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1.

Método dos Estados Limites


MÓDULO 5 -
1.1 Conceituação geral
10 - Segurança e Estados Limites 1.1.1 Estados Limites
11 - Ações
12 - Resistências Funcionalidade comprometida pelo desempenho
inadequado, seja em relação às condições de serviço, seja
em relação à capacidade de suporte

1.1.2 Método de projeto

Todos os estados limites possíveis devem ser verificados


Fernando R. Stucchi
Setembro/2003

Aplicação dos Estados Limites de Serviço (ELS)


2 Ações

• ELS por descompressão - CP1 2.1 Ações a considerar


permanentes
• ELS por formação de fissuras - CP2 diretas
Ações a normais
variáveis ou
• ELS por abertura de fissuras CA CP3 considerar especiais
indiretas
excepcionais
• ELS por compressão excessiva - CP

• ELS por deformação excessiva CA CP Ex. variáveis especiais - sismo, construção

• ELS por vibração excessiva CA CP Ex. excepcionais - sismo excepcional, explosão, incêndio,
choque de veículo, enchente

1
2.1.1 Ações permanentes Empuxo de terra: exemplo de uma areia

2.1.1.1 Diretas kp
Peso próprio σh
k= σ
Peso de elem. construtivos e instalações permanentes v
ATIVO kpk inf
Empuxos permanentes
σv
Pela norma de 78 os valores característicos das ações permanentes ka k sup ko
eram os quantis 95%.
σh PASSIVO
Pela nova norma esses valores são os médios. Só para casos
especiais, como os empuxos, devem ser considerados os quantis
95%
ka δh
Valor característico Fgk

Probab.(Fg >Fgk)=5%
NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações
F gk inf Fgk sup= Fgk
Peso específico dos materiais (KN/m3)

5% 5% Materiais de armazenagem γ (KN/m3)


µ
µ-1,64 σ µ+1,64σ
φ (ângulo de atrito)

PESO ESPECÍFICO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO


2.1.1.2 Indiretas
3
kN/m
A. Retração e fluência
Materiais Peso específico
aparente
1. Conceitos
1 – Rochas Arenito 26
Basalto 30
Gneiss 30 1.1 Retração
Granito 28
Mármore e calcário 28
1.1.1 Retração hidráulica
2 – Blocos Blocos de argamassa 22
artificiais Cimento amianto 20 Retração do concreto endurecido, decorrente
Lajotas cerâmicas 18 essencialmente da perda de água, definida
Tijolos furados 13
por equações na norma. Depende de:
Tijolos maciços 18
Tijolos sílico-calcáreos 20 Umidade relativa
3 – Revestimentos e Argamassa de cal, cimento e areia 19
concretos Argamassa de cimento e areia 21
Espessura média
Argamassa de gesso 12,5 Composição do concreto
Concreto simples 24
Concreto armado 25 Tempo

2
1.1 Retração 1.2 Fluência
1.1.2 Retração térmica
O fenômeno de fluência é aquele em que se observam
deformações crescentes assintoticamente com o tempo em
Retração do concreto em processo de
blocos de concreto, sob tensão uniforme e permanente.
endurecimento. Decorrente essencialmente do
esfriamento do concreto quando as reações de σ=cte ε(t)
ε
hidratação começam a decair. Não é definida na δ (t)=ε(t)h
norma. Depende de:
h
ε0
Composição do concreto
Cura t0 t
Forma
σ
Existem outros tipos de retração como retração plástica, ε= (1 + ϕ ) = ε 0 (1 + ϕ )
por secagem superficial, etc., do concreto durante o E0
endurecimento, menos importantes e usualmente
controladas por cuidados construtivos, especialmente de
cura.

