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1º Relatório de Progresso

AveiroDomus
Associação para o Desenvolvimento da Casa do Futuro

Sub Projecto de Domótica


1º Relatório de progresso

Entidade 1 - RedeRia
Entidade 2 - DreamDomus

Coordenador: RedeRia

AVEIRO
Março de 2006
1º Relatório de Progresso

Este trabalho foi realizado no âmbito de um

contrato celebrado entre a AVEIRODOMUS e a

Entidade Responsável pela execução do sub

projecto ou Chefe de Consórcio, em Janeiro de

20061

1
Data do contrato celebrado.
1º Relatório de Progresso

Índice
Índice.......................................................................................................................................... i
Equipa Executiva..................................................................................................................... iii
Sumário Executivo .................................................................................................................. iv
1 - Estado da Arte na Área de Conhecimento de Domotica .................................................. 1
1.1 - Levantamento das soluções de vanguarda existentes no mercado ................................ 1
1.1.1 - X.10 ......................................................................................................................... 1
1.1.2 - EIB (European Instalation Bus)................................................................................ 2
1.1.3 - EHS ......................................................................................................................... 4
1.1.4 - BATIBus .................................................................................................................. 5
1.1.5 - LonWorks ................................................................................................................ 5
1.1.6 - CEBus (Consumer Electronic Bus) .......................................................................... 6
1.1.7 - Z-Wave.................................................................................................................... 7
1.1.8 - UPB (Universal Powerline Bus) ............................................................................... 8
1.1.9 - Soluções Proprietárias............................................................................................. 8
1.1.10 - CrossBow Wireless SensorSystem (Plataforma MICA).......................................... 9
1.1.11 - OSGi (Open Services Gateway Initiative) ............................................................ 10
1.2 - Listagem de soluções utilizadas em outras “casas do futuro” de forma a inovar nas
soluções preconizadas. ........................................................................................................ 10
1.2.1 - FutureElife ............................................................................................................. 11
1.2.2 - CASA INTELIGENTE - Lemos Britto Multimídia ................................................... 12
1.2.3 The Smartest Home of the Nederlands .................................................................... 14
1.2.4 Inhaus Project.......................................................................................................... 14
1.3 - Listagem de novas tecnologias, materiais e de novos produtos em fase de
desenvolvimento – Análise da sua potencial integração. ...................................................... 16
1.3.1 - ZigBee IEEE 802.15.4 (Solução Standard) ............................................................ 16
1.3.2 - Intel Mote2 Wireless Sensors ................................................................................. 17
2 - Metodologias de trabalho ................................................................................................. 19
3 - Linhas Mestras do Sub Projecto Domótica ..................................................................... 21
4 - Identificação preliminar das interligações com os restantes sub projectos e com os
produtos em desenvolvimento pela Equipa de DNP ........................................................... 23
4.1 - Sub Projecto Comunicações ........................................................................................ 23
4.2 - Sub Projecto Entretenimento ........................................................................................ 23
4.3 - Sub Projecto Segurança............................................................................................... 23
4.4 - Sub Projecto Electricidade............................................................................................ 24
4.5 - Sub Projecto Rega ....................................................................................................... 24

Sub Projecto de Domótica da CdF i


1º Relatório de Progresso

4.6 - Sub Projecto Climatização ............................................................................................24


4.7 - Sub Projecto Iluminação ...............................................................................................25
4.8 - Sub Projecto Acessos e Mobilidade ..............................................................................25
4.9 - Águas Interiores............................................................................................................26
4.10 - Arquitectura..............................................................................................................26
4.11 - Mobiliário ....................................................................................................................26
4.12 - Odores e Qualidade do Ar...........................................................................................26
4.13 - Reciclagem .................................................................................................................26
4.14 - Saúde e Bem-Estar.....................................................................................................27
5 - Planeamento das próximas fases de desenvolvimento do Sub Projecto......................28
Referências .............................................................................................................................33
Anexos.....................................................................................................................................34

ii Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

Equipa Executiva

João Ventura – RedeRia


David Cartaxo – RedeRia
Hélder Vasconcelos – RedeRia
Graça Almeida – Dreamdomus
Sérgio Almeida – Dreamdomus

Sub Projecto de Domótica da CdF iii


1º Relatório de Progresso

Sumário Executivo

Este documento apresenta uma reflexão sobre o trabalho em curso, no âmbito da realização do
sub projecto de Domótica da “Casa do Futuro”. O trabalho desenvolvido até ao momento,
assenta sobre uma base de pesquisa do estado da arte no que respeita a tecnologias e
produtos aplicados na Área da Domótica, filtrada de acordo com a relevância para o projecto
“Casa do Futuro”, com as capacidades de interligação das tecnologias e produtos e com as
possibilidades que apresentam em termos de escalabilidade, mobilidade e fiabilidade.

O estudo foi alargado, para além dos produtos e tecnologias, à análise dos trabalhos
efectuados no passado noutras “Casas do Futuro”. Desta forma conseguimos retirar o que de
melhor se fez nestes trabalhos, à tecnologia emergente, e concerteza conseguiremos obter
como resultados funcionalidades inovadoras.

Seguindo a proposta abordagem multidisciplinar, contamos com este estudo para construir
uma base de trabalho sólida que permitirá responder aos requisitos mencionados na Consulta.

São também alvo deste documento algumas antecipações, no que diz respeito à integração
entre este, e outros sub projectos da “Casa do Futuro”. As questões desde já enumeradas não
pretendem ser representativas do cenário final, mas sim, servirem de ponto de partida para a
estimulação de parcerias que desenvolvam produtos e soluções com elevado grau de
inovação, potenciando a realização dos outros sub projectos, numa lógica de trabalho em
equipa e partilha de conhecimento.

Em forma de resumo, podemos nesta fase, reafirmar que a Domótica é uma área recente (final
do século XX) que, ainda em fase de consolidação, dá largos passos no sentido de se tornar
uma referência obrigatória no que respeita à construção das casas do futuro. O seu
desenvolvimento solidifica-se à medida que outras áreas, como a arquitectura, a construção
civil, a electrónica de consumo e as comunicações, igualmente envolvidas na projecção das
habitações, também dão passos de inovação.

Com vantagens reconhecidas, nas componentes de segurança, conforto e racionalização de


energia, e com as facilidades fornecidas pelas novas formas de comunicação, esta área possui
todos os requisitos para ganhar o estatuto de “cérebro da casa”.

Apesar dos progressos recentes nas tecnologias associadas às redes domésticas, num
ambiente inteligente exige-se uma conectividade perfeita entre elementos heterogéneos,
eficiência energética, encaminhamento seguro em redes móveis sem fios de baixos recursos,
como por exemplo na comunicação com sensores ou actuadores.

Estamos neste momento, em condições de apontar algumas selecções em termos de


tecnologia a utilizar na elaboração do projecto. São exemplo, a tecnologia EIB (European
Instalation Bus) como tecnologia base da solução de Domótica, complementada pela utilização

iv Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

de outro standard para os componentes Wireless que se venham a manifestar necessários. É


também já certo que a solução final terá de incluir uma plataforma de gestão e integração,
como poderá ser o caso da aplicação da plataforma OSGI. Também esta poderá ser
complementada com uma plataforma mais direccionada para as tecnologias Wireless.

Sub Projecto de Domótica da CdF v


1º Relatório de Progresso

1 - Estado da Arte na Área de Conhecimento de Domótica

1.1 - Levantamento das soluções de vanguarda existentes no mercado


Existem no mercado diferentes soluções para a criação de uma infra-estrutura de domótica. As
variáveis que as distinguem são várias e podem ser resumidamente enumeradas:

 Tipo de Solução: Standard’s ou Tecnologias Proprietárias.


 Arquitectura de rede: Classificação em Sistemas centralizados ou distribuídos.
 Meio físicos de Comunicação: Powerline, Par entrançado, Cabo Coaxial, Rádio
 Frequência, Infravermelhos, ….
 Topologias físicas de Comunicação: Bus, Estrela, Malha, ... .
 Fiabilidade.
 Maior ou menor dependência de outras infra-estruturas.

A maioria das implementações de Domótica apresentam diversas vantagens não só para o


utilizador mas também para o instalador/reparador de qualquer tipo de serviço.
 Segurança da Infra-estrutura;
 Flexibilidade da Infra-estrutura.
 Valorização da Infra-estrutura.
 Segurança da Habitação.
 Rentabilização dos Recursos.
 Poupança Energética.
 Conforto.
 Facilidade de Manutenção.
 Comunicação remota.
 Valorização do imóvel.

No entanto existirá a necessidades de um maior investimento na respectiva habitação e uma


necessidade de técnicos especializados. Nos seguintes pontos realizar-se-á uma descrição das
diferentes soluções, protocolos e sistema de domotica.

1.1.1 - X.10

O aparecimento desta tecnologia remonta a 1978, na Escócia. Devido à sua simplicidade, esta
tecnologia evoluiu e manteve-se no mercado, tendo contado ao longo dos anos com o apoio e
integração de diversas empresas. O seu meio de comunicação preferencial é a rede eléctrica

Sub Projecto de Domótica da CdF 1


1º Relatório de Progresso

existente nos edifícios, evitando assim a existência de uma rede de comunicação adicional,
bastando ligar os módulos a tomadas ou quadros técnicos já existentes.
Numa fase mais madura desta tecnologia, deu-se o aparecimento de um outro meio de
comunicação para este protocolo: a radiofrequência ou infravermelhos, que permite
implementar funções que não se adequam a uma comunicação de 256 dispositivos por
instalação, são constituídos por duas partes: código de casa (House Code) com 4 bits e código
de unidade (Unit Code), também com 4 bits. A primeira corresponde a um determinado circuito
de comando e tem 16 posições possíveis (de A a P), enquanto que a segunda corresponde a
uma zona de um determinado circuito de comando e tem também 16 posições possíveis (de 1
a 16). Assim, cada letra pode ter 16 zonas - endereços -, por exemplo de A1 a A16. Tem-se,
então, no total 16×16 = 256 endereços possíveis.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Utilização da rede eléctrica tradicional como meio de comunicação entre os diversos


elementos, não necessitando de uma rede cablada adicional.
+ Ausência de uma unidade central. Os módulos comunicam entre si directamente.
+ Modularidade completa, com facilidade de alteração ou expansão do sistema.
+ Facilidade de instalação e utilização.
+ Baixo custo dos equipamentos.
+ Escalável.
− Os sinais x10 podem ser degradados ou alterados por equipamentos de corrente-portadora,
nomeadamente alguns tipos de fontes de alimentação.
− Não há garantia que um comando x10 chegue ao destino. Se mandar um comando para
desligar o aquecimento, pode acontecer perda de sinal devido a ruído na linha e nunca
chegar a desligar o aquecimento.
− A limitação de 16 códigos na casa e 16 unidades de código torna o espaço de
endereçamento um pouco apertado. Não há hipótese de crescer para alem de 256
componentes.

1.1.2 - EIB (European Instalation Bus)

O EIB é um protocolo aberto desenvolvido pela EIBA que agrupa entre os seus associados
mais de 100 fabricantes europeus.
Este sistema, classificado como protocolo distribuído, concebido com base na arquitectura do
modelo OSI , interliga todos os componentes sem recorrer à utilização de uma unidade central
de processamento. Os componentes dividem-se basicamente em 3 classes; alimentadores,
sensores (os que emitem ordens) e actuadores (os que executam ordens). Apenas os sensores

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1º Relatório de Progresso

e actuadores são elementos activos. A comunicação entre os actuadores e sensores é feita


directamente entre os mesmos. O endereçamento físico dos componentes do sistema é feito
recorrendo a conjuntos de 3 octetos. Num mesmo sistema podem ser suportados até 65536
componentes (actuadores e/ou sensores).
O EIB está optimizado para ser utilizado sobre diversos meios de comunicação: par
entrelaçado, rede eléctrica, radiofrequência e infravermelhos. Existem ainda outros meios de
comunicação sobre os quais o EIB pode ser aplicado, embora com um desenvolvimento muito
mais especifico e por isso menos massificado.
O EIB de igual modo também pode ser incorporado na rede IP(EIBnet/IP) através da existência
de uma router entre os dois mundos(Fig1).
Esta introdução na rede IP é um conceito chave nas comunicações e na infra-estrutura de uma
habitação no futuro. O EIBnet/IP é uma extensão lógica do EIB no Internet Protocol. A sua
introdução na rede IP permite um aumento na robustez da solução devido ao aumento da
velocidade do backbone de rede. O EIBnet/IP permite também o controlo a configuração, o
diagnóstico, a operação e o controlo remoto de instalações do EIB de uma central ou de
diversas posições distribuídas. Isto abre o mercado para controlos e serviços da automatização
da habitação em aplicações novas e em diferentes segmentos de mercado..

Fig. 1 Arquitectura de rede do EIBnet/IP e Camada Protocolar da solução.

EIBnet/IP desta maneira fornece um número de serviços importantes:


 Distribuição de pacotes do EIB entre instalações do EIB através das redes do IP.
 Configuração, diagnóstico e manutenção de dispositivos do EIB sobre o Ethernet.
 Operação e controlo do utilizador.
Os Pacotes é EIBnet/IP circulam na rede encapsulados na maioria dos casos em pacotes UDP
, contudo o uso de de pacotes TCP/IP não deixa de ser uma solução utilizada.Fig.1

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Ausência de uma unidade central. Os módulos comunicam entre si directamente.


+ Modularidade completa, com facilidade de alteração ou expansão do sistema.

Sub Projecto de Domótica da CdF 3


1º Relatório de Progresso

+ Grande oferta de produtos/funcionalidades.


+ Fiabilidade dos equipamentos.
+ Possibilidade de fácil integração com a TCP/IP

− Preço dos equipamentos.


− Complexidade na programação.
− Equipamentos disponíveis mais direccionados para mercado habitacional e menos de
edifícios.

Actualmente o EIB está a convergir juntamente como outros protocolos europeus, num
protocolo único – o KNX .

Links:
http://www.eiba.com
http://www.konnex.org

1.1.3 - EHS

O standard EHS apareceu motivado pela união europeia, em 1992, com o intuito de ser uma
tecnologia que permitisse a massificação da Domótica no mercado residencial. Os seus
principais objectivos, foram os de conseguir a preços mais baixos e com mão de obra menos
especializada, chegar ao mercado onde o EIB ou mesmo o Lonworks não conseguiam chegar
devido a esses dois factores. O EHS veio a ter no mercado europeu a mesma posição que o
norte-americano CEBus ou o Japonês HBS.
Também este protocolo assenta sobre o modelo OSI e funciona de forma distribuída.
Actualmente o modelo está desenvolvido para suportar os seguintes meios físicos: par
entrelaçado, rede eléctrica, radiofrequência e infravermelhos.
A organização do sistema, é feita com agrupamento de componentes (sensores e actuadores)
em redes e agrupamento de redes. Os códigos de endereçamento são únicos, permitindo a
cada rede a utilização até 256 componentes. O agrupamento de redes permite a utilização de
1012 componentes no mesmo sistema.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Ausência de uma unidade central. Os módulos comunicam entre si directamente.


+ Modularidade completa, com facilidade de alteração ou expansão do sistema.
+ Complexidade de programação.

4 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

− Pouca oferta no mercado quer a nível de fornecedores, que consequentemente, a nível de


produtos.

Links:
http://www.ehsa.com

É mais um dos protocolos que está a convergir juntamente como outros protocolos europeus,
num protocolo único – o KNX .

1.1.4 - BATIBus

Este protocolo foi promovido por um grupo de empresas em França (1998), tendo como
principal objectivo a integração de sensores inteligentes. Tornou-se num protocolo standard
aberto que recorre a um Bus para interligar todos os componentes (Unidades de
Processamento, Sensores e Actuadores). O seu único meio de comunicação é o par
entrançado.
O nº máximo de componentes que podemos ligar no mesmo sistema é de 7680.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Ausência de uma unidade central. Os módulos comunicam entre si directamente.


+ Modularidade completa, com facilidade de alteração ou expansão do sistema.
+ Complexidade de programação.

− Pouca oferta no mercado quer a nível de fornecedores, que consequentemente, a nível de


produtos.
− Possui um único meio de comunicação, tornando por isso a sua inserção em habitações já
construídas muito difícil.

