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Planejamento do
Ecossistema de
Inovação de
e m i n a s
patos d
Novembro, 2020
A importância do Ecossistema de Inovação
Cidades e Estados que criam condições para o nascimento de ecossistemas regionais de inovação
estarão mais bem posicionados para enfrentar e vencer os desafios e aproveitar as oportunidades
que este século apresenta. Por isso, é necessário desenvolver ecossistemas de inovação, os quais
permitam que pessoas com talento, ideias e recursos possam transformar, por meio da inovação,
a realidade em que vivemos, gerando melhor qualidade de vida e sustentabilidade para a nossa
sociedade. O investimento nesse tipo de sistema gera uma transferência de conhecimento e
tecnologia capazes de impulsionar o desenvolvimento da região.
Nos três últimos anos, o Sebrae Minas vem desenvolvendo diversas iniciativas e ações nos
ecossