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1 PARTE

-Impérios sempre tentaram controlar regiões do mundo que continham riqueza mineral;

-Muitos analistas veem a relação dos EUA e o oriente médio como um caráter imperial.

-Reservas de petróleo e transformar a cultura política para democracia (EUA)

são políticas não bem-sucedidas

No pós guerra o controle sobre os campos de petróleo declinou

só Israel e Turquia podem ser considerados hoje democracias.

11 de setembro foi um ponto de inflexão

Os motivos para o ataque foram um produto de forças históricas de longa duração de décadas antes.

Em 1970 + importante era o oriente médio

noções erradas sobre as atitudes dos EUA na região

• EUA tem "relacionamento especial" incondicional com o estado de Israel

--> esse relacionamento há tempos vem se caracterizando por atrito e ambivalência.

• EUA foram puxados para o Oriente Médio principalmente pelas suas reservas de petróleo.

---> os EUA não são tão dependentes do petróleo do Oriente Médio do que a Europa ou o Japão. O
"controle" das reservas é algo que os EUA renunciaram há muito tempo.

• os ataques terroristas de 11 de setembro foram o justo merecimento da América por suas


malfeitorias da região

--> os soldados americanos estavam estacionados na Arábia Saudita primeiramente para defender o
país e estados vizinhos de um outro estado árabe, o Iraque.

"o que realmente levou os EUA para o Oriente Médio nos anos 1950... foi o medo da União
Soviética, medo que os russos fossem capazes de capitalizar a crise dos impérios europeus com
tanto sucesso no mundo árabe quanto tinham feito na Ásia"

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final dos anos 1950

1. Os israelenses viam o apoio de Washington como algo que não tinha nenhum compromisso.
Eles iram fazer o que quiserem. (grande influência)
2. As companhias americanas de petróleo eram tão vulneráveis quanto a participação britânica
no canal de Suez á nacionalização por governos árabes que não iriam dividir seus
rendimentos de seu petróleo com estrangeiros.
3. A coexistência de Israel e seus vizinhos árabes era improvável.
• URSS não foi bem sucedida no Oriente Médio
• Surgiu na esteira das guerras árabe-israelense uma ameaça muito mais perigosa - o
terrorismo.

• 1967- Guerra dos seis dias-> resposta direta de Israel a transparentes preparações para a
guerra lideradas pelo Egito. Os árabes foram vencidos, Israel ocupou Sinai e Gaza e tomaram
a Judeia incluindo Jerusalém e Samaria (Cisjordânia) e as colinas de Golã.
• 1973- Guerra do Yom Kippur - ataque frustrado a Israel pelo Egito e Síria.
• 1982- Israel invadiu o Líbano

Entre 1976 e 1985 1/4 de toda ajuda econômica e militar dos EUA foram para Israel

Dificuldade americana:

• Israel estabeleceu sua superioridade militar sobre os países árabes- palestinos recorreram
ao terrorismo
• a importância econômica dos países árabes cresceu

-> A partir de 1977 o consumo de petróleo aumentou e sua importação também, a maior parte
vinha do Oriente Médio.

-> Compras de armas americanas pela Arábia Saudita

-> Os aliados dos EUA eram dependentes do petróleo do Oriente Médio

-> Deu ao Oriente Médio uma dimensão estratégica e econômica.

"1973 sauditas apoiaram o ataque egípcio a Israel com uma subida de 70% no preço do petróleo e
um embargo progressivo que cortava o fornecimento de petróleo a aliados de Israel em 5% por
mês. Quando os americanos dobraram a ajuda a Israel os sauditas impuseram um embargo em
exportações para os EUA "

• 1979 - Revolução iraniana

-> Viu o xá apoiado por americanos Mohammad Reza Pahlavi ser superado, não por soviéticos,
mas por um defensor do radicalismo islâmico teocrático radical- aiatolá Ruhollah Khomeini

-> O Irã era depois da Turquia o maior país do Oriente Médio com população 3x maior que o
Iraque, só ficava atrás da Arábia Saudita como produtor de petróleo.
Presidente Carter "toda tentativa por uma força externa de assumir o controle da região do golfo
Pérsico será vista como um assalto aos interesses vitais dos Estados Unidos... e um assalto assim
será rechaçado por quaisquer meios necessários, incluindo a força militar"

-> recado para URSS - que acabava de invadir o Afeganistão, para não tentar explorar a crise
iraniana.