Links:
http://www.batibus.com

1.1.5 - LonWorks

O LonWorks é um protocolo aberto desenvolvido pela Echelon Corporation, com provas dadas
no mundo dos edifícios inteligentes. Em 1992, o IBI (Inteligent Building Institute) qualificou-o
entre as três principais tecnologias acreditadas para a aplicação de soluções de Domótica.
O coração desta tecnologia é o chip Neuron, um sofisticado componente VLSI, que incorpora a
gestão e comunicação de cada componente (aqui designados por “Nós”). A sua base de

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1º Relatório de Progresso

comunicação assenta sobre o protocolo Lontalk, implementado sobre o modelo de referência


OSI (Open Systems Interconnection), e que usa variáveis de rede endereçáveis, chamadas
SNVT's (Standard Network Variable Types). O uso destas variáveis contribuem para a
interoperabilidade entre productos LonWorks de diferentes fabricantes. Com uma arquitectura
bem estruturada, este protocolo é classificado como um sistema distribuído, podendo funcionar
com comunicação ponto-a-ponto entre os diversos “Nós”, ou sob a forma de uma comunicação
master-slave.
Não necessita de uma unidade central de processamento, e pode associar mais de 32 000
“Nós”, sendo estes divididos entre sensores e actuadores. Os meios de comunicação
suportados por esta tecnologia, são os mais conhecidos, como o par entrelaçado, rede
eléctrica, radiofrequência, infravermelhos e cabo coaxial. As instalações podem ser híbridas no
que diz respeito à utilização do meio de comunicação, pois os “Nós” podem “routear” a
informação de um meio para outro. Cada “Nó” é identificado fisicamente através de um
endereço de 48 bits que lhe é atribuído no processo de fabrico. Os “Nós” organizam-se em
“subnets”, que por sua vez podemos agrupar em “domínios”. Num edifício podemos ter mais do
que um “domínio”. Em cada domínio podemos ter 32,385 “Nós”, distribuídos em grupos de 127
no máximo, em cada uma das 255 “subnets”.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Ausência de uma unidade central. Os módulos comunicam entre si directamente.


+ Modularidade completa, com facilidade de alteração ou expansão do sistema.
+ Grande oferta de produtos/funcionalidades.
+ Fiabilidade dos equipamentos.
+ Disponibilização de equipamentos quer para o mercado residencial quer para os edifícios.

− Preço dos equipamentos.


− Complexidade de programação.
− Pouco infiltrado no mercado Europeu, pelo que os fornecedores disponíveis bem como a
oferta de equipamentos é muito fraca.

Links: http://www.lonworks.echelon.com

1.1.6 - CEBus (Consumer Electronic Bus)

Este standard surgiu no mercado norte-americano, com objectivos idênticos ao EHS. A sua
primeira especificação, surge em 1992, pelas mãos da EIA (Electronics Industry Association).
O seu principal objectivo foi, à semelhança do EHS na Europa, o de conseguir a preços mais

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baixos e com mão de obra menos especializada, chegar ao mercado onde o Lonworks não
conseguia chegar devido a esses dois factores.
Os meios de comunicação suportados por esta tecnologia, são os mais conhecidos, como o
par entrelaçado, rede eléctrica, radiofrequência, infravermelhos, cabo coaxial e fibra óptica.
Também ele assenta sobre o modelo OSI (Open Systems Interconnection). Não existem
unidades centrais de processamento, pelo que a comunicação é feita ponto-a-ponto entre os
diversos componentes (sensores e actuadores). Esta comunicação foi devidamente definida
numa linguagem específica – a CAL (Common Application Language).

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Ausência de uma unidade central. Os módulos comunicam entre si directamente.


+ Modularidade completa, com facilidade de alteração ou expansão do sistema.
+ Pouco infiltrado no mercado Europeu, pelo que os fornecedores disponíveis bem como a
oferta de equipamentos é muito fraca.
− Menor largura de banda em comparação a outras tecnologias

Links:
http://www.cebus.org

1.1.7 - Z-Wave

Z-Wave é uma tecnologia de comunicações wireless desenvolvida na Dinamarca pela ZenSys


e apoiada por um grande número de empresas(Z-Wave Alliance).A norma foi projectada para
aplicações comerciais residenciais e industriais.
O Z-Wave transforma qualquer dispositivo autónomo em dispositivo de rede inteligente que
pode ser controlado e monitorizado á distância sem a necessidade de uma cablagem entre os
dispositivos. A norma entrega serviços de rede da qualidade elevada com uma fracção de
custo menor em comparação com outras tecnologias
similares. Focalizado para aplicações de pequena largura
de banda o stack do protocolo é integrado em microchips
que permitem a integração de funções de monitorização e
aplicações home wireless de controlo. O Z-Wave emite
mensagens usando apenas links de rádio e permite a
formação de grandes redes com formação automática de
topologia e rotas de comunicação entre os dispositivos
intervenientes. O upgrade do roteamento é desta maneira possível quando existe mobilidade
do dispositivo.

Sub Projecto de Domótica da CdF 7


1º Relatório de Progresso

O Z-Wave apresenta um link máximo de transmissão de 9600 bps e o sistema rádio opera nas
frequências de 868.42 MHz na Europa.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Baixo Custo para Mercado massificado


+ Robusto e de elevada fiabilidade
+ Com Memoria e processamento em chip integrado
+ Baixo Consumo de Potência
+ Fácil Integração em dispositivos ou componentes
+ Fácil associação de novos dispositivos
− Tecnologia funciona apenas em links rádio

http://www.zen-sys.com/

1.1.8 - UPB (Universal Powerline Bus)

O UPB um protocolo de rede de baixo ritmo de transmissão desenvolvida pela PC (Powerline


Control Systems, Inc., www.pcslighting.com), de Northridge, Califórnia. Os dispositivos de UPB
emitem mensagens sobre as linhas de rede eléctrica codificando dados no sincronismo dos
pulsos elevados de amplitude da distribuição eléctrica. Os dispositivos normais de UPB
funcionam como interruptores claros não repetem nem amplificam as mensagens emitidas por
outros dispositivos de UPB, assim que todo o poder do sinal deve vir do dispositivo transmissor
de UPB. O protocolo de UPB é executado em micro controladores com componentes externos
discretos. Apresenta um Bit rate de 480 bps a comunicação é bi-direccional, com a detecção de
erros executada pela soma de controlo no fim de uma mensagem e de um reconhecimento da
mensagem. O protocolo de UPB permite 250 endereços da casa, 255 endereços de dispositivo,
e 254 endereços de ligação. Uma senha de 4 dígitos é usada para a segurança durante
procedimentos da instalação.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:


+ Coexistência com outras tecnologias que operam sobre a Powerline
− Tecnologia apenas utiliza as powerlines para comunicação
− Menor ritmo de transmissão e espaço de endereçamento em comparação com outras
tecnologias.

1.1.9 - Soluções Proprietárias

A par dos standards enunciados nos pontos anteriores, surgiram nas últimas décadas, diversas
tecnologias proprietárias. Sistemas distribuídos ou centralizados, com topologias em bus, em

8 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

estrela ou malhas, com protocolos fechados e sob os mais variados meios de comunicação,
existem tecnologias proprietárias que preenchem uma grande parcela de mercado da
Domótica.
De uma forma geral, estas tecnologias apresentam como principais vantagens, o preço e a
facilidade e instalação das soluções. A sua desvantagem, é usualmente, a limitação de
funcionalidades e a garantia de acesso, a longo prazo, a suporte técnico e novas
funcionalidades.
Embora algumas destas tecnologias possuam interfaces de comunicação com alguns dos
standards referidos anteriormente, não serão alvo de um estudo mais exaustivo neste
documento, pois a sua exploração no âmbito do projecto “Casa do Futuro” poder-se-ia
comprometer na medida em que existem necessidades ainda não definidas, a que um
protocolo fechado não dará resposta se, de alguma forma, tivermos de o interligar ou alterar.