1.3 Relaxação
O fenômeno de relaxação é aquele em que se observam 1.4 A fluência depende de:
tensões decrescentes assintoticamente com o tempo em blocos
de concreto, sob deformações impostas uniformes e Umidade relativa
permanentes.
Espessura média
σ(t) Composição do concreto
δ=cte σ0
Tempo
idade de carregamento
h
tempo decorrido a partir desta idade
σ

t0 t
σ(t)

δ 1 εE0
σ= E0 =
h (1 + ϕ ') (1 + ϕ ')

3
1.5 Função de fluência linear de Dischinger
B. Deslocamento de apoio
ϕ1 Paralelas: Imposto δksup prever com avaliação pessimista da rigidez
ϕ
ϕ2 ϕ1- ϕ2 = cte. para t>t2 do maciço (quantil 5%)
δkinf =0

t1 t2 t Exemplo: carga e descarga Interação Análise paramétrica considerando avaliação


solo/estrutura pessimista e otimista da rigidez do maciço
σ

σ0 MODELO DE CÁ LCU LO DA INTERAÇ ÃO


σ0
ε c 1 (t ) = [1 + ϕ1 (t )] para t1<t<t2
E0
t1 t2 t
σ0
εc2(t) ε c 2 (t ) = [1 + ϕ1 (t ) − 1 − ϕ 2 (t )]
E0
εc1(t)
σ0
constante
ε c 2 (t ) = [ϕ∆ϕ
1 (t 2 )] = cte. para t>t2
t1 t2 t
E0 Coef. de reação ksup ou kinf em todos os apoios

C. Imperfeições geométricas
Imperfeições globais θ1 =
1
≥ θ1 min 1 +1/ n
θa = θ1
100 l 2
1
θ1 = ≥ θ1 min
100 l
l 100 Θa
l
n
1 +1/ n
θa = θ1 l (m) Θ1 2 3 4
2
θa 3 0,005 3 0,432 0,407 0,395
6 0,00409 6 0,354 0,333 0,323
n 9 0,00333 * 9 0,288 0,271 0,263
12 0,00290 12 0,251 0,237 0,229
Onde: l é a altura da estrutura em m
15 0,00258 15 0,223 0,210 0,204
n é o no. de elementos verticais contínuos
18 0,00250 ** 18 0,216 0,204 0,198
θ1min 1/400 para estruturas de nós fixos
* valor min para nós móveis
1/300 para estruturas deslocáveis
** valor min para nós fixos
ou efeito de imperfeições locais

θ1max 1/200

4
Cargas externas equivalentes às imperfeições geométricas
Imperfeições locais n m
V31 V32 V33 ∆Hi = Vijθ a ∆H 0 = ∆H i
∆H3 j =1 i =1
V21 V22 V23
∆H2

V11 V12 V13 Vij - Carga vertical aplicada


∆H1
pelo andar i ao pilar j

∆H0

A Desaprumo global

H i = ( N j+1 + N j )θ1
1. Pilar de contraventamento b1. Falta de b2. desaprumo Hi+1
2. Pilar contraventado retilinidade
3. Elementos de ligação entre
j+1
Hi
H i +1 = ( N j+1 )θ1 H i −1 = ( N j )θ1
os pilares 1 e 2 j
Hi-1
Nj = Força normal no lance j
do pilar contraventado
a. Elementos de ligação b. Lance de pilar

B Elemento de ligação pilar contraventado x pilar de


contraventamento

N N Excentricidade adicional para verificação de um lance de pilar


+ θ1N + Mp2 Mp1
+ Alternativa
Mp1
+ Mv
+ Nlθ1
+ 2θ1N

ea=θ1l
+ Mp1 Mp1
+ θ1N + ea=θ1l/2

C Falta de retilinidade ou desaprumo do eixo de um lance do


pilar
a. Pilar em balanço b. Pilar em estrutura
reticulada

5
D Protensão - Cargas externas equivalentes
Momento mínimo de 1a ordem a.) Cargas equivalentes

O momento total M1d de primeira ordem, isto é, o CABO DE PROTENSAO

momento de primeira ordem acrescido dos efeitos de


f tc
imperfeições locais, deve respeitar o valor mínimo dado A P(x)

por:
( )
o f la
M1d, min = N d 0,015 + 0,03h o +

f la
P(x)
Onde
VIGA DE CONCRETO PROTENDIDO f tc
0,015 é dado em metros
h representa a altura total da seção transversal na VIGA DE CONCRETO

direção considerada, em metros


P(x) - força de protensão
Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o
fIa força longitudinal e atrito
efeito das imperfeições locais esteja atendido se for fIc força transversal de curvatura
respeitado este valor de momento total mínimo

b.) Cargas equivalentes aproximadas


2.1.2 Ações variáveis
2.1.1.2 Diretas
• Cargas acidentais
α α – cargas acidentais verticais de uso
f – cargas móveis com impacto
– cargas horizontais
ft=8fP/(l2)=2Ptg(α)/l – cargas acidentais de construção
Ptgα Ptgα Ptgα Ptgα
• Cargas de vento
P P P P

