3 Água para produzir
U m dos principiais problemas do Semi-
Árido brasileiro é a falta de regulari-dade
das chuvas. Estas variam entre 400 e 800 mm
por ano (o que está acima da média das
outras regiões semi-áridas do mundo) mas
estão concentradas em um período do ano e
costumam cair irregularmente. O volume das
precipitações e os intervalos entre elas
variam muito, o que pode provocar a "seca
verde". Esse fenômeno acontece quando as
primeiras chuvas, que permitem o plantio e a
brotação das plantas, são seguidas por
períodos com quantidade insuficiente ou
ausência de precipitações, o que interrompe
o crescimento da vegetação e provoca a
perda da colheita. Pode voltar a chover, mas
já é tarde demais para o plantio.
A situação agrava-se pelo fato de que em
70% do Nordeste existe, bem perto da
superfície, uma base de rochas cristalinas. Por
isso os solos são rasos e têm pouca capacida-
de de acumular água. Por outro lado, a
intensidade do sol, a ação dos ventos e a
insuficiência de cobertura vegetal fazem com
que a evaporação da umidade seja muito
alta.
Em terrenos onde predomina esse substra-
to de rocha a aguá se acumula em fraturas
Barragens subterrâneas
As barragens subterrâneas são uma alternativa
para armazenar as águas de chuva no próprio solo,
possibilitando a agricultura de vazante e, eventual-
mente, a subirrigação (veja nota).
Essas barragens forçam a infiltração de água na
terra. Para isso, abre-se uma vala no chão,
cortando o caminho pelo qual corre a água em
época de chuva (pode ser um córrego ou mesmo
um declive do terreno). A vala é forrada com um
material impermeável – geralmente lona plástica – e
tampada. Esse trabalho recebe o nome de chum-
bamento. A mancha de umidade que corre por
baixo desse “caminho da água” bate contra a
barreira imperméavel e se espalha ao longo da
barragem subterrânea, deixando o terreno molhado
por um longo período, mesmo após o fim da época
chuvosa (veja a ilustração na outra página). Um
cacimbão ou poço amazonas permite retirar a água.
A construção desse tipo de barragem é feita nos
leitos de rios, riachos e córregos, assim como em
declives por onde corre água. Segundo a Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
existem atualmente cerca de 1.000 barragens
subterrâneas no Semi-Árido.
(isto é, pontos do subsolo onde existe um
espaço entre as rochas). Encontrar água e
perfurar poços é caro e demorado. Além
disso, as rochas cristalinas possuem grande
quantidade de sais, o que faz com que a água
desses poços seja freqüentemente imprópria
para o consumo humano, por ser salgada.
Apesar de todos esses fatores, que difi-
cultam o abastecimento de água e a
agricultura, as condições climáticas e
geológicas não explicam, sozinhas, as
dificuldades pelas quais passa o nordestino.
Em alguns países com climas desérticos,
que recebem quantidade menor
de chuvas que o Semi-Árido
brasileiro, existe uma boa
produtividade agrícola e a população
não fica desabastecida. Lençol freático ou
lençol de água:
Por meio da utilização de alternativas que depósito de água
permitem captar as águas das chuvas e situado abaixo do
armazená-las para utilização nos períodos de solo.
seca, é possível uma boa convivência com o Estiagem:
Semi-Árido. Em uma outra Folha desta série períodos em que
não é registrada
falamos das cisternas, que possibilitam chuva significativa.
acumular água para uso doméstico. Veremos
Drenagem:
agora ver duas alternativas para a agricultura retirada do excesso
familiar: as barragens subterrâneas e as de água.
barragens sucessivas.
POÇO LONA
AMAZONAS PEDRAS
ÁGUA
TERRA
TERRA
TERRA ENCHARCADA
CAMINHO DA ÁGUA
ROCHA
A subirrigação é uma técnica que permite levantar o nível do lençol freático, de modo
que a água chegue às raízes das plantas. Quando o lençol está a uma distância não
muito grande da superfície, uma barragem subterrânea suficientemente profunda pode
forçá-lo a subir. Nos casos em que o lençol se aproxima demais do solo, pondo em risco
o plantio, é necessário fazer também a drenagem, para retirar o excesso de água.