1.1.10 - CrossBow Wireless SensorSystem (Plataforma MICA)

Esta Plataforma é uma solução proprietária desenvolvida pela Crossbow. A plataforma lidera o
mercado a nível de redes sensoriais wireless e automação sensoriais. A solução também utiliza
um protocolo proprietário para a comunicação, no entanto, novos produtos utilizam já o Zigbee
para estabelecer links e topologias mais complexas. No Futuro prevê-se que a implementação
utilizando Zigbee seja a solução e a plataforma poderá servir de apoio á solução de Domótica.
Os avanços verificados recentemente nos domínios da miniaturização, consumo energético,
comunicação wireless, fontes de energia, etc. tornaram possível a realização destas redes.
A comunicação é realizada em bandas não licenciadas (868/916 MHz ou 433 MHz ou 2.4 GHz-
Zigbee) e qualquer dos módulos, quer utilizem o Zigbee para comunicação quer utilizem o
protocolo proprietário, apresentam capacidades para formação e auto configuração automática
de redes e capacidade para topologias de rede dinâmicas.
Cada Sensor é equipado com um transdutor, um processador e um transceiver emitindo as
suas leituras para o gateway (USB, Ethernet, RS232) através da rede.
Desta maneira a computação e a leitura de parâmetros do sistema a monitorizar ou controlar é
executada de forma distribuída.
A maioria dos módulos utilizam baterias para se autos alimentarem contudo soluções com
energia solar serão previstas no futuro.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Auto-configuração da topologia de rede e nós intervenientes permitindo formação de


redes sensoriais complexas.

Sub Projecto de Domótica da CdF 9


1º Relatório de Progresso

+ Baixo custo do hardware.


+ Baixo consumo de energia por parte dos módulos intervenientes.
+ Espaço de endereçamento elevado permitindo a criação de subclasses para melhor
identificação geográfica.
+ È um protocolo de comunicação proprietário contudo é a solução mais utilizada para
este ‘nicho’ de mercado.
− Uso de baterias

http://www.xbow.com

1.1.11 - OSGi (Open Services Gateway Initiative)

O OSGI é uma especificação em software modular para o desenvolvimento de serviços nas


habitações residenciais. Impulsionado em 1999 pela Sun MicroSystems, rapidamente se
juntaram a esta iniciativa vários nomes sonantes relacionados com a electrónica e consumo e
tecnologias de informação e comunicação.
O principal objectivo foi o de desenhar e promover um standard capaz de conseguir interligar
os serviços oferecidos pelas tecnologias em uso no mercado doméstico. São exemplo disso: as
WAN (redes metropolitanas), as LAN (redes locais) e as “LON” (redes de domótica).
Desta forma iniciou-se o caminho para que no futuro seja possível tirar partido conjunto de
todas as tecnologias que existirem na habitação, sejam elas fornecidas por operadores de
telecomunicações, fornecedores de energia eléctrica, fornecedores de electrodomésticos ou
mesmo dos sistemas de áudio e vídeo. O conceito passa pela utilização de um servidor –
Services Gateway, que interliga as redes internas e externas e gere a comunicação entre as
mesmas, sejam estas de dados, controlo ou multimédia. Outra das preocupações é, sempre
que possível, recorrer a standards existentes, como o JINI ou o JDBC.

Links:
http://www.osgi.org

1.2 - Listagem de soluções utilizadas em outras “casas do futuro” de forma a


inovar nas soluções preconizadas.
Após uma análise a outras “casas do futuro” verificamos que as soluções apresentam um
conceito semelhante de casa do futuro. Algumas soluções mais focadas na recolha e analise
de dados do meio ambiente e que através de um modelo tentariam adaptar o meio à rotina do
utilizador. Outras permitiam maior controlo por parte do utilizador do sistema. Em seguida
apresentadas algumas propostas de diferentes casas automatizadas no mundo.

10 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

1.2.1 - FutureElife

A Casa Inteligente da FutureElife na Suiça é uma habitação avançada que serve de ponto de
referência numa habitação com funcionalidades futuristas não só a nível da domótica mas
também a nível de comunicações. Todos os dispositivos domésticos apresentam ligação à rede
e podem ser controlados em qualquer ponto da rede interna e/ou até mesmo em qualquer
ponto da Internet. A nível da segurança permite ao utilizador a monitorização e verificação de
intrusão via webcams podendo o utilizador executar um controlo em tempo real da câmara
(zoom, rotação, on-off).O controlo de acesso é realizado por sensores biométricos e
reconhecimento facial. No que diz respeito ás tecnologias utilizadas a solução de domótica
apresenta duas tecnologias chave, o EIB e o PLC.

Os sistemas simples como o sistema de iluminação, de alimentação e de fecho de divisões é


interligado pela tecnologia EIB.
A maior parte das aplicações domésticas tais como os sistemas de lavagem, o micro ondas
utilizam o PLC para executarem as funções de comunicação.
Com estas funcionalidades os alimentos podem ser pedidos pela INTERNET, o utilizador pode
ser informado via maia ou através de outros serviços do que se passa na casa. A
monitorização remota por parte de terceiros pode ser utilizada para solucionar possíveis
anomalias, quer aconteçam, no sistema de segurança quer aconteçam noutro sistema. O
acesso a estas funcionalidades pode ser executado nos mais variados dispositivos incluindo os
telemóveis GSM dos utilizadores.

Sub Projecto de Domótica da CdF 11


1º Relatório de Progresso

1.2.2 - CASA INTELIGENTE - Lemos Britto Multimídia

Esta casa foi desenvolvida no Brasil na sequência de uma ideia de Lemos Britto no âmbito de
um projecto multidisciplinar entre arquitectura, automação e outras ciências. Esta habitação foi
dotada de dispositivos para a execução de funções programadas. A CASA INTELIGENTE foi
equipada com uma central de domótica, para controlar, à distância, todos os equipamentos
ligados à instalação eléctrica, como iluminação, alarmes, aquecedores, irrigação, áudio, vídeo,
electrodomésticos e câmaras, entre outros. Uma outra central de distribuição de rede
proporcionou à casa total conectividade com tráfego de dados, voz e imagem em cada
ambiente.
A central de domótica foi o cérebro da CASA INTELIGENTE. Por intermédio dela foi possível
automatizar todos os dispositivos, fazendo com que as funções fossem operadas por controlo
remoto ou a distância, via Internet ou linha telefónica.

Funcionalidades propostas
Na solução proposta para a moradia em estudo, as funcionalidades de controlo
disponibilizadas foram:

A. Segurança.

 Biometria
Somente pessoas autorizadas puderam entrar em alguns locais e navegar na Internet. a
autenticação dava-se pela impressão digital

 Fechaduras electrónicas

Códigos numéricos substituíram com vantagens as tradicionais chaves; infinitas


combinações permitem acesso controlado e identificação de cada utilizador

 Monitorização digital

As imagens externas e internas da Casa estavam disponíveis para serem visualizadas


em qualquer lugar do mundo, via Internet. Poderiam ser gravadas ou editadas conforme
programação prévia. A gravação era executada em disco rígido de computador. Existiam
câmaras controladas pela Internet que permitiam rotações de 360 graus e zoom, em
busca do melhor ângulo de visão.

 Prevenção de acidentes

12 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

Qualquer fuga de gás poderia ser rapidamente identificada e medidas preventivas seriam
tomadas automaticamente pela central de controlo. Da mesma forma, a presença de
fumo, quando constatada, dava inicio aos procedimentos de emergência previamente
programados.

 Alarmes

Para completar a segurança da Casa, botões de pânico poderiam ser accionados pelos
seus moradores em qualquer tipo de emergência. A central de domótica da Casa, então,
enviaria um sinal para uma central de monitorização externa que efectuaria os
procedimentos de assistência.

B. Conforto

 Cortinas automáticas
Valendo-se do conforto proporcionado pelo accionamento automatizado, as cortinas, além
de poderem ser pré-programadas, seu funcionamento está dependente da acção de
factores externas como a iluminação externa, chuva entre outros.

 Aspiração Central

O sistema de aspiração central retirava 100% do pó, sem recircular o ar no ambiente


interno da Casa, eliminando ácaros, fungos e bactérias nocivos à saúde.

 Cenários de iluminação

Cada ambiente da Casa pôde receber diversas programações de iluminação,


possibilitando, dessa forma, criar uma ambientação própria. Além de proporcionar maior
conforto ao ambiente, também valorizava os seus aspectos decorativos (objectos de arte,
quadros, etc.).

 Limpeza automática da piscina

Esse sistema pode limpar 98% de toda a sua piscina e remover todas as impurezas
automaticamente, através dos jactos de fundo e drenagem, eliminando a preocupação com
a limpeza tradicional

 Portas e portões automáticos

Sub Projecto de Domótica da CdF 13


1º Relatório de Progresso

As portas automáticas acrescentavam um elemento de conforto aos ambientes, pois


podiam ser accionadas sem a intervenção do utilizador, ou seja, apenas pela aproximação.

