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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16577 Primeira edigo. 03.2017 Espago confinado — Prevengao de acidentes, procedimentos e medidas de protegao Confined space — Accidents prevention, protection procedures and measurements Ics 13.100 ISBN 978-85-07-06860-0 -ASSOCIAGAO Numero de referéncia BRASILEIRA (Nt DENORMAS ABNTNBR 165772017 TECNICAS 37 paginas @ABNT 2017 017 @ABNT 2017 Todos 0s diretos reservados, A menos que especificade de outro modo, nenhuma perte desta publicago pode ser reproduzida ou utilzada por qualquer melo, eletrénico ou mecénico, incluindo fotocépia e microfme, sem permisséo por escrito da ABNT. ARNT AvcTreze de Maio. 13 - 28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel: + 85 21 3974-2300 Fax: +5521 3974-2346 abnt@ebnt.org.br wenwabnt.org br ii (© ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 Sumario Pagina Prefacio 1 Escopo - 2 Referéncias normativas. 3 Termos e definicées.. 4 Requisitos .. 8 44 Requi Ss gerais 8 42 \dentificacao dos espacos confinados 8 43 Antecipacao e reconhecimento dos riscos nos espacos confinados 9 44 Controle de entrada em espacos confinados........ seane 45 Tipos de protecao para equipamentos intrinsecamente seguros 5 Programa de entrada em espaco confinado... 6 Equipamentos.. B 1 92 93 10 10.1 10.2 © ABNT 2017. Geral... Equipamento de sondagem inicial e de monitoramento continuo da atmosfera Geral Correlagao entre os gases combustiveis ou inflamaveis e o gas de calibragao escolhido pelo USUATIO ne Testes de atmosfera de modo remoto e continuo .. Telas de funcionamento dos detectore: Auto-zero ou ajuste de ar limpo (FAS) . Teste de resposta (bump test ou function check) Ajuste Calibragao Sensibilidade cruzada em sensores eletroquimicos. Telas e documentagées dos detectores e cilindros de gas de teste de resposta Equipamento de ventilagéo mecanica Sistema de comunicagao Equipamentos de protecdo coletiva ¢ individual ... Movimentadores de pessoas .. Equipamentos de protegao respiratoria Equipamentos para salvamento Sistema de iluminagao Reconhecimento e avaliagao Procedimentos gerais. Procedimento de permissao de entrada GOLA ssrrrree Gerenciamento de mudangas.. Permissao de entrada e trabalho (PET) . Deveres ee Supervisor de entrada Vigias.. Todos 0s dietos reservados il ABNT NBR 16577:2017 10.3 Trabalhadores autorizados. " Servicos de emergéncia e salvamento .. W4 Geral 1.2 Sistemas de resgate 12 Satide do trabalhador 13 Prevencao de riscos em espacos confinados mediante 0 projeto .. ‘Anexo A (normative) Modelo de permissao de entrada para trabalho em espaco confinado - PET... ‘Anexo B (informative) Ventilacdo para trabalhos em espacos confinados. BA Introducao.. soy B2 Tipos de movimentadores de ar.. B3 Selecdo do conjunto motor-ventilador. Ba Acessérios E BS Recomendagées para selegao, instalagao, uso e manutencao de um sistema de ventilagac Anexo C (informetivo) Orientagées para interpretacdo das faixas de explosividade e correlagao de gases inflamaveis Bibliografia Figuras igura B.1 ~ Sistema de ventilagdo por exaustao de gases mais pesados que o ar. Figura B.2 — Sistema de ventilagao por exaustao de gases mais leves que o ar Figura 8.3 - Ventilacao local exaustora em espacos confinados, possibilitando o controle dos 19 fumos proveninentes de solda na fonte contaminante a ura B.4 — Sistema de ventilagao por exaustao em espacos confinados, mostrando 0 fendmeno de curto-circuito de ar Figura B.5 - Sistema de ventilacdo por exaustao em espacos confinados, ilustrando a corregdo do fenémeno de curto-circuito de ar através de duto Figura B.6 ~ Sistema de ventilagao por exaustao em espacos confinados, exemplificando o fendémeno de curto-circulto de ar Figura 8.7 — Sistema de ventilador por insuflacdo em espacos confinados, demonstrando 0 curto-circuito de ar pela recirculacao do ar exaurido Figura B.8 — Sistema de ventilag¢ao por exaustao em espacos confinados, corrigindo o curto-circuito de ar mediante a mudanca da posicao do ventilador... Figura B.9 — Sistema de ventilagao por insuflacéo com aberturas adicionais para evitaro curto-cicuito do ar. Figura B.10 ~ Sistema de ventilac&o por insuflacdo com a adicao de mangotes flexiveis para corrigir 0 curto-circuito de ai ones Figura C.1 ~ Falxas de explosividade. Figura C.2 ~ Correlacao de gases inflamavels..... aol Tabela Tabela B.1 — Recomendacdes de trocas de ar para ventila¢do em espaco confinado. iv © ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 Prefacio AAssociagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo conteudo é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizaco Setoriel (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE). so elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalizagao, Os Documentos Técnicos ABNT séo elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. AABNT chama a atenc&o para que, apesar de ter sido solicitada manifestagao sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados @ ABNT a qualquer momento (Lei n® 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citacdo em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, 0s Orgaos responsaveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigéncia dos requisitos desta Norma. A ABNT NBR 16577 foi elaborada pela Comissao de Estudo Especial de Espaco Confinado (ABNT/CEE-225), O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 10, de 27.10.2016 a 02.01.2017 A ABNT NBR 16577 substitui 0 contetido técnico da ABNT NBR 14787:2001, a qual foi cancelada em 20.07.2015. Q Escopo em inglés desta Norma Brasileira é o seguinte: Scope This Standard establishes the requirements to identify, characterize and recognize confined spaces. and deploy management systems to ensure, permanently, the safety and health of workers that interact. directly or Indirectly, in these areas during the work therein. @ABNT 2017 - Todos os direitos reservados v see NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16577:2017 Espaco confinado — Prevengao de acidentes, procedimentos e me de protecao 1 Escopo Esta Norma estabelece os requisitos para identificar, caracterizer e reconhecer os espagos confinados, bem como para implantar o sistema de gestio de forma a garantir, permanentemente, a seguranca ¢ @ saiide dos trabalhadores que interagem, direta ou indiretamente, nestes espagos durante a realizacao de trabalhos no seu interior. 2 Referéncias normativas (Os documentos relacionados a seguir sao indispensaveis @ aplicac&o deste documento. Para refe- réncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, at as edides mais recentes do referide documento (incluindo emendas). ABNT NBR IEC 60078-0, Atmosferas explosivas ~ Parte 0: Equipamentos — Requisitos gerais ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competéncia de laboratorios de ensaio e calibracéo 3. Termos e definicoes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigdes. 3.4 abertura de linha abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubula¢ao e seus acessdrios que esto sendo ou foram utilizados para transportar materiais I{quidos, sdlidos ou gasosos, que apresentam caracteristicas toxicas. inflamaveis ou corrosivas, cujas pressées ou temperaturas sejam capazes de causar danos pessoais ou materials NOTA Tal procedimento visa eliminar energias perigosas para o trabalho seguro no interior dos espagos confinados: 3.2 afogamento aspiracdo de sdlido ou liquide nae corporal por submersdo ou imersdo do trabalhador 3.3 analise preliminar de risco (APR) técnica de analise dos riscos presentes em que a viséo do trabalho a ser executado permite a identificaco dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, ¢ ainda propicia condi¢&o para evita-los ‘ou mitiga-los de modo @ manter uma condie&o de seguranca laboral aceitavel 3.4 ajuste em sensores dos detectores de gas procedimento de determinacdo da exatidao de medico do detector NOTA — Consiste no grau de concordéncia entre um valor medio e um valor verdadeiro pelo detector. © ABNT 2017 - Todos os direitos reservados 1 ABNT NBR 16577:2017 35 aprisionamento condiga0 de reten¢o do trabalhador no interior do espago confinado que impede a sua saida do local pelos meios normais de escape, podendo ocasionar lesdes ou morte 6 area classificada area na qual existe uma atmosfera explosiva, ou probabilidade de ocorréncia desta, ocasionada pela presenca de mistura de ar com materiais inflamaveis na forma de gas, vapor, névoa, poeira ou fibras, exigindo precaugdes especials para construgdo, instalagao, manutengdo, inspecdo e utllizagéo de equipamentos, instrumentos e acessérios empregados em instalacées elétricas 37 atmosfera de risco condigao em que a atmosfera, em um espaco confinado, possa oferecer riscos ao expor os trabalha- dores 20 perigo de morte, incapacitag&o, restri¢&o da habilidade para autorresgate, lesao ou doenca aguda causada por uma ou mais das seguintes causas: a) gés, vapor ou névoa inflamavel em concentracdes superiores a 10% do seu limite inferior de explosividade (LIE), do(s) material(ais) previamente identificados; b) poeira em uma concentrag&o no ambiente de trabalho que exceda o seu limite inferior de exolosividade (LIE) NOTA’ As misturas de poeiras combustiveis com ar podem sofrer ignigo dentro de suas respectivas faixas de explosividades, as quais so definidas pelo limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de explosividade (LSE). O LIE esta geralmente situado entre 20 gim° e 60 gim® [em condicoes normais de temperatura e press’o (CNTP)], a0 passo que o LSE situa-se entre 2 kgim’ e 6 kg/m? (nas mesmas CNTP). Caso as concentragées de poeiras puderem ser mantidas fora dos seus limites de explosividade, as explosdes serao evitadas. NOTA2 Os seguintes fatores influenciam o processo de combustdo/explosao: © particulas em suspenséo no ar, @ _particulas de tamanho conveniente ao processo de combustzo; ‘ar (oxigénio) presente no meio ambiente; * fonte de ignigao de poténeia adequada para iniciar 0 processo de combustao; © umidade relativa do ar: '* geometria do espaco confinado. NOTA3 As camadas de poeiras, diferentemente dos gases e vapores, ndo so diluldas por ventilagao geraldiluidora, ap6s 0 vazamento ter cessado. Insuflar ar aumenta a dispersao da poeira no ambiente, acentuando a suspensao do material e, consequentemente, propiciando 0 seu processo de combustéo. NOTA 4 Camadas de poeiras podem sofrer turbuléncia inadvertida e se espalharem, pelo movimento de equipamentos de transporte, deslocamento de pessoas, insufiacao de ar, funcionamento de maquinas etc. 2 (© ABNT 2017 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 NOTAS A ventilagao local exaustora (VLE), para a remocao de contaminantes no interior do espaco confinado, € recomendada em atividades que possam gerar poeiras, névoas, gases, vapores, fumos etc. e no ponte de origem, antes que estes atinjam a zona respiratoria do trabalhador. ¢) _atmosfera pobre em oxigénio, em que a concentragao de oxigénio esta abaixo de 19,5 % (v/v) d) atmosfera rica em oxigénio em que a concentracdo de oxigénio esta acima de 23 % (v/v) NOTAS percentual de oxigénio aceitavel em espagos confinados ¢ de 19,5 % a 23 % de VOL, desde que a causa da redugdo ou enriquecimento de Oz seja conhecida. E importante observar que presenca de outros gases téxicos ou inertes em baixas concentragdes, porém perigosas, podem ndo alterar a leitura do sensor de oxigénio de modo significativo. ) limite de tolerancia - definido como a concentragao atmosférica de qualquer substancia cujo valor maximo esta determinado na NR-15 do Ministério do Trabalho ou em recomendacéo mais restrtiva (ACGIH), e que possa resultar na exposig&o do trabalhador acima do limite de tolernci 38 autorresgate conjunto de acdes necessarias, e adquiridas mediante treinamento, para que uma pessoa, de forma auténoma, saia de ambientes de risco no espaco confinado ou alcance socorro apés a ocorréncia de acidentes 3.9 avaliacao de local identificago e quantificacdo dos riscos aos quais os trabalnadores possam estar expostos em um espaco confinado. A avaliacdo inclul, ainda, a especificac&o da metodologia e bloqueios a serem realizados e os seus respectivos critérios NOTA — recomendada que a metodologia possibilite aos responsaveis planejar e implementar medidas de controle adequadas para a protego dos trabalhadores autorizados bem como garantir que as condigdes de entrada estejam aceitaveis e sejam mantidas durante todo o periodo de execugao do servigo. 3.10 calibragao operacdo que estabelece, sob condigSes especificadas, em uma primeira etapa, uma relagdo entre os valores e as incertezas de medigao fornecidos por padres e as indicagées correspondentes com as incertezas associadas; em uma segunda etapa, utiliza esta informagao para estabelecer uma relacdo visando 2 obtencdo de um resultado de medicao a partir de uma indicacao NOTA’ Uma calibragao pode ser expressa por meio de uma deciaragao, uma fungao de calibragao, um diagrama de calibragdo, uma curva de calibragao ou uma tabela de calibracdo. Em alguns casos, pode consistir em uma corregdo aditiva ou multiplicativa da indicag&o com uma incerteza de medi¢ao associada. NOTA2 Convém nao confundir a calibrago com o ajuste de um sistema de medigdo, frequentemente denominado de maneira impréaria de “autocalibragao", nem com a verificagao da calibracao. NOTA3 Somente a primeira etapa na defini¢do descrita em 3.10 ¢ entendida como sendo calibracao. [FONTE: ABNT ISO/IEC Guia 99:2014, 2.39] 3.11 calibracao acreditada calibracdo realizada por um laboratério que possui acreditacao junto ao Inmetro (© ABNT 2017 - Todos os direitos reservados 3 ABNT NBR 16577:2017 3.42 compostos organicos volateis (COV) compostos organicos que possuem elevada pressdo de vapor, ou seja, que so facilmente vaporizados em condi¢des normais de temperatura e pressdo ambientes. Uma grande variedade de moléculas a base de carbono, como aldeldos, cetonas e outros hidrocarbonetos leves sao considerados COV 3.13 condicao de entrada condigSes do meio ambiente de trabalho que permitem a entrada em um espago confinado onde haja critérios técnicos de protegdo para fatores de riscos, como os atmostéricos, fisicos, quimicos, biolégicos. ergonémicos e mec4nicos, assegurando, assim, a seguranga dos trabalhadores NOTA So exemplos de riscos associados: inundac&o, soterramento, engolfamento, incéndio, choques elétricos, eletricidade estatica, queimaduras, quedas, escorregamento. impacto, esmagamento, amputagdes © outros que possam afetar a seguranga e salide dos trabalhadores. 3.44 condicdo imediatamente perigosa a vida ou a satide (concentragao IPVS) © nivel maximo de exposi¢do, no qual o trabalhador pode escapar na eventualidade de o respirador falhar, sem perda de vida ou a ocorréncia de efeito irreversivel @ saude, imediato ou retardado. NOTA Os valores mencionados, representado em inglés como “Immediately Dangerous to Health and Life - IDHL", esto apresentados pelo NIOSH na publicacao “Pocket Guide to Chemical Hazards”. 3.15 condicao proibitiva de entrada qualquer condie20 de risco que ndo permita a entrada de trabalhador no interior do espago confinado, para preservar a sua integridade fisica 3.16 controle de fontes de energia metodologia ¢ dispositivos de bloqueio e etiquetagem que utilizam meios fisicos para manter o sistema eM posicao segura, eliminando a possibilidade de que qualquer forma de energia se encaminhe 20 sistema inadvertidamente 3.47 emergéncia evento no planejado que representa perigo aos trabalhadores ou & populagao e que pode causar danos significativos ao patriménio e ao meio ambiente, gerando prejuizos econémicos, perdas de vidas humanas ou interrup¢o do processo produtivo 3.18 ‘engolfamento condig&o em que um material particulado sélido possa envolver uma pessoa, e que durante o processo respiratorio, a inalac&o posse vir a causar inconsciéncia ou morte por asfixia, qualquer forma de energia que possa causar a morte, ferimentos ou danos a salide dos trabalhadores 3.20 entrada em espagos confinados aco pela qual o trabalhador adentra um espago confinado, que se corpo ultranassa o plano de uma abertura deste quando qualquer parte do a © ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 3.21 ‘equipamentos de medicao atmosférica para controle de gases e vapores detectores dotados de sensores especificos para gases e vapores previamente identificados no espaco confinado 3.22 equipamentos de salvamento materiais necessarios para que a equipe de salvamento possa utilizar nas operagdes de salvamento ‘em espacos confinados, previstos nos possiveis cenarios de acidentes obtidos a partir das anlises de riscos 3.23 equipamento intrinsecamente seguro (Ex I) situacdo em que um equipamento no é capaz de liberar energia elétrica ou térmica suficiente para causar a igni¢éo de uma dada atmosfera explosiva, em condicées normais de operac&o (abrindo ou fechando o circuito) 0u anormais (como no caso de curto-circulto ou auséncia de aterramento), con- forme expresso no certificado de conformidade do equipamento 3.24 ‘equipe de salvamento pessoal regularmente treinado para situagdes de emergéncia, capaz de prestar os primeiros socorros, com aptidao fisica e mental compativel com a atividade de salvamento de trabalhador acidentado, localizado no interior de espago confinado 3.25 espaco confinado qualquer 4rea no projetada para ocupacéo humane continua, a qual tem meios limitados de entrada e saida ou uma configurago interna que possa causar aprisionamento ou asfixia em um trabalhador ena qual a ventilacdo é inexistente ou insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou defi- ciéncia/enriquecimento de oxigénio que possam existir ou se desenvolver ou conter um material com potencial para engoifar/afogar um trabalhador que entrar no espaco 3.26 espaco confinado “nao perturbado” caracteristica técnica do espago confinado, definida no cadastro com os riscos inerentes ao local, antes de o trabalhador adentrar neste espago. As medidas de controle de riscos so norteadas pela permissao de entrada € trabalho (PET) 3.27 espaco confinado “perturbado” caracteristica da alteracdo ocasionada pela(s) atividade(s) que sera(€o) executada(s) no interior do espaco confinado, sua dindmica de evoluc&o de riscos associada aos riscos presentes no espago confinado “nao perturbado”. Neste caso, as medides de controle de riscos s4o baseadas na andlise preliminar de risco (APR) 3.28 espaco confinado simulado espaco confinado representativo em tamanho, configuragao € meios de acesso para o treinamento do trabalhador. simulando as condig6es reais e que nao apresenta riscos a sua seguranga e salide 3.29 gerenciamento de mudanca atuecdo no tempo e por meio de mecanismos apropriados. por parte do empregador ou seus pre- postos, que o(s) permite(m) identificar, analisar, autorizar a implementagdo, avaliar a eficacia e con- {@ ABNT 2017 - Todos 08 oiretos reservados 5 ABNT NBR 16577:2017 cluir mudangas de modo que seus riscos sejam eliminados ou mitigados ainda na fase pré-potencial, ou seja, antes que se tornem n@o-conformidades reais capazes de gerar acidentes ou outras perdas 3.30 Inertizacao procedimento de seguranca em um espago confinado que visa evitar uma atmosfera potencialmente explosiva por meio do deslocamento desta por um fiuido inerte, Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente em oxigénio 3.34 isolamento separacdo fisica entre uma @rea ou espaco considerado préprio e permitide ao acesso do trabalhador, de ume outra Area ou espaco considerado impréprio (perigoso) ¢ ndo preparado ao acesso seguro 3.32 limite inferior de explosividade (LIE) ponto onde existe a minima concentrag&o para que uma mistura de ar + gas/vapor/poeira se inflame 3.33 limite superior de explosividade (LSE) ponto maximo onde ainda existe uma concentragao de mistura de ar + gas/vapor/poeira capaz de se inflamar 3.34 monitoramento remoto monitoramento realizado por captac&o da atmosfera a disténcia por meio de bomba de aspiragéo automatica (interna ou externa) ou manual, por meio de suc¢éio realizada por aspirador do tipo pera acoplado & mangueira, com ponteira rigida (para medicao horizontal) e/ou mangueiras (para medigao vertical 3.35 monitoramento continuo monitoramento realizado em tempo real e ininterrupto em uma determinada atmosfera. Deve ser realizado proximo ao local onde 0 trabalhador estiver realizando suas atividades. A presenca de trabalhadores em espacos confinados contidos em grandes Areas pode necessitar de mais de um instrumento para o monitoramento continuo, dependendo do raio de a¢&o do aparelho em uso 3.36 mudanca qualquer alteracéo permanente ou tempordria relativa a uma instalacao, atividade e/ou operacdo existente(s), durante todo o seu ciclo de vida, que modifique os riscos identificados ou altere sua confiabilidade NOTA Esta definig&o inclui mudangas de pessoas, de condigdes do ambiente de trabalho, maquinas, ‘equigamentos e ferramentas, matérias-primas