Benefícios das
barragens subterrâneas

Barragens sucessivas
As barragens subterrâneas são uma
boa solução para o Semi-Árido, pois
permitem a captação e o armazenamento
de água das chuvas debaixo da terra, sem
inundar áreas de plantio. Por outro lado, As barragens sucessivas são uma série de
elas têm baixo custo de construção, paredes de alvenaria e/ou pedra construídas
particularmente se houver possibilidade
uma após a outra, barrando o leito de um
de realizar a escavação da vala em
regime de mutirão (o trabalho é de fato
rio ou riacho.
bastante pesado, proporcional à largura A água armazenada numa barragem
da parede da barragem subterrânea). encosta na parede da barragem anterior.
A barragem subterrânea faz subir o Isso aumenta a quantidade de água
nível do lençol de água, possibilitando sua acumulada.
utilização para o consumo humano e
ainda, para os plantios tradicionais (como
milho e feijão) e para a produção de
frutas. Dessa forma, ajuda a garantir a
PAREDE DE
segurança alimentar das famílias e pode ALVENARIA
ainda gerar renda, com a venda dos
excedentes agrícolas e a criação de
animais.
Outra vantagem desse tipo de barra-
gem é que evita a erosão, pois diminui a RIO
quantidade de água que escorre pela
superfície, "lavando" o solo.

Comunidade em ação
As barragens subterrâneas podem ser
construídas em terras particulares ou ser
de uso comunitário. Nesse último caso, o
primeiro passo é a mobilização das
pessoas, com a realização de reuniões
para discutir o que é uma barragem
subterrânea, como ela funciona, a
escolha do local onde será construída,
além da distribuição das tarefas. Em
seguida, vem a escavação da vala em
mutirão, o chumbamento e o aterramento
da lona, terminando com a construção do
sangradouro e a escavação de um
cacimbão.
Cuidados para o bom
aproveitamento da
barragem subterrânea
1. Nas barragens comunitárias, planejar
o envolvimento das famílias de acordo
com as necessidades e desejos de
produção de todos;
2. Cultivar arroz na área que fica
alagada durante o inverno ou drenar o
terreno (retirar o excesso de água);
3. Cultivar plantas que retiram o sal do
solo, como a cana-de-açúcar e o
atriplex, também chamada de erva-sal.
Vantagens das
barragens sucessivas
As barragens construídas de forma sucessiva retêm a água só no
leito do rio, evitando a inundação das terras férteis das margens. Essa
é uma das grandes vantagens dessa tecnologia. A disponibilidade de
água durante o ano todo permite aproveitar melhor as terras para
cultivos irrigados de fruteiras, hortaliças, milho, feijão, forragens
(plantas que servem para a alimentação dos animais), entre outros.
Elas permitem, ainda, a criação de peixes. Além disso, as barragens
sucessivas provocam o aumento do lençol de água, que abastece os
cacimbões.
Outra vantagem das barragens sucessivas é o baixo custo, devido,
entre outros fatores, a pouca necessidade de manutenção. Diversas
bacias de rio de médio porte que cortam o Nordeste são propícias para
a construção de barragens sucessivas.
Para saber mais:
Diaconia:
www.diaconia.org.br
Portal do Jornal Escolar:
www.jornalescolar.org.br
´
 MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
Apresentamos uma seqüência didática com duas aulas de Geografia e uma de Língua Portuguesa,
que permitem a apropriação de alguns dos conteúdos da Folha Educativa e a produção de um texto
argumentativo para o jornal da escola. Outras atividades são propostas na última página. Estas
atividades são apenas indicativas. Professores poderão adaptá-las e criar outras.
1ª Aula Geografia - Zonas térmicas no Brasil
Estratégias propostas:
a) Discutindo idéias (construção de conhecimentos prévios):
- Dividir os alunos em subgrupos e distribuir revistas.
- Solicitar que cada grupo destaque gravuras de lugares com diferentes climas.
- Solicitar que expliquem em que se baseiam para determinar o clima que estão
vendo nas gravuras (ex: através das roupas das pessoas, das cores que
aparecem, neve etc).
- Questionar: Por que o Brasil apresenta grande variação de climas?
- Anotar as respostas (os alunos estarão formulando hipóteses) em um cartaz.
b) Conteúdos conceituais:
- O professor deverá apresentar um globo terrestre (caso não tenha, pode utilizar
uma bola de futebol, onde localizará a Linha do Equador e, aproximadamente, o
Brasil). Com uma lanterna simula a iluminação solar da Terra.
- Ele questiona: Como fica a parte iluminada e a sem iluminação? Como é o
movimento do sol no inverno e no verão? Percebem alguma diferença?
- Apresentar as zonas climáticas do planeta e mapa dos climas brasileiros com suas
características (Planisfério). Abordar o tema do Semi-Árido.
c) Representação do conhecimento adquirido:
- Aproveitar que a turma está dividida em grupos e entregar um questionamento
diferente a cada um:
Grupos 1 e 2: Quais as zonas que recebem mais luminosidade? Como é o clima
destas zonas? Como as pessoas vivem?