1.2.3 The Smartest Home of the Nederlands

Uma casa desenvolvida na Holanda e construída de acordo com as ultimas recomendações no


que respeita a tecnologia e materiais utilizados. Pode ser desmantelada e colocada noutro
lugar. Como outra casa automatizada esta casa permite o controlo dos dispositivos
remotamente e apresenta inovações a nível do conforto, racionalização de energia e
segurança.
A nível da segurança o sistema de domótica apresenta alarmes para o controlo do gás,
alimentação e sobrecarga, detecção de fogo e fumo e um sistema de detecção de intrusão
capaz de enviar um sinal de alerta para a polícia. Um sistema de simulação de presença
também foi introduzido no sistema de domótica.
A nível de conforto o sistema permite um controlo de temperatura independente para cada
divisão onde o controlo podia recair para o utilizador ou o sistema que de acordo com normas
do sistema executava o controlo do ambiente interno da casa dependendo evidentemente do
clima no exterior da casa.
No domínio da iluminação, permite o controlo automático por grupos de forma automática ou
de acordo com a configuração ordenada pelo utilizador.
As cortinas e estores executam o controlo da entrada de luz solar para a casa e dependem da
luz solar e do vento.
O sistema da domótica também executa funções de racionalização de energia eléctrica e água
permitindo desta maneira a redução de custos (55 % de redução nos custos de energia), e
permite a gravação numa base de dados de algumas variáveis do sistema. Estas variáveis são
o consumo de energia, a evolução temporal da temperatura, as chamadas telefónicas e o
estado do sistema de alarme.
Tudo isto é realizado com a ajuda de módulo de telefone conectado ao sistema de domótica
que executa o controlo destas funções remotamente com a ajuda da notificação dos alarmes.

1.2.4 Inhaus Project

O inHausProject foi um projecto desenvolvido na Alemanha pelos institutos Fraunhofer e o


projecto da casa apresenta dois objectivos. Por um lado, aponta integrar soluções tecnológicas
de tal maneira que todos os componentes de rede podem facilmente comunicar entre eles e
trabalhar junto eficientemente apesar do facto de certos dispositivos, componentes e infra-
estruturas estarem baseados em padrões completamente diferentes. Consequentemente

14 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

cooperação/comunicação entre tecnologias diferentes teve que ser ajustada e completamente


configurada. Um número ilimitado de dispositivos de rede sensores de luminosidade,
climatização, controle de temperatura, dispositivos domésticos, dispositivos de entretenimento,
sensores e actuadores, instrumentos de medição do consumo, sistemas de alarme, e muito
mais podiam ser conectados através de gateways com os centros de serviço centrais de
fornecedores de serviço externos. Tais companhias podem então oferecer uma variedade larga
de serviços novos em torno destas conexões tais como:

1. Controlo remoto
2. Reparação remota
3. Visão remota de dados do nível de consumo
4. Possibilidades da segurança

Dentro do espaço do projecto do inHaus, conexões através de T-ISDN, T-DSL, e GSM (SMS
incluído), GPRS, e, no futuro, UMTS estão a ser testadas, junto com a World Wide Web, o E-
mail e o WAP.

Para o projecto do inHaus, o protocolo IEEE 1394 (Firewire ou o iLink) foi utilizado para
executar o trabalho de rede, assim como sistema EIB para controlo de dispositivos e o sistema
wireless Bluetooth para transmissão de menores larguras de banda. Existem dispositivos
domésticos controláveis remotamente equipados com as funções de controle automático como
a máquina de lavar a roupa a maquina de lavar a loiça, congelador, o sistema de climatização,
sistema solar, uma banheira, dispositivos da casa de banho e da cozinha, unidades
electromecânicas para a abertura e janelas de fechamento, um sistema de comunicação
audiovisual com o hall de entrada, sistemas de fecho de portas e dispositivos periféricos
multimédia,

Neste Projecto os gateways residenciais foram denominados de grande importância para a


construção de serviços já que conectam a rede externa (Internet) com as redes internas da
habitação. Este elemento chave age como uma porta de passagem de informação.

Esta passagem permite, mediante autenticação, utilizar paginas http e JAVA-applets


armazenadas para finalidades de controlo e de informação. Com esta característica torna-se
possível o controlo dos dispositivos domésticos conectados a uma rede da habitação pela
Internet, por exemplo com os browsers padrão normais.,.

Este tipo de dispositivos tem ainda uma significativa capacidade de armazenamento e permite
segurar funções inteligentes tais como:

Sub Projecto de Domótica da CdF 15


1º Relatório de Progresso

 Gestão da energia para economias do recurso


 Controlo central de das portas
 Controlo central de iluminação

Isto representa um potencial para a criação de serviços totalmente baseados na Internet para
as habitações de futuro.

1.3 - Listagem de novas tecnologias, materiais e de novos produtos em fase de


desenvolvimento – Análise da sua potencial integração.

1.3.1 - ZigBee IEEE 802.15.4 (Solução Standard)

ZigBee é um padrão definido por uma aliança de empresas de diferentes segmentos do


mercado, chamada "ZigBee Alliance".
Este padrão nasceu da necessidade da criação de uma norma standard que oferece-se menor
consumo de energia, menores ritmos de transmissão e baterias com maior duração para
aplicações de controlo e monitorização wireless. Na medida em que já existem vários
standards proprietários, o ZigBee veio colmatar uma lacuna no mercado. A tecnologia permite
a formação de várias topologia de rede, tais como topologias em estrela, em árvore ou uma
mistura de ambas (clusters). As topologias em estrela permitem um menor consumo de
energia. A arquitectura do protocolo permite a auto-configuração e autoformação da topologia
de rede permite o envio de mensagens de controlo e dados de um ponto para outro através de
vários caminhos na rede.
As características do Zigbee permitem a formação de uma rede em larga escala o envio de
informação com varias características temporais:
 Dados Periódicos – ex. Aplicações com sensores wireless
 Dados intermitentes – ex. Controlo de Iluminação e Climatização
 Informação Repetitiva de Baixa Latência – ex. Sistema de segurança e alarmes

Características mais relevantes da tecnologia

 Tecnologia Wireless.
 Largura de Banda de 250 Kbps.
 Frequências utilizadas no espectro 2.4 GHz e também 868 MHz na Europa (ISM Band).
 Camada Lógica não compatível com protocolos TCP/IP.

16 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

 A camada MAC permite a existência de múltiplos topologias de rede sem o aumento da


complexidade do sistema.
 Permite a formação de redes de elevada densidade.
 Alcance entre dois pontos típico de 50m dependente de obstáculos na propagação.
 Baixo consumo de energia.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Baixo consumo de energia em relação a outras tecnologias.


+ Auto-configuração de Topologia de rede eficiente.
+ Baixo custo do hardware.
+ Endereçamento compatível com outras normas IEEE
+ Bom nível de segurança.
− Camada MAC não compatível com protocolos TCP/IP (necessidade de gateway).

1.3.2 - Intel Mote2 Wireless Sensors

O Intel Mote é uma plataforma avançada de sistemas de sensores que se encontra em


desenvolvimento pela Intel e pelo meio académico norte-americano, como forma de resposta à
plataforma MICA patenteada pela Crossbow.

Características mais relevantes da tecnologia

 Tecnologia de rede sensorial desenvolvida pela Intel.


 Utilização de módulos Bluetooth e WIFI para a comunicação.
 Capacidade apara formação e auto-configuração automática de redes complexas
através de uso de sensores (Mote) que comunicam por Bluetooth e gateways (Stargate)
que comunicam através de WiFi formando redes hierarquizadas.
 Cada sensor é equipado com um processador, memoria RAM e interface rádio
Bluetooth.
 Comunicação bidireccional entre o dispositivo de leitura e o servidor do sistema.
 Alimentação por USB, ou baterias para uso externo.

Aplicações:

Sub Projecto de Domótica da CdF 17


1º Relatório de Progresso

 Segurança.
 Controlo da eficiência de energia.
 Conforto (controlo do clima e luminosidade) e qualidade do ar.
 Controlo das informações vitais dos moradores e visitantes (diagnostico e actuação).
 Controlo do inventário de objectos da moradia.
 Controlo da infra-estrutura de comunicação da moradia.

Vantagens e desvantagens da tecnologia:

+ Eficiente em energia devido ao uso de uma comunicação mais rápida e ao uso de RAM
maior.
+ Maior Alcance em comparação ao MICA2.
+ Boa implementação a nível de segurança do protocolo.
+ Fácil instalação do sistema numa rede WLAN.
− Inter-operação da rede sensorial pode interferir na performance de rede sem fios.