O Irã de Khomeini logo se envolveu em uma guerra com Saddam Hussein

-> Sadam Hussein temendo um levante pró-iraniano na população Xiita do seu próprio país decidiu
invadir o Irã em 1980.

PARTE 2

real-politik dos EUA que deu assistência aos 2 lados:

• Armas foram secretamente vendidas ao Irã para:

-Comprar a libertação de reféns da embaixada

-Levantar fundos para operações secretas americanas na américa central.

• Saddam recebia créditos substanciais em mercadorias que chegaram a 1bi em 1989;

Para exercer alguma influência no golfo pérsico dependia da capacidade de manter uma presença
militar lá. Somente em 1990 - depois de muita hesitação dos sauditas - os sauditas permitiram
soldados em seu território. O que fez os EUA arranjar um novo e perigoso inimigo. (Osama Bin
Laden)

fatwa: BIN LADEN

1. Os EUA vêm ocupando as terras do islã, saqueando suas riquezas, dando ordens aos seus
governantes, humilhando seu povo, aterrorizando seus vizinhos e tornando suas bases na
península para combater os povos mulçumanos vizinhos.
2. Querem repetir os massacres.
3. Favorecem o estado judeu, querem distrair a atenção de sua ocupação em Jerusalém e
assassinar os mulçumanos ali. Ex.: Iraque

--> metas

• Tirar as tropas americanas da Arábia Saudita, de todo o Oriente Médio.


• Derrubar governos árabes simpáticos aos EUA
• Destruir o estado de israel.

-----> religião politica

->liderança messiânica
->necessidade de doutrinação

->apetite por perseguição

o terrorismo e mais que simbolismo, é a continuação da guerra por outros meios.

• Vulneráveis, poucos recursos, são inferiores ao do estado em que ele luta, de forma que
dependem de uma combinação entre roubar e pedir fundos.
• Se uma organização não tem um lugar seguro para preparar seus ataques, é necessário pedir
ajuda exterior--> países que ofereçam apoio são improváveis de virar alvos. Países que
ajudam o outro lado- que os terroristas estão combatendo- podem ser arrastados para o
conflito.

Vários ataques terroristas antes mesmo do 11 de setembro.

" o problema com a al-quaeda não é que seja uma grande ameaça; é que uma ameaça tão
pequena e, em termos de organização, tão difusa é extremamente difícil de localizar, seja para
aniquilar, seja para negociar"

o terrorismo no Oriente Médio não vai parar enquanto houver Estados dispostos a patrociná-lo.

Após a derrota no Vietnã, lições:

1- Empregar suas tropas somente se for julgado vital para o interesse nacional ou de aliados

2- Soldados somente último recurso com convicção e com a clara intenção de vencer

3- Objetivos políticos e militares claramente definidos

4- Garantia razoável de apoio popular e dos eleitos no congresso.

--> A invasão do Panamá que ocorreu 1 mês depois da queda do muro de Berlim não foi
coincidência.

Antes os EUA interviam secretamente para preservar ditadores latino-americanos anticomunistas.


Agora a intervenção podia ser aberta.

Nesse sentido o ponto de inflexão histórico seria 9/11 e não 11/9.

Quando Saddam Hussein invadiu o Kuwait ele criou uma oportunidade para os EUA.
"Com o fim da Guerra Fria, apresentaram-se as oportunidades para usar o revivescente poderio
militar americano contra um ou mais desses Estados perigosos que simultaneamente ameaçam
Israel, possuem petróleo e patrocinam o terrorismo."

PARTE 3

Multilateralismo Esplêndido

• A ONU é uma criação dos Estados Unidos


• os EUA é o maior contribuinte individual da ONU.
• A ONU nunca poderia esperar ir contra os EUA e vencer.

"Os Estados Unidos precisam das Nações Unidas, mas não precisam assinar todos os acordos
internacionais que elas produzem"

As restrições ao poder dos Estados Unidos devem ser, portanto, procuradas através do véu do
"multilateralismo"

guerra do golfo 1

Saddam Hussein invadiu o Kuwait em 2 de agosto de 1990 com o apoio das Nações Unidas,
expulsaram as tropas iraquianas.