Grupos 3 e 4: Quais as zonas que recebem menos luminosidade? Como é o clima
destas zonas? Como as pessoas vivem?
Cada grupo escolhe um representante para fazer a lista das respostas dadas à
pergunta. Elas são lidas. Os relatores fazem depois uma lista única.
OBS: Os alunos poderão pesquisar em livros didáticos disponíveis na escola.
2ª Aula Geografia - Guardar água
a) Discutindo idéias:
O professor deverá ler o primeiro parágrafo da Folha Educativa ("Um dos
principais problemas do Semi-Árido brasileiro é..."). O professor poderá escrever
um texto síntese, simplificado, no quadro, caso o nível do texto seja demasiado
elevado para a sua turma.
- Questionar: em que as barragens podem influenciar na vida do nordestino?
- Realizar um debate levantando questões de como as chuvas no Semi-Árido
poderiam ser mais bem aproveitadas, questionando aos alunos se eles conhecem
ou teriam outras idéias quantos às maneiras de poder armazenar água na região.
b) Conteúdo conceitual:
- Leitura compartilhada e discutida do texto da Folha Educativa.
O professor lê os cinco parágrafos do texto inicial da Folha Educativa (repetindo,
inclusive o primeiro parágrafo, utilizado na atividade anterior). A leitura pode ser
feita por alunos leitores fluentes.
Após a leitura de cada parágrafo, perguntar se todo mundo entendeu. Tirar
dúvidas. Pedir que cada um escreva o que entendeu. Não passar para o parágrafo
seguinte até ter essa certeza de que todo mundo conseguiu construir um
pensamento.
O aluno escreve no seu caderno cada pensamento. Dessa forma, ao final da
leitura do texto, cada aluno terá várias frases-resumos, conforme número de
parágrafos lidos.
c) Produção (escrita e desenhos):
- Cada aluno faz a leitura de suas frases-resumos. Neste momento o professor se
disponibiliza para esclarecer a quem tenha alguma dúvida ou queira melhorar o
que escreveu com alguma outra informação. Ele faz isto "por rodada" (primeiro lê
as frases resumo que todos produziram sobre o primeiro parágrafo, depois sobre
o segundo e assim sucessivamente).
- Pedir que os alunos façam um texto único com o conjunto de frases-resumos. O
professor ajuda a fazer as conexões entre uma frase e outra.
- Os alunos que ainda não dominam o sistema alfabético de escrita, deverão
desenhar o que compreenderam da leitura do texto.
Funcionalidade: os textos argumentativos são aqueles que apresentam uma
afirmação seguida de argumentos, provas ou motivos para defender uma idéia. As
principais características desses textos são: apresentação clara (idéia definida) nos
primeiros parágrafos, utilização de argumentos convincentes e procedentes e
reafirmação da tese na conclusão.
3ª Aula Lígua Portuguesa - textos argumentativos
Primeira atividade
Encaminhar uma discussão em torno de uma pergunta: as barragens subterrâneas
e/ou sucessivas são importantes para as comunidades do Semi-Árido que convivem
com longos períodos de estiagem?
Dinâmica SIM / PORÉM
1. Dividir os alunos em dois grupos.
2. Determinar que um grupo fará a lista das vantagens das barragens subterrâneas,
produzindo argumentos positivos que comecem com "sim" (exemplo: "sim, as
barragens subterrâneas são de fácil construção") e o outro argumentos que
enfatizem dificuldades ou dúvidas que comecem com "porém" (exemplo: "porém,
elas acumulam pouca água"). Entregar aos grupos os textos produzidos na
segunda aula de Geografia, caso ela tenha sido feita. Cada grupo construirá um
argumento ou afirmação começando por um "sim", ou por um "porém"
3. Dar um tempo para cada grupo criar suas listas e combinar suas falas (cada
argumento deverá ter um expositor diferente, não mais de 4 por grupo, os grupos
lêem seus argumentos alternadamente).
4. O professor desenha no quadro ou em uma cartolina a seguinte tabela, onde
coloca os argumentos apresentados pelos alunos:
- Se houver tempo, o grupo do SIM pode deve criar novas frases, completando seus
argumentos anteriores..
- No grupo do PORÉM, ao contrário, os alunos que levantaram os problemas e
objeções devem completar o pensamento para ver o lado positivo também. Assim
trabalha-se a reversibilidade do pensamento e a capacidade de criar argumentos.