6
Distribuição de extremos
NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações
máximos VALORES MÍNIMOS DAS CARGAS VERTICAIS
anuais Valor característico de Fqk é o
valor com período médio de
kN/m2
retorno de 140 a 200 anos
Local Carga

5o/oo a 7,1o/oo 1 – Arquibancadas 4


2 – Balcões Mesma carga da peça com a qual se comunicam
acrescida das cargas na borda -
Fqk 3 – Bancos Escritórios e banheiros 2
Salas de diretoria e de gerência 1,5
4 – Bibliotecas Sala de leitura 2,5
PMR=140 anos Probab (Fq>Fqk) = 1 ano 7,1‰ Sala para depósito de livros 4
50 anos 35,0% Sala com estantes de livros a ser determinada
em cada caso ou 2,5 kN/m2 por metro de altura,
observado, porém o valor mínimo de 6
PMR=200 anos Probab (Fq>Fqk) = 1 ano 5,0‰
5 – Casas de (incluindo o peso das máquinas) a ser
50 anos 25,0% máquinas determinada em cada caso, porém com o valor
mínimo de 7,.5
NBR 6120 Cargas acidentais em função do tipo de uso do 6 – Cinemas Platéia com assentos fixos 3
Estúdio e platéia com assentos móveis 4
espaço
Banheiro 2
NBR 6123 Cargas de vento

Ação do vento
Hoje Vãos maiores
A consideração do efeito do vento passa a ser obrigatória para todas divisórias leves
as construções disposição mais complexa de pilares
lajes lisas

Até 60/70 Exigência


Altura > 4x largura
NB 1/78 exigia apenas quando Desaprumo
Fila com menos de 4 pilares
Vento
2a. Ordem global (quando for o caso)

Admitindo que a alvenaria formava ao preencher os pórticos,


paredões suficientemente rígidos Nota importante:
Não é necessário superpor as ações de
Vãos ≤ 4m tijolos maciços
tijolos encunhados tijolos ligados aos pilares por armadura desaprumo e vento.
É suficiente considerar a maior delas, isto é, a que
provoca maior momento total em relação à base da
construção.

7
3.2 - Valor de cálculo da resistência do aço
3–Valores representativos das
E. Diagrama Tensão-Deformação do aço
resistências
3.1 - Valor de cálculo da resistência do concreto σs

fyk
fk
fd =
γm
fyd

onde fk é a resistência característica inferior e γm o coeficiente de


ponderação das resistências. Es εs
εuk

4. Valores representativos das Ações

4.1 Valores característicos


Os valores ψo Fk levam em conta que é muito baixa a probabilidade
de ocorrência simultânea dos valores característicos de duas ou
A - Ações Permanentes
mais ações variáveis de naturezas diferentes.
O valor característico é normalmente o valor médio.
Os valores reduzidos de serviço, ψ1 Fk e ψ2 Fk , que estimam valores
B - Ações Variáveis frequentes e quase permanentes, respectivamente, de uma ação que
Os valores característicos das ações variáveis, Fqk estabelecidos acompanha a ação principal.
por consenso e indicados em normas específicas, correspondem
a valores com período médio de retorno de 200 a 140 anos. 4.4 Valores de cálculo

4.2 Valores representativos Os valores de calculo se determinam multiplicando ou dividindo os


valores característicos por coeficientes de ponderação
A - Os valores característicos

B - Valores convencionais excepcionais

C - Valores reduzidos

8
A. Estado Limite Último
AÇÕES ψo ψ1 ψ2

Tabela 1 - Coeficiente γf = γf1 x γf3 CARGAS ACIDENTAIS DE EDIFÏCIOS

- Locais em que não há predominância de pesos de


equipamentos que permanecem fixos por longos períodos
Permanente Variáveis Protensão (p) Recalques de de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas 0,5 0,4 0,3
s (g) (q) Apoio,
retração - Locais em que há predominância de pesos de
equipamentos que permanecem fixos por longos períodos
Desf. Geral Temp Desf. Desf. de tempo, ou de elevadas concentração de pessoas 0,7 0,6 0,4
Fav. Fav. Fav.

- Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6


Normais 1,4 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais ou VENTO
de 1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
Construção - Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0

Excepcionai 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0 TEMPERATURA


s
- Variações uniformes de temperatura em relação à
média anual local 0,6 0,5 0,3
-

6 - Combinações de ações
5. Valores representativos das resistências,i.e valores
de cálculo 6.1 - Combinações últimas
A Estado Limite Último
A Combinações últimas normais
Tabela 3 - Valores dos coeficientes γ c e γ s
B Combinações últimas especiais

Combinações Concreto (γc) Aço (γs) C Combinações últimas excepcionais

6.2 Combinações de serviço


Normais 1,4 1,15

A Quase-permanentes
Especiais ou
De construção 1,2 1,15 B Frequentes

Excepcionais 1,2 1,0 C Raras

9
6.3 Formulação analítica das combinações de ações
B - Especiais ou de construção

6.3.1 Combinações últimas n


A - Normais Fd = γg Fgk + γεg F εgk + γq (Fq1k + Σ ψoj Fqjk) + γεq ψoε Fqk
2
a. Esgotamento da capacidade resistente para peças de concreto
n
onde os termos estão definidos conforme A e onde ψo pode ser
Fd = γgFgk + γξg Fξgk + γq (Fq1k + Σ ψoj Fqjk) + γξq ψo Fξqk substituído por ψ2 quando a atuação da ação principal Fq1k tiver
2 duração muito curta.
onde:
Fgk representa as ações permanentes diretas C - Excepcionais
Fξk representa as ações indiretas permanentes como a retração
n
Fξgk e variáveis como a temperatura Fξqk
Fd = γg Fgk + γεg Fε gk + Fq1exc + γq Σ ψ oj Fqjk + γε q ψ oε Fεqk
Fqk representa as ações variáveis diretas das quais Fq1k é 2
escolhida principal
γg γξg γq γξq - ver tabela 1. onde os termos estão definidos conforme A
ψoj ψo - ver tabela 2

6.3.2 Combinações de serviço


C - Combinações raras de serviço
A - Combinações quase-permanentes de serviço

Nas combinações quase-permanentes de serviço, todas as ações variáveis Nas combinações raras de serviço, a ação variável principal Fq1 é
são consideradas com seus valores quase-permanentes ψ2 Fqk: tomada com seu valor característico Fq1,k e todas as demais
ações são tomadas com seus valores freqüentes Ψ1 Fqk:
m n
Fd,uti = Σ Fgi,k + Σ ψ2j Fqj,k m n
i=1 j=1 Fd,uti = Σ Fgi,k + Fq1,k + Σ ψ1j .Fqj,k
B - Combinações frequentes de serviço i=1 j=2

Nas combinações frequentes de serviço, a ação variável principal Fq1 é


tomada com seu valor frequente ψ1 Fq1,k e todas as demais ações
variáveis são tomadas com seus valores quase-permanentes ψ2 Fqk:

m n
Fd,uti = Σ Fgi,k + ψ1 Fq1,k + Σ ψ2j.Fqj,k
i=1 j=2

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6.4.1 - Exemplos de combinações últimas

A Estruturas usuais de edifícios residenciais e comerciais Nos edifícios a nós fixos ( ou pouco deslocáveis) permite-se
Devem ser verificadas pelo menos as duas combinações abaixo: substituir essas 2 combinações por :

Fd = 1,4 Fgk + 1,2 F ξ gk + 1,4(Fq1k + ψ0 Fq2k) + 1,2 x 0,6 F ξ qk Fd = 1,4 Fgk + 1,2 F ξ gk + 1,4 (Fqk + 0,8 Fwk) + 1,2 x 0,6 x F ξ qk

1,4 1,2 1,4 0,8 1,4 0,8 NB1/78

com F ξ gk - retração, F ξ qk - temperatura

Combinação 1: Fq1k - vento, Fq2k - c. acidental c/ ψ0=0,5

Combinação 2: Fq1k - c. acidental, Fq2k - vento c/ ψ0=0,6

NOTA : Quando o efeito da carga permanente for favorável o γg


deve ser reduzido para 1,0. Na NB1/78 era 0,9.