e utilidades de processo (incluindo parametros variaveis como temperatura. press, vaz¥o e concentragao), natureza e caracteristicas de reagdes quimicas, residuos € rejeitos gerados pelo trabalho; procedimentos e métodos de trabalho (incluindo ordens gerenciais € atos de supervisao) 3.37 permissao de entrada e trabalho (PET) autorizacdo escrite e documentada em trés vias que é emitida pelo supervisor de entrada, para permitir e controlar a entrada e atividades no espago confinado, baseada no procedimento de permissao 6 © ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 3.38 procedimento de permissao de entrada e trabalho programa geral elaborado pelo empregador por meio do responsavel técnico (RT), que contempla ‘© reconhecimento, a avaliacdo e o controle de todos os riscos ¢ plano de emergéncia nas atividades realizadas em espacos confinados 3.39 reconhecimento processo de identificaco dos espagos confinados € seus respectivos riscos 3.40 supervisor de entrada pessoa capacitada para autorizar a entrada em espaco confinado para a realizacao de trabalho seguro, responsavel por preencher e assinar a PET 3.44 trabalhador autorizado profissional com capacitago para entrar no espaco confinado que recebe autorizacao do empregador, ‘0u Seu preposto, ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes 3.42 vedo tampa, tampao ou vedacdo para qualquer abertura horizontal, vertical ou inclinada 3.43 ventilacao procedimento de movimentar continuamente uma atmosfera limpa para 0 interior do espago confinado, de acordo com 0 tipo de contaminante, por meio de ventilaao geral diluidora (VGD) ou ventilagao local exaustora (VLE) ou métode combinado 3.44 ventilagao geral diluidora (VGD) processo de renovacao do ar de um espago confinado por meio da insuflagdo e/ou exaustao de ar, cuja finalidade € de promover a renovagao de ar, redug&o da concentrac&o de contaminantes e con- forto térmico 3.45 ventilacao local exaustora (VLE) tem a finalidade de exaurir o contaminante na fonte ou suas imediagdes para evitar que se espalhe no interior do espago confinado 3.46 vigla ttrabalhador capacitado, designado e responsdvel pelo acompanhamento, comunicagao e ordem de abandono do espaco confinado pelos trabalhadores ©ABNT 2017 - Todos os diet reservados: 7 ABNT NBR 16577:2017 4 Requisitos 4.1 Requisitos gerais Os seguintes requisitos se aplicam aos espagos confinados: a) devem ser eliminadas quaisquer condigdes que tome insegura a operacéo de abertura no momento anterior & remocao de um vedo, tampa ou tampao de entrada; b) _ elaboracdo de procedimente de controle de energias perigosas relacionadas ao espaco confinado, mediante identificacdo, bloqueio e sinalizacao; c) em casos de trabalho em atmosfera IPVS ou potencialmente capaz de atingir niveis de atmosfera IPVS. os trabalhadores devem estar treinados para utilizar 05 equipamentos de prote¢o individual (EPI) € principalmente os equipamentos de protegéo respiratéria (EPR) que garantam a sua salide ¢ integridade fisica, d) para selego, uso, inspec4o, manutenedo, higienizac&o, guarda e descarte de EPR, ¢ utilizacdo de ar comprimido respiravel, devem ser seguidas todas as normativas contidas no Programa de Protec&o Respiratoria (PPR), recomendagdes, selecdo e uso de respiradores da FUNDACENTRO,, ndo se atendo apenas a esses tépicos como também para condigdes em atmosferas IPVS; €) a ventilagao ¢ aplicével a todos os espacos confinados e o método deve ser selecionado através de critérios técnicos para cada caso. Os métodos podem ser ventilagao geral diluidora (VGD) e ventilag&o local exaustora (VLE) ou a combinagao de ambas. Certificar-se de que o ventilador tem a capacidade necessaria para as trocas de ar recomendadas. O dimensionamento do exaus- tor/insufiador a ser utilizado deve levar em conta o numero de trocas de ar necessarias dentro do espaco confinado para que se atinjam as condicbes minimas para a execugao dos trabalhos, em condigdes seguras, dentro de um tempo desejado; f) se uma atmosfera perigosa for detectada durante a entrada no espaco confinado, as seguintes medidas devem ser tomadas: — 0 espaco deve ser analisado para determinar como a atmosfera perigosa se desenvolveu, registrando os dados — ocempregador, ou seu preposto, deve verificar se o espace confinado esta seguro para entrada © garantir cue as medidas que antecedem a entrada tenham sido tomadas e consignadas na permissao de entrada e trabalho (PET). S40 tipos de espacos confinados (nao se limitando a estes): vasos, colunas, tanques, silos, casa de bombas, caixas d’agua, cisternas, torres, galerias subterréneas, forros técnicos, caldeiras, vasos de pressdo, reatores, tanques de combustivel, vagdes, valas, trincheiras, diques, contéineres, tubuldes. caixas de inspec&o, tUneis, dutos de ventilagao, cémaras, fornos, asas de aviéo, compartimento de cargas, trocadores de calor, carter. pordes e outros. 4.2. \dentificagao dos espagos confinados Todos os espacos confinades devem ser adequadamente sinalizados, identificados e isolados, para evitar que pessoas nao autorizadas adentrem estes locais. 8 © ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 (© cadastro de espaco confinado do tipo “nao perturbado” deve conter no minimo as seguintes informacées: — volume em metros cuibicos (m3); numero de entradas, acessos ou “bocas de visita”, dimensdo, geometria e forma de acessos; fatores de riscos medidas de controle desses riscos; € plano de salvamento A anélise preliminar de risco para espago confinado do tipo “perturbado", que envolva utilizagéo de produtos inflamaveis, deve ser cuidadosamente estudada devido ao risco de incéndiolexplosdo, de acorde com as caracteristicas dos produtos que serdo utilizados. Deve-se analisar a Ficha de Informac3o e Seguranga de Produto Quimico (FISPQ) dos produtos quimicos, observando-se as pro- priedades fisico-quimicas a seguir: densidade, LIE ou LEL, ponto de fulgor e a temperatura de ignicao. 4.3. Antecipacao e reconhecimento dos riscos nos espacos confinados (Os dads de monitoramento e inspegao, que darao suporte na identificag&o dos riscos dos espacos confinados, devem ser coletados. 4.4 Controle de entrada em espacos confinados Deve ser desenvolvido e implantado um programa por escrito, contemplando a permiss&o de entrada. Este programa deve estar cisponivel para o conhecimento cos trabalhadores, seus representantes autorizados e 6rg4os fiscalizadores. Se o empregador, ou seu preposto, decidir que os trabalhadores contratados e subcontratados nao podem entrar no espaco confinado, o empregador deve tomar todas as medidas efetivas para evitar que estes trabalhadores entrem no espago confinado. Antes de um trabalhador entrar em um espaco confinado, a atmosfera interna deve ser verificada pelo supervisor de entrada, com um instrumento de leitura direta, calibrado e verificado antes do seu uso, adequado para trabalho em areas potencialmente explosivas, intrinsecamente seguro, protegido contra emiss6es eletromagnéticas ou interferéncias de radiofrequéncias para as seguintes condi¢Ses: a) concentrac&o de oxigénio; NOTA O percentual de oxigénio aceitavel € de 19,5 % a 23 % de VOL, desde que a causa da reduedo ou enriquecimento de O> seja conhecida. A presenca de outros gases toxicos ou inertes em concentragdes perigosas podem nao alterar a leitura do sensor de Oa. b) gases e vapores inflamaveis presentes ou passiveis de serem originados no espa¢o confinado perturbado: c)_contaminantes do ar potencialmente téxicos presentes ou passiveis de serem originados no espace confinado perturbado. CO registro dos dados supracitados deve ser documentado pelo empregador, ou seu preposto, e estar disponivel par os trabaihadores que adentrem o espaco confinado. @ABNT 2017 - Todos os direitos reservados 9 ABNT NBR 16577:2017 4,5. Tipos de prote¢ao para equipamentos intrinsecamente seguros Devem ser aplicados tipos de protegéo para equipamentos intrinsecamente seguros, conforme Portaria 83 do INMETRO € NR-10 e alterag6es posteriores. 5 Programa de entrada em espaco confinado Um programa de entrada em espago confinado deve ser estabelecido, com as seguintes finalidades: a) _menter permanentemente um procedimento de permisséo de entrada que contenha a permissao de entrada, arquivando-a: b) implantar as medidas necessarias para prevenir as entradas n&o autorizadas; ©) identificar e avaliar os riscos dos espacos confinados, antes da entrada dos trabalhadores; ) providenciar treinamento periédico para os trabalhadores envolvidos com espacos confinados ‘s00re 05 riscos a que esto expostos, medidas de controle e procedimentos seguros de trabalho; 2) manter por escrito os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos trabalhadores autorizados, com os respectivos nomes e assinaturas; 1) Implantar 0 servico de emergéncias e salvamento, com equipe treinada e dotada de equipamentos em perfeitas condi¢es de uso, mantendo-o sempre disponivel quando da realizacao de atividades em espacos confinados: g) providenciar exames médicos admissionais, periddicos, de mudanca de fungao, de retorno ao trabalho € demissionais, com emissao dos respectivos atestados de sauide ocupacional, bem como abordar os exames complementares, requisitados pelo médico do trabalho e previstos no Programa de Controle Médico de Satide Ocupacional (PCMSO). de acordo com a avaliagao de ‘cada espaco confinado; h) desenvolver e implementar os meios, procedimentos e praticas necessarias para operacées de entradas seguras em espagos confinados, incluindo no minimo os seguintes tépicos: — manter o espaco confinado devidamente sinalizado e isolado, providenciando o controle dos riscos mapeados para proteger os trabalhadores que nele entrarao; + @ — implementar travas ¢ bloqueios, quando houver necessidade; — proceder a avaliagéio da atmosfera quanto & presenca de gases ou vapores inflamaveis ou toxicos e @ concentracao de oxigénio. Antes de efetuar a avaliagdo da atmosfera, realizar teste de resposta do equipamento de detecg&o de gases: — proceder @ avaliagéo da atmosfera quanto a presenca de poeiras, quando reconhecido 0 risco: — purgar, inertizar, neutralizar, lavar ou ventilar o espago confinado, para eliminar ou controlar 08 riscos presentes no meio ambiente de trabalho; — proceder @ avaliacdo de riscos atmostéricos, fisicos, quimicos, biolégicos, ergonémicos @ mecénicos que garantam a seguranga dos trabalhadores, 10 (© ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 6 Equipamentos 6.1 Geral Os requisitos a seguir devem ser observados para todos os equipamentos: @) 05 equipamentos devem estar em perfeitas condi¢des tecnicas de funcionamento e operacaéo; b) 05 equipamentos devem estar disponiveis para utiizagao pelos trabalhadores capacitados, vigias € supervisores, sem custo para os mesmos; ¢) adocumentacao referente @ capacitagao de operacdo deve ser comprovada mediante certificado. ‘Aempress é obrigada a fornecer, em perfeito estado de funcionemento, sem custo aos trabalhadores, 08 equipamentos relacionados de 6.2 a 6.9. 