma rã para ser o seu logótipo desde 1895.
para eletrificação levou a cabo um inquérito junto da secção Os colaboradores, reformados e stakeholders
OBO BETTERMANN – Material para Instalações de Grossitas/Distribuidores de Material para da empresa celebraram mais este aniversá-
Eléctricas, Lda. atribuição do prémio “Fornecedor do Ano”, rio, em conjunto, no passado dia 31 de março
Tel.: +351 219 253 220 · Fax: +351 219 151 429 entregue durante o XI ENCONTRO AGEFE de num ambiente fraterno e de muita confiança
info@obo.pt · www.obo.pt Material Elétrico, que teve lugar nos dias 23 e no futuro.
24 de março de 2017 em Ílhavo.
O objetivo deste prémio é distinguir as
empresas fornecedoras, que na perspetiva Publindústria publica livro sobre
dos distribuidores introduzem mais valor na subestações
sua relação com a distribuição. Os prémios Publindústria, Edições Técnicas, Lda.
são atribuídos nas seguintes categorias: Tel.: +351 225 899 620 · Fax: +351 225 899 629
Cabos, Iluminação, Material de Instalação, engebook@publindustria.pt · www.publindustria.pt
Distribuição de Energia e Indústria. A classifi-
cação contempla critérios como a Política de
Distribuição, Rentabilidade/Geração de Valor
e Oferta/Nível de Serviço.
Design funcional e apelativo, montagem fácil Esta distinção é muito importante para a
e rápida, sistema Plug-in, acabamentos per- LEDVANCE, uma vez que foram eleitos pela
feitos, tonalidade mate em PVC, branco puro maioria dos Armazenistas/Grossistas asso-
e cinzento claro, IK08 e IP40 com acessórios ciados na AGEFE (que representam mais de
são algumas das caraterísticas da nova RA- 75% do mercado elétrico em Portugal). Este
PID 45. A sua elevada qualidade com acaba- foi o terceiro ano que foi atribuído este prémio
mento mate e acessórios precisos permitem à LEDVANCE, no entanto a novidade deste
um acabamento final elegante, leve e moder- ano é que foram distinguidos pela primeira
no de grande agradabilidade estética. É um vez como LEDVANCE. A Publindústria, através da chancela Enge-
sistema que diferencia e valoriza qualquer book, editou a obra “Subestações: Projecto,
ambiente onde seja necessário utilizá-lo. Construção, Fiscalização”, de Manuel Boloti-
Com perfis simétricos e dimensões Palissy Galvani celebra 122 anos nha. Esta obra pretende ser uma ferramenta
adaptadas ao tipo de instalação a realizar, Palissy Galvani, Electricidade, S.A. de fácil consulta para os engenheiros e técni-
apresenta um completo e racional conjunto Tel.: +351 213 223 400 · Fax: +351 213 223 410 cos que se dedicam ao projeto, coordenação
de acessórios. A montagem de aparelhos é info@palissygalvani.pt · www.palissygalvani.pt de montagem e fiscalização de subestações,
realizada de forma simples e segura através apresentando os documentos normativos e
do sistema Plug-in. Adaptada para todos os regulamentares, as configurações e os prin-
tipos de projetos, desde pequenos escritó- cípios básicos das subestações, os trabalhos
rios até grandes edifícios de serviços, per- a realizar, os processos construtivos, ferra-
mite a instalação de redes de energia, co- mentas e meios de montagem e os sistemas
municações e dados, complementada com e equipamentos que integram as subesta-
tomadas apropriadas, de elevada qualidade ções e respetivas caraterísticas técnicas.
para cada tipo de utilização. A nova RAPID Manuel Bolotinha licenciou-se em 1974
45 é um produto com um elevado potencial, em Engenharia Eletrotécnica no Instituto
com um preço ajustado e um valor seguro Superior Técnico, onde foi Professor Assis-
para os seus projetos e negócios: um sis- Todos os anos, com a chegada da primave- tente, e atualmente tem desenvolvido a sua
tema simples, competitivo e de qualidade. ra, a empresa comercial considerada como atividade profissional nas áreas do projeto,
Também disponível em alumínio, em branco a mais antiga do ramo elétrico em Portugal, fiscalização de obras e gestão de contratos
puro e anodizado. comemora mais um aniversário. Fundada de empreitadas de instalações elétricas, não

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só em Portugal, mas também em África, na chave configuráveis individualmente ajudam Bresimar: Distribuidor
Ásia e na América do Sul. É autor de diver- a proteger contra possíveis problemas de li- autorizado Fluke Networks
sos livros, tais como “Manual Distribuição de gação de rede. A Weidmüller apoia clientes Bresimar Automação, S.A.
Energia Eléctrica em Média e Baixa Tensão”, e parceiros em todo o mundo com produtos, Tel.: +351 234 303 320 · Fax: +351 234 303 328/9
também editado pela Publindústria. Este li- soluções e serviços no ambiente industrial de Tlm.: +351 939 992 222
vro enquadra-se num grupo de edições téc- energia, sinal e dados. A empresa desenvolve bresimar@bresimar.pt · www.bresimar.com
nicas da Engebook na área da eletrotecnia soluções inovadoras, sustentáveis e úteis que
e poderá ser adquirido no portal da livraria estabelecem padrões de conetividade indus-
www.engebook.com. trial e trabalham continuamente para forne-
cer soluções para os desafios tecnológicos
do futuro. O Grupo Weidmüller possui fábri-
Vencedor do prémio 2017 cas, empresas de vendas e representantes
Engineers ‘Choice: condicionador em mais de 80 países.
de sinal analógico ACT20P-PRO
DCDC II da Weidmüller
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Automatização descentralizada:
Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 poupança de energia e de custos A Bresimar Automação é, oficialmente, a par-
weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt operacionais tir de março, Distribuidor Autorizado da mar-
ABB, S.A. ca Fluke Networks em Portugal continental e
Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390 Ilhas. A marca Fluke Networks apresenta um
marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt portefólio de produtos e soluções para Insta-
lação, Teste, Certificação e Calibração de re-
des em Cabo de Cobre e Fibra Ótica.
Os profissionais responsáveis por Proje-
tar, Instalar e Certificar redes de cabos es-
truturadas para os seus clientes, enfrentam
grandes desafios e ao mesmo tempo que
As soluções ABB para a automatização de encontram enormes oportunidades no mer-
A Weidmüller anunciou que o seu novo con- quartos de hotel garante que a iluminação, cado, são responsáveis por garantir elevados
dicionador de sinal analógico, ACT20P-PRO o aquecimento e a refrigeração dos quar- padrões de qualidade nos serviços que ofere-
DCDC II, foi selecionado para receber o prémio tos são operadas de forma eficiente, e ao cem. A Fluke Networks dispõe das melhores
“2017 Engineers ‘Choice Award” na categoria mesmo tempo permite uma poupança de ferramentas para o apoiar e tornar simples
de “Integração de Rede - Condicionamento custos operacionais. As soluções de auto- esta tarefa.
de Sinal”, da revista “Control Engineering”. O matização ABB garantem que o controlo de A Bresimar Automação, empresa de refe-
ACT20P-PRO DCDC II encontrava-se entre todas as condições dos quartos – seja ilu- rência no setor, em venda e suporte técnico de
os mais de 100 produtos finalistas que foram minação, estores, aquecimento ou  refrige- equipamentos Fluke Industrial, disponibiliza-
avaliados por profissionais de automação ração – é realizado da forma mais eficiente, lhe de igual modo toda a gama Fluke Networks.
para o avanço tecnológico, serviço à indús- o que permite economizar custos operacio- Pode conhecer mais em www.bresimar.pt
tria e impacto no mercado. “Na Weidmüller nais e melhorar o ambiente geral do espaço. ou http://pt.flukenetworks.com/k, ou assistir
esforçamo-nos constantemente para desen- Cada quarto é controlado automaticamente à sessão técnica (webinar) que a Fluke Ne-
volver produtos inovadores e práticos para os com base na luminosidade e nas condições tworks e a Bresimar Automação irão organi-
nossos clientes. Este tipo de reconhecimen- climatéricas do exterior, garantindo simpli- zar a 20 de abril sobre “Certificação em Redes
to por parte da indústria vem confirmar que cidade de operação para o hóspede  e me- de Cobre e Fibra Ótica + Ethernet Industrial”.
estamos no caminho correto”, disse Bruce nos dores de cabeça para os gerentes da
Hofmann, Diretor de Marketing e Desenvolvi- unidade hoteleira.
mento de Negócios. O portefólio da ABB apresenta vários Electro Siluz apresenta novas
O ACT20P-PRO DCDC II da Weidmüller é dispositivos que podem ser  facilmente ins- soluções na área da Iluminação
um dispositivo analógico de entrada flexível talados nas várias vertentes do edifício, Electro Siluz
e universal que oferece um isolamento se- como debaixo do soalho, por cima do teto ou Tel.: +351 225 420 350 · Fax: +351 225 401 208
guro e uma conversão precisa de sinais de mesmo no próprio equipamento ou em qua- comercial@electrosiluz.pt · www.electrosiluz.pt
corrente e tensão para aplicações que variam dros elétricos. Tudo para garantir o controlo
do painel de controlo da máquina à auto- mais adequado do ambiente e conforto da
mação do processo e tecnologia de energia divisão. As vantagens passam pelo contro-
de combustível fóssil. O dispositivo fornece lo  simplificado das condições dos quartos,
aos utilizadores a capacidade de medir, iso- a redução nas falhas de instalação devido à
lar e converter sinais de uma faixa máxima localização privilegiada do dispositivo, a ins-
de ± 300 VDC ou ± 100 mA e qualquer valor talação mais rápida graças à simplicidade
intermediário. A configuração é simples gra- da cablagem, o controlo automático do am-
ças ao visor frontal integrado, exclusivo do biente dos quartos para uma operação efi-
ACT20P-PRO DCDC II. O módulo pode ser ciente da energia, uma rápida identificação A Electro Siluz apresenta um novo parceiro
configurado e os ajustes feitos através des- de avarias nos quartos e uma manutenção para o mercado nacional de soluções inte-
te visor frontal, ou através dos interruptores simplificada, e ainda uma redução de custos ligentes de iluminação baseados no pro-
DIP adicionais, todos num compartimento no planeamento e instalação, devido à tipo- tocolo Dali. A Lunatone nasceu em 1993
compacto de 12,5 mm (0,5”). Os plugs com logia descentralizada. em Vienna, na Áustria, e especializou-se no

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42 notícias

desenvolvimento de equipamentos e solu- igualmente acompanhado por uma cassete diferentes propostas como os sistemas
ções DALI para uma iluminação customizada de etiquetas D1 para principiantes (24 mm de carregamento de veículos elétricos. Em
e de alta performance. x 3 m, preto sobre branco), mas os utiliza- 2017, a GENERA decorreu em simultâneo
A alta qualidade dos produtos Lunatone, dores podem também comprar uma vasta com a CLIMATIZACIÓN y REFRIGERACI-
a fiabilidade, a flexibilidade e a eficiência dei- gama de etiquetas D1, entre as quais se ÓN 2017 – C&R – Feira Internacioal de Ar-
xaram uma impressão duradoura e de con- encontram as novas etiquetas resistentes Condicionado Aquecimento Ventilação, Frio
fiança total nos clientes. Desde sistemas com D1 da RS. As etiquetas resistentes D1 são Industrial e Comercial.
cablagem até sistemas de comando wi-fi ou compostas por um adesivo de resistência O perfil profissional com maior represen-
Bluetooth, as soluções Lunatone permitem industrial para garantir que as etiquetas tatividade foram as empresas instaladoras e
integrar no sistema DALI qualquer luminária, permanecem coladas sobre vários tipos de manutenção, num total de 16%, seguido
desde o simples On/Off até à regulação da in- de superfícies. Adequadas para uma apli- de consultorias e empresas de engenha-
tensidade luminosa e da temperatura de cor. cação interior ou exterior, as etiquetas re- rias para a conceção e desenvolvimento de
A Lunatone possui várias opções de fontes sistentes D1 são resistentes à água e po- projetos com cerca de 14%. Também hou-
de alimentação, equipamentos de controlos dem suportar a luz ultravioleta, o calor, a ve uma presença significativa de profissio-
e comando, interfaces e conversores. Todas humidade, as condições de congelamento nais de empresas de serviços energéticos
estas soluções DALI são personalizáveis e uma vasta gama de solventes em geral. (ESES), com um total de 7%, tal como o setor
através de um software exclusivo disponibi- São igualmente concebidas com material da arquitetura construtoras e promotoras
lizado no website, www.lunatone.at. resistente a rasgos e roturas, o que permite imobiliárias com uns significativos 8%. O
a sua legibilidade por mais tempo, mesmo amplo programa das Jornadas Técnicas que
num ambiente mais exigente. Adequadas incluiu um total de 18 sessões, reuniu 1200
Novos produtos de etiquetagem para as impressoras MobileLabeler, estão assistentes. A eficiência energética nos cen-
DYMO fáceis de utilizar disponíveis em texto preto sobre um fundo tros urbanos, as perspetivas de evolução
e resistentes branco, preto sobre laranja, branco sobre das diferentes energias renováveis, os servi-
RS Components vermelho e branco sobre preto. Estes novos ços energéticos, as novidades tecnológicas
Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038 produtos de etiquetagem reforçam a ampla no âmbito da mobilidade e as infraestrutu-
marketing.spain@rs-components.com gama existente de produtos de engenharia, ras de transporte, a utilização de renováveis
pt.rs-online.com manutenção e conservação operacional nos edifícios, o autoconsumo, entre outros,
que a RS disponibiliza, e fornecem soluções foram alguns dos temas em análise e debate
em termos de etiquetagem para ajudar a pelos principais representantes da indústria
responder às inúmeras necessidades das e das associações setoriais nas Jornadas
várias indústrias e áreas, incluindo a manu- Técnicas. Na Galeria de Inovação foram
tenção das instalações. apresentados 14 projetos inovadores cujo
foco é o desenvolvimento de serviços para
o fomento das smartgrids, a implementação
Internacionalização, inovação de novas tecnologias para a poupança e a
com energias renováveis geração de energia, ou a inclusão de ener-
e eficiência energética gia fotovoltaica e os sistemas domóticos em
marcam GENERA 2017 habitações.
IFEMA A GENERA também acolheu o primeiro
A RS Components introduziu uma nova GENERA evento do projeto Business Beyond Bor-
gama de produtos de etiquetagem DYMO Tel.: +34 902 221 515 · Fax: +34 917 225 788 ders (BBB) através de reuniões B2B, C2C e
para ajudar engenheiros, pessoal de ma- genera@ifema.es · www.genera.ifema.es B2C matchmaking. Inaugurado pelo Secre-
nutenção e fabricantes de equipamentos a tário de Estado da Energia, Daniel Navia, o
criar etiquetas de qualidade profissional. O Com um total de 10  961 visitantes profis- BBB é um evento que apenas está presente
novo DYMO MobileLabeler pode ser utiliza- sionais de 54 países e a participação de 76 em 10 feiras em todo o mundo, e no qual
do para criar facilmente etiquetas personali- empresas expositoras encerrou a GENERA participaram mais de 300 profissionais de
zadas a partir de um smartphone, um tablet, 2017 – Feira Internacional de Energia e Meio mais de 200 PMEs de 20 países inscritos
um computador Mac ® ou Windows® através Ambiente. A sua 20.ª edição, de 28 de feverei- no evento.
da aplicação gratuita DYMO Connect. A sua ro a 1 de março, reuniu os últimos desenvol-
ligação Bluetooth® oferece uma configura- vimentos e propostas no setor das energias
ção e interação rápidas com dispositivos renováveis, eficiência energética e susten- Secretário de Estado espanhol
remotos, enquanto as funções como a ve- tabilidade. A “renováveis magazine” esteve felicita Business Beyond Borders
rificação ortográfica e a conversão de voz presente. Business Beyond Borders
em texto, reduzem os erros e economizam Organizada pela IFEMA, com o apoio do info@businessbeyondborders.info
tempo. Uma grande variedade de contornos Instituto para a Diversificação e a Poupança www.businessbeyondborders.info
e tipos de letra, incluindo os mais populares de Energia (IDAE), a Feira apresentou uma
das bibliotecas de tipos de letra, permitem interessante oferta de novidades e soluções O primeiro evento Business Beyond Borders
aos utilizadores criar etiquetas precisas e de tecnológicas entre as quais se destacam as (BBB) é “uma grande iniciativa”, elogiou o
leitura fácil, de vários estilos, que podem ir relacionadas com o autoconsumo, a mo- Secretário de Estado da Energia espanhol,
até 24 mm de largura. nitorização energética, o desenvolvimento Daniel Navia, que inaugurou o primeiro
O DYMO MobileLabeler é fornecido com de projetos de geração de energia solar a evento da BBB que decorreu na 20.ª edição
um adaptador CA para carregar a bateria de grande escala, o armazenamento de recur- da GENERA, em Madrid, de 28 de feverei-
iões de lítio recarregável incorporada, um sos energéticos ou a gestão do consumo ro a 1 de março. Discursando no evento,
cabo USB e um guia de iniciação rápida. É de energia, e também se deram a conhecer o Secretário de Estado referiu: “É muito

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44 notícias

importante ter hoje esta oportunidade para África do Sul à Índia, Chile, Irão e outros, com de ligação que podem ser abertas com uma
todos nós trabalharmos juntos. Gostava de o principal objetivo de aumentar o crescimen- chave de fendas, podem rodar a 115 graus
agradecer ao Business Beyond Borders e to económico dentro e fora da Europa. É um para abrir, fixando na sua posição final. Se
ao IFEMA (Instituição de Feiras de Madrid) programa ambicioso, mas que, sabemos, necessário podem até mesmo ser removi-
pela organização do evento aqui em Ma- terá um impacto real para as PME europeias das na totalidade, e novamente colocadas
drid”. Falando especificamente sobre as que desejam expandir os seus negócios e fechadas com uma simples pressão. Os
metas energéticas da União Europeia (UE), além-fronteiras”. cantos arredondados das travessas e dos
Daniel Navia declarou: “Como todos aqui separadores da calha garantem também
presentes sabem, estamos numa fase de uma longa duração de vida útil das man-
transição para uma transformação do futu- Sistema de separação interior gueiras e cabos. As ranhuras e a escala de
ro dos nossos sistemas de energia e para da igus® revoluciona a montagem posicionamento garantem uma separação
uma mudança para sistemas mais eficien- das calhas articuladas adequada na calha articulada. Além da con-
tes e mais sustentáveis. Trata-se de um es- igus®, Lda. feção especial, o cliente pode beneficiar dos
forço comum - entre os Estados-Membros Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321 20 anos de experiência da igus® nesta área.
e as empresas envolvidas, os utilizadores e info@igus.pt · www.igus.pt A igus® oferece sistemas de calhas articula-
a sociedade em geral. É um debate muito /IgusPortugal das confecionados a partir de um fornece-
importante e encorajo-vos a participar, em dor, sejam sistemas simples ou complexos,
conjunto com o nosso Ministério, o mais desde o projeto e a conceção do sistema de
ativamente possível”. calha articulada à confeção personalizada e
O BBB é uma nova iniciativa financiada instalação no local. O sistema readychain®
pela Comissão Europeia, que ajudará as em- da igus® é a combinação adequada de ca-
presas da UE a expandirem-se a nível regional lhas articuladas e cabos adequados nas
e mundial. Ao facilitar uma série de eventos aplicações com movimento. Todos os com-
de faturamento entre empresas - Business- ponentes móveis foram desenvolvidos, tes-
to-Business (B2B), Cluster-Cluster (C2C) e tados e otimizados para trabalhar uns com
Business-to-Cluster (B2C) - nas principais os outros, em testes no laboratório da igus®.
feiras internacionais de todo o mundo, o obje- Com estes sistemas readychain®, os clientes
tivo da iniciativa é a formação de novos negó- Uma confeção rápida de uma calha articu- recebem de forma rápida um sistema fiável
cios e novas parcerias internacionais. Mais de lada poupa tempo e dinheiro, mas isso só já confecionado diretamente do fabricante,
300 participantes de cerca de 200 PME em 20 é uma vantagem se a calha articulada a incluindo a garantia. Em simultâneo, o nú-
países registaram-se no evento e decorreram ser confecionada tiver sido otimizada para mero de fornecedores e encomendas pode
cerca de 900 reuniões B2B/C2C/B2C. isso. As calhas articuladas E4.1L da igus ® ser reduzido até 75%, evitando os custos de
José Luís Bonet Ferrer, Presidente da Câ- são consideradas como as mais leves do armazenamento e processamento.
mara de Comércio espanhola, afirmou: “Foi mercado. Graças ao novo tipo de sistema
muito claro para mim que as empresas que de separadores interiores que a igus ® apre-
participavam no programa Business Beyond senta na Feira de Hannover de 2017, a sepa- Bresimar disponibiliza nova
Borders beneficiassem largamente da gama ração personalizada do interior das calhas gama de produtos AZ-Series
completa de serviços que a BBB fornece, para articuladas torna-se ainda mais fácil para o da Orientalmotor
garantir que os participantes estivessem pre- cliente. Bresimar Automação, S.A.
parados; isto incluiu assistência no desenvol- Fáceis de abrir e de preencher por am- Tel.: +351 234 303 320 · Fax: +351 234 303 328/9
vimento de uma proposta de parceria de alta bos os lados, conforme seja necessário: as Tlm.: +351 939 992 222
qualidade, pré-seleção de potenciais contac- calhas E4.1L oferecem uma ótima flexibilida- bresimar@bresimar.pt · www.bresimar.com
tos de negócio e organização de reuniões in- de na confeção. E isso é possível devido aos
dividuais entre empresas”. pormenores no desenho da calha articulada.
Federico Morán, Diretor da Fundação “O fácil acesso ao interior de ambos os la-
para o Conhecimento de Madrid - um dos só- dos, o inovador sistema de novos separa-
cios locais do evento BBB em Madrid, referiu: dores e um dos mais rápidos mecanismos
“Estamos a esforçar-nos para preencher a la- de abertura, são as caraterísticas que fazem
cuna existente entre investigação e empreen- das calhas articuladas E4.1L as mais rápi-
dedorismo e transformar ideias em negócios. das para preencher”, afirmou Michael Blass,
Eventos como o BBB, que conectam empre- Vice-Presidente do Departamento de calhas
sas que de outra forma não se cruzariam, são articuladas na igus®. Com esta calha arti-
um excelente exemplo de um meio para atin- culada, os clientes podem reduzir até 80% o
gir esse fim”. tempo de instalação.
Arnaldo Abruzzini, CEO da Eurochambres, No stand da igus®, no Pavilhão 17 da Feira
declarou: “Ficámos muito satisfeitos com a de Hannover 2017, será feita a apresentação A nova gama AZ-Series consegue um posi-
resposta à primeira iteração da iniciativa Bu- de um novo e inovador sistema de separado- cionamento absoluto sem a necessidade de
siness Beyond Borders e esperamos que os res para as calhas E4.1L, o que significa que recorrer a uma bateria contribuindo, desta
eventos futuros sejam ainda mais bem-su- agora é muito fácil inserir travessas de sepa- forma, para uma redução no custo total.
cedidos. À medida que o programa se desen- ração interior em vários níveis, conforme ne- Outras vantagens desta gama são o sis-
volve ajudará as PME europeias a ultrapassar cessário. Adicionalmente, o mecanismo de tema de controlo proprietário, ausência de
alguns dos obstáculos à internacionaliza- abertura das travessas pelo raio interior ou sensores externos e necessidade de retornar
ção dos seus negócios e a iniciar a entrada exterior assegura um preenchimento rápido ao ponto de partida e ampla gama de drivers
em novos mercados, desde a Austrália e da com cabos ou mangueiras. Estas travessas para controlo.

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46 artigo técnico

sistema de controlo de acessos


– princípios básicos Manuel Bolotinha
Engenheiro Eletrotécnico – Energia e Sistemas de Potência (IST – 1974)
Membro Sénior da Ordem dos Engenheiros
Consultor em Subestações e Formador Profissional

1. FUNÇÃO E OPERACIONALIDADE leitores, ou o próprio, no momento de abertu- As fontes de alimentação deverão dispor de
DO SISTEMA ra após um acesso autorizado, ficando todos um contacto livre de potencial, destinado a
O sistema de controlo de acessos destina-se a os leitores ou parte deles “libertados” após o gerar um alarme no sistema de detecção de
restringir e controlar o acesso a áreas especí- fecho da porta ou obstáculo de segurança. intrusão em caso de tentativa de sabotagem
ficas, deixando apenas passar pessoas previa- O sistema de controlo de acessos de- das referidas fontes.
mente autorizadas e credenciadas para o efeito. verá, no entanto, possuir capacidade “não
A autorização é determinada por progra- equipada” para, em caso da existência des-
mação do software de gestão do sistema, se- tes sistemas, disponibilizar saídas e entra- 3. CARACTERÍSTICAS
gundo critérios de diferentes níveis de aces- das de alarmes suficientes para a função de DOS EQUIPAMENTOS
so, sujeitos a horários de validação distintos. interbloqueamento. A unidade central de gestão, do tipo micro-
A credenciação é processada por intermédio processada “PC/Software”, destina-se a con-
de equipamentos específicos, que serão ana- Anti-PassBack figurar o sistema e é também utilizada como
lisados no ponto 2, dependendo o processo Este requisito é aplicado aos teclados/leito- base de dados e de memória; os equipamen-
de credenciação do nível de segurança que res/sensores posicionados nas entradas e tos de interface do sistema (equipamentos de
se pretende implementar nas diversas zonas saídas de uma mesma porta e destina-se a credenciação e semelhantes) são ligados à
com acesso restrito. inviabilizar o desbloqueio das portas e obs- UC em “BUS”, utilizando-se para esse fim um
A marcação do código, a aproximação do táculos de segurança aquando da não uti- cabo do tipo UTP 4x2x0,5, Cat. 6a.
cartão ou a leitura dos dados biométricos é lização nos dois sentidos do processo de Os equipamentos de credenciação nas
transmitida a uma unidade central que con- credenciação de um mesmo utilizador do instalações mais complexas deverão ser
firma a autorização, permitindo a abertura da sistema, impossibilitando ao seu portador a do tipo terminal inteligente devendo, em re-
porta de acesso ao espaço em causa. Por ac- entrada ou a saída do local controlado. dundância com o sistema central, ter dispo-
ção de um outro teclado, da leitura de um outro níveis todos os dados relativos ao controlo
cartão/sensor ou pela actuação numa botonei- Controlo de parque de viaturas de acessos da área a que respeitam (autori-
ra ou manípulo instalados no interior do acesso Esta função destina-se essencialmente a zações, níveis hierárquicos de acesso, códi-
controlado, será permitida a abertura da porta. contabilizar a quantidade de viaturas que en- gos de acesso, zonas horárias de validação,
O contacto magnético acoplado ao sistema tram ou saem do edifício e, quando houver dados pessoais de cada utilizador, entre ou-
dará a informação à unidade central ao leitor do ocupação total deste, sinalizar esta condição tros), trabalhar em simultâneo com o siste-
estado de posição da porta (aberta ou fechada). na sala de segurança e/ou portaria. ma de intrusão e transmitir mensagens ao
O sistema de controlo de acessos O sistema de controlo tem habitualmen- utilizador, para que, em caso de falha de
deve ser desactivado pelo SADI (Sistema te também funções associadas ao controlo comunicação entre o sistema central e os
Automático de Detecção de Incêndios), pro- das barreiras exteriores de acesso ao par- equipamentos de credenciação, o sistema
cedendo ao desbloqueamento de portas, e que de estacionamento interno, dialogando continue em funcionamento, sem perda de
deve comunicar com o sistema de detecção com o equipamento específico de controlo de informação nem redução de níveis de segu-
de intrusão, caso exista, no caso de se verifi- estacionamento. rança da base.
carem situações anómalas, como a tentativa As principais funções dos equipamentos
de utilização de autorizações/credenciações, de credenciação – cujos tipos mais habituais
caso exista, para orientação do sistema para 2. CONSTITUIÇÃO são o teclado (habitualmente por introdução
vigilância da área em causa. E ARQUITECTURA TIPO DO SISTEMA de código alfa-numérico), leitores de cartões,
Usualmente, o sistema de controlo de O sistema de controlo de acessos, cuja arquitectu- por proximidade (circuito electrónico) ou ban-
acessos dispõe ainda das seguintes funções: ra tipo se representa na Figura 1, é constituído fun- da magnética (os cartões devem ser pesso-
damentalmente pelos seguintes equipamentos: ais, únicos e intransmissíveis) e sensores bio-
Interbloqueamento • Unidade central de gestão (UCCA); métricos (Figura 2) são:
Destina-se a garantir que a abertura de deter­ • Teclados de codificação e/ou leitores de • Proceder à leitura do código de acesso e
mi­nada(s) porta(s) fique(m) dependente(s) cartões e/ou sensores biométricos; proporcionar na respectiva unidade a re-
do fecho e do bloqueio eléctrico de outra(s) • Unidades de controlo de portas (UCP); colha e armazenamento da informação
porta(s) que se situe(m) no mesmo itinerário • Unidades de controlo de leitores de can- para imediato (caso de alarme) ou poste-
de segurança. A exploração do interbloque- celas – UCC (eventualmente); rior (caso de informações de rotina) regis-
amento estará obrigatoriamente associada • Autómato para controlo do sistema de can- to e tratamento;
ao funcionamento automático do sistema celas automáticas – ACC (eventualmente); • Determinar a validação da credenciação,
de controlo de acessos, e este deverá per- • Botões de abertura manual de portas; ou negá-la, e proceder à respectiva sinali-
mitir que cada leitor possa bloquear outros • Testas (trincos) eléctricas; zação luminosa e acústica;
• Contactos magnéticos de abertura; • Autorizar o desbloqueio do acesso após
Texto escrito de acordo com a antiga ortografia. • Fontes de alimentação (FA), com baterias. validação do cartão;

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Botoneira de porta

Equipamento de
UCP
credenciação

FA

Testa eléctrica Contacto


magnético

UCP

FA

UCCA UCC ACC

UCP
CDI CI
Leitores de
cartões (cancelas)
CCTV
Cancelas

Figura 1. Arquitectura tipo do sistema de controlo de acessos.

Figura 2. Teclado (esquerda), leitor de cartões (centro) e sensor biométrico (direita).

• Controlar e sinalizar o estado aberto/fechado do acesso


e o tempo limite em que poderá manter-se aberto, com
informação permanente na unidade central.

Os sensores biométricos constituem o método mais eficaz e


seguro do controlo de acessos. Os mais habituais sensores
deste tipo controlam as impressões digitais, a geometria da
mão, a voz, a íris e a face.
Alguns equipamentos de credenciação, para aumentar a
fiabilidade e a segurança do sistema, podem combinar dois
métodos de credenciação.
As unidades de controlo de portas estão associadas a cada
uma das portas de acesso a controlar; são exclusivas para
esse fim, deverão ter, no mínimo, entradas de sinal (comando)
e de alarme e saídas de alarme e comando (testas eléctricas).
O autómato de controlo do sistema de cancelas auto-
máticas destina-se a promover as acções de temporizações
para abertura e fecho das cancelas e os respectivos portões
de acesso ao edifício; através deste autómato será possível
efectuar a abertura e fecho dos portões de acesso ao edi-
fício por horários pré­‑definidos, isto é, efectuar a abertura
automática dos portões a uma determinada hora da manhã
e efectuar o seu fecho ao fim do dia.
A ligação entre os equipamentos de credenciação e os
restantes equipamentos do sistema é habitualmente realiza-
da com cabo do tipo LiYCY (cabo de transmissão de dados
com blindagem em malha de cobre estanhado e condutores
de cobre isolados a PVC, agrupados em pares, de acordo
com a Norma DIN1 47100), instalado em esteira metálica ou
enfiado em tubo VD.

1 DIN: Deutsches Institut für Normung (Instituto Alemão para


Normalização).
48 formação

ficha prática n.º 49


práticas de eletricidade
Introdução à Eletrónica
Manuel Teixeira
ATEC – Academia de Formação

Os transístores de Para se distinguir os parâmetros referentes a cada tipo de amplificador (E.C., C.C., B.C.) acres-
junção bipolar são um centa-se a letra correspondente ao tipo de montagem ao parâmetro h. Assim:
dos componentes mais
importantes da eletrónica • EMISSOR COMUM (E.C.) acrescenta-se (e);
analógica. Poderemos • COLETOR COMUM (C.C) acrescenta-se (c);
encontrá-los em várias • BASE COMUM (B.C) acrescenta-se (b).
aplicações como os
amplificadores de sinais, Uma vez que existem relações entre os vários tipos de amplificadores, como foi visto aquando
amplificadores diferenciais da sua análise, os fabricantes apresentam apenas os parâmetros referentes ao amplificador
ou drives de potência. Emissor-Comum (E.C.). Apresentamos a seguir, a relação dos parâmetros híbridos para os
Nesta edição vamos analisar amplificadores CC. e B.C., função dos parâmetros do E.C. em que se utilizam os parâmetros
os parâmetros h numa correspondentes, substituindo as expressões indicadas em cada quadro.
montagem específica.
E.C. C.C. B.C.

21. Parâmetros h São as mesmas expressões São as mesmas expressões do E.C.


hfe do E.C. fazendo as seguintes fazendo as seguintes substituições
Ai = substituições nos respectivos nos respectivos valores.
1 + hoerL
21.4 Análise dos parâmetros valores. hie
híbridos na montagem hfe hic = hie hib =
(1 + hfe) · (1 − hre) + hie hoe
Emissor-Comum Au = − hrc = 1 − hre
hie + (hiehoe – hrehfe)rL
Os parâmetros h que estamos a analisar re- hfc = − (1 + hfe ) hie hoe − hre (1 + hfe)
ferem-se à Tabela da Figura 158, que servem hoc = hce hrb =
hre hfe rL (1 + hfe) · (1 − hre) + hie hoe
para qualquer circuito daquele tipo. No en- ZIN = hie−
1 + hoe rL −hfe (1 − hre) − hie hoe
tanto, os parâmetros h referentes a um tran-
hfb =
sístor podem ser relacionados da seguinte (1 + hfe) · (1 − hre) + hie hoe
rs + hie
forma: Z0 =
( rs + hie ) hoe − hrehfe hoe
• h11 → hi – Impedância de entrada; hob =
• h12 → hr – Ganho de tensão inverso (vista (1 + hfe) · (1 − hre) + hie hoe
da saída para a entrada);
• h21 → hf – Ganho de corrente; Figura 159. Relação dos parâmetros h.
• h22 → ho – Admitância de saída.
Os parâmetros h variam com o P.F.R. e por isso com IE do amplificador. Nos manuais de fabri-
cante podem ser vistas as curvas dos vários parâmetros, que relacionam essa variação à qual
Geral E.C. C.C. B.C. deverá fazer consulta para melhor compreender a sua variação.
h11 hie hic hib Como já analisámos anteriormente, o parâmetro β (em c.a.) referia-se ao ganho de cor-
h12 hre hrc hrb rente. Como se pode ver na Tabela da Figura 159, com rL = 0, aquando do cálculo de hfe temos
h21 hfe hfc hfb Ai = hfe, pelo que se pode concluir facilmente que:
h22 hoe hoc hob
β = hfe
Figura 158. Parâmetros h em cada montagem.
Esta será uma expressão aproximada, uma vez que são obtidas sob condições distintas, con-
Estes parâmetros fornecidos pelo fabricante tudo é uma aproximação razoável, pelo que normalmente é utilizada. Também já vimos ante-
são obtidos com a entrada e saída em aberto riormente que:
ou em curto-circuito, como já foi referido. Os
índices são da notação inglesa, como vêm Zin ≈ β · r’e
nos manuais de fabricante em que:
• i – Corresponde à entrada (Input); Então da Tabela anterior para rL = 0 verificamos que:
• r – Corresponde à saída versus entrada
(Reverse); Zin = hie ⇒ hie = β · r’e ⇒ hie = hfe · r’e
• f – Corresponde à entrada versus saída
(Forward); hie
• o – Corresponde à saída (Output). r’e =
hfe
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práticas de eletricidade 49

Esta é uma expressão para r’e mais exata, uma vez que depende dos parâmetros dados pelo Teste de conhecimentos
fabricante e com as respetivas curvas podemos verificar facilmente a sua variação, o que não n.º 26
acontecia na expressão utilizada aquando do estudo dos amplificadores, em que r’e era cons-
tante (r’e = 25 mV / IE (mA)) para cada utilização. Apresentamos a seguir as curvas dos parâme- 1. Qual a notação da impedância de en-
tros híbridos do transístor 2N3904 na Figura 160 de a) a d) para uma melhor compreensão da trada em h para um circuito Emissor-
sua variação. Comum?
2. Como se representa o ganho de corren-
te β em parâmetros h?
a) Gráfico de hie b) Gráfico de hre

20 10
7,0
10

5,0 5,0

hre' × 10−4
Solução do teste
hie' (kΩ)

2,0 3,0
de conhecimentos
1,0 2,0
da revista n.º 58
0,5 1,0
ic (mA) 0,7 ic (mA)
0,2 0,5 1. Os parâmetros híbridos constituem
0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 5,0 10 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 5,0 10
uma ferramenta para a determinação
exata do ganho de tensão, das impe-
c) Gráfico de hfe d) Gráfico de hoe dâncias de entrada e saída, de circuitos
300 100 lineares com transístores.
200 50 2. Os parâmetros podem ser consultados
nos respetivos manuais/folhas de da-
20
dos dos fabricantes.
hoe' (μS)

100
hfe

10
70 5,0
50
2,0
ic (mA) ic (mA)
30 1,0 Bibliografia do artigo
0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 5,0 10 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 5,0 10
Malvino (2000). Princípios de Electrónica
Figura 160. Parâmetros híbridos do transístor 2N3904. (Vol. 1 e 2). McGraw-Hill (Sexta edição)

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50 formação

casos de aplicação
sistema de aquecimento de uma oficina
Texto cedido por S & P Portugal, Unipessoal, Lda.

O Problema

Uma companhia aérea adquiriu, nas instalações circundantes de


um aeroporto, um antigo edifício propriedade dos bombeiros, que
estes utilizavam como armazém. Pretendia-se adaptar este edifício
à reparação de equipamentos, com o inconveniente de que, ao ter
que albergar pessoas no seu interior, se torna necessário instalar
um sistema de aquecimento para se poder trabalhar com o mínimo
conforto.

Dados a ter em consideração


Trata-se de um edifício de planta praticamente quadrada, com uma
superfície de 384 m2 e uma altura de 6,5 metros. Possui dois grandes
portões metálicos de 4 metros cada um para a entrada de camiões e
uma porta pequena para pessoas.
O isolamento pode considerar-se de fraca qualidade. A tempera-
tura mínima registada no inverno no interior do edifício é de cerca de
5º C e pretendia-se chegar aos 20º C, já que a atividade a desenvolver
não é estática.

Determinação das necessidades


Para o cálculo das necessidades podemos utilizar fórmulas comple-
xas tendo em conta dados como a espessura das paredes, o material
utilizado, os coeficientes de transmissão, entre outros, mas a realidade
é que na maioria dos casos é difícil conhecer estes dados com preci-
são.
A experiência em muitos casos semelhantes leva-nos a uma so-
lução muito mais simples para este tipo de casos, onde não temos de
atuar com uma elevada precisão. Para aquecer um edifício industrial
mal isolado devemos considerar a necessidade de 1 Watt/h por cada
grau que queiramos aumentar e por cada m3 do local. Assim, neste
caso, as necessidades de potência a instalar seriam de:

P = 384 x 6,5 x 15 = 37 440 W

O problema destes edifícios industriais com uma certa altura é a es-


tratificação provocada pelo efeito de convecção, que impulsiona o ar
quente para cima por este ser mais leve. Assim, se medirmos a tem-
peratura interior num local com aquecimento, veremos que a mesma
aumenta cerca de 7% por cada metro de altura. Veja o exemplo da
Figura 1.
Assim, tal como vemos no exemplo, para conseguir uma tempe-
ratura de 20º C a um nível de 2 metros, necessitamos de energia para
que nos 6,5 metros haja uma temperatura de mais de 26º C. Para evi-
tar esta estratificação e desperdício de energia será necessário exe-
cutar uma instalação colocando ventoinhas no teto que impulsionem
o ar quente para as zonas mais baixas e uniformizem a temperatura
do local.

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A Solução
Propomos a instalação de 8 Aerotermos elétricos, 4 em
cada uma das paredes compridas a uma altura de 3
metros do solo, controlados por um termóstato situado
aproximadamente a 1,80 metros de altura e pendurados
em suportes direcionais. Sobre as portas de acesso ins-
talaremos cortinas de ar, ligadas a um sistema automá-
tico que as coloque em funcionamento no momento em
que se abrirem as portas, para evitar perdas considerá-
veis de temperatura, uma vez que os portões são de con-
sideráveis dimensões. Para evitar a estratificação, insta-
laríamos 6 ventoinhas de teto.

Referências dos equipamentos escolhidos;


• 8 Aquecedores de ar por convecção forçada EC-5N;
• 6 Ventiladores de teto HTB-150;
• 2 Cortinas COR-10;
• 1 Cortina COR-3,5.

EC-5N

HTB

Cortinas
52 bibliografia

Subestações: Projecto, Construção, Fiscalização

Esta obra pretende ser uma ferramenta de fácil consulta para os engenheiros e técnicos que se
dedicam ao projeto, coordenação de montagem e fiscalização de subestações, apresentando os
documentos normativos e regulamentares, as configurações e os princípios básicos das subes-
tações, os trabalhos a realizar, os processos construtivos, as ferramentas e meios de montagem
e os sistemas e equipamentos que integram as subestações e respetivas caraterísticas técnicas.
Índice: Siglas e acrónimos. Índice de tabelas e figuras. Conceitos gerais de subestações. Organização do estaleiro e
preparação dos trabalhos. Construção civil. Embalagem, transporte e armazenamento de equipamentos e materiais.
Autor: Manuel Bolotinha
Estruturas metálicas. Barramentos e ligadores. Terras e protecção contra descargas atmosféricas. Equipamentos
ISBN: 9789897232213
de MAT e AT. Quadros de média tensão. Cabos e caminhos de cabos. Sistema de comando controlo e protecção.
Editora: Publindústria
Serviços auxiliares de corrente alternada. Serviços auxiliares de corrente contínua. Instalações complementares
Número de Páginas: 192
dos edifícios. Instalações eléctricas exteriores. Plano de inspecções e ensaios. Ensaios e comissionamento.
Edição: 2017
Segurança. Meios de montagem – ferramentas e equipamentos.
(Obra em Português)
Venda online em www.engebook.com
e www.engebook.com.br
Preço: 18,95€

Análise De Falhas Em Materiais Utilizados


No Setor Elétrico: Seleção de Casos

O objetivo deste livro é proporcionar aos leitores uma visão sobre a metodologia utilizada para
identificação das causas prováveis de falhas em materiais utilizados em equipamentos e estrutu-
ras do setor elétrico. Trata-se de uma coletânea de casos representativos que abrangem o período
desde os anos 1970 até os dias de hoje. Nos 35 textos que compõem a coletânea procura-se evi-
denciar a necessidade de um rigor metodológico na condução das análises, conferindo às mesmas
um aspeto didático para uma abordagem futura de casos similares. O livro é importante para os
especialistas do setor elétrico, mas não se restringe a este segmento podendo ser utilizado como
leitura suplementar em cursos de análise de falhas, ensaios, caraterização e seleção de materiais Autor: Eduardo Torres Serra

dado os fundamentos contidos nos textos. Paralelamente, o livro cumpre o papel de disseminação ISBN: 9788571933712

de informações que possibilitam o aprimoramento de projetos de equipamentos e estruturas em Editora: Interciência

áreas em que as falhas, por menores que sejam, podem causar interrupção do fornecimento de Número de Páginas: 518

energia com prejuízos materiais e financeiros de grande monta, além de potenciais danos ambien- Edição: 2015

tais e humanos. (Obra em Português do Brasil)

Cada um dos textos apresentados tem não apenas a solução para um facto ocorrido, mas uma Venda online em www.engebook.com

aprendizagem para o futuro como intuito de introduzir melhorias de projeto ou de operação. e www.engebook.com.br

Índice: Determinação das Causas da Corrosão em Condutores de Alumínio. Corrosão em Condensadores de Preço: 76,12€

uma Usina Termoelétrica. Falha Prematura em Esquema de Pintura, aplicado em Aço Galvanizado obtido pelo
Processo Contínuo de Zincag por Imersão a Quente. Fraturas em Parafusos de Duralumínio. Estudo Comparativo
de Corrosão pela Ação da Água dos Reservatórios em Equipamentos de duas Usinas Hidroelétricas. Análise Pericial
de Cordoalhas de Aço Galvanizado com Corrosão. Análise de Falha Por Corrosão em Perfis de Aço Galvanizado
de Fundações de Estais de uma Linha de Transmissão. Corrosão em Sistema de Distribuição de Água de Usina
de Geração de Energia Elétrica. Análise de Falha em Tubos De Trocadores de Calor em Sistemas de Refrigeração
de Turbinas Hidráulicas. Análise de Falhas em Tubos de Condensadores de Usina de Geração Termonuclear.
Corrosão Prematura em Transformadores de Distribuição - Análise do Esquema de Pintura. Análise de Falha em
Componentes de Chave Secionadora de 550 kv. Falha em Palheta de Turbina a Vapor de Usina Termelétrica. Análise
de Falhas em Trocadores de Calor em Ligas Cuproníquel 90-10 Causadas por Corrosão sob Depósito. Fratura
em Componente de Usina Hidroelétrica associada à Corrosão influenciada por Micro-Organismos. Estudo do
Desempenho de Materiais Utilizados em Carcaças de Capacitores de Potência. Análise de Falha nos Parafusos de
Sustentação do Prato da Mola de um Disjuntor. Análise de Falha em Contacto Elétrico de Disjuntor de Subestação.
Análise de Falha em Tubos do Downcomers Da Caldeira de uma Usina Termelétrica. Análise de Falha em Cabo
Para-Raios de uma Linha de Transmissão. Análise de Falha em Espaçador-Amortecedor de Linha de Transmissão
de 500 Kv. Análise da Ocorrência de Falhas em Molas de Bombas Injetoras de Combustível de Motores de Geração
Termelétrica. Análise de Falha de Grampo de Suspensão de Linha de Transmissão. Análise de Falha em Isolador de
Vidrode uma Cadeia De Isoladores. Análise de Falha no Coletor de Saída do Superaquecedor Primário da Caldeira
de uma Usina Termelétrica. Análise do Desgaste em Acessórios de Para-Raios de Linha de Transmissão.

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bibliografia 53

Instalações Elétricas de Baixa Tensão:


Dimensionamento e Proteção de Canalizações Elétricas

Esta obra pretende ser, acima de tudo, uma ferramenta didática de apoio aos alunos de cursos de
engenharia eletrotécnica, bem como a técnicos responsáveis pelo projeto, execução e exploração
de instalações elétricas. Pretende ser ainda uma ferramenta prática de estudo e de trabalho, capaz
de transmitir conhecimentos técnicos, normativos e regulamentares sobre o dimensionamento e
proteção de canalizações elétricas aos diversos agentes eletrotécnicos, tornando-os capazes de,
para cada instalação nas quais sejam intervenientes, selecionar o tipo de canalização e o modo de
instalação mais adequados, de forma a maximizar a segurança, a fiabilidade e a funcionalidade, Autores: António Augusto Araújo Gomes,
assim como os custos de execução e exploração das instalações. Henrique Jorge de Jesus Ribeiro da Silva,
Índice: Aspetos Gerais. Potências em Instalações Elétricas. Canalizações Elétricas. Aparelhagem de Proteção.
José António Beleza Carvalho
Proteção contra sobreintensidades. Queda de Tensão. Aspetos económicos no dimensionamento de instalações
ISBN: 9789897232046
elétricas.
Editora: Publindústria
Número de Páginas: 114
Edição: 2017
(Obra em Português)
Venda online em www.engebook.com
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Preço: 15,90€

Instalações Elétricas Industriais

O livro, simples e objetivo, aborda conceitos de tensão e Corrente Alternada, potência em circuitos
de Corrente Alternada, aplicação do transformador e circuitos trifásicos, apresentando as principais
caraterísticas dessas grandezas utilizadas em instalações elétricas. Ainda traz normas ligadas à
área, simbologia e método de representação unifilar das ligações usadas em desenhos de instala-
ções elétricas, atribuição de potência às tomadas e aos pontos de luz, dimensionamento de condu-
tores, eletrodutos, quadros de distribuição, dispositivos de proteção contra sobrecorrente, disjuntor
termomagnético e fusíveis, dispositivo DR de segurança contra choques elétricos e aterramento.
Autores: Nelson Massao Kanashiro,
Para complementar o estudo, analisa caraterísticas, diagramas e dimensionamento dos circuitos
Norberto Nery
empregados na alimentação de motores elétricos. O conteúdo pode ser aplicado para os cursos
ISBN: 9788536506364
técnicos em Automação Industrial, Desenho em Construção Civil, Edificações, Eletroeletrónica,
Editora: Érica
Eletromecânica, Eletrónica, Eletrotécnica, Equipamentos Biomédicos, Infraestrutura Escolar, Me-
Número de Páginas: 152
cânica, Refrigeração e Climatização, Sistemas de Comutação, Serviços em Condomínio, Sistemas
Edição: 2014
de Transmissão, Telecomunicações, entre outros.
(Obra em Português do Brasil)
Índice: Normas e Interpretação dos Desenhos das Instalações Elétricas. Fornecimento de Energia Elétrica.
Venda online em www.engebook.com
Planta Baixa e Simbologia. Ligações Usuais e sua Representação Unifilar. Classificação, Previsão de Potência,
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Quantificação e Distribuição das Tomadas. Lâmpadas e Pontos de Luz. Distribuição de Cargas em Circuitos.
Preço: 23,38€
Quadros de Distribuição, Indicação da Rede de Eletrodutos e Condutores. Condutores Elétricos. Condutores
Elétricos - Dimensionamento I. Condutores Elétricos - Dimensionamento II. Normas e Interpretação dos Desenhos
das Instalações Elétricas. Dispositivos de Proteção - DR e DPS. Eletrodutos, Eletrocalhas e Perfilados. Motores
Elétricos e Suas Características. Sistemas de Partidas de Motores Trifásicos. Instalação de Motores Elétricos.

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54 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

a poupança de energia como melhoria do fator


de potência
CIRCUTOR, S.A.

detetar desequilíbrio elétrico e sobrecargas


AresAgante, Lda.

qualidade de energia e perturbações da rede elétrica


(1.ª Parte)
Legrand Eléctrica, S.A. – Portugal

as novas tecnologias estão a tornar a manutenção


preditiva de disjuntores numa realidade
João Cruz
Schneider Electric

quadros elétricos
Paulo Monteiro
TEV2
PROTAGONISTAS

proteção contra sobretensões


Jaime Cabrera Martínez,
Weidmüller, S.A.

dossier
manutenção
de instalações elétricas
e armazenamento
de energia
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56 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

a poupança de energia como


melhoria do fator de potência CIRCUTOR, S.A.