B Bibliotecas, arquivos, oficinas, estacionamentos


1. Fg e Fq devem levar em conta as imperfeições geométricas
se elas forem mais importantes que o vento. Pelo menos duas combinações devem ser verificadas:

2. Fq nos pilares e fundações podem levar em conta redução Fd = 1,4 Fgk+1,2 F εgk+1,4 (Fq1k+0,8 Fq2k) + 1,2 x 0,6 F εqk
da carga acidental conforme NBR 6120 (NB5) com

Tabela de redução de cargas acidentais em edifícios Fgk : cargas permanentes

Fq1k : vento
Numeração dos pisos Redução percentual das
a partir da cobertura cargas acidentais Fq2k : carga acidental
1º, 2º, 3º 0
4º 20% F εqk : efeito da temperatura
5º 40%
6º em diante 60% Fd = 1,4 Fgk+1,2 F gk+1,4 (Fq1k + 0,6 Fq2k) + 1,2x0,6 F qk

3. Para cálculo das fundações considerar cargas equivalentes a onde: Fq1k e Fq2k passaram a representar carga acidental e vento
Vd / 1.4

11
C Exemplos de peças de concreto protendido em edifícios, conjunto de cabos
D Muros de arrimo
nas zonas comprimidas e tracionadas.
S (1,0 Gsk) >= S (1,4 Gnk, 1,4 Qnk, -1,0 Qs,min, δ )
Fd = 1,4 Fgk+1,2 Fεgk + 1,4 Fqk+ 1,2 Pkmáx + 0,9 Pkmin + 1,2 x 0,6 x Fεqk
onde:
(1) (2)
δ - representa o efeito, sobre as solicitações, da deslocabilidade do muro.
com
Gsk - ação permanente, estabilizante - peso do muro e do solo
(1) Contribuição de cabo em zona comprimida para verificação da resistência à
flexão. Gnk - ação permanente instabilizante - empuxo do peso do solo

(2) Contribuição do cabo para verificação da resistência à força cortante ou à Qnk - ação variável instabilizante - empuxo das sobrecargas
flexão, se o cabo está na zona tracionada
Qs,min - ação variável estabilizante - resultante das sobrecargas

3. [Pk,t (x)]sup = 1,05 Pt (x)


Devem ser considerados os valores característicos superiores dos empuxos Gnk e Qnk.
[Pk,t (x)]inf = 0,95 Pt (x)

6.4.2 Exemplos de combinações de serviço -


E Flutuação de estruturas submersas
a. Verificação de deslocamentos excessivos - Combinação quase
S (1,0 Gsk) >= S (1,2 Qnk) permanente
onde:
Fd,ser = Fgk + 0,3 Fqk + Fpkinf
0,8 NB1/78
Gsk - peso próprio da estrutura e do solo envolvido.
Nos casos em que os deslocamentos possam provocar danos nos
Qnk - Empuxo de Arquimedes, calculado com o nível d'água característico
superior, para a estrutura e o solo envolvido elementos de acabamento, a combinação frequente
Fd, ser =Fgk + 0,4 Fqk + Fpkint
Observação: Dependendo da precisão com que se conheçam os pesos 0,8 NB1/78
envolvidos e o nível d’água, os coeficientes de ponderação 1,0 e 1,2 podem
ser alterados.
e para ação predominante do vento:
Fd,user = Fgk + 0,3 Fwk + 0,3 Fqk + Fpkint
0,0 0,8 NB1/78

12
b. Verificação da abertura das fissuras - Combinação frequente
Nos edifícios a nós fixos, permite-se substituir essas2
combinações por: Fd,uti = Fgk + 0,4 Fqk + Fpkinf

Fd,ser = Fgk + 0,4 Fqk + 0,3 Fwr + Fpkint c. Verificação da formação de fissuras - Combinação rara

Fd,uti = Fgk + Fqk + Fpkint

onde:

Fgk - cargas permanentes

Fqk - carga acidental

Fwk - vento

Fpkinf - protensão

7. Exemplo - Passarela SEÇÃO NO APOIO

120 Concreto: fck = 30 MPa


550 2110 550 Ec = 26.000 MPa
155
30

47.5 25 47.5
20
ATERRO: Φ=30° Características geométricas
100

50
1,5 1,5 C=0

83 5 12 5
1 1
400

Ø100 γ=18 kN/m3

A= 0,36 m2
600

ycg= 0,68 m
18
15
90
15
I= 0,0317 m4
Ws=0,099 m3
800

Ks=8000 kN/m3
100
Wi= 0,047 m3
30 70

200

13
Ações atuantes 1.3 Guarda - corpos
1. Cargas permanentes na superestrutura ggc= 2*1,0 = 2,0 kN/m
1.1 Peso próprio (g= 25 kN/m3)
1.4 Empuxo de terra
g1= 0,36*25 = 9,0 kN/m
gm.ala= 2*0,24*25 = 12,0 kN Kasup = 0,33
gtransv.= 1,2*1*0,2*25 = 6,0 kN
eg = 0,33*18*1,0 = 5,9 kN/m2
1.2 Revestimento (g= 20 kN/m3) Kainf = 0 100
eg = 0
gr= 1,2*0,05*20 = 1,2 kN/m eg

2. Cargas variáveis 2.2. Vento (NBR-6123)

2.1. Sobrecarga Velocidade básica: 38 m/s

s/c = 5,0 kN/m2 • S1= 1,0


• S2= 0,90 Vk = S1*S2*S3*V0 = 32,5 m/s
q = 5,0*1,2 = 6,0 kN/m • S3= 0,95
q1/2 = 3,0 kN/m

(tq = 3*0,3 = 0,9 kNm/m) Coeficiente de arrasto: Ca= 1,4

qv = 1,4*32,52/1600 = 0,92 kN/m2

14
2.3. Empuxo de terra (devido à sobrecarga)
3.3 Protensão (deformação lenta)
Ka=0,33
eq = 0,33*5 = 1,7 kN/m2 sp @ - 3.000 kN/m2

εp = -1,2*10-4
3. Cargas indiretas
Φ=2 εp∞ = -2,4*10-4
3.1 Temperatura
Dt = ±15º C
∆teqp= -24º C
3.2 Retração
er = -1,5*10-4

Dteqr= -15º C

4. Esforços solicitantes característicos 5. Verificação da estabilidade ao tombamento


(em torno do aparelho de apoio)
• No meio do vão • No apoio

• Mg+ = 395,4 kNm • Mg- = -283,5 kNm • 5.1. Momento instabilizante - vento + meia tabuleiro
• Mq+ = 333,9 kNm • Mq- = -90,8 kNm carregado
• Mq1/2+ = 167,0 kNm • Mq1/2- = -45,4 kNm
• Tsd = γf*[(0,92*2,8*1,4 + Ψ0*0,9)*(5,5 + (21,1)/2)]
• À direita do apoio • À esquerda do apoio • Considerando γf=1,4 Ψ0=0,7 Tsd = 95,1 kNm
• Vgd = 128,7 kN • Vge = -85,1 kN • 5.2. Momento estabilizante
• Vqd = 63,3 kN • Vqe = -33,0 kN
• Vq1/2d = 31,7 kN • Vq1/2e = -16,5 kN
• Mrd = γf*Rk,inf*0,45

15
• Rk,inf = (213,8+48,2) kN • Estimativa para combinação quase permanente
• Considerando γf=1,0 (a rigor γf=1,4 e Ψ0=0,7 para a parcela de • 6.1 No meio do vão
carga acidental )
• Md = 1*Mgk + Ψ2* Mqk = 395,4 + 0,4*333,9 = 529,0 kNm
• Mrd = 117,9 kNm > Trd ok
→ σi = Md/Wi + Pd*(1/A + e/Wi) = 0
• Nota: Seria importante tb, verificar a estabilidade sob • Para e= ycg-0,10, temos Pd = -744,5 kN
ação do vento e da carga vertical separadamente.
• 6.2 No apoio
• Md = -283,5 - 0,4*90,8 = -319,8 kNm
• 6. Protensão necessária
→ σs = Md/Ws + Pd*(1/A + e/Ws) = 0
• Admitindo ambiente industrial úmido, isto é, ambiente fortemente • Pd = -646,1 kN
agressivo, devemos adotar protensão limitada (nível 2).
• Assim, devem-se verificar o Estado Limite de Descompressão para
combinação quase permanente de ações e o Estado Limite de
Formação de Fissuras para combinação freqüente de ações.