6.2 Equipamento de sondagem inicial e de monitoramento continuo da atmosfera 6.2.1 Geral 6.2.1.1 Os equipamentos de sondagem inicial e de monitoramento continuo da atmosfera devem ser calibrados e testados antes do seu uso, e adequados para o trabalho em areas potencialmente explosivas, caso estas areas sejam reconhecidas. 6.2.1.2 Os equipamentos de medi¢o que forem utilizados no interior dos espagos confinades, com risco de explosdo, devem ser intrinsecamente seguros (do tipo Ex i) e protegidos contra interferéncia eletromagnetica de radiofrequéncia. Assim como os equipamentos posicionados préximos @ parte externa no entorno des espagos confinados considerados como areas classificadas. 6.2.1.3 O detector do tipo multigés convencional (denominado “multigés") monitora quatro variaveis, (conforme sua configurag&o), como: concentrago de oxigénio (Oz); limite inferior de explosividade (LIE) ou lower explosive limit (LEL) para gases e vapores combustiveis ou inflamaveis; concentragéo de monéxido de carbono (CO); e concentracao de 94s sulfidrico ou sulfeto de hidrogénio (H2S), Para qualquer outro tipo de gs, que seja identificado no ambiente perigoso, sensores dedicados devem ser configurados de forma complementar ou com o uso de instrumento para 0 gas identificado (detector do tipo monogas) 6.2.1.4 Os detectores devem ser adequados aos riscos presentes e possivels nos espacos confinados, ¢, ainda, dotados das seguintes caracteristicas: a) operar tanto por aspirac&o como por dlfuséo; b) _possibilitar niveis de estabilizac&o do sensor de oxigénio deve estar situado entre 20,8 % VOL O2 © 20,9 % VOL Oz. O manual do fabricante ou fornecedor do detector deve ser consultado sobre esta concentracao: ¢) alertar 0 trabalhador sobre os riscos presentes no ambiente ao ativar, simultaneamente, alarmes sonoro, visual e vibratério: d) _alarmar para notificar quando a carga da bateria estiver baixa; e) apresentar nivel de protegdo contra interferéncia por radiofrequéncia, devendo suportar campo elétrico de 10 Vim. Todos os dirt reservados " ABNT NBR 16577:2017 NOTA Um celular em transmissdo emite um campo de 27.5 Vim (Resolugo ANATEL n° 303 para exposi¢ao humana). Um radio préximo a antena, em transmissdo, podera emitir um campo aproximado de 700V/m, ocasionando, portanto, falsas leituras no detector de gas. Outros equipamentos eletrénicos podem causar interferéncia de campo eletromagnético. A unica medida preventiva para evitar essa ocorréncia ¢ mantendo-se a distancia destes equipamentos de no minimo 30 cm do detector. E recomendado que o operador verifique o manual do fabricante a fim de conhecer a sua possivel emissao eletromagnética f) ter nivel de protegdo contra ingresso de poeira ¢ agua (grau de proteao) adequado para as condic¢des as quais pode ser exposto; NOTA © termo em inglés ingress protection (IP) ¢ usualmente utilizado e corresponde ao grau de protecao. g) permitir consulta acs registros de verificagao e ajuste por meio de gas utilizado para realizar 0 teste de resposta ‘bump test e alarmes, controlados por nlimero de série de cada instrumento. 2 Correlacao entre os gases combustivels ou inflamaveis o gas de calibracao escolhido pelo usuario, 6: 1 Os seguintes requisitos devem ser atendidos: a) 0 sensor que mede gases combustiveis ou inflamaveis deve estar ajustado para o gas-alvo que se deseja medir, porém no ambiente industrial dificilmente se encontra apenas um gas. Neste caso, 0 ajuste pode ser feito para um gs cuja resposta do sensor seja suficientemente proxima a0(s) valor(es) real(ais) da mistura ou para valores mais restritivos; b) 0 fabricante e/ou fornecedor do equipamento deve descrever no manual de operac&o, entregue com o detector. os fatores de correlagéo quando o detector for utilizado com gases diferentes daquele utilizado na calibragdo; c) a escolha do gas-alvo de ajuste e do fator de correlagéo tem como objetivo a corrego das leituras nos instrumentos. As leituras nos espagos confinados podem dar uma falsa indicacdo de seguranga. quando estiverem presentes gases cujos limites inferiores de explosividade forem muito baixos. d) deve-se considerar atmosfera de risco de inflamaveis igual ou superior a 10 % do LIE do(s) gas(es) previamente identificado(s). 6.2.2.2 Na possibilidade da presenga de compostos organicos volateis (COV), nao é recomendado © uso do sensor de gas/vapor combustivel ou inflamavel como modo de deteccdo. Nestes casos, © detector por fotoionizagao ¢ o mais apropriado por ser capaz de detectar até partes por bilh&o (ppb) do gas ou vapor no meio ambiente de trabalho. 6.2.3 Testes de atmosfera de modo remote e continuo Os requisitos € procedimentos para os testes de atmosfera de modo remoto e continuo devem ser conforme a seguir: a) 0 detector de gas deve operar para monitorar a atmosfera de maneira continua; b) existem duas maneiras de utilizar detectores de gases portateis: monitoramento remoto ou presencial (quando 0 trabalhador estiver portando 0 detector). Em ambos os casos, é preciso que os gases entrem em contato com os sensores do detector. O contato pode se dar por meio 12 © ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 da difusdo dos gases, de forma passiva. © monitoramento também pode ser feito por meio de Um conjunto contendo detector, bomba de amostragem para sucgao e outros acessérios (como a linha de amostragem e a ponta de prova). Este sistema propicia o acesso dos gases aos sensores 20 forgar o contato gasidetector, c) © conjunto detector. bomba, linha de amostragem e ponta de prova deve ser testado antes do uso € 0 detector equipado com os seus acessérios. O sistema deve possuir alarme para indicar a obstrugao do fluxo de ar coletado para amostragem: d) caso esteja utllizando acessérios para realizar 0 monitoramento remoto, néo se pode deixar a extremidade da linha de amostragem entrar em contato com liquidos ou material particulado, evitando medidas erréneas e danos ao instrumento: e) utilizar somente linhas de amostragem e pontas de prova aprovadas pelo fabricante ou fornecedor, conforme descrito no seu manual; f) _certos tipos de linha de amostragem absorvem determinados gases toxicos, como 0 cloro (Cl2) & @ aménia (NH3). Consultar 0 fabricante ou fornecedor do instrumento para determinar o material adequado, 6.2.4 Telas de funcionamento dos detectores Os detectores devem possulr telas de funcionamento dos dectores, isto é, um sistema para indicar os seguintes parametros de medi¢ao no mostrador do equipamento: a) permitir a leitura instantanea; b)__indicar o valor de pico/memorizag&o do maior valor de um intervalo de tempo; NOTA Os valores de leitura para transcrigo na PET devem ser tomadas da tela do valor de pico, logo apés as medicdes. ¢) mostrar o limite de exposigao de curta durac&o (STEL), que representa a concentracéo média ponderada no tempo durante 15 min (apenas para sensores de gases toxicos); NOTA © termo em inglés short term exposure limit (STEL) é usualmente utilizado e corresponde a limite de exposicao de curta duragao. d) apresentar o limite de exposigéo de longo prazo (TWA), que consiste na concentragéo média ponderada no tempo para uma jornada de trabalho de 8 h (apenas para os sensores de gases téxicos) NOTA 0 termo em inglés time weighted average (TWA) é usualmente utiizado e corresponde a limite de exposigao de longo prazo. 6.2.5 Auto-zero ou ajuste de ar limpo (FAS) O auto-zero, também conhecido como ajuste de ar limpo, é um importante recurso dos detectores de gases que estabelece a referéncia de zero para todos os sensores de monitoramento de gases € vapores inflamaveis, e contaminantes téxicos, além de ajustar o sensor de oxigénio para a concentracao normal dessa substancia no ar. NOTA — Otermo em inglés ‘resh air setup (FAS) € usuaimente utlizado e corresponde a ajuste de ar limpo. dos 08 aivetos reservados 13 ABNT NBR 16577:2017 © auto-zero compensa os efeitos de envelhecimento decorrentes das contaminagées presentes no ambiente onde se utiliza o sensor, evitando possiveis erros de leitura. Alguns cuidados devem ser adotados durante esta aco, como: a) realizé-lo somente em ambiente com ar limpo. Caso no seja possivel assegurar a qualidade do ar ambiente, 0 auto-zero no pode ser feito; b) no respirar préximo 20(s) ensor(es) durante a execugac desta fungdo, visto que o didxido de carbono (CO») liberado na expiragao reduzira a concentracdo de oxigénio no ar monitorado; cc) variagSes na press&o atmosférica (altitude) influenciam a leitura do sensor de oxigénio € precisam ser consideradas’ d) proceder ao auto-zero diariamente, ao ligar 0 detector e antes de medir a concentragdo de gases Ro espaco confinado; ) no utilizar o auto-zero em substituig&o ao teste de resposta ou de ajuste. 6.2.6 Teste de resposta (bump test ou function check) O teste de resposta é a verificacdio obrigatoria e qualitativa do detector para verificar a sua funciona- lidade. Este teste deve confirmar se 0 caminho de acesso do gas ao sensor esta desobstruido, bem como o perfeito estado de funcionamento do sensor € dos alarmes. As etapas para o teste de resposta devem contemolar: a) realizar um teste de resposta diariamente e antes do uso do instrumento, com a utilizagéo do gés de prova (teste), dentro do prazo de validade e conforme orientag&o do fabricante ou fornecedor; b) realizar testes frequentes, caso o dispositivo seja submetido a choques fisicos ou a altas concentragdes de contaminantes; c) seguir as demais orientagdes a respeito do método descrito pelo fabricante para realizar um teste de resposta apropriado, de acordo com o modelo do detector ¢ tipos de sensores do instrumento. A aprovagao para 2 utilizacéo do detector depende do resultado positive no teste de resposta ou 0 ajuste adequado do sensor. O teste de resposta ndo é um teste de acuracidade e sim, um teste de funcionalidade do instrumento. 