Esta plataforma de sensores apresenta forte potencial para a introdução de uma rede interna
de seensing. Esta rede interna de seensing pode ser utilizada para a criação de serviços,
aplicações de controlo e accionamento de mecanismos relacionadas com variáveis da
habitação. Desde iluminação, ás variáveis do conforto a plataforma pode servir de suporte e
extensão da rede.

18 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

2 - Metodologias de trabalho

Nesta fase do sub projecto, a equipa de desenvolvimento considera como globalmente


adequado a metodologia de trabalho anteriormente proposta ao AVEIRODOMUS, abaixo
discriminada.

Devido às características particulares do Sub projecto e do projecto em que este está inserido
(ProjCdF), os proponentes têm a consciência de que a própria metodologia a adoptar deve ser
simultaneamente inovadora e pragmática, com vista a assegurar a apresentação de uma
solução original e inovadora e ao mesmo tempo dar cumprimento aos prazos previstos.

É assim preciso incluir fases de criatividade, designadas de Divergência Criativa, seguidas por
fases de recuo, designadas de Convergência, que permitam avaliar a exequibilidade das
soluções identificadas.

As abordagens metodológicas tradicionais sugerem esquemas lineares, como uma fase de


Divergência Criativa seguida por uma fase de Convergência e depois pela obtenção e
desenvolvimento das soluções resultantes na fase de Convergência. Contudo, considera-se
que este tipo de abordagem não permitiria alcançar os resultados desejados e o nível de
qualidade e grau de inovação requeridos pela Consulta.

Consequentemente, os proponentes sugerem uma metodologia mais flexível, que permita a


identificação, a melhoria e o ajuste das soluções obtidas através de várias sequências
iterativas de Divergência Criativa seguidas de Convergência. Para assegurar uma apropriada
gestão de risco desta abordagem e assegurar a obtenção de soluções exequíveis,
complementar-se-á esta metodologia com uma abordagem tipo Stage-Gate™ com portões
regulares de avaliação dos objectivos.

Terá que se analisar, periodicamente, se as soluções encontradas são razoáveis do ponto de


vista da inovação e da exequibilidade.

Mais concretamente, a metodologia utilizada para a realização deste sub projecto contempla
uma etapa inicial de identificação das tecnologias e produtos mais inovadores na área de
conhecimento dos Sistemas e Soluções de Domótica. Desta fase resultará um relatório de
Estado da Arte. Consideraram-se, também, nesta fase, as soluções existentes ou em
desenvolvimento nos associados da AveiroDOMUS. As fases de divergência e convergência
criativa permitirão contemplar soluções arrojadas e ter um pensamento prospectivo.

Seguir-se-á uma segunda etapa, de recolha e integração das necessidades de Domótica na


Casa do Futuro, com base na interacção com os outros sub projectos e complementando esta
abordagem com exercícios de criatividade que permitam identificar outras necessidades,
sempre de uma perspectiva sistémica da Casa do Futuro.

Sub Projecto de Domótica da CdF 19


1º Relatório de Progresso

Numa terceira etapa, far-se-á a avaliação das tecnologias e produtos identificados no relatório
de Estado da Arte, com vista à identificação de soluções do futuro. Construir-se-á o modelo de
Domótica na Casa do Futuro e averiguar-se-á a sua componente de inovação e exequibilidade.

A segunda e terceira etapa ocorrerão de forma iterativa, até à obtenção do modelo de


Domótica final.

Finalmente, realizar-se-á a memória descritiva do sub projecto de Domótica e todos os outros


documentos especificados na Consulta.

Cada fase de Divergência Criativa será complementada por técnicas de criatividade


conceituadas. Mencionam-se algumas destas técnicas, a título exemplificativo: Brainstorming,
Brainwriting, Sinéctica, Flor de Lótus, Diagramas Porquê.

Cada fase de Convergência será complementada por técnicas de convergência, igualmente


conceituadas. Mencionam-se também algumas destas técnicas: Matriz Multicritério, Técnica de
Votos, Análise SWOT, Diagramas Como.

Os portões de avaliação e o desenvolvimento dos trabalhos entre os portões serão suportados


por instrumentos específicos da metodologia Stage-Gate™.

20 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

3 - Linhas Mestras do Sub Projecto Domótica

Ao longo da discussão sobre os objectivos deste sub projecto foram indicadas algumas
soluções e produtos que se consideram ser inovadoras e que poderão ser exploradas ao longo
do desenvolvimento dos trabalhos ou ainda em versões posteriores da Casa do Futuro. Esta
área encontra-se em plena expansão quer a nível de mercado quer a nível de produtos, os
desenvolvimentos de novos protocolos e a miniaturização de dispositivos podem ocorrer
rapidamente o que requer desta maneira uma atenção ao mercado dos produtos. O projecto
deverá encontrar uma solução que se adapte as necessidades emergentes da habitação no
presente e no futuro e de fácil integração com o sistema de comunicação. Esta solução será de
elevada importância para uma casa de futuro. Deverá trazer ao utilizador novas capacidades de
controlo e automatização de tarefas domésticas. A solução de domótica deverá permitir ao
utilizador, não só, o controlo remoto de tarefas mas também uma análise e actuação no
sistema.
O objectivo principal da solução pretende trazer ao utilizador novos produtos e soluções para
um maior conforto doméstico e maior segurança na habitação.
A solução final irá implementar tecnologias e appliances standard na medida em que estes
protocolos apresentam maiores probabilidades de actualização, escalabilidade e evolução do
sistema e os dispositivos não apresentam grandes índices de incompatibilidade. Esta
standarização permite a criação de uma solução robusta e com a fiabilidade oferecida pelas
tecnologias implementadas.
Neste caso existirá a tendência para o uso da tecnologia EIB não só por questão técnicas,
como a maturidade da tecnologia a nível comercial (elevado leque de produtos),mas também
por questões intrínsecas ao projecto. O uso de uma estrutura centralizada permitirá a criação
de maiores facilidades para a criação de serviços assim como um ponto único de fronteira com
a fronteira exterior que realizará o gateway para as interfaces públicos.
No futuro poderá existir a necessidade do uso de alguma tecnologia wireless devido a factores
da arquitectura e distribuição espacial da casa, esta extensão da rede irá permitir a
comunicação e/ou a criação de redes hierarquizadas com dispositivos wireless, a criação de
serviços de rede e a maior integração com rede INTRANET e as redes exteriores (ADSL,
GPRS, UMTS, …).
A utilização de soluções baseadas no OSGI permitirá a criação dos mais variados serviços já
que o uso dos módulos software disponibilizados pela tecnologia permite uma maior
simplicidade na intercomunicação de mais variadas tecnologias disponibilizadas na casa. A
adaptação entre a infra-estrutura interior (LAN, PAN, LON) e exterior (WAN, MAN) poderá ser

Sub Projecto de Domótica da CdF 21


1º Relatório de Progresso

proporcionada pelo API do OSGI existindo deste modo maior apetência para a criação de
serviços de rede.
È expectável no futuro a existência de uma partilha de funções e de recursos com o
projecto de segurança. Existirá uma prioridade na coordenação entre os dois projectos para
a não sobreposição de tarefas.

22 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

4 - Identificação preliminar das interligações com os restantes sub


projectos e com os produtos em desenvolvimento pela Equipa de DNP

As interligações com outros sub projectos devem ser respeitadas. Salienta-se a importância da
Relação do sub projecto de Domótica com os seguintes sub projectos: Comunicações,
Electricidade, Iluminação, Climatização e Segurança.

4.1 - Sub Projecto Comunicações


Tipo de Relação:
Fornecedor
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
O sub projecto de Comunicações deverá fornecer uma estrutura de comunicação capaz de
satisfazer as necessidades da infra-estrutura de Domótica, estabelecendo a ponte entre esta e
as redes locais e externas, por forma a possibilitar a visualização e interacção dos dispositivos
da solução de Domótica a partir de dispositivos IP (como sejam computadores, PDA’s, etc), de
forma local ou remota.

4.2 - Sub Projecto Entretenimento


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
A solução de Domótica deverá ter acesso ao sistema de entretenimento, por forma a poder
enriquecer a sua oferta aos utilizadores da habitação, como sejam:
 Cenários mais complexos (com inclusão de funcionalidades de Entretenimento).
 Gestão mais centralizada (inclusão da gestão do Entretenimento nos seus meios de
Controlo).
 Simulação de presença mais efectiva.

