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constituição e da transformação da matéria funda a química, e assim por diante.


Esta mesma análise pode ser transportada para as demais áreas.
Por exemplo, as Ciências Humanas tratam da vida social e psíquica do ser
humano, em termos de acontecimentos, problemas, desafios, hábitos, normas,
etc. enfrentados e construídos pela humanidade ao longo do tempo e em dados
espaços. Mas essa unidade que caracteriza a área pode se desdobrar em
recortes e abordagens mais específicos, dos quais identificamos, por exemplo,
a história, a geografia, a sociologia, a psicologia, a filosofia, dentre outros
possíveis. (BRASIL, 2013, p. 13-14)

E as linguagens? Linguagens são formas de ação e interação no mundo e


processo de construção de sentidos. Seguem definições e considerações de documentos
oficiais que desenvolvem essa definição.

As relações pessoais e institucionais e a participação na vida em sociedade se


dão pelas práticas de linguagem. É por meio dessas práticas que os sujeitos
(inter)agem no mundo e constroem significados coletivos. As práticas de
linguagem permitem a construção de referências e entendimentos comuns para
a vida em sociedade e abrem possibilidades de expandir o mundo em que se
vive, ampliando os modos de atuação e de relacionar- (BASE..., 2016, p. 86)

Entendemos que essa área ganha um núcleo definidor à medida que todos os
seus componentes se voltam para os conhecimentos e saberes relativos às
interações e às expressões do sujeito em práticas socioculturais. Ou seja, como
área, todos os componentes curriculares arrolados acima, de algum modo,
enfocam as representações de mundo, as formas de ação e as manifestações
de linguagens, entendendo-as como constitutivas das práticas sociais e, ao
mesmo tempo, por elas constituídas. (BRASIL, 2014, p. 7, grifos dos autores)

sujeitos em práticas sociais, sejam enunciativas, artísticas ou corporais, como, por


exemplo, proferir uma palestra, participar de uma roda de capoeira ou pintar uma
(BRASIL, 2014, p. 9-10).

Nessa área, portanto, a ampliação de saberes envolve experienciar e contrastar


práticas diversas, gerando debates, pesquisas, e a reflexão sobre o próprio
processo de inserção nessas práticas, de modo que os estudantes desenvolvam
autonomia para sua atuação no mundo fora da escola. (BRASIL, 2014, p. 9-10)

É preciso conhecer as convenções das linguagens, para segui-las e também para


rompê-las. As linguagens são formas de produzir sentidos, que se definem social e
historicamente.

Quando se pratica futebol, rúgbi, caratê, quando se escreve um poema, posta


algo em uma rede social, quando se canta um samba, dança um forró, em todas
as ocasiões se produz sentido (de alinhamento, rompimento, mixagem etc.) de
acordo com os discursos estabelecidos. (...) Os sentidos e, portanto, as práticas
sociais de linguagens são assim, manifestações situadas, não existindo de forma
autônoma ou abstraída do contexto histórico-cultural nos quais se dão as
relações humanas. (BRASIL, 2014, p. 10)

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