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Oriente Médio

Povos do Oriente Médio


Árabes
• Os árabes são o maior grupo étnico do Oriente Médio. São maioria no
Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, nos países da península Arábica
e nos territórios sob a Autoridade Palestina. Também estão presentes
nos países do norte da África, reunindo ao todo 350 milhões de
pessoas. O grupo é originário da península Arábica, de onde se
espalharam, a partir do século 7, em uma grande corrente migratória
provocada pela expansão do islamismo. O principal fator que os une,
porém, não é a religião, mas a língua, que pertence ao tronco
semítico (assim como o hebraico).
Persas
• Os persas são descendentes de povos indo-europeus que chegaram à
região do Irã através da Ásia Central por volta do ano 1000 a.C. A
língua é escrita em caracteres árabes. “Sendo uma língua indo-
européia, o persa é mais próximo do português que do árabe”, afirma
Paulo Daniel Farah, professor de Língua, Literatura e Cultura Árabes
da Universidade de São Paulo.
Turcos
• Os turcos são originários da Ásia Central, de onde migraram por volta
do século 10. Eles formam mais de 80% dos habitantes da Turquia.
• O idioma era escrito em caracteres árabes até 1929, quando se
adotou o alfabeto latino.
• Não confunda árabe com turco. Durante seis séculos, até a Primeira
Guerra Mundial, os árabes do Líbano e da Síria foram dominados pelo
Império Turco-Otomano. A confusão veio dos passaportes que eles
usavam para entrar no Brasil. O passaporte era turco, mas o portador
era árabe.
Curdos
• Os 26 milhões de curdos são o maior grupo étnico sem Estado do
mundo. Eles ocupam um território de cerca de 500 mil quilômetros
quadrados – maior que o do Iraque – que engloba parte da Turquia,
Irã, Iraque, Síria, Armênia e Azerbaijão.
• O idioma curdo é indo-europeu, como o persa, mas a grafia varia.
“Os curdos da Turquia usam o alfabeto latino. Os da Síria, Iraque e Irã
usam o árabe”.
Primavera Árabe
5 ANOS
Tunísia
• A revolta na Tunísia começou com protestos populares após o suicídio de um vendedor
ambulante, dia 17 de dezembro de 2010, contra o regime autoritário do presidente. O
vendedor de rua Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo como forma de protesto
em Sidi Bouzid, centro de Túniss, dando início à revolta. Bouazizi morreu em 4 de janeiro
de 2010.
• Em 14 de janeiro de 2011, uma multidão protestava pelas ruas de Túnis, capital da Tunísia,
contra o regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali, o que levou à queda do primeiro
líder de um país árabe por conta da pressão popular. Ninguém poderia antecipar que esse
movimento seria o epicentro de um terremoto geopolítico que mudou o mundo árabe, a
chamada Primavera Árabe.
• Naquele dia, depois de 23 anos no poder, Zine El Abidine Ben Ali fugiu em direção à
Arábia Saudita enquanto manifestantes tomavam as ruas gritando "Fora Ben Ali".
• As manifestações foram duramente reprimidas e, no total, o conflito deixou 338 mortos.
• Cinco anos depois, o país é considerado um sobrevivente da Primavera Árabe, uma vez
que, apesar da violência e do assassinato de opositores, a Tunísia pode se vangloriar de
ter administrado uma transição à democracia após a derrocada de Zine El Abidin Ben Ali.
• Conhecida como Guerra Civil Líbia ou
Revolução Líbia;
• Ocorreu sob a influência das revoltas na
Tunísia, tendo como objetivo acabar com a
ditadura de Muammar Kadhafi.
• Em razão da repressão do regime ditatorial,
essa foi uma das revoluções mais sangrentas da
Primavera Árabe.
• Outro marco desse episódio foi a intervenção
das forças militares da OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte), comandadas,
principalmente, pela frente da União Europeia.
Egito
• A queda de Hosni Mubarak em 2011,
abriu caminho à escolha do primeiro
presidente democraticamente eleito.
Mas Mohamed Morsi não trouxe
estabilidade. Os militares afastaram-no
em 2013 e assumiu o general Abdel
Fattah al-Sisi
Síria
• Na Síria, o presidente Bashar al-
Assad reprimiu duramente os
protestos anti-governamentais,
gerando uma revolta que se
transformaria em uma guerra
civil com um total de 260 mil
mortos e milhões de
deslocados. Saldo devastador.
• Este conflito interno que ainda
persiste, é aproveitado pelos
extremistas do grupo Estado
Islâmico (EI) para se infiltrarem
na Síria, ilustra com crueldade
as desilusões da Primavera
Árabe.

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