6.2.7 Ajuste 6.2.7.1. © ajuste é © procedimento de alinhamento da exatidao da medida do detector, que pode ser realizado 2 qualquer momento para assegurar a precisdo na leitura. Um ajuste bem-sucedido consiste em alinhar a resposta do sensor para corresponder ao valor da concentra¢éo medida de um determinado gas, quando exposto a ele. © ajuste deve ser realizado por usuario capacitado. 6.2.7.2 O processo de ajuste tem como objetivo atualizar o ponto de referéncia dos sensores. Isto permite que © detector atualize 0 fator de resposta com base em uma mistura de gases com concentracSes previamente conhecidas e dentro do prazo de validade, garantindo a correta medida da concentragao de gases no interior do espaco confinado. 6.2.7.3 Oajuste deve ser realizado em local ventilado, na presenca de ar sem contaminantes, em um ambiente similar em relac&o a umidade e pressao atmosférica ao qual sera utilizado. O procedimento deve seguir as orientagdes do fabricante ou fornecedor para realizar um ajuste apropriado, de acordo com 0 modelo do detector e os tipos de sensores utilizados. 14 (@ ABNT 2017 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 6.2.7.4 Os desvios de ajuste ocorrem mais frequentemente nas seguintes condigées: a) degradaco com o passar do tempo e frequéncia de exposi¢éo a gases; b) degradacao causada por exposi¢ao a contaminantes como fosfatos, fésforo e chumbo; ¢) degradac&o quimica gradual dos sensores e desvio em componentes eletrénicos ao longo do tempo: 4) utilizagdo em condigées ambientais extremas, a exemplo de temperaturas e umidades muito baixas ou altas, € alto nivel de material particulado em suspenséo no meio ambiente a ser monitorado: e) exposi¢ao a altas concentragdes do gas ou vapor de interesse; f) exposig&o de sensores cataliticos a silicones volateis. gases de hidreto, hidrocarbonetos halogenados e gases de sulfeto; 9) exposi¢do de sensores eletroquimicos de gases téxicos a vapores de solventes e gases altamente corrosivos: h) chogues fisicos que podem afetar os componentes eletronicos e/ou circuits do detector; i) substituigdo de um cu mais sensores quando o detector for reprovado no teste de resposta ou no auto-zero. 6.2.7.5 0 intervalo de ajuste deve ser recomendado pelo fabricante para o modelo de instrumento em questo. O fabricante deve explicitar, no manual de operac&o, 0 intervalo recomendado para o gjuste dos sensores. A mensagem no visor do detector, no idioma portugués do Brasil, deve coincidir com a informacao do fabricante de ajuste vencido e nao de calibracdo vencida. 6.2.7.6 Quando um sensor € reprovado no ajuste, ele deixa de ser capaz de ler valores de concentragao de gas dentro de limites de erros aceitaveis. Isto significa que o final de vida util do sensor foi atingido e deve ser substituido por um profissional. devidamente treinado e autorizado pelo fabricante ou fornecedor. Apés a substituigéo do sensor, o detector deve ser ajustado com sucesso para ento voltar a ser utilizado. 6.2.8 Calibragéo Aexatidao do detector de gas € ajustada por meio da calibracdo e este procedimento é executado em duas etapas. Na primeira etapa, uma leitura de base (zero) ¢ fetuada em um ambiente de ar limpo. Na segunda etapa, os sensores so expostos a concentragdes de gases conhecidas. O instrumento usa esta base e a concentrag&o de gas conhecida para determinar a escala de medig&o da sua res- posta 20 gs. Por esta operagao, pode-se estabelecer e corrigir 0 erro de medicao do detector de gés. Este tipo de procedimento deve ser realizado em laboratério de ensaio e calibrag&o, que atendam aos requisitos da ABNT NBR ISO IEC 17025. E importante ressaltar que n&o cabe ao laboratério acreditado definir 0 prazo de validade da calibrac&o, pois a responsabilidade por assegurar que 0 equipamento esteja em condigdes de utllizagao € da empresa que adquiriu 0 equipamento. Por meio de seus procedimentos e politica de seguranca, a empresa determina o intervalo de calibrac&o a partir da analise da atividade, riscos envolvidos, histdrico das condig6es de trabalho e recomendacées do fabricante presentes no manual de instrucdes. © ABNT 2017 - Todos os diratos reservados 15 ABNT NBR 16577:2017 6.2.9 Sensibilidade cruzada em sensores eletroquimicos E possivel encontrarmos sensores eletroquimicos que apresentam sensibilidade cruzada em relagéo a gases diferentes do gés a0 qual se destina o sensor. Este fendmeno consiste na interferéncia da medida do gas de interesse por outros também presentes no meio ambiente de trabalho. Por isso, esta interferencia deve ser determinada para corrigir erros na medic&o do gas pelo detector. Visto que podem existir muitas possibilidades de sensibilidades cruzadas, o fabricante ou fomecedor autorizado deve descrever, no manual do instrumento, os casos mais comuns em relagdo @ sensibilidade de todos os sensores eletroquimicos. 6.2.10 Telas 6 documentagées dos detectores e cilindros de gas de teste de resposta O fabricante ou fornecedor dos detectores e cilindros deve atender aos seguintes requisitos: a) prover telas, programas e seus respectivos manuals de operagao e manutengdo no idioma por- tugues do Brasil b) adotar unidades de medidas dos cilindros de gases de teste de resposta, ajuste e calibracdo convertidas para as mesmas medidas dos sensores instalados nos detectores, e as etiquetas dos detectores devem estar no idioma portugués do Brasil; ©) entregar junto com os cilindros de gases de teste de resposta, ajuste e calibracéo os respectivos certificados de analise no idioma portugués do Brasil; 4) disponibilizar treinamento e material didatico para os usuarios de detectores no modelo adquirido pela empresa, em todas as fungées de operacdo e interpretacdo de alarmes. 6.3 Equipamento de ventilagao mecanica Um equipamento de ventilagéo mecanica deve ser utilizado para obter as condi¢ées de entrada aceitaveis, por meio de insuflag&o e/ou exaustao de ar. Os ventiladores devem ser adequados 20 trabalho. Ventiladores em éreas classificadas devem possuir marcacao apropriada, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 e @ Portaria INMETRO n° 179/2010 bem como serem protegidos contra descargas eletrostaticas, incluindo aterramento dos equipamentos, conforme as subsegdes 12.14 € 12.15 da NR 12 — Seguranca no Trabalho em Maquinas e Equipamentos. 64. Sistema de comunicagéo O sistema de comunicacdo deve estar em perfeito estado de funcionamento, propiciando um didlogo adequado ¢ eficaz entre o supervisor de entrada € 0 vigia, 0 vigia € 0(s) trabalhador(es) e 0 vigia € a equipe de salvamento Sistemas de comunicagéo com a utilizagao de radios ou dispositivos elétricos/eletrénicos, em areas classificadas, devem possuir marcag&o apropriada, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 e Portaria INMETRO n° 179/2010. 6.5 Equipamentos de protecao coletiva e individual Os eguipamentos de protegao coletiva e individual devem ser adequados ao meio ambiente de trabalho. 16 © ABNT 2017 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16577:2017 6.6 Movimentadores de pessoas Os movimentadores de pessoas devem ser adequados ao meio ambiente de trabalho 6.7 Equipamentos de protecao respiratéria Os equipamentos de protecdo respiratéria devem ser proprios aos riscos respiratérios potenciais © presentes, de acordo com o programa de protegdo respiratéria (PPR) da Fundacentro. 6.8 Equipamentos para salvamento Devem ser utilizados equipamentos para salvamento e para atendimento de primeiros socorros. 6.9 Sistema de iluminagao © sistema de iluminag€o deve estar em perfeito estado de funcionamento. Se utilizado em areas classificadas, o sistema deve possuir marcag&o apropriada, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 @ Portaria INMETRO n° 17/2010. 7 Reconhecimento e avaliagao Noreconhecimento e avaliagao de espagos confinados, a seguinte metodologia deve serimplementada: a) reconhecer os espagos confinados existentes, cadastrando-os e sinalizando-os; b)_restringir e controlar o acesso a todo e qualquer espaco confinado; ©) considerar que operagdes nas superficies de gros séo extremamente perigosas e que a entrada movimentagao de trabalhadores sobre massa de gros ou materiais que oferecam riscos de engolfamento, soterramento, afogamento e sufocamento so proibidas, salvo quando garantidas. por meio de anélise de riscos e adoc4o de medidas de carater coletivo e/ou individual comprovademente efetivas. Deve ser mantida a sinalizacdo especifica na entrada do local de armazenamento, constando os seus riscos € a proibigéo de acesso; d) garantir a divulgagao da localizag&o e da proibico de entrada em espago confinado para todos os empregados, préprios ou terceirizados; ) designare capacitaras pessoas que tém obrigacées ativas nas operacées de entrada, relacionando os deveres de cada trabalhador; f)_verificar as condig6es nos espagos confinados para determinar se as condigdes de entrada séo seguras. Monitorar continuamente 0 interior dos espacos confinados onde os trabalhadores autorizados estiverem em atividade. 8 Procedimentos gerais A.empresa deve desenvolver e implementar, adicionalmente, os seguintes procedimentos: a) coordenacdo de entrada que garanta a seguranca de todos os trabalhadores, independentemen- te de haver diversos grupos de empresas no local; @ABNT 2017 - Todos os direitos reservados 7 ABNT NBR 16577:2017 b) preparacdo, emissdo, aplicagdo e cancelamento de permissées de entrada: c) _realizac&o de todo e qualquer trabalho em espago confinado por no minimo duas pessoas, sendo uma delas o vigia: d) interrupe&o das operagdes de entrada sempre que surgir um novo risco de comprometimento dos. trabalhos, em conformidade com 10.1.3 ¢ 10.2.9) fe) servicos de emergéncia especializada e primeiros socorros para o salvamento dos trabalhadores ‘em espacos confinados: 1) revisdo da permissdo de entrada em espagos confinados, quando ocorrer: 1) qualquer entrade nao autorizada em um espaco confinado; 2) detecodo de um risco no espago confinado nao coberto pela permissao; 3) deteccéo de uma condig&o probida pela permisséo; 4) dano ou acidente durante a entrada; 5) _mudanga no uso ou na configuragéo do espaco confinado; 6) _reclamagao dos trabalhadores sobre a seguranga e a saiide do trabalho; 7) mudanga no procedimento, ou método de trabalho em espago confinado; 8) mudanca nos insumos, matérias-primas e utilidades capazes de alterar 0 tipo de perturbagao do espaco confinado 9 Procedimento de permissdo de entrada 9.4 Geral Antes que a entrada seja autorizada, o empregador, ou seu preposto, deve documentar o conjunto de medidas necessarias para a preparacdo de uma entrada segura A permissdo de entrada e trabalho (PET) preenchida deve estar disponivel para os trabalhadores autorizados, mediante a sua fixagdo na entrada ou por quaisquer outros meios igualmente efetivos. Apermissao de entrada e trabalho deve ser encerrada quando: a) as operacées de entrada cobertas tiverem sido completadas, b) houver a saida, pausa o1 terrupcao dos trabalhos em espacos confinados. A permisso de entrada e trabalho deve ser cancelada quando acontecer uma condig&o ndo prevista dentro ou nas proximidades do espaco confinado. As permissdes de entrada canceladas por motivo de surgimento de riscos adicionais devem ser arquivadas pelo periodo de cinco anos e serviréo de base para a revisdo do programa, 9.2 Gerenciamento de mudangas 9.2.1 Antes da emiss4o da PET o supervisor deve identificar possiveis mudancas no espacgo confinado, 18 (© ABNT 2017 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 16577;2017 9.2.2 Caso identfique alguma mudanga, © supervisor deve solicitar a elaborac&o ou revisdo da ana- lise preliminar de riscos, englobando possiveis cenarios acidentais provenientes da mudanca. 