Entende-se por eficiência energética técnicas adicionais, como resultado da redução da procura de potên-
a redução da potência e energia exigidas cia aparente (V · A) para a rede de abastecimento.
pelo sistema elétrico, sem que isso venha Assim, como se pode observar na Figura 1, o cos φ diminuiu,
a afetar a atividade normal realizada resultando numa excecional redução de energia aparente (V · A).
em edifícios, indústrias ou em qualquer Proporciona-nos portanto:
processo de transformação. • Aumento da capacidade disponível em transformadores e linhas;
• Menores perdas nas linhas;
• Redução das quedas de tensão.

100%

Variação % kV·A
80%
60%
40%
20%
0%

04

00 09

93

95

98

1
01

01

03
0.

02
02

03

0.
0.

0.
0
00

00

80 000 000

00 000
00
00 000

00
00 000
00

00

00
0

0
0
0
00

00

00

00
00
00

00
00
00

75 0 0 0

90 000
00
00

00

00

00
00

0
0
00

00

00

00
00
00

00
00
55

65

70

85
60
0.

0.
0.

0.

0.

0.
0.
0.

cos Ф

O que é o fator de potência? Figura 1. Variação percentual de kVA.


Em termos simples, o fator de potência mede a eficiência do consu-
mo de energia, quando este é transformado em energia útil, como luz,
calor ou movimento mecânico. Redução da fatura elétrica
Em termos técnicos, é o rácio da potência ativa ou útil medida em • Ao eliminar a sobretaxa reativa;
kilowatts (kW) em relação à potência aparente total (potência ativa e • Seguidamente, junta-se a forma de cálculo no conceito de energia
reativa) medido em kiloVolts-Ampères (kVA). reativa para tarifas reguladas e o mercado liberalizado correspon-
dente ao sistema do tarifário português.
P(kW)
Fator Potência =
S(kVA)
Aplicação nas tarifas regulamentadas
Em Portugal, o consumo de energia reativa é penalizado em função
da tan φ. Em termos práticos referimo-nos ao cos φ obtido a partir do
Qual a importância da energia reativa? cálculo dos parâmetros medidos, consoante a medição das energias
A energia reativa é importante porque pode comportar elevados custos, ativa e reativa.
aumentando as perdas de energia na instalação. Quando o sistema
energético da sua instalação exige um alto nível de energia reativa, isso
P(W)
significa que está a ser exigida mais energia do que aquela que realmen- cos φ =
te é usada. Isto pode traduzir-se em custos adicionais na nossa fatura S(VA)
energética, elevando a quantidade de energia necessária para abastecer
a rede de energia elétrica, algo que pode perfeitamente evitar-se.
Q(VAr)
tan φ =
P(W)
O que é a compensação de energia reativa?
A compensação de energia reativa é a redução da procura de energia re- De acordo com a legislação em vigor, a penalização aplica-se às ta-
ativa pela rede através da instalação de uma bateria de condensadores. xas de Muito Alta Tensão, Alta Tensão, Média Tensão e Baixa Tensão
De acordo com a instalação em questão, a compensação de ener- Especial (BTE). A BTE inclui o fornecimento de Baixa Tensão fixada
gia reativa é feita em redes de Baixa Tensão ou de Média Tensão. acima de 41,4 kVA. As de potência inferior estão incluídas na cate-
goria de BTN (Baixa Tensão Normal), e a penalização reativa não é
aplicável.
O que é que a compensação de energia Estabelecem-se três níveis (escalões) de valores tan φ de deter-
reativa nos oferece? minação da penalização a ser aplicada aos excessos do kVAr/h, de
A redução da energia reativa possibilita, em primeiro lugar, uma redu- maneira a aplicar um fator multiplicador de preços €/kVAr/h estabele-
ção na fatura de eletricidade. Permite ainda uma série de vantagens cido de acordo com a Tabela 1.

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As sanções por consumo de energia indutiva e de in-
jeção capacitiva à rede aplicam-se nos períodos tarifários
que não sejam os horários de pico, ou seja, as horas de pon-
ta e as horas planas. O período de integração para os clien-
tes continua a ser mensal.

Tabela 1. Fator multiplicador de preços €/kVAr/h.

0,3 ≤ tan φ < 0,4 (0,96 ≥ cos φ > 0,93) Fator de multiplicação = 0,33
0,4 ≤ tan φ < 0,5 (0,93 ≥ cos φ > 0,89) Fator de multiplicação = 1
tan φ ≥ 0,5 (cos φ ≤ 0,89) Fator de multiplicação = 3

Como definir uma bateria


de compensação
Para calcular a compensação de energia reativa, a prática
mais comum é, mediante a análise de várias faturas energé-
ticas, qualquer técnico pode escolher a bateria necessária.
Neste caso é importante assegurar que os estes cálculos
sejam efetuados com o máximo número de faturas, já que
poderá haver um forte efeito da temporalidade passível de
ignorar (por exemplo: escritórios ou hotéis, de consumos to-
talmente diferentes no verão e no inverno).
Como mencionado anteriormente, este deve ser o
nosso ponto de partida, embora tenhamos também de ter
em conta outros fatores que não estão refletidos na fa-
tura energética, e que são vitais para uma compensação
adequada:
• Rapidez no fluxo de procura;
• Equilíbrio do sistema;
• Níveis de distorção harmónica.

Nem todas as instalações são iguais, pelo que acompanhar


as faturas de eletricidade com um estudo de comportamen-
to energético é a forma mais efetiva de determinar a bateria
ideal para cada caso específico.
É cada vez mais frequente encontrar redes com distor-
ção harmónica.
Quando fazemos uma compensação de energia reativa,
a incorporação de uma bateria de condensadores é realiza-
da em paralelo, por forma a reduzir essa requisição, com o
propósito de aproximar a potência exigida (kVA) de uma po-
tência ativa (kW) usada para realizar trabalho útil.
Hoje em dia, contudo, as instalações dispõem de mais
cargas cuja solicitação não é linear, causando uma maior
distorção na corrente harmónica do sistema e, por sua vez,
também na energia, podendo isto levar ao mau funciona-
mento de uma bateria de condensadores standard.
A presença de correntes superiores à de frequência nor-
mal, a 50 ou 60 Hz, significa que podem encontrar-se condi-
ções de ressonância, implicando isso:
• Amplificação da distorção da corrente para toda a insta-
lação (equipamentos e elementos elétricos mais sensí-
veis podem ser afetados);
• Maior absorção de corrente pelo condensador, com o
seu consequente sobreaquecimento, reduzindo a capa-
cidade de vida útil, e, em alguns casos, a sua destruição.

Assim aconselhamos à realização de um estudo energético


para determinar a melhor bateria a instalar. Tal como já re-
ferido, nem todas as instalações se comportam da mesma
forma, por isso pode uma instalação necessitar de uma ba-
teria com filtros para reduzir os efeitos das harmónicas ou,
pelo contrário, existir uma instalação com um desequilíbrio
entre as fases.
58 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

detetar desequilíbrio elétrico


e sobrecargas AresAgante, Lda.

As imagens térmicas são uma forma normal. Desta forma as medições podem ser adequadamente avaliadas
fácil de identificar aparentes diferenças de e comparadas com as condições de funcionamento normais.
temperatura nos circuitos elétricos industriais
de três fases, quando comparado com as suas
condições normais de funcionamento. O que procurar?
Uma carga igual deve corresponder a temperaturas iguais. Numa si-
tuação de carga desequilibrada, a fase com maior carga irá aparecer
mais quente do que as outras, devido ao calor gerado pela resistência.
No entanto uma carga desequilibrada, uma sobrecarga, uma ligação
má, e um desequilíbrio harmónico podem criar uma tendência seme-
lhante. Ao medir a carga elétrica é necessário diagnosticar o problema.
Nota: Um circuito mais frio-do-que-o-normal ou uma fase pode
assinalar uma falha num componente. Este é um bom procedimento
para criar uma rota de inspeção regular que inclui todas as ligações
elétricas mais importantes. Ao utilizar o software que já vem com a
câmara termográfica, pode gravar a imagem captada num compu-
tador e verificar as medições quando achar necessário. Desta forma
terá imagens de referência para comparar mais tarde com as ima-
gens posteriores. Este procedimento irá ajudá-lo a determinar se o
ponto quente ou frio é normal. Ao seguir estas ações corretivas, as
novas imagens irão ajudá-lo a determinar se as reparações foram
bem-sucedidas.

Ao inspecionar os gradientes térmicos de todas as três fases lado a


lado, os técnicos podem rapidamente detetar anomalias no desem- O que representa um “alerta vermelho”?
penho nos circuitos individuais devido ao desequilíbrio ou sobrecarga. As reparações devem ser inicialmente uma prioridade na segurança
O desequilíbrio elétrico pode ser causado por várias fontes dife- – ou seja, as condições dos equipamentos que possam representar
rentes: um problema no fornecimento de energia, Baixa Tensão num um risco para a segurança – seguido da capacidade crítica do equipa-
circuito, ou uma quebra na resistência do isolamento dentro das bo- mento e a auditoria ao aumento da temperatura.
binas do motor. As orientações da NETA (InterNational Electrical Testing Association)
Mesmo um pequeno desequilíbrio pode levar à deterioração das li- enumeram medidas e ações imediatas quando a diferença na tempera-
gações, reduzindo a quantidade de energia fornecida, enquanto os mo- tura (DT) entre componentes elétricos similares com uma carga seme-
tores e outros carregamentos necessitam de uma quantidade excessiva lhante que excede 15º C (27º F) ou quando o DT entre o componente
de energia, ao entregar binários baixos (com stress mecânico associa- elétrico e as temperaturas do ar ambiente excedem os 40º C (72º F). As
do), e ocorre uma falha mais cedo. Um desequilíbrio grave pode queimar Normas NEMA (NEMA MG1-12.45) alertam contra o funcionamento de
um fusível ao reduzir as operações a uma única fase. Enquanto isso, qualquer motor num desequilíbrio de tensão que possa exceder 1%. De
um desequilíbrio na corrente irá regressar ao neutro, provocando uma facto a NEMA recomenda que os motores sejam re-avaliados se o fun-
anomalia no fornecimento, devido à utilização de um pico de energia. cionamento ocorrer num desequilíbrio superior. As percentagens mais
Na prática é praticamente impossível equilibrar perfeitamente as seguras num desequilíbrio variam para outros equipamentos.
tensões através das três fases. O National Electrical Manufacturers
Association (NEMA) define o desequilíbrio como uma percentagem: %
desequilíbrio = [(100) (desvio máximo da tensão média)] ÷ tensão mé- Qual o custo possível de uma falha?
dia. Para ajudar os operadores dos equipamentos a determinar os níveis A falha do motor é um resultado comum de um desequilíbrio de ten-
aceitáveis de desequilíbrio, o NEMA elaborou as especificações para vá- são. O custo total junta o custo do motor, o trabalho necessário para
rios dispositivos. Estas linhas de base são um ponto muito útil para uma mudar um motor, o custo do produto descartado devido à produção
comparação durante a manutenção e a resolução de problemas. irregular, linha de produção e as receitas perdidas enquanto a linha
está parada.
Supondo que o custo para substituir um motor de 50 cv a cada
O que verificar? ano é de 5000$, incluindo a mão-de-obra. Assumindo que 4 horas de
Captar imagens térmicas de todos os painéis elétricos e outros pontos inatividade anual levam a perdas de rendimento na ordem dos 6000$
de ligação de carga elevada como drives, cortes de corrente, controlos por hora. Custo Total: 5000$ + (4 x 6000$) = 29,000$ anuais.
e assim por diante. Quando descobre temperaturas elevadas siga esse
circuito e examine outros equipamentos e cargas.
Verifique os painéis e outras ligações sem as proteções. O mais cor- Medidas de acompanhamento
reto é verificar os dispositivos elétricos quando estes tiverem totalmen- Quando uma imagem térmica mostra que um condutor está mais
te aquecidos e numa posição estável com pelo menos 40% da carga quente do que outros componentes através de parte de um circuito, o

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condutor pode estar subdimensionado ou sobrecarregado.
Verifique a avaliação do condutor e a carga atual para deter-
minar qual é o caso.
Utilize um multímetro com uma pinça, uma pinça am-
perimétrica ou um analisador da qualidade de energia para
verificar a corrente atual e a carga em cada fase. Do lado
da tensão verifique a proteção e o quadro elétrico para as
quedas de tensão.
Geralmente a tensão de alimentação deve ter 10% na
placa de identificação. O neutro para a tensão de neutro in-
dica-nos como o sistema está a ser muito carregado e ajuda
a controlar a corrente harmónica. O neutro para a tensão à
terra superior a 3% deve indicar que se faça uma investiga-
ção mais aprofundada.
As cargas mudam e a fase pode ser 5% mais baixa numa
fase, se surgir a carga de uma fase significativamente maior.
As quedas de tensão através dos fusíveis e interruptores po-
dem também aparecer como desequilíbrios no motor e um
excesso de calor no ponto pode ser a origem do problema.
Antes de admitir que a causa foi encontrada, faça uma dupla
verificação tanto com a imagem térmica e o multímetro ou
com a pinça amperimétrica para a medição de corrente.
Nem o carregador nem os circuitos devem ser carrega-
dos para o limite máximo admissível. As equações de carga
do circuito também devem permitir harmónicos. A solução
mais habitual para as sobrecargas é a redistribuição de car-
gas entre os circuitos, ou a gestão correta quando as car-
gas surgem durante o processo. Ao utilizar o software as-
sociado, cada eventual problema é revelado através de uma
imagem térmica que pode ser documentada num relatório
que inclui uma imagem térmica e uma imagem digital do
equipamento. Esta é a melhor forma de reportar problemas
e sugerir reparações.

Sugestão
A principal utilização da termografia é localizar as anoma-
lias elétricas e mecânicas. Apesar da perceção popular do
contrário, a temperatura de um dispositivo – apesar da sua
temperatura relativa – pode não ser sempre o melhor indi-
cador de como pode acontecer facilmente uma falha. Muitos
outros fatores devem ser considerados, incluindo mudanças
na temperatura ambiente e na parte mecânica ou nas cargas
elétricas, indicadores visuais, os componentes indispensá-
veis, a história de componentes semelhantes, a indicação de
outros testes, entre outros. O que tudo isto confirma é que a
termografia é melhor se fizer parte de uma condição de mo-
nitorização de condição e de um programa de manutenção
preditiva.
60 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

qualidade de energia
e perturbações da rede elétrica
1.ª Parte
Legrand Eléctrica, S.A. – Portugal
www.legrand.pt

A qualidade da energia elétrica pode ser de entrega. É medido num dado momento e calculado, em média, ao
afetada, quer por eventos que ocorram nas longo de um intervalo de tempo (tipicamente 10 minutos). A tensão
redes de distribuição (comutação, sobretensões nominal Un que carateriza o sistema pode ser distinguida da tensão
atmosféricas, entre outros), quer pela utilização declarada Uc, que resultaria de um acordo sobre valores diferentes
da eletricidade quando, por exemplo, certas dos da Norma EN 50160.
cargas criam variações significativas no A tensão estipulada para redes públicas de Baixa Tensão na Europa é:
consumo de corrente ou que alteram a forma • 230 V entre fases e neutro (400 V entre fases) para sistemas trifá-
de onda (influências harmónicas). sicos com neutro;
• 230 V entre fases para sistemas trifásicos sem neutro.

É assim importante estabelecer regras claras entre o distribuidor e o


consumidor, ao abrigo de um contrato de fornecimento. 3. VARIAÇÕES DA TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO
Isto pode especificar disposições mais rigorosas do que as da Em condições normais de funcionamento são permitidas as seguintes
Norma EN 50160 mas, por definição, constitui na Europa o documento flutuações de tensão durante o período de uma semana: +/- 10% do
de referência vinculativo na ausência de regulamentos específicos ou valor de referência (230 ou 400 V), ou seja, 207 a 253 V ou 360 a 440 V
outro compromisso do distribuidor. para 95% das medições, e - 15% a + 10% para 100% das medições, isto
é, 195 a 253 V e 340 a 440 V.
A tensão de alimentação pode flutuar diariamente, semanalmente
PERTURBAÇÕES DESCRITAS NA NORMA EN 50160 ou sazonalmente como resultado de variações significativas na carga
A qualidade do fornecimento de energia elétrica é objeto da Norma da rede elétrica. Dispositivos de regulação de tensão instalados em
Europeia, EN 50160, que estipula os limites admissíveis de 14 valores subestações podem limitar estas variações. Além disso, as cargas de
ou fenómenos que caraterizam ou afetam o sinal sinusoidal de 50 Hz. elevada potência, como estações de soldadura, grandes motores, for-
Baseada numa abordagem estatística, é concebida para garantir um nos e outras instalações de uso intensivo de energia podem causar
certo nível de qualidade durante o funcionamento normal. quedas de tensão locais enquanto estão em funcionamento.

1. FREQUÊNCIA
A frequência é de 50 Hz com uma tolerância de +/- 1% (ou seja, 49,5 a
50,5 Hz) para 99,5% de cada período de um ano e de +4 a -6% (isto é,
47 a 52 Hz) durante todo o período.
Este tipo de forma de onda é praticamente inexistente nas redes de
distribuição pública de países industrializados.
Em instalações fornecidas por fontes autónomas (grupos gerado-
res, inversores, entre outros) podem ser definidos diferentes limites de
tolerância ou podem ser necessários dispositivos de regulação.
O mesmo se aplica a sistemas que não estejam interconetados
(por exemplo, ilhas) e onde tolerâncias mais amplas são permitidas:
+/- 2% para 95% de cada semana e +/- 15% para 100% do tempo.

Os limites de potência são geralmente definidos para motores alimen-


tados diretamente da rede pública de distribuição. Por conseguinte,
a solução pode ser aumentar a potência da alimentação (redução da
sua impedância e aumento da sua potência de curto-circuito) ou com-
pensar a energia reativa ligada a um dispositivo específico que está a
causar perturbações.

4. VARIAÇÕES RÁPIDAS DA TENSÃO


DE ALIMENTAÇÃO
Estas variações, que provêm principalmente de correntes de cargas ele-
vadas, não devem exceder 5 a 10% da tensão nominal. As análises de
2. AMPLITUDE DA TENSÃO DE FORNECIMENTO rede mostram que as quedas de tensão na ordem dos 30% são total-
A tensão de alimentação representa o valor eficaz medido no ponto mente possíveis quando as cargas, como motores ou transformadores

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dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia 61

são ligados. Estas variações não são periódicas e ocorrem em mo- 7. INTERRUPÇÕES BREVES
mentos aleatórios. Quando as variações de tensão rápidas se tornam Interrupções breves ou micro-cortes referem-se a casos em que o valor
cíclicas, isto é referido como tremulação (“flicker”), com referência a da tensão cai para 0 V ou menos de 1% da tensão nominal. Estas du-
variações de luz que podem ser incomodativas acima de um certo nível. ram, geralmente, menos de 1 segundo, embora uma interrupção de 1
minuto ainda possa ser considerada como sendo curta. Micro-cortes e
cavas de tensão são fenómenos frequentemente aleatórios e imprevi-
5. SEVERIDADE DA TREMULAÇÃO síveis, que podem ocorrer irregularmente ao longo do tempo. Pode ser
A intensidade do desconforto causado pela tremulação é definida por um mé- importante definir contratualmente a duração máxima e o limiar de uma
todo de medição UIE-CIE (União Internacional para Aplicações de Eletricidade cava de tensão, que devem ser considerados como sendo um micro-
– Comissão Internacional de Iluminação). É avaliada como se segue: corte (por exemplo, uma tensão <40% de Un por menos de 600 ms). Na
• Severidade de curta duração (Pst) medida num período de dez minutos; maioria dos casos, apenas as análises de rede podem permitir que uma
• Severidade de longa duração (Plt) calculada com base numa se- decisão sobre o rigor dos fenómenos seja feita com exatidão.
quência de 12 valores de Pst, durante um período de duas horas, de
acordo com a seguinte fórmula:

Em condições normais de funcionamento, para cada período de uma


semana, é recomendado que o nível de severidade da tremulação de
longa duração (Plt), associado a flutuações de tensão seja inferior ou
igual a 1 durante 95% do tempo.

8. INTERRUPÇÕES LONGAS
Estes valores não estão quantificados, pois dependem de elementos
totalmente aleatórios. A frequência com que ocorrem é muito variá-
vel e depende da arquitetura da rede de distribuição ou da exposição
a riscos climáticos. Em condições normais de funcionamento, a fre-
quência anual de interrupções de tensão superior a 3 minutos pode ser
inferior a 10 ou pode atingir 50, consoante a região.

6. CAVAS DE TENSÃO
Estas podem dever-se a falhas ocorridas nas instalações dos utilizado- 9. SOBRETENSÕES TEMPORÁRIAS
res, mas também resultam, muitas vezes, de problemas na rede pública Este tipo de falha pode ocorrer tanto no sistema de distribuição como
de distribuição. A quantidade de cavas varia consideravelmente de acor- na instalação do utilizador. Pode ser devastador, pois a tensão for-
do com as condições locais, e duram geralmente apenas até 1 segundo. necida pode atingir um nível que é já considerado perigoso para os
A maioria das cavas de tensão dura menos de 1 segundo com uma equipamentos.
queda inferior a 60%. Por outras palavras, a tensão residual permane- O principal risco é que haja uma sobretensão fase-fase, em vez de
ce superior a 40%. uma sobretensão fase-neutro, se por exemplo, o neutro falhar. Falhas
Há uma cava de tensão assim que o valor eficaz de uma das ten- na rede de Alta Tensão (sem linha) também podem gerar sobretensões
sões, medido separadamente em cada fase, estiver abaixo de um li- na extremidade da Baixa Tensão. A Norma EN 50160 não estabelece
miar estabelecido. limites para essas sobretensões. Mas, neste ponto, é essencial para a
A Norma EN 50160 não especifica a quantidade, a duração ou o segurança de pessoas e instalações, escolher o equipamento de acor-
valor da cava de tensão. Esta caraterística poderia estar sujeita a um do com as Normas (harmonizado com a IEC 60664-1) e testado para
acordo no fornecimento de energia. suportar impulsos de sobretensões.

Coordenação de isolamento em sistemas de Baixa Tensão em


relação a sobretensões temporárias
Requisitos da Norma IEC 60664-1:
• Isolamento básico robusto e isolamento suplementar devem
suportar as seguintes sobretensões temporárias:
› Sobretensões temporárias de curta duração, amplitude Un +
1200 V para t<5 s;
› Sobretensões temporárias de longa duração, amplitude Un
+ 250 V para t>5 s
(Un é a tensão nominal fase-neutro de tensão à terra).
• Isolamento reforçado deve suportar o dobro dos valores do iso-
lamento básico.

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62 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

10. SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS (OU “PULSE”) Desequilíbrio de tensão


Estes fenómenos são muito variáveis. Devem-se principalmente à
iluminação e comutações na rede. O seu tempo de elevação varia onde U12 + U23 + U31 são as três tensões fase-fase.
de alguns microssegundos a alguns milissegundos, sendo a sua
escala de frequência muito elevada, de alguns kHz a centenas de Componentes simétricas
kHz. A proteção contra sobretensões requer o uso de dispositivos • O sistema simétrico corresponde a todos os componentes as-
de proteção, como descarregadores de sobretensão e a instala- sumidos como simétricos, isto é, idênticos em cada fase. Isto
ção de equipamentos apropriados nos pontos mais corretos da não deve ser confundido com o equilíbrio, que diz respeito à
instalação. igualdade das correntes e tensões.
• Um sistema trifásico simétrico desequilibrado pode ser expres-
so como três sistemas trifásicos balanceados (Método de For-
tescue). Esta divisão pode ser realizada utilizando três métodos:
positivo, negativo, sequência zero (homopolar). Se houver uma
falha, sobretensão ou curto-circuito que afete somente uma das
fases (que é a situação mais comum), o sistema torna-se não
simétrico e só pode ser descrito por um sistema real, com V e I
separados para cada fase, representando a parte em questão.

11. DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO


O desequilíbrio de tensão é causado por cargas monofásicas de eleva-
da potência. Este causa um comportamento de corrente desequilibra-
do que pode desencadear reduções do binário e aumentos de tempe-
ratura em máquinas rotativas. 12. TENSÃO HARMÓNICA
É aconselhável dividir a carga pelas três fases, tanto quanto pos- Quando as caraterísticas de um sistema de distribuição são descri-
sível, e proteger as instalações utilizando dispositivos apropriados. tas, a distorção harmónica da tensão é um fator importante no que
Em condições normais de funcionamento, para cada período de uma diz respeito a problemas de funcionamento (sensibilidade de equipa-
semana, 95% dos valores eficazes da componente inversa na tensão mentos eletrónicos) e problemas de fiabilidade (envelhecimento por
de alimentação, calculada em média durante dez minutos, deve estar aquecimento de enrolamentos e condutores, quebra de isolamento de
entre 0% e 2% da componente direta. condensadores) que este tipo de perturbação pode causar.
Mas é importante saber que a origem das tensões harmónicas
está nas correntes harmónicas. Estas correntes podem perturbar o
equipamento local, mas sobretudo aumentam, de forma perniciosa,
o nível de distorção da tensão distribuída em toda a instalação e para
outros utilizadores, através do sistema público de distribuição.
As correntes harmónicas são geradas por dispositivos cuja ali-
mentação consomem correntes não sinusoidais. Equipamentos ele-
trónicos, informáticos e de escritório, alguns equipamentos de ilumi-
nação, equipamentos de soldadura industrial, inversores, conversores
de potência e numerosas máquinas são as principais causas.
Tal como as correntes harmónicas, as tensões harmónicas podem
ser divididas em tensões sinusoidais, que podem ser descritas:
• Individualmente, de acordo com sua amplitude relativa (Uh) em relação
à tensão fundamental Un, onde h representa a ordem da harmónica;
• No seu todo, isto é, de acordo com o valor da distorção harmónica
total THD, calculada utilizando a seguinte fórmula:

Em algumas regiões onde partes das instalações dos utilizadores da rede


possuem ligações monofásicas ou ligações entre duas fases, o desequi-
líbrio pode atingir 3% do ponto de fornecimento trifásico. Se ti é o valor do
desequilíbrio instantâneo, a taxa média tvm é definida pela equação:

Onde T = 10 minutos

A Norma EN 50160 apenas estipula limites baseados nas com-


ponentes de sequência inversa da tensão. Podem ser feitas apro-
ximações satisfatórias, utilizando medições convencionais que
permitam verificar a relação de desequilíbrio entre componentes
diretas e inversas.

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dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia 63

Em condições normais de funcionamento, tensão (1 a 35 kV), com uma média de 3 segundos, não deve exceder os valores indicados pela
95% dos valores eficazes de cada tensão har- curva abaixo durante um período igual a 99% de um dia.
mónica medida em 10 minutos e durante uma
semana não devem exceder os valores indi-
cados na Tabela seguinte.

A rede é utilizada pelo distribuidor para transmitir sinais de informação que se sobrepõem à
tensão fornecida, para transmitir informação às instalações dos utilizadores. No entanto, a rede
de distribuição não deve ser utilizada para transmitir sinais de informação entre instalações
privadas. As frequências desses sinais variam de dezenas de Hz a vários kHz, de acordo com
sua função:
A distorção harmónica total em tensão for- • Sinais de controlo remoto centralizados: tensão sinusoidal sobreposta na faixa de 110 Hz a
necida (incluindo todas as harmónicas até à 3000 Hz;
ordem 40) não deve exceder 8% da tensão • Sinais da portadora de linha: tensão sinusoidal sobreposta na faixa de 3 kHz a 148,5 kHz;
fundamental (ordem 1). Para limitar as har- • Sinais de marcação: impulsos de curta duração (transitórios) sobrepostos em momentos se-
mónicas pode ser necessário, inicialmente, lecionados na forma de onda de tensão.
rever a estrutura da instalação:
• aumentar a secção do condutor neutro;
• reagrupar as cargas poluentes (se neces- 15. ANÁLISE DE REDE
sário com uma alimentação separada); Os dispositivos das gamas Alptec podem ser utilizados para obter leituras completas das caraterís-
• usar transformadores com enrolamentos ticas elétricas das redes, armazená-las e transmiti-las remotamente para o utilizador. A escolha da
especiais (acoplamento da harmónica de compensação de energia reativa ou das soluções a ter em conta são então mais adequadas.
3.ª ordem e seus múltiplos);
• ligação de equipamentos sensíveis afasta-
dos das cargas poluentes;
• ligação de cargas poluentes à rede com a
impedância mais baixa e o mais a mon-
tante possível. Também é necessário ve-
rificar se as baterias de condensadores
para compensar o fator de potência não
correm o risco de entrar em ressonância
(possível uso de indutâncias anti harmó-
nicas ligadas em série);
• regime de neutro TN-C deve ser evitado.

13. TENSÃO INTER-HARMÓNICA


Este fenómeno refere-se às frequências
múltiplas localizadas entre as frequências
harmónicas simples. Estas são causadas
por inversores de frequência, fontes de ali-
mentação ininterrupta, máquinas de rotação.
A sua interação pode causar episódios de
cintilação, mas é sobretudo no que diz res-
peito aos sinais de informação transmitidos
na rede que eles devem ser identificados e
controlados.

14. SINAIS DE INFORMAÇÃO


TRANSMITIDOS
NO SISTEMA
Em alguns países, o sistema de distribuição
pública pode ser utilizado pelo distribuidor
para transmitir sinais. O valor de tensão dos
Continua na próxima edição
sinais transmitidos na distribuição em alta Uma versão mais alargada do artigo encontra-se em www.oelectricista.pt

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64 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

as novas tecnologias estão a


tornar a manutenção preditiva
de disjuntores numa realidade
João Cruz
Field Services Business Development Manager
Schneider Electric

O conceito de manutenção preditiva baseado


nas reais condições de funcionamento
dos equipamentos é cada vez mais atual
e possível, através da utilização de inputs
operacionais e ambientais. Estes podem
incluir o desgaste mecânico e de contacto,
bem como a humidade, sal, gases corrosivos,
vibração, e outras influências. A análise desta
informação ajuda as equipas de manutenção Ao invés de seguir a calendarização de planos de manutenção
a prever a saúde real de cada disjuntor, tendo preventivos baseada em intervalos, é possível uma abordagem mais
em conta o seu envelhecimento. fluída através da previsão. A manutenção pode ser realizada apenas
quando é necessária, enquanto os disjuntores que precisam de aten-
ção imediata podem ser identificados. Este aspeto não melhora ape-
nas a segurança e confiança das instalações, como também aumenta
o desempenho dos disjuntores e o seu período de vida. Juntamente
com a redução do tempo de serviço isto traduz-se num menor OPEX
e CAPEX.
Assim sendo, de onde vêm todos estes dados? As tecnologias de
IoT estão a tornar muitos equipamentos e dispositivos das instalações
mais inteligentes.
Alguns disjuntores têm inteligência incorporada que é capaz de
relatar uma ampla variedade de parâmetros operacionais. Não inclui
apenas contadores de operações, mas também interrupções da cor-
rente para cada operação, desgaste dos contactos e dados das cargas
elétricas, incluindo conteúdo de harmónica. Os links de comunicação
possibilitam o envio constante desses dados para a base de dados de
um sistema de gestão de energia. Outros sensores inteligentes, espa-
lhados pela fábrica, podem fornecer dados em tempo real de todos os
parâmetros ambientais. Este tipo de informação é tipicamente dispo-
nibilizado através de um processo ou building management database.
O próximo passo é o de interpretar todos os dados. Algumas apli-
cações de gestão de energia oferecem capacidades analíticas espe-
De forma a simplificar a análise baseada na condição dos produtos, cificamente concebidas para a análise do desgaste dos disjuntores. O
pense nos pneus do seu veículo. Qual a esperança de vida dos mes- software integra todos os dados operacionais e ambientais medidos
mos? Para fazer esta estimativa precisa de ter em conta mais do que a para determinar a relação entre os diferentes fatores de desgaste.
distância conduzida. Outros fatores como a velocidade, as condições
da estrada e a temperatura influenciam o desgaste dos pneus. A mes-
ma ideia é aplicada aos disjuntores. É necessário ter em consideração
mais do que apenas o número de operações para determinar quando
é necessária a manutenção ou substituição.

“Ao dispor de disjuntores inteligentes e ao ter ferramentas


analíticas associadas aos mesmos, a manutenção pode
ser ajustada de uma forma dinâmica para se adaptar às
alterações das condições e necessidades da fábrica. Esta
otimização contínua irá estimular a produtividade e ajudar
a controlar os custos.”
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PUB
A partir desta análise, os riscos de falha são modelados.
Isto ajuda as equipas de manutenção a examinar o esta-
do de cada disjuntor e de que forma a sua condição atual
pode afetar o desempenho da infraestrutura da fábrica.
Normalmente o sistema fornece relatórios regulares para to-
dos os disjuntores bem como visualizações, em tempo real,
do seu estado - o que ajuda as equipas a tomar decisões
acerca de ações de serviço.
Os relatórios podem categorizar disjuntores tendo em
conta os níveis de risco de falha associados. As equipas po-
dem então concentrar a manutenção corretiva nos apare-
lhos que apresentam um risco mais elevado, assegurando a
continuidade do serviço. Com base nos níveis de risco e ou-
tra informação, os planos de manutenção podem ser agen-
dados para cada grupo de disjuntores de forma a maximizar
a eficiência. Para os disjuntores com riscos mais reduzidos,
a equipa pode adiar a inspeção agendada previamente, isto
se as regulações locais permitirem a decisão.
Se os relatórios mostrarem que as condições estão a
mudar com o tempo, a equipa pode otimizar as calendariza-
ções de forma a dar resposta a mudanças do envelhecimen-
to previsto do disjuntor. Para situações altamente variáveis,
o sistema vai identificar condições críticas que necessitem
de atenção imediata, enviando um alarme para os dispo-
sitivos móveis dos responsáveis de manutenção. Através
de um display HMI podem isolar o problema do disjuntor, e
aprofundar de forma a obter mais informação acerca das
condições específicas que o colocam em risco, tais como
um aumento repentino da temperatura ambiente. As ações
podem ser tomadas para reparar ou substituir o dispositivo.
Em última análise, através da utilização de um modelo
preditivo, baseado nas reais condições de funcionamento, é
possível adaptar a manutenção às condições específicas de
desgaste de cada disjuntor. Em ambientes exigentes e difí-
ceis pode ajudar a evidenciar situações urgentes e, por sua
vez, ajudar a garantir a segurança e aumentar o tempo entre
falhas na infraestrutura elétrica. Em aplicações menos exi-
gentes pode ajudar a prolongar a vida do disjuntor ao mes-
mo tempo que reduz o número de inspeções (dependendo
dos regulamentos).
Ao dispor de disjuntores inteligentes e ao ter ferramen-
tas analíticas associadas aos mesmos, a manutenção pode
ser ajustada de uma forma dinâmica para se adaptar às
alterações das condições e necessidades da fábrica. Esta
otimização contínua irá estimular a produtividade e ajudar
a controlar os custos. Em termos de gestão de tempo e cus-
tos, a análise e os relatórios podem ser geridos no local pela
equipa de gestão ou subcontratados por um fornecedor de
serviços que ofereça conhecimentos relevantes.
66 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

quadros elétricos Paulo Monteiro


Consultor TEV2

Quadros Elétricos de Entrada 801.1.1.4.1 – Cada instalação elétrica deve ser dotada de um quadro
• Entrada de uma instalação Elétrica; de entrada.
• Definição Quadro de Entrada;
• Implantação e localização do Quadro de Entrada;
• Condições de escolha do Equipamento;
• Em função do aparelho de Corte Geral;
• Em função das influências externas;
• Em função das condições de serviço e das normas.
• Choque Elétrico – Contactos Diretos e Indiretos:
› A utilização da Classe II de isolamento;
• Caixas e Armários Classe II de isolamento.
› Caixas de entrada Classe II. 801.1.1.4.2 – No caso de uma instalação elétrica servir vários edifícios
› Armários de entrada Classe II. distintos, cada edifício deverá ter um quadro que desempenhe a fun-
ção de quadro de entrada.

Entrada de uma instalação elétrica


• Definição
RTIEBT – 803 Instalações Coletivas e Entrada

801.1.1.4.3 – Em casos especiais, nomeadamente em instalações in-


dustriais complexas, pode ser dispensada a regra anterior.

801.1.1.4.4 – No caso de uma instalação elétrica servir diversos pisos


de um mesmo edifício, cada piso deverá ter de ser um quadro que de-
sempenhe para esse piso a função de quadro de entrada.

Entrada de uma instalação elétrica


• Definição
Secção 803 Instalações Coletivas e Entrada - RTIEBT

Canalização elétrica (de baixa tensão) compreendida entre:


a) Uma caixa de coluna e a origem de uma instalação elétrica (de
utilização); 801.1.1.4.5 – Casos particulares
b) Um quadro de colunas e a origem de uma instalação elétrica (de
utilização) com: a) cada zona corta fogo deve incluir um quadro que desempenhe a
b1) Entradas com caraterísticas especiais, função de quadro de entrada;
b2) Entradas em edifícios em que todos os equipamentos de con-
tagem estejam concentrados num único local;
c) Uma portinhola que sirva uma instalação elétrica (de utilização) e
a sua origem.

Quadro de Entrada
• Definição
Secção 801.1.1.4 - RTIEBT

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dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia 67

b) quando existir uma diversidade de tipos de instalações elétricas São definidas, classificadas e codificadas por duas letras e um
em cada piso em que for inconveniente o corte geral por piso, por algarismo
razões de segurança, em caso de incêndio, por razões de ordem
técnica ou por razões de exploração. 1.ª Letra > Categoria Geral – 3 categorias

• Implantação e localização A Ambiente


Generalidades: B Utilização
a) O quadro de entrada deve estar dentro do recinto servido pela ins- C Construção dos edifícios
talação elétrica, tanto quanto possível, junto ao acesso normal do
recinto e do local de entrada de energia; 2.ª Letra > Em função da natureza das influências
b) Os aparelhos de proteção e seccionamento da instalação deverão externas para cada categoria
ser instalados no quadro de entrada. No caso de existirem quadros
parciais de distribuição, os mesmos deverão ter origem no quadro AA Temperatura ambiente
de entrada; BE Presença de corpos sólidos estranhos
c) Quando não for possível implantar o quadro de entrada junto ao CB Condições climáticas
acesso normal, este pode ficar instalado noutro local, desde que
possa ser desligado à distância a partir do acesso normal ao recinto; Algarismo > carateriza a severidade das influências
d) A localização do mesmo deve ser realizada de maneira a que em externas
caso de acidente que se produza no seu interior, não possa causar
obstáculo à evacuação das pessoas ou à organização de socorros; Exemplo para a temperatura:
e) O quadro deve ser instalado em local adequado e de fácil acesso,
para que os aparelhos nele montados fiquem, em relação ao pavi- AA1 Frígido (-60°C à +5°C)
mento, em posição facilmente acessível. AA2 Muito Frio (-40°C à +5°C)
AA3 Frio (-25°C à +5°C
AA4 Temperado (-5°C a +40°C)


AA8 Exterior não protegido (-50°C a +40°C)

Esta classificação não é utilizada para a marcação dos equipamen-


tos, mas sim os códigos IP e IK em conformidade com os ensaios
estipulados.

• Os códigos de proteção IP e IK
Eles indicam o grau de proteção dos invólucros para equipamento
elétrico.
O código IP é definido pela Norma EN 60-529.
Condições de escolha do equipamento Este é caraterizado por 2 algarismos relativos às influências exter-
nas onde o equipamento será instalado.
• Aparelho de corte geral
Secção 801.1.1.6 - RTIEBT
a) O quadro de entrada deve estar dotado de um dispositivo de corte
geral, que corte simultaneamente todos os condutores ativos;
b) O aparelho de corte geral pode ser dispensado quando o apare-
lho de corte da entrada da instalação estiver localizado na mesma
dependência do quadro de entrada, na sua proximidade, em local
acessível e que corte todos os condutores ativos;
c) A corrente mínima para o aparelho de corte deve ser pelo menos
correspondente à potência prevista para a instalação, com um mí-
nimo de 16 A;
d) Outros quadros que existam numa instalação elétrica devem ser
dotados também de um dispositivo de corte geral o qual, para cor-
rentes estipuladas inferiores a 125 A, deve cortar todos os condu-
tores ativos.

• Em função das influências externas


1) A segurança e as boas condições de funcionalidade das instala-
ções dependem do modo e da correta escolha das caraterísticas
dos elementos que a constituem;
2) A seleção das caraterísticas dos equipamentos em função das
influências externas é necessária, não apenas para o seu correto
funcionamento, mas também para garantir a fiabilidade das medi-
das de proteção; O código IK é definido pela Norma EN 50-102.
3) Os equipamentos elétricos devem ser selecionados e instalados Este é caraterizado por um grupo de algarismos (00 a 10) relativo à
de acordo com a classificação do local onde serão instalados. proteção contra os choques mecânicos.

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68 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

Resumo para a seleção dos equipamentos:


• Análise das influências externas no local da instalação;
• Relação entre as influências externas e as caraterísticas mínimas
(IP e IK) do equipamento a instalar no local;
• Escolha do equipamento em relação às condições de serviço;
• Equipamentos de acordo com as Normas em vigor.

Caixas e Armários Classe II de isolamento:


• Caixas e armários de entrada - Residencial.

Série Mega
Caixa de entrada para encastrar com porta e aro de remate.

Convencionalmente, as classes de influências externas que se podem


considerar normais numa instalação elétrica são as seguintes:

Temperatura ambiente (AA) AA4


Humidade (AB) AB4
Outras condições ambientais (AC a AR) XX1 de cada parâmetro
Condições de utilização e de construção XX1 para todos os parâmetros,
dos edifícios (B e C) excepto para BC, que deve ser BC2 • IP 54 - IK 07;
• Segundo a Norma 61439 – 3;
O termo normal significa que o equipamento deve satisfazer, de um • Fabricado em termoplástico;
modo geral, as normas que lhe são aplicáveis. • Classe II de isolamento;
Relação entre a classificação das influências externas (definidas • Fecho rotativo (a partir de 3 filas é duplo). Chassi extraível em calha
pelo local de instalação) e os códigos IP e IK mínimos para os equipa- (35 mm) EN 50022;
mentos a instalar nesse local. • Capacidade: 18 a 120 módulos + diferencial;
• RAL 9010;
• Montagem do limitador da E.D.P.
Classificação IP IK
› Monofásico até 45 A.
AA4 + AB4 + ... XX1 IPX0 IK04 › Trifásico até 60 A.
AD1 IPX0 IK04
AD2 IPX1 IK04 Caixas de coluna para a rede elétrica:
AD3 IPX3 IK04
• Segundo EN61439-2 e regras técnicas 949-A/2006;
• Aro e porta fabricado em metal lacado a branco RAL 9010;
AD3 / ...AD6 IPX4 IPX6 IK04
• Invólucro em material isolante termoplástico livre de halogéneo;
AD7 / AD8 IPX7 IPX8 IK04
• Duplo isolamento;
AE5 / AE6 IP23 IK04
• Possibilidade de montagem de SEC 22*58; 14*51 e base NH00;
AF3 / AF4 IP23 IK04
• Tensão de isolamento 400 V.
AA6 IP20 IK04
AA1 IP20 IK04
AG2 / AG3 IP20 IK09
BE2 IP40 IK04
BE3 IP40 IK04

Em função das condições de serviço e das normas:


1) Condições de serviço a ter em conta;
2) Tensão nominal;
3) Corrente de serviço;
4) Frequência estipulada; Solução ideal para quadros de entrada juntamente com a área de tele-
5) Potência; comunicações (ITED).
6) Correntes de curto-circuito;
7) Compatibilidades dos equipamentos;
8) Tensão suportável ao choque.

Todo o equipamento a instalar deverá estar em conformidade com a


Norma Europeia “ EN….” ou com um documento de harmonização “ HD…”.
Na falta da “ EN….” ou “ HD…”, deverá estar de acordo com as
Normas nacionais em vigor.
Todos os equipamentos deverão ser instalados de acordo com as
instruções do fabricante.
A não-observação destas instruções poderá levar à danificação
do equipamento durante a sua montagem e posterior não cumprimen-
to das normas para o qual foi certificado.

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70 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

proteção contra sobretensões


Jaime Cabrera Martínez,
Engenheiro Eletrónico, Especialista Weidmüller, S.A.

Valores máximos (dimensionado)


Introdução
LPL Valor máximo Probabilidade
Em alguns milésimos de segundos, um relâmpago pode provocar múl-
Corrente Raio <Valor máximo
tiplas lesões e inutilizar por completo um sistema de controlo, provo-
I 200 kA 99%
cando enormes danos materiais. A aplicação de medidas protetoras
II 150 kA 98%
contra sobretensões garante a funcionalidade e disponibilidade das
III 100 kA 97%
instalações de produção, infraestruturas e instalações de processos.
IV 100 kA 97%
Os regulamentos em vigor indicam como devem ser protegidos os
edifícios e as instalações perante este tipo de fenómenos, de forma
Valores mínimos (interceção)
a garantir a segurança das pessoas e dos equipamentos elétricos e
LPL Valor mínimo Probabilidade Raio
eletrónicos. Corrente Raio >Valor mínimo Esfera
Rolante
I 3 kA 99% 20 m
Definição, causas e tipos de sobretensões II 5 kA 97% 30 m
Uma sobretensão é qualquer tensão superior ao valor nominal da rede. III 10 kA 91% 45 m
As sobretensões dividem-se em dois tipos: IV 16 kA 84% 60 m
• Sobretensões permanentes: a sobretensão tem uma duração su-
perior a um semiperíodo, >10 ms a 50 Hz; Quadros 1 e 2. Níveis de proteção contra raios (LPL).
• Sobretensões transitórias: a sobretensão tem uma duração infe-
rior a um semiperíodo, <10 ms a 50 Hz. Para conseguir a proteção requerida são necessários dois tipos
de medidas:
As principais causas de sobretensões permanentes são a rutura do • Medidas externas e estruturais: aquelas que protegem contra as
neutro ou problemas na rede de distribuição que provoquem um for- descargas diretas e indiretas de raios e que são necessárias para a
necimento de tensão superior ao habitual, uma vez que as sobreten- proteção física das pessoas;
sões transitórias são geradas por fatores atmosféricos (relâmpagos), • Medidas internas contra sobretensões: fazem parte da instalação interna
comutação de cargas (switching) em centrais e equipamentos elétri- e protegem os equipamentos e instalações elétricas contra descargas.
cos, e acoplamentos de outros cabos de potência adjacentes.
Para neutralizar os efeitos de uma sobretensão permanente, a úni-
ca opção passa por desligar a instalação até que a tensão recupere os Medidas externas
níveis normais, ao passo que para contrabalançar os efeitos de uma As medidas externas e estruturais são concebidas e planificadas por
sobretensão transitória devem ser instalados mecanismos e disposi- um especialista em sobretensões e pelo responsável pelo edifício
tivos de proteção contra sobretensões que, ao detetar a sobretensão, (construtor), segundo a análise de riscos do regulamento IEC62305 e
derivem a terra da potência desta, evitando que seja introduzida na os códigos de construção e regulamentos locais em vigor. Estas me-
instalação. didas incluem os seguintes pontos:
• Instalação captadora  Pára-raios;
• Instalação derivadora  A ligação entre o pára-raios e a ligação à terra;
Regulamento • Ligação à terra  Ponto onde se descarga a sobretensão captada
O regulamento IEC62305, com as suas diferentes particularidades, pelo raio;
está a recolher a análise e a conceção das instalações contra raios. As • Isolamento  Distância de separação entre os equipamentos an-
suas diferentes secções são: teriores e os indivíduos;
• IEC62305 – 1: Proteção contra raios: Princípios gerais; • Compensação de potencial  Garante a equipotencialidade.
• IEC62305 – 2: Proteção contra raios: Gestão de riscos;
• IEC62305 – 3: Proteção contra raios: Proteção contra estruturas e
pessoas; Medidas internas contra sobretensões
• IEC62305 – 4: Proteção contra raios: Sistemas elétricos e eletróni- Depois de se ter concebido de forma correta e instalado um sistema
cos em estruturas. de proteção externo contra sobretensões, este sistema não consegue
evitar por completo os efeitos das descargas de raio nas instalações
A análise dos riscos deve ser efetuada por um especialista em prote- internas. E da mesma forma outras causas que geram sobretensões
ção contra raios e sobretensões, e a partir de critérios como a frequên- (como o switching, acoplamento, entre outros) podem danificar a insta-
cia e exposição, finalidade do edifício, altura, probabilidade e tipos de lação elétrica, eletrónica e de telecomunicações, e não estar totalmente
danos, entre outros, que determinam o nível de proteção contra raios protegida pelo sistema externo. Estas razões obrigam à implementação
que deve ser respeitada. de um sistema interno de proteção contra raios e sobretensões.
Tendo esta análise como ponto de partida, o edifício é classificado
com um dos quatro níveis de proteção contra raios (LPL). Dependendo
do nível de LPL devem ser concebidos sistemas de proteção que su- Protetores de sobretensão
portem um valor máximo do raio e de forma que atraiam e intercetem Os equipamentos de proteção contra sobretensões transitórios são
raios com um valor mínimo. Estes quatro níveis são os seguintes: dispositivos que se encarregam de “pôr em derivação”, criando um

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dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia 71

curto-circuito à terra durante o reduzido tempo que dura a sobreten- É importante observar a localização de elementos intermédios
são para que esta se derive e não danifique a instalação e os equipa- conhecidos como elementos de “desacoplamento”. A função destes
mentos que a constituem. elementos é a de retardar a onda para que a sobretensão não chegue
Um protetor contra sobretensões é, basicamente, um dispositivo à etapa seguinte antes que o elemento de proteção anterior tenha sido
que está ligado em paralelo com a alimentação/sinal para que durante “amortecido”. Se colocássemos imediatamente, por exemplo, um dío-
o funcionamento normal se comporte como um curto-circuito com do supressor atrás de um descarregador de gás, o díodo ao ter uma
derivação à terra. O protetor deve garantir que a tensão e a corrente velocidade de reação superior iria atrair a sobretensão e seria destruí-
na saída seja muito inferior à da sobretensão de entrada e, além disso, do devido ao impacto da potência. Por isso deve ser assegurado que o
que tenha níveis que não suportem um risco para o equipamento ou primeiro dispositivo (descarregador de gás) atue antes.
para a instalação que protegem. Hoje em dia, com as tecnologias atuais, estes elementos de desa-
Os regulamentos IEC61643-11 e IEC61643-21 são, principalmente, coplamento já estão obsoletas, ou porque internamente incorporam
aqueles que determinam os procedimentos mais adequados no que os dispositivos ou porque com uma distância de cerca de 10 metros
diz respeito à conceção e teste destes componentes. o próprio cabo já atua ao realizar o denominado “desacoplamento”.