4.3 - Sub Projecto Segurança


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
Embora a detecção de anomalias seja efectuada pela solução de Segurança, a resposta a
estas anomalias deve ser complementada pela Solução de Domótica, devendo esta, a partir do
seu interface global, oferecer funções como:

Sub Projecto de Domótica da CdF 23


1º Relatório de Progresso

 Armar/desarmar alarme.
 Visualização do estado da própria central.
 Visualização de estado dos diversos alarmes.
 Activação de mecanismos auxiliares de segurança (como trincos eléctricos ou fecho de
electroválvulas).
 Activação de mecanismos de dissuasão (como simulação de presença ou iluminação
automática).

4.4 - Sub Projecto Electricidade


Tipo de relação:
Cliente e Fornecedor
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
O cruzamento destas duas especialidades tem de ser previsto com a maior antecedência
possível, pois a dependência entre ambos será notória e especialmente relevante após a
selecção da(s) tecnologia(s) a implementar na solução de Domótica. Questões de base como a
a definição das topologias físicas a adoptar ou a alimentação dos diversos dispositivos terão de
ser validadas entre ambas as especialidades.

4.5 - Sub Projecto Rega


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
Independentemente dos mecanismos de controlo da rega propostos pelo respectivo projecto,
verão ser considerados alguns pontos de encontro entre este projecto e o de Domótica. Só
desta forma conseguiremos garantir aos utentes da casa, a uniformização dos interfaces de
controlo, bem como a rentabilização das soluções. Assim, deverão ser analisadas entre ambas
as entidades as possibilidades de interligação no sistema de Domótica, de:
 Forçagem de paragem ou arranque, manual, do sistemas de rega (por zonas).
 Forçagem de paragem ou arranque dos sistemas de rega, em função de variáveis
recolhidas pelo sistema de Domótica (como sejam, variáveis recolhidas da central
meteorológica da Domótica, indicação de cenários que indiquem utilização, por parte
dos habitantes, dos espaços exteriores).
 Visualização do estado do sistema de rega.

4.6 - Sub Projecto Climatização


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):

24 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

Independentemente dos mecanismos de controlo de climatização propostos pelo respectivo


projecto, verão ser considerados alguns pontos de encontro entre este projecto e o de
Domótica. Só desta forma conseguiremos garantir aos utentes da casa, a uniformização dos
interfaces de controlo, bem como a rentabilização das soluções. Assim, deverão ser analisadas
entre ambas as entidades as possibilidades de interligação no sistema de Domótica, de:
 Controlo independente e global das diversas zonas de aquecimento (em função de
variáveis registadas pelo sistema de Domótica, como sejam, leitura de temperaturas
interiores e exteriores, accionamento de comandos locais, activação de cenários,etc).
 Visualização e registos das temperaturas (por divisão) e consumos energéticos.
 Activação remota do sistema de climatização.

4.7 - Sub Projecto Iluminação


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
Independentemente dos mecanismos de controlo de iluminação propostos pelo respectivo
projecto, verão ser considerados alguns pontos de encontro entre este projecto e o de
Domótica. Só desta forma conseguiremos garantir aos utentes da casa, a uniformização dos
interfaces de controlo, bem como a rentabilização das soluções. Assim, deverão ser analisadas
entre ambas as entidades as possibilidades de interligação no sistema de Domótica, de:
 Controlo independente e global dos diversos circuitos de iluminação (em função de
variáveis registadas pelo sistema de Domótica, como sejam, leitura de temperaturas
interiores e exteriores, accionamento de comandos locais, activação de cenários, etc).
 Controlo automático de iluminação, com recorrência à regulação luminosa em função da
observação das condições ambientais.
 Visualização e registos da luminosidade (por divisão) e consumos energéticos.
 Activação remota de circuitos de iluminação.

4.8 - Sub Projecto Acessos e Mobilidade


Tipo de relação:
Cliente e Fornecedor
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
O sub projecto de domótica deverá ser um facilitador na implementação de um sistema de
mobilidade, facilitando as tarefas de controlo e monitorização da actividade dos utilizadores.
Neste projecto em específico, dever-se-ão analisar de forma íntima as funcionalidades que
poderemos partilhar por forma a apresentar-mos como resultado final, um sistema de apoio à
mobilidade completo.

Sub Projecto de Domótica da CdF 25


1º Relatório de Progresso

4.9 - Águas Interiores


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
O sub projecto de Domótica poderá fornecer ao sub projecto soluções de controlo do sistema
(sensing) e accionamento de mecanismos nos sistemas de águas utilizados.

4.10 - Arquitectura
Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
Deste sub projecto, poderão surgir ou não, necessidades no que diz respeito às questões de
localização de sensores, actuadores ou cablagem e desta forma conduzir-nos a uma eventual
necessidade de mobilidade por parte destes componentes.

4.11 - Mobiliário
Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
O sub projecto de Mobiliário poderá requerer mecanismos de accionamento de tarefas no
mobiliário da casa (Movimentação de objectos, etc.), poderá requerer o uso de sensores na
habitação e cabe aos projectos de Comunicações e Domótica o desenvolvimento de uma infra-
estrutura de comunicações sensorial para acomodar as necessidades da casa.

4.12 - Odores e Qualidade do Ar


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
O sub projecto de domótica poderá fornecer mecanismos de controlo e accionamento de
mensagens de alarme relacionadas com as leituras efectuadas sobre estas variáveis.

4.13 - Reciclagem
Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):

26 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

O sub projecto de Reciclagem poderá ser um cliente da Domótica, na medida em que poderá
requerer mecanismos de accionamento (programado ou não) de tarefas no sistema de
reciclagem, ou de outro modo mecanismos de sensing nos dispositivos do sistema.

4.14 - Saúde e Bem-Estar


Tipo de relação:
Cliente
Pontos de Cruzamento (previsíveis):
O projecto de domótica junto com os projectos de segurança e comunicações poderá fornecer
informação relativa ao supervisionamento de parâmetros necessários para a monitorização do
meio ambiente e parâmetros afins, e desta forma permitir que sejam desencadeadas, a nível
global da habitação, as acções necessárias para o fornecimento de condições que melhorem a
Saúde e Bem estar.

Sub Projecto de Domótica da CdF 27


1º Relatório de Progresso

5 - Planeamento das próximas fases de desenvolvimento do Sub


Projecto

Nesta fase do sub projecto, a equipa de desenvolvimento considera como globalmente


adequado o planeamento anteriormente proposto ao AVEIRODOMUS, sendo de referir os
seguintes aspectos:

Fases, metas e prazos

Os trabalhos desenvolver-se-ão em quatro fases distintas e sequenciais.

A primeira fase contemplou o levantamento do estado da arte na área da domótica (objecto


deste primeiro relatório, já concluída).

A segunda fase contempla a realização dos exercícios de Divergência Criativa e Convergência


e visa identificar o que de mais inovador se vai fazendo na área de conhecimento da Domótica.
Nesta fase serão analisados em maior detalhe, e tomadas decisões relativamente aos
requisitos do utilizador final e inter relações com outros sub projectos, sendo de esperar um
ajuste à estratégia agora proposta (ponto 3 do relatório).

Nesta fase também serão contemplados os produtos desenvolvidos ou que serão acabados até
à edificação da primeira versão da Casa do Futuro, no âmbito do ProjCdF.

O término desta fase é a 31 de Julho de 2006 com a entrega do 2º Relatório Progresso e terá
como resultados esperados a lista e descrição das soluções propostas para o Sub projecto.

A terceira fase contempla o desenvolvimento da memória descritiva e justificativa do Sub


projecto, que contém os seguintes elementos:

 Esquema geral da solução proposta e opções construtivas consideradas.

 Peças desenhadas e/ou esquemas gráficos considerados convenientes.

 Características técnicas e funcionais dos equipamentos e materiais a utilizar.

 Definição dos critérios de dimensionamento das diferentes partes constitutivas da


instalação.

 Adequação da solução a condicionamentos existentes ou previsíveis, nomeadamente


resultantes da interacção com os restantes sub projectos.

 Explicitação da racionalidade da solução face a exigências de evolutividade, segurança


e habitabilidade.

 Sugestões para novos produtos e soluções inovadoras, identificadas durante a


realização do sub projecto, mas cujo prazo de desenvolvimento não justificava a sua
inclusão na primeira versão da Casa do Futuro.