9.2.3 & obrigatério que o supervisor de entrada submeta a mudanga @ sua respectiva analise de risco 4 aprovacdo do empregador, ou seu preposto, para proceder a implementagdo da mudanca & das medidas de controle de riscos. 9.2.4 implementada 2 mudanga e suas medidas de controle. o supervisor de entrada fica autorizado aemitr a PET. 9.2.5 Dursnte a realizagao do trabalho, o supervisor de entrada deve avaliar as medidas de controle implementadas € registrar sua eficacia na PET ao encerré-ia 9.2.6 Em caso de ineficdcia das medidas de controle, a PET ndo pode ser emitida. 9.2.7 Caso tenha side emitida a PET @ a ineficdcia das medidas de controle for verificada durante a realizacdo do trabalho, esta Permisso deve ser cancelada e 0 gerenciamento da mudenca deve voltar & etapa de analise. 9.2.8 Em todos 0s casos. as permissdes de entrada que envolvem gest&o de mudangas devem ser arquivadas pelo periodo minimo de cinco anos. 9.3 Permissao de entrada e trabalho (PET) A PET (ver Anexo A) documenta a conformidade das condig6es locais ¢ autoriza a entrada em cada espace confinado, devendo identificar: a) 0 espa¢o confinado a ser adentrado; b) cabjetve da entrada ¢) a data e duracdo da autorizag&o da permissdo de entrada d) os trabaihadores autorizados a entrar em um espago confinado. que devem ser relacionados ¢ identificados pelo nome e pela fung&o que iréo desempenhar 2) a assinatura e identificago do supervisor de entrada que autorizou a entrada; f} os riscos do espace confinado a ser adentrado g) as medidas usadas para isolar © espaco confinado e para eliminar ou controlar os niscos do espago confinado antes da entrada. Apermissao de entrada € vélida somente para uma entrada. devendo ser encerrada & arquivada a0 seu término. 10 Deveres 10.1 Supervisor de entrada 10.1.1 © supervisor de entrada deve conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informago sobre o modo, sinais ou sintomas e consequéncias da exposi¢ao ao agente. ABOU 2017 foros 08 tents eorvaKs 19 ABNT NBR 16577:2017 10.1.2 © supervisor de entrada deve conferir as entradas apropriadas nos espagos confinados, os testes, os procedimentos ¢ a presenga dos equipamentos listades na PET, no local, 10.1.3 O supervisor de entrada deve questionar o/s) trabathador\es) autonzado(s) sobre seu estado de sause pré-tarefa pare execugo das atividades em espace confinado, visande identifica alguma indisposigdo momentanea 10.1.4 © supervisor de entrada deve cancelar os orocedimentos de entrada e a PET, quando necessario 10.1.5 © supervisor ce entrada deve verificar se os servigos de emergéncia e salvamento est8o disponiveis € se 0S meios para acioné-los estdo operantes, 10.1.6 © supervisor de entrada deve determinar, no caso de troca de tuo do vigia, que a responsa- bilidade pela continudade da operagao seja transferida para © préximo vigla, 10.2 Vigias 40.2.1 O vigia deve conhecer os riscos e as medidas de preveng&io que possam ser enfrentados durante a entrada. incluindo informagdo sobre o modo, sinais ou sintomas € consequéncias da expo- sig8o aos agentes, 10.2.2 © vigia deve estar ciente dos riscos de exposi¢ao dos trabalhadores autorizados. 40.2.3 © vigia deve manter continuamente uma contagem precisa do numero de trabalnadores autorizados no espaco confinado e assegurar que os meios usados para identificd-los sejam precisos: 10.2.4 © vigia deve permanecer fora de espaco confinado, junto & entrada e de forma continua durante as atividades até que seja substituido por outro vigia. 10.2.5 © viga deve acionar a equipe de salvamento, quando necessario. 10.2.6 © vigia ceve operar as movimentadores de pessoas em situacdes normais ou de emergéncia 10.2.7 0 vigia deve manter @ comunicag&o com os trabalhadores para monitorar as suas condigbes € para alerta-los quanto 4 necessidade de abandonar o espaco confinado. 10.2.8 O vigia no pode realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o monitoramento € & protegao dos trabaihadores. 10.2.9 As alividades de monitoragéo dentro e fora do espaco determinam se ha seguranca para 98 trabalhadores permanecerem no interior do espaco. O vigia deve ordenar aos trabalhadores 9 abandono imeciato do espace confinado sob quaisquer das seguintes condig5es: a) detectar uma condigo de perigo: b) detectar uma situac&o externa ao espago que possa causar perigo aos trabalhadores; cc) $€ no puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus deveres. 10.3 Trabalhadores autorizados 10.3.1 © empregador. ou seu preposto. deve assegurar que todos os trabalhadores autorizados: a) conhecam og riscos € as medidas de preven¢ds que possam encontrar durante a entrada, incluindo informagdes sobre 0 modo, sinais ou sintomas consequéncias da exposicéo:; 20 ABN 2017 - Toso om deans eaareacos ABNT NBR 16577:2017 b) sem adequadamente os equipamentos EPI ¢ EPR c) saibam operar 0s recursos de comunicagae para permitir que © vigia monitore as suas atuagdes @ 08 alerte da necessidade de abandonar 0 espace confinsdo 10.3.2 © trabalhador deve alertar 0 vigia sempre que: a) econhecer algum sinai de perigo ou sintoma de exposi¢ao a uma situag&o perigosa no prevista; b) detectar uma condigae proibida 10.3.3 Asaida de um espaco confinado deve ser processada imediatamente nas seguintes condicées: @) seo vigia ou o supervisor de entrada ordenar abandono: b) seo trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposi¢ao a uma situagao pengosa: ¢) se 0 alarme de abandono for ativado, 11 Servicos de emergéncia e salvamento 11.1 Geral © emoregador. ou seu preposto, deve assegurar que cada membro do servico de salvamento tenha equipamerto de protecdo individual (inclusive o de protecdo respiratdria) e de salvamento necessanios pare adentrer os espacos confinades, bem como detectores de 94s proprio para areas classificadas, com sensores de oxigénio, gases inflamavels e t6xicos potencialmente presentes nos espacos confinados @ que sejam treinados para o uso adequado destes equipamentos. Os seguintes requisites se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que entrem em espacos confinados pera executar os servicos de salvamento: a) caso seja detectada uma atmosfera combustivel/inflamavel, a equipe deve reverter a atmosfera com ventilagdo € medigSes comprobatérias, com detectores de gases e equipamentos elétricos/ eletronicos adequados para areas classificadas. para. entao, prosseguir com o salvamento; b) cada membro de servigo de salvamento deve possuir aptiddo fisica e mental compativel com a atividade a ser desempenhada: ¢) cada memaro do servico de salvamento deve ser treinado para a execuciio de trabathos em espaces canfinades (trabalhador autorizado), bem como para desempenhar as tarefas de salvamento designadas: d) acapacitagdo da equipe de salvamento deve contemplar todos os possiveis cendrios de acidentes entificados na anélise de risco: 2) a equipe de salvamento esta isenta da emissac da PET. 1.2 de resgate Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espacos confinados, sem que @ equipe de resgate precise adentrar nestes, podem ser utilizados movimentadores individuais de pessoas, atendendo aos principios dos primeiros-socorros, desde que nao prejudiquem ¢ vitima. BABI 2017 -Ionne a8 lentes recon 21 ABNT NBR 16577:2017 12 Saude do trabalhador Todo trabalhacor designado para trabalhos em espacos confinados deve ser submetido @ exames meédices especificos para a fun¢&o que iradesempenhar conforme estabelecem as NRO7 € 31. incluindo 08 fatores de riscos psicossociais, com a emissao do respectivo Atestado de Saude Ocupacional (ASO), contendo a observagdo de apto para o trabalho em espacos confinadas, consignado no proprio ASO. © empregado deve ser submetido a avaliagdes médicas, em conformidade com o programa de controle médico de satide ocupacional (PCMSO), com intuito de oroteger a sua Seguranga ea saide. 