Estrutura de um protetor contra Protetores contra sobretensões.


sobretensões Curvas e testes
Os componentes mais comuns utilizados para a conceção de proteto- Os equipamentos de proteção contra sobretensões são testados se-
res de sobretensão são os seguintes: gundo as curvas que simulam o mesmo efeito do que o produzido por
• Descarregador de arco ou de gás: dois elétrodos localizados numa um raio:
determinada distância e separados por material dielétrico. Quan-
do a diferença de potencial entre ambos atinge um determinado
valor é descarregado e cria um arco voltaico. O tipo mais comum
e utilizado é um isolamento hermético que contém um gás iner-
te (árgon, neón) e que tem o nome de descarregador de gás. As
suas principais vantagens são o seu elevado poder de descarga e
um isolamento adequado, uma vez que quando o protetor está em
funcionamento normal (sem atuar) há uma desconexão completa
entre os dois elétrodos. As vantagens são o seu preço e o tempo
de reação elevados.
• Varístores: é um elemento semicondutor muito prensado (grãos de Gráfico 1. Descarga natural de raios (vermelho) e reprodução num gerador de corrente
óxido de zinco) cuja resistência interna varia em função da tensão (verde).
aplicada nos seus bornes. A sua principal vantagem é o preço e o
tempo de reação muito baixos, e possui um poder de descarga médio. Desta análise extraímos dois tipos de curvas que são utilizadas para
A sua desvantagem é que com o desgaste e o passar do tempo, o seu o teste e homologação dos protetores contra sobretensões que são o
isolamento deixa de ser ideal e pode levar a correntes de fuga à terra. Tipo 1 (10/350 µs) e o Tipo 2 (8/20 µs):
• Díodo supressor: díodos similares aos Zener. A sua vantagem é
uma elevada capacidade de reação com tempos muito baixos e
um custo muito reduzido, apesar da sua potência de descarga ser
muito baixa.

Gráfico 2. Curvas de teste utilizadas para os elementos de proteção contra os raios


e sobretensões.

Os protetores contra raios e sobretensões necessitam de determinar


qual o tipo de onda (Tipo 1 10/350 µs ou Tipo 2 8/20 µs) e o valor de
descarga (kA) que têm sido testados.

Figura 1. Descarregador de gás (esquerda), varístor (centro) e díodo supressor (direita). Proteção contra sobretensões
em Instalações de Baixa Tensão
Normalmente todos estes componentes podem ser utilizados naquilo O regulamento em vigor define as zonas de um edifício ou instalação:
que se conhece como “proteção por etapas” já que as qualidades dos • LPZ 0A: Zona exposta a uma descarga direta de raios;
diferentes componentes os tornam idóneos segundo a sua função e • LPZ 0B: Zona dentro da proteção dos pára-raios;
localização. Os descarregadores de gás são normalmente colocados • LPZ1: Área de entrada na instalação;
no início (grande proteção) para absorver o pico inicial, os varístores • LPZ2: Área depois do isolamento (aproximadamente >5 metros
nas etapas intermédias e os díodos supressores como uma boa pro- dentro do edifício);
teção localizada ao lado dos equipamentos sensíveis. • LPZ3: Equipamento final a proteger.

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72 dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia

da sobretensão. Por exemplo, o dimensionado de uma descarga para um


LPL I seria de, no mínimo, 100 kA no total e 25 kA por pólo ou condutor.
Geralmente os fabricantes agrupam os protetores de modo a que
consigam simplificar o número de variantes. E assim, o mais comum é
ter uma gama de proteção até 25 kA por pólo (para edifícios com LPL I
ou II) e uma outra gama até 12,5 kA por pólo (edifícios com LPL III ou IV):

Figura 2. Protetores de sobretensão segundo a LPL I-II (25 kA por pólo) e LPL III-IV (12,5 kA por pólo).
Gráfico 3. Zonas-Áreas importantes na proteção contra sobretensões.

A partir deste dimensionamento por pólo e por descarga total, apenas


Os dispositivos de proteção contra sobretensões que devem ser colo- temos colocado no quadro da caixa principal um descarregador de
cados são os seguintes: Tipo 1 e em todos os quadros de distribuição secundária os protetores
• Protetor de Tipo 1: Entre as zonas LPZ0 e LPZ1; de Tipo 2 com um poder de descarga superior ao requerido segundo
• Protetor de Tipo 2: Entre as zonas LPZ1 e LPZ2; o LPL do edifício.
• Protetor de Tipo 3: Entre as zonas LPZ2 e LPZ1. Se houver algum equipamento particularmente sensível também
se deve instalar um tipo de protetor de Tipo 3, o mais próximo possível
Basicamente isto equivale a dizer que devemos colocar um protetor do do dispositivo final a proteger.
Tipo 1 no quadro de distribuição principal, um protetor do Tipo 2 em
cada um dos quadros de distribuição secundários e os protetores do
Tipo 3 são aqueles componentes ou equipamentos finais que devem Proteção contra sobretensões em Sistemas
ser protegidos sobretudo por serem mais sensíveis. de Instrumentação e Controlo
Devido ao efeito de rearmamento das sobretensões (a força eletro- Para os sistemas de telecomunicações, de dados e instrumentação e
motriz de uma descarga de raio é tão elevada que a sobretensão pode controlo aplica-se o mesmo critério das zonas tal como para os pro-
ser restabelecida até níveis perigosos apesar de ter sido mitigada por tetores de Baixa Tensão. No entanto, a terminologia difere e segundo a
um protetor) é importante ressalvar que quando a distância entre dois norma devem localizar-se nos seguintes tipos de protetores:
locais na zona de distribuição é superior a uns 15 metros deve instalar- • Protetor de Tipo D1: entre as zonas LPZ0 e LPZ1;
se novamente outro protetor de Tipo 2. • Protetor de Tipo C2: entre as zonas LPZ1 e LPZ2;
Os dispositivos de proteção contra raios e sobretensões devem ser • Protetor de Tipo C1: entre as zonas LPZ2 e PLZ3.
dimensionados segundo o nível de proteção contra raios (LPL) do edi-
fício, obtido através da análise de riscos segundo a Norma IEC 62305. Como podemos observar, a Norma é muito semelhante no que diz respei-
Tudo isto tendo em conta que as medidas de proteção externa são ca- to ao tipo de protetor e à sua localização mas inclui uma diferença muito
pazes de derivar metade da sobretensão à terra e que outra metade da importante no que diz respeito ao dimensionamento dos protetores.
sobretensão pode ser introduzida na instalação. Ou seja, os protetores No caso da instrumentação, controlo, dados e comunicações, o
contra raios e sobretensões devem dimensionar-se para suportar a número de cabos é muito superior na distribuição elétrica, onde ape-
metade da corrente de raio máximo segundo o LPL: nas há 4 ou 5 condutores (3 fases mais o neutro). Por isso, a sobre-
tensão que se pode introduzir dentro da instalação está muito mais
Dimensionado do DPS Tipo 1 – EN 62305 distribuída (com mais condutores) e o poder de descarga necessária
Instalação na interseção das zonas LPZ0 e LPZ1
para cada uma das proteções é muito inferior.
Classe de risco no edifício Raio Descarga total Segundo a Norma IEC 61643-21 podemos resumir o dimensiona-
I até 200 kA 100 kA mento necessário para os protetores de instrumentação e controlo da
II até 150 kA 75 kA seguinte forma:
III até 100 kA 50 kA
IV até 100 kA 50 kA Tipo Nível de proteção
D1 2,5 kA/fio 5 kA/tal
Quadro 3. Dimensionado do DPS Tipo 1. C2 2,5 kA/fio 5 kA/total
C1 0,25 kA/fio 0,5 kA/total

Quadro 4. Dimensionamento de descarregadores para I&C segundo a Norma.

Um problema muito comum ao trabalho com descarregadores de so-


bretensão para instrumentação e controlo passa pela definição das
zonas não estarem tão claras como nas instalações de Baixa Tensão,
Gráfico 4. Dimensão da descarga contra raios e sobretensões segundo o LPL. uma vez que ali encontramos claramente definidos o quadro principal
de fornecimento, o quadro de distribuição e os equipamentos finais,
Além disso, a Norma indica que a sobretensão que pode entrar na ins- ao passo que, no caso dos dados, os cabos geralmente chegam a um
talação se distribui de forma similar entre os diferentes condutores. Em quadro de controlo diretamente.
Espanha, a rede de distribuição é do Tipo TT de 4 condutores (3 fases Por isso os fabricantes simplificam os protetores de forma que
mais o neutro), e por isso cada condutor suportaria 1/4 da corrente total com um único equipamento cumpram todos os diferentes requisitos e

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dossier sobre manutenção de instalações elétricas e armazenamento de energia 73

curvas (D1, C2 e C1) para que possa ser utilizado em qualquer local e comunicações, uma vez que estes podem causar interferências e
garantindo uma proteção completa, além das três etapas de proteção. gerar sobretensões por acoplamento;
• é necessário separar os cabos de entrada e de saída do protetor
porque se isso não acontecer a sobretensão da entrada podia aco-
plar-se sobre o cabo de saída, inutilizando a função do protetor;
• a ligação direta à terra da malha deve efetuar-se mediante a utiliza-
ção de equipamentos indicados para o efeito;
• existem protetores de sobretensão específicos que podem ser uti-
lizados nos circuitos SIL e em zonas seguras (zonas 0, 1 e 2), uma
vez que os componentes destes circuitos também estão suscetí-
veis à descarga de raios e de outro tipo de sobretensões.
Figura 3. Protetor de instrumentação e controlo Tipo D1, C2 e C1.

Nos protetores de instrumentação e controlo também é importante no-


tar a necessidade de ligação à terra, uma vez que esta pode igualmente
transmitir correntes de sobretensão, danificando os equipamentos finais.
No entanto esta ligação deve realizar-se de forma direta à terra num úni-
co ponto, ao passo que nos restantes necessita de estar isolada através
de um descarregador de gás. Se não fizermos desta forma estaríamos a
incumprir com a equipotencialidade e ao ter diferentes terras interconeta-
das entre si, seriam produzidas correntes de baixa frequência que pode- Gráfico 5. Protetor com terra direta versus Protetor com terra indireta (FG).
riam afetar os dados e sinais, e até mesmo danificar os equipamentos.
Por isso encontramos duas versões dos protetores para a instru-
mentação e controlo, uma com terra direta e outra com terra indireta Conclusões
(ou Floating Ground, FG). A regra é conetar um único ponto ao protetor Neste artigo foram abordadas as necessárias medidas de proteção
com terra direta e no resto da localização a versão com FG. contra as sobretensões, segundo a Norma em vigor. É fundamental
Outros fatores importantes quando se instalam protetores de saber que tipo de dispositivos devem ser utilizados, qual a sua dimen-
sobretensão em circuitos de instrumentação e controlo são os são, onde devem ser colocados e quais os critérios de instalação que
seguintes: devem seguir para garantir o nível de proteção requerido e desta forma
• é necessário separar cabos de potência dos cabos de dados e proteger os bens humanos e materiais.

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74 reportagem

media event em Amsterdão


ABB QUER VENDER 10 MILHÕES DE DISPOSITIVOS FREE@HOME ATÉ 2019.
por Carlos Alberto Costa (texto e fotos)

O desafio foi lançado por ISE 2017


Mike Mustapha, Managing Na mesma ocasião decorria na capital
Director da unidade de holandesa o ISE 2017, o mais importante
negócios Building Products evento europeu para profissionais de inte-
da ABB, perante cerca de gração de sistemas eletrónicos e audiovi-
duas dezenas de jornalistas suais, que este ano se realizou entre 7 e 10
internacionais e 180 clientes de fevereiro.
reunidos num jantar que A ABB esteve presente na feira com um
decorreu no icónico Hotel stand onde se podiam esclarecer dúvidas e
Okura, o preferido da família experimentar o sistema ABB-free@home.
real holandesa. Com 1100 expositores entre fabricantes
de equipamento, distribuidores, integrado-
res, fornecedores de serviços e utilizadores
O encontro organizado pela ABB em Amster- finais, o ISE (Integrated Systems Europe) foi
dão, na Holanda, marcou o lançamento glo- particularmente bem-sucedido nesta edi-
bal do ABB-free@home wireless, um upgrade ção de 2017, acrescentando 30 mil metros
importante num sistema que se tem tornado de exposição e mais 135 expositores face à
uma estrela em ascensão no florescente se- edição de 2016. Visitaram o evento mais de
tor da domótica residencial. 73 mil pessoas vindas de 150 países.
Lançado em 2014 na sua versão original,
pensado para ser simples de instalar e de ope- Mike Mustapha, Managing Director da unidade de negócios
rar, intuitivo e multifuncional, mais barato do Building Products da ABB.
que os seus concorrentes, o ABB-free@home Eric Karsemakers assinalou “a noite es-
tem registado performances comerciais as- pecial num lugar especial” para o lançamento
sinaláveis, com um milhão de dispositivos Okura, o preferido da família real holandesa global do ABB-free@home wireless. “Do que
vendidos em todo o Mundo. A meta para os para celebrar as suas festas e receber os pa- aqui se trata é de, na ABB, estarmos a viver
próximos dois anos é agora multiplicar esse rentes coroados da Europa, e também o eleito este nosso sonho de trazer a conetividade, a
número por 10. O desafio, no mínimo exigen- por algumas estrelas de futebol que jogam na segurança, a energia e a eficiência para den-
te, foi lançado por Mike Mustapha, Managing cidade. tro das nossas casas”, sublinhou.
Director da unidade de Building Products da Fizeram as honras da casa Mike Mus- Entretanto chegavam as boas notí-
ABB, perante jornalistas, cerca de duas cen- tapha e Eric Karsemakers, Global Mana- cias da venda de um milhão de dispositivos
tenas de clientes e colaboradores da ABB ger da ABB Holanda, o segundo mercado ABB-free@home. Mike Mustapha deixou o
reunidos a 8 de fevereiro último num jantar ABB-free@home mais importante da Europa desafio: “Quero voltar aqui dentro de dois
realizado em Amsterdão, no icónico Hotel logo depois da Alemanha. anos e o número que tenho em mente é multi-
plicado por…10. Quero que cada um de vocês
ponha o seu nome na cadeira onde está sen-
tado e que dentro de dois anos volte a sentar-
se na mesma cadeira para ouvir anunciar que
atingimos esta meta.”
Horas antes do jantar no Hotel Okura rea-
lizara-se uma conferência de imprensa onde
estiveram presentes cerca de duas dezenas
de jornalistas internacionais, incluindo um re-
presentante da revista “o electricista”.
Na ocasião, o próprio Mike Mustapha,
acompanhado por Adalbert Neumann (Mar­
keting Global e Vendas), Alexander Grams
(Diretor de Comunicação), e Axel Kaiser
(Global Product Manager, Building Auto-
mation), já tinham falado do atual mercado
de produtos smart home num contexto de
digitização global e das valências particu-
lares do sistema de domótica desenvolvido
pela ABB.

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reportagem 75

LIGAR A LUZ DO CORREDOR!


A ABB lançou o ABB-free@home em 2014 e
adicionou recentemente a versão sem fios,
facilitando a instalação e o controlo das
mais de 60 funções disponíveis no sistema.
A solução sem fios é particularmente
adequada para o mercado de renovação re-
sidencial, evitando abrir roços em paredes,
reduzindo custos com mão-de-obra.
O coração do sistema, o System Ac-
cess Point, permite o acesso através de
PC ou tablet, de uma rede de Internet exis-
tente ou de uma ligação ad-hoc via WLAN.
Desta forma, as funções podem ser defi-
nidas facilmente sem software dedicado.
Com os novos módulos wi-fi, um sistema
ABB-free@home cablado existente pode
ser expandido até mais 64 componentes
sem fios, sendo o único pré-requisito a ins-
talação do novo System Access Point wi-fi.
O comando de voz inteligente através
da App para smartphones e tablets torna “Mais de metade da população mundial “A conetividade é muito importante e
possível, por exemplo, chegar a casa e dizer reside hoje em áreas urbanas e em 2050 esta cada vez mais será no futuro, ligando mun-
simplesmente: “Ligar a luz do corredor!”. De percentagem chegará aos 75%, o que repre- dos, famílias, profissões, sistemas. O futuro
imediato a luz é ligada. O ABB-free@home senta um enorme potencial e por isso temos é digital e em relação ao ABB-free@home,
permite não só a captura e execução de co- investido no desenvolvimento de produtos a simplicidade do sistema é uma das ra-
mandos de voz, como também responde como o ABB-free@home. Outra grande ten- zões do seu sucesso. Já não são quilóme-
ao utilizador: “Ok, todas as luzes do corre- dência, a par da urbanização, é a digitaliza- tros de cabos, acessos difíceis e tempos
dor foram ligadas.” ção e, neste contexto, a automação residen- demorados de instalação e dificuldade na
De acordo com um estudo da Zion, o cial tem um enorme potencial e o segmento sua utilização. E este produto que a ABB de-
mercado global de automação residencial smart home é um dos que mais tem crescido senvolveu vai ter um grande papel no desen-
valia cerca de 7 mil milhões de dólares em na operação da ABB, ao ritmo de dois dígitos volvimento das smart cities”, considerou o
2015 e espera-se que atinja 27 mil milhões por ano”, referiu o orador. responsável pela unidade de negócios Buil-
de dólares em 2021. “O ABB-free@home foi lançado em 2014 e ding Products da ABB.
nesse ano tínhamos um plano para dois anos.
Logo após 8 meses de presença no mercado
atingimos esse objetivo e desde então temos ABB-free@home em HOSTEL
Mike Mustapha salientou na sua in- crescido. No final do ano passado juntámos Portugal já tem uma experiência hoteleira
tervenção a importância da urbanização ao sistema a versão sem fios e continuámos com o sistema ABB-free@home. Trata-se
e da digitalização das sociedades moder- a crescer. A nossa estimativa é que esse cres- de um hostel situado no centro histórico do
nas, duas tendências que representam um cimento seja exponencial nos próximos dois Porto, recentemente eleito o melhor destino
mundo de oportunidades para o mercado anos e possa atingir um volume 8 a 10 vezes europeu 2017.
smart home. maior”, acrescentou Mike Mustapha. “Este Hostel pretende distinguir-se
dos restantes e os seus proprietários pro-
curaram no mercado soluções diferen-
ciadoras que fossem de encontro ao que
pretendiam. Após lhes ser apresentado o
ABB-free@home, não tiveram dúvidas de
que era o ideal”, explica José Maia, Sales
Engineer na ABB Portugal.
“O ABB-free@home vai comandar a ilu-
minação, climatização e estores em cada
quarto, tudo acessível via smartphone ou
tablet, para máxima comodidade dos hós-
pedes. São estes detalhes que farão toda a
diferença na classificação do empreendi-
mento online, pelo que se trata de um in-
vestimento com um retorno rápido e garan-
tido”, acrescenta José Maia.
A ABB já tinha uma parceria na área
hoteleira com a DigiValet, uma empresa de
software para controlo de quartos de hotel.

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76 reportagem

Segurança em casa sistema toda a comunicação é encriptada apreciam é a nossa combinação do video-
A segurança do sistema foi, de resto, um dos com a mais avançada tecnologia disponível porteiro com o sistema free@home. Porquê?
tópicos mais insistentes em todas as inter- oferecendo altos níveis de segurança ao uti- A porta está lá fora, a campainha toca, vemos
venções dos responsáveis da ABB. lizador. No interior comunico com o meu wi-fi a face no ecrã e usamos o mesmo ecrã para
“Preocupamo-nos muito com a segurança e controlo-o com as aplicações. No exterior, controlar a iluminação, a abertura e fecho dos
e investimos muito dinheiro para garantir que de certeza que quero ter as mesmas fun- estores. São dois mundos que se combinam
estes sistemas estão de acordo com os níveis ções, quero verificar se o aquecimento está com simplicidade”, referiu o mesmo respon-
exigidos em termos de cibersegurança. Temos a funcionar ou se a luz está desligada, e isso sável da ABB.
o nosso próprio conhecimento, há uma entida- pode ser feito por via do meu portal ABB, no- “O ecossistema permite acrescentar dife-
de na ABB que trata deste tópico e que veri- vamente de forma segura, com comunicação rentes elementos. No controle da iluminação,
fica os dispositivos antes de serem lançados encriptada de ponto para ponto. Na ABB não por exemplo, integrámos o Philips Hue (conta
para o mercado, mas trabalhamos diretamen- estamos interessados em colecionar dados com aplicativo próprio e permite controlar e
te com consultores na área, falamos com os pessoais. A casa das pessoas é um espaço personalizar a iluminação para se adaptar ao
nossos consumidores e com os instaladores, muito privado e vamos cuidar para que assim ambiente, usando um smartphone). E tam-
ajudamo-los a ter comportamentos defensi- continue.” bém integrámos a energia solar no sistema
vos neste aspeto”, explicou Axel Kaiser. “O ABB-free@home é um sistema lifestyle, pois desde o final do ano passado está dis-
Falando sobre o ABB-free@home wire- fácil, confortável, produzido para se adequar ponível, através do ABB-free@home, a pos-
less, Axel Kaiser salientou que não se trata às exigências de instaladores profissionais, sibilidade de controlar e verificar os níveis de
de um novo sistema, mas de uma nova fun- desenhado para assegurar múltiplas funções energia armazenada. Estes são exemplos de
ção segura para o utilizador: “Em termos de necessárias numa casa. Um dos aspetos que como alargámos o ecossistema para novas
instalação não há diferenças. No interior do favorece as vendas e que os instaladores aplicações”, acrescentou Axel Kaiser.

MADE IN ABB
A fusão entre a companhia sueca ASEA e
a suíça BBC, em 1988, deu origem à ABB,
com sede em Zurique e presença em mais
de 100 países dos cinco continentes.
O gigante das tecnologias para eletri-
cidade e automação, com presença em
setores tão variados como a automação
residencial e industrial, a energia solar, a
extração de petróleo, a indústria naval, a
mineração ou a produção, transporte e
distribuição de eletricidade, emprega 150
mil pessoas em todo o mundo.
Em Portugal desde 1956, a ABB tem
atualmente cerca de centena e meia de
colaboradores.

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reportagem 77

E quanto custa? “SISTEMA MENOS COMPLEXO oe: Considera que este é um produto
O custo de instalação é um dos aspetos mais E A MELHOR PREÇO” para pessoas mais jovens?
sensíveis para todos os vértices do negócio, AK: Depende mais das mentes e da forma
desde o fabricante ao instalador e, segura- como as pessoas são tecnicamente orienta-
mente, ao consumidor final. Os responsáveis das. Se pensarmos, por exemplo, em quem
da ABB não admitem abertamente que o sis- usa iPhones, não estamos só a falar dos
tema ABB-free@home seja uma versão ‘low mais jovens. Diria que os consumidores do
cost’ de outros sistemas disponíveis no mer- ABB-free@home podem estar sobretudo en-
cado mas, ainda assim, consideram que o me- tre os 25 e os 50 anos, porque são esses que
nor custo é uma das vantagens competitivas. já têm o seu próprio apartamento ou estão a
“Se quiser dispor de uma solução de 60 comprá-lo, já não vivem com os pais e têm a
funções com wireless não será muito diferen- possibilidade de decidir ter uma smart home.
te do custo de uma instalação clássica. To- Mas também podemos falar nos jovens ins-
mando como exemplo o preço médio do me- taladores, que eles próprios já pertencem a
tro quadrado em Berlim, cerca de 3 mil euros, uma geração muito mais familiarizada com a
o custo de uma instalação ABB-free@home Axel Kaiser vida digital, que já nasceram e viveram com
num imóvel de 300 mil euros custará mais Global Product Manager Building Automation Products ABB os smartphones, os tablets ou as consolas
mil euros do que a instalação clássica. Ainda avançadas de jogos. Isto não quer dizer que
assim, 40% mais baixo do que uma solução Revista “o electricista” (oe): Podemos dizer os menos jovens vivam fora da realidade tec-
KNX. Se estamos a construir um apartamen- que o ABB-free@home é uma versão ‘low nológica e, nessa medida, muitos partilham
to de 3 mil euros por metro quadrado não faz cost’ da KNX? do interesse em tornar mais confortável e se-
sentido uma instalação clássica. Estamos Axel Kaiser (AK): Este sistema tem menos gura a vida nas suas casas. E se isso puder
também a falar do futuro, quando o proprie- funcionalidades, menos complexidade mas ser feito de um modo fácil e intuitivo, como é
tário quiser vender o imóvel ou simplesmen- também um menor custo. Com a KNX tem o caso, tanto melhor.
te expandir soluções smart home”, explicou milhares de opções mas talvez só preci-
Adalbert Neumann. se de três ou quatro lá em casa. O sistema
Alemanha e Holanda são, para já, os mer- ABB-free@home é mais pequeno e com
cados europeus mais entusiastas com o sis- materiais mais leves, mais próximos de um “ABRIR A DOMÓTICA
tema da ABB. Adalbert Neumann esclareceu: switch convencional. É tecnologia de topo, AO MERCADO DE RENOVAÇÃO
“é interessante que o mais forte desenvolvi- fácil de instalar, de programar e de utilizar. E IMOBILIÁRIA”
mento desta tecnologia venha das pessoas também é mais barato.
que vivem no campo, no interior profundo oe: Como definiria o posicionamento es-
da Holanda, embora a Alemanha tenha uma tratégico da ABB neste mercado?
maior dimensão geográfica e, por essa ra- AK: A nossa estratégia é para todas as
zão, o número de utilizadores seja também instalações da casa e para instaladores pro-
superior. Mas também há drivers diferentes fissionais. Mas também há definições diver-
de acordo com os mercados. No mercado sas para o que é uma smart home. Alguns
escandinavo, o driver vem mais do lado da competidores podem dizer que têm uma app,
segurança, na Alemanha vem mais do con- um bluetooth ou um dispositivo de controlo
forto ou da segurança. Um mercado com e considerarem que estamos perante uma
uma relação muito forte com a segurança, smart home. O conceito não está universal-
por exemplo, é o norte-americano. Porém, os mente definido. Para nós, este segmento pro-
mercados do sul, como a Espanha e a Itália, fissional é onde queremos estar e queremos
estão a crescer rapidamente”, partilhar o caminho com os instaladores pro- Manuel Dias

“Na ABB temos três drivers nas soluções fissionais de modo a ajudá-los a vender valor Marketing Management, ABB Portugal

smart home: um é a segurança, o segundo acrescentado aos clientes finais. Esta é a filo-
continua a ser a segurança, depois a mobili- sofia e a estratégia da ABB. Revista “o electricista”: Que avaliação faz
dade e a conetividade. Eu próprio perguntaria: oe: Qual a importância/dimensão deste da introdução do ABB-free@home no mer-
Por que razão o ABB-free@home tem sido tão mercado na operação da companhia? cado nacional?
bem sucedido em relação a outras soluções? AK: Está a crescer rapidamente. Como Manuel Dias (MD): O sistema ABB-free@
Não é só a tecnologia, é também a facilida- ouviu ao jantar, já vendemos um milhão de home foi lançado oficialmente em Portugal
de, a simplicidade e a segurança. Os clientes dispositivos e acreditamos que em cinco ou em 2016, estando neste momento a decor-
finais podem programar a instalação através seis anos corresponderá a uma parte impor- rer várias ações de promoção e formação
de um smartphone ou de um tablet, de acordo tante da nossa unidade de negócios. no nosso mercado. O feedback tem sido
com as suas preferências. A instalação é fácil oe: Que futuro projeta em termos de de- muito positivo e existem já vários projetos
para todos os instaladores. O treino para um senvolvimento e investigação? a decorrer e alguns deles já mesmo conclu-
instalador não demorará mais do que uma AK: Sentimos que o crescimento e a pene- ídos com um grau de satisfação bastante
hora”, concluiu o responsável pelo marketing tração têm sido rápidos. Cada vez mais con- elevado.
global de Building Products da ABB. sumidores estão a começar com a instalação oe: Que segmentos ou setores têm de-
Um milhão de dispositivos depois, a ABB de um primeiro dispositivo ABB-free@home monstrado mais interesse ou potencial?
aspira agora ao multiplicador sugerido por Mike e, depois, a evoluir para a ideia de ter uma MD: As solicitações têm-nos chegado
Mustapha durante o jantar no Hotel Okura. Os smart home, sobretudo quando os mais jo- pelas mais diversas vias, sendo os promo-
lugares à mesa ficam marcados para 2019. vens visitam a área de construção ou os tores imobiliários e os clientes finais quem
apartamentos-modelo. Estamos a caminho mais tem demonstrado interesse. A expan-
*com ABB de um mercado de massas. sibilidade do sistema e a possibilidade do

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78 reportagem

próprio utilizador o poder adaptar à sua respondemos com a gama “ABB-free@home” oe: Na sua opinião, o que é que os con-
forma de vida têm sido um dos fatores de (leia-se free at home ou Livre de configuração sumidores procuram neste tipo de siste-
sucesso. pelo utilizador). mas?
oe: O menor custo em relação a outros oe: Que vantagens trouxe o wireless? TS: A vantagem do sistema é que não é
sistemas de domótica pode ser uma vanta- CL: Com o lançamento do complemento uma única aplicação smart, mas um sistema
gem comparativa para o sistema da ABB? wireless para o sistema ABB-free@home, integrado. Além disso, os clientes querem
MD: O ABB-free@home apresenta-se passa a ser possível considerar este tipo controlar, não querem estar dependentes de
como um sistema de domótica com cara- de soluções também em projetos onde o terceiros sempre que é necessário alterar um
terísticas de topo de tecnologia e com um nível de reabilitação não é tão profundo, parâmetro ou uma função. E o sistema é de-
custo substancialmente mais baixo, tendo a uma vez que este novo complemento não senhado para essa autonomia técnica, para
possibilidade de ser escalável à medida das necessita de canalização ou cablagem que o consumidor final possa gerir funções,
necessidades. E esta possibilidade tornou- dedicada, bastando apenas, por exemplo, tal como a programação horária ou outros
se, entretanto, ainda mais flexível com o trocar um simples interruptor convencio- ajustes. Tudo isto pode ser diretamente defi-
lançamento recente da tecnologia wireless nal por um da gama ABB-free@home wi-fi nido pelo consumidor final usando um smar-
integrável no mesmo sistema, oferecendo a e passamos a comandar aquele circuito tphone, um tablet ou um computador.
possibilidade de acrescentar, a qualquer mo- via smartphone. oe: E em relação ao mercado português?
mento, novos interruptores/sensores ao sis- oe: Que expetativas têm para este mer- TS: Diria que Portugal, neste sentido, não
tema sem necessidade de obras adicionais, cado? é completamente diferente de outros merca-
abrindo desta forma a domótica ao mercado CL: A ABB está na vanguarda das solu- dos. As exigências e as preocupações são as
da renovação imobiliária. ções, daí que esperamos obter do mercado a mesmas. Vários estudos de mercado acerca
aceitação correspondente ao nível de promo- do que o consumidor espera dos produtos
ção e de divulgação de soluções que as nos- smart home ou sobre o tipo de aplicações
sas equipas comerciais pelas mais diversas procura, mencionam aspetos como o con-
“UMA TECNOLOGIA vias procuram colocar no mercado todos os trolo da iluminação ou a segurança, que é
QUE SE AJUSTA A DIFERENTES dias. Trabalhamos para que possamos ter um uma preocupação transversal. Um estudo da
NÍVEIS DE EXIGÊNCIA” papel importante neste processo de reabilita- Frost & Sullivan revela que 60% de todos os
ção urbana e conseguirmos assim promover utilizadores de smartphones querem utilizar
o conforto dos utilizadores, a comunicação o aparelho não apenas para efetuar chama-
dos produtos à distância pela coordenação das telefónicas ou para ter acesso às redes
com tablets e smartphones e mesmo aspetos sociais mas para o smart control, portanto,
aparentemente mais simples mas não menos querem usá-lo também para isto. Não pen-
importantes nos dias de hoje como são, de- so que, neste sentido, o mercado português
signs modernos, durabilidade dos produtos seja diferente do alemão ou do holandês ou
e a fiabilidade de uma marca de referência do espanhol. As necessidades dos consumi-
como é a ABB. dores são as mesmas. Claro que se me fala
da dimensão do país, são realidades diferen-
tes, mas as últimas gerações cresceram com
os mesmos dispositivos em Portugal ou na
“OS CLIENTES QUEREM Alemanha.
Carlos Lima CONTROLAR O SISTEMA” oe: Pensa que este é um mercado gera-
Segment Sales Manager, ABB Portugal cional?
TS: Diria que é intergeracional. O sistema
Revista “o electricista” (oe): O setor da re- é fácil de usar e, portanto, não exige compe-
abilitação urbana está em recuperação. tências específicas mais associadas às gera-
Admite que possa liderar as compras neste ções que cresceram em ambientes tecnológi-
tipo de equipamento? cos mais desenvolvidos. Se para controlar as
Carlos Lima (CL): A ABB dispõe de um con- luzes de casa for obrigado a ler um extenso
junto alargado de soluções adaptadas aos manual, não o vai fazer, seja mais ou menos
requisitos de qualquer instalação elétrica nas jovem. Cada vez mais os sistemas têm que
áreas residencial, terciária ou industrial. Não ser intuitivos. Por isso também desenvolve-
consideramos que exista um tipo de equipa- mos o controlo de voz. Há alguma coisa mais
mento destinado ou formatado para a reabi- fácil do que dizer “por favor, desliga a luz”, e o
litação urbana. Tudo depende dos requisitos sistema reagir desligando a luz?
e exigências dos proprietários dos respetivos Tobias Schlitzer oe: Acredita nos 10 milhões de disposi-
imóveis, da sua disponibilidade para os valo- Regional Sales Manager Building Automation Europe ABB tivos vendidos nos próximos 2 anos?
rizar comercialmente, ou mesmo da vontade TS: Acredito de certeza nos 10 milhões.
e necessidade de adaptar os edifícios às tec- Revista “o electricista” (oe): Um milhão de Todos os gigantes de mercado tal com o Fa-
nologias do futuro que, na ABB, procuramos dispositivos vendidos. Que significado tem cebook, a Samsung, a LG, a Sony, entre ou-
trazer para o presente. este número? tros, estão a posicionar-se no mercado dos
Os equipamentos podem variar, como Tobias Schlitzer (TS): Significa o crescimen- produtos smart home e isto cria mais even-
em qualquer tipo de instalação, entre o mais to mais rápido na linha de automação da ABB, tos em todo o mundo, os consumidores vão
económico ao mais sofisticado e tecnolo- provando a escolha certa de entrar neste aderindo e nós e os nossos parceiros distri-
gicamente evoluído como são a “Home Au- mercado smart home, estabelecendo para- buidores e eletricistas trabalhamos para cor-
tomation” com a tecnologia KNX ou a auto- digmas técnicos de facilidade na instalação, responder a este aumento rápido da procura.
matização configurável pelo utilizador que na integração e na utilização. Portanto, acredito na meta dos 10 milhões.

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80 reportagem

Ílhavo acolheu o XI Encontro


AGEFE de Material Elétrico
por Marta Caeiro

A AGEFE (Associação
Empresarial dos Setores
Elétrico, Eletrodoméstico,
Fotográfico e Eletrónico)
organizou o XI Encontro
AGEFE de Material Elétrico,
que decorreu nos dias
23 e 24 de março no Hotel
Montebelo Vista Alegre,
em Ílhavo. A Legrand foi a
grande vencedora do Prémio
“Fornecedor do Ano”.

Perto de uma centena de distribuidores gros- E o Vencedor Absoluto foi a LEGRAND, a em- Valverde - Diretor Executivo da AGEFE, sobre
sistas, fabricantes e importadores, associa- presa mais galardoada da noite. assuntos do trabalho associativo.
dos da Divisão de Material Elétrico estiveram No seu discurso de agradecimento, Nor- Em seguida, Daniel Ribeiro, apresentou os
reunidos em Ílhavo, para participar em mais berto Mendes, Diretor-Geral da Legrand, frisou resultados do inquérito ao setor sobre “Efici-
um Encontro AGEFE de Material Elétrico. Fo- o impacto desta vitória: “O prémio tem um im- ência e Valor na Cadeia de Distribuição” do
ram 83 os participantes, em representação pacto enorme na organização. Para quem nos Mercado Português de Material Elétrico.
de 49 empresas. conhece e quem lida connosco todos os dias A iniciativa partiu dos Conselhos das
Este XI encontro contou com os patrocí- sabe que nós tentamos agradar arduamente. Secções de Grossistas/Distribuidores e de
nios das seguintes empresas: Efapel, Hager, Cometemos erros como todos os outros, mas Importadores e Fabricantes da AGEFE, com
Ledvance, Morgado & C.ª, Obo Bettermann, temos um espírito unido e de motivação enor- o principal intuito de “proporcionar uma re-
Philips, Siemens e a Schneider Electric. mes. Pela minha avaliação, nós estamos real- flexão sobre como melhorar a eficiência da
O primeiro dia do evento, a 23 de março, mente sincronizados. (…) Isto tem um impacto cadeia de negócio do material elétrico e como
também aberto a algumas empresas não asso- enorme! As minhas equipas vão euforicamen- otimizar processos que gerem mais valor
ciadas, convidadas, ficou marcado pelo jantar te celebrar, porque, na realidade é o culminar para todos os intervenientes”.
de confraternização dos participantes, ao qual de um trabalho diário”. 51 empresas responderam, de modo
se seguiu a cerimónia de entrega dos Prémios confidencial, a este inquérito online, compos-
“Fornecedor do Ano”, correspondentes ao ano to por 26 questões pré-selecionadas pelos
de 2016. Esta que é já a 4.ª Edição consecutiva “Eficiência e Valor Conselhos de Secção.
de um concurso que visa distinguir as empre- na Cadeia de Distribuição” O primeiro aspeto que mereceu realce foi
sas fornecedoras que, na perspetiva dos distri- o da importância da iniciativa e o da significa-
buidores, “introduzem mais valor na sua relação Os trabalhos prosseguiram na manhã do dia tiva participação de um conjunto muito repre-
com a distribuição”. Foram 36 os fornecedores 24 de março, com uma sessão de abertura sentativo de empresas do sector, revelador
selecionados para disputar os seis prémios em e com primeira intervenção a cargo de José da maturidade com que é encarado o debate
jogo – cinco segmentados por categorias e um
absoluto. Os parâmetros de avaliação destes
prémios prendem-se com vários critérios refe-
rentes às políticas de distribuição, rentabilida-
de/geração de valor e à oferta e nível de serviço.
Foram atribuídos prémios nas categorias
Cabos, Distribuição de Energia, Iluminação,
Indústria e Material de Instalação e, ainda, o
prémio Vencedor Absoluto ao mais bem clas-
sificado de todos os anteriores. Os vencedo-
res do ano 2016 em cada categoria foram:

Cabos GENERAL CABLE


Distribuição Energia LEGRAND
Iluminação LEDVANCE
Indústria FINDER
Material de Instalação OBO BETTERMANN
… e o fornecedor do ano foi
Vencedor Absoluto LEGRAND

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reportagem 81

associativo em torno destes temas. A apre-


sentação deteve-se em todas as questões do
Inquérito e na resposta que a cada uma de-
ram, no seu conjunto, tanto os distribuidores
grossistas, como os fabricantes e importado-
res, criando uma reflexão viva e interessante
de seguir pelos participantes.
Na parte final da apresentação foi exibida
uma síntese das respostas às questões, por
sua vez agrupadas em tópicos – Eficiência,
Rentabilidade, Desenvolvimento – sendo
evidente a elevada convergência de pontos
de vista entre os distribuidores grossistas e
os seus fornecedores na grande maioria das
questões em apreciação, em particular nas
questões relativas à Eficiência e ao Desenvol-
vimento da cadeia de valor.
A concluir, Daniel Ribeiro destacou a
transparência deste Inquérito e as potencia- Para o professor, clientes felizes geram valor. à Secção de Importadores e Fabricantes, Na
lidades de diálogo que os seus resultados “Ter colaboradores felizes é também uma for- Secção de Grossistas / Distribuidores cou-
oferecem a cada empresa, num mercado al- ma de gerar valor. Se os nossos clientes esti- be a Nuno Lameiras – da Rodel - assumir a
tamente concorrencial como é o mercado do verem felizes é porque estamos a gerar valor”. presidência e, ao mesmo tempo, a vice-presi-
material elétrico. Os tópicos abordados foram de capital dência da Divisão.
importância para grossistas distribuidores, Daniel Ribeiro apresentou em seguida o
importadores e fabricantes. Passaram pelo estudo da AGEFE sobre o Mercado de Mate-
“Ter clientes felizes é também presente e pelo futuro do setor da cadeia de rial Elétrico em 2016, naquele que é sempre
uma forma de gerar valor” distribuição, canais de distribuição, centra- nestes eventos um dos momentos mais es-
lização da gestão, cadeia de valor, os princí- perados por todos os participantes.
Seguiu-se uma apresentação e debate den- pios do B2B, a importância da expansão, en- O Encontro encerrou com intervenções
tro da mesma temática, moderado por José tre outros. Sobre este último ponto, concluiu dos novos responsáveis pelos órgãos da Di-
António Rousseau, professor e consultor em- Rousseau: “Sem expansão, a distribuição su- visão de Material Eléctrico. David Claudino e
presarial. foca. Só aqueles que abrirem o seu coração à Nuno Lameiras agradeceram aos membros
O professor frisou, perante a audiência expansão poderão sobreviver”. do mandato anterior, em particular a Carlos
atenta e interessada, a importância de existir Teles (Rexel) e a Miguel Soares Franco (Ha-
concorrência no setor: “Muito do que nós so- ger), e apresentaram pessoalmente todos os
mos devemos aos nossos concorrentes, pois Resultados eleitorais para a eleitos para o mandato que agora se inicia,
são eles que nos estimulam, que nos moti- Divisão de Material Elétrico salientando o importante papel da AGEFE na
vam, para sermos cada vez mais e melhores”. Durante a parte da tarde do encontro tiveram contínua promoção do setor: - “É na AGEFE
De facto, as políticas de distribuição são lugar as Assembleias Eleitorais dos órgãos da que encontramos um ponto de vista privile-
hoje menos seletivas, pelo que muito frequen- Divisão de Material Elétrico, nas quais foram giado para observar a evolução do setor e do
temente sucede que num mesmo distribuidor eleitos o Conselho da Divisão e os Conselhos mercado, reunindo num mesmo espaço as-
se encontrem hoje várias marcas concorren- das Secções de Grossistas / Distribuido- sociativo fabricantes e importadores, e distri-
tes de um mesmo tipo de produtos e que, pa- res e de Importadores e Fabricantes, para o buidores grossistas”, referiu Nuno Lameiras,
ralelamente, muitas delas optem por estar pre- mandato 2017-18. Assim, para este mandato, tendo David Claudino encerrado o Encontro,
sentes numa multiplicidade de distribuidores. David Claudino – da Schneider Electric – foi salientado ter sido o mais participado de
Ao longo da sua intervenção, José Antó- eleito como Presidente da Divisão de Material sempre e apelando à importância da partici-
nio Rousseau foi deixando bem claro o tipo Elétrico da AGEFE, para além de presidir ainda pação dos sócios na vida da Associação.
de relação que deve existir com o cliente.
“Quer fabricantes, quer grossistas, têm de se
focar no cliente, não podem focar-se apenas
uns nos outros, para que haja uma relação
de ‘win-win-win’, e não apenas ‘win-win’. A
relação comercial é como um casamento: os
dois conjugues olham na mesma direção. No
vosso caso é exatamente o mesmo, têm que
olhar na mesma direção e a mesma direção
é o cliente”.
“Negócios iguais acabam”! Foi a partir
deste chavão que Rousseau destacou a ne-
cessidade de diferenciação. “Temos que nos
diferenciar, mesmo dentro da mesma área de
atividade. A diferenciação é fundamental e a
inovação também. Porque quando os nossos
concorrentes nos imitam, tudo bem, o pior
é quando os nossos concorrentes inovam”.

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82 reportagem

9.ª edição:
Rittal “on tour” em Portugal por Marta Caeiro

A Rittal fez-se à estrada por


mais um ano consecutivo,
para a apresentação das
melhores novidades de
2017. O camião percorreu
Portugal de norte a sul, indo
ao encontro de centenas de
profissionais que visitaram a
exposição.

A 9.ª edição do “Rittal on Tour” terminou no


passado dia 3 de março, após oito longos
dias de viagens e paragens bem-sucedidas,
com a visita de mais de três centenas de
clientes antigos e futuros da Rittal.
No interior do camião, que foi viajando de
lés a lés, houve lugar de destaque para as mais
recentes aquisições da marca. As novidades
apresentadas incluíram soluções de armários
e acessórios para automação e quadros elé-
tricos, novas luminárias LED e a nova gama
de ferramentas Rittal Automation Systems.
Desta gama inovadora fizeram também parte
soluções para a distribuição de energia Ri4po-
wer, sistemas de barramento RiLine Compact, dial de sistemas para armários de distribui- mais diversos ramos – desde a construção
sistemas de climatização para armários de ção, distribuição de energia, climatização, de maquinaria e instalações, passando pela
automação industrial e para datacenters – infraestruturas de TI, assim como software indústria automobilística até à tecnologia de
ventilação, ar-condicionado e chillers e ainda e assistência técnica. A empresa reúne pro- informação.
infraestruturas para datacenters. dutos inovadores, soluções de engenharia São cerca de 12 000 colaboradores
Desde a fundação em 1961, a Rittal pro- orientadas para o futuro e assistência técnica que se empenham diariamente em fazer
vou ser continuamente uma referência mun- mundial para múltiplas exigências. E isto nos cumprir o lema da empresa: “Faster, Bet-
ter, Everywhere”, uma marca que se afirma
mais rápida, melhor e com uma presença
“Desde a fundação em universal.
1961, a Rittal provou ser A longa viagem “Rittal on Tour” teve início
continuamente uma a 20 de fevereiro, em Braga e Alfena, seguindo
referência mundial de no dia seguinte pelo norte até à Maia, Vila do
sistemas para armários de Conde e Guifões. O terceiro dia terminou já no
distribuição, distribuição centro do país, na cidade de Aveiro. Nos dias
de energia, climatização, 23 e 24 o camião viajou de Cacia a Leiria. Já
infraestruturas de TI, assim em março, entre os dias 1 e 3 a viagem fez-se
como software e assistência a partir de Setúbal, seguindo para Corroios,
técnica. A empresa reúne Ramada, Forte da Casa, tendo terminado no
produtos inovadores, Tagus Park, em Oeiras.
soluções de engenharia Os profissionais de todo o país, que mar-
orientadas para o futuro caram presença nestas paragens, tiveram
e assistência técnica assim a oportunidade de conhecer, in loco, os
mundial para múltiplas produtos da Rittal, sempre acompanhados
exigências. E isto nos mais por especialistas disponíveis para o escla-
diversos ramos – desde a recimento de qualquer dúvida. As soluções
construção de maquinaria e foram apresentadas aos visitantes pela equi-
instalações, passando pela pa da Rittal de forma individual ou coletiva,
indústria automobilística explicando pormenorizadamente todas as
até à tecnologia de vantagens, funcionalidades e caraterísticas
informação.” de cada produto.