28 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

O término desta fase é a 15 de Dezembro de 2006 com a entrega da Versão “0” Caderno de
Encargos.

A quarta fase prevê a avaliação dos resultados finais, incluindo a interligação com os restantes
sub projectos e a preparação do relatório final descritivo e justificativo do Sub projecto, (versão
final)

O prazo de realização desta fase coincide com o final do projecto, e é a 28 de Fevereiro com a
entrega da Versão Final do Caderno de Encargos.

2006 07
Recursos
Responsável
humanos
Aprox. 2 meses / divisão

1. Primeira fase

João Ventura
1.1. Recolha de informação de base, (RedeRia)
de apoio ao Sub projecto (realização Equipa
do relatório de Estado da Arte); Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
1.2. Sessões de Divergência
Criativa seguidas por Convergência (RedeRia)
– 2 a 4 iterações – com vista a Equipa
identificar as linhas mestres do Sub Graça Almeida
projecto; (Dreamdomus)

João Ventura
1.3. Identificação dos pontos de (RedeRia)
interligação com os outros sub Equipa
projectos – visão preliminar; Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
(RedeRia)
1.4. Elaboração e entrega do Equipa
primeiro relatório de progresso. Graça Almeida
(Dreamdomus)

Marco Temporal:

Entrega até 15 de Março de 2006 do 1º Relatório Progresso

João Ventura
(RedeRia)
2. Segunda fase Equipa
Graça Almeida
(Dreamdomus)

2.1. Pormenorização dos blocos João Ventura


lógicos – recorrendo, Equipa (RedeRia)
eventualmente, a sessões de
Divergência Criativa seguidas por Graça Almeida

Sub Projecto de Domótica da CdF 29


1º Relatório de Progresso

2006 07
Recursos
Responsável
humanos
Aprox. 2 meses / divisão

Convergência; (Dreamdomus)

João Ventura
(RedeRia)
2.2. Identificação dos clientes de Equipa
Domótica; Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
(RedeRia)
2.3. Identificação das necessidades Equipa
dos clientes; Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
(RedeRia)
2.4. Construção do modelo de Equipa
gestão do sistema; Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
2.5. Identificação de soluções (RedeRia)
(funcionais e tecnológicas) Equipa
preliminares; Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
2.6. Identificação dos pontos de (RedeRia)
interligação com os outros sub Equipa
projectos; Graça Almeida
(Dreamdomus)

2.7. Identificação dos produtos em João Ventura


desenvolvimento pelos associados
que têm impacto no Sub projecto e (RedeRia)
distinção entre os produtos que vão Equipa
incorporar a primeira versão da Graça Almeida
Casa e os produtos que vão integrar (Dreamdomus)
as versões subsequentes.
João Ventura
2.8. Elaboração de uma lista de (RedeRia)
oportunidades de produtos a Equipa
desenvolver. Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
2.9. Verificação da compatibilidade
das soluções consideradas com os (RedeRia)
aspectos de flexibilidade, conforto, Equipa
adaptabilidade, evolutividade, Graça Almeida
segurança, habitabilidade etc. (Dreamdomus)

João Ventura
2.10. Elaboração e entrega do Equipa (RedeRia)
segundo relatório de progresso.
Graça Almeida

30 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

2006 07
Recursos
Responsável
humanos
Aprox. 2 meses / divisão

(Dreamdomus)

Marco Temporal:

Entrega até 31 de Julho de 2006 do 2º Relatório Progresso

João Ventura
(RedeRia)
3. Terceira fase: preparação da Equipa
versão “zero” do Sub projecto Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
3.1. Desenvolvimento do esquema (RedeRia)
geral da versão proposta, indicando Equipa
as opções construtivas Graça Almeida
consideradas;
(Dreamdomus)

João Ventura
3.2. Desenvolvimento de peças (RedeRia)
desenhadas e/ou esquemas Equipa
gráficos considerados convenientes; Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
3.3. Especificação das (RedeRia)
características técnicas e funcionais Equipa
dos equipamentos e materiais a Graça Almeida
utilizar;
(Dreamdomus)

João Ventura
3.4. Definição dos critérios de (RedeRia)
dimensionamento das diferentes Equipa
partes constitutivas da instalação; Graça Almeida
(Dreamdomus)

3.5. Avaliação da adequação da João Ventura


solução a condicionamentos (RedeRia)
existentes ou previsíveis, Equipa
nomeadamente resultantes da Graça Almeida
interacção com os restantes sub
projectos. (Dreamdomus)

João Ventura
3.6. Verificação da compatibilidade
das soluções consideradas com os (RedeRia)
aspectos de flexibilidade, conforto, Equipa
adaptabilidade, evolutividade, Graça Almeida
segurança, habitabilidade etc. (Dreamdomus)

3.7. Elaboração da lista de novos João Ventura


produtos e soluções inovadoras,
identificadas durante a realização do (RedeRia)
sub projecto, mas cujo prazo de Equipa
desenvolvimento não justificava a Graça Almeida
sua inclusão na primeira versão da (Dreamdomus)
Casa do Futuro.

Sub Projecto de Domótica da CdF 31


1º Relatório de Progresso

2006 07
Recursos
Responsável
humanos
Aprox. 2 meses / divisão

João Ventura
3.8. Elaboração da memória (RedeRia)
descritiva e justificativa: versão Equipa
“zero” Graça Almeida
(Dreamdomus)

Marco Temporal:

Entrega até 15 de Dezembro de 2006 da Versão “0” do


Caderno de Encargos

João Ventura
(RedeRia)
4. Quarta fase: Entrega final Equipa
Graça Almeida
(Dreamdomus)

João Ventura
4.1. Avaliação dos resultados finais, (RedeRia)
incluindo a interligação com os Equipa
restantes sub projectos; Preparação Graça Almeida
do relatório final.
(Dreamdomu)

João Ventura
4.2. Revisão e entrega da versão (RedeRia)
final da memória descritiva e Equipa
justificativa Graça Almeida
(Dreamdomus)

Marco Temporal:

Entrega até 28 de Fevereiro de 2007 da Versão Final do


Caderno de Encargos

32 Sub Projecto de Domótica da CdF


1º Relatório de Progresso

Referências
- Intel Research, IntelMotes and Wireless Sensor Network Intel Motes and Wireless Sensor
Network, 2005;
- O. Gassmann, H. Meixner , Sensors Applications Volume 2, 2003 .
- SmartLabs , Insteon Compared ,January 2006.
- Thomas Jorgensen, Niels T. Johansen, Z-WaveTM as Home Control RF Platform, Denmark

http://www.casainteligente.com.br/
http://www.futurelife.ch/
http://www.smart-homes.nl/
http://www.eiba.com
http://www.konnex.org
http://www.ehsa.com
http://www.batibus.com
http://www.lonworks.echelon.com
http://www.osgi.org
http://www.zigbee.org
http://www.zen-sys.com/
http://www.xbow.com

Sub Projecto de Domótica da CdF 33


1º Relatório de Progresso

Anexos
A. Acrónimos

BACnet - Building Automation and Control TCP – Trasport Control Protocol


Network UMTS – Universal Mobile
BatiBus - Building Bus Telecommunications System
CAB - Canadian Automated Building Protocol USB – Universal Serial Bus
CEBus - Consumer Electronics Bus VLSI – Very Large-Scale Integration
DSL – Digital Subscriber Line WAN – wide area network
EHS – European Home Systems WAN – Wide Area Network
EIB – European Instalation Bus WLAN – Wireless local area network
EIBA – European Instalation Bus Association
FACN - Facilities Automation Communication
Network
FIP - Factory Instrumentation Protocol
FND - Firm-Neutral Data Transmission
GPRS – General Packet Radio Service
GSM – Global System for Mobile
Communications
HBS - Home Bus System
IEEE – Institute of Electrical and Electronics
Engineers
IP – Internet Protocol
ISDN – Integrated Services Digital Network
JDBC – Java Database Connectivity
KNX – Konnex
LAN – Local Área Network
LON - Local Operating Network
MAC - Media Access Control
MAN -Metropolitan area network
MAP - Machine Automation Protocol
OSI – Open Systems Interconnection
PLC – Power line communication
PROFIbus - Process Field Bus
RAM – Read Only Memory
SMS – Short message service
SNVT – Standard Network Variable Types

34 Sub Projecto de Domótica da CdF

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