• Admitindo uma perda total de cerca de 20% na força de • Geometria


protensão, temos:

• Pk ∞ = - 745 kN Pk0 = -930 kN


cabo equivalente
• (2 cabos 4φ1/2” ou 1 cabo 8φ1/2”, CP190-RB)

• 7. Traçado dos cabos - carregamento


equivalente
• Por se tratar de estrutura isostática, os esforços devido à
protensão podem ser facilmente obtidos em cada seção transversal
pela decomposição da força nos cabos. No entanto, a título
ilustrativo, vamos determinar o carregamento equivalente de
protensão.

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σtd ≤ fct)
• 8.2. Estado Limite de Formação de Fissuras (σ

8. Verificação dos Estados Limites de Utilização • fct = 1,2*fctk = 1,2*0,7*0,3*fck2/3 = 2,4 MPa = 2.400 kN/m2
(nas seções do apoio e meio de vão)
• Md = 1*Mgk + 1*Mpk + Ψ1*Mqk , Ψ1 = 0,6
• ∞
Npd = 1*Npkinf = Npk,∞
• 8.1. Estado Limite de Descompressão (σd ≤ 0)
• • ∞
Mpd = Mpk,∞
• Md = 1*Mgk + 1*Mpk + Ψ2*Mqk , Ψ2 = 0,4
• ∞
Npd = 1*Npkinf = Npk,∞ • Seção Mdg,q Npd Mpd σd
• ∞
Mpd = Mpk,∞ • apoio -338,0 -815,8 179,4 -664,8 → ok

• Seção Mdg,q Npd Mpd σd • vão 595,7 -767,4 -445,1 +1072 → ok

• apoio -320,0 -815,8 179,4 -845,8 → ok

• vão 529,0 -767,4 -445,1 -347,8 → ok

• 9.2 No apoio
9. Estado Limite Último de flexão
• Msd = 524,0 kNm

• Msd = γg*Mg + γq*Mq • Rstd = 1.174,1 kN


Observar que aqui não entra o momento isostático de protensão • x = 41,5 cm
• γg = γq = 1,4 • Mrd = 856,9 kNm > Msd → ok

• fcd = 30/1,4 = 21,4 MPa


• fpyd = 1710/1,15 = 1487 MPa

• 9.1 No vão

• Msd = 1.021,0 kNm

• Rstd = 1.174,1 kN
• x = 6,7 cm
• Mrd = 1.025 kNm > Msd → ok

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. τwd = 1.659 kN/m2
10. Estado Limite Último de cisalhamento
. τrd = 0,27*(1-fck/250)*fcd = 5.085 kN/m2 > twd
• 10.1. Força cortante
• Vsd = γg*Vg + γq*Vq + γp*Vp . τc = 0,6*fctd = 0,86 MPa (desprezando o efeito da normal)
Observar que essa força cortante Vp é uma força cortante
fictícia, uma vez que é um esforço interno, mas que deve ser
considerada nas verificações de esforços internos . Ast/s = 4,5 cm2/m
• γg = γq = 1,4 γp = 1,2 ou 0,9 . 10.2. Torção
• fcd = 30/1,4 = 21,4 MPa Tsd = γq *(Tq1 + Ψ0 *Tq2)
• fyd = 500/1,15 = 435 MPa γq = 1,4
• No apoio, do lado do vão:
Ψ0=0,6 p/ vento
• Vsd = 268,8 kN (Vp = 0) Ψ0=0,7 p/ multidão

. Ts/c = 0,9*21,1/2 = 9,5 kNm


. Tv = 0,92*(2,122/2-0,682/2)*21,1/2 = 19,6 kNm

. Tsd1 = 1,4*(9,5 + 0,6*19,6) = 29,8 kNm


. Tsd2 = 1,4*(19,6 + 0,7*9,5) = 41,7 kNm

. τtd = 1.288 kN/m2

. τrd = 0,25*(1-fck/250)*fcd = 4.708 kN/m2 > ttd

. Ast = 2,5 cm2/m (por face da viga)

. Interação p/ cisalhamento:

. τtd/ τrd + τwd/ τrd = 0,58 < 1 → ok

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