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84 informação técnico‑comercial

Grupel no âmbito
da disponibilidade de energia
em sistemas críticos
Grande projeto Grupel: Chase Farm Hospital Energy Centre no Reino Unido.

do pela Grupel permite monitorizar a rede, e


fazer arrancar os geradores quando as condi-
ções da tensão forem inferiores ao previsto. O
próprio sistema irá analisar a demanda e de-
cidir quantos geradores são necessários para
alimentar as cargas existentes e irá realizar,
após o retorno da carga, o derramamento na
rede, conforme especificado pelo cliente.
O painel de controlo possui um controla-
dor que, além de permitir que os modos de
operação descritos acima possam funcionar
corretamente, permite também monitorizar
as temperaturas, as pressões, os níveis de
alarmes, os estados dos interruptores e a
rede. Para facilitar o manuseamento à distân-
cia também foram disponibilizados os con-
trolos de tensão e frequência.
Para conseguir garantir as condições de
O projeto consistiu no fornecimento de três de funcionar como geradores de emergência funcionamento do equipamento em modo
geradores sob chassis para o funcionamen- para os consumidores de energia do hospital STOR desenhou-se o gerador de modo a que
to em paralelo e em sincronismo com a rede. em caso de falha ou para operar na rede STOR. pudesse levar incorporado um sistema com-
Estes geradores irão fornecer a energia elétri- A solução fornecida pelo Grupel para a pleto de líquido refrigerante com circulação
ca necessária para o funcionamento do hos- operação em STOR incluiu um motor MTU forçada de 9 kW, e um sistema de lubrificação
pital em caso de emergência (falha da rede 16V4000G23-3D e um alternador PI734F que incluiu uma bomba de pré-lubrificação
elétrica) e também estão preparados para um Stamford, que irá atingir um fator de carga de e um sistema de enchimento de óleo auto-
funcionamento STOR. 100% sob condições exigidas. Para esta apli- mático. O sistema de refrigeração é formado
A entrada da Grupel neste projeto surgiu cação optou-se por utilizar o acoplamento pela resistência de aquecimento, bomba de
como solução para uma demanda específica flexível entre o motor e o alternador que irá recirculação, termostato e todos os controlos
no Reino Unido de consumo de eletricidade absorver os deslocamentos axiais, radiais e associados. A recirculação do líquido de ar-
muito superior aos níveis normais, a Natio- de torção que suavizarão as pressões devido refecimento permite o aquecimento uniforme
nal Grid introduziu a curto prazo a Reserva ao lastro ou deslastro das cargas elétricas, em todo o motor, aumentando consideravel-
Operacional, conhecida em inglês pelas si- permitindo um maior tempo de vida/utiliza- mente a vida útil do equipamento e reduzindo
glas STOR (Short Term Operation Reserve). ção dos equipamentos. Na seleção do motor, o consumo de energia.
Através deste programa é possível exportar a a Grupel considerou as implicações ambien- Para conseguir um design robusto, a equi-
energia produzida pelos nossos geradores à tais, bem como os requisitos regulamentares pa de engenharia Grupel trabalhou no projeto
medida que é necessária para a National Grid, mais rigorosas e por isso instalou um motor da bancada sobre a qual se instalou o motor
de forma a aumentar a oferta. com emissões otimizadas. e o alternador. Com a utilização de melhores
No caso dos geradores a diesel, o que é O sistema de controlo foi programado materiais construiu-se uma placa de base
exigido pela National Grid é a operação de para permitir a seleção do modo de opera- sobre a qual descansa o equipamento supor-
rede contínua paralela para intervalos entre 1 ção STOR. Uma vez selecionados, os três tado em oito silentblocks que visam amorte-
e 2 horas a 100% de potência, com um máxi- geradores serão iniciados, mas apenas dois cer as vibrações produzidas pelo gerador, evi-
mo de 150 a 400 horas por ano. serão utilizados para a operação. O terceiro tando-se assim a criação de uma fundação
Para este efeito, foram solicitados à Gru- motor deixará de funcionar assim que a carga especial. Esta base está também equipada
pel os trabalhos de design, fabrico e forneci- é aceite pelos dois primeiros dois geradores com uma bandeja de recolha de fluidos para
mento de 3 geradores de 2250 kVA e 400 V de uma vez. Em caso de falha de qualquer um cumprir assim com as normas ambientais e
para o projeto “Energy Centre” do Chase Farm dos dois grupos ativos, e após um tempo de- para evitar qualquer derramamento.
Hospital, em Inglaterra. finido, o terceiro gerador arrancará.
Os geradores contentorizados, com um Para além da configuração STOR, os ge- Grupel S.A.
total de 6,75 MVA de potência instalada, foram radores fornecidos foram projetados de for- energy everywhere
projetados para cumprir os requisitos regula- ma a garantir os requisitos de qualidade mais Tel.: +351 234 790 070 · Fax: +351 234 920 670
mentares do Reino Unido e com capacidade rigorosos. O sistema de controlo desenvolvi- www.grupel.eu

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86 informação técnico‑comercial

novo sistema de teste trifásico


Testrano 600, da OMICRON
O verdadeiro teste TouchControl no ecrã tátil integrado ou utili-
trifásico faz a diferença zando o software Primary Test Manager es-
no diagnóstico do tabelecido no portátil.
transformador de potência. Os operadores podem também desmag-
Novo sistema de teste netizar rapidamente o núcleo do transfor-
Testrano 600: compacto, mador de potência antes e depois do teste,
potente e único. usando o conjunto de teste. A desmagneti-
zação é recomendada após a aplicação DC
num transformador de potência, por exemplo,
Executar uma série de testes elétricos pa- durante testes de resistência de enrolamento.
drão numa base regular tem dado provas de Um núcleo desmagnetizado reduz o risco de
ser uma maneira eficaz de obter uma visão correntes de entrada altas e evita a influência
credível sobre o estado de funcionamento de um núcleo magnetizado em testes subse-
dos transformadores de potência. Contudo, quentes, como testes de corrente de excita-
este tem sido um trabalho de tempo e cus- ção ou análise de resposta de frequência do
tos intensivos. Foram necessários diferentes circuito.
equipamentos para cada teste, cada fase teve Figura 1. Testrano 600, sistema portátil de teste
de ser medida individualmente e as conexões de transformador de potência trifásico da OMICRON.
tiveram de ser alteradas entre os testes. Um Colocando a segurança
verdadeiro sistema de teste trifásico pode re- em primeiro lugar
almente fazer a diferença. precisão e tornam o dispositivo num podero- O Testrano 600 segue o princípio da “segu-
Com a Testrano 600, a OMICRON desen- so sistema de teste (3 x 33 A DC e 400 V AC). rança em primeiro lugar” e está equipado
volveu o primeiro sistema de teste portátil tri- Em comparação com os conjuntos de teste com um botão de paragem de emergência,
fásico do mundo, que suporta todos os testes monofásicos convencionais, um verdadeiro bem como com luzes de segurança e de ad-
elétricos comuns em transformadores de po- sistema de teste trifásico oferece várias van- vertência. Os conetores únicos e o conceito
tência. Pesando apenas 20 kg/44 lbs, é ideal tagens, como tempos de teste mais curtos de fiação simples, com cabos de ligação
para testes de rotina e diagnóstico no local quando está a fornecer energia às três fases etiquetados, deixam uma margem extrema-
e durante os testes de aceitação de fábrica ao mesmo tempo e um controlo totalmente mente estreita para erros de fiação.
(TAF). Para além disso, o seu design inova- automatizado do comutador durante o teste.
dor reduz significativamente os esforços de
fiação, reduzindo o tempo de teste para um Compacto e robusto
terço em comparação com o teste monofási- Operação flexível para testes no local
co convencional. e inteligente Com todos os seus acessórios, o conjunto
A fim de satisfazer as necessidades individu- de teste vem num estojo portátil e é fácil de
ais do cliente, este conjunto de teste oferece transportar. O seu design robusto torna-o
Um sistema – múltiplos um design operacional flexível. Paralelamen- ideal para testes no local, mesmo em condi-
testes te, pode ser manuseado através do Testrano ções de funcionamento difíceis. Tudo soma-
Com este conjunto de teste, os operadores do, o Testrano 600 traz testes de aceitação de
precisam apenas de uma configuração co- fábrica de transformadores de potência a um
mum para executar vários testes, tais como novo nível – nunca foi tão rápido e tão fácil
a relação de transformadores, corrente de realizar um teste trifásico!
excitação, resistência de enrolamento DC, re-
sistência dinâmica, impedância de curto-cir-
cuito ou reatância de vazamento, bem como Perfil da empresa
resposta em frequência de perdas perdidas. A OMICRON responde às necessidades da
Ao combiná-lo com o acessório CP TD1, ele indústria de energia elétrica com inovado-
pode também testar o fator de potência/dis- ras soluções de teste e diagnóstico. Os pro-
sipação e capacitância até 12 kV. dutos oferecidos permitem aos utilizadores
avaliar a condição do equipamento primário
e secundário no seu sistema. Os serviços in-
O mágico número 3 cluem consultoria, comissionamento, testes,
Para trabalhar com o Testrano 600, apenas diagnóstico e treino.
três cabos têm de ser ligados: um para o lado
da Alta Tensão, um para a Baixa Tensão e ou- Figura 2. As três fontes integradas e o simples OMICRON Technologies España, S.L.
tro para o comutador de derivação. Três fon- conceito de fiação aceleram e simplificam os testes Tel.: +34 916 524 280 · Fax: +34 916 536 165
tes integradas garantem medições com alta de transformadores de potência. www.omicronenergy.com

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88 informação técnico‑comercial

indústria alimentar
e agroalimentar – a tecnologia
ao serviço da conexão elétrica
“Não quero, sequer, ter de me preocupar com isso”!

Este é o requisito principal


que os responsáveis técnicos
das unidades fabris
da indústria alimentar
e agroalimentar têm quando
se trata de ligações móveis
de energia e dados (tomadas
e fichas de corrente,
de comunicação de dados
e controlo.)

Mas, na realidade, todos sabemos que uma


falha numa tomada de alimentação elétrica
pode pôr em risco a continuidade de produ-
ção e a segurança física das pessoas e dos
equipamentos.
Vejamos então, listando os pontos crí-
ticos, as tecnologias existentes para evitar
problemas de segurança.
Precisamos de conetores estanques, ro-
bustos, resistentes a químicos, adequados a
ambientes extremos, fáceis de manusear em quentes na conexão, acabando por queimar O contacto topo-a-topo (em pressão)
segurança, com encravamentos que evitem os conetores ou fazer colar (fundir) os pinos. também se autolimpa a cada operação. Tudo
erros humanos e com uma duração e número Com um contacto topo-a-topo, como é isto faz com que resista à corrosão mesmo
de operações longa. feito na Maréchal Electric, a ligação é feita após anos de uso.
entre pastilhas de prata niquelada (já por si
mais condutivas e resistentes do que o cobre)
Ambientes húmidos que ficam pressionadas por uma mola, no ato Lavagens regulares muito
e corrosivos de introdução da ficha. Tudo isto é feito num profundas
A clássica ligação ficha – tomada por pino e alvéolo que, quando a tomada não está a ser Quando se fala da indústria alimentar é ine-
alvéolo é, como se sabe, muito exposta aos usada, fica automaticamente tapado por um vitável pensar em lavagens e limpezas com
ataques de ambientes húmidos e corrosivos, disco protetor, evitando a entrada de poeiras jatos de água, vapor quente, químicos, entre
que acabam por atacar o metal e criar pontos e humidades. outros.
As fichas e tomadas têm de ser estan-
ques, claro, mas o clássico IP54 não é sufi-
ciente quando entram os jatos de água em
ação. E os vedantes têm realmente que resis-
tir ao vapor ou aos químicos.
É o que encontramos nas fichas e tomadas
Maréchal que são IP66/IP67, automaticamen-
te, ao fazer a ligação ou ao empurrar a tampa
podendo, nalguns modelos, ter um IP69K, ide-
al para limpezas de alta pressão a 80º C.
É muito importante esta função não reque-
rer a participação do funcionário da limpeza,
porque evita esquecimentos e inexperiência.
Os operários trabalham de luvas em am-
bientes húmidos e gordurosos.
Quando precisam de desligar uma ficha,
o mais natural será que o funcionário tenha

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as mãos molhadas ou metidas em luvas engorduradas, e
não é fácil, nem seguro, puxar uma ficha, sobretudo acima
dos 32 A.
Mas no caso da Maréchal as tomadas desligam-se car-
regando num botão. Sem mais. E a ficha não cai. Fica desli-
gada, mas em modo de “parque”, digamos, pois para a retirar
completamente terá de rodar 1/4 de volta.
Isto evita que haja qualquer hipótese de acesso a zonas
em carga da tomada.
Mais uma vantagem do que já foi dita para o contacto,
em pressão, topo-a-topo dos pinos. As tomadas desligam-
se como um contactor e por isso são chamadas de Decon-
tator e são aprovadas para corte em carga (AC-22 e AC-23)
até 250 A em ambiente industrial e 200 A em ATEX.
Para evitar a desconexão involuntária de uma ficha po-
de-se pedir a inclusão de um sistema de cadeados que blo-
queiam a funcionalidade do botão de desligar.

Resistência e robustez
Este é um requisito comum a toda a indústria e é preciso
garantir que o corpo dos conetores seja verdadeiramente
aprovado contra choques acidentais, no mínimo IK08, e que
tenha uma operação contínua aprovada para temperaturas
muito frias ou quentes: -40º C a +60º C.

Zonas ATEX
Nestas indústrias é muito comum a existência de zonas de
armazenagem e de manuseamento de pó de leite, farinhas,
cereais, álcoois e outros produtos que criam atmosferas po-
tencialmente explosivas.
Nestas zonas todos os requisitos anteriores se mantêm,
mas acresce a necessidade de equipamentos que estejam
em conformidade com as Normas ATEX, podendo ser usa-
das em zona 1 ou zona 2 (gás) e zona 21 ou zona 22 (pó).
A grande vantagem da Maréchal Electric é que fornece
as tomadas com a mesma tecnologia, quer para ambiente
industrial, quer para ambiente ATEX, com a mesma seguran-
ça de operação e de durabilidade.
E de tamanho também! As tomadas são mais compac-
tas do que as tradicionais, na versão industrial, mas sobre-
tudo na versão ATEX. E essa também é uma caraterística a
valorizar, porque numa fábrica, o que se pretende é espaço
para trabalhar.

Palissy Galvani, Electricidade, S.A.


Tel.: +351 213 223 400 · Fax: +351 213 223 410
info@palissygalvani.pt · www.palissygalvani.pt
90 informação técnico‑comercial

a miniaturização dos bornes


A tecnologia push-in está a tornar-se universal.

ao integrador tecnologias de ligação mutua-


mente compatíveis que partilham uma gama
comum de acessórios.
Existem várias razões para selecionar
uma determinada tecnologia de ligação.
Estas incluem preferências regionais ou
específicas da indústria, bem como fato-
res comerciais específicos e relacionados
com a aplicação e à sua utilização. As
considerações comerciais desempenham
um papel fundamental em cada vez mais
indústrias - não apenas na construção
de máquinas e sistemas. Movidos pela
pressão de preços e processos de otimi-
zação, bem como por conceitos metodoló-
gicos, como o CIP (processo de melhoria
contínua) ou Kaizen, os sistemas contem-
porâneos vêm cada vez mais equipados
com condutores e cabos flexíveis, eficien-
tes, compactos e simples.
A tecnologia push-in é ideal para respon-
der a esses requisitos. Esta tecnologia, que
foi gradualmente atualizada, funciona de
acordo com o princípio da mola de com-
pressão: o condutor é diretamente conetado
sem necessidade de recorrer a ferramentas.
Os bornes modulares com tecnologia push­ Tecnologia de ligação – base Devido ao design específico das molas de
‑in estão em voga. Esta tecnologia de ligação do borne compressão de alta liga de aço, que impul-
pode agora ser usada numa gama completa Nos quadros elétricos e caixas de controlo siona o condutor contra a barra de corrente,
de instalações elétricas – desde a transmis- de cada sistema, existem numerosos com- é necessária uma força até 50% menor para
são de sinal na ordem dos miliamperímetros ponentes eletromecânicos. Em termo de ligar o condutor. Isto reduz os tempos de
até fontes de alimentação de alta corrente. quantidade, os bornes modulares são um dos eletrificação que são libertados para ou-
Com os seus microbornes recentemente lan- componentes mais comuns. Teoricamente, tras atividades envolvidas na configuração
çados, a Phoenix Contact expandiu os bor- cumprem uma tarefa simples mas importan- de máquinas e sistemas e que consomem
nes modulares que fornece atualmente para te: a transferência fiável de energia e tensão tempo. Isso significa que a atividade de ele-
incluir novos modelos de menor dimensão entre os cabos conetados. A ligação criada trificação como principal congestionamento
(Figura 1). deve ser perfeita e deve funcionar durante em instalações elétricas são, de uma vez por
décadas, de forma fiável, em todas as aplica- todas, uma coisa do passado.
ções, sempre com resistências baixas entre
contactos.
São necessários materiais de alta quali- Os maiores e mais
dade para garantir conexões fiáveis e dura- pequenos bornes Push-in
douras. Todos os fabricantes de conetores do mundo
estão sujeitos às leis da física. O maior desa- A linha completa de bornes modulares
fio ao criar bornes modulares é a tecnologia Clipline Complete não cobre apenas a tra-
de ligação - assistiu-se a uma clara evolução dicional gama baixa/média de secções
nessa área nos últimos anos. transversais entre 0,14 e 16 mm². No ano
passado, a Phoenix mostrou, com o novo
borne PT-Power 150, que a instalação de
Aumento da eficiência cablagem pode ser facilmente realizada
com a tecnologia Push-in sem ferramentas, mesmo na gama supe-
A Phoenix Contact rapidamente reconhe- rior de potência até 309 A com uma seção
Figura 1. O borne maior e mais pequeno: a tecnologia ceu a importância da tecnologia de ligação, transversal de 150 mm² (Figura 2). A procu-
push-in mudou o mundo dos bornes modulares. permitindo que atualizasse, gradualmente ra neste segmento tem sido exclusivamente
Independentemente do seu tamanho, são muito fáceis e completamente, os bornes modulares da correspondida com conexões de parafuso
de instalar. gama Clipline Complete. O sistema fornece ou roscadas.

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Figura 2. A nova ligação de mola Powerturn foi concebida para grandes secções
transversais até 150 mm².

Mesmo com este tamanho, o princípio da ligação é simples.


Também aqui a mola fornece a força necessária para um
contacto sólido e pré-programado do condutor com a barra
de corrente. Contrariamente aos bornes push-in compactos,
os modelos de maior dimensão vêm equipados com até três
níveis de mola que trabalham, em conjunto, para fornecer
uma alta qualidade de contacto. Estes bornes push-in da
gama PTPOWER podem ser operados com uma ferramenta
com a qual os eletricistas estão familiarizados: a chave de
fendas. Se a cablagem com bornes push-in até 16 mm² é
removida usando um botão cor de laranja integrado, a sec-
ção transversal com fio de 35 mm² e superior são abertas
usando uma alavanca giratória Powerturn. Uma clara sepa-
ração das funções de conexão e desconexão do fio exclui
erros de cablagem, uma vez que não é possível conetar fios
incorretamente.
Uma vantagem do design adicional fornecido pela
tecnologia push-in é o seu tamanho compacto. Os bornes
modulares também devem seguir a tendência de miniatu-
rização, tornando-se menores. O membro mais recente da
família push-in fornece um alto desempenho e requer muito
menos espaço. O microborne push-in MP de 1,5 é atualmen-
te o borne mais pequeno do mundo (Figura 3).

Figura 3. O borne push-in mais pequeno do mundo: seis cores disponíveis


tornam a eletrificação de diferentes tensões no microborne ainda mais fácil.
92 informação técnico‑comercial

Use espaço onde não existe tenciais de seis a vinte pontos de ligação que
Para além da calha de montagem NS 35, fazem parte integrante da gama. Devido ao
aceite a nível mundial, com uma largura de design altamente compacto, estes também
35 mm, foi criada uma versão muito mais pe- são adequados para distribuidores de energia
quena há muito tempo: a calha de montagem que economizam espaço.
NS 15 com uma largura de apenas 15 mm e
é utilizada nas caixas de controlo e de distri-
buição. Para este formato foram criados mi- Resumo
nibornes. Nesta área, a Phoenix Connect for- A série de microbornes MP 1.5 abre novos
nece o borne push-in MPT 1.5/S que é usado caminhos em termos de desempenho e mi-
em aplicações de sinal e controlo graças à niaturização. Teoricamente poderiam ser de-
sua pequena largura de apenas 3,5 mm. Este senvolvidos bornes ainda mais compactos.
borne modular miniatura está totalmente in- Figura 4. Bornes compactos para montagem direta: para Isso implicaria um compromisso importante
tegrado no sistema Clipline Complete devido criar espaço necessário, os microbornes podem ser usados em termos dos condutores que poderiam po-
à caixa dupla para pontes, partilhando uma para montagem com flange. tencialmente ser ligados ou do desempenho
vasta gama de acessórios do sistema. elétrico. Por exemplo, o isolamento do fio de
A Série Micro vai um pouco mais além em 1,5 mm² usado normalmente na indústria é
termos de design compacto. Uma vez que o so, o orifício de teste integrado garante uma de 4,0 mm. Mesmo os projetos mais sofisti-
espaço se torna cada vez mais valioso nos medição simples durante a execução do ser- cados enfrentam limites físicos.
quadros de comando que se tornam cada viço e manutenção. Para além de bornes de A série de bornes modulares com tecnolo-
vez menores, o microborne push-in fornece passagem existem blocos de bornes equipo- gia push-in cresce constantemente (Figura 5).
vantagens únicas de economia de espaço
devido ao seu tamanho quase quadrado, com
uma altura compacta de apenas 20 mm e um
comprimento de apenas 19,9 mm. Foi sele-
cionada uma largura de peça de 4,15 mm, de
modo a que os cabos até 1,5 mm² com termi-
nais ponteira isolados possam ser facilmente
instalados.
Conforme prescrito pelas Normas que ab-
rangem os bornes modulares, também pode
ser utilizada a secção nominal/transversal
acima, de 2,5 mm². Os novos microbornes
são classificados como tendo uma intensi-
dade de corrente de tensão nominal máxima
admissível de 17,5 A a 500 V segundo a IEC
60947-7-1. De acordo com a Norma UL 1059,
consegue-se uma tensão nominal de 300 V e
uma corrente de 10 A para utilização no gru-
po de utilização D e 150 V/10 A no grupo de
utilização C.

Também para o Building Figura 5. Tamanho e dimensões compactas versus potência e variantes: com base nos requisitos do utilizador, estão
Automation disponíveis os bornes push-in nas versões Micro, Mini e Standard.
Os novos microbornes são adequados para
instalações, por exemplo, em automação de A montagem automatizada é também uma questão fundamental. Isto porque a tecnologia
edifícios. O borne para instalação MPI 1.5 push-in destina-se a ser usada num processo manual, bem como em processamento de siste-
foi aprovado de acordo com a Norma IEC mas de produção automatizada e robotizada, uma vez que é fácil e fiável.
60998-2-2 (ver caixa). Corresponde aos mais
avançados requisitos de teste e pode ser usa-
do na construção de caixas de junção.
O microborne MP 1.5 foi lançado como
IEC 60998-2-2 – agora também para bornes modulares?
Os bornes modulares definem-se pela Norma IEC 60947-7-1. O design do produto e os testes
uma abrangente família de produtos. Para
necessários baseiam-se nesta Norma e são executados em função da mesma. As Normas
além dos modelos para calhas de montagem,
IEC 60998-1 e IEC 60998-2 Parte 2, aplicáveis aos conetores de mola, em particular, apli-
existem também bornes ou blocos de bornes
cam-se a dispositivos de ligação para uso doméstico e similar. Uma diferença importante
para uma instalação direta. Os bornes são
reside na conceção dos conetores: os bornes de acordo com a IEC 60947-7-1 são criados
adequados para a instalação em caixas pla-
para encaixar firmemente numa superfície de montagem. Por outro lado, os conetores de
nas e em espaços muito estreitos (Figura 4).
acordo com a IEC 60998-2-2 são utilizados para conexões abertas em caixas de derivação
A série de microbornes está disponível
ou canal para cabos, por exemplo.
em seis variantes de cor para facilitar a
identificação. Isto simplifica a instalação e
a resolução de problemas, uma vez que as Phoenix Contact, S.A.
diferentes tensões podem ser visualmente Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769
identificadas com mais facilidade. Além dis- www.phoenixcontact.pt

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94 informação técnico‑comercial

detetores de presença
e movimento da Züblin
– Grupo Belga NIKO
Qualidade suíça no controlo eficiente da iluminação.

A Züblin é uma marca suíça de referência no mercado › Iluminação de LED com luz inteligente
ao nível da deteção e iluminação, pertencendo com detetor PIR integrado;
ao Grupo Belga NIKO, que disponibiliza uma vasta gama › Primeiro detetor de tecnologia dual
de produtos de qualidade. PIR/HF em controle de iluminação;
› Desenvolvimento de modelos de ne-
gócios inovadores para os nossos
clientes;
› Orientação da decisão inovadora para
solução ideal de cada aplicação.

KLR

Detetores
presença e
detetores a 24V
Gráfico 1. Niko Group.
Detetores movimento
A Züblin é detentora de uma vasta gama de produtos como detetores de presença, detetores e detetores a 24V
de movimento, detetores de alta frequência, detetores de infravermelhos, detetores dupla tec-
nologia, detetores DIM, detetores DALI, detetores KNX, detetores 24 V, iluminação com sensor,
iluminação LED com e sem sensor, projetores LED com e sem sensor, iluminação de alta fre- Gráfico 2. Categorias de detetores.

quência, entre outros.


A marca Züblin abrange os produtos e as soluções inteligentes projetadas para o utilizador
profissional. Este é o lugar onde o foco é a eficiência energética, com a utilização de LEDs de Categorias de detetores
última geração e tecnologia de sensor. Züblin é uma escolha de referência no mundo, como
fornecedora de uma linha completa de sistemas de controlo de iluminação eficiente automa- • Detetores de presença com controlo de
tizada. luz constante (KLR)
A Züblin é parceira em KNX e DALI, em detetores de presença. Sistema com a máxima efi- › Áreas bem frequentadas com ilumi-
ciência energética! nação dimável;
› Valor LUX não é limiar de comutação,
• Uma parceria forte com projeto elétrico: mas o setpoint;
› Inovadora gama de produtos; › O modo semiautomático desliga au-
› Consultoria técnica de produto; tomaticamente a iluminação após a
› Suporte de projeto; expiração do tempo de retardo.
› Documentação de produto profissional para suporte a projetos.
• Detetores de presença
• Elevadas exigências em desempenho e qualidade: › Áreas bem frequentadas (escritórios,
› Componentes de alta qualidade e fiáveis; salas de aula, entre outros);
› Desempenho profissional orientado para o cliente; › O valor LUX é o limiar de comutação;
› Qualidade contínua; › O modo semiautomático desliga au-
› Processo de melhoria. tomaticamente a iluminação após a
expiração do tempo de retardo.
• Inovação total
Introdução rotineira de produtos e soluções inovadoras, tais como: • Detetores de movimento
› Primeiro detetor de exterior com funcionalidade real de tolerância a animal de estimação; › Áreas de circulação (garagens, po-
› Plafon Slim LED com detetor PIR integrado; rões, escadas, entre outros).

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informação técnico‑comercial 95

• Definição da Área de Deteção


› Alcance – A gama é indicada em di-
âmetro para detetores aplicados no
teto e em raio para dispositivos apli-
cados na parede.
› Direção de movimento – Distingui-
mos entre movimentos tangenciais e
frontais. Movimentos tangenciais per-
correm as radiais do detetor, enquan-
to movimentos frontais aproximam o
dispositivo ao longo dos radiais.
› Presença/movimento – A área de
presença é sempre uma parte da área
de deteção total. Na área de presença, Figura 2. Detetor com 2 piro.
pessoas sentadas são detetadas en-
quanto na área de movimento, pesso- Figura 4. Detetor com 4 piro.
as em pé são detetadas.

Padrão zona horizontal


Figura 3. Detetor com 3 piro.

O detetor de movimento deve ser montado


numa parede robusta, uma vez que qualquer
movimento do próprio detetor terá o mesmo
efeito que um movimento térmico na área de
deteção.
Ao determinar a localização e a altura de
montagem do detetor, deve ter-se em conta a
distância para a rua e para as áreas vizinhas, Padrão zona vertical
a fim de evitar influências perturbadoras in-
desejáveis. Figura 5. Exemplo padrão deteção da zona com detetor
Figura 1. Áreas de deteção. Instalações onde o detetor pode detetar com 3 piro.
em toda a direção permitem a deteção mais
confiável. A aproximação direta do detetor re-
Tecnologia PIR duz o alcance em alguns instantes conside- outra forma, provocar uma nova troca como
ráveis (até -50%).Os feixes de infravermelhos resultado de alterações na radiação térmica
não podem penetrar objetos sólidos, pelo que quando ligam ou desligam.
o local de instalação correto deve permitir Os projetores não devem ser apontados
uma linha de visão clara. diretamente para o detetor de movimento,
Todos os detetores de movimento in- uma vez que esta luz pode comprometer a
fravermelho reagem a mudanças rápidas função do sensor do crepúsculo.
na radiação térmica presente no campo de A amplitude de um detetor pode ser in-
Definição: A tecnologia de infravermelho pas- visão. Por exemplo, as gotas de chuva em fluenciada por meio da rotação e inclinação
sivo (PIR) reage às mudanças de temperatura. movimento na lente podem desviar a radia- da cabeça do sensor ou da cobertura parcial
O sensor infravermelho contém dois ou qua- ção térmica alterando as condições locais e da lente com a película de cobertura ou as pa-
tro “feixes” que são projetados através da provocando uma comutação indesejada. las de lente apropriadas. Se os componentes
lente, estabelecendo assim zonas de deteção. Todos os detetores de movimento, ao indutivos paralelos, tais como relés, contac-
Uma mudança da energia térmica dentro de serem instalados, devem ser protegidos da tores, lâmpadas fluorescentes ou transfor-
uma zona cria um sinal. Os objetos emisso- chuva, do vento e da radiação solar direta, madores forem comutados com o detetor de
res de calor que não se movem (por exem- sempre que possível. movimento, então é aconselhável conetar um
plo aquecedores) não criam um sinal a não Deve respeitar-se uma distância mínima circuito RC em paralelo com a carga. Os dis-
ser que provoquem um choque, ou seja, há de 1 metro entre o detetor de movimento e a positivos indutivos não compensados podem
deslocação do ar quente que fará disparar o fonte de luz a ser comutada. As luzes colo- gerar tensões de pico de 100 V quando são
detetor. cadas dentro da área do sensor podem, de desligados.

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96 informação técnico‑comercial

Após a instalação dos detetores exte- mento AF usa o efeito Doppler. Uma pessoa sensibilidade é muito alta. Portanto, o detetor
riores, o potenciómetro de regulação deve ou objeto que se move dentro da área de de- deve ser instalado num local protegido de in-
apontar para baixo para garantir uma deteção teção causa um desvio de fase no sinal de fluências climáticas diretas.
fiável. rádio refletido. O sinal de rádio emitido só é A grande gama de ajustamento de sensi-
Os detetores de movimento da Züblin não transmitido em forma de impulso com uma bilidade dos detetores de AF da Züblin permi-
são adequados para aplicações de deteção potência inferior a 1 mW. Este sinal é, portan- te uma ótima deteção de movimento.
de segurança, uma vez que não foram de- to, mais de 1000 vezes menor do que o sinal Se um detetor de movimento AF estiver
senvolvidos de acordo com os regulamentos de um telefone móvel padrão. integrado numa luminária, verifica-se que a
relevantes, como a EN 50131 (f.f.) e não são Em contraste com detetores de presen- luz registada pelo sensor do crepúsculo do
concebidos para uma tensão de funciona- ça e de movimento com tecnologia infraver- detetor será filtrada pela luminária. Por con-
mento de 12 V. melha passiva, o detetor de AF reconhece seguinte, a luminosidade mínima para o limite
as pessoas com mais facilidade quando de ativação do dispositivo aumenta depen-
se aproximam ou se afastam do dispositi- dendo da cobertura utilizada.
Detetores de presença vo. Os reflexos normais das paredes, tetos
versus Detetores e pavimentos permitem detetar todos os
de movimento movimentos em qualquer direção muito ra- Sistema Bus
Como detetores de movimento (com deteção pidamente. Em contraste com os detetores DIM 1-10 V, transmissão DALI – O dete-
passiva de infravermelhos), os detetores de de movimento infravermelhos (sistemas tor controla uma única zona. Várias zonas
presença também reagem a mudanças na quase-óticos), os detetores de AF podem precisam de ser criadas por fiação. Os fios
radiação térmica no espetro infravermelho. detetar movimentos mesmo quando não DALI são conetados diretamente entre os
No entanto, estes dois tipos diferem em dois estão na linha de visão direta do dispositivo. detetores e as luminárias na mesma zona.
pontos críticos: Tais casos exigiram que a sensibilidade do DALI endereçável – O detetor controla uma
• Resolução da lente (número de zonas) dispositivo fosse reduzida até que a gama sala abordando luminárias individuais e ge-
no campo de deteção de presença desejada fosse alcançada. rindo múltiplas zonas. DALI estão coneta-
O detetor de presença tem um maior nú- dos a todos os dispositivos na mesma sala.
mero de zonas por m2 no campo de de- KNX – O detetor é conetado ao siste-
teção de presença. Assim, o detetor de ma de automação do edifício. O detetor é
presença reconhece movimentos meno- usado para o controlo de iluminação ba-
res na área de deteção de presença mais seado no sistema de barramento KNX. A
rapidamente do que um detetor de movi- iluminação é controlada através de atu-
mento; adores ou DALI (gateway KNX / DALI).
• Desligar antes do tempo As informações fornecidas pelo detetor po-
O detetor de movimento verifica os lux do dem ser usadas num sistema de controlo
ambiente no momento em que detetou superior para otimizar processos como pre-
um movimento. Se o brilho do ambiente sença, brilho, entre outros.
for mais escuro em relação ao valor de lux
predefinido, o detetor liga a luz e inicia o
tempo predefinido em execução. Se hou- Figura 6.
ver mais movimentos dentro deste perío-
do de tempo na área de deteção, então a O detetor de AF é projetado para garantir a de-
duração da ativação será prolongada de teção ideal dentro de uma luminária. Para fa-
forma correspondente. O detetor de pre- zer isso, o sinal transmitido deve penetrar na
sença verifica em intervalos regulares se carcaça da luz. Elementos de sala metálicos Diversificada Gama
o brilho do ambiente aumentou durante a absorvem o sinal completamente, enquanto a de Detetores de presença/
duração da ligação e decide se a luz pode pedra os filtros absorvem significativamente, movimento/especiais/24 V
ser desligada apesar dos movimentos em dependendo da sua espessura. Outros ele- • Detetores de presença: Master / Slave
curso, a fim de poupar energia adicional. mentos de sala feitos de vidro, madeira, ges- / DIM, DALI, KNX, PF, duas saídas, dupla
so ou plásticos podem ser penetrados por tecnologia, 16 m, quadrado e redondo;
sinais de AF bastante facilmente. • Detetores de presença e movimento a 24 V
Tecnologia Alta Por conseguinte, os movimentos por de- – dispositivos específicos: 0,30 V, 0,230 V;
Frequência (AF) trás das divisórias das divisões feitas de ma- • Detetores de movimento exterior espe-
Definição: A tecnologia de AF permite a análise teriais permeáveis também podem ser dete- cífico para a não deteção de animais de
de sinal devido a diferentes tipos de variações: tados, dependendo das áreas circundantes. estimação;
Objetos em movimento (efeito Doppler); Sen- Novamente, a sensibilidade do dispositivo • Detetores acústicos;
tido de movimento (módulo estéreo); Distân- precisa de ser reduzida para um nível tal que o • Detetores de parede master/slave;
cia de objetos dinâmicos (FSK); Distância de detetor só registe os movimentos desejados. • Interruptores crepusculares;
objetos estáticos (FMCW) e Coordenadas de Da mesma forma, note que um detetor • Interruptor com sensor acústico.
objetos (requer duas antenas independentes). de AF reage com mais sensibilidade a obje-
Os detetores de movimento são geralmente tos metálicos em movimento do que outros Qualidade Suíça no controlo eficiente da ilu-
reduzidos à deteção de objetos em movimen- materiais. As luminárias a serem utilizadas minação!
to (efeito Doppler). em locais ao ar livre precisam do detetor cui-
A tecnologia de deteção de AF é usada dadosamente posicionado e a sensibilidade Pronodis – Soluções Tecnológicas, Lda.
principalmente em luminárias ou noutros reduzida se houver tráfego na vizinhança. Tel.: +351 234 484 031 · Fax: +351 234 484 033
produtos que devem ser instalados o mais Além disso, chuva severa ou neve podem de- pronodis@pronodis.pt · www.pronodis.pt
discretamente possível. A deteção de movi- sencadear a comutação não desejada se a /pronodissolucoestecnologicas.pronodis

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98 informação técnico‑comercial

medição de correntes de fuga


Em qualquer instalação
elétrica, pelo condutor
de proteção circula uma
certa corrente à terra,
designada por corrente
de fuga. Estas fugas
de corrente produzem-se,
normalmente, através
do isolamento que rodeia
os condutores
e dos filtros que protegem
os equipamentos eletrónicos,
tanto nos escritórios
como nas próprias casas.
Qual é o problema? Figura 1

Nos circuitos protegidos por um DCR (Dis-


positivo de Corrente Residual), a corrente de
fuga pode fazer disparar estas proteções di-
ferenciais de forma intermitente e desneces-
sária. Em casos extremos poderia provocar
uma tensão elevada nos elementos e nas
partes condutoras acessíveis.

As causas das correntes


de fuga
O isolamento, a nível elétrico, apresenta cer-
tas caraterísticas de resistência e capacida- de correntes de fuga. Este instrumento, de
de que, consequentemente, podem originar aparência muito similar à de uma pinça am-
correntes por ambos os motivos. Dado que o perimétrica para a medição de correntes de Figura 2
valor da resistividade do isolamento é eleva- carga, proporciona alta precisão no momen-
do, a fuga de corrente deveria ser mínima. No to de medir correntes pequenas, inferiores a
entanto, se o isolamento está gasto ou dani- 5 mA. A maioria das pinças amperimétricas, Quando se medem vários condutores ativos
ficado, a sua resistência é menor e pode fluir simplesmente, não registam correntes tão agrupados, os campos magnéticos produzi-
uma corrente significativa. Além disso, os pequenas. dos pelas correntes de carga de cada con-
condutores mais compridos têm uma maior Uma vez colocada a mordaça da pinça dutor anulam-se uns aos outros. Qualquer
capacidade, o que se traduz numa maior cor- amperimétrica à volta do condutor, o valor desequilíbrio ou diferença de corrente é uma
rente de fuga. da corrente que se mede dependerá da in- consequência das fugas que se produzem
Os equipamentos eletrónicos, por sua vez, tensidade do campo eletromagnético alter- pelos condutores à terra ou outros caminhos
incorporam filtros concebidos para proteger no que rodeia os condutores. Para medir, alternativos. Para medir esta corrente, uma
contra sobretensões e outras perturbações de forma precisa, correntes pequenas, é pinça amperimétrica de corrente de fuga de-
elétricas. Estes filtros normalmente incorpo- essencial que os extremos da mordaça não veria ser capaz de medir correntes inferiores
ram condensadores à entrada que conferem apresentem nenhum dano ou deformação, a 0,1 mA.
mais capacidade ao sistema de distribuição, se mantenham limpos e se ajustem perfeita- Por exemplo, se medimos num circuito
favorecendo assim o aumento das correntes mente quando se fecha a mordaça. Procure de 230 V CA, com todas as cargas descone-
de fuga. não dobrar a mordaça da pinça amperimé- tadas, podemos obter um valor de fuga de
trica já que esta situação poderia originar 0,02 mA (20 μA). Este valor representa uma
medições incorretas. impedância de isolamento de:
Soluções para minimizar A pinça amperimétrica deteta o campo
os efeitos das correntes magnético que rodeia os condutores, por 230 V / (20 x 10-6) = 11,5 MΩ.
de fuga exemplo, um cabo individual, um cabo blinda- (Lei de Ohm R = V/I)
A pergunta é: como se podem eliminar ou do, um cano de água, entre outros; ou o par de
minimizar os efeitos das correntes de fuga? cabos, fase e neutro, de uma instalação mo- Se realizamos uma prova de isolamento num
Quantifique a corrente de fuga e identifique a nofásica; ou todos os condutores ativos (3 ou circuito desconetado, o resultado andará à
sua origem. Um dos métodos para tal é utili- 4 fios) numa instalação trifásica (como num volta de 50 MΩ ou superior. Isto deve-se a que
zar uma pinça amperimétrica para a medição diferencial ou DCR trifásico). o verificador de isolamento utiliza tensão CC

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para a verificação, situação que não tem em conta os efeitos
capacitativos na instalação. No entanto, o valor real da im-
pedância de isolamento seria o valor atual que se mediria em
condições normais de funcionamento.
Se realizamos a medição no mesmo circuito carregado
com os equipamentos de um escritório (computadores, mo-
nitores, impressoras, entre outros equipamentos), o resulta-
do será bastante diferente, devido à capacidade dos filtros de
entrada destes dispositivos. O efeito é acumulativo: quantos
mais equipamentos estiverem ligados à instalação, maior
será a corrente total de fuga podendo estar à voltas dos mil
amperes. Se introduzirmos novos instrumentos a um circui-
to protegido por um DCR ou diferencial, poderia produzir-
se, num determinado momento, o disparo dessa proteção.
Como a quantidade de corrente de fuga varia, dependendo
do estado de funcionamento dos sistemas, os diferenciais
ou DCR poderiam disparar-se de forma aleatória, sendo este
tipo de problemas, um dos mais difíceis de diagnosticar.
Uma pinça amperimétrica detetará e medirá uma vas-
ta gama de correntes alternadas ou variáveis que passem
pelo condutor que está a ser verificado. Quando há equipa-
mentos de telecomunicações, o valor da fuga indicado pela
pinça amperimétrica pode ser consideravelmente superior
ao resultante como consequência da impedância do isola-
mento a 50 Hz. Isto deve-se a que os equipamentos de tele-
comunicações normalmente incorporam filtros que produ-
zem correntes funcionais à terra e outros equipamentos que
produzem harmónicos ou outros. A fuga caraterística a 50
Hz só se pode medir usando uma pinça amperimétrica que
incorpore um filtro passa-banda de largura reduzida, para
assim eliminar correntes a outras frequências.

Medição da corrente de fuga a terra


Quando as cargas estão conetadas, a corrente de fuga me-
dida inclui também as correntes de fuga nos próprios equi-
pamentos conetados. Se a corrente de fuga é relativamente
baixa com a carga conetada, a corrente de fuga da cablagem
da instalação será ainda mais baixa. Se se precisa de medir
apenas a corrente de fuga da cablagem da instalação, des-
conete a carga.

Figura 3

Verifique os circuitos monofásicos colocando, simultanea-


mente, os condutores de fase e neutro na pinça. O valor me-
dido indicará qualquer corrente que circule à terra (Figura 3).
100 informação técnico‑comercial

Figura 4 Figura 6

Verifique os circuitos trifásicos rodeando Rastreio da origem da corrente de fuga


com a pinça todos os condutores trifásicos. A realização de uma série de medições pode identificar as diferentes correntes de fuga e a sua
Se o neutro está disponível, a pinça deve origem. A primeira medição pode realizar-se nos condutores de entrada do quadro. De seguida
abraçá-lo também juntamente com o resto realizam-se as medições 2, 3, 4 e 5 para identificar as correntes de fuga dos diferentes circuitos
dos condutores de fase. O valor medido in- (Figura 7).
dicará qualquer corrente que circule à terra
(Figura 4).

Medição da corrente
de fuga através
do condutor de terra
Para medir a corrente de fuga total que pas-
sa por um determinado terminal de terra,
coloque a pinça à volta do condutor de terra
(Figura 5).

Figura 7

Figura 5

Resumo
A corrente de fuga pode ser um indicador da eficácia do isolamento dos condutores. Podem
Medição da corrente existir altos níveis de corrente de fuga em circuitos onde se utilizam equipamentos eletrónicos
de fuga à terra através com filtros, os quais podem provocar tensões que perturbem o funcionamento normal dos
de rotas involuntárias equipamentos. É possível localizar a origem das correntes de fuga utilizando uma pinça de cor-
Se se abraçam juntos fase/neutro/terra, po- rente de fugas, a qual nos permite medir correntes muito pequenas. Para tal devemos realizar
derá identificar-se a corrente de fuga no ter- uma série de medições seguindo o procedimento descrito anteriormente. Se fosse necessário,
minal ou no quadro elétrico através de rotas isto permitiria distribuir as cargas na instalação de forma mais equilibrada.
à terra involuntárias (como por exemplo num As pinças amperimétricas para medição de correntes de fuga Fluke 360 estão disponíveis
quadro elétrico metálico assente sobre uma na RS Components.
base de cimento). Se existem outras ligações
elétricas à terra (como uma ligação a um RS Components
cano de água) podem-se detetar correntes Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038
similares (Figura 6). marketing.spain@rs-components.com · pt.rs-online.com

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102 informação técnico‑comercial

Inovação e Profissionalismo
na Manutenção Multitécnica
e no Facilities Management
A Sotécnica integrou
em 2005 o conceituado
grupo VINCI Energies,
passando a fazer parte
de uma rede com mais
de 1600 empresas
em todo o mundo.
Esta estrutura
organizacional permite
apresentar soluções
de valor acrescentado,
quer a nível nacional,
quer a nível internacional,
flexíveis e customizadas
às constantes necessidades
do mercado.

A área da manutenção da Sotécnica oferece


um conjunto de soluções multitécnicas e de
Facilities Management, permitindo aos clien-
tes otimizarem e reduzirem os seus custos
operacionais em manutenção, num processo
constante de melhoria contínua na eficiência Tendo por base um processo de melhoria As competências das áreas da Manuten-
energética, preservando o ambiente, a quali- contínuo, os seus serviços assentam nos se- ção e Facilities Management da Sotécnica
dade e a segurança de pessoas e bens. guintes princípios: abrangem os serviços de “hard”, bem como
Desenvolve e mantém uma extensa rede • Personalização; a gestão dos serviços ”soft”, disponibilizan-
operacional com cobertura nacional, per- • Abordagem local e global; do aos seus clientes assistência técnica
mitindo assim uma proximidade aos seus • Otimização e apoio a longo prazo; 24H, TDA.
clientes, aplicando sempre o princípio de • Inovação contínua; A Sotécnica está certificada nas vertentes
Manter, Explorar e Valorizar. • Interlocutor único com o cliente. Qualidade, Ambiente e Segurança, segundo
as Normas: NP EN ISO 9001:2008, NP EN ISO
14001:2012, OHSAS 18001:2007.
É baseado neste elevado padrão que a
Sotécnica realiza todos os seus trabalhos,
tendo sempre em mente a segurança dos
seus colaboradores e dos seus clientes, per-
seguindo o objetivo “ACIDENTES ZERO”.
Perseguindo o objetivo da satisfação
dos seus clientes, a Sotécnica desenvolveu
as competências para conceber, implemen-
tar, manter e explorar as instalações a longo
prazo, agindo como um verdadeiro parceiro,
cuidando dos edifícios e dos seus ocupantes,
perseverando o ambiente.

Proporcionando aos seus


clientes:
+ Controlo - Burocracia
+ Eficiência - Papel
+ Integração - Riscos
+ Flexibilidade - Custos

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informação técnico‑comercial 103

Sotécnica – Sociedade Eletrotécnica, S.A.

Estrada Nacional 115, Km 78,67


2664-502 São Julião do Tojal
Tel.: +351 219 737 000
Fax: +351 219 737 004
Email: amt@sotecnica.pt
Alvará IMPIC 55 - PUB

Sotécnica Porto

Rua da Estrada, n.º 1040 - Lote 3,


Moreira - 4470-600 Maia
Tel.: +351 229 437 410
Fax: +351 229 442 737
Email: porto@sotecnica.pt

Sotécnica Coimbra

Urbanização do Cardal, Lt. 24, Piso -1


Garagem Pedrulha – 3025-007 Coimbra
Tel.: +351 239 824 884
Fax: +351 239 838 528
Email: coimbra.amt@sotecnica.pt

Sotécnica Algarve

Aeroporto de Faro
Arruamento G - Edifício 4
8001-701 Faro
Tel. +351 289 515 852
Fax: +351 289 515 852
Email: amt@sotecnica.pt

Sotécnica Évora

Maré – EE11
7005-873 Évora
Telm.: +351 965 568 070
Email: amt@sotecnica.pt

Sotécnica Açores

Av. Infante D. Henrique,


Edifício Andrade & Irmão
9560-022 Lagoa
Tel.: +351 296 201 980
Fax: +351 296 201 985
Email: acores@sotecnica.pt
Alvará IMPIC 61980 - PUB

Sotécnica Madeira

Estrada Visconde Cacongo,Nº 73


9060-008 Funchal
Tel. +351 291 766 372
Fax :+351 291 766 372
Email: amt@sotecnica.pt

Vinci Facilities

Estrada Nacional 115, Km 78,67


2664-502 São Julião do Tojal
Tel.: +351 219 737 000
Fax: +351 219 737 004
Email: amt@sotecnica.pt

Sotécnica Moçambique (SotMoz)

Av. Da Namaacha, 415


Matola – Moçambique
Tel.: +258 21 72 30 28 Sotécnica – Sociedade Electrotécnica, S.A.
Fax: +258 21 72 30 29
Tel.: +351 219 737 000 · Fax: +351 219 737 004
Email: amt@sotecncia.pt
amt@sotecnica.pt · www.sotecnica.pt

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104 informação técnico‑comercial

Manutenção Otimizada?
BOEM-S.
A Manutenção é um fator • Benchmark técnica de várias fábricas;
crucial no desempenho •

Monitorização da performance;
Monitorização da condição;
da atividade industrial e muitas Gestão Técnica
• Previsão de performance;
são as condicionantes a considerar • Previsão da condição;
para a obtenção • Vídeo monitorização.
• Previsão de lucro;
dos melhores resultados. Gestão de Performance
• Documentação;
de Negócio
• Benchmark comercial de várias fábricas.
• Melhor controlo da manutenção;
A TecnoVeritas pode contribuir para uma melhor Gestão da Manuten- • Agendamento de tarefas;
Gestão da Manutenção
• Gestão de stocks;
ção, através da solução de otimização BOEM-S, a plataforma cloud de • Histórico.
Business Assurance que melhor se adapta às necessidades da sua • Relatórios analíticos;
Relatórios e Gestão
atividade. Documental
• Gerador automático de relatórios e gráficos;
• Gestão documental.

Sobre o BOEM-S
O BOEM-S (Blue Overall Energy Monitoring System) traduz-se na plata-
forma de dados que disponibiliza não só um conjunto de ferramentas
dedicadas à gestão de energia e emissões, mas também outras fun-
cionalidades importantes e eficazes, necessárias e valorizadas atual-
mente pelo mercado.

As principais caraterísticas do BOEM-S são:


• Monitorização e projeção da performance de instalações
fabris;
• Controlo de condição e manutenção condicionada;
• Vídeovigilância;
• Gestão da Manutenção;
• Gestão documental; O menu principal do Módulo de Gestão
• Gestão da operação financeiramente otimizada. Técnica é uma instalação representada
em forma de árvore. Esta árvore é adaptada
As principais vantagens do BOEM-S passam por: às necessidades do cliente. Aqui é possível
• Uma única ferramenta para a monitorização total; ver todas as informações da fábrica
• Dados significativos e relevantes, customizados e disponíveis em e verificar se alguns valores estão acima do
tempo real; limite. Também é possível criar bookmarks
• Sistema de alarmes de KPIs customizado e suportado por inteli- para as variáveis mais importantes.
gência artificial;
• Interface universal com outros sistemas de monitorização e con-
trolo de processos existentes (SCADAs)
• Sistema baseado na cloud permitindo acessos através de disposi-
tivos que suportem Internet;
• Totalmente de acordo com a Norma ISO 50001 para Sistemas de
Gestão de Energia.

A implementação do BOEM-S pode ser efetuada de forma progressiva,


tendo um potencial de ganhos em poupanças logo ao fim do primeiro
mês de aplicabilidade da plataforma, possibilitando deste modo e ra-
pidamente, um interessante retorno de investimento.
O BOEM-S pode integrar desde um a vários módulos como Gestão
Técnica, Gestão de Performance de Negócio, Gestão da Manutenção,
Relatórios e Gestão Documental. É possível visualizar qualquer dado
E também pode permitir dispor do módulo Favoritos para um rápi- e escolher a linha temporal para verificar
do acesso de informação, por parte de cada utilizador. o comportamento da instalação, num período
O BOEM-S possui um interface user friendly que pode ser custo- específico e definido pelo cliente. Para cada
mizado, adaptando-se às necessidades de cada utilizador da melhor gráfico é possível definir dois níveis
forma. de alarme com a introdução de comentários.
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informação técnico‑comercial 105

“O Módulo de Gestão da Manutenção


pode ser o primeiro de vários módulos
a instalar. A plataforma permite
acrescentar, posteriormente, também
outros módulos complementares.“

Módulo de Gestão da Manutenção do BOEM-S


O mercado tem manifestado um crescente interesse pelo Módulo de
Gestão da Manutenção da Plataforma de Otimização de Performance
Industrial BOEM-S.
É o Módulo onde se pode organizar todas as ações de manutenção
de uma instalação. Este Módulo permite a gestão, integral e customi-
No Módulo de Gestão de Performance zada da Manutenção, como por exemplo:
de Negócio poderemos prever, por exemplo, • Introdução manual, de informação e instruções, no sistema de
com as condições atuais de produção, qual o Manutenção;
lucro estimado para determinada encomenda • Definição e programação de ações de manutenção;
e comparar este valor com o que se obteria • Alarmes com a antecedência definida para as ações de manuten-
se fosse produzido noutras instalações. ção a realizar;
• Verificação das peças necessárias e a sua existência em armazém;
• Emissão de alarme de stock mínimo e respetivas ordens de compra;
• Calculo das horas/homem previstas, lista de ferramentas e respe-
tivo orçamento;
• Fecho da ação de manutenção com a emissão de relatório.