"depois de uma campanha aérea de seis semanas as tropas de Saddam foram destruídas" o ataque
por terra mal durou 100 horas.

- Superação da derrota da Guerra do Vietnã

"A Tempestade no Deserto deu certo...porque demos um jeito de ir para cima do único babaca no
planeta que realmente era suficientemente idiota para nos enfrentar simetricamente, com menos
de tudo, inclusive o direito moral de fazer o que fez no Kuwait" general Anthony Zinni

-Exatamente por medo da síndrome do Vietnã os EUA não tiraram proveito de sua vantagem
invadindo o próprio Iraque.

• A 1 guerra do golfo teve mais consequências fora do Iraque do que dentro dele. Mesmo
após a vitória as tropas dos EUA não foram totalmente retiradas do Oriente Médio. Durante
os anos 1990 o número de soldados tendeu a aumentar, até 2000 eram 16 mil.
• O sistema político árabe tornou Riad (Arábia Saudita) dependente de efetivos e armas
americanas para sua segurança.

Doutrina Clinton – Os EUA não deveriam se envolver em nenhuma intervenção militar que pudesse
pôr em perigo a vida de pessoal fardado americano.
• Somália
• Haiti

--> genocídio, nunca mais?

• Iugoslávia

- As atrocidades civis foram perpetradas pelos 3 lados dos conflitos, mas desde o início houve provas
que a maioria dos atos genocidas eram responsáveis pelas autoridades sérvias.

-Massacre de +de 7.000 mulçumanos bósnios por tropas sérvias.

Onde estavam as nações unidas? --> merschaimer?

--suas tropas presidiram a pior das atrocidades genocidas

• Além das tropas de paz mandadas para "áreas seguras" teve as sanções a toda Iugoslávia
incluindo a Bósnia, o que atrapalhou os mulçumanos bósnios pois não tinham fonte interna
de armas e suprimentos.
• Os sérvios bósnios recebiam ajuda de Belgrado
• Os secretários do Exterior britânicos ignoraram deliberadamente as provas de uma
perseverante campanha de Milosevic para insuflar o nacionalismo entre os sérvios.
• Foi preciso um massacre na escala de Srebrenica- uma aldeia supostamente sob a proteção
da ONU para fazer a balança pender a favor de uma intervenção americana. --> OTAN

"se alguma instituição fez tudo errado na Bósnia, foi a ONU"

Acordos de Dayton- impostos aos sérvios não foi obra de nenhum desses órgãos ilustres, mas de um
Grupo de Contato informal composto por EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Rússia.

• Milosevic 1989- nacionalista radical.

EUA reconheceu a independência da Bósnia, mas não a Kosovo. A limpeza étnica recomeçou.

Sérvios->albaneses

--Organização para Segurança e Cooperação -

• Parar a violência - a província ficaria sob o controle da Otan por 3 anos. os sérvios rejeitaram

- Liberação da força aérea na Sérvia -

1. Governo Clinton não procurou a aprovação do Conselho de Segurança, foi a OTAN quem foi
para a guerra.
2. Era uma intervenção que violava a soberania da Sérvia (conselho de segurança)

" A descoberta de que os estados unidos podiam atirar antes de buscar resoluções do Conselho de
Segurança, foi uma revelação"
-Tomar decisões na OTAN era menos trabalhoso que dentro da ONU.

superficialmente Iraque e Iugoslávia tiveram muito em comum:

1. As duas eram entidades políticas multiétnicas criadas após a 1 guerra.


2. Ambas foram mantidas unificadas nos anos 1980 por ditadores culpados de abusos aos
direitos humanos
3. Sanções econômicas indesejadas
4. Revelaram limites da ONU como entidade.
5. Mostraram a capacidade de intimidação dos militares americanos.

--> imperialismo dos direitos humanos

• Ruanda

->saudado tanto pelos EUA quanto pela ONU com uma enorme apatia

-> massacre sistemático da minoria tutsi instigado pela maioria hutu do país.