13 Prevencao de riscos em espacgos confinados mediante o projeto Durante a fase de projeto (design) de edificagdes em geral, unicades maritimas, plantas industriais, maquinas, equipamentos e sistemas fisicos, devem ser adoladas medidas arquiteténicas e/ou tecnologicas que visem 4 completa eliminag8o dos espagos confinados, de modo a evitar a exposic8o dos trebalhadores aos riscos intrinsecos deste ambiente, bem como aqueles oriundos de sua eventual perturbacao. NOTA © terme prevention throug design (PTO) & usuaimente utizado e corresponde a prevencdo de riscos em espacos confinados mediante o projeto. Nos casos em que seja técnica ou economicamente inviavel completa eliminacSo dos espagos confinades na fase de projeto, devem ser adotadas medidas que visem ao menos & eliminagao pontual de caracter’sticas que contriouam para que determinado espaco seja classificade como confinado Sendo impossivel a eliminacao de quaisquer caracteristicas contribuintes para a classificagdo co espage como confinado, recomenda-se a ado¢do. onde aplicavel. dos seguintes principios e medidas miligadoras, ainda na fase de projeto: a) assegurar entradas e saidas que facilitem 0 acesso dos trabathadores ¢, principalmente, oferecam cenzicbes minimas ara realizar 0 salvamento de forma segura, incluindo passagem de sistemas de imobilizagao (mace-envelope, prancha longa, entre outros): b) dotar as estruturas de escadas convencionais pars acesso, crovidas de corrimao; c) prover © espaco confinado, quando aplicavel, de milttiplas aberturas em intervalos reguiares, permitinde a venbiag&o e saidas adequadas, ) instalar sistema de ventilago para controle de qualidade do ar # temperatura no interior do espa¢o ‘confinado, quando viavel: NOTA A ventlagdo para trabalhos em espagos confinados ¢ apresentada no Anexo B. €) instalar luminagdo fixe no espago confinado, de acordo com os requisitos de areas classificadas: f)garantir protecdc de partes méveis de maquinas e equipamentos no interior do espago confinado, conforme precaniza a NR-12; g) instalar externamente acs espacos confinados, os equipamentos que necessitam de inspecdes, revisds € leituras, como valvulas, medidores, entre outros; h) executar orolongamento de hastes de valvulas para que operacdes de abertura e fechamento destas sejam feites fora do espago confinade: 2 {© ABINT 2017 -Yosos 08 dronos resarvacs ABNT NBR 16577:2017 4) wstalar quando couber extensdes de tubos para lubrificacdo de componentes, permitindo que @ ‘operagdo seja realizada externamente ao espaco confinazo; |) selecionar equipamentos que possuam requisitos minimos de servigos de reparos € manuten¢ao, diminuinde a necessidade de entrada em espacos confinados; k} orevenir 0 actimulo de detritos organicos no interior do espace confinado de modo que, em caso de decomposicao, possam vir a perturbar © espago continado, 1) evitar 2 presenga de umidade @ a entrada de agua, evitando a possibilidade de oxidacao ¢, consequentemente. @ perturbag&o do espago confinado. m) evitar que tubulagSes com produtos perigosos sejam instaladas dentro de espagos confinados: n)_instalar sempre que possivel, equipamentos com baixos niveis de ruido: 0) garantir que todos os equipamentos elétricos estejam devidamente dimensionados, conforme prescreve a NR-10; p) orever plataformes de acesso de tamanho e capacidade suficientes para o acesso seguro ao espace confinade em condigdes normais e em situagdes de emergéncia, quando aplicavel. q) assegurar aberturas minimas de 600 mm de diémetro para acessos aos espacos confinados: 1) svever sontos de ancoragem para sistemas de salvamente ¢ trabalhos em altura, de acordo com ¢ desento na NR-35, GABA 2017 -Totoa a8 dente recanvadon 23 ABNT NBR 16577:2017 Anexo A (normativo) Modelo de permissao de entrada para trabalho em espacgo confinado - PET Nome da empresa: Espago confinado n: Data e horano do término’ Local do espago confinado Data ¢ horara da emiss3o Trabalho a ser realizaco Trabalhadores autorizados : Equipe de resgate: Vigia Supervisor de entrada. Procedimentos que devem ser completados antes da entrada 1. Isolamento SC UNG) 2. Teste inicial da atmosfera. horario, Oxigénio a _% Og Infamaveis __ SUE Gasesvapores toxicos (listar na PET adaptada os gases monitorados pelo instrumento detector de gas pm Posirasifumosinévoas toxicos_ ae, __ mgm Nome lecivel/assinatura do supervisor dos testes:__ 3. Bloqueios. travamento € ebquetagem, NA( )S( ING) NAC SC ING ) Purga e/ou lavagem_ 5. Venblagdorexaustdo - ipo # equipamento, NAC SC INE ) 6. Teste apds ventiagdc € isolamento: hordrio Oxigénia i fonds % 2 VOL’ Inflamaveis HLIE < 10% Gases\vapares toxicos (listar na PET adaptada 0s gases monitorados pelo instrumento detector de gas ppm Posirasifumosinévaas toxicos_ mgim® Nome legivel/assinatura do supervisor dos testes:_ NA( )S( INE ) NAL )S( INE) NIAC )S( INE) 10. Procedimentos € protege de movimentagao vertical NAC SC INC) 11. Treinamenta de todos os trabalhadores? S{ }N( } Esto validos? S( INC) Huminagao gerai 8 Procedimentos de comunicag&o: 9. Procedimentos de resgale 24 ABNT 2017 - Yoxos 28 deneos resarvacins ABNT NBR 16577:2017 12. Equipamentos: 13. Equipamento de monitoramento continuo de gases adequado para trabalho em areas potenciaimente explosivas de leitura cireta com alarmes em condiges: __ st NG) Lanternas. BS NAC )S{ ING 1 Roupa de prote¢go 7 7 NAC SC INC J Extintores de incéndio = a NAC ISC ING) Capacetes. botas. luvas NAC )S( NC} Enulpamentes de orotecdo respiraténa/auténomo ou sistema ce adugdo de ar com cllindro de escape ai NAC SENG) Qualdade do ar comprimide respirdvel de: cilindros, compressores, linha de ar ¢ unidades purificadoras NAC SC NC) Cinturdo de seguranga e linhas de vida para os trabathadores auiorizados, Sq NC) ‘Cinturdo de seguranca ¢ linhas de vida para a equine de resgate NAC )S( INCI Escada, NAC )SC NC) Equipamentos de movimentagdo vertical/suportes externos- NAC JSC ING) Eauipamentes de comunicagdo eletrénica adequado para trabalho em areas potencialmente na NIAC SC NC) Equipamenta de proteco respiratéria auténomo ou sistema de ar mandado com cilindro de escape para a equipe de jamento 7 S¢ NC} explosives s Equipamentes elgtncos e eletrénicos adequados para trabalho em areas potencialmente explosivas 7 NIAC YS ING] Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos 14. Permisséo de trabaihos a quente WAC SC ING) Procedimentos de emergéncia e salvamento: Telefones e contatos: Ambulancia: Eeoaberes:) aceoee ee Seguranga: Legenca N/A "nde se apiea’: N- "no" S --sim’ [ Atencao: | 4K enrass nic code ser parmiéa ee algum compe nfo for preenchide, ou a eohns "nic" estver | assinaiaas '* Afalta de monitoramento continuo da atmosfera no interior do espace confinado. alarme. ordem do vigia ou qualouer situagdo de riseo @ seguranga dos trabalhadores. implica o abandono imediato da area, © Qualquer salda de toda a equipe, por qualquer motivo, implica na emissdo de nova permissio de entrada Esta permissic deverd fcar exposta no local de trabalho até o seu términa e, em seguida, ser arquivada +O percentual de oxigénio scetavel para a respiragSo humana ¢ de 19.5 % a 23 % de VOL, desde que a cause da reducao ou enrquecimento de Oz Seja conhecida, Cabe ressaltar que a presenca de outros gases | toxics ou ineres em concentragdes perigosas podem no alterar 3 leitura do sensor de O2. ABN 2017 - Josie os ator reconagaR 25 ABNT NBR 16577:2017 Anexo B (informativo) Ventilacdo para trabalhos em espacos confinados B.1_ Introdugao A ventilacdo mecanica ¢ a medida mais eficiente para controlar atmosteras perigosas em virtude ce presenca de gases e vapores t6xicos ¢ inflamaveis € deficiéncia de oxigénio, Além de renovar o ar, auxilia ne controle do calor e da umidade no interior dos espacos confinados. A ventiiago natural nao apresenta resultado satisfatério devido as seguintes caracteristicas: © intensa variagao da vazBo do ar: © dificuldade de controle no direcionamento do ar; © imeguiandade de efeite dos ventos; '* deficiente clrculago de ar pelo reduzide numero & tamanho das aberturas presentes na maioria dos espagos confinados: * inacequada diferenga ce altura entre as entradas ¢ saidas do ar do espago confinado. 8.2 Tipos de movimentadores de ar Um sistema de ventllagdo deve garantir que o ar flua para dentro ¢ para fora do espaco confinado, por meio da insuflacdo, exaust8o ou combinage destes, A utilizaco simultanea de ventilador insuflador ventiiador exaustor torna o sistema mais eficiente. A movimentaco forgada do ar pode ser feita com \Ventilacores centrifugos, axisis ou reatores, edutores co tipo Venturi € ar comprimido. Os dois primel- 0s so os mais utilzados. Os ventllacores centrifuges s8o os mais recomendados quando for necessaria a utilizagao de mangotes flexiveis longes. porém. somente se possulrem elevados niveis de pressdo estatica e estabilidade no ponto de operacao. Por outro lado, os ventiladores axiais séo empregados quando for possivel a sua instalac&o junto & boca de visita, de grandes dimensées. © uso de ar comprimide ocorre com maior frequéncia em atmosteras potencialmente explosivas. com resultados satisfatérics apenas em espagos confinades com dimensdes reduzidas e elevado Nivel de Pressdo Senora (NPS). Sua eficiéncia aumenta quando utiizade com edutor do tipo Venturi. O ar comprimigo também pode ser utilizado com um ventilacor tipo Restor, instalado na abertura do espago confinado. A movimentac&o das pas do ventilador Reator ocorre pela passagem do ar comprimido pelo rotor-helice. 26 LG ABNT 2017 - Toros 06 denane resarvacos ABNT NBR 16577:2017 B.3 Selecdo do conjunto motor-ventilador A selecao do ventilador deve considerar a geometria, volume, nimero € tamanho das aberturas do espace confinads, interferéncias estruturais © equipamentos existentes, bem como poluentes, suas propriedaces toxicolégicas, temperatura. press8o, vazao e porto de geragao dos contaminantes. Parametros aerodinémicos, como a vaz8o ¢ @ pressdo de ar necesséria, em fung&o do diametro € comprinento dos mangotes, sao importantissimos para garantir uma adequada ventilagao do espaco confinado Caracteristicas construtivas do ventilador. por exempio. a massa. 4 mobilidade, a alimenta- go de energia, a adequacao ao risco € o nivel de pressdo sonora também devem ser considerados na escolha do tipo e medeio adequado. B.4 Acessérios Além do conjunto motor-ventilador, © sistema de ventilag&o ¢ composto por duto tipo mangote flexivel, conexSes € eventualmente pegas de transicdo para bocas de entrada e/ou saida. O duto tipo mangote flexivel mais comum ¢ feito de material plastico, com espiral interna de aco para sustentar a sua estrutura © dute tipo mangote flexivel deve possuir dimensdes, peso, mobilidade e flexibilidade que possibiliien vazao ¢ alcance adequados, Para processos 2 quente. com isco de ineéndlo, o mangote deve ser isolado das fontes de ignigao. As pecas de transicdo € conexdes tém a finalidade de evitar a obstrugo da entrada e saida dos espacos confinados € reduzir as curvas dos mangotes. diminuindo as perdas de carga €, consequentemente, avazao ce ar B.5 Recomendacées para selecdo, instalacéo, uso e manutencéo de um sistema de ventilacdo B51 Recomenda-se adotar uma estratégia adequade de ventilagéo, considerando os riscos atmostéricos existentes © oS gerados pela atividade a ser realizada, pontos de liberagdo de contaminantes € as suas concentragbes, além do numero ¢ tamanho das aberturas do espaco confinaco B.5.2 Ainsufisco © a sxaustdo simulténeas para espagos confinados com mais de uma abertura 380 recomendadas. ois estes procedimentos melhoram o processo de renovagao do ar ea captura dos contaminantes. Recomenda-se que gases € vapores mais pesados do que 0 ar sejam captados pelas aberturas existentes na parte inferior do espaco confinado, enquanto o ar de reposi¢ao seja insuflacio elas aberturas existentes na parte superior do escago confinado. Para gases e vapores mais leves do que o ar, recomenda-se que 0 processo de captacdo e reposi¢ao do ar ocorra de forma inversa (ver Figuras B.1 e 8.2). B.5.3 A ventilacdo geral ciluidera, por meio da insuffagac de ar, pode ser o modelo de fluxc de ar considerado mais adequado para espacos confinados com uma sé abertura, B.5.4 Recomenda-se oue o ar insuflado no espace confinado néo seja captado de fontes externas poluidas ou do eréprio er exauride do espaco confinado ar ABNT NBR 16577:2017 por (© arde reposigao deve @ ser adritido por coma {Gases @ vapores mais | pesados que o ar devem Gases mais leves que o ar deve ser capturados »0 1090 a ‘O ar de reposicao deve ‘ser admitide por baixo | Figura B.2 ~ Sistema de ventilacao por exaustao de gases mais leves que o ar B.5.5 A ventlacgo local exaustora oferece otimos resultados para captagéo de contaminantes préximos ae local onde so liberados ou formados, como fumos e poeiras gerados no processo de soldagem, corte ¢ lixamento (ver Figura B 3). B.5.6 A distincia excessiva entre o local de geracdo e o de captura dos contaminantes reduz significativamente a eficiéncia da ventilac&o local exaustora (ver Figura B.3). 