Segunda atividade
- Solicitar que os alunos individualmente ou em grupos ou duplas, escrevam um texto
argumentativo. Explicar que os argumentos podem ser desenvolvidos utilizando
opinião própria, raciocínio lógico ou, ainda, usando as informações da tabela.
- Explique aos alunos que um texto argumentativo caracteriza-se pela presença de
uma tese (proposição para ser defendida) e argumentos a fim de convencer o
leitor. O ponto central é a tese.
- Escolher um texto para ir ao jornal e depois designar um grupo para fazer a
ilustração.
- Finalizada essas atividades, distribuir aleatoriamente entre os alunos os textos
produzidos, solicitando que destaquem com cores diferentes as partes que
contêm a tese e as que contêm os argumentos que sustentam a tese.
OBS: caso tenha tempo, o professor poderá realizar outras atividades para que os
alunos ampliem o conceito sobre texto argumentativos.
1. Leitura de cartas dos leitores enviadas para jornais ou revistas, destacando as
principais características desse tipo de texto.
2. Leitura de outros textos argumentativos em revistas e jornais.
3. Proponha comentários sobre os textos lidos.
 1. REFLEXÃO SOBRE EXPERIÊNCIAS
1. Leia com os alunos o texto a seguir.
As barragens subterrâneas são uma boa solução para o Semi-Árido, pois
permitem a captação e o armazenamento de água de chuva debaixo da terra,
sem inundar áreas de plantio.
2. Trabalhe com os alunos a compreensão da figura da barragem subterrânea
(página 1). Desenhe no quadro, se necessário (OBS: a idéia de barragem
subterrânea, ao se contrapor ao senso comum da barragem de parede, é uma
novidade que pode impactar o imaginário dos alunos; trabalhe a associação
com a imagem da esponja, absorvendo e guardando água).
3. Converse com os alunos sobre as culturas desenvolvidas principalmente nas
pequenas propriedades rurais. O que se planta no Ceará, no município ou
distrito?
4. Questione aos alunos se alguém da sua família realiza algum destes cultivos.
Pergunte de que maneira costumam armazenar os grãos que são colhidos.
5. Com base no que foi conversado em sala peça que reflitam e escrevam
opiniões argumentadas sobre a necessidade das famílias do sertão
garantirem reservas (de água, de grãos) para os períodos de estiagem. As
opiniões podem se resumir a uma frase solta, para as crianças com pouca
capacidade de expressão escrita.
6. Os alunos lêem seus textos e a sala escolhe três para publicação, que poderão
ser aprimorados em redação coletiva. O professor pode criar um pequeno
texto introdutório explicando aos leitores do jornal a atividade realizada.
LISTA DE SUGESTÕES
1. Converse com os alunos sobre os problemas enfrentados por quem convive
com o clima semi-árido.
2. Fale para os alunos que um dos maiores problemas é a irregularidade das
chuvas e a má distribuição das mesmas. Leia com os alunos o texto a seguir:
O Semi-Árido brasileiro é um dos mais úmidos do planeta: a média de
precipitação anual é de 750 mm, enquanto em outros países, com o mesmo
clima, a média é de 80 a 250 mm. A evaporação das águas é muito intensa,
pela força do sol e do vento e pela falta de plantas que protejam o solo. Perde-
se cerca de 34 bilhões de metros cúbicos de água por ano, devido a não
utilização de tecnologias de captação e armazenamento.
3. Faça um debate levantando questões de como as chuvas no semi-árido
poderiam ser melhor aproveitadas.
4. Conversem sobre as alternativas e sugestões indicadas pelos alunos,
escrevendo no quadro e depois pedindo que façam o registro em forma de lista
de sugestões, para ser publicada no jornal da escola.
TEXTO ARGUMENTATIVO
Para localidades onde existem barragens subterrâneas ou sucessivas.
1. Explique aos alunos que um texto argumentativo caracteriza-se pela presença
de uma tese (proposição para ser defendida) e argumentos a fim de convencer
o leitor.
2. Diga que eles deverão escrever um texto argumentativo sobre a importância
das barragens subterrâneas e/ou sucessivas para as comunidades do Semi-
árido que convivem com longos períodos de estiagem.
3. Explique que os argumentos podem ser desenvolvidos utilizando opinião
própria, raciocínio lógico ou citando informações desta Folha Educativa.
4. Peça que os alunos apresentem e discutam os textos produzidos em grupos,
para escolher o que será enviado para o jornal da escola.
APRIMORANDO OS CONHECIMENTOS
Para escolas com possibilidade de pesquisa na internet.