->EUA –Clinton: medo de baixas americanas

-Mandaram tropas pequenas. Foram negligentes

-França deu apoio militar ao governo de Juvenal Habyarimana dominado pelos hutus. franceses
mandaram soldados para criar "áreas seguras" para os hutus.

Bush filho- critica a ideia de que as intervenções precisassem ser restringidas pela ONU.

campanha de 2000

"Eu não acho que nossos soldados devam ser usados na construção de nações. Acho que nossos
soldados devem ser usados para lutar e vencer guerras. Acho que nossos soldados devem ser
usados para derrubar um ditador quando isso for de nosso interesse"

5 PARTE

Na mostra na mais famosa frase de sua obra-prima sobre a guerra Clausewitz chamou a guerra de
“não apenas um ato de política, mas um verdadeiro instrumento político uma continuação das
relações políticas realizada através de outros meios”. “objeto político” é um objetivo a guerra é um
meio de atingi-lo. O governo Bush depois de 11 de setembro foi mais clausewitzano do que seu
antecessor.

Bush e seus assessores tinham então 2 boas razões para agir elas eram

1. Que o Iraque tinha sistematicamente deixado de se submeter a resolução do conselho de


segurança da ONU e ninguém é claro podia ter certeza precisamente por causa da não
cooperação do Iraque, ter conservado ou recobrado a capacidade de usar ou exportar armas
químicas ou biológicas.
2. Que Saddam era um tirano sanguinário que tinha cometido os crimes contra a humanidade,
se é que não genocídio puro e simples.

3 argumentos práticos parecem ter sido levantados

1. Que a derrubada de Saddam poderia ajudar a romper o impasse no processo de paz do


Oriente médio ao enviar um sinal inequívoco de hostilidade e todo o regime que desafiasse
os Estados Unidos.
2. Criar um Iraque democrático poderia também dar início a uma transformação do Oriente
médio com o Iraque mais uma vez dando exemplo para outros países árabes.
3. Controlar o Iraque poderia criar bases alternativas para soldados dos EUA no Oriente médio
permitindo a eles deixar a Arábia Saudita atendendo a ao menos uma das exigências dos
radicais islâmicos

Manifestando apoio a posição Americana estavam Grã-Bretanha, Espanha, Dinamarca, Portugal


Itália etc.

Contra a posição Americana estavam os governos russo alemão e francês

• A França estava disposta aprovar uma guerra contra o Iraque só se Saddam usasse armas
químicas ou biológicas- antes se ele meramente as escondesse em um depósito secreto não
haveria necessidade de guerra.

O primeiro-ministro falou aos comuns no dia 18 de março -> ligou a ameaça representada da tirania
de Saddam Hussein e a ameaça representada pelo terrorismo Islâmico. Defendeu uma guerra não
só para desarmar o Iraque, mas para libertar o povo iraquiano, reativar o processo de paz do
Oriente médio e - o que talvez tenha sido o mais astuto de tudo- recuperar a credibilidade do
conselho de segurança da ONU. A defesa da guerra nunca foi feita de modo mais persuasivo. Só
que no centro do seu discurso estava uma fantástica peça de elisão na qual as armas químicas e
biológicas que os inspetores da ONU não foram capazes de localizar no Iraque eram conectadas a
possibilidade de um ataque terrorista comparável ao 11 de setembro.

Então quem ganhou? uma resposta é que Clausewitz ganhou. Os Estados Unidos mais uma vez
buscaram seus objetivos políticos por meio da guerra. Uma guerra que sua coleção superioridade
econômica e militar assegurou o quê fosse rápida e custasse poucas vidas americanas: só 91 baixas
em combate entre o início da guerra, no dia 20 de março, e a declaração de vitória do presidente
Bush no convés do USS Abraham Lincoln 6 semanas depois.

-> Em cada um dos casos tinha sido uma intervenção militar Americana. Em cada um dos casos
foram as Nações Unidas que deram legitimidade e com isso reforços a presença Internacional
americana.

A tendência fundamental, no entanto, era o imperialismo em nome do internacionalismo. Gostassem


ou não, fosse um inimigo o genocídio ou o terrorismo, os Estados Unidos e as Nações Unidas
estavam operando juntos como uma espécie de semi-Império.

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