28 © ABN 2017 = Tosos a8 dronos reservacos ABNT NBR 16577:2017 -) t { entiacso Geral Quanto mass proximo ca | fe powican “ralhor | ‘Ventilador Exeustor — Ventiater local exaustora Figura 8.3 ~ Ventilacao local exaustora em espacos confinados, possibilitando 0 controle dos fumos proveninentes de soida na fonte contaminante B.5.7 Para espagos confinados com presenga de agentes quimicos potencialmente inflamaveis. cs ventiacores, motores. quadros elétricos € flagdo devem ser adequados a classificagao da area B5.8 A lormacdo € acumulo de eletricidade estatica podem ocorrer nos processos abrasivos que eran ooeiras, nos mangotes flexivels no condutores e nos iocais com baixa umidade relative do ar. Pare controle da eletricidade estatica, € recomendavel utilizar mangotes flexiveis de material condutor, aterramento da espiral metalica e do ventilador, bem como s inspegdo € medicao do circuito para verificar a eficiéncia do aterramento. B.5.9 Recomenda-se que © controle de energia seja feito por um sistema adequado de bloqueio e etiquetagem (lock-out & tag-out) devidamente previsto e executado conforme procedimentos e PET. B.5.10 Purgaé 0 proceso pelo qual um espago ¢ inicialmente limpo pelo deslocamento da atmosfera com sr vagor ou gas inerte (Nz ou COz), propiciando a descontaminagéo da atmosfera. Entretanto, 4 ourga feita com gs inerte pode provocar a formacao de uma atmosfera IPVS, exigindo a utilizacdo de mascara auténoma de demanda com pressao pesitiva ou um respirador de linha de ar comprimide, com cilindro auxilier ce escape pare adentrar 0 espago confinaco. B.5.11_Recomenda-se posicionar o ventilador para que no haja curvas desnecessérias no mangote. Curves acentuadas e aumento do comprimento do duto reduzem a vazao de forma significativa B12 A pelo # conselha-se observar © sentide correto ca rotacao do ventilador, conforme especificada te ou fornecedor € © modo de ventilacao determinado, B.5.13. E recomendado que a posigao das aberturas de entrada e saida garanta um adequado direcicnamento co flux do ar e a ventilagao de todo o espace confinado, evitando a recirculago do ar e formagao de curto-circuito (0 ar entra e sai do espace confinado sem ventilar grande parte do seu volume e pode retornar contaminado ao espace confinado, conforme lustrado nas Figuras B.4 a 8.9), 29 ABNT NBR 16577:2017 Figura 8.4 ~ Sistema de ventilagdo por exaustdo em espacos confinados, mostrando o fendmeno de curto-circuito do ar de ar pola instalag3o de _mangote fiexivel__} Figura B.5 ~ Sistema de ventilagao por exaustao em espacos confinados, ilustrando a corre¢ao do fenémeno de curto-circuito de ar através de duto 30 ABN 2017 - Toi 08 cenaos rsarvacos ABNT NBR 16577:2017 (free amiss Figura 8.6 ~ Sistema de ventilagao por exaustdo em espacos confinados, exemplificando 0 fenémeno de curto-circulto de ar Figura B.7 ~ Sistema de ventilador por insuflacao em espacos confinados, demonstrando o curto-cireuito de ar pela recirculagao do ar exaurido rea 31 ABNT NBR 16577:2017 Coregao de curto-cireuto de €c por mudanga na localizagao do ventiiador (Acorerka de ar parcorre exaustor espage confinado ‘Ar extemno | de admisso Figura 8.8 — Sistema de ventilagao por exaustao em espacos confinados, corrigindo 0 curto-cireuito de ar mediante a mudanga da posi¢ao do ventilador Figura B.9 ~ Sistema de ventilagao por insuflacéo com aberturas adicionais para evitar 0 curto-cicuito do ar B.5.14 Quando o espace confinade possuir apenas uma abertura, recomenda-se utilizar duto com didmetro que ndo obstrua a saida € permita a rapida saida dos trabalnadores. B5.15 © recomendado que maquinas € equipamentas com motores a combustdo interna sejam afastados des aberturas ¢ dos pontos de captago do ar a ser insuflado para o interior do espaco confinade, B.5.16 Recomenda-se que a caplagda de ar sempre seja realizada em local limpo € devidamente atastado de fontes poluentes, Pode ser utilizado 0 recurso de se aumentar a distancia para capta¢ao de ar limpo pelo aumento de comprimento do mangote flexivel (ver Figura 8.10), 32 {© ABNT 2017 -Tosos a8 draton reservacos ABNT NBR 16577:2017 Retrada de ar contaminado | (veeee de mangote fexive: nara corngir © cuno-circuito ea reoreulagae de ar Figura 8.10 - Sistema de ventilagdo por insuflacdo com a adicdo de mangotes flexiveis para corrigir 0 curto-circuito de ar B.5.17 Maquinas com motores a combustdo interna no interior de espacos confinades podem formar rapidemente atmosfera IPVS, mesmo quando disponivel ventilac&o com alta vazao. B.5.18 A utilizag3o de pistolas de pintura a ar comprimido em espago confinado também pode formar almostera explosiva ou IPVS, devide a rapida liberagac de contaminantes que este proceso ‘ocasiona, Recomenda-se prestar atencdo especial se houver varios trabalhadores realizando servica de pintura com este tio de equipamento, adotande-se as medidas necessérias pera o controle da concentracdo de poluentes no ambiente. Recomenda-se que © er poluido retirado do espaco confinado no seja direcionado para locais de trabaino ocupades no Seu entorne. As recomendacces de trocas de ar para ventiiagao so dadas na Tabela Bt Tabela 8.1 — Recomendagdes de trocas de ar para ventilagdo em espago confinado Trocas de ar recomendadas | _Reducao do . por hora contaminante Condicées a 40-100x Mistura homogénea e liberagao = a0 significante de contaminantes a Mistura pobre e liberagdo significante de contaminantes 60 100 nte o emprego de Movimento do ar desprezivel e ventilagdo néo € adequaco) alta liberacdo de contaminantes ° ao _ 1 se ms NOTA Os parametras desta Tabela foram adaptados de Mcivanus, Safety and Health in Confined Spaces, 1999 wae 201 entos resarvans 33 ABNT NBR 16577:2017 B.5.19 A equagdo de ventilagde em espacos confinades ¢ a seguinte: Q=nxv onde Q a vaz8o, exoressa em metros cUbicos por hora (m°/h): nn € 0 numero recomendado de renovagdes por hora (ren/ V Go volume, expresso em metros cubicos (m3), 34 (ABN 2017 -Toxos 96 drone reservacas ABNT NBR 16577:2017 Anexo C (informativo) Orientacées para interpretacdo das faixas de explosividade e correla¢ao de gases inflamaveis A Aescala demonstra a correlaco entre 0 acionamento do alarme do detector, que ocorre com a presenca de 10 % volume do LIE do metano, ¢ gases exemolificatives cujos valores dos LIE so inferiores, 9% vet 5% vol 15% vot 100% vol Gas metano oi” | Mista pobre 1% IE 100% LIE Faixa de operaceo do sensor de geses combustiveis Figura C.1 ~ Faixas de explosividade €.2 Ao alarmar. o detector ajustado com metano esta assinalando @ presenca de 10 % do LIE {detalhado na Figura C.2) deste gas no sensor do instrumento, O% TOK LE ou LEL Meare HS Propano } 1,64 Vol Bune | 41.5% vet Perisne 414% vid Hicrogénie 201 xan aw. Aller 41 42% vot 23% Vol Figura C.2 - Correlagdo de gases inflamaveis ABN! 2017 fone os nentns earns 36 ABNT NBR 16577:2017 Bibliografia [1] NRE. Equivamento de protegdo individual ~ EPI, Portaria Gl n.° 3.214, de 08 de junho de 1978 e alteracdes posteriores. [2] NRT. Programe de controle médico de satide ocupacional, Portaria GM n.° 3.214. de 08 de junho de 1976 e alteracdes postenores. [3] NR. Programa de prevengdo de riscos ambientais, Portaria GM n.° 3.214, de 08 de junho ce 1978 e alteragdes posteriores. [4] NR 10. Segurange em instalagdes servigos em eletricidade, Portaria GM n° 3.214. de 08 de junho de 1978 ¢ alteracées posteriores. [5] NR 12. Seguranga no trabalho em maquines ¢ equipamentos, Portaria GM n° 3.214, de 08 de junho de 1978 e alteracSes posteriores. [8] NR 15. Atvidades € operagdes insalubres, Portaria GM n.’ 3.214, de 08 de junho de 1978 & aiteragdes posteriores. [7] NR 18, Condi¢ées ¢ meio ambiente de trabalho na industrie da construgdo, Portaria GM n.° 3.214. de 08 de junho de 1978 ¢ alteragées posteriores. [8] NR 20, Seguranca e satide no trabalho com inflamaveis € combustiveis, Portaria SIT n° 308, de 29 de fevereiro de 2012. [9] NR2, de Seguranca e sade ocupacional ne mineracao, Portaria MTbn.° 2.037, de 15 de dezembro 9. [10] NR 30 Seguranga e saude no trabalho aquaviério, Portaria SIT n.° 34, de 04 de dezembro ce 2002 [11] NR 31. Seguranga e saude no trabalho na agricuitura, pecudria silvicultura,exploracao florestal e aouicuiture, Poraria MTE n.° 86, de 03 de margo ce 2005 ¢ alteragBes posteriores. [12] NR 33. Seguranga e saude nos trabalhos em espacos confinados, Portaria MTE n.° 202, 22 de dezemioro de 2006 e alteragdes posteniores [13] NR 34 Condig6es € meio ambiente de trabalho na indéstria de construgdo e reparaggo naval. Ponaria SIT n° 200, de 20 de janeiro de 2011 [14] NR 35. Trebelho em eltura, Portaria SIT n° 313, de 23 de marco de 2012 € alteragdes posteriores. [15] nstrugao Normative n.° 01 de 11 de abril de 1994 do Ministério do Trabalho e Emprego (PPR). [16] Portaria do INMETRO n° 83, de 03 de abril de 2006 Regulamento de avaliag&o da conformidade de eauivamentas elétricos para_atmosferas potenciaimente explosives, nas condigdes de gases @ veoores inflamavels siteragSes posteriores 36 © ABNT 2017 - Toso o8 dennos reservacas ABNT NBR 16577:2017 {17} Portana INMETRO n? 1789/2010 [18] Resolucdo ANATEL n° 303 para exposigao humana [19] NIOSH, Pocket Guide to Chemical Hazards. [20] American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) [21] ABHO, Associagéo Brasileira de Higienistas Ocupacionais [22] OSHA, Occupational Safety and Heath Adm BABA 2011 - toate a8 a 37

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