1. Explique aos alunos que a construção de barragens subterrâneas ou
barragens sucessivas são ações e/ou intervenções do homem na natureza,
como forma de conseguir armazenar água na terra.
2. Em seguida, diga aos alunos que na natureza existem águas subterrâneas.
Quando chove, parte da água infiltra-se no solo. Explique que existem duas
Realização: Apoio:
LEVE O JORNAL
PARA SUA ESCOLA:
(85) 3455.2150
www.jornalescolar.org.br
zonas diferentes no subsolo referentes ao armazenamento da água que
infiltrou: a ZONA NÃO SATURADA e a ZONA SATURADA.
3. Oriente os alunos para pesquisarem sobre estas duas zonas. Fazer pesquisa
com os alunos em internet (palavras chaves para pesquisa: água subterrânea)
4. Baseado no que discutiram na sala e descobriram na pesquisa, peça para os
alunos escreverem e desenharem sobre a importância da construção das
barragens para a população do semi-árido. Os textos ou desenhos
selecionados serão enviados para publicação no jornal da escola.
ENTREVISTA
1. Após explicar o que são as barragens subterrâneas e sucessivas, comunique
aos alunos que eles deveram se organizar em equipes para realizar uma
entrevista.
2. As entrevistas podem ser realizadas com alguma autoridade local, pessoas
ligada à associações de moradores, sindicato de trabalhadores rurais,
representante de alguma Organização Não-Governamental que trabalhe com
os agricultores, técnicos agrícolas, etc.
3. As perguntas são construídas coletivamente em sala de aula. O professor
pergunta “o que gostaríamos de perguntar?” As sugestões são anotadas,
completadas e organizadas. O professor pode ajudar, completando as
perguntas.
4. Depois de realizadas as entrevistas, cada grupo organiza as respostas,
colocando uma introdução para apresentar a pessoa entrevistada. A
entrevistas são lidas na sala de aula, onde se escolhe a mais interessante, que
é encaminhada para o jornal da escola.
VISITA DE CAMPO E ENTREVISTA
1. Esta atividade pode ser realizada em municípios ou localidades onde tenham
sido construídas barragens subterrâneas ou sucessivas. Uma dessas
experiências será visitada.
2. A turma deverá identificar alguém que tenha participado dessa experiência,
para entrevista.
3. O professor apresenta aos alunos a experiência que será visita e escreve no
quadro as sugestões de perguntas feitas pelos alunos, completando-as de
maneira a dar uma informação completa para os leitores (exemplos: Como
começou o movimento para a construção da barragem? Como foi escolhido o
local para sua construção? Em que ano foi construída? Quantas famílias
beneficia? O que melhorou após a construção da barragem?)
4. Durante a visita tira-se um momento para fazer a entrevista. As perguntas
devem ser distribuídas entre os alunos. Todo mundo toma nota das resposta.
Um aluno fica encarregado de anotar o nome do ou dos entrevistados, sua
função ou cargo, se ele tiver, a comunidade onde mora, o município e outros
dados.
PESQUISA DE OPINIÃO COM PERGUNTAS ABERTAS
Para localidades que sofrem de escassez de água.
1. Converse com os alunos sobre os problemas enfrentados pelas comunidades
em virtude da escassez de água.
2. Divida os alunos em equipes e explique que eles irão fazer uma entrevista com
os moradores de sua comunidade sobre os problemas discutidos em sala.
3. Peça que cada equipe entreviste quatro pessoas. Elabore com os alunos as
perguntas. Sugestões:
a) O que você acha do problema da falta de água no nosso município?
b) Você já teve problemas em sua casa devido a falta de água?
c) O que você acha que poderia ser feito para enfrentar o problema da escassez
de água na sua comunidade? Já houve alguma iniciativa nesse sentido?
4. As respostas dos entrevistados devem ser discutidas na equipe. Para cada
pergunta apresentar a(s) resposta(s) mais interessante(s), identificando
sempre as pessoas que expressaram essas opiniões.
5. Peça para as equipes apresentarem o resultado da sua pesquisa na sala e
escolham qual irá para o jornal da escola.
Expediente:
Direção: Daniel Raviolo. Assessoria: Júlio Lyra. Conteúdo temático:
Aline Baima e Daniel Raviolo. Planos de Aula: Silene Silvino, Dulce
Aires, Daniel Raviolo. Participação especial: Ângela Falcão.
Diagramação e arte: Carlos Machado. Material não comercial de livre
reprodução, desde que citada a fonte. (85) 3455.2150