Toda esta importante informação pode estar disponível, em tempo útil,


para o cliente.
A TecnoVeritas propõe-se, assim, contribuir para que os seus
clientes atinjam o objetivo de otimizar continuamente a Manutenção
das suas instalações, antecipando quando e o que manter, permitindo
planear e otimizar recursos, através dos seguintes vetores:
• Otimizar o controlo geral da Manutenção;
• Potenciar a redução de custos operacionais (menos paragens de-
vido a avaria);
No Módulo de Gestão da Manutenção, para • Possibilitar uma melhor agenda de Tarefas e aproveitamento de
as manutenções de rotina existem alertas Recursos;
com a antecedência definida das ações • Permitir melhorar a Gestão de Stocks e aumentar o grau de serviço;
a realizar. Este sistema verifica as peças • Facilitar o acesso ao histórico da manutenção para uma melhor
necessárias e a sua existência em armazém, gestão;
emite alarmes de stock mínimo, ordens • Contribuir para uma maior eficiência e eficácia na Gestão da
de compra, calcula as horas/homem Manutenção.
e fecha a ação de manutenção
com a emissão de respetivo relatório.
Implementação do Modulo de Gestão
de Manutenção do Sistema BOEM-S
O Módulo de Gestão da Manutenção pode ser o primeiro de vários
módulos a instalar. A plataforma permite acrescentar, posteriormen-
te, também outros módulos complementares. Deste modo, no futuro,
o Módulo de Gestão de Manutenção poderá ser apenas o primeiro,
de vários outros módulos interessantes do BOEM-S, a ficar disponível
para o cliente.
Dada a especificidade da atividade de cada cliente, a plataforma
BOEM-S permite a sua disponibilidade online, customizada, para os
utilizadores designados pelo cliente.
É possibilitado que a informação, a constar no Módulo de Gestão
da Manutenção, seja também introduzida diretamente pelos utilizado-
res, em modo online, no BOEM-S.
O Módulo de Gestão de Manutenção poderá ser sempre adaptado
No Módulo de Relatórios e Gestão às necessidades específicas da atividade do cliente, conforme o pos-
Documental, Bookmark e relatórios sível, pretendido e estipulado.
customizados podem facilmente
ser gerados automaticamente, TecnoVeritas – Serviços de Engenharia e Sistemas Tecnológicos, Lda.
com inclusão de indicadores relevantes Tel.: +351 261 819 819 · Fax: +351 261 819 820
a seguir na atividade do cliente. info@tecnoveritas.net · www.tecnoveritas.net

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106 informação técnico‑comercial

TM2A apresenta os mais


recentes encoders da ELTRA
A fiabilidade, rapidez
e durabilidade são,
maioritariamente, os aspetos
mais importantes em
sistemas e máquinas na área
da automação industrial.
Estes aspetos desempenham
um papel fundamental
nos componentes
eletromecânicos utilizados
no controlo de movimentos
nas máquinas encoders da
ELTRA.

A ELTRA é uma empresa italiana que está no


mercado desde 1985. Soma já 30 anos de
experiência no ramo, estando em constante
desenvolvimento e crescimento. A empresa
tem uma grande gama de produtos (cerca de
5000 códigos), oferecendo a possibilidade de
desenhar e fabricar produtos personalizados,
de acordo com as necessidades específicas Os encoders ELTRA são classificados de “A ELTRA fabrica vários
do cliente. acordo com o seu tipo de montagem (veio tipos de encoders: encoders
A ELTRA fabrica vários tipos de enco- ou furo) e com o seu tipo de deteção (ótico incrementais e absolutos
ders: encoders incrementais e absolutos – ou magnético). No seu catálogo existe uma – com certificação ATEX,
com certificação ATEX, óticos, magnéticos enorme variedade de opções para resolu- óticos, magnéticos –,
–, como também encoders lineares. Oferece ções, flanges e saídas eletrónicas. como também encoders
ainda várias possibilidades de comunicação e lineares. Oferece ainda
acessórios. Devido ao seu extenso catálogo, Encoders Absolutos várias possibilidades de
a marca oferece ainda encoders com resolu- Os encoders absolutos colocam na saída um comunicação e acessórios.
ções e índices IP elevados para as condições código digital único para cada ângulo do veio Devido ao seu extenso
mais adversas. do encoder. Como o valor é diferente para catálogo, a marca oferece
cada ângulo, o encoder não perde a sua posi- ainda encoders com
ção caso seja feito um restart ou ocorra uma resoluções e índices IP
A ELTRA tem três famílias falha na alimentação. elevados para as condições
principais Os encoders absolutos ELTRA podem ser mais adversas.”
multivolta ou de uma volta. Em ambas as si-
Encoders Incrementais tuações existe a possibilidade de deteção óti-
Os encoders incrementais são dispositivos ca para aplicações em que é necessária uma ao longo do condutor. O seu princípio de fun-
eletromecânicos usados para controlar a po- maior precisão, ou de deteção magnética cionamento baseia-se no cálculo da variação
sição e velocidade angular de um eixo mecâni- para aplicações em que é necessário veloci- de resistência produzida pelo deslocamento
co em movimento. O encoder deteta a rotação, dades, proteções IP e resistências elevadas. do objeto em questão no interior do circuito
velocidade e aceleração, contando o número elétrico.
de impulsos enviados através da saída. A ELTRA oferece na sua gama de produ-
tos várias versões de veios ou cursores, dife-
rentes tipos de montagem e diferentes prote-
ções IP para conseguir satisfazer as diversas
necessidades do cliente.
A TM2A é o representante oficial ELTRA
em Portugal.

Transdutores Lineares TM2A – SOLUÇÕES E COMPONENTES


Os transdutores lineares detetam movimen- INDUSTRIAIS, LDA
tos retilíneos. Os potenciómetros são consti- Tel.: +351 219 737 330 · Fax: +351 219 737 339
tuídos por contactos móveis que se alteram joseserra@tm2a.pt · www.tm2a.pt

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108 informação técnico‑comercial

reguladores de tensão
por impulsos da Série AMSR
e AMSRI da AIMTEC
– substitutos dos circuitos
78xx/79xx
Sedeada em Montreal,
Canadá, e com escritórios
na Europa e na Ásia,
a Aimtec está ativamente
envolvida na pesquisa
e desenvolvimento
de fontes de alimentação
de comutação modular.
Os seus projetos destinam­‑se
a ajudar os utilizadores
a reduzir o tempo e os custos,
facilitando o desempenho
das aplicações.

Por várias décadas, os estabilizadores line- tradas em inúmeros aparelhos. Habitualmente entrada. Uma aplicação exemplar que pode
ares da Série 78xx/79xx têm consolidado a variam apenas as versões de armações, os ser encontrada na nota de cada fabricante,
sua posição no mercado, de modo a serem valores de tensões estabilizadas ou outros encontra-se apresentada na Figura 1.
conhecidos por todos os que se dedicam à parâmetros que os qualificam para diferentes Para além de muitas vantagens, os regu-
eletrónica, (até mesmo os amadores), tanto aplicações. Uma das suas vantagens mais ladores lineares têm, infelizmente, uma des-
desenhadores como vendedores. Todos eles importantes é o facto de não requererem vantagem séria. O aparelho que regulariza a
devem conhecer estes circuitos integrados quaisquer componentes adicionais. Para que tensão de saída é um transístor conectado
de três derivações. os estabilizadores 78xx e 79xx funcionem de em série. No entanto, este transístor não ope-
A Aimtec oferece uma boa alternativa a modo irrepreensível, basta adicionar dois con- ra como elemento chave – como é o caso
esta construção já obsoleta. Trata-se dos densadores na entrada e dois na saída, para do conversor –, mas sim como resistor ativo
reguladores de tensão por impulso da Série além de um díodo antiparalelo para assegurar conetado em série. O sistema de regulação
AMSR e AMSRI, que são verticalmente com- a proteção do estabilizador contra a polariza- manipula a abertura do referido transístor
patíveis com os mencionados estabilizadores ção reversa no caso de um curto­‑circuito na para que na saída haja a mesma determina-
lineares, oferecendo também um conjunto de
vantagens adicionais.
A Aimtec é um líder da produção de con- D
versores de tensão CC/CC e CA/CC, fontes de
alimentação industriais e controladores LED.
A empresa empenha ativamente engenheiros
qualificados em pesquisas e desenvolvimen-
78xx
to da oferta de produtos, pelo que os mesmos
são reconhecidos em todo o mundo pelo seu
IN OUT
desempenho e infalibilidade excecionais. GND
Para responder às necessidades do mercado,
no portefólio da Aimtec apareceram os es- C1 C2 C3 C4
tabilizadores de tensão por impulso da Série
AMSR e AMSRI, que são substitutos moder-
nos dos estabilizadores lineares 78xx/79xx
referidos no início. Figura 1. Aplicação típica de um circuito integrado da Série 78xx. V IN é tensão de entrada; VOUT – é tensão de saída, estabilizada.
Várias versões dos estabilizadores linea- C1 e C4 são os condensadores eletrolíticos. C2 e C3 são os condensadores cerâmicos com baixo ESL e ESR. D é o díodo de
res, tais como 78xx/79xx, podem ser encon- proteção contra a polarização reversa do estabilizador no caso de um curto-circuito na entrada.

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informação técnico‑comercial 109

da tensão, independentemente da corrente. É à experiência e ao conhecimento dos seus a topologia do conversor, o seu desempenho,
por isso que no mesmo se acumula a tensão engenheiros, a Aimtec dispõe dos converso- a qualidade dos elementos utilizados, as so-
igual à diferença do potencial de entrada e res CC/CC não isolados modernos da Série luções aplicadas no sistema, entre outros. Tal
de saída. Adicionalmente, como o transístor AMSR e AMSRI. A Série AMSR são os regula- como foi anteriormente mencionado, a cor-
integrado no estabilizador funciona como re- dores de tensão positiva. Os tipos de tensões rente de entrada nos estabilizadores lineares
sistor ativo, a corrente de entrada do estabi- são iguais aos oferecidos pelos estabilizado- é igual à corrente tomada do estabilizador.
lizador é igual à corrente de saída. O produto res lineares do tipo 78xx. Na Série AMSRI po- Não entrando demasiado em detalhes, vale
desta corrente e a queda da tensão no tran- demos também encontrar os reguladores de a pena reparar numa diferença relevante. O
sístor levam à perda da potência. Por exem- tensão negativa em relação à massa do cir- desempenho dos conversores é muito mais
plo, quando à entrada do estabilizador linear cuito, que não necessitam da tensão negativa alto do que o dos estabilizadores lineares.
(por exemplo, 7805) ligamos a tensão míni- na entrada sendo, conversores inversores. O desempenho do circuito AMSR7805-NZ
ma admissível, ou seja, 7,5 V, e tomamos da Graças a isso, são capazes de gerar a tensão anteriormente mencionado é de 94% para a
sua saída 500 mA, a perda da potência será negativa a partir da tensão positiva. tensão de entrada igual a 6,5 V e de 84% para
de 1,25 W (como se pode calcular facilmen- No interior deste circuito, modesto à pri- a corrente máxima de entrada de 32 V. A cor-
te). A potência de saída é igual a 2,5 W dando meira vista, encontra-se um controlador da rente máxima de saída no conversor é de 500
o desempenho igual a 66%. A situação piora operação do conversor, um transístor como mA. Os estabilizadores lineares podem produ-
dramaticamente quando aumentamos a car- chave, um indutor para armazenar energia zir obviamente as correntes mais elevadas em
ga ou a tensão de entrada. durante a operação do conversor e que cria, função do tipo, cabendo no intervalo de 1 A até
As tendências atuais no desenvolvimento juntamente com o condensador integrado, 1,5 A. No entanto, vale a pena mencionar que
de aparelhos eletrónicos impõem uma aspira- um certo tipo de filtro passa-baixa para a com estas correntes a potência perdida no
ção contínua ao maior desempenho possível, e PLM, e um díodo regressivo. Dentro de uma estabilizador é maior, levando à necessidade
a consequente poupança da energia. Os dese- pequena armação encontra-se então tudo o de utilização de um maior radiador. Em caso
nhadores de aparelhos começaram a apreciar que é indispensável para um funcionamento de conversores discutidos, para além da ver-
as capacidades dos reguladores de impulso correto do conversor. O circuito está dotado são com a corrente máxima de saída igual a
modernos. As vantagens – tais como elevado de três derivações cuja distribuição é compa- 500 mA, existem também os circuitos adapta-
desempenho, preço relativamente baixo, pou- tível com os estabilizadores lineares, sendo dos às maiores correntes, tais como 1 A, 1,5 A
pança de energia, entre outros –, fizeram com por isso um perfeito substituto destes sem ou até 2 A (Séries AMSR1, AMSR1.5 e AMSR2).
que na maioria dos aparelhos modernos pos- quaisquer alterações na placa impressa. Os estabilizadores AMSR/AMSRI não
samos encontrar os conversores de impulso. Uma outra vantagem dos circuitos da Sé- necessitam de qualquer radiador em todo o
No entanto, muitas vezes a conceção de um rie AMSR e AMSRI é a sua aplicação extrema- intervalo das correntes de entrada e de saída.
sistema de alimentação com recurso a um mente simples no circuito, à semelhança do Vamos assumir que a corrente de entrada em
conversor de impulsos é consideravelmente caso de estabilizadores lineares. Um esque- ambos os circuitos é de aproximadamente
mais complicada do que em caso de aplica- ma típico de utilização do tal conversor está 32 V. A corrente consumida dos circuitos é
ção de um estabilizador linear. Os fabricantes apresentado na Figura 2. de 500 mA. Neste caso, a perda da potência
de circuitos integrados fornecem, obviamente, Bastam dois condensadores para que o no estabilizador de 7805 é de 13,5 W, dando
nas respetivas fichas de aplicação várias in- circuito funcione corretamente, e nós, adi- o desempenho de aproximadamente 15%. Na
formações, assim como apoiam os desenha- cionalmente, poupamos espaço para um mesma configuração do circuito, o desempe-
dores. Mas vale a pena saber como desenhar PCB (circuito impresso) e reduzimos os cus- nho do regulador AMSR-7805-NZ é de 86%
corretamente um PCB em torno do conversor, tos. As dimensões da armação SIP3 na qual dando a perda da potência de aproximada-
como deviam ser desenhados os circuitos de se encontram os circuitos são apenas de mente 0,41 W. Isto mostra que, mesmo com
entrada para evitar os problemas com EMS, 11,6 x 7,5 x 10,2 mm. tais condições, o conversor da Série AMSR
como selecionar um indutor ou um transfor- Um fenómeno caraterístico que ocorre não necessita de qualquer radiador, ao con-
mador adequado, e outros. Existe sempre um nos conversores CC/CC e que resulta da sua trário do estabilizador linear.
risco de repetir o protótipo e, como conse- construção é que a corrente média de entra- Para além de todas as caraterísticas aci-
quência, gerar custos adicionais. da difere da corrente de saída. Este fenóme- ma referidas, a Série de reguladores AMSR/
A Aimtec apostou numa solução que res- no deve-se a vários fatores, por exemplo, a AMSRI está dotada de uma proteção térmi-
ponda às expetativas do mercado. Graças diferença entre a corrente de entrada e saída, ca e contra curtos-circuitos integrada. Estes
conversores também produzem baixo ruído,
permitindo atingir baixos níveis de pulsação
das correntes de saída.
Os circuitos AMSR e AMSRI são muito
1 3
Vin Vout universais. As caraterísticas acima referidas
classificam-nos como fontes de alimentação
AMSR-78XX-NZ
para várias aplicações. Destacam-se por um
elevado desempenho e pela compatibilidade
C1 C2 de derivações com estabilizadores lineares
10μF 2 populares, podendo ser os seus perfeitos
substitutos. Para obter mais informação con-
sultem a página do nosso distribuidor auto-
GND GND
rizado dos produtos da Aimtec – a Transfer
Multisort Elektronik, www.tme.eu.

Figura 2. Aplicação típica do circuito do conversor CC/CC da Aimtec, Série AMSR/AMSRI. C1 é o condensador de entrada com TME – Transfer Multisort Elektronik sp. z o.o.
baixo ESR e ESL para atingir a menor quantidade de interferências. C2 é o condensador de saída opcional que depende da carga www.tme.eu/pt
dinâmica. portugal@tme.eu

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110 informação técnico‑comercial

manutenção de instalações
elétricas e armazenamento
de energia
A manutenção é um Uma análise avançada da qualidade de ener-
processo que tem por gia para a captação de todos os pormenores
objetivo prolongar o tempo relativos a perturbações de energia, análises
de utilização e melhorar de tendências e testes de conformidade da
o rendimento de um qualidade do serviço de Classe A, ao longo de
equipamento e de instalações um período de tempo definido pelo utilizador.
elétricas, resultando daí Estes testes fazem parte dos procedimentos
o trabalho em condições a efetuar antes de uma manutenção.
seguras e a redução de
custos, diminuindo o
número de interrupções e Manutenção de motores AC
paragens no funcionamento A manutenção de motores AC engloba dois
de equipamentos. Aumenta- aspetos importantes, envolvendo a parte
se, assim, a fiabilidade e o elétrica e a mecânica. É necessário o domí-
rendimento das instalações nio destas duas áreas para a manutenção
elétricas. Figura 2 do equipamento como um todo. Em função
da exigência da aplicação e necessidade de
operação contínua, a manutenção básica
As ações de manutenção são imprescindíveis Ferramentas e instrumentos é deixada muitas vezes em segundo plano.
para que os equipamentos sejam conserva- de medição elétrica Fatores imprescindíveis para a operação do
dos, restaurados ou substituídos, de forma a Com o aumento e variação nas demandas motor, tais como relubrificação, alinhamento,
garantir que o mesmo continua a operar nas de energia a partir de vários processos in- dimensionamento, limpeza e especificação,
condições ótimas. A manutenção não é mais dustriais, muitas cargas impõem hoje em dia se mal elaborados, refletem negativamen-
do que uma forma de manter os equipamen- graves distúrbios na rede, originando uma má te no desempenho da máquina. Como con-
tos com as caraterísticas originais, tanto no qualidade da onda da tensão/corrente e uma sequências ocorrem quebras e paragens
que se refere às funcionalidades dos mesmos maior manutenção de equipamentos em ins- inesperadas.
como em relação à segurança de quem com talações elétricas.
eles trabalha e de todos os intervenientes. Uma fraca qualidade de energia é o pro-
Todas as máquinas e equipamentos devem blema de muitas indústrias, desde datacenters
ser alvo das respetivas manutenções e cer- até plataformas petrolíferas. A fraca qualida-
tificações. de energética contribui para elevados custos
Em manutenção de instalações elétricas, de energia e distúrbios na produção, o que é
muito pode ser abordado; assim descreve- especialmente problemático para os equipa-
mos aqui alguns dos principais tópicos a ter mentos modernos que tenham uma maior
em consideração: sensibilidade. Ironicamente, muitas vezes é o
• Ferramentas e instrumentos de medição próprio equipamento que gera os distúrbios.
elétrica; Desta forma, os instrumentos de medição
• Manutenção de motores AC; elétrica assumem um papel preponderante
• Transformadores de potência; em todas as ações de manutenção preventi-
• Fator de potência e condensadores. va e corretiva, permitindo assim uma redução
e otimização de custos e processos.
Antes de seguir para uma manutenção e
resolver o problema é necessário identificar
a causa e o problema existente. Para isso
existem diferentes instrumentos de medição
elétrica, entre os quais:
• Analisador de energia;
• Voltímetro e amperímetro;
• Ohmímetro;
• Câmara termográfica;
• Analisador de espetro;
• Medidor de temperatura e ruído;
Figura 1 • Outros. Figura 3

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informação técnico‑comercial 111

Na manutenção de motores AC é importante transformador de menor porte, exclusivo para sitivo de segurança interno - expansão da
ter especial atenção nas seguintes partes: a alimentação da iluminação, de modo que parte superior do condensador. Em caso
• Enrolamento do estator e rotor, mancais, seja permitido mantê-lo ligado para a execu- positivo, substituir por outro com a mes-
caixas de ligação e aterramentos, aco- ção dos serviços de limpeza e vigilância nos ma potência;
plamento, dispositivos de monitorização, horários em que a empresa não estiver em • Verificar se há fusíveis queimados. Em
filtros, variadores de velocidade, arranca- funcionamento. caso positivo, tentar identificar a causa
dores suaves e cabos elétricos. antes da troca;
• Usar fusíveis com corrente nominal
Com os variadores de velocidade é possível Manutenção corretiva adequada;
variar a velocidade e o binário de um motor de transformadores • Verificar o funcionamento adequado dos
elétrico e por outro lado, uma manutenção re- A partir das informações das rotinas periódi- contactores;
duzida. Desta maneira existe um menor des- cas, a manutenção propõe à operação o pro- • Nas baterias de condensadores com ven-
gaste e danos no motor e na máquina aciona- cedimento que deve ser adotado para a ma- tilação forçada, comprovar o funciona-
da. Por exemplo, a capacidade de aumentar nutenção preventiva ou corretiva. Para alguns mento do termóstato e do ventilador;
a velocidade de processo lentamente evita o tipos de informações retiradas impõe-se uma • Medir a temperatura interna;
choque repentino da carga dinâmica que, ao atuação urgente, pois, no caso de demora, • Medir a tensão e a corrente dos
longo do tempo, pode danificar um motor e a podem ocorrer avarias muito graves no trans- condensadores;
máquina acionada. formador. Em outros casos, a operação de • Verificar o aperto das conexões dos con-
manutenção pode demorar mais tempo a ser densadores;
efetivada. Desta forma é possível a programa- • Efetuar uma limpeza completa do armário
Transformadores ção detalhada das verificações e trabalhos de metálico interna e externamente, usando
de potência otimização a executar. A data de interrupção álcool isopropílico;
Os transformadores de potência são máqui- pode ser programada de acordo com os inte- • Reapertar todos os parafusos dos con-
nas estáticas que transferem energia elé- resses do planeamento e da operação. tactos elétricos e mecânicos;
trica de um circuito para outro, mantendo a A título de exemplo são indicadas algu- • Medir a temperatura dos cabos coneta-
mesma frequência e, normalmente, variando mas ocorrências típicas que levam a atua- dos ao contactor;
valores de corrente e tensão. Esta transferên- ções urgentes ou programadas: • Verificar o estado de conservação das
cia de energia é acompanhada de perdas que 1) Ruído anormal; vedações e grelhas contra a entrada de
dependem, basicamente, da construção do 2) Vazamento forte de óleo; insetos e outros objetos.
transformador, do seu regime de funciona- 3) Defeito nos enrolamentos;
mento e da manutenção efetuada. 4) Diminuição do nível de pressão; Observação: É necessário ter especial aten-
As principais perdas de energia em trans- 5) Disparo de dispositivo de proteção; ção ao repique (Inrush Current – rápida
formadores são as perdas no cobre e as per- 6) Sobreaquecimento excessivo nos cone- abertura e encerramento dos contactos
das no ferro. As perdas no ferro são deter- tores, verificado através da termografia. de saída) que pode ocorrer no controlador,
minadas pelo fluxo estabelecido no circuito provocando a queima das resistências de
magnético e são praticamente constantes pré-carga dos contactores e expansão dos
para cada transformador, estando ele a ope- Fator de potência condensadores.
rar com carga ou em vazio. e condensadores
As perdas no cobre correspondem à A maioria das cargas em instalações elétri-
dissipação de energia por efeito Joule, de- cas consome energia reativa indutiva, como
terminada pelas correntes que circulam nos motores, transformadores, balastros para
enrolamentos do primário e do secundário e lâmpadas de descarga, fornos de indução,
dependem da carga elétrica alimentada pelo entre outros. As cargas indutivas necessitam
transformador, sendo proporcionais ao qua- de campo eletromagnético para o seu correto
drado dessa carga. funcionamento, por isso a operação requer
Em relação às perdas no cobre, para se potência ativa e potência reativa.
determinar o carregamento económico de Relativamente à manutenção de baterias
cada transformador devem ser considera- de condensadores, esta passa pela análise
dos os parâmetros de construção, operação, das correntes consumidas por cada banco de
tempo de utilização com carga e em vazio e o condensadores (escalões), por forma a deter-
preço da energia. minar o grau de deterioração dos respetivos
Na prática deve-se evitar o funcionamen- condensadores. Caso estes estejam a consu-
to dos transformadores com carga superior mir menos de 60% da sua corrente nominal é
à potência nominal. O carregamento máximo aconselhável a sua substituição.
deve situar-se em torno de 80%. Outro aspeto a ter em conta é a presença,
Para as perdas no ferro deve avaliar-se o ou não, de fusíveis fundidos e condensado-
regime de operação em vazio de cada trans- res cilíndricos com o dispositivo de proteção
formador, verificando-se a possibilidade de à sobrepressão ativo. Devem ainda ser verifi-
desligamento nos períodos onde eles não cadas as condições em que se encontram os
fornecem energia útil, evitando essas per- contactores, parâmetros do relé varimétrico e Figura 4
das. Essa avaliação deve ter em considera- estado do isolamento da cablagem.
ção as caraterísticas construtivas de cada Especificamos aqui alguns critérios de
transformador e os custos de operação e inspeção: Zeben – Sistemas Electrónicos, Lda.
manutenção envolvidos. Por exemplo, torna- • Verificar visualmente em todos os con- Tel.: +351 253 818 850 · Fax: +351 253 818 851
se interessante o dimensionamento de um densadores se houve atuação do dispo- info@zeben.pt · www.zeben.pt

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112 mercado técnico

PROtop: fonte de alimentação da Weidmüller e inovador. Este equipamento oferece uma poupança de gás até
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. 35% e de cerca de 60 litros de água/dia, face a outros equipamen-
Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 tos. Nunca a tecnologia da Vulcano foi tão longe em termos de ino-
weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt vação e desenvolvimento, respeito pelo ambiente, pela economia,
pelo conforto e pela segurança das famílias.
A Weidmüller apresenta a sua Com este equipamento, a partir de um controlo remoto, atra-
nova fonte de alimentação de vés de um smartphone ou tablet, os seus consumidores podem,
gama alta com a PROtop: de uma forma prática, definir a temperatura desejada grau a grau,
uma fonte de alimentação di- consultar históricos de consumos de água, gás e custos, entre ou-
recionada para as mais exi- tras funções do seu esquentador. Vulcano Waterconnect é o nome
gentes aplicações – potente, da aplicação gratuita que os utilizadores podem descarregar para
eficiente e inovadora. Graças fazer a ligação entre os seus dispositivos e o esquentador via Blue-
à mais recente tecnologia tooth Smart, sendo que está disponível na Apple Store e Google
DCL (DCL = Dynamic Current Play. Para a Vulcano é importante fazer com que a tecnologia e
Limiting), a PROtop faz parte de uma gama muito dinâmica para o a conetividade tenham aplicabilidade e efeito direto na vida dos
disparo seguro dos disjuntores do motor em curto-circuito e para consumidores, tendo em vista um futuro sustentável.
um arranque de motor potente. Um elevado nível de eficiência e Este ano a Vulcano celebra 40 anos e até à data tem-se po-
maior tempo de vida útil ajudam a reduzir o consumo energético e sicionado um passo à frente em competência e desenvolvimento
a aumentar de forma significativa a disponibilidade do sistema. tecnológico. Estas são caraterísticas que fazem da Vulcano, nova-
Os sistemas de fornecimento de energia de gama alta ne- mente, a Marca de Confiança 2017 eleita pelos leitores das Selec-
cessitam de ser fornecedores de energia fiáveis, permanentes e ções do Reader’s Digest, na categoria Esquentadores. O Sensor
eficientes mesmo em ambientes industriais agressivos. Os sis- Connect vem, assim, revolucionar o mercado de esquentadores e,
temas também necessitam de ter reservas de energia sempre prova disso, é o reconhecimento desta tecnologia nos Green Pro-
disponíveis, vida útil e protegido a sobretensões, temperaturas ou ject Awards, uma iniciativa internacional com edição em Portugal,
vibrações ambientais. E é aqui que a PROtop se destaca com as que premeia e reconhece projetos e boas práticas que promovam
suas impressionantes caraterísticas e se torna na primeira esco- o desenvolvimento sustentável e a importância desta temática
lha sempre que a fiabilidade, durabilidade e poupança energética para a população.
são essenciais, ou para uma utilização em ambientes Ex. Seja para
uma utilização em aplicações com muita vibração e temperatu-
ras extremas como as das instalações de energia eólica, ou nas Megaprojeto de energia do Egito já bate recordes
aplicações onde são imprescindíveis os conceitos de reduções Siemens, S.A.
de espaço e a poupança energética para os sistemas de abaste- Tel.: +351 214 178 000 · Fax: +351 214 178 044
cimento de energia redundante, a PROtop define novos padrões. www.siemens.pt
As reservas de energia oferecidas pela nova tecnologia DCL e o
elevado nível de eficiência energética e a sua longa vida útil au- Em junho de 2015, a Siemens
mentam, de forma significativa, a disponibilidade do sistema que recebeu a sua maior enco-
é de importância vital para as grandes instalações de produção menda que visa a expansão
que funcionam 24 horas num dia, e todos os dias da semana. A da produção de energia no
PROtop junta-se às soluções de fornecimento energético já im- Egito através da construção
plementados no mercado, PROeco e PROmax, elevando a gama de três centrais elétricas de
de soluções de fornecimento de energia da Weidmüller para um ciclo combinado. 18 meses
patamar ainda mais elevado. depois da assinatura do con-
O sistema de fornecimento de energia da Weidmüller, PROtop trato, a empresa bateu todos os recordes na construção das cen-
destaca-se pela sua vasta gama de funcionalidades que incluem trais ao conseguir ligar já à rede de 4,8 gigawatts. A filial portugue-
o MOSFET aro-O integrado nos sistemas pela primeira vez, per- sa contribuiu para este ótimo resultado, através da entrega
mitindo uma direta ligação paralela das fontes de alimentação atempada de grande parte dos quadros elétricos produzidos na
(redundância n+1) e elimina a necessidade de um díodo dispen- Fábrica de Quadros Elétricos da Siemens, no concelho do Seixal. A
dioso ou da redundância de um módulo. Existem quatro modos de primeira fase do megaprojeto no Egito foi inaugurada em março de
funcionamento diferentes: operação contínua num curto-circuito, 2017 pela Chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo Presidente do
operação de curto-circuito com desconexão, operação única e Egito, Abdel Fattah El-Sisi. O objetivo de aumentar a capacidade da
operação em paralelo. rede em 4,4 GW não só foi cumprido como superado, uma vez que
já estão ligados à rede 4,8 GW. A capacidade adicional de 400 me-
gawatts é suficiente para fornecer eletricidade a mais de um mi-
Vulcano Sensor Connect: o avançado lhão de egípcios.
esquentador conetável A Fábrica de Corroios da Siemens, no concelho do Seixal, ficou
Vulcano responsável pela produção e fornecimento de quadros elétricos de
Tel.: +351 218 500 300 · Fax: +351 218 500 301 Média Tensão e de quadros de comando e controlo de turbinas
info.vulcano@pt.bosch.com · www.vulcano.pt para este megaprojeto, perfazendo um total de 742 unidades, das
/VulcanoPortugal quais 666 já foram entregues dentro dos prazos previstos, o que
também contribuiu para antecipar a entrada em funcionamento
A Vulcano marcou a diferença no mercado com o lançamento do das turbinas. “A Fábrica de Corroios foi escolhida como fornece-
Sensor Connect, o esquentador termostático compacto com tec- dora destes equipamentos pelo prestígio de que goza, dentro do
nologia de conetividade via Smart Bluetooth. O Vulcano Sensor mundo Siemens, no que concerne aos padrões de qualidade eu-
Connect é um esquentador termostático compacto com tecnolo- ropeia, ao cumprimento dos prazos estabelecidos e à relação de
gia de conetividade, produzido em Portugal, com design exclusivo confiança que tem mantido com os seus clientes ao longo dos

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PUB
anos, assente no know-how das suas equipas”, explicou
Fernando Silva, Diretor da Divisão da Energy Management
Portugal. Esta fábrica foca a sua produção em quadros
elétricos de Baixa e Média Tensão e 95% dos seus equi-
pamentos são exportados para países como a Alemanha,
Angola, Brasil, África do Sul, Austrália, México, Coreia do
Sul e Emirados Árabes Unidos. Com os parceiros egípcios
Elsewedy Electric e Orascom Construction, a Siemens for-
necerá, em regime chave na mão, três centrais elétricas de
ciclo combinado alimentadas a gás natural, cada uma com
uma capacidade de 4,8 GW, ou seja, um total de 14,4 GW.
Cada uma das três centrais elétricas - Beni Suef, Burullus e
New Capital - funcionará com 24 turbinas a gás da classe
H da Siemens, selecionadas pela sua elevada capacidade
de produção e eficiência. O âmbito do fornecimento inclui
ainda 12 turbinas a vapor, 36 geradores, 24 geradores de
vapor de recuperação de calor e três quadros de distribui-
ção isolados a gás de 500 kV cada.

Conversor para aplicações simples


MOVI4R-U®
SEW-EURODRIVE Portugal
Tel.: +351 231 209 670
infosew@sew-eurodrive.pt · www.sew-eurodrive.pt

Quando simples é a palavra de


ordem, o conversor MOVI4R-
U® é o produto indicado para a
satisfação de necessidades
básicas no âmbito da tecnolo-
gia dos acionamentos. Com o
índice de proteção IP54 pode
ser utilizado no quadro elétrico
ou fora dele.
O conversor de frequência MOVI4R-U® oferece a fun-
cionalidade necessária para o controlo fiável da velocidade
de motores assíncronos. Não com menor mas com uma
considerável mais-valia. O design modular do conversor
para aplicações simples MOVI4R-U® é ideal quando se
trata da substituição rápida de dispositivos. Além disso,
o conceito de operação intuitiva do MOVI4R-U® permite
tempos de instalação muito curtos. A utilização sustentá-
vel do conversor resulta de um conjunto de caraterísticas
inovadoras: o retrofit que permite a atualização técnica
dos dispositivos, o retorno que permite o regresso ao ciclo
de fabrico, a reutilização direta de componentes, o design
amigável, a produção inovadora e amiga do ambiente.

Nova gama Prisma da Schneider Electric


com altos desempenhos energéticos
Schneider Electric Portugal
Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101
pt-comunicacao@schneider-electric.com
www.schneiderelectric.com/pt

A Schneider Electric divulgou a evolução da gama de invó-


lucros Prisma. A solução inclui uma nova versão com 36
módulos verticais no Prisma G (1980 mm de altura), para
projetos de quadros elétricos, principais ou de distribui-
ção até 630 A. As celas Prisma P tornam os projetos de
quadros gerais de Baixa Tensão mais eficientes, satisfa-
zendo as necessidades das instalações elétricas até 4000
A. Com este novo sistema é possível melhorar o projeto
114 mercado técnico

do quadro elétrico para edifícios terciários ou industriais de Bai- exibirá imediatamente um texto de ajuda a explicar como corrigir
xa Tensão e obter elevados desempenhos elétricos e mecânicos, o erro. Além disso, o utilizador pode fazer um pedido de serviço
testados segundo a Norma IEC 60068-3-3, garantindo o seu bom diretamente ao Departamento de Serviços da Rittal. O software
funcionamento, mesmo em situações de terramoto ou em condi- envia os dados de diagnóstico diretamente para o Rittal Service
ções adversas de outra natureza. através de um formulário web. Logo que o utilizador tenha
A gama Prisma da Schneider inclui agora o Prisma G, que se especificado a localização da unidade de climatização no sistema,
carateriza por ser compatível com diferentes gerações de produ- isto funcionará em todo o mundo - o software transmitirá o pedido
tos Prisma, além de possuir novas extensões de invólucros que ao Departamento apropriado da Rittal. Dependendo do erro, o
simplificam a combinação de dois invólucros com 600 mm de lar- técnico de serviço pode trazer imediatamente as peças suplentes
gura. Adicionalmente, a nova gama possui platinas com batentes necessárias, e fica mais rápido remediar uma perturbação.
para pré-posicionar as unidades funcionais. No sistema Prisma Uma nova caraterística na Versão 3 é o “Cockpit de Eficiência”.
P foram redesenhados os suportes de barramento para facilitar O utilizador pode visualizar todos os dados e avaliá-los aqui.
a ligação com barramentos Linergy Evolution (LGYE) que otimi- Juntamente com as temperaturas, as tensões e as correntes
zam a instalação vertical. A linha possui ainda novas ligações pré- de entrada para os motores também podem ser exibidas. A
fabricadas Linergy Evolution (LGYE) para disjuntores Masterpact, representação do EER (Energy Efficiency Ratio) é muito importante
pensados para uma consistência completa com os barramentos. para a eficiência energética, porque aqui o utilizador pode
Comum a toda a gama surge um novo punho que confere ao sis- reconhecer que eficiência energética a unidade de climatização
tema um novo design. Já os quadros elétricos são configurados opera, em quais condições ambientais e as configurações.
por função e área, tornando a instalação mais sólida e facilitando o Também os valores mensuráveis de todos os sensores
projeto, a instalação, a operação e as respetivas atualizações. Com na unidade de climatização são exibidos no cockpit. Uma
a nova oferta Prima é agora mais fácil integrar equipamentos de representação do diagrama de circuito também está incluída, bem
comando, controlo e comunicação nos quadros elétricos de Baixa como o diagrama detalhado de controlo de refrigeração. Em caso
Tensão. Esta gama assegura uma maior qualidade e disponibili- de erro, o software exibe diretamente o componente defeituoso.
dade de energia, de segurança e desempenho, pretendendo ainda Esta função permite economizar tempo durante o trabalho e
facilitar a integração inteligente da instalação elétrica, graças às aumentar a disponibilidade.
soluções de ligação e distribuição Linergy.

Módulos de calhas articuladas em ziguezague


Software de diagnóstico Rittal para unidades para movimentos verticais
de climatização igus®, Lda.
Rittal Portugal Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321
Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219 info@igus.pt · www.igus.pt
info@rittal.pt · www.rittal.pt /IgusPortugal

Com a atualização para a Versão 3, a Rittal Com os módulos standard de ca-


reviu e desenvolveu significativamente a lhas articuladas em ziguezague, a
sua aplicação de software RiDiag para o igus® oferece uma solução com-
diagnóstico e parametrização de unidades pacta e económica para aplica-
de climatização. Utilizadores, planeadores, ções verticais. O módulo em zigue-
pessoal de manutenção ou gestores de zague pode ser configurado
energia beneficiam de muitos novos individualmente, graças ao módulo
recursos tanto ao operar unidades de de calhas articuladas e ser forneci-
climatização, como durante a recolha de do rapidamente. Através disto con-
dados a longo prazo. Além disso, a nova versão oferece muitas seguem-se soluções de forneci-
melhorias que tornam a manutenção mais fácil e eficiente. O mento de energia e dados na área da tecnologia de palcos,
software é executado em Windows e pode comunicar com as iluminação e armazéns, bem como para plataformas elevatórias.
unidades de climatização através de uma rede. O RiDiag é Desde o Royal Theatre em Londres até à ópera em Barcelona,
adequado para todas as novas unidades de climatização Blue-e +, e noutras aplicações em musicais, nada acontece sem as ima-
bem como para aquelas com o Controlador de Conforto. Em breve gens dos cenários ou sem uma iluminação repleta de efeitos. A
será possível parametrizar o Chiller TopTherm com RiDiag. tecnologia nos palcos para os efeitos de iluminação passa pela
O utilizador pode ver as funções mais importantes da unidade deslocação na vertical da iluminação. Para o fornecimento fiável
de climatização, num ápice, no ecrã inicial. O software exibe, de dados e energia é necessário mover igualmente os respetivos
claramente, o nome do dispositivo, número de série, temperatura cabos na vertical. O desafio reside em conseguir uma movimenta-
atual, horas de funcionamento, mensagens do sistema e outros ção vertical com o mínimo de ruído possível, e no guiamento dos
parâmetros. Em geral, todas as funções, e opções, que o painel de inúmeros cabos num espaço reduzido. Para ambas as situações,
controlo disponibiliza na unidade de climatização também estão a igus® desenvolveu uma solução através do módulo em zigueza-
presentes no software. Todas as atualizações de firmware também gue: uma calha articulada que vai invertendo, com a qual é possível
podem ser carregadas diretamente via RiDiag e instaladas no transportar todos os cabos com segurança, e que recolhe numa
controlador da unidade de climatização. Isto exige uma ligação à caixa compacta. Quando a estrutura de luzes está em baixo, a ca-
Internet. lha articulada está recolhida na caixa. Caso a estrutura seja des-
Um destaque especial da nova versão é o suporte ao utilizador locada para cima, a calha articulada desdobra-se e acompanha
durante a manutenção e serviços. O RiDiag exibe o status de todas o movimento até 30 metros de altura. A caixa metálica pode ser
as unidades de climatização e mensagens de erro e, ao mesmo integrada, de forma impercetível, nos elementos do palco ou fixa
tempo, fornece ao utilizador uma assistência abrangente. Se o nas unidades de iluminação móveis. Se a unidade de iluminação
utilizador mover o rato sobre uma mensagem de erro, o software se deslocar para baixo, a calha articulada desdobra-se também

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116 mercado técnico

para baixo. A caixa pode ser fornecida em preto para baixo reflexo tam-se tanto a calhas em plástico como em alumínio. Os acessó-
ou noutras cores. rios rígidos e varáveis, como ângulos internos, ângulos externos e
A vantagem reside na modularidade do sistema: até agora, as derivações em T, tornam a instalação mais adequada. Os acessó-
caixas para recolha das calhas eram oferecidas individualmente ou rios adaptam-se tanto a sistemas em plástico como a sistemas
em séries pequenas. Mas graças ao sistema por módulos, a caixa em alumínio.
standard da igus® pode ser configurada, produzida e fornecida no
prazo de 10 dias sem grande trabalho de projeto. Os módulos po-
dem ser encomendados com tamanhos de 75 a 500 milímetros de Fonte de alimentação robusta de 40 A
largura exterior da calha, bem como de 600 a 3000 milímetros de para requisitos exigentes
comprimento da caixa e até 2000 milímetros de altura máxima da Phoenix Contact, S.A.
caixa. Assim, deixa de ser necessária a produção especial e dis- Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769
pendiosa para a maioria das aplicações. www.phoenixcontact.pt
A inovadora colocação no movimento vertical de calhas arti-
culadas em ziguezague permite, comparativamente com os siste- As fontes de alimentação TRIO
mas de recolha de cabos, aplicações na vertical com pouco ruído POWER da 2.ª geração, TRIO PO-
e a colocação de um maior número de condutores. Pode ser co- WER 2G, fornecem continuamente
locada uma chapa de suporte na calha articulada, com elementos potência SELV (como por exem-
de fixação para os cabos. A construção em ziguezague é possível plo, 24 VDC) em aplicações difí-
em praticamente todas as calhas articuladas das Séries E2 e E4, ceis. Tal como o da 1.ª geração, o
sendo que a Série E4 oferece vantagens na montagem e no pre- novo modelo de 40 A é robusto,
enchimento, uma vez que é possível abrir em ambos os lados. A tanto elétrica como mecanica-
própria caixa standard é o meio de transporte ideal para uma calha mente. Quando a disponibilidade
articulada previamente confecionada. Assim é possível fornecer o da alimentação é de alta priorida-
módulo como um sistema completo readychain® e instalar rapida- de, esta fonte de alimentação fornece um boost dinâmico que pos-
mente como um sistema Plug&Play pronto a funcionar, integrando sibilita o arranque fiável de cargas até 60 A durante 5 segundos.
a calha articulada, os cabos elétricos chainflex® e as fichas. As caraterísticas de design robusto, com alta rigidez elétrica,
alto MTBF (Mean Time Between Failure) superior a 1 milhão de ho-
ras, sinalização local e contacto livre de potencial para a monitori-
Calhas técnicas Rapid 45 zação da tensão de saída (DC OK) asseguram que todas as cargas
OBO BETTERMANN – Material para Instalações Eléctricas, Lda. de 24 VDC são eficazmente alimentadas. O novo modelo de 40 A
Tel.: +351 219 253 220 · Fax: +351 219 151 429 ocupa pouco espaço num quadro elétrico, apenas 110 mm de lar-
info@obo.pt · www.obo.pt gura, suporta temperaturas ambiente entre os -25º C e os +70º C,
e tensões de entrada entre os 320 e os 575 VAC.
Um sistema, múltiplas possibilida-
des: as novas calhas técnicas
Rapid 45, para instalação com apa- RS Components disponibiliza kits
relhagens das Séries OBO Modul 45 de desenvolvimento de rádio frequência
e Modul 45connect. A nova geração da Pycom
Rapid 45 combina, num só sistema, RS Components
a elegância das formas simétricas, Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038
a qualidade homogénea da cor com marketing.spain@rs-components.com · pt.rs-online.com
a flexibilidade técnica. Os acessórios inovadores permitem insta-
lações práticas na parede tanto em ambientes comerciais, resi- A RS Components disponi-
denciais como industriais. Fornecidas em até quatro dimensões, biliza uma gama de kits e
as calhas técnicas Rapid 45 permitem uma multiplicidade de apli- acessórios de desenvolvi-
cações. mento da Pycom, ferra-
Nas variantes em plástico, as Rapid 45 têm lugar de desta- mentas muito úteis para os
que, tanto em cinza claro (RAL 7035) como em branco puro (RAL engenheiros de design no
9010). Estão disponíveis larguras de calha com as seguintes di- âmbito das aplicações IoT
mensões (altura de calha x largura de calha): 53 x 100 mm, um (Internet das Coisas). Estes
compartimento; 53 x 130 mm, dois compartimentos; 53 x 165 mm, kits são uma plataforma
dois compartimentos e 53 x 160 mm, três compartimentos. Nas para dispositivos ligados através de múltiplos padrões de comuni-
variantes em metal, com a superfície anodizada ou pulverizada em cação. Utilizam o mais recente processador de núcleo duplo com
branco puro (RAL 9010), as calhas técnicas Rapid 45 em alumínio chipset Espressif ESP32, que permite que os engenheiros criem e
garantem elegância no local de trabalho. Estão disponíveis três liguem rapidamente dispositivos por wi-fi, Bluetooth Low Energy
larguras de calha com as seguintes dimensões (altura de calha x (BLE), mas também LoRa e Sigfox, as tecnologias de comunicação
largura de calha): 53 x 100 mm, um compartimento; 53 x 130 mm, usadas para a Internet das Coisas de longo alcance.
dois compartimentos e 53 x 165 mm, dois compartimentos. Existem três novas variantes da placa. A primeira, a WiPy 2.0,
Podem ser montados ao perfil da calha, com um clique e de é uma minúscula plataforma de desenvolvimento wi-fi e Bluetooth
forma fácil, interruptores, tomadas e espelhos para conetores de IoT concebida para MicroPython, que apresenta um alcance wi-fi
dados das Séries OBO Modul 45 e Modul 45connect. de 1 km. A segunda é a LoPY, uma placa de suporte de comuni-
Este é um sistema compacto, simples de montar e fácil de am- cação tripla, que oferece comunicações LoRa, wi-fi e BLE. A placa
pliar. O design retilíneo e a elevada qualidade garantem à gama oferece também um benefício adicional: pode ser utilizada como
RAPID 45 a manipulação mais adequada durante a montagem. um módulo nano-gateway baseado em LoRa. A terceira placa é
Peças de acessórios, como topos ou acessórios variáveis, adap- a placa SiPy, que oferece igualmente comunicações triplas com

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118 mercado técnico

wi-fi, BLE e Sigfox (com as opções Sigfox RCZ1/3 e RCZ2/4). Ou- A PreLink® cria a possibilidade de interligação com as aplica-
tros acessórios igualmente úteis para o desenvolvimento de apli- ções mencionadas anteriormente e com os mesmos caminhos de
cações da Internet das Coisas incluem a placa de expansão v2 cabos. Reduziu-se o tamanho dos conetores e, ao mesmo tem-
universal Pyboard, o kit de antena universal LoPy/SiPy para LoRa po, aumentaram-se as áreas de possíveis aplicações, permitindo
e Sigfox e caixas Pycase para as três placas oferecidas nas co- a sua utilização em locais de difícil acesso. Ao mesmo tempo, o
res verde, azul, cinzento ou transparentes. Além disso serão adi- número de elementos de conexão reduziu-se ao mínimo, o que
cionados em breve dezenas de modelos e bibliotecas prontos a se traduz numa montagem fácil e rápida. Os conetores permitem
usar na Pycom Exchange, para assegurar o desenvolvimento fácil uma fácil expansão do nível de proteção de IP20 para IP65/67. A
e rápido de novas soluções para a Internet das Coisas, juntamente PreLink® M12 d-codificação está destinada à transmissão de da-
com uma API universal, que permite a construção de um grande dos até 100 Mbit/s (Fast Ethernet). É um elemento importante da
conjunto de bibliotecas produtivas, sólidas e móveis em diferentes cablagem de acordo com as Normas PROFINET e o padrão M12
plataformas de hardware. segundo a Norma IEC 61076-2-109. Pode encontrar informação
adicional na página da empresa Transfer Multisort Elektronik, o
distribuidor autorizado da marca HARTING.
IZI BoxLine (Postos de Trabalho)
JSL – Material Eléctrico, S.A.
Tel.: +351 214 344 670 · Fax: +351 214 353 150 Melhore a sua produtividade: serviço de recolha
Tlm.: +351 934 900 690 · 962 736 709 e entrega
info@jsl-online.net · www.jsl-online.net SEW-EURODRIVE Portugal
Tel.: +351 231 209 670
A nova gama IZI Boxline da JSL infosew@sew-eurodrive.pt · www.sew-eurodrive.pt
permite a instalação de equipa-
mento de proteção, disjuntores, Mesmo na logística do transpor-
diferenciais de terra, e outros fa- te, o serviço personalizado de
zendo uso da calha DIN incluída Recolha e Entrega da SEW-EU-
no interior da caixa. A solução RODRIVE Portugal toma conta
indicada na reabilitação da instalação elétrica e de telecomunica- da sua tecnologia de acionamen-
ções em escritórios, stands, habitações, bibliotecas, hospitais, ga- tos e automação. Com um con-
ragens e oficinas, bem como em estabelecimentos comerciais. ceito de logística adaptado às
De fácil e rápida instalação, os postos de trabalho JSL são suas necessidades pode tirar
agrupáveis na vertical e horizontal podendo a sua capacidade proveito de outros serviços juntamente com o serviço simples e
ser ampliada e evolutiva. Dotados de um encaixe rápido, seguro e rápido de Recolha e Entrega dos seus acionamentos. A SEW-EU-
eficaz, estão preparados para receber aparelhagem 45 x 45 (tipo RODRIVE Portugal garante que terá acesso ao serviço de que real-
MOSAIC) de qualquer fabricante, bem como a aparelhagem ame- mente necessita com total proteção dos acionamentos: recolha e
ricana tipo NEMA. Disponíveis na versão saliente e na versão de entrega de acionamentos de todas as marcas/fabricantes, presta-
encastrar em paredes de cimento e/ou pladur. A versão saliente ção de soluções alternativas para cada requisito de logística, tem-
dispõe de tampas laterais amovíveis que aceitam diretamente as pos de resposta curtos após a receção dos dados necessários,
calhas mini canais: 20 x 10, 30 x 10, 25 x 17, 40 x 17, 25 x 25, 40 x criação da documentação de transporte (a pedido), embalagem
25 e tubo VD20 de qualquer fabricante. A versão de embeber acei- para transporte seguro dos acionamentos no local (a pedido), e
ta tubo anelado de diâmetros 20 e 25, sendo fornecidas com um desmontagem e instalação de acionamentos no local (a pedido).
conjunto de parafusos e garras de ancoragem para paredes ocas Poderá utilizar o serviço de entrega/recolha personalizado
de pladur. Possui uma vasta gama de acessórios me aparelhagem para a rápida verificação dos seus acionamentos. Este é um pro-
de corrente elétrica e de dados. cesso muito simples utilizando a Caixa de Recolha SEW: poderá
decidir quando e onde é feito o levantamento da Caixa de Recolha
SEW e quando ocorrerá a sua entrega. A SEW-EURODRIVE tem
PreLink® M12 d-codificação: tecnologia uma equipa especializada que trata de todo este processo por si
que poupa espaço – desde o fornecimento da Caixa de Recolha SEW até ao seu le-
TME - Transfer Multisort Elektronik Sp. z o.o. vantamento e transporte.
Tel.: +48 426 455 444 · Fax: +48 426 455 470
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Novos quadros MINI S da TEV
A tecnologia PreLink® utilizada TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.
na construção de redes de da- Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164
dos em ambientes industriais, já marketing@tev.pt · www.tev.pt
está disponível com a interface
M12. O novo e compacto dese- A marca TEV acaba de lançar
nho dos contactos oferece solu- uma nova gama de quadros sa-
ções de montagem do conetor lientes, intitulada MINI S, pensa-
de rede Fast Ethernet ou PROFI- da para projetos com custos
NET. A Norma M12 utiliza-se geralmente em ambientes indus- controlados ou/e com espaço
triais, especialmente em combinações de máquinas e computa- reduzido para instalação.
dores industriais. A tecnologia PreLink ®, além da interface RJ45 Esta é uma gama de qua-
disponível até agora e utilizada em cablagens industriais, centros dros económicos de 2, 4, 8 e 24
de dados e edifícios de escritórios, está agora também disponível módulos, com dimensões mínimas para atravacamentos reduzi-
com a interface M12. dos. Os quadros de 2, 4 e 8 módulos são fornecidos com entradas

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mercado técnico 119

pré-marcadas para a entrada de cabos pelas laterais ou pelo fundo energia fiável. Para resolver esta situação, a Eaton desenvolveu a
da caixa. O encaixe rápido da tampa sem utilização de ferramentas gama 5SC para ser compatível com os armários mais pequenos:
nos quadros de 2,4 e 8 módulos permite uma poupança no tempo os modelos rack 1000/1500 podem ser instalados mesmo em ar-
de instalação. Têm ainda a opção de ligador T/N fixado em suporte mários curtos com apenas 500 mm de profundidade. Os modelos
autoextinguível no quadro e possibilidade de selagem nos quadros compactos em Torre também são uma boa opção para bilheteiras
de 2, 4 e 8 módulos. automáticas, quiosques e caixas multibanco, onde o acesso a uma
energia fiável é crucial para permitir a conclusão segura de qual-
quer transação em curso. Por este motivo, esta gama cumpre os
Novos modelos em rack melhoram a flexibilidade requisitos das certificações CE e CTUV-US, para facilitar a imple-
da gama de UPSs Eaton 5SC mentação global por parte dos MOEM e integradores”, ditou Ste-
Eaton Portugal phane Lacroix, Gestor de Produto na Eaton.
Tel.: +351 219 198 500 · Fax: +351 219 198 501 A gama 5SC foi concebida para tornar possível uma gestão e
marketingportugal@eaton.com · www.eaton.pt monitorização eficiente: todos os modelos incluem uma interface
LCD, que funciona como um painel pessoal, fornecendo informa-
A Eaton alargou a sua ções em tempo real sobre o estado  da UPS, a carga e o nível de
gama de UPSs line inte- bateria, e vários outros parâmetros ajustáveis. A saída de onda
ractive  para ajudar os sinusoidal garante a compatibilidade com os equipamentos de TI
gestores  de TI a  encon- mais sensíveis e a sensibilidade ajustável da forma de onda de en-
trar a melhor opção para trada permite a adaptação da UPS a ambientes específicos. Todos
garantir uma  proteção os modelos incluem portas USB e serial para possibilitar a integra-
de energia fiável para ção automática com os principais sistemas operativos. Além dis-
servidores de pequenas so, os modelos Rack e RT (em que  a UPS pode ser montada em
empresas. A gama 5SC rack ou utilizada como um dispositivo autónomo) também incluem
agora inclui os modelos uma slot opcional para uma placa de gestão de rede ou Série/Relé
Rack e Rack/Torre (RT), além dos modelos Torre,  e abrange para uma melhor comunicação. A implementação desta slot torna
uma gama de potências de 500 VA até 3 kVA. A gama flexível for- os modelos Rack e RT compatíveis com todas soluções de gestão
nece uma proteção compacta, fiável e acessível para garantir uma de rede da Eaton, bem como com os principais ambientes virtuais
operação segura numa ampla variedade de aplicações TI e indus- da VMware, RedHat, Citrix e HyperV. Para minimizar custos e otimi-
triais, como servidores, equipamentos de rede e de armazenamen- zar a vida útil do produto, a Série 5SC inclui a tecnologia patenteada
to, e caixas multibanco. “Em instalações com limitações de espaço ABM da Eaton que prolonga a vida útil da bateria em até 50% porque
pode ser difícil colocar uma UPS para fornecer uma proteção de apenas recarrega a bateria quando necessário.

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120 mercado técnico

Autoconsumo integrado com carregamento navegar e configurar; software PowerView3 que permite fazer o
de veículo elétrico na GENERA 2017 download e a análise dos dados registados e criação de relatório
CIRCUTOR, S.A. profissional; pinças flexíveis estão incluídas.
Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072 O analisador de energia MI 2892 Master Power da Metrel tem
www.circutor.com aplicabilidade em auditorias de qualidade de energia e reparação
de sistemas elétricos de Baixa e Média Tensão; verificação da efi-
A CIRCUTOR desenvolveu cácia de sistemas de correção do fator de potência como bancos
durante os últimos anos al- de condensadores; análises energéticas de longa duração; manu-
gumas das soluções mais tenção preventiva; verificação da capacidade de um sistema elétri-
inovadoras no setor do au- co antes de se aumentar a carga.
toconsumo fotovoltaico e
carregamento de veículo
elétrico em Espanha. Isto posicionou a CIRCUTOR como a empre- Fichas RJ45 da Weidmüller para placas
sa que oferece uma extensa gama de soluções para integrar a ge- de circuito impresso
ração distribuída na rede, mediante aplicações para o autoconsu- Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
mo e o veículo elétrico. E são soluções direcionadas para as Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871
aplicações industriais, edifícios de serviços e residências que se weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt
adaptam a cada situação em específico para oferecer uma boa
gestão do recurso solar, otimizando a eficiência, simplificando a As fichas RJ45 da Weidmüller
gestão e permitindo uma maior poupança de custos. para placas de circuito im-
Na GENERA 2017 foram apresentadas várias soluções na área presso satisfazem as maio-
das energias renováveis e carregamento de veículos elétricos: para res exigências, ao terem ele-
o autoconsumo integradas com sistemas de carregamento do veí- trónica e placas de circuito
culo elétrico, exemplos de aplicações reais de instalação e monito- impresso integradas ou sem
rização de sistemas para o autoconsumo combinadas com o car- elas, garantindo uma eficien-
regamento de veículos elétricos, um novo sistema de medida para te ligação de dispositivos em
strings fotovoltaicos que assegura a rentabilidade da instalação fo- aplicações de Ethernet Industrial. Algumas tendências atuais,
tovoltaica, um analisador de redes portátil MYeBOX que é uma ino- como a transição desde as soluções de bus de campo tradicionais
vação tecnológica portátil para a análise e controlo das instalações às tecnologias de Ethernet Industrial, exigem um número crescen-
de autoconsumo, a Série E-Home que são pontos de carregamento te de fichas RJ45 para placas de circuito impresso que se adaptem
para veículos elétricos, o CIRBEON que é uma solução para os car- às diferentes conceções das estruturas. O constante aumento das
regamentos domésticos de veículos elétricos, o Raption que é um transmissões de dados em aplicações de Ethernet Industrial tam-
carregador de contínuo de 22 kW para veículos elétricos. bém exigem um grande número de variantes de fichas RJ45 para
placas c.i.. As novas fichas RJ45 para placas r.i. da Weidmüller são
uma ótima solução para uma ligação eficiente de dispositivos em
F.Fonseca apresenta o analisador de energia aplicações de Ethernet Industrial. Todas as fichas RJ45 para pla-
MI-2892 da Metrel cas c.i. satisfazem as maiores exigências e prestam um serviço
F.Fonseca, S.A. fiável nas condições mais extremas.
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 A gama de produtos RJ45 da Weidmüller inclui variantes com
ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com saídas de condutores laterais ou superiores e com uma cavilha de
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda segurança na parte superior ou inferior que permite conceber dis-
positivos com dimensões reduzidas e versões para os processos de
O analisador de energia MI soldadura SMD ou THR. Todos os conetores para a placa de circuito
2892 Master Power da Metrel impresso garantem uma fiável transmissão de dados a altas veloci-
é um instrumento portátil tri- dades. Uma ficha RJ45 com a eletrónica integrada teria uma placa
fásico com um ecrã a cores de circuito impresso compatível com POE, POE+, 100 Mbit/s, 4 gi-
de fácil leitura gráfica, permi- gabit e 10 gigabit, por exemplo. As placas de circuito impresso tam-
tindo ao utilizador por exem- bém poderiam estar equipadas segundo os requisitos específicos
plo detetar harmónicos e ano- de cada cliente. A conceção totalmente protegida das fichas RJ45
malias nas formas de onda de da Weidmüller garante, a todo o momento, a transmissão segura
uma instalação. O analisador dos dados com uma elevada proteção perante as interferências ele-
de energia MI 2892 Master tromagnéticas. Isto permite utilizar as fichas RJ45 em mudanças
Power da Metrel permite um sensíveis ou com uma elevada densidade de campo eletromagnéti-
registo de longa duração, bem como solucionar problemas de co. As fichas RJ45 para placas de circuito impresso cumprem com
qualidade de energia em sistemas de distribuição monofásicos e as especificações Cat. 5 e Cat. 6 (aplicações gigabit), estando bem
trifásicos. As teclas de configuração tornam o instrumento mais preparados para o futuro. As fichas RJ45 para placas de circuito im-
intuitivo e permitem uma visão geral mais rápida dos dados para a presso da Weidmüller possuem saídas de conetores a 90º e 180º
resolução de problemas. que permitem uma ótima adaptação aos múltiplos tipos de estrutu-
O software PowerView3 permite a análise detalhada dos da- ras. A Weidmüller dispõe do produto idóneo para a montagem das
dos gravados, leitura direta do cartão de memória microSD e cria- placas c.i. quando se exige a soldadura SMD ou THR. Os contactos
ção automática de relatórios. Tem como benefícios: suporte para são submetidos a um banho de ouro que deposita uma capa com
cartão de memória microSD (8 GB fornecido com o instrumento) uma espessura standard de 30 micropolegadas.
até 32GB; terminais de entrada codificados por cores e rótulos de A eletrónica integrada nas fichas RJ45 para placas c.i. oferece
acordo com a região da aplicação; menu principal com ícones de várias vantagens como a poupança de espaço e a redução dos
tamanho significativo para tornar o equipamento muito fácil de custos de montagem. A localização dos circuitos dentro dos cone-

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122 mercado técnico

tores totalmente protegidos garante uma maior fiabilidade. A placa Os Green Project Awards são um projeto internacional, com edi-
integrada no conetor contém componentes eletrónicos como bo- ções em Portugal, no Brasil e Cabo Verde, cujo objetivo passa por
bines, resistências e condensadores e oferece uma compatibilida- premiar e reconhecer boas práticas em projetos que promovam o
de com 10/100/1000 Base-T, 1 gigabit e 10 gigabit, PoE e PoE+. desenvolvimento sustentável bem como consciencializar a popu-
lação para a importância desta temática. Esta iniciativa permite
dar visibilidade a entidades, empresas pessoas e/ou instituições
Detetor de movimento para exterior com função que trabalham e desenvolvem projetos em torno da importância
de imunidade a animais – SG4000 ambiental, económica e social e reforçar o peso da sustentabilida-
Pronodis – Soluções Tecnológicas, Lda. de nos diferentes setores e áreas de atividade. Os presentes na 9.ª
Tel.: +351 234 484 031 · Fax: +351 234 484 033 cerimónia de entrega deste galardão assistiram aos discursos de
pronodis@pronodis.pt · www.pronodis.pt João Pedro Matos Fernandes – Ministro do Ambiente, Rui Moreira
/pronodissolucoestecnologicas.pronodis – Presidente da Câmara Municipal do Porto, Ana Pinho – Presi-
dente do Conselho de Administração da Fundação Serralves, Pe-
Detetor de movimento com sen- dro Ferreira – EDP Inovação, Tiago Braga – Metro do Porto. Foi
sor de infravermelhos para apli- ainda promovido um workshop de políticas públicas para a mobili-
cação em parede ou teto, com dade sustentável nas cidades.
função específica de imunidade
a animais de estimação.
Disponível na versão de Klauke Mobil: digressão em Portugal
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regulação crepuscular 5-2000 Durante o passado mês de
lux, com regulação de tempo 10 segundos – 20 minutos, sendo março de 2017, a nova carri-
indicada para o exterior ao ter a proteção IP54. Com possibilidade nha de exposição de produtos
de rotação do sensor, traz incluído o comando RC-SG 4000 espe- da Klauke, Greenlee e HDE an-
cífico para ativar ou desativar a função de imunidade a animais. dou em visitas a clientes em
Portugal. Entre visitas a utili-
zadores e presenças em pon-
Vulcano vence prémio do Green Project Awards tos de venda da rede dos dis-
Vulcano tribuidores Klauke foram concluídos mais de 100 eventos.
Tel.: +351 218 500 300 · Fax: +351 218 500 301 As novas versões dos alicates eletro-hidráulicos, para fazer cra-
info.vulcano@pt.bosch.com · www.vulcano.pt vações de terminais ou para cortar cabos, com as novas potentes
/VulcanoPortugal baterias Bosch e bluetooth para registo de dados, foram a sensação
das apresentações. As demonstrações deixaram evidente para os
A Vulcano, marca portuguesa em Solu- utilizadores como a Klauke é uma referência tecnológica nestas so-
ções de Água Quente e Solar Térmico, luções. Ficou prometida uma nova presença para 2018, com mais
venceu a 9.ª edição dos Green Project novidades, para consolidar a forte presença da marca em Portugal.
Awards na categoria produto ou serviço
com o Esquentador Termostático Com-
pacto Sensor Connect. A cerimónia teve Módulo duplo UBS 45 x 45 2,1 A, 5 VDC carga rápida
lugar no dia 23 de janeiro e realizou-se na JSL – Material Eléctrico, S.A.
Fundação de Serralves. Esta iniciativa, or- Tel.: +351 214 344 670 · Fax: +351 214 353 150
ganizada este ano com a Câmara Munici- Tlm.: +351 934 900 690 · 962 736 709
pal do Porto, é o reconhecimento da tec- info@jsl-online.net · www.jsl-online.net
nologia Vulcano e mais uma prova de que
a marca está comprometida em demonstrar que a eficiência ener- A gama de aparelhagem 45 x 45 da
gética é um requisito do mercado e essencial para o crescimento JSL recebe um novo elemento com-
sustentado das sociedades. plementar, o módulo duplo UBS 45 x
O produto vencedor do Green Project Awards, o Vulcano Sen- 45 2,1 A, 5 VDC de carga rápida. O mó-
sor Connect, é o primeiro Esquentador Termostático Compacto dulo de carregamento duplo USB da
com tecnologia de conetividade, produzido em Portugal com um JSL é compatível com qualquer dispo-
design exclusivo e inovador. Este equipamento oferece uma pou- sitivo (de qualquer fabricante) que re-
pança de gás até 35% e de cerca de 60 litros água/dia, face a ou- ceba aparelhagem 45 x 45 tipo “Mo-
tros equipamentos. Nunca a tecnologia da Vulcano foi tão longe saic”. Dispõe de 2 portas USB integradas que podem alimentar
em termos de inovação e desenvolvimento, respeito pelo ambien- qualquer dispositivo recarregável, incluindo iPods, iPhones e iPad.
te, pela economia, pelo conforto e pela segurança das famílias. “A Pode desfrutar da conveniência de portas USB embutidas na pa-
Vulcano acredita que é importante fazer com que a tecnologia e rede, eliminando a necessidade de utilização do adaptador de cor-
a conetividade tenham aplicabilidade e efeito direto na vida das rente, bastando ligar o cabo USB diretamente para carregar o seu
pessoas tendo em vista um futuro sustentável. Este ano a marca aparelho. O módulo USB reduz drasticamente os custos de energia
celebra 40 anos e até à data tem-se posicionado um passo à frente ao detetar automaticamente a voltagem/potência necessária “Auto-
em competência e desenvolvimento tecnológico. Estas são cara- Sense” com piloto LED para indicação de funcionamento. A instala-
terísticas que fazem da Vulcano uma marca vencedora”, sublinha ção é rápida e fácil, e este é um produto adequado para a instalação
Nadi Batalha, Coordenadora de Marketing da marca. em postos de trabalho, calha técnica, caixas de chão e torres de chão.

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mercado técnico 123

Rittal oferece uma nova máquina automática Mas o aquecimento global ameaça aumentar em 50% o número de
de descarnar cabos e cravação de ponteiras relâmpagos até ao final do século, segundo estudos da Universi-
Rittal Portugal dade da Califórnia, pelo que o investimento neste tipo de proteção
Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219 deve ser promovido. O ciclo de vida dos DST’s (Descarregadores de
info@rittal.pt · www.rittal.pt Sobretensões) varia consoante a magnitude e frequência das so-
bretensões que suporta, o que torna o momento da sua substitui-
A Rittal dispõe agora de máquinas de ção imprevisível. Normalmente, se o seu ciclo de vida termina antes
descarne de cabos e cravação de da substituição, os equipamentos a protegidos ficam expostos, um
ponteiras que operam de forma problema contornado pela tecnologia QuickSafe.
totalmente elétrica, para ambientes
sem fornecimento de ar comprimido. A
máquina é, assim, particularmente Interruptor fusível XNH da Eaton:
adequada no que respeita à sua segurança na distribuição de energia
mobilidade, tal como durante os Eaton Portugal
serviços de manutenção. As pequenas Tel.: +351 219 198 500 · Fax: +351 219 198 501
oficinas, onde não existe ar comprimido, também beneficiam das marketingportugal@eaton.com · www.eaton.pt
novas máquinas automáticas de cravação de ponteiras.
O R8E é controlado através de um display de painel touch A Eaton apresenta a sua próxima gera-
que permite ao operador fazer configurações através de uma ção de interruptores fusíveis NH XNH. O
navegação de menu intuitiva. A unidade de descarne de cabos desempenho e a facilidade de instala-
pode ser facilmente ajustada e pode processar cabos com secções ção dos dispositivos permitem uma im-
de 0,5 mm² a 2,5 mm². Estas são então fornecidas com um cabo plementação do projeto mais segura,
plastificado e ponteiras com um comprimento de cravação de 8 rápida e eficiente em termos de custos.
mm. A velocidade de trabalho é muito alta, graças ao fornecimento O novo interruptor fusível da Eaton é o
por tambores de cabo e ponteiras. O contador de peças diárias, primeiro fusível equipado com o comu-
que está integrado, também ajuda a tornar o trabalho mais fácil. tador NH que pode ser ligado ao SmartWire-DT de série. Como
Estes permitem a montagem de cabo compatível com UL usando parte da família xEffect, a gama XNH possui uma ampla seleção de
o R8E. A Rittal também dispõe de ferramentas manuais para a versões e uma gama extensa de acessórios. Isto permite cumprir
produção e processamento de cabos elétricos. com os requisitos de muitas aplicações diferentes e exigentes nas
áreas de construção de máquinas e de sistemas e na distribuição
clássica de energia. A Eaton introduz, assim, no mercado uma
ABB garante segurança sem precedentes para gama de soluções que oferece ainda mais funções de segurança
sistemas elétricos críticos necessárias para cumprir com a Norma IEC/EN 60947-3.
ABB, S.A. Para ligar ao SmartWire-DT – o sistema de cablagem e comuni-
Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390 cação inteligente da Eaton – apenas é necessário ligar um módulo de
marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt comunicação ao comutador XNH, o que permite documentar e mo-
nitorizar constantemente o estado do fusível, posição do interruptor e
A ABB lançou a tecnologia valores de energia. Os dados podem ser transmitidos através de por-
QuickSafe®, para a prote- tas de comunicação a todos os barramentos estabelecidos na área
ção de equipamentos con- industrial. Como resultado, os responsáveis podem detetar estados
tra sobretensões (DST’s), críticos, antecipadamente, a partir do centro de controlo e localizar
um dispositivo que combi- de imediato a origem do problema. O sistema de monitorização do
na a tecnologia patenteada de desconexão térmica com o seu sis- fusível com luz de controlo (FCL) ajuda também a reduzir o tempo de
tema de backup revolucionário para garantir que os equipamentos inatividade do circuito afetado caso ocorra uma falha. O FCL indica
estão constantemente protegidos contra danos causados por so- ao operador as falhas dos fusíveis através de LEDs, para que o fusível
bretensões. Este equipamento é especialmente usado para aplica- fundido possa ser identificado de imediato e substituído no local. As
ções em instalações elétricas crítica como datacenters, hospitais proteções de contacto sobrelevadas no topo e nos lados e a proteção
ou mesmo bancos. A tecnologia deste equipamento protege os anti-torção no topo do interruptor fusível oferecem uma maior segu-
equipamentos elétricos contra picos causados ​​por sobretensões rança ao operador nos processos de troca.
na rede ou mesmo por descargas atmosféricas. A sua utilização é A Eaton integrou proteções de contacto no design, separando
particularmente comum em aplicações residenciais e industriais. de modo seguro as partes condutoras de energia no dispositivo e
Uma sobretensão elevada pode derreter os circuitos e os seus na caixa do interruptor. Existe também um mecanismo de fecho
componentes, mas mesmo uma pequena tensão, se repetida mui- para um bloqueio em U para proteção contra trocas não autori-
tas vezes, pode causar danos irreversíveis ou levar à perda de da- zadas. Quando está a ser efetuado um serviço de manutenção, o
dos armazenados em equipamentos importantes. operador pode mover a tampa, incluindo os fusíveis, para uma ‘po-
O QuickSafe é a nova geração de proteção contra sobretensões sição de parqueamento’ e fixá-la ao mecanismo de bloqueio com
da ABB com performances melhoradas. Devido à tecnologia inova- uma braçadeira, por exemplo. As funções adicionais incluem um
dora, a nova gama OVR cobre todas as aplicações residenciais e dispositivo antifurto de energia, revestimento em todos os lados
industriais com um elevado nível de proteção, simples instalação e e uma tecnologia de conexão multilateral, assim como variados
manutenção preventiva, segundo a nova Norma IEC/EN 61643-11. terminais. A aparelhagem XNH está disponível nos tamanhos 00,
Em condições normais, esta tecnologia protege os sistemas duran- 1, 2 e 3. Esta gama inclui dispositivos de três pólos, bem como
te todo o seu ciclo de vida havendo edifícios como o Empire Sta- de 1, 2 e 4 pólos para barramento, placa de instalação e calha de
te Building, em Nova Iorque sujeito a cerca de 100 relâmpagos por montagem. Com a versão para o sistema de barra condutora de
ano, chegando mesmo a meia centena num único dia, aos quais o 60 mm, por exemplo Sasy 60i da Eaton, a ligação do cabo na parte
QuickSafe ABB permite oferecer um grau de segurança acrescida. inferior pode ser facilmente convertida para uma ligação superior.

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124 mercado técnico

Pinça de ligação à terra sem estacas Fluke 1630-2 FC A etiquetagem da posição da estrutura constitui um grande
AresAgante, Lda. apoio. Assegura que o posicionamento dos módulos (A ... F) é fei-
Tel.: +351 228 329 400 · Fax: +351 228 329 399 to de uma forma adequada, os quais ficam bem visíveis e ainda
geral@aresagante.pt · www.aresagante.pt com a etiqueta adicional do “triângulo preto” que indica a posição
correta do módulo na estrutura. Manteve-se a forma da estrutu-
A nova pinça de ligação à terra ra articulada atual, mas introduziram-se novas funcionalidades
e de corrente de fuga AC sem que garantem uma, ainda maior, estabilidade mecânica. As novas
fios possibilita testes rápidos estruturas são totalmente compatíveis com todos os módulos da
de loop de ligação à terra e de série Han-Modular® e também com os modelos anteriores, sendo
fuga no interior/exterior sem um padrão de mercado entre as diversas fileiras industriais. Nas
estacas de orientação. Testar novas estruturas HARTING podem ser utilizados todos os módu-
os componentes de ligação à los, mais de cem, que gerem, entre outros, a alimentação, os sinais
terra do equipamento ao desli- ou a transmissão de dados. As vantagens notáveis existentes na
gar ligações à terra paralelas e montagem como a facilidade de montagem, traduzem-se numa
encontrar locais adequados redução de custos. Durante o desenvolvimento da nova versão da
para estacas de ligação à terra estrutura articulada, o trabalho de desenho centrou-se na melho-
auxiliares pode ser perigoso e ria do produto. Esta abordagem da marca Harting permitiu intro-
demorado. Com a nova pinça duzir alterações que, em outras situações, foram tratadas como
de ligação à terra sem estacas Fluke ® 1630-2 FC, os eletricis- soluções novas.
tas e técnicos de manutenção podem medir resistências de
loop de terra em sistemas com várias ligações à terra utilizan-
do apenas a garra de pinça dupla. Assim as medições podem RS Components oferece gama de conetores
ser realizadas de forma rápida e segura sem ser necessário de bloqueio positivo de Molex
expor os condutores. RS Components
A pinça regista automaticamente os dados em intervalos pré- Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038
definidos e guarda até 32 760 medições na memória nos interva- marketing.spain@rs-components.com · pt.rs-online.com
los de registo definidos. A garra de pinça resistente foi concebida
para manter o alinhamento e a calibração, mesmo nos ambientes A RS Components oferece a
industriais mais exigentes. A 1630-2 FC faz parte do Fluke Con- gama de conetores Milli-Grid™
nect®, um sistema de mais de 40 ferramentas de teste sem fios da marca de conectores, Mo-
que comunica através da aplicação Fluke Connect ou do software lex. Os conetores de linha de
Fluke Connect Assets, uma solução baseada na nuvem que reco- alta qualidade Milli-Grid são
lhe medições para proporcionar uma visão abrangente do estado adequados para uma ampla
de equipamentos críticos, permitindo aos técnicos consultar, re- variedade de aplicações de
gistar e partilhar medições da pinça em tempo real, através dos comunicações de dados, incluídos os servidores informáticos e
respetivos smartphones ou tablets e carregá-las automaticamen- computadores de gama alta, as telecomunicações e os equipa-
te para o armazenamento Fluke Cloud juntamente com etiquetas e mentos de infraestrutura de rede. Também são adequados para o
a localização GPS dos alvos. A pinça também está disponível num seu uso em aparelhos de consumo e eletrodomésticos, como re-
modelo sem Fluke Connect. frigeradores e máquinas de lavar, entre outros. A gama de coneto-
res Molex de uma só ficha faz com que as configurações de sinal
de cabo a cabo e de cabo a placa sejam simples. Incluem terminais
Nova estrutura articulada para Han-Modular® a pressão do sistema que garantem pines mais longos para um
que facilita a montagem contacto mais fiável. E a tecla de polarização central é muito im-
TME - Transfer Multisort Elektronik Sp. z o.o. portante para evitar as conexões incorretas.
Tel.: +48 426 455 444 · Fax: +48 426 455 470 A capacidade de bloqueio positivo da gama está garantida
export@tme.eu · www.tme.eu mediante as rampas de bloqueio que proporcionam uma grande
força de retenção à cabeça e as janelas de bloqueio para garan-
A HARTING ampliou a sua oferta do tir uma sustentação firme ao recetáculo. O desenho de uma só
conhecido sistema Han-Modular® ficha coberta contribui para uma maior proteção do terminal e
com uma nova série de “estruturas poupança de espaço; e a função de marcado do dispositivo pro-
articuladas plus”. A estrutura foi porciona marcado para a localização do primeiro circuito. Os co-
melhorada com uma mola de aço netores estão disponíveis com toda uma série de diferentes op-
inoxidável adicional, que funciona ções: diferentes longitudes de terminais soldados de 2,60, 3,60 e
como um bloqueio, tanto na posição 4,60 mm, que permitem o uso de PCB com diferentes espessuras
fechada, como aberta. Outras caraterísticas da estrutura também para aplicações de tipo orifício passante; e uma gama de recobri-
foram otimizadas, para uma montagem ainda mais eficaz. mentos de ouro e estanho que é importante para os engenheiros
Na nova versão da estrutura, o funcionamento das molas é quando querem satisfazer as necessidades de alto rendimento
muito importante pois mantém a estrutura na posição fechada ou ou de eficiência de custos. Também estão disponíveis, de forma
aberta. Inserir os módulos na estrutura é mais rápido, graças às opcional, as cavilhas de retenção para as conexões de saída de
bordas dos furos de montagem com um perfil específico. Estes montagem em superfície na PCB antes do processamento da
foram modificados de modo que a posição dos módulos durante soldadura. Outras especificações da gama são as qualificações
o fecho, é centrada sobre a armação. Além disso, durante o fecho máximas de 125  V  CA e 2,5  A; resistência de contacto de baixo
pode ouvir distintamente um “clique”, que significa que a estrutura nível de 30 miliohmios; resistência de isolamento de 1000 me-
está bem fechada. O uso da mola faz com que a utilização de ele- gaohmios; e uma categoria de temperatura de funcionamento de
mentos de bloqueio adicional não seja necessária. -40 a +70° C.

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mercado técnico 125

Bresimar disponibiliza sensores capacitivos sensor pode ser parametrizado facilmente através da entrada digi-
da Turck, com ajuste de sensibilidade por click tal, como se tivesse um botão de ajuste local.
Bresimar Automação, S.A.
Tel.: +351 234 303 320 · Fax: +351 234 303 328/9
Tlm.: +351 939 992 222 Sistema de carregamento universal
bresimar@bresimar.pt · www.bresimar.com para autocarros elétricos
Siemens, S.A.
Esta nova geração de Tel.: +351 214 178 000 · Fax: +351 214 178 044
sensores capacitivos, a www.siemens.pt
Série BCT, foi exclusiva-
mente desenvolvida A Hamburger Hochbahn AG co-
para aplicações de nível. locou três novos autocarros
Em vez de utilizar um po- elétricos em serviço na linha
tenciómetro como até 109 - a linha da inovação. Os
aqui, os novos sensores autocarros elétricos serão car-
podem ser “ensinados” para o respetivo fim através de um botão regados pelas mesmas esta-
local de “teach”. Os sensores BCT definem automaticamente o ções de carregamento que ali-
ponto de comutação de modo a que quaisquer depósitos na pare- mentam os híbridos-elétricos
de do tanque ou contaminação da face do sensor não cause qual- plug-in, em serviço em Hamburgo desde 2014. A Siemens torna-
quer erro na comutação. Um teste de lógica do ajuste selecionado se, assim, fornecedora de uma infraestrutura de carregamento
também previne erros de programação de difícil deteção. para autocarros elétricos que garante a interoperabilidade para ve-
A Série BCT vem com contacto universal NA/NF, num design ículos de diferentes fabricantes. Cada um dos dois terminais desta
cilíndrico em M18 e M30. Isto não só permite que os utilizadores linha está equipado com duas estações de carregamento, com
possam reduzir o número de variantes de dispositivos que têm em uma capacidade de 300 kW cada. As estações conseguem forne-
stock, como também implementar diversas aplicações de controlo cer aos autocarros energia suficiente para garantir a circulação
de enchimento e vazamento com um só sensor. O comportamento durante todo o dia utilizando o tempo de embarque e desembarque
de saída também pode ser ajustado através do botão “teach” local. dos passageiros nas paragens, uma vez que cada carregamento
Todas as versões estão disponíveis com saída PNP ou NPN. Para demora apenas cerca de seis minutos.
aplicações que necessitam de proteção contra ajustes não deseja- “Neste projeto a Siemens foi responsável tanto pela infraestru-
dos e aplicações onde o sensor não pode ser alcançado depois de tura de carregamento como pela tecnologia associada a bordo do
instalado, está disponível uma versão com “teach” remoto, onde o veículo, tendo sido o Centro de Competência para a área dos auto-

PUB
126 mercado técnico

carros elétricos, da Siemens Portugal, o responsável pelo desenvol- que, onde uma paragem súbita pode provocar a perda da matéria-
vimento e instalação destes componentes”, explicou Manuel Nunes, prima. Se este processo utilizar relés inteligentes para o controlo
Diretor da Divisão Mobility da Siemens em Portugal. O controlador dos motores, o mesmo pode transmitir continuamente uma ampla
instalado é capaz de recolher e processar toda a informação rele- gama de dados operacionais, de serviço e diagnósticos do motor
vante do veículo, utilizando depois comunicação wireless para en- ao sistema de controlo. Desta forma será possivel que as falhas
viar os dados para o carregador, sendo assim responsável por todas possam ser detetadas antecipadamente ou evitadas a partir de
as decisões relevantes que são tomadas relativamente ao procedi- medidas apropriadas, ou limitar os seus efeitos, aumentando a
mento de carga. O processo de carregamento cumpre os standards disponibilidade de serviço. Uma vez solucionado o problema das
internacionais CEI 61851 e ISO 15118, que constituem a base para paragens súbitas, a preocupação está direcionada para o tempo
sistemas de carregamento de autocarros elétricos. de paragem para manutenção preventiva, pois cada hora em ma-
nutenção é uma hora sem produção. Por isso, além do diagnóstico
remoto através de redes de comunicação, os relés inteligentes em
Disjuntor eletrónico multicanal compacto geral possibilitam um diagnóstico local através de IHM (Interface
e configurável para todas as aplicações Homem-Máquina), possibilitando uma rápida resolução da falha.
Phoenix Contact, S.A. Outra grande vantagem que o relé inteligente pode oferecer é a
Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769 gestão de energia do processo industrial, com base nas informa-
www.phoenixcontact.pt ções medidas através de módulos opcionais, e com isso será pos-
sível obter um mapeamento energético completo dos motores ins-
O novo disjuntor eletrónico multi- talados no processo industrial. Com esta informação será simples
canal da Phoenix Contact tem um criar o fluxo energético do processo, monitorizar a disponibilidade
formato compacto e é configurá- dos barramentos e cabos, investigar perdas e promover ações de
vel. O disjuntor multicanal tem 4 redução de consumo, assim como detetar qualquer alteração na
canais independentes que prote- performance dos motores. Quando corretamente dimensionado e
gem circuitos de sobrecargas e programado, o sistema de automação com o relé inteligente é uma
curto-circuitos. Pode ser integra- ótima solução para os motores de velocidade constante em Baixa
do em quadros em operação sem Tensão porque as vantagens económicas são evidentes.
ter que reorganizar os componen-
tes, graças ao seu formato compacto.
Os circuitos são configurados através de botões LED, sem Soluções CIRCUTOR certificadas segundo
quaisquer ferramentas. Está previsto um procedimento que impe- a Norma UNE217001-IN de injeção 0 na rede
de a alteração indesejável das correntes nominais. Estão disponí- CIRCUTOR, S.A.
veis em duas versões: de 1 a 4 A e de 1 a 10 A. Esta última versão Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072
contém um fusível interno destinado a proteger cabos, sensores e www.circutor.com
circuitos NEC Class 2.
A gama de produtos CDP (CDP-0, CDP-G e CDP-
DUO) e o CirPower Hybrid 4k-48 obtiveram o cer-
Porquê utilizar um relé inteligente para fazer tificado UNE217001-IN que estabelece que os
a gestão de motores? controladores que evitam a injeção na rede devem
ABB, S.A. conseguir regular a potência de saída dos inverso-
Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390 res em menos de 2 segundos. Esta distinção ga-
marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt rante mais um desenvolvimento na aposta da CIR-
CUTOR em dar soluções técnicas e avaliar a
Com o passar dos anos a necessi- excelência dos seus produtos, cujos controlado-
dade de aumentar a eficiência pro- res são os primeiros a receber esta distinção atra-
dutiva tornou-se num diferencial vés de uma entidade certificada como a CERE.
competitivo para as grandes indús- Deste modo, a CIRCUTOR consolida-se como uma referência no
trias, e para isso a necessidade de âmbito da injeção 0 em Espanha, sendo atualmente a única em-
gerir os motores com sistemas de presa que até ao momento obteve esta certificação nos seus pro-
proteção, diagnóstico e controlo dutos de anti-dumping.
está cada vez mais presente e faz Nos últimos anos, a CIRCUTOR implementou de forma pro-
toda a diferença. Estas soluções estão, atualmente, presentes na gressiva uma série de soluções para garantir o controlo e eficiên-
figura do relé de proteção eletrónico, que permite ampliar as fun- cia das instalações de autoconsumo, respondendo às necessida-
ções de proteção do motor, evitando assim o seu desgaste prema- des de cada instalação em específico. O primeiro equipamento foi
turo e consequentemente a necessidade de troca do mesmo, o que o Controlo Dinâmico de Potência (CDP-0) que impede a injeção
provocaria um custo adicional com a aquisição de um novo motor na rede e torna muito mais fácil a legalização de uma instalação
assim como a perda económica pela paragem do processo produ- de autoconsumo. De seguida foi lançado o Controlador Dinâmico
tivo para a troca do mesmo. de Potência com gestão de procura (CDP-G) que otimiza a pro-
Atualmente os relés eletrónicos de proteção de motores são dução da instalação de autoconsumo, gerindo as cargas não crí-
conhecidos como relés inteligentes, devido à incorporação de ticas para aproveitar os excedentes da instalação fotovoltaica. A
redes de comunicação, possibilitando o comando remoto do ar- última novidade da CIRCUTOR vem com o Controlador Dinâmico
ranque de motores além da gestão do mesmo. Esta é a grande de Potência com dupla configuração dos parâmetros de injeção
vantagem do relé inteligente, ou seja, possibilitar a gestão de todos na rede (CDP-DUO), que consegue comutar automaticamente
os parâmetros ligados ao motor, incluindo o diagnóstico rápido da os parâmetros de injeção em função do tipo de rede presente
falha diretamente da mesa de operações do processo industrial. (Rede-Grupo diesel). Todos os controladores mencionados ob-
Imaginemos um processo que tenha uma grande inércia de arran- tiveram a certificação UNE217001-IN. Além de certificar os seus

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mercado técnico 127

controladores, a CIRCUTOR foi mais além e também certificou o As calhas oferecem uma proteção mecânica adicional ao
primeiro inversor híbrido de ligação à rede e que consegue res- cabo instalado. As exigências associadas a este propósito, re-
ponder aos mais elevados requisitos da Norma. Esta certificação sultantes de regulamentos ou também de especificações do
torna o CirPower Hybrid 4k-48 no único inversor certificado na edifício, podem ser satisfeitas de forma segura com esta va-
sua categoria. riante de instalação. Esta variante de instalação é adequada
também para aplicar quando, por questões visuais, não é de-
sejável uma passagem exposta do cabo para manutenção de
Luminárias e lâmpadas retro da OSRAM funções. No sistema LKM estão disponíveis 10 tamanhos dife-
LEDAVANCE rentes de calhas. Estão disponíveis em tratamento de superfície
Tel.: +351 214 165 860 · Fax: +351 214 171 259 FS, galvanização pelo método de Sendzimir, e em FSK, galva-
portugal@ledavance.com · www.ledavance.com nização Sendzimir e revestimento em plástico branco puro. O
sistema é complementado pelos acessórios e componentes
A Edição 1906 dá nova vida a clássicas correspondentes, tais como protetores, topos, ângulos, tês, uni-
formas de lâmpadas com tecnologias ões e grampos para calhas.
modernas no seu interior, podendo
combinar qualquer uma das cinco lâm-
padas com o PenduLum para enrique- igus® simplifica o guiamento paralelo de calha
cer a sua sala com uma sensação vinta- articulada e tubo corrugado
ge. O Vintage 1906 PenduLum Pro é igus®, Lda.
uma luminária suspensa em alumínio Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321
com um acabamento acetinado, suspensa por cabo revestido a info@igus.pt · www.igus.pt
tecido, apostando no design e na simplicidade. /IgusPortugal
O Vintage 1906 LED Edison 35 e Edison 50 combinam a efici-
ência moderna com o estilo vintage, tendo uma potência de 4 W e A igus® ampliou a série de ca-
7 W, um fluxo luminoso de 410 lm e 710 lm e uma vida útil de cerca lhas articuladas E4.1 e oferece
de 15 000 horas. A Vintage 1906 LED Globe 35 e 50 é uma lâmpada uma solução para o movi-
revestida a ouro e que cria um ambiente reconfortante, com uma mento conjunto da calha arti-
potência de 4 W e 7 W, um fluxo luminoso de 410 lm e 710 lm e uma culada e de tubos corrugados.
vida útil de cerca de 15 000 horas. Este sistema E4.1 TUB asse-
Outra das lâmpadas é a Oval de Halogéneo Vintage 1906, com gura flexibilidade, facilidade
um estilo discreto que recria um ambiente retro com um certo de- de montagem e elevada dura-
sign clássico através do fluxo máximo ou regulado. A potência é de ção de vida, num sistema du-
20 W, com um fluxo luminoso de 235 lm e uma tonalidade de 2700 plo de baixo desgaste.
k e uma vida útil de 2000 horas. A Globo Halogéneo Vintage 1906 Os tubos e os cabos, com uma duração de vida mais reduzida
assemelha-se a um globo de halogéneo que pretende simbolizar em relação a outros, são colocados normalmente num tubo cor-
a inspiração industrial para a Edição 1906, tendo uma potência de rugado no exterior da calha articulada. A sua substituição pode
20 W e um fluxo luminoso de 235 lm e uma tonalidade de 2700K. ser efetuada rapidamente, sem abrir a calha articulada. Para fixar
A Tubular Halogéneo Vintage 1906 é uma lâmpada que combina no elo da calha articulada o tubo corrugado da forma mais fácil e
uma sensação e um look vintage com o brilho e uma ótima re- estável, a igus® desenvolveu novos elos laterais na série universal
produção de cor, caraterizando-se pela sua potência de 20 W, um E4.1. Os elos laterais das calhas articuladas estão equipados com
fluxo luminoso de 235 lm e uma tonalidade de 2700K. encaixes especiais, nos quais é possível colocar facilmente os cli-
pes para abraçar os tubos, e assim é possível integrar rapidamente
o tubo na calha articulada. Até agora as abraçadeiras para os tu-
Calhas metálicas LKM: proteção fiável para cabos bos corrugados tinham de ser aparafusadas aos elos das calhas.
OBO BETTERMANN – Material para Instalações Eléctricas, Lda. Os clipes de abraçadeira estão disponíveis para os quatro tama-
Tel.: +351 219 253 220 · Fax: +351 219 151 429 nhos das calhas E4.1, com os 8 tamanhos de tubos corrugados
info@obo.pt · www.obo.pt de alta qualidade. Os elos laterais existentes podem também ser
substituídos facilmente nas calhas articuladas E4.1 pelos elos de
As calhas de instalação metálicas clipe. Na fixação e montagem do tubo corrugado na calha articula-
LKM possuem duas áreas de apli- da não são necessários parafusos nem ferramentas. Tanto a mon-
cação. Estas calhas são utilizadas tagem como a desmontagem podem ser efetuadas muito rapida-
de forma estável e segura para a mente e sem dificuldades. A calha articulada e o tubo corrugado
proteção de cabos nas áreas de são integrados, de forma otimizada, nas calhas E4.1 TUB para que
máquinas e instalações elétricas. o sistema funcione em harmonia e com elevada duração de vida.
As calhas fechadas permitem O sistema completo foi testado extensivamente no laboratório de
uma instalação fácil e protegem de uma forma fiável contra im- testes da igus® com 2750 m2.
pactos mecânicos e sujidade. Tal como o tubo corrugado, também a calha articulada se dis-
A instalação das uniões no interior das calhas pode ser realiza- tingue pela sua fácil e rápida montagem nas máquinas. As calhas
das após a instalação das calhas LKM, e assim a ligação equipo- articuladas E4.1 proporcionam uma fácil colocação de cabos e tu-
tencial é sempre garantida. A ligação equipotencial entre a tampa bos graças às travessas de abertura por ambos os lados. Os utili-
e a base é assegurada através do encaixe especial entre ambos. zadores podem ainda tirar partido da elevada capacidade de car-
A ligação à terra das calhas LKM ocorre através do borne de terra ga, robustez e funcionamento silencioso das calhas E4.1, mesmo
instalado na base da calha. A calha metálica LKM está aprovada em espaços reduzidos. E é também possível combinar os novos
para a instalação de cabos segundo a Norma DIN 4102, Parte 12, elos laterais com a versão tapada das calhas, R4.1. Assim e conso-
para instalações E30 e E90. ante as necessidades é possível combinar diferentes elos laterais,

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128 mercado técnico

diferentes travessas, tampas, separadores verticais, terminais, O controlador HRC permite que a solução Full Service & Luxury
abraçadeiras e agora também encaixes para abraçadeiras. A inte- Integrated Guest Room Management da Schneider Electric aumente
gração dos tubos corrugados no exterior das calhas E4.1 TUB au- o conforto e a capacidade de controlo dos hóspedes, enquanto me-
menta facilmente o espaço para a passagem de cabos nas calhas lhora as operações e reduz, simultaneamente, os custos. Os hóspe-
sem uma substituição mais dispendiosa, sem a substituição dos des têm acesso a uma experiência digital personalizada e intuitiva
sistemas existentes e sem um aumento significativo de espaço. A que lhes permite ajustar a iluminação do ambiente, a temperatura,
igus® oferece, assim, aos fabricantes de máquinas um sistema útil, as cortinas e o sistema de entretenimento a partir de um único inter-
disponível em stock para as calhas articuladas com alturas interio- face. Os operadores de hotéis gerem os quartos individuais ou toda
res de 32 a 56 mm; a pedido, também até 80 mm. a rede de salas, a monitorização de alarmes e dos eventos, promo-
vendo uma eficiência energética global. Paralelamente, a solução
identifica automaticamente se os quartos necessitam de manuten-
F.Fonseca apresenta fichas e cabos ção ou serviço de limpeza e envia notificações diretas aos técnicos
da Murrelektronik e equipas responsáveis, melhorando os tempos de resposta e de
F.Fonseca, S.A. fluxo de trabalho. Ao integrar todas estas informações num sistema
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 de controlo central, os funcionários do hotel podem reduzir automa-
ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com ticamente o consumo energético em divisões vazias e obter ganhos
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda de eficiência ainda maiores em quartos não alugados – com uma
poupança que pode atingir 44% por quarto. A solução alerta os co-
A Murrelektronik é uma referência laboradores para problemas de manutenção, para que possam ser
no desenvolvimento e produção resolvidos mesmo antes dos hóspedes notarem a sua existência,
de cabos e fichas para a área in- criando uma experiência de alta qualidade.
dustrial. As opções de conetivida- Os controladores HRC da Schneider Electric são fáceis de ins-
de são quase infinitas, com cabos talar, possuem uma manutenção simples e encontram-se dispo-
de diferentes cores, revestimen- níveis globalmente. Todos os dispositivos vêm pré-definidos com
tos, fichas e comprimentos, com uma aplicação de quartos de hotel para hóspedes, que se carateri-
e sem LED. Os adaptadores per- za por ser de fácil configuração online.
mitem opções de conetividade
diferenciadas e flexíveis que aju-
dam a resolver os problemas do Arctic-Flex®: nova gama de cabos marítimos
dia-a-dia. A Murrelektronik disponibiliza um conjunto alargado de para baixas temperaturas da General Cable
adaptadores para fichas M8, fichas M12 e fichas para válvula. As General Cable Portugal
fichas da Murrelektronik são desenhadas para facilitar o trabalho e Tel.: +351 219 678 500 · Fax: +351 219 271 942
reduzir os esforços colocados no processo de instalação e cabla- info@generalcable.pt · www.generalcable.pt
gem, quer tenham ligação rápida (IDC) ou por parafuso.
A Murrelektronik oferece ainda uma vasta gama de cabos e A General Cable lançou no
fichas desenhada especialmente para suportar protocolos de mercado uma nova gama de
rede industrial, incluindo AS-I, CanOpen, DeviceNet, Ethernet/IP, cabos concebidos especial-
EtherCAT, ProfiBus, ProfiNet, Sercos e muitos mais. As fichas em mente para navios e platafor-
T são outra ótima solução que permite duplicar a capacidade de mas offshore de extração de
ligação e consequentemente diminuir, por exemplo, o número de petróleo e gás. Trata-se da
distribuidores/concentrados de sinal. Toda esta gama de cabos e Arctic-Flex ®, uma gama que
fichas tem como ferramenta de auxílio quase obrigatório a chave oferece cabos capazes de
de torque, pois esta permite um aperto preciso e com a garantia da operar sem problemas a temperaturas muito baixas (-50º C),
Murrelektronik. O aperto até ao torque correto garante qualidade, tanto em contexto estático como em condições dinâmicas, com
consistência e uma proteção IP67. Muitos dos cabos produzidos as caraterísticas da série Sectorflex ®.
pela Murrelektronik para sensores, atuadores e válvulas podem A gamaArctic-Flex® cumpre os requisitos das Normas IEC
ser produzidos em 48 horas, mesmo que apenas seja necessária 60092-353/354/376 e NEK T606 tipo SHF-2 para revestimentos
uma unidade. A Murrelektronik é considerada como sendo uma de borracha, constituindo um novo contributo da General Cable
das melhores soluções para as aplicações industriais. para o desenvolvimento da indústria da construção naval e das
plataformas offshore, um segmento de mercado com grande po-
tencial de crescimento a nível mundial. As condições climatéricas
Schneider Electric lança controlador dedicado extremas que os cabos usados nestas atividades têm de suportar,
para impulsionar eficiência energética em alto-mar e em zonas remotas e gélidas do planeta, requerem
Schneider Electric Portugal prestações técnicas e caraterísticas conceptuais ao alcance de
Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101 um fabricante como a General Cable.
pt-comunicacao@schneider-electric.com · www.schneiderelectric.com/pt A segurança é um dos elementos-chave da gama Arctic-Flex®
e, por isso os seus cabos estão preparados para proteger pessoas
A Schneider Electric lançou um novo controlador HRC Hotel Room e bens materiais face a riscos como o fogo (são retardadores de
Controller para quartos de hotel, um dispositivo de controlo pré- chama e isentos de halogéneos) e a corrosão. São cabos resisten-
programado que agrega dados de iluminação, temperatura, con- tes a hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos. O seu funcionamen-
trolo de estores, serviço de limpeza, controlo de porta e o sistema to correto é crucial em caso de acidentes, visto que facilitam as
de gestão técnica centralizada StruxureWare™ Building Operation. ações de resgate e evacuação. O condutor dos cabos Arctic-Flex®
O resultado proporciona aos operadores de cadeias de hotéis o é Cl5 ou Cl2 (segundo a Norma IEC 60228), o isolamento é PEX
controlo e visibilidade dos quartos, em todo o edifício, impulsio- ou EPR (segundo a Norma IEC 60092-360) e o revestimento é de
nando a eficiência energética. elastómero ou de polietileno reticulado.

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130 calendário de eventos

evento temática local data contacto

TEKTÓNICA Feira Internacional Lisboa, 03 a 06 Feira Internacional de Lisboa


de Construção e Obras Portugal maio jorge.oliveira@ccl.fil.pt
Públicas 2017 www.tektonica.fil.pt

PERSONAL SÜD Feira na Área Estugarda, 09 a 10 Spring Messe Management GmbH


das Telecomunicações Alemanha maio datenschutz@messe.org
2017 www.personal-sued.de
feiras
ELFACK Feira na Área da Indústria Gotemburgo, 09 a 12 Elfack is organized by The Swedish
Elétrica Suécia maio Exhibition & Congress Centre
2017 kontorslokaler@svenskamassan.se
www.elfack.com

IOT CENTRAL EUROPE Feira na Área da Eletrónica Berlim, 01 a 02 IOTECHEXPO


e Internet Alemanha junho enquiries@iottechexpo.com
2017 www.iottechexpo.com/germany

CASPIAN POWER Feira Internacional na Área Baku, 06 a 09 Iteca Caspian LLC


da Energia Azerbeijão junho power@iteca.az
2017 www.caspianpower.az/2017

EXPO ELÉCTRICA Feira Internacional Cidade 06 a 08 Vanguardia en Exposiciones, S.A.


INTERNACIONAL da Indústria Elétrica do México, junho ventas@vanexpo.com.mx
México 2017 www.expoelectrica.com.mx

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Internacional Brasil maio de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção
de Segurança 2017 coteq@abendi.org.br
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e conferências 2017 www.rexel.pt

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INDUSTRIAIS I/O LINK das Comunicações Portugal outubro infopalmela@atec.pt
Industriais 2017 www.atec.pt

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artigo técnico

Díodo retificador
O que é um díodo retificador? Em polarização inversa, com o aumento da tensão da fonte, verificamos que a corrente
O díodo retificador é um componente semi- elétrica se mantém praticamente nula até que seja atingida a tensão de rutura (variável de
condutor, constituído por uma junção PN. díodo para díodo). Quando esta tensão é atingida, dá-se a rutura do componente.
Este é um dos componentes mais utilizados
na eletrónica. Nota importante
Na escolha de um díodo é muito importante ter em conta a tensão de rutura do díodo, de forma que a tensão
inversa que lhe será aplicada nunca exceda 1/3 do seu valor, de forma a evitar danos posteriores.
Como funciona?

Telecomunicações, Automação e Comando • IEFP – Évora


Quando é polarizado diretamente, o díodo
retificador apresenta uma resistência elétrica Caraterísticas do díodo retificador
baixa, entrando facilmente à condução. Por O díodo retificador é caraterizado por algumas caraterísticas de funcionamento, tais como:
outro lado, quando polarizado inversamen-

Formadora nas áreas de Eletrónica,


te, a sua resistência elétrica é muito elevada, Tabela 1. Caraterísticas do díodo retificador.

pauladomingues47@gmail.com
ficando o díodo retificador ao corte.
Assim, o díodo retificador conduz facil- ID CORRENTE DIRETA
mente a corrente elétrica, quando polarizado IDMÁX. Corrente direta máxima que o díodo suporta

Paula Domingues
diretamente, e impede praticamente a sua
UD Tensão direta
passagem, quando polarizado inversamente.
URMÁX. Tensão máxima aplicada em sentido inverso
Curva caraterística do díodo URRM Tensão inversa máxima de pico repetitivo
retificador IDRM Corrente direta máxima de pico repetitivo

210
131
A Figura 1 mostra-nos a curva caraterística
do díodo retificador. Esta curva mostra-nos

1.º Trimestre de 2017


electrónica 05
o funcionamento do díodo retificador em Na escolha do díodo retificador a utilizar, deve sempre consultar a folha de dados do compo-
polarização direta e em polarização inversa. nente, que nos fornece informações sobre todas as caraterísticas do mesmo.

Figura 1. Curva caraterística do díodo retificador.

Da análise da curva caraterística, podemos


concluir o seguinte:
Em polarização direta, com o aumento Figura 2. Datasheet de díodo retificador 1N4007.
da tensão da fonte, verificamos que a cor-
rente elétrica é muito baixa até um determi-
nado valor de tensão – tensão de arranque Simbologia do díodo retificador
ou tensão de joelho (≈ 0,6 V a 0,7 V em dí- A Figura seguinte mostra-nos a simbologia do díodo retificador.
odos de silício ou 0,2 V a 0,3 V em díodos de
germânio). A partir destes valores, é vencida
a barreira de potencial do díodo e verifica-
se um aumento brusco da corrente elétrica,
mantendo-se praticamente constante, a
tensão elétrica aos terminais do díodo. Figura 3. Simbologia do díodo retificador.
artigo técnico

Se considerarmos uma junção PN, o lado P é designado de ânodo e o lado N é designado Gradualmente, vamos aumentado a
de cátodo. No sentido convencional, a corrente elétrica circula do ânodo para o cátodo. O tensão elétrica da fonte de tensão e, simul-
díodo retificador tem assinalado o cátodo, com um anel cinzento como mostra a Figura 2. taneamente, observando e registando os
valores da corrente elétrica que passa no
circuito e da tensão elétrica que está aos
terminais do díodo retificador.
Para registar os valores e facilitar poste-
riormente a nossa análise, preenchemos a
Tabela 2.
De seguida, inverta a polaridade da fon-
te de alimentação e repita o procedimento
anterior, preenchendo novamente a tabela
Figura 4. Junção PN e díodo retificador. (tabela 3).
Podemos então perceber que:
Como funciona o díodo retificador? – Quando o díodo está diretamente po-
Para melhor entender o funcionamento do díodo retificador, realizemos o seguinte circuito: larizado, a corrente é praticamente nula
até aos 0,5 V, entrando depois à condu-
ção e apresentando um aumento sig-
nificativo da corrente elétrica, quando
a tensão aos seus terminais atinge os
0,6 V.
– Quando o díodo está inversamente po-
larizado, o díodo mantém-se ao corte,
ficando por isso o circuito em aberto e
apresentando aos seus terminais a ten-
são da fonte.
210
132

Aplicações do díodo retificador:


electrónica 05
1.º Trimestre de 2017

Figura 5. Funcionamento do díodo retificador. – Filtragem;


– Limitador de tensão;
A fonte de tensão deve ser variável para podermos variar a tensão à entrada do circuito. Será – Proteção de circuitos;
colocado em série com o circuito um amperímetro, para podermos medir a corrente elétrica – Retificação.
que passa no circuito.
Retificação
Tabela 2. Díodo retificador. O díodo retificador, como o seu próprio
nome indica, permite-nos realizar a retifi-
UFONTE 0V 0,2 V 0,4 V 0,5 V 0,6 V 0,7 V 0,8 V 0,9 V 1V cação da corrente alternada, ou seja, trans-
formar a corrente alternada, bidirecional,
UDíODO 0 0,2 V 0,36 V 0,4 V 0,44 V 0,46 V 0,47 V 0,49 V 0,5 V
numa corrente unidirecional.
I 0 1,4 uA 36 uA 89 uA 159 uA 238 uA 323 uA 410 uA 500 uA Grande parte dos componentes ele-
trónicos são componentes polarizados, o
UFONTE 2V 3V 4V 5V 6V 7V 8V 9V 10 V
que significa que só funcionam com uma
UDíODO 0,5 mV 0,58 mV 0,6 V 0,6 V 0,6 V 0,6 V 0,6 V 0,6 V 0,65 V
tensão contínua. Uma vez que a tensão da
I 1,4 mA 2,4 mA 3,4 mA 4,4 mA 5,4 mA 6,4 mA 7,4 mA 8,4 mA 9,4 mA rede elétrica é uma tensão alternada, torna-
se necessário transformá-la numa tensão
Tabela 3. Díodo retificador. contínua, de forma a podermos alimentar
todo o tipo de circuitos. Para podermos re-
UFONTE 0V 0,2 V 0,4 V 0,5 V 0,6 V 0,7 V 0,8 V 0,9 V 1V alizar essa transformação, são necessárias 3
etapas:
UDíODO 0 0,2 V 0,4 V 0,5 V 0,6 V 0,7 V 0,8 V 0,9 V 1V

I 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.ª etapa – Retificação;


2.ª etapa – Filtragem;
UFONTE 2V 3V 4V 5V 6V 7V 8V 9V 10 V 3.ª etapa – Estabilização.
UDíODO 2V 3V 4V 5V 6V 7V 8V 9V 10 V
A retificação torna uma tensão bidirecional
I 0 0 0 0 0 0 0 0 0
não constante numa tensão unidirecional.
artigo técnico

Figura 6. Tipos de retificação.

Retificação de meia-onda
A retificação de meia-onda utiliza apenas um díodo, conforme mostra o esquema da Figura
4. Como o díodo retificador só conduz quando está diretamente polarizado, durante o semi-
ciclo positivo, o díodo fica diretamente polarizado e por isso aos terminais da resistência de
carga fica aplicada a tensão de saída, Uo. No semi-ciclo negativo, o díodo fica inversamente
polarizado, mantendo-se ao corte, logo, a tensão aos terminais da resistência é nula. Figura 8. Retificação de meia-onda.
E qual será o valor de Uo? Se recordarmos a queda de tensão do díodo ( UΥ ), então:
A Tabela seguinte dá-nos o formulário ne-
U0 = Ui - UΥ cessário ao cálculo das tensões de entrada
(Vin) e de saída (Vout) do circuito:

Tabela 4. Retificação de meia-onda.

RETIFICAçãO DE mEIA ONDA


Vin Vout

210
133
Vmáx Vmáx
Vef. = Vef. =
√2 2

1.º Trimestre de 2017


electrónica 05
Vmáx
Vméd = 0,637 x Vmáx Vméd.=

Vmáx = Vef. x √2 Vmáx = Vef. x 2


Figura 7. Retificação de meia-onda.
artigo técnico

Retificação de onda completa Tabela 5. Retificação de onda completa.


A retificação de onda completa pode ser feita através da aplicação de uma ponte retificadora,
através de 4 díodos ou através de 2 díodos e transformador de ponto intermédio. RETIFICAçãO DE ONDA COmplETA

Vin Vout

Vmáx Vmáx
Vef. = Vef. =
√2 √2

2 xVmáx
Vméd.= ∏
Vméd = 0,637 x Vmáx
= 0,637 x Vmáx

Vmáx = Vef. x √2 Vmáx = Vef. x √2

Figura 9. Tipos de retificação de onda completa. Nota importante


Os aparelhos de corrente contínua medem o valor
Na retificação de onda completa, a carga será alimentada sempre no mesmo sentido. aritmético médio, os aparelhos de corrente alternada
A ponte de Graetz, com 4 díodos retificadores, é utilizada frequentemente, uma vez que só medem valores eficazes corretos quando estão
tem a vantagem de não precisar de um transformador de ponto intermédio, o que torna em presença de grandezas alternadas. Os valores má-
mais barato o circuito. ximos poderão ser calculados através das expressões
A Tabela 5 dá-nos o formulário necessário ao cálculo das tensões de entrada (Vin) e de matemáticas ou medidos através do osciloscópio.
saída (Vout) do circuito de retificação de onda completa.

Retificação de onda completa com 2 díodos e transformador de ponto intermédio


210
134 electrónica 05
1.º Trimestre de 2017

Figura 11. Retificação de onda completa com dois díodos


Figura 10. Retificação de onda completa com 2 díodos e transformador de ponto intermédio. e transformador de ponto intermédio.

Retificação de onda completa com 4 díodos em ponte de Graetz

Figura 13. Retificação de onda completa com 4 díodos


Figura 12. Retificação de onda completa com 4 díodos em ponte de Graetz. em ponte de Graetz.
artigo técnico

Ficha Técnica 5
Introdução à Eletrónica
Nas fichas técnicas anteriores foram analisa- toindução da bobina (L) mais se farão sentir os efeitos da autoindução, pelo que menor será
dos os circuitos elétricos em Corrente Alter- a corrente no circuito. A corrente será inversamente proporcional à indutância.
nada (C.A.), nomeadamente circuito resistivo, Analisando o comportamento da reactância indutiva, para uma grande frequência, ou
circuitos puramente capacitivos e circuito RC. seja um pequeno período, a corrente não tem tempo de atingir o seu valor máximo, pois
Nesta edição serão analisados os circuitos pu- a tensão aplicada inverte-se. Quanto maior for a frequência menor será a corrente elétrica.
ramente indutivos, circuitos RL e circuitos RLC. A equação seguinte define a grandeza reatância indutiva (XL) que é a oposição da bobina
à passagem da corrente elétrica:
7.3.4 Circuito indutivo em corrente
alternada XL = 2∏ · f · L
Nos circuitos puramente indutivos a oposi-
ção à circulação da corrente é feita pela For- onde:
ATEC – Academia de Formação

ça Eletromotriz (f.e.m.) de autoindução da f é a frequência do sinal de alimentação em Hertz (Hz);


paulo.peixoto@atec.pt

bobina e chama-se reatância indutiva (XL) e L é o coeficiente de autoindução ou indutância da bobina em Henry (H);
exprime-se em Ω.
Paulo Peixoto

Analisando um circuito com uma bobina Ao aplicarmos uma tensão a uma bobina, a corrente não surgirá imediatamente pois,
em Corrente Contínua (C.C.) podemos verifi- como analisado anteriormente, surgirá no circuito, devido à autoindução, uma corrente com
car o efeito da Lei de Lenz. Assim, quando o um sentido tal que faz retardar o aparecimento da corrente principal no circuito. Esta apenas
interruptor é fechado criar-se-á uma corren- aparecerá quando a tensão atingir o seu valor máximo. Ainda, devido aos fenómenos de
210
136

te elétrica induzida no circuito cujo sentido autoindução, a corrente irá aumentar enquanto a tensão decresce, e atinge um máximo
se opõem à corrente principal, retardando quando a tensão aplicada é nula. Quando a tensão inverte o seu sentido, a corrente começa
electrónica 05
1.º Trimestre de 2017

assim o seu início. Pelo contrário, quando se a diminuir, mas esta diminuição é retardada e anula-se quando a tensão atinge o seu máxi-
abre o interruptor, também pela Lei de Lenz, mo negativo, ou seja, um quarto de período mais tarde.
a corrente não cessará de imediato pois sur- A Figura 63 apresenta o desfasamento da onda da tensão e da corrente num circuito
girá uma corrente induzida que a retardará. puramente capacitivo onde poderemos analisar que a corrente está atrasada 90º em relação
A Figura 62 representa este efeito. à tensão.

Figura 63. Representação vetorial e cartesiana da tensão e respetiva corrente num circuito puramente indutivo.

7.3.5 Circuito indutivo real – Circuito RL


Figura 62. Circuito capacitivo alimentado por uma C.A. e Um exemplo de um circuito real indutivo é um transformador monofásico. Um transforma-
as respetivas formas de onda da tensão e corrente. dor é um dispositivo constituído por duas bobinas com acoplamento magnético total utili-
zado para a transformação de tensões. Quando é aplicada uma tensão alternada no enrola-
Em corrente alternada, os efeitos da autoin- mento primário, obtemos uma tensão que poderá assumir uma amplitude maior ou menor
dução são constantes. Podemos concluir dependendo se o transformador é elevador ou abaixador, respetivamente, no enrolamento
que quanto maior for o coeficiente de au- secundário.
artigo técnico

Para a análise deste tipo de circuitos consideremos a Figura 64 onde iremos calcular: A tensão de alimentação é uma onda alter-
– A reatância capacitiva; nada sinusoidal. A reatância capacitiva do
– A impedância do circuito; circuito será dada por:
– A intensidade de corrente que percorre a resistência e a bobina;
– A tensão aos terminais da resistência e da bobina; XL = 2∏ · f · L = 2∏ · 50 · 0,16 = 50,3 Ω
– O ângulo de desfasamento entre a tensão e a corrente.
Para o cálculo da impedância do circuito ire-
mos desenhar o triângulo das tensões e da
impedância (Figura 65).

Z2 = R2 + X2L ⇔ Z = √R2 + X2L = √302 + 50,32 ⇔


⇔ = 58,7 Ω

A intensidade de corrente que percorre a


resistência e a bobina será idêntica pois os
Figura 64. Circuito RL em análise. elementos encontram-se em série. Será apli-
cada a Lei de Ohm generalizada para obter
o valor da corrente:

UT
I= = 230 = 3,92 A
Z 58,7

A tensão aplicada à resistência e à bobina


será dada pela aplicação direta da lei de Ohm:

Figura 65. Triângulo das tensões e das impedâncias. UR = 30 · 3,92 = 117,6 V


artigo técnico

UL = 50,3 · 3,92 = 197,2 V Poderemos observar três tipologias nos cir-


cuito RLC dependendo do valor da reatância
Em alternativa a tensão na bobina poderá ser calculada pela aplicação do teorema de Pitágo- capacitiva e da reatância indutiva:
ras. Importante referir que não poderá ser realizada a subtração direta das tensões, uma vez – Circuito dominantemente capacitivo
que os ângulos de desfasamento da tensão e da corrente deverão ser sempre considerados. (φ < 0) - UC é dominante face a UL;
– Circuito dominantemente indutivo (φ > 0) -
U2T = U2R + U2XL ⇔ I - L U2XL = U2T - U2R ⇔ U2XL = √U2T - U2R = √2302 - 117,62 ≈ 197 V UL é dominante face a UC;
– Circuito puramente resistivo (φ = 0) - Uc
Finalizamos a análise do circuito com o cálculo do ângulo de desfasamento entre a tensão é igual a UL.
e a corrente no circuito. Iremos recorrer ao triângulo das impedâncias para este cálculo:
Para a análise de cada tipologia iremos cons-
truir o diagrama vetorial do circuito. A gran-
deza base para iniciar a construção do dia-
grama será a corrente elétrica que é comum
a todos os componentes.
Nas condições indicadas na Figura 68 (c)
Figura 66. Cálculo do ângulo de desfasamento entre a tensão e a corrente. o circuito RLC encontra-se em ressonância e
a tensão e a corrente estão em fase (φ = 0). A
R 30
cos φ = = = 0,51 ⇔ φ = 59,3° impedância do circuito é igual à resistência
Z 58,7
R, uma vez que a reatância do circuito (XC-XL)
nula.
7.3.6 Circuito RLC A expressão matemática seguinte permi-
Um circuito RLC é constituído por uma resistência, uma bobina e um condensador que ire- te calcular a frequência de ressonância de
mos, nesta análise, considerar como elementos ideais. Comparativamente às análises ante- um circuito RLC série:
riores veremos que UT ≠ UR + UL + UC. Esta expressão apenas será valida numa análise com
1
grandezas vetoriais. f0 =
2π · √C · L
210
138

onde:
electrónica 05
1.º Trimestre de 2017

f0 é a frequência de ressonância do cir-


cuito RLC série em Hertz (Hz);
L é o coeficiente de autoindução ou in-
dutância da bobina em Henry (H);
C é a capacidade do condensador em
Figura 67. Circuito RLC. Farad (F).

Estes circuitos apresentam à frequência de


ressonância as seguintes caraterísticas:
– Impedância mínima (Z=R);
– Intensidade de corrente elétrica máxima
(X=0);
– Sobretensões (XL e XC além de se anu-
larem vetorialmente apresentam tensão
aos seus terminais).

Bibliografia do artigo
– A. Silva Pereira, Mário Águas, Rogério Baldaia, Curso
Tecnológico de Eletrotecnia/Eletrónica - Eletricida-
de, Porto Editora, ISBN 972-0-43540-2;
– Vítor Meireles, Circuitos Elétricos (7.º edição), Lidel –
Edições Técnicas, ISBN 978-972-757-586-2.

As fichas técnicas anteriores estão disponíveis para


visualização em: www.cie-comunicacao.pt/forma-
Figura 68. Diagrama vetorial de um circuito RLC. cao/repositorio-oelectricista
a) Circuito dominantemente indutivo; b) Circuito dominantemente capacitivo; c) Circuito puramente resistivo.
artigo prático

Faça você mesmo


Para a realização dos trabalhos práticos que se seguem tornam-se necessários alguns equipamentos de medida. Na impossibilidade de
utilização dos mesmos, opte por realizar os trabalhos práticos em software de simulação.

Trabalho prático n.º 4: – Coloque o multímetro na posição de análise de junções PN (escala de díodos);
Traçado da curva caraterística
do díodo retificador

Telecomunicações, Automação e Comando • IEFP – Évora


Objetivo:
– Identificar os terminais de um díodo re-
tificador;
– Traçar a curva caraterística do díodo re-

Formadora nas áreas de Eletrónica,


tificador;

pauladomingues47@gmail.com
– Compreender o funcionamento do dío-
do retificador.

Paula Domingues
Lista de materiais e ferramentas
Figura 2. Posição do multímetro para testar semicondutores.
Tabela1. Lista de materiais e ferramentas.
– Coloque as pontas de prova no multímetro;
lISTA DE lISTA DE – Ligue a ponta vermelha a um dos terminais do díodo e a ponta preta ao outro ter-

210
139
mATERIAIS FERRAmENTAS minal.
Alicate de corte • Se é mostrado um determinado valor (geralmente baixo), significa que o díodo
Protoboard
pequeno

1.º Trimestre de 2017


electrónica 05
está polarizado diretamente;
Alicate de pontas • Se é mostrado no visor do multímetro “OL” , significa que o díodo está polarizado
Fios condutores
chatas
inversamente.
Fonte de
alimentação DC
2. Realize a montagem prática do seguinte circuito:
Amperímetro
Voltímetro
Díodo 1N4007
Resistência de 1 KΩ

Figura 3. Circuito.

3. Varie a tensão de entrada da fonte de alimentação, entre 0 V e 10 V, preenchendo a


Tabela seguinte:
Figura 1. Ferramentas necessárias.

pOlARIzAçãO DIRETA
Procedimento
1. Verifique, com a ajuda do multímetro, Vcc (V) 0,4 0,6 0,8 1 2 4 6 8 10
quais os terminais do díodo, ânodo e UD
cátodo. Meça a sua resistência direta e
ID
inversa e registe.
artigo prático

4. Efetue o ensaio com polarização inversa, 2. Ajuste o osciloscópio de forma a visualizar as tensões Ui e Uo, nos dois canais. Ligue as
preenchendo a Tabela seguinte: pontas de prova respetivas.
3. Ligue o circuito e o osciloscópio, de forma a visualizar as curvas da tensão de entrada, Ui
pOlARIzAçãO INvERSA e da tensão de saída, Uo.
Vcc (V) UD ID

0,4

0,6

0,8

8
Figura 4. Circuito.
10

4. Registe as curvas representadas no ecrã do osciloscópio e retire valores.


5. Com base nos valores medidos e re- 5. Registe no quadro seguinte as leituras de Ui e de Uo, efetuadas com o multímetro e o
gistados em ambas as tabelas, realize o osciloscópio:
traçado da curva característica do díodo.
Compare os valores registados e a curva ApARElhOS mUlTímETRO OSCIlOSCópIO
traçada com os mostrados no artigo te-
Ui máx.
órico desta edição.
Ui méd.
210
140

Ui ef.
Trabalho prático n.º 5:
Uo máx.
Retificação de meia onda
electrónica 05
1.º Trimestre de 2017

Uo méd
Objetivo: Uo ef.
– Verificar experimentalmente a retifica-
ção de meia onda.
Nota:

Lista de materiais e ferramentas Recorde que o multímetro mede valores eficazes em corrente alternada (C.A.) e mede valores médios em cor-
rente contínua (C.C.).

Tabela 2. Lista de mMateriais e ferramentas.

lISTA DE lISTA DE Trabalho prático n.º 6: Retificação de onda completa


mATERIAIS FERRAmENTAS

Alicate de corte Objetivo


Protoboard
pequeno – Verificar experimentalmente a retificação de onda completa.
Fios condutores Alicate de pontas chatas

Osciloscópio

Transformador
de 230 V/9 V

Multímetro

Díodo 1N4007

Resistência
de 1 KΩ

Procedimento
1. Realize a montagem prática do circuito
(Figura 4). Figura 5. Circuito.
Lista de materiais e ferramentas

Tabela 3. Lista de materiais e ferramentas.

lISTA DE lISTA DE
mATERIAIS FERRAmENTAS
Protoboard Alicate de corte pequeno
Fios condutores Alicate de pontas chatas
Osciloscópio
Transformador de 230V/9V
Multímetro
Díodo 1N4007
Resistência de 1 KΩ

Objetivo
– Verificar experimentalmente a retificação de onda com-
pleta.

Procedimento
1. Realize a montagem prática do circuito (Figura 5).
2. Ajuste o osciloscópio de forma a visualizar as tensões Ui e
Uo, nos dois canais. Ligue as pontas de prova respetivas.

Atenção
Existe uma diferença de potencial entre as massas do sinal de entrada
e de saída, pelo que não deve ligar os dois canais do osciloscópio em
simultâneo. Visualize no osciloscópio um sinal de cada vez.

3. Ligue o circuito e o osciloscópio, de forma a visualizar as


curvas da tensão de entrada, Ui e da tensão de saída, Uo.
4. Registe as curvas representadas no ecrã do osciloscópio
e retire valores.
5. Registe no quadro seguinte as leituras de Ui e de Uo, efe-
tuadas com o multímetro e o osciloscópio:

ApARElhOS mUlTímETRO OSCIlOSCópIO

Ui máx.

Ui méd.

Ui ef.

Uo máx.

Uo méd

Uo ef.

Nota
Recorde que o multímetro mede valores eficazes em C.A. e mede
valores médios em C.C.

No final destes trabalhos práticos, deve compreender o


funcionamento do díodo retificador, bem como cada um dos
tipos de retificação.
bibliografia

Trabalhos Em TEnsão Em InsTalaçõEs EléTrIcas

Conteúdo: Este livro foi inspirado no facto de existirem imensos profissionais no âmbito
das suas intervenções em instalações elétricas, desconhecerem a legislação e as boas prá-
ticas de um trabalho seguro. Não tem como objetivo substituir qualquer formação presen-
cial, que será sempre recomendável, mas significa desde já um primeiro estado de alerta
para os riscos inerentes sempre que se intervém em circuitos ativos, procurando desen-
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volver uma consciência crítica no âmbito da segurança. Serão aqui apontadas linhas orien-
tadoras na utilização correta de equipamentos de segurança e respetivos cuidados de
Autor: Fernando Jorge Pita verificação e inspeção, bem como a periodicidade dos testes que garantem a sua eficácia,
Editora: Publindústria • Edição: 2017
para além da postura correta e segura sempre que operamos em circuitos energizados.
ISBN: 9789897232060 • N.° de Páginas: 66
Língua: Português • Venda online em índice: Prefácio. Nota de Abertura. Introdução. Um Pouco de História. Conceitos Funda-
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mentais. Efeitos Fisiológicos da Corrente Elétrica Sobre o Corpo Humano. Resistência do
Corpo Humano. O Tempo de Contacto. Variação da Impedância do Corpo Humano com a
Frequência. Tensão de Contacto. Tensão de Passo. Causas de Acidentes Elétricos. Medidas
de Proteção para Garantir a Segurança. Competência das Pessoas. Execução de Trabalhos
Fora de Tensão. Trabalhos em Tensão. Proteção para Garantir a Segurança. Acessórios. Apa-
relhagem de Medida. Condições de Transporte do Equipamento. Condições Atmosféricas.
Trabalhando na Proximidade de Partes Ativas da Instalação Elétrica em Tensão. Distâncias
de Segurança. Desligação e Ligação em Tensão. Manutenção de Quadros Elétricos em Ten-
são. Primeiros Socorros. Conclusão.
210
142

crIPTograFIa E sEgurança
electrónica 05
1.º Trimestre de 2017

Conteúdo: Este livro aborda o estudo de sistemas criptográficos, com a apresentação dos
conceitos fundamentais e numerosos exemplos. O livro recolhe a experiência dos autores,
lecionando há mais de 10 anos no ensino superior na matemática e em particular na área
de criptologia. Procura-se com este livro explicar a teoria e os métodos aplicados na crip-
tografia moderna.
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digitais. Funções de Síntese. Soluções e programas de MAPLE.
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ISBN: 9789897232107 • N.° de Páginas: 133
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InTroDução aos cIrcuITos ElécTrIcos


E ElEcTrónIcos – 6.ª EDIção

Conteúdo: Este livro destina-se a servir de texto de apoio às disciplinas que, nos primeiros
anos dos cursos superiores de engenharia, apresentam a introdução à teoria das redes
elétricas e fazem o estudo de circuitos eletrónicos básicos. A matéria tratada corresponde
ao primeiro semestre da sequência de disciplinas que, nestes cursos, se ocupa do estudo
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dos circuitos e sistemas eletrónicos.
índice: Redes resistivas. Redes reativas. Amplificador operacional. Díodos. Realimenta-
Autor: Manuel de Medeiros Silva ção e estabilidade. Apêndice 1 - Números complexos. Apêndice 2 - Problemas adicionais.
Editora: Gulbenkian • Edição: 2014
Apêndice 3 - Soluções dos problemas.
ISBN: 9789723106961 • N.° de Páginas: 438
Língua: Português • Venda online em
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nota técnica 144

Indústria 4.0
ou a 4.ª revolução
industrial
O termo Indústria 4.0 engloba algumas tecnologias para a automação e troca de dados e
utiliza conceitos de sistemas ciberfísicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem.
São seis os princípios de projeto na Indústria 4.0. Esses princípios orientam as empresas
Josué Morais, Diretor Técnico
a identificarem e a implementarem os cenários previstos na Indústria 4.0.
• Interoperabilidade: a habilidade dos sistemas ciberfísicos (suporte de peças, estações
de montagem e produtos), dos humanos e das Fábricas Inteligentes de se conetarem e
de comunicarem entre si através da Internet das Coisas e da Computação em Nuvem;
• Virtualização: uma cópia virtual das Fábricas Inteligentes é criada por sensores de da-
dos interconetados (que monitorizam processos físicos) com modelos de plantas virtu-
ais e modelos de simulação;
• Descentralização: a habilidade dos sistemas ciberfísicos das Fábricas Inteligentes de
nota técnica tomarem decisões sem intervenção humana;
144 Indústria 4.0 ou a 4.ª revolução industrial • Capacidade em Tempo-Real: a capacidade de coletar e analisar dados e entregar conhe-
cimento derivado dessas análises imediatamente;
reportagem • Orientação a Serviço: oferta de serviços (de sistemas ciberfísicos, humanos ou das In-
145 EPLAN Electric P8 celebra 10.º aniversário dústrias Inteligentes) através da Computação em Nuvem;
147 almoço com jornalistas • Modularidade: adaptação flexível das Fábricas Inteligentes para requisitos mutáveis
através da reposição ou expansão de módulos individuais.
reportagem
149 Nelson Silva, Pronodis: “uma mais-valia Estas são, na realidade, palavras e expressões que caraterizam o mundo das Organizações,
em termos de qualidade e gama” Empresas e Sociedades nos últimos 20 anos.
151 Alexandre Lobo, Siemens Portugal: “o Em resumo, entre Revoluções, diz-se que a 1.ª Revolução Industrial deu origem à produ-
software Simaris Design testado pelos ção mecanizada graças a inovações como a máquina a vapor, entre 1760 e 1860, marcando
estudantes de engenharia” a transição da produção manual para a mecanizada.
A 2.ª Revolução, que decorreu de 1870 a 1950, trouxe a eletricidade, o automóvel com
case study motor, o telefone e permitiu a produção em massa. Trouxe também a especialização do
153 QUITÉRIOS – instalações e mobilidade trabalho, o nascimento das grandes empresas e o emergir da gestão.
elétricas A 3.ª aconteceu em meados do século XX (1960 a 1980) com a chegada da eletrónica,
da tecnologia de informação e das telecomunicações.
informação técnico-comercial A 4.ª (de 1990 até à data) conduziu à ascensão da desmaterialização de funções e pro-
155 ABB: segurança cibernética em sistemas cessos, à economia e a trabalhadores do conhecimento. Trouxe consigo uma tendência de
de automação na indústria automatização total das fábricas. A automatização acontece através de sistemas ciberfí-
157 TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico: sicos que foram possíveis graças à Internet das Coisas e à Computação na Nuvem. Os
chegou a nova caixa da Hensel: vantagens sistemas ciberfísicos, que combinam máquinas e processos digitais, são capazes de tomar
práticas que facilitam o seu trabalho decisões descentralizadas e de cooperar com os humanos mediante a Internet das Coisas.
no dia-a-dia De forma concisa dir-se-á que atualmente vivemos uma 4.ª Revolução Industrial ou Re-
159 Weidmüller WIL STANDARD LED volução 4.0 que se carateriza por dois fenómenos – a “globalização” e a “digitalização”.
Na indústria atual, as instalações elétricas estão também a acompanhar essa revolução
formação na alimentação elétrica dos diversos sistemas, com a automação a tomar parte importante
161 entradas instituídas a partir da Rede no processo evolutivo através da Domótica, da Robótica e dos Autómatos Programáveis
Elétrica de serviços Públicos (RESP) para processos mais complexos. O próximo grande desafio será a alimentação dos veículos
(3.ª Parte) elétricos nos diversos locais como os habitacionais, industriais, centros comerciais e zonas
urbanas (estas talvez as mais fáceis, apesar de tudo).
ITED Na agricultura temos já tratores “inteligentes” que, por georreferenciação, trabalham so-
165 redes de cabos coaxiais – CATV zinhos sem seres humanos a bordo, com uma reduzida mão-de-obra de apenas um contro-
lador ou dois, tornando o processo produtivo muito mais eficiente.
167 consultório técnico Na produção avícola existe, em Portugal, um aviário para a produção de ovos com 300
000 galinhas e apenas dois funcionários fixos. Tudo está automatizado, desde a alimenta-
ção à recolha, seleção e armazenamento dos ovos.
A mecanização tende a tornar-se (quase) autónoma.
Sinais dos tempos, a desmaterialização de documentos, fichas de processos, e outros
contribuem positivamente para o ambiente, para a sustentabilidade e para a humanidade.
Caminhamos para a sustentabilidade e para uma melhoria do ambiente? Esperemos
que sim.
E o Planeta agradece.

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145 reportagem

EPLAN Electric P8
celebra 10.º aniversário por Marta Caeiro

A M&M Engenharia
Industrial comemorou o
10.º aniversário do EPLAN
Electric P8 num evento onde
se destacaram as principais
novidades do software e
se apresentou um caso de
sucesso na utilização desta
aplicação.

A Casa da Agra, na Maia, recebeu no passado


dia 3 de abril de 2017 o encontro da EPLAN,
para a comemoração do 10.º aniversário do
EPLAN Electric P8. No mercado há três dé-
cadas, a EPLAN marca presença em mais de
50 países do mundo, entre os quais Portugal
através da M&M Engenharia Industrial, que
oferece um serviço de consultoria profissio-
nal focado no cliente. A empresa desenvolve
soluções de engenharia, prestando consulto-
ria a empresas na otimização de processos concebido como um produto único a nível infinito e que, desta forma, mostra a vontade
e no desenvolvimento de soluções baseadas mundial. “Podia mentir-vos se dissesse que infinita em apoiar os clientes.
em software de engenharia para mecatróni- não é o melhor produto na área do mercado A expansão da marca foi acontecendo
ca. Implementa interfaces CAD adaptados a e do produto elétrico. Não só pelo software naturalmente, a nível global, distribuindo-
PDM, PLM e ERP, a fim de acelerar os proces- em si, mas porque prestamos assistência na se hoje pelo EPLAN Electric P8, EPLAN
sos de desenvolvimento de produto e reduzir sua utilização e ministramos formação que Fluid, EPLAN Preplanning, EPLAN Pro Panel,
os custos de engenharia. O software e os ser- permite obter um conhecimento alargado no EPLAN Harness ProD, e pela componente de
viços são de alta qualidade e estão constan- âmbito funcional das aplicações. Arrisco a integração com outras soluções. “Gostamos
temente a ser desenvolvidos e melhorados. dizer que sem formação e sem estrutura, o que as pessoas sintam que estão a utilizar
Cerca de 40 pessoas estiveram reuni- produto não vai ser nada”, assegura o Diretor. uma ferramenta que tem continuidade, que é
das no evento, onde se reviram os 10 anos Mais de 45 mil clientes em todo o mundo, útil e adaptativa. Neste momento, a solução
do EPLAN Electric P8, recordou-se o pas- pertencentes a todos os setores industriais, Plataforma EPLAN tem valências que permi-
sado com entusiasmo, perspetivou-se o fu- utilizam diariamente as soluções EPLAN ex- tem ao cliente sentir-se confortável, seguro
turo com ambição e apresentou-se um dos plorando, assim, novas dimensões em enge- e confiante de que independentemente das
grandes casos de sucesso da utilização do nharia. No culminar desta primeira década, necessidades que surjam há sempre uma
software, com o testemunho da empresa Ma- recorda-se a evolução histórica do software, aplicação que dá resposta”, adianta José
joletric. que vai já na versão 2.6. “Tínhamos o EPLAN Meireles.
José Meireles, Diretor-Geral da M&M, deu P5 e criamos o EPLAN 21, que eram, na altu- Questionado acerca deste exponencial
início à palestra, frisando o privilégio de co- ra, concorrentes entre si, e para terminar com sucesso de mercado do EPLAN Electric P8,
memorar 10 anos do EPLAN Electric P8 e po- esta dualidade, a estratégia foi unificar os es- José Meireles apontou os seus clientes e o
der contar com uma equipa de profissionais forços no desenvolvimento de uma aplicação desejo destes numa modernização, assim
que trabalham diariamente para o sucesso única”, explica José Meireles. Foi assim que como a exportação que tem havido ao nível
da empresa. “Temos, neste momento, uma surgiu o EPLAN Electric P8 e, consequen- dos produtos como os principais fatores res-
plataforma muito forte. E que só funciona temente, o conceito da plataforma EPLAN. ponsáveis. “O próprio cliente em si é que faz
porque temos um background muito forte”, Explicando o nome do produto, P8 deriva da o produto”, afirma. O responsável da M&M
afirmou. Para José Meireles, “uma das princi- escolha de 8 palavras iniciadas por P que o referiu ainda que este triunfo está sobretudo
pais caraterísticas do P8 é a fusão associada descrevem, nomeadamente: Power (Energia), agregado aos largos anos de experiência na
ao produto. Dados de engenharia de outras Performance, Productivity (Produtividade), área das soluções de energia.
áreas do projeto podem ser trocados através Progress (Progresso),  Process (Processo), Tendo como principal missão o seu pró-
de interfaces com o software CAE, garantindo Passion (Paixão), Precision (Precisão) e Pre- prio produto e destacando a eficiência como
consistência e integração de todo o processo mium. A escolha do 8 também não foi inocen- um valor-chave, a M&M é sinónimo de desen-
de desenvolvimento do produto”. De facto, o te pois reflete em si a ligação com o cliente volvimento contínuo, inovação, longevidade e
EPLAN Electric P8 consegue acompanhar as que poderá ser potenciada pela rotação do al- investimento seguro. “Se olharem para dentro
mais variadas áreas de atuação, estando hoje garismo a 90º, convertendo-se no símbolo do de vocês, aqueles que fazem projetos com

www.oelectricista.pt o electricista 59
reportagem 146

grande evolução, com grande automatismo,


o cliente valoriza. Quando eu olho para um
projeto vejo a cara da empresa. Ao avaliarmos
um projeto, sabemos exatamente a sua quali-
dade, há interesse em mostrar que somos di-
ferentes dos demais”, afirma. “A parte funda-
mental de uma empresa não é só ter clientes,
são também os colaboradores. Grande parte
das vezes, o benefício da indústria é poder-
mos ser úteis, criar, automatizar. Ao alargar-
mos a nossa experiência a nível industrial,
estamos a alargar a nossa indústria, estamos
a automatizar, a criar competitividade interna-
cional e a criar ‘time to market’. Tudo isto é
parte integrante das nossas soluções estra-
tégicas”, conclui José Meireles.

Majoletric, um caso
de sucesso automático) encontram-se entre as princi- configurador do projeto, que no fundo vai ser
A M&M destacou um dos casos mais bem- pais vantagens reconhecidas pela Majoletric, o resumo de todas as opções que formos in-
sucedidos na utilização do EPLAN Electric adjacentes à utilização deste produto. “Com serindo. Com base nessa informação, ele vai
P8. No mercado há mais de duas décadas, a um clique, consigo produzir todas as listas gerar diretamente um projeto”, explica David
Majoletric (ou MAJO – Manuel João e Filhos, que preciso no mesmo instante”, refere Filipe Santos. A ferramenta pretende funcionar em
Lda.) foi fundada por Manuel João Lopes, só- Vieira, projetista da Majoletric. Mário Baptis- parceria, customizando-se a qualquer tipo de
cio-gerente, em 1992, tendo neste momento ta, responsável de compras, destaca as van- projeto. “Isto é uma ferramenta de reutilização
cerca de 35 trabalhadores. A empresa divide tagens logísticas tais como a redução e oti- de processos”, comenta José Meireles.
o seu portefólio de atuação em quatro prin- mização de stock, a redução da mão-de-obra Uma das novidades mais relevantes
cipais áreas: Indústria, Energia, Ambiente e em processos não produtivos e a melhoria de apresentadas durante o evento é o ‘EPLAN
Edifícios. Com o forte compromisso de forne- prazos e de preços dos fornecedores. “Tudo Solution Center’, uma solução integrada de
cer as melhores soluções na área da automa- isto é efetivamente trabalho de equipa”, subli- assistência, disponível 24h/dia para os clien-
ção industrial e para a indústria de controlo nhou Hélder Lopes. A Majoletric está a ulti- tes, onde é possível criar pedidos de suporte
de processos, a empresa apresenta-se no mar atualmente a mudança de instalações de diretamente do software EPLAN. “Através do
mercado como ‘Integrador de sistemas’, ten- Vila do Conde para a Zona Industrial da Maia, EPLAN Solution Center, que conta com uma
do como propósito a apresentação de solu- com o intuito de duplicar a área de produção. interface moderna e de utilização fácil, é pos-
ções integradas, usualmente designadas por “O desafio que criámos a nós próprios foi o sível documentar ou pedir ajuda durante a
chave-na-mão, satisfazendo assim as atuais de deixar de ter uma oficina de quadros elétri- hora normal de trabalho ou fora dela. Esta é,
necessidades do mercado. cos e passar a ter uma fábrica de fazer qua- para mim, a melhor vantagem.”, explica o Di-
O EPLAN Electric P8 é, desde há alguns dros. Nós não fazemos só quadros, somos retor da empresa.
anos, a escolha da Majoletric para a elabo- um integrador: fazemos projetos, fabricamos O encontro terminou com uma completa
ração de projetos elétricos. No ano de 2000 quadros para as nossas instalações ou para abordagem aos diferentes estilos de vinho,
cria-se a necessidade de passar do CAD para outros clientes, desenvolvemos software de com tempo para conhecer técnicas de de-
o CAE, obtendo assim uma maior uniformida- automação, damos ao cliente um serviço gustação, tipos de aromas, o exame visual,
de nos esquemas. Volvido um ano, a empresa chave-na-mão”, acrescentou ainda. olfativo e, claro, a deveras aguardada prova.
adquire a primeira licença EPLAN 21, que con- Uma demonstração conduzida pelo enólogo
duziu a uma revolução imediata no processo Duarte César Machado, que despoletou uma
de produção: facilmente se podiam formular EPLAN e o Futuro ativa participação de todos os presentes na
listas de peças para as compras, relatórios Do encontro organizado pela M&M fez ainda sala.
com as peças constituintes de cada compo- parte uma prova de vinhos, que ficou a cargo
nente, listas de cabos ou documentação mais da Portfólio de Vinhos, distribuidora de vi-
coerente para o cliente, por exemplo. E é em nhos da Symington Family Estates. Mas an-
2008 que se efetiva a migração da Majoletric tes dos vinhos, houve ainda tempo para um
para o EPLAN Electric P8, associada à aqui- olhar sob o futuro do universo M&M. Numa
sição de um ERP. “Queríamos os melhores”, apresentação conduzida por David Santos,
confessa Hélder Lopes, coordenador técnico especialista EPLAN, o enfoque esteve no
da Majoletric. “O EPLAN trouxe-nos vanta- “Cogineer”, a nova ferramenta que incide no
gens e agilidade na produção. Criámos uma núcleo do que o cliente precisa: automatizar,
ligação muito forte com uma regra só: juntar fazer mais rápido. “Nós temos um projeto de
a ferramenta EPLAN – a nossa ferramenta de marcas com diferentes soluções desenvolvi-
engenharia - com o nosso ERP”, adianta ain- das; o que fazemos é criar os chamados fi-
da o coordenador. cheiros ‘typical’, que podem ser relacionados
A reutilização, o controlo de revisões (re- de várias formas: podemos ter ‘typicals’ para
gistar alterações num projeto) e a criação conjuntos de funções, ‘typicals’ para aglo-
de documentação (exportação para PDF, merados de conjuntos – como se criásse-
customização de relatórios, processamento mos montagens - e podemos ter depois um

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147 reportagem

almoço com jornalistas


SCHNEIDER AFINA ESTRATÉGIA PARA 2017
por Carlos Alberto Costa

Em ambiente informal, com um reforço paralelo de eixos de atuação


João Lourenço, que consideramos estratégicos. Falo, por
o novo Country Manager exemplo, da Indústria 4.0, da IoT (Internet of
da Schneider Electric Things), edifícios com emissões Zero ou do
Portugal falou reforço do mercado de Data Center e Micro
da sua trajetória pessoal Data Center. Paralelamente vivemos também
e profissional e traçou um momento muito interessante do ponto de
os rumos da companhia vista da mudança de paradigma no setor da
para o corrente ano. construção, com o mercado da reabilitação
urbana a crescer. Esses são mercados em
que estamos presentes e os quais queremos
Baixa de Lisboa, Dia Internacional do Obri- continuar a privilegiar. Referir, ainda, que o
gado, imprensa à mesa, ambiente informal. facto da Schneider Electric ser uma empresa
Este foi o cenário para o almoço que a Sch- com uma grande dimensão e presente em
neider Electric promoveu no restaurante Sa- muitos setores, faz com que a atenção dada
cramento, no Chiado, Lisboa, a 11 de janeiro ao mercado seja sempre numa perspetiva
último, reunindo jornalistas e colaboradores de multiplicidade de valências e cruzamento
da agência de comunicação Atrevia. de áreas de negócio”, acrescentou o Country
O encontro serviu também para a apre- João Lourenço, Country Manager da Schneider Electric Manager da Schneider.
sentação de João Rodrigues, que no início Portugal.
do ano assumiu o cargo de Country Manager
da Schneider Electric Portugal. No almoço O futuro está aí…
estiveram presentes outros responsáveis da “Os desafios eram claros: adaptar a nos- Numa breve intervenção aos presentes, João
Schneider, como Rui Queiroga, responsável sa oferta e as nossas equipas à evolução do Rodrigues elencara o que considerou serem
pela unidade de negócio Edifícios/Buildings, mercado português que, como se sabe, é um os três vetores tendenciais de desenvolvi-
Carlos Pelicano, acompanhamento dos clien- mercado maduro. Nesse sentido, a avaliação mento dos mercados, a começar pela digita-
tes finais e clientes industriais, e Rui Monteiro, feita ao ano de 2016 é positiva”, referiu João lização: “É claramente uma das tendências a
responsável pelas vendas na Indústria. Rodrigues. que todos estamos sujeitos A maioria de nós
Em declarações à revista “o electricista”, “Para este ano temos várias áreas iden- possui mais de um dispositivo inteligente em
o anfitrião considerou que “2016 terminou tificadas como estratégicas. No entanto, es- comunicação com o Mundo. Estima-se que
com resultados alinhados com aquelas que sas linhas de atuação vêm no seguimento até 2020, mais de 50 mil milhões de dispositi-
eram as expetativas da Schneider Electric da nossa ação em 2016. Ou seja, não exis- vos estejam conetados, o que significa quase
Portugal.” tirá uma rotura, mas sim uma continuidade, 20 vezes mais o total de habitantes do plane-
ta. E esta tendência não trará, apenas, uma
enorme pressão para o mundo do IT, mas
vai permitir, em muitas áreas de atividade,
transformar os negócios e desenvolver novas
oportunidades.”
“Outra tendência importante é a descar-
bonização. Até 2050 teremos um aumento de
mais de metade do consumo energético face
aos dias de hoje. Assistimos a uma forte in-
dustrialização e a uma clara tendência de mi-
gração das pessoas para as cidades. Se con-
tinuarmos a aumentar o consumo energético
no modelo matemático que é o de hoje cor-
remos o risco de ‘cozer’ o Mundo. E nenhum
de nós quer isso. Eu tenho um filho, quero ter
netos e bisnetos e deixar o planeta em condi-
ções de ser habitado pelas gerações futuras”,
salientou o orador.
“Quero ainda citar um terceiro vetor que
tem a ver como a inovação e a sustentabili-
dade. Na Schneider Electric, por exemplo, in-
vestimos nestas áreas cerca de 5% do nosso

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PUB
volume global de vendas, que em 2015 ascendeu a 25 mil
milhões de euros. Temos 20 mil engenheiros a trabalhar na
área do desenvolvimento de novas soluções e detemos 20
mil patentes atualmente em curso. Este é o exemplo que
transmitimos”, disse João Rodrigues.

“APRENDER TODOS OS DIAS”


João Rodrigues é, desde o início do ano, o Country Ma-
nager da Schneider Electric, substituindo no cargo David
Claudino. Com 25 anos de carreira no setor, está na em-
presa desde 2000, dirigiu a agência comercial de Lisboa
durante 7 anos e foi sucessivamente Diretor de Desenvol-
vimento Estratégico da Schneider, Diretor de Qualidade e
Diretor de áreas de negócio. Era desde 2013 Vice-Presi-
dente para a área das TI (IT Business), cargo que passou a
acumular com os Field Services em 2015.
“Sinto-me muito honrado de ocupar esta posição. É
um percurso profissional de apreender todos os dias e não
teria chegado aqui se tivesse perdido um desses dias”, diz
o agora responsável máximo pela operação da Schneider
em Portugal.

O exemplo Sana Evolution


A propósito de inovação e desenvolvimento, no decorrer do
almoço foi exibido um vídeo sobre o primeiro hotel interativo
em Portugal, o Sana Evolution, em Lisboa. Concebido para
ser interativa, sustentável e eficiente, a unidade hoteleira do
Grupo Sana Hotels oferece ao hóspede várias possibilidades
de gestão da sua estadia através de uma aplicação do ho-
tel, podendo reservar o seu quarto, fazer o check-in e definir
desde logo o ambiente que pretende, controlando aspetos
como a iluminação e climatização dos aposentos, tudo isto a
partir de um dispositivo móvel, um smartphone ou um tablet.
A Schneider ajudou a desenvolver a tecnologia imple-
mentada e a integração dos sistemas. O sistema de gestão
técnica centralizada torna possível aos gestores da unidade
hoteleira, em tempo real e em qualquer parte do Mundo, fa-
zer uma ligação ao sistema e perceber, piso a piso, que taxa
de ocupação existe, qual a temperatura média do piso, quan-
tos quartos estão reservados para esses dias, quantos estão
para chegar ou se o cliente está dentro do quarto.
A Schneider aceitou também o desafio colocado pelo
Grupo Sana para aumentar nesta unidade a eficiência ener-
gética, com uma exigente meta de redução de 40% no con-
sumo estimado de energia anual.
149 entrevista

“uma mais-valia em termos


de qualidade e gama” por Marta Caeiro

A Pronodis tem agora uma está inserida num mercado exigente não só
nova representada – a Züblin, em termos de estética de produto, mas tam-
uma marca reconhecida bém da sua funcionalidade e busca de pou-
pelos utilizadores como pança de energia, é possível obter eficiência
referência no fornecimento energética pois o consumo real é por volta
de sistemas de controlo de dos 0,25 W, sendo que a maioria das marcas
iluminação. do mercado atinge valores superiores, não
Nelson Silva, Diretor da conseguindo assim tão grande fiabilidade de
empresa, conta-nos os frutos gestão energética.
que advêm desta aliança com Cada vez mais os sensores são utilizados
o Grupo NIKO. com o objetivo de obtenção de uma maior
eficiência energética, sendo a exigência do
próprio consumidor cada vez maior.
Revista “o electricista”(oe): O que sig- Destacamos que no sistema dos dete-
nifica para a Pronodis representar uma tores de alta gama existe uma caraterística
marca reconhecida no mercado europeu de análise e de monitorização presencial ao
como fornecedora de sistemas de con- nível do ser humano, que analisa a cada 6
trolo de iluminação? segundos a existência de presença permi-
Nelson Silva (NS): O objetivo da Pronodis é Nelson Silva, Diretor da Pronodis. tindo, independentemente do tempo progra-
estar sempre a par do mercado e acompa- mado, acionar o sensor ou desligá-lo após 6
nhá-lo, em parceria com os seus distribuido- segundos sem presença. Esta caraterística é
res e clientes. e interface bidirecional para programação de designada por KLR – controlo constante da
Sempre primámos por um trabalho de dados KNX). Iluminação com e sem sensor, iluminação.
parceria e de desenvolvimento com os nos- iluminação LED com e sem sensor, projetores
sos clientes. Tendo isto em conta, o nosso LED com e sem sensor, iluminação com dete-
objetivo foi procurar e encontrar uma marca ção de alta frequência, entre outros. oe: A Züblin destaca-se pela qualidade
que trouxesse uma mais-valia em termos de Disponibiliza ainda uma gama de dete- dos seus produtos. De que forma esta ca-
qualidade e gama para que pudéssemos for- tores a 24 V AC/DC que vai ao encontro das raterística foi importante para escolhe-
necer ao nosso mercado um produto de alta exigências de eficiência energética, tendo em rem esta representada?
fiabilidade e reconhecimento europeu. conta que existe no nosso mercado uma pro- NS: A Pronodis é reconhecida no seu merca-
cura crescente para esta gama. do, para além das parcerias que estabelece
também pela qualidade dos produtos que re-
oe: Quais as principais mais-valias que a presenta. A Züblin é uma marca de renome e
Pronodis obtém com a representação da oe: Em termos de gestão energética, qual de qualidade existente no mercado europeu,
Züblin? a poupança estimada com a utilização fundada na Suíça em 1986. É especializada
NS: As mais-valias são aliar-se a um grande destes detetores? no desenvolvimento e manutenção de dete-
e reconhecido grupo – Grupo NIKO – com NS: Em termos de gestão energética, tratan- tores de presença e movimento, sensores e
uma alta competitividade, essencialmente do-se de uma marca suíça que, por natureza, luzes LED. Entre 1992 e 1997 foram criadas
ao nível da qualidade e preço, ajustando-
se ao mercado em que nos encontramos e
sempre tendo em conta que os padrões de
exigência e qualidade dos nossos clientes
são respeitados.

oe: Que produtos e soluções disponibiliza


atualmente a Züblin?
NS: A Züblin é detentora de uma vasta gama
de produtos, tais como detetores de presen-
ça, detetores de movimento com 2 canais, li-
vres de potência, detetores de alta frequência,
detetores de infravermelhos, detetores de du-
pla tecnologia, detetores DIM, detetores DALI,
detetores KNX (incluindo os atuadores de
comunicação com protocolo KNX; interfaces
de botão de pressão, interface USB UIM KNX

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entrevista 150

filiais em França, Alemanha e Áustria. Os seus vezes o preço não reflete a qualidade, nem a
produtos tornaram-se dos sistemas de ilumi- qualidade reflete o preço. Esta marca oferece
nação mais eficientes em termos energéticos exatamente o que o nosso mercado procura e
na Europa. No início de 2014 a Züblin expan- exige – qualidade a um preço muito competi-
diu-se uma vez mais, desta vez na Polónia, tivo, daí a Pronodis acreditar na marca Züblin
sendo a parceira perfeita. Sempre foi uma e vice-versa.
grande marca, reconhecida nos países onde
é distribuída.
O facto de a Züblin pertencer ao Grupo oe: Que perspetivas estiveram na base
belga NIKO, que possui outras empresas de da Pronodis, há 12 anos, aquando da sua
onde destacamos a Servodan (onde fabricam fundação?
e programam os seus detetores) e a Fifthplay NS: As perspetivas iniciais eram as de ir
(empresa com produtos de monitorização e ao encontro das necessidades do merca-
controlo de eficiência energética), foi outro do, satisfazendo os seus clientes. Ao longo
motivo para que a Pronodis quisesse traba- destes 12 anos verificamos que a Pronodis
lhar em parceria. Pela tendência do nosso tem sido reconhecida em todo o segmento
mercado, a aposta numa marca competitiva, de mercado (desde distribuidores, instala-
tanto na qualidade como no preço, será uma dores, projetistas) como uma empresa que qualidade do produto. Estes fatores fazem
mais-valia tendo agregada a si sempre o ser- sabe e trata o mercado da deteção com da Pronodis uma empresa reconhecida na
viço de apoio e garantia prestado pela empre- grande conhecimento e estima. Daí termos área da deteção.
sa Pronodis. como própria filosofia o serviço, que se cria
com a aproximação aos clientes e o apoio
no pós-venda. A Pronodis tem uma equi- oe: O que planeia para o futuro da
oe: O posicionamento da Pronodis no pa coesa que trabalha em prol do cliente. Pronodis?
mercado energético português sairá for- Hoje em dia o nosso mercado é um merca- NS: A Pronodis irá continuar no core busi-
talecido com esta nova representada? do de serviço, onde pretendemos ser reco- ness para o qual foi criada, que é a eficiência
NS: Sim, porque vai ao encontro das neces- nhecidos cada vez mais e melhor. A nossa energética, estando sempre a par das novi-
sidades do mercado, e o próprio mercado é maior preocupação é conseguir proporcio- dades, como até hoje, e havendo sempre fle-
cada vez mais exigente ao nível de qualida- nar o melhor preço que o mercado procura, xibilidade para se ajustar às necessidades do
de-preço, tendo em conta que muitas das aliado à qualidade do serviço prestado e à mercado.

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151 entrevista

“o software Simaris Design


testado pelos estudantes
de engenharia” por Marta Caeiro

A Siemens distinguiu os dido pelos alunos, portanto pode dizer-se que


alunos de engenharia o processo de aprendizagem e adaptação foi
com o Prémio Geração relativamente simples.
Simaris, promovendo,
simultaneamente, o seu
software Simaris Design. oe: Que tipo de avanços promove este
Através desta iniciativa, software Simaris Design no desenho de
a multinacional alemã infraestruturas? Quais as principais van-
convidou os estudantes de tagens de utilização?
engenharia eletrotécnica AL: O planeamento das redes de distribui-
a fazerem uma maratona ção de energia de unidades de produção,
de seis horas para planear infraestruturas e edifícios está a tornar-se
e dimensionar a instalação cada vez mais complexo. Para apoiar todos
elétrica de um edifício com aqueles que trabalham na área da engenha-
recurso a este software. ria elétrica, a Siemens desenvolveu as ferra-
Alexandre Lobo, do mentas inovadoras de planeamento Simaris.
Departamento de Vendas da Estas permitem tornar o trabalho mais rápi-
Divisão Energy Management do e eficaz.
da Siemens Portugal, contou Esta família de softwares inclui o Simaris
à revista “o electricista” as Design para calcular e dimensionar a rede, o
principais funcionalidades Simaris Project para determinar os requisi-
deste software de última tos de espaço dos sistema de distribuição de Alexandre Lobo, Departamento de Vendas da Divisão Energy
geração. energia, calcular o orçamento e criar as espe- Management da Siemens Portugal.

cificações técnicas e o Simaris Curves para


visualizar as caraterísticas de disparo, bem
Revista “o electricista” (oe): O que dife- como as curvas de corrente e as curvas de so aos dados técnicos de cada componente
renciou os projetos vencedores do ISEL? energia. da infraestrutura e respetivos dados de ma-
Alexandre Lobo (AL): A equipa vencedora No que concerne aos avanços que o Si- nutenção. O Simaris Design intervém na pri-
foi a que apresentou uma boa solução técni- maris Design permite alcançar, é importante meira fase do processo, o cálculo eletrotéc-
ca e a que melhor apresentou os resultados referir que atualmente as equipas de projeto nico, exportando textos descritivos, mapas
obtidos dentro do prazo limite. Entre outros, estão a ser incentivadas a usar sistemas de de equipamentos, esquemas elétricos e toda
foram valorizados critérios como a eficácia Building Information Modelling (BIM), que a informação para o Simaris Project que dis-
económica e a eficiência energética. No ge- permitem a modelização em 3D com aces- ponibiliza dados técnicos, textos descritivos,
ral, ficámos impressionados com o empenho,
a dedicação e os conhecimentos técnicos de
todos os participantes, o que só mostra que
a engenharia nacional está de “boa saúde” e
promete continuar a dar cartas no futuro no
panorama internacional.

oe: A aproximação dos alunos universitá-


rios ao software de última geração dá-se
de forma simples?
AL: O principal objetivo da Siemens ao di-
vulgar e disponibilizar este software junto
da comunidade académica é contribuir para
uma melhor preparação dos jovens para o
mercado de trabalho, desafiando-os a traba-
lhar desde cedo com as tecnologias que mais
tarde vão encontrar nas empresas. Este é um
software muito intuitivo e facilmente apreen-

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entrevista 152

dados dimensionais e estimativas de custo à


equipa de projeto, permitindo a exportação de
todos os dados de projeto em formato BIM.
A utilização destas duas aplicações da Sie-
mens é gratuita. O Simaris Project destaca-se
ainda por permitir fazer a análise da eficiência
energética, tendo em conta o custo total de
utilização da instalação ao longo do seu tem-
po de vida útil.

oe: A complexidade e dinâmica dos pro-


jetos atuais obrigam a uma rápida res-
posta e a uma adaptação das equipas de
projeto. Qual o modo de atuação do Sima-
ris Design nestes casos?
AL: O Simaris Design permite respostas mui-
to mais rápidas das equipas de projeto, ga-
rantindo que uma alteração de um dado do
projeto não irá apresentar um desvio técnico
imprevisto num outro ponto do projeto.
Para além disso, a atual dinâmica do mer-
cado obriga as equipas de projeto a revisitar
o trabalho já desenvolvido e, por vezes, alterar infraestrutura industrial com equipamentos o número de colaboradores dedicados à área
pontos específicos do projeto. O Simaris De- comunicantes, desenhar quadros de gavetas da Investigação e Desenvolvimento (I&D) era
sign garante que, desde o início até à última extraíveis com comunicação de última gera- de 33 000.
revisão, os elementos de projeto são desen- ção e exportar parametrizações diretamente Fazemo-lo também através de parcerias
volvidos rapidamente e os resultados obtidos para os equipamentos e para outros aplica- com universidades e institutos de investiga-
são coerentes entre si e estão de acordo com tivos de definição de redes, tais como o Po- ção; de plataformas de intercâmbio e colabo-
o objetivo global. Os desvios que possam pre- wer, o PowerManager, o PowerConfig ou o TIA ração; bem como de uma estreita cooperação
judicar o objetivo planeado são automatica- Portal – outras soluções da Siemens. com start-ups, empresas com as quais traba-
mente assinalados pelo programa. Uma vez lhamos, fundamos ou nas quais investimos.
concluído o processo de revisão, é exportado Para fortalecer ainda mais o seu poder
o novo conjunto de documentos e informação oe: De que forma se diferenciam atual- de inovação, a Siemens planeia aumentar os
de suporte ao projeto que a equipa irá entre- mente os produtos da marca Siemens da seus investimentos em I&D no ano fiscal de
gar, nos formatos habituais (Word, Excel, CAD restante oferta do mercado? 2017 (que termina no dia 30 de setembro)
ou PDF). AL: A marca distingue-se, não só pelas so- em mais 300 milhões de euros, para cerca
luções e produtos que comercializa e ins- de 5 mil milhões de euros. Uma grande parte
tala, mas também pela qualidade dos ser- destes fundos adicionais será utilizada nas
oe: Como acompanha este software as viços que presta e pelos conhecimentos e importantes áreas da Eletrificação (em sis-
principais tendências nesta área? competências dos seus colaboradores. A temas descentralizados de energia), da Au-
AL: Este software está atualizado de acordo Siemens disponibiliza ao mercado produ- tomação, da Digitalização e na nova unidade
com as regras e normas em vigor. Graças tos inovadores do ponto de vista tecnoló- next47.
à constante participação de equipas técni- gico, cuja qualidade e fiabilidade permitem Esta unidade independente, que visa esti-
cas da Siemens nas comissões normativas, ao utilizador dedicar-se à sua atividade sem mular ideias disruptivas e acelerar novas tec-
portuguesas e internacionais, o software é grandes preocupações. Claro que inerentes nologias, conta com um fundo de mil milhões
atualizado em simultâneo com a publicação à utilização de qualquer equipamento po- de euros que poderão ser aplicados em áreas
das normas atualizadas. Sempre que são derão surgir algumas dificuldades. Para as como: Eletrificação descentralizada, Inteli-
emitidas atualizações de pacotes técnicos de colmatar são disponibilizados serviços de gência Artificial, Máquinas autónomas, Mobi-
soluções ou de normas, o software identifica apoio e de suporte à decisão ou serviços de lidade conetada, e aplicações Blockchain.
essa publicação e avisa o utilizador da ne- diagnóstico e resolução de avarias, que são
cessidade de atualização para a nova versão. sempre realizados por equipas experientes e
Esta atualização é gratuita. qualificadas.

oe: Qual será o papel do software Sima- oe: “O progresso ao serviço do Homem!”.
ris na implementação da Indústria 4.0 no De que forma é que a marca e a empresa
mercado e em algumas empresas? Siemens seguem esta visão intemporal
AL: O Simaris Design e o Simaris Project do seu fundador, Werner von Siemens?
permitem fazer o desenho de infraestruturas AL: Atualmente seguimos esta visão de
para a indústria desde as soluções mais co- Werner von Siemens de diferentes maneiras.
muns a soluções mais complexas, que cum- Fazemo-lo, por exemplo, através do núme-
prem os requisitos mais recentes e exigentes ro incrível de patentes que são submetidas
da nova revolução industrial, também conhe- todos os anos. No ano fiscal de 2016 foram
cida por Indústria 4.0. É possível planear a submetidas 59 800 patentes a nível mundial e

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153 case-study

QUITÉRIOS – instalações
e mobilidade elétricas
Avançamos a toda a velocidade
para a massificação da utilização
do veículo elétrico.

A primeira alteração à Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de setembro,


RTIEBT (Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão),
surge a 19 de agosto de 2015, com a entrada em vigor da Portaria
n.º 252/2015, ao estabelecer regras para dotar as instalações elétri-
cas de infraestruturas que permitam a alimentação de veículos elétri-
cos (VE). Com o objetivo de auxiliar os técnicos do setor (projetistas,
instaladores, entre outros) a implementar o estabelecido no RTIEBT, a
Comissão Técnica de Normalização Eletrotécnica – CTE 64 – elabo-
rou um Guia Técnico das Instalações Elétricas para o Carregamento de
Veículos Elétricos. Este guia define as regras a adotar, de acordo com o
número de postos de carregamento a instalar e o tipo de configuração
da instalação elétrica em função do acesso (público ou privativo) e do
local (uso exclusivo ou uso partilhado).

Determinando o fator de simultaneidade global:

P
Ks =
n.o habitações × Phabitação

36,57 kVA
Tabela 1. Instalação de acesso privativo. Ks = = 0,88
6 × 6,9 kVA

Caso prático: De forma simplificada, a potência total do edifício será calculada atra-
Admitindo que estamos perante um edifício coletivo, com vés da seguinte fórmula:
uma garagem alimentada diretamente a partir das instala-
ções de utilização, podemos considerar que se trata de um P (total) = Phabitação × n.o habitações × ks + PScomuns
edifício com acesso privativo de uso exclusivo, com boxes. P (total) = 6,9 kVA × 6 × 0,88 + 10,35 kVA
Sabendo que as infraestruturas elétricas do edifício devem estar pre- P (total) = 46,78 kVA
paradas para o carregamento do veículo elétrico, assegurando uma
potência adequada, o mesmo não obriga à instalação efetiva das to- Podemos concluir que este será o valor mínimo de potência a instalar
madas dedicadas ou postos de carregamento. no edifício.
A adaptação dos projetos elétricos à instalação de postos de car-
Como determinar a potência total a instalar? regamento de VE é uma realidade e a definição do tipo de distribuição
Considerações: é determinante para a sua correta implementação.
• Para 6 habitações o fator de simultaneidade ks = 0,75 (Quadro 803 À exceção do exemplo apresentado, onde a alimentação VE é fei-
A do RTIEBT); ta a partir da instalação de utilização do próprio utilizador, prevê-se
• Segundo a Portaria n.º 220/2016, de 10 de agosto no Artigo 2.º, a a instalação de uma segunda equipa de contagem dedicada, com o
potência mínima a considerar para o posto de carregamento não objetivo de permitir a aquisição de energia, no âmbito da mobilidade
deve ser inferior a 3680 VA; elétrica, em condições mais vantajosas. Para essas situações pode
• Para o posto de carregamento, o coeficiente de simultaneidade ser recomendada a instalação de contagem centralizada.
Ks = 1. A Quitérios, como membro das comissões técnicas CTE17 e
CTE64 está atenta às constantes alterações/atualizações da normali-
P (coluna) = Phabitação × n.o habitações × ks zação em vigor na sua área de intervenção, garantindo o cumprimento
P (coluna) = 6 × [(6,9 kVA – 3,680 kVA) × 0,75 + 3,680 kVA × 1] dos requisitos normativos nos produtos que fabrica, estando, por isso,
P (coluna) = 36,57 kVA atenta aos avanços da mobilidade elétrica.

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Aplicação dos produtos Quitérios
às diversas tipologias de instalações coletivas

Alimentação do VE através do QE de cada instalação de utilização para uso


exclusivo por parte do utilizador (com box).

Alimentação do VE através do QSC (considerando contadores dedicados ao


carregamento do VE) para uso partilhado (sem box).

QUITÉRIOS – Fábrica de Quadros Eléctricos, Lda.


Tel.:+351 231 480 480 · Fax: +351 231 480 489
quiterios@quiterios.pt · www.quiterios.pt
155 informação técnico‑comercial

segurança cibernética
em sistemas de automação
na indústria
A produtividade da indústria moderna
depende de sofisticados sistemas
de automação controlados por computador
que se tornaram tão poderosos
e omnipresentes que se constituem uma nova
revolução industrial – ou, nas palavras da ABB:
a Internet das coisas, pessoas e serviços.

O progresso é frequentemente acompanhado por consequências im- que monitoriza as alterações de registos, processos e quantidades
previstas. No caso da automação, os computadores que tornam a pro- de dispositivos presentes na rede;
dução mais inteligente também a fazem mais vulnerável a interferên- • Maior controlo de acesso para as operações críticas, tais como
cias externas. Uma destas é a possibilidade de infeção pelos softwares alterações no sistema de controlo, operações massivas ou altera-
maliciosos que infestam a rede: o “worm” (vírus auto-replicante) Stux- ções nas configurações. Tal pode incluir a solicitação ao utilizador
net, que surgiu em 2010, foi um exemplo claro de um vírus concebido que confirme a sua identidade ou que se peça a um segundo utili-
para infetar sistemas de controlo industrial. Desde então encontramos zador que valide o acesso do primeiro, ou as suas permissões de
ainda o exemplo de um ataque a uma fábrica de aço alemã que inuti- atividade.
lizou uma fornalha, bem como diversos ataques diários que, embora
não cheguem às manchetes dos jornais, causam igualmente muitos Como proteger equipamentos de grande procura
danos e atrasos. na industrialização?
À medida que os especialistas projetam esses sistemas de con- Outro serviço chave para os clientes neste setor, para além da Segu-
trolo com tecnologia de ponta, aprendem igualmente a torná-los tão rança Cibernética, é o serviço de diagnósticos remotos da ABB. Esta
resistentes quanto possível. Nesse sentido, as equipas de especialis- recolha de dados dos equipamentos como acionadores de moinhos
tas da ABB formularam um conjunto de medidas com vista a proteger GMD, é enviada a uma central de controlo remoto da ABB. A central atua
a sua confiabilidade, integridade e disponibilidade. O conceito geral é como um banco de dados, uma sala de controlo e um concentrador
o de estabelecer uma “defesa em profundidade”, parte essa que é de- de comunicação: caso ocorra um problema, a experiência da ABB em
sempenhada pelo sistema de controlo distribuído 800xA da ABB. controlo automatizado — aliado à sua compreensão dos processos en-
volvidos —, garante que podem ser resolvidos antes que causem uma
paragem não planeada. Toda essa comunicação é processada por uma
ABB sabe como proteger o seu sistema plataforma remota segura, que não afeta a segurança geral do sistema
desde o início de controlo; a segurança está embutida em cada camada da platafor-
A ABB reconhece a importância de integrar uma proteção cibernética ma, eliminando a necessidade de recorrer a redes privadas virtuais ou
aos seus produtos (mais de metade dos quais dependem de ou fun- alterar os procedimentos de segurança complexos e trabalhosos.
cionam com software). Tal começa nas primeiras etapas de projeto e
desenvolvimento e mantém-se ao longo dos testes, comissionamento E qual é a importância para si, que trabalha no setor
e suporte de ciclo de vida. industrial?
Entre outros serviços disponibilizados aos seus clientes, a ABB Uma das vantagens está no facto de não ter que arcar com os riscos
tem um conjunto destinado à análise contínua dos seus sistemas de de interferência não autorizada nas suas operações. Um vírus como
TI. Por exemplo, estas são algumas das proteções padrão disponíveis: aquele que destruiu a fornalha alemã é uma questão ainda mais séria
• Além das funcionalidades habituais como a realização de cópias quando a sua instalação está dentro do Círculo Ártico ou no meio de
reservas dos softwares, auditoria e encriptação, o “Cyber Security uma montanha nos Andes. 
Fingerprint” do 800xA pode analisar a configuração de um siste- No futuro, a operação fabril dependerá cada vez menos de pessoal
ma e os computadores das pessoas chaves e, então, identificar os presente no próprio local e cada vez mais de sistemas digitais respon-
possíveis pontos fracos; sáveis por otimizar a produtividade e minimizar os riscos à segurança e
• O Serviço de Monitorização de Segurança Cibernética da ABB ofe- à saúde. Além disso, à medida que os sistemas de controlo se tornam
rece uma monitorização remota contínua do sistema de controlo e cada vez mais críticos, mais crítica se torna também a sua proteção
revisões periódicas do seu desempenho; contra interferências. Assim combina-se, de forma particular, toda a ex-
• A funcionalidade “Whitelisting” (sendo filtro anti-spam que evita periência adquirida com um conjunto de medidas de segurança que fa-
que programas não autorizados sejam executados na plataforma zem deste um parceiro indispensável para o futuro da industrialização.  
do SDCD) é uma opção para clientes com necessidades de segu-
rança mais restritivas. Este recurso impede alterações não auto- ABB, S.A.
rizadas nas aplicações e pode operar em conjunto com soluções, Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390
tais como o “Industrial Defender Automation Systems Manager™”, marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt

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157 informação técnico‑comercial

chegou a nova caixa


da Hensel: vantagens práticas
que facilitam o seu trabalho
no dia-a-dia
A Hensel apresenta a nova logia traz inúmeras vantagens. Permite que
caixa de derivação DK. as membranas elásticas sejam facilmente
A precursora da caixa removidas. Onde pode ser instalado um bu-
de derivação em material cim com alívio de tensão. E se precisar de um
plástico, volta a inovar cabo de maior secção, nada mais fácil por-
e estabelece novos que só tem de recortar o anel de expansão da
standards, tendo membrana elástica e instalar um bucim de
desenvolvido um grande uma medida superior.
número de soluções Nas novas caixas de derivação, as mem-
de vanguarda e benefícios branas elásticas não estão localizadas ape-
práticos para a instalação nas nas paredes laterais mas também na
elétrica. base da caixa, permitindo uma entrada de ca-
bos pelo fundo da caixa sem diminuir o índice
de proteção IP 66.
A Gustav Hensel GmbH & Co. KG sempre en-
frentou os desafios do momento! A criação
da primeira caixa de derivação em termoplás- Entrada de cabos versátil
tico em 1931 revolucionou as rotinas diárias
de trabalho de toda uma geração: uma va- Entrada de cabos através Possibilidade de colocação
Entrada de cabos
riedade de trabalhos de instalação podia ser de membranas elásticas integradas de bucins como alternativa,
pela base
para uma rápida eletrificação removendo a membranas elásticas
realizada da forma mais fácil. Uma ajuda que da caixa
com índice de proteção até IP66 e o anel de expansão
lhes permitiu evoluir e se tornou no início de
uma exemplar história de sucesso.
Elevaram o original ao próximo nível, retira-
ram impulsos da experiência prática e expres-
saram-nos ao atribuir novas funções nas novas
caixas de derivação. São a personificação da
competência da Hensel, porque o know-how
deles dirige-se a ambientes exigentes, sob con-
dições difíceis, na indústria e no comércio.
A série de caixas de derivação de alta qua-
lidade produzidas com os mais modernos
materiais é fabricada utilizando processos de Totalmente equipada:
produção inovadores. Os produtos a Hensel tampa com acessório
convencem há gerações, e nesse seguimen- de suporte e abas
to pretendem continuar sempre a desenvolver laterais para fixação
os produtos de forma original e inovadora, não da caixa
esquecendo de os otimizar para os clientes. Outra novidade é a tampa que tem o acessó-
rio de suporte incluído, que a protege contra
as quedas acidentais durante a montagem e
Pressionar o cabo e a a eletrificação. De encaixe na base e na tam-
vedação é garantida com pa, a colocação deste acessório não apresen-
índice de proteção IP 66 ta nenhuma dificuldade e dispensa a utiliza-
A entrada de cabos é efetuada através de ção de ferramentas.
membranas elásticas integradas na caixa. Em algumas instalações é um requisito
Uma solução que permite obter o índice de que a fixação da caixa seja feita pelo exte-
proteção IP 66 sem a necessidade de se ad- rior. Para esse tipo de aplicação, as caixas
quirir bucins ou acessórios adicionais, bas- são todas fornecidas com abas de fixação
tando pressionar e a vedação é garantida! laterais. Mais uma vantagem deste novo
Mas a flexibilidade desta inovadora tecno- produto.

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informação técnico‑comercial 158

Ligadores com tecnologia Tecnologia moderna de ligadores, inovadora sign totalmente novo. A ENYCASE conven-
inovadora e flexível e flexível: ceu os especialistas e designers devido à
A Hensel desenvolveu especificamente novos • Mais espaço para a eletrificação; sua elevada funcionalidade e excelência de
ligadores para esta gama de caixas de deri- • Diferentes posições dos ligadores; design.
vação com múltiplas vantagens. A colocação • Possibilidade de colocação de dois liga- As caixas de derivação da Hensel im-
dos ligadores nas caixas, numa posição ele- dores; pressionaram o júri dos Red Dot Awards
vada, facilita as ligações e as passagens dos • Todos os bornes com 2 pontos de ligação e dos pro-K Awards. O veredito do júri:
cabos. Cada pólo permite facilmente o aper- por polo; “Integração ideal da função no design, so-
to de diferentes secções de condutores bem • Ligadores compatíveis com diferentes ti- luções práticas e engenhosas e conceção
como diferentes tipos de condutores. pos de secção e condutores. construtiva”.
A caixa tem também previsto diferentes
encaixes para o ligador permitindo várias po-
sições, bem como uma extensa oferta dispo- Conclusão
nível de ligadores para diferentes secções do Foram otimizados vários detalhes em com-
condutor, comprovando mais uma vez a fle- paração com a última geração de caixas de
xibilidade da caixa e a sua fácil eletrificação. derivação. Com a nova gama, a Hensel define
Todos os bornes de 1,5 a 25 mm² têm novos padrões no setor das instalações elé-
certificação VDE e cumprem os requisitos da tricas. As soluções orientadas para a prática
Norma DIN EN 60998-2-1. facilitam o trabalho diário. Existe uma caixa
ideal para cada área de aplicação. Para o in-
terior ou para o exterior, resistentes às intem-
péries, à prova de água ou com integridade
funcional, as novas caixas de derivação estão
equipadas para responder a qualquer tipo de
instalação.
Caixas de derivação DK
premiadas pelo seu elevado
design de qualidade TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.
As vantagens técnicas das novas caixas de Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164
derivação são complementadas por um de- marketing@tev.pt · www.tev.pt

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159 informação técnico‑comercial

Weidmüller
WIL STANDARD LED
Weidmüller Industrial
Light (WIL), uma luz LED
para muitas aplicações.
Uma luz muito cintilante
com três filas separadas
de LEDs brancos. Conceção
em trapézio para um amplo
ângulo do feixe luminoso.
Oito milímetros
com um fluxo luminoso
para instalações com
espaço reduzido.

WIL STANDARD é a nova iluminação LED


da Weidmüller que se adequa a muitas apli-
cações e impressiona tanto a nível técnico
como de conceção. A iluminação LED incor-
pora três filas de LEDs (3 x 14 LEDs) dispos-
tos num formato trapézio com ângulos de 20
graus, permitindo um ângulo de feixe muito Figura 1. Weidmüller Industrial Light (WIL) – uma lâmpada de 8 mm nivelada para uma grande variedade de aplicações. A luz é
amplo e uma ampla área iluminada. Esta ligada através de um conetor de ligação M12.
conceção significa que os utilizadores não
necessitam de rodar os LEDs para iluminar
áreas específicas ou até mesmo para mudar controlo convencionais. Para facilitar a ins- na gama. Devido ao consumo de corrente
a direção. A WIL LED da Weidmüller ofere- talação, a iluminação LED possui ligações baixa, os utilizadores têm a opção de ligar a
ce um elevado desempenho com um baixo pré-cabladas M12 com um cabo longo e pré­ luz diretamente à saída standard 0,5-A de um
consumo. A proteção IP67 permite a sua ins- ‑fabricado de 30 cm, e assim não é necessá- PLC. Com um módulo de saída 2-A PLC, as
talação em ambientes ATEX. A iluminação é rio ligar cabos individuais ou fios. Graças ao quatro luzes também podem ser ligadas em
ligada ao utilizar um conetor de ligação M12. conetor de ligação M12, a nova iluminação paralelo.
A tensão de funcionamento é de 24 V DC da Weidmüller pode ser em série com múl- Com uma altura de apenas 8 mm, a ilu-
com uma corrente máxima de 430 mA. A luz tiplas luzes ligadas em paralelo. Uma peça-T minação LED da Weidmüller é muito nivelada,
muito brilhante tem uma cor de iluminação corresponde ao M12 também está disponível medindo 240 mm de comprimento e 40 mm
de 6500 K – que é mais ou menos equiva-
lente à luz do dia e, por isso, aceitável para o
olho humano.
A nova iluminação industrial LED está
nivelada em apenas 8 mm e produz uma luz
branca, muito brilhante que não ofusca. A sua
conceção plana oferece aos utilizadores uma
variedade de opções de instalação no quadro
de comando ou no campo, isto é diretamente
ou dentro da máquina. No quadro de contro-
lo, a iluminação LED pode ser instalada num
canto mais escondido ou simplesmente no
painel lateral. Assim, com apenas uma ilu-
minação WIL STANDARD LED, a Weidmüller
consegue abranger uma gama de aplicações
no quadro de comando ou na instalação.
Graças aos furos para fixação na lâm-
pada, a instalação torna-se simples e dire-
ta, sem necessidade de outros materiais de
montagem adicionais como clipes ou simila-
res. Com intervalos de 225 mm e o diâmetro
de 6,5 mm, os furos para fixação asseguram
uma instalação simplificada nos quadros de Figura 2. A iluminação LED tem um amplo raio de 20 graus para iluminar uma grande área.

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informação técnico‑comercial 160

em largura. A iluminação LED foi projetada nada é completamente confinada, tornando tampas em zinco moldado sob pressão cro-
para responder às necessidades da indústria a iluminação LED a mais apropriada para mado. Com base na abordagem de desenvol-
com uma elevada intensidade da luz (200 lux) ambientes industriais agressivos. PUR é uti- vimento industrial, o novo WIL não necessita
e fluxo luminoso (1,880 lm) e não para as lizado como material de moldagem. Todas de uma área vedada ao ar e por isso não é
grandes aplicações externas. A sua vida útil as caixas são feitas a partir de um perfil de necessário uma inspeção ao vidro que pode
é de pelo menos 10 000 horas. A área ilumi- alumínio anodizado com corpo em níquel e partir. Esta conceção torna a iluminação LED
muito robusta. Também emite pouco calor, e
por isso os refrigerantes e lubrificantes não
irão sobreaquecer.
A iluminação LED direcionada para a in-
dústria pode ser utilizada em toda as aplica-
ções onde seja necessária uma iluminação
constante e definida para iluminar quadros
de controlo ou máquinas. A iluminação não
afeta apenas a qualidade do trabalho como
a satisfação e também tem um impacto so-
bre a segurança. Quando comparada com
a tradicional iluminação, os LEDs têm uma
vida útil mais prolongada, custos de manu-
tenção mais reduzidos e um consumo menor
de energia. São mais robustos, resistentes
a choques e vibrações e mais compactos, e
assim melhoram os espaços de iluminação
mais pequenos, além de que o seu brilho
está disponível está de imediato disponível na
íntegra.

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.


Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871
Figura 3. A Iluminação Industrial LED tem três fileiras de LEDs para produzir uma iluminação branca, muito brilhante sem ofuscar. weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt

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161 formação

entradas instituídas a partir


da Rede Elétrica de serviços
Públicos (RESP)
3.a parte
Hilário Dias Nogueira (Eng.º)

Remodelação de habitação Situação antiga (A) até 2007:


Sobre as instalações elétricas que são alimentadas a partir das redes Esquema de alimentação elétrica simplificado:
subterrâneas que foram estabelecidas diretamente dos antigos cofrés
instalados em propriedade pertença dos consumidores, haverá ne-
cessidade de respeitar o que a seguir se expõe:
• Toda a remodelação com alterações de interior da habitação (anti-
ga) que teve necessidade de licenciamento camarário para obras,
tenha ou não necessitado de alteração da potência, a instalação
elétrica deve, em princípio, ser sempre remodelada e respeitar as
RTIEBT.

No que concerne à alimentação pedida ao distribuidor porque há ne-


cessidade de aumento de potência, a chegada (canalização elétrica de
energia) tem de ser alterada de acordo com:

1) Diretiva interna da EDP (DIT-C14-100/N de MAI 2007 e especifica-


ções DMA-C33-200/N) – para ramais subterrâneos;

2) Tabelas do Quadro 1 e Quadro 2 já indicadas no artigo anterior.


Apresenta-se uma situação como exemplo:

• Caso em que as habitações tinham um cofré comum instalado na


parede de meação no interior das propriedades.
Ainda hoje existe este tipo de ligação da entrada na alimentação de
Pelo facto de uma ter sido remodelada com um projeto de licencia- energia elétrica da habitação unifamiliar, embora tal situação passasse
mento para obras e pedido de aumento de potência, o ramal de en- a ser gerida pela Diretiva interna da EDP (DIT-C14-100/N de MAI 2007)
trada teve de sofrer uma alteração sendo da conta do distribuidor os que estabelece a fronteira de responsabilidade do cliente, indicando:
gastos inerentes à alteração da alimentação da habitação que não ne- • FRONTEIRA ENTRE A REDE BT E A INSTALAÇÃO DO CLIENTE.
cessitou de obras nem nada pediu. Considera-se como fronteira entre a rede de Baixa Tensão e a ins-
talação do cliente, os ligadores de saída dos fusíveis existentes na por-
tinhola (no caso cofré).
Análise (A) Nos casos em que, excecionalmente e por indicação da EDP Distri-
buição, se puder dispensar a instalação da portinhola, o limite da rede
de distribuição termina nos ligadores de entrada do contador ou nos
ligadores de entrada do quadro se este for o Q. de colunas do edifício.
Mas será:
• Da responsabilidade do cliente, por se tratar de uma instalação que
lhe pertence, todos os equipamentos situados a jusante dos liga-
dores de saída da portinhola ou armário de distribuição, tais como
o tubo de proteção mecânica e os condutores de ligação entre a
portinhola, caixa de contagem e quadro, ou entre esta e o Quadro
de entrada da respetiva instalação.

Esta versão deseja clarificar e é uma adaptação às Regras Técnicas


publicadas através da Portaria n.º 949-A/2006, que foi um ajuste de
algumas das soluções-tipo aceites pela EDP.
Antes da saída desta Diretiva em 2007, o distribuidor em caso de
avaria assumia a responsabilidade, e disponibilizava os seus técnicos
para este serviço (piquete de avarias) que resolviam os problemas da
(Ver esquema simplificado) avaria quando alertados ou chamada pelo cliente.

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163 formação

Após adaptação às RTIEBT e também por conveniências da em-


presa distribuidora, que passou a entregar as avarias por empreitada,
todos os equipamentos passaram a ser da responsabilidade do clien-
te, (mesmo os das instalações antigas ainda existentes alimentadas a
partir dos cofrés com fusíveis e destes até ao contador).
Em termos de reparação, o honorário de mão-de-obra, assim
como dos materiais de reparação, passa para a responsabilidade do
cliente. No entanto, desde a portinhola ou do antigo cofré que ainda
não tenha sido alterado, de acordo com o esquema e foto que se mos-
trou anteriormente, esta instalação não pode ser violada porque está
devidamente selado e é vedada a reparação sem a devida autoriza-
ção do distribuidor, sobre pena de apuramento de responsabilidade e
eventual pagamento de coima.

Solução (B) após 2007 – nova situação

Neste caso o consumidor que remodela a habitação, manda o técnico


eletricista credenciado colocar a portinhola que o distribuidor lhe indi-
car, o tubo de proteção mecânica para cabo de alimentação e o armá-
rio para o alojamento dos vários equipamentos técnicos necessários
à moradia, assim como as infraestruturas até ao quadro de entrada da
habitação.
Para a potência solicitada a secção do cabo deverá estar de acor-
do com a Tabela das RTIEBT, já indicada, e ligará ao contador que fica
no armário (foto D) e deste ao quadro da habitação – canalização sub-
terrânea interior de acordo com as RTIEBT (foto E).

Esta é a solução em caso de remodelação ou pedido de aumento de potência.

Solução a adotar (B) por interesse do Distribuidor


ou no caso de ser necessária por remodelação
de moradia.

Ao fazer o pedido de contrato, o cliente paga as suas infraestruturas e


o valor referente ao acordo da potência contratada.
A empresa distribuidora terá a seu cargo a remodelação da ali-
mentação da chegada da habitação não alterada que vai da portinhola
ao contador em tubo e cabo, e que continuará instalado onde já estava
(solução B).
A infraestrutura da moradia não remodelada, em caso de abertura
de vala ou roço na parede deverá ficar preparada para o futuro e que
irá ser paga quando vier a ser necessária.

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165 ITED

redes de cabos coaxiais – catv


REDES COLETIVAS DE CABOS COAXIAIS
Paulo Monteiro

Em forma de esclarecimento O RG-CC é único e deve estar dimensionado para a receção e dis-
e tendo por base o Manual tribuição dos sinais de S/MATV, possibilitando também a distribuição
de ITED 3.ª edição, o fornecimento de serviços dos operadores de distribuição por cabo.
do material, instalação e ligação O operador pode desligar ou combinar os sinais de TDT para pres-
do primário do RG-CC tar os serviços contratados aos seus clientes. Quando ocorra uma
é da responsabilidade cessação de contrato, o operador por cabo deve voltar a ligar os sinais
dos operadores públicos de TDT no RG-CC, que tinham sido previamente desligados.
de comunicações eletrónicas. Embora não seja obrigatório, recomenda-se a existência de um
ATE superior, como forma de garantir uma possível alimentação dos
sistemas de antenas, embora estes possam ser alimentados remota-
Da enorme diversidade de sistemas sonoros e televisivos existentes, mente.
nomeadamente os sistemas de AM, FM, DAB e TV, importa distinguir A Figura 1 ilustra o sistema descrito:
aqueles que são de instalação obrigatória. Assim, é obrigatória a ins-
talação de um sistema que permita a receção e distribuição de sinais
sonoros e televisivos, nos edifícios com dois ou mais fogos. O sistema
instalado deve, pelo menos, garantir a distribuição do sinal da TDT, fi-
cando afastada desta obrigatoriedade a instalação de outros sistemas
sonoros e televisivos.
Assim, o projetista, mediante o tipo de edifício e a oferta de servi-
ços do operador de distribuição por cabo, deve escolher para o projeto
da rede coletiva de cabos coaxiais um dos seguintes sistemas – SCU
ou SCI:

Sistema coaxial único – SCU


A rede coletiva é constituída por um único sistema de cabos
coaxiais.
Esta opção é destinada a edifícios até 5 pisos, 2 fogos por piso, lo-
calizados em zonas onde não existam operadores de distribuição por
cabo e em particular na alteração de edifícios já construídos.
O sistema projetado deve garantir a distribuição dos dois sistemas
seguintes:

• S/MATV: sinais provenientes de redes de difusão por via hertziana


terrestre – sinais do tipo A, ou via satélite – sinais do tipo B.

Este sistema deve garantir a receção, tratamento e distribuição


dos sinais da TDT consoante a localização do edifício, tal como
se indica:

Figura 1. Rede coletiva de cabos coaxiais – SCU.


Zona digital de localização
Sistema a projetar
do edifício

A – TDT por via terrestre MATV


Sistemas coaxiais independentes – SCI
B – TDT por via satélite SMATV Esta opção é recomendada sempre que exista ou se preveja a exis-
tência de uma oferta de serviços de operador de distribuição por
Quadro 1. SCU a projetar. cabo.
A rede coletiva de cabos coaxiais é constituída por uma rede as-
cendente, para a distribuição dos sinais CATV, e uma rede, normal-
• CATV: sinais provenientes das redes dos operadores de distribui- mente descendente, para a distribuição dos sinais de TDT.
ção por cabo. O sistema projetado deve garantir a distribuição dos dois sistemas
seguintes:
A distribuição entre o RG-CC e os ATI é realizada através de uma rede
ascendente em topologia estrela, pelo que a cada ATI chega apenas • S/MATV: sinais provenientes de redes de difusão por via hertziana
um cabo coaxial de classe TCD-C-H. terrestre – sinais do tipo A, ou via satélite – sinais do tipo B.

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formação 166

Este sistema deve garantir a receção, tratamento e distribuição


dos sinais da TDT consoante a localização do edifício, tal como
se indica:

Zona digital de localização Sistema a projetar


do edifício

A – TDT por via terrestre MATV

B – TDT por via satélite SMATV

Quadro 2. SCI a projetar.

• CATV: sinais provenientes das redes dos operadores de distribui-


ção por cabo.

A distribuição entre o RG-CC de CATV e os ATI é realizada através de


uma rede ascendente em topologia estrela, pelo que a cada ATI chega
um cabo coaxial de classe TCD-C-H.
A distribuição entre a CR de S/MATV e os ATI é realizada através de
uma rede descendente em topologia estrela, ou outra em opção, pelo
que a cada ATI chega um cabo coaxial de classe TCD-C-H.
Neste sistema é recomendado que o ATE seja desdobrado em ATE
inferior, para a instalação do RG-CC de CATV, e ATE superior para a
instalação da CR de S/MATV.
O projetista deve considerar as caraterísticas técnicas definidas no
capítulo dos dispositivos e materiais. Figura 3. Rede coletiva de cabos coaxiais – SCI – configuração 2.
As Figuras 2, 3 e 4 ilustram 3 configurações distintas para siste-
mas coaxiais independentes:

Figura 4. Rede coletiva de cabos coaxiais – SCI – configuração 3.

Nota: Na próxima edição será abordado o sistema de receção S/MATV

BIBLIOGRAFIA
Manual ITED – (Prescrições e Especificações Técnicas das infraes-
truturas de telecomunicações em edifícios) – 3.a edição, setembro de
Figura 2. Rede coletiva de cabos coaxiais – SCI – configuração 1. 2014 pela ICP-ANACOM.

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167 consultório técnico

consultório técnico
O Consultório Técnico visa esclarecer questões sobre Regras Técnicas,
ITED e Energias Renováveis que nos são colocadas via email.
O email consultoriotecnico@ixus.pt está também disponível no website,
www.ixus.pt, onde aguardamos pelas vossas questões. Nesta edição publicamos
as questões que nos colocaram entre dezembro de 2016 e março de 2017.

com o patrocínio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

P1: Temos um cliente que eletrificou uma obra Circuito de Proteção (PE – ligação à terra) e SADI pressupõe-se ser automático, conforme
onde está a ter problemas com o isolamento o Neutro, levando a que circule corrente do o nome refere.
e afirma que o valor da corrente de passagem Neutro (da rede) para a Terra de Proteção Entretanto pergunto se no sistema SADI
é elevado estando a disparar os diferenciais. da instalação, o que “é visto” pelo diferencial será possível criar-se um delay, ou seja, o
Segundo indicação do cliente, o quadro par- como um defeito e se a corrente “residual” for alarme seria primeiro dado numa sala onde
cial do rés-do-chão está a alimentar a ilumi- suficiente, o diferencial dispara. Este fenóme- exista pessoal técnico e só após algum tem-
nação e tomadas havendo 1 wc, 1 cozinha e no acontece quando a resistência da Terra de po tocaria nas zonas de público. Isto permiti-
1 lavandaria. Proteção é baixa e o Neutro da Rede encontra ria que, no caso de um falso alarme, o corpo
Já desenfiou os fios circuito a circuito e uma Resistência Superior, levando à descar- técnico dos cinemas tivesse tempo de inibir
verificou se os fios estavam danificados mas ga pelo circuito de menor resistência, ou seja, o alarme antes deste passar para a zona de
não encontrou nenhum descarnado. Tem cir- neste caso pela Terra de Proteção da instala- público.
cuitos de tomadas para forno elétrico, placa ção de utilização. Preciso de conhecer a vossa opinião e,
elétrica, máquina lavar roupa, maquina secar Em suma, deverão ser realizados os en- naturalmente, o que diz a regulamentação so-
roupa, ferro elétrico, entre outros. Sem ter saios previstos e assim despistar o foco do bre este assunto.
equipamentos só com aparelhagem mode- defeito na instalação. R4: Mesmo sem ver as peças desenhadas,
lar (tomadas e interruptores) os diferenciais julgamos olhando o nosso regulamento a
estão a disparar e ele não sabe o que fazer. configuração do sistema de deteção contra
Ainda não teve vistoria da Certiel mas quer re- P2: Se por alguma razão uma conduta for incêndio deve ser do tipo 3 (isto para o projeto
solver o problema o quanto antes. furada por um parafuso autoroscante, este de segurança contra incêndio).
R1: Se os diferenciais atuam, o defeito tanto é um motivo suficientemente forte para Dito isto, importa dizer que o projetista no
pode ser da instalação elétrica a jusante como obrigar a retirada desse tramo? A coloca- Plano de Segurança pode configurar a central
dos próprios diferenciais. Não sendo provável ção de fita de alumínio não é, por si só, uma de deteção de incêndio da forma que mais lhe
a atuação intempestiva dos diferenciais e não solução mais que suficiente para resolver o convier, ou seja, o alarme pode ser imediato
tendo, como refere, aparelhos de utilização assunto? ou ter uma temporização. Esta temporização
ligados, o problema deverá ser da instalação Agradeço qualquer opinião vossa sobre o faz-se de duas formas: 
elétrica. Para diagnosticar o problema deverá assunto.
realizar os ensaios obrigatórios segundo as R2: Na verdade, uma conduta de AVAC com • 1.º: quando cai o sinal na central (alarme
Regras Técnicas: um pequeno furo que possa ser reparado sem restrito) o operador da central tem nor-
deixar elementos ou saliências no interior não malmente um minuto para atuar e inibir o
• Medição da Resistência de Terra: impor- parece motivo para preocupação pois não sinal;
tante para determinar a sensibilidade do terá influência no funcionamento.
diferencial; • 2.º: depois deste tempo o operador da
central deve mandar alguém verificar o
• Verificação de funcionamento dos dife- P3: Ainda relativamente à pergunta anterior, que se passa no local da origem do in-
renciais segundo os patamares definidos existe alguma prescrição regulamentar que cêndio; em função da distância ou dos
na Norma: 1/2 Idn, Idn, 2Idn, 5Idn e “em permita salvaguardar o técnico relativamente obstáculos existentes há uma segunda
rampa”, verificando também os tempos a esta questão? temporização (de 3 a 5 minutos) para o
de funcionamento respetivos; R3: Pensamos que não. Na verdade existe pessoal das equipas de intervenção fa-
uma “lei”, a “lei do bom senso” que costuma zer qualquer coisa. Se esta equipa não
• Medição da Resistência de Isolamento: ser boa conselheira nestes casos, porém o conseguir fazer nada, o operador emite o
com este ensaio poderá verificar qual o cliente/dono da obra deve (e pode) ter uma sinal de alarme carregando numa boto-
circuito com resistência abaixo do valor palavra definitiva. neira da central com usos exclusivo para
normalizado, 500 MΩ (Mega Ohm). De- este fim.
verá, desta forma, conseguir encontrar o
defeito. P4: Estamos a construir um cinema, para o O sinal sonoro vai ser ouvido em todo o espa-
qual o dono-de-obra pretende que a atuação ço do cinema ou somente nas zonas que se
Um defeito habitual que provoca o disparo das sirenes e a mensagem de evacuação se- desejam. É tudo uma questão de configura-
do diferencial é a ligação acidental entre o jam dados manualmente. Eu referi-lhe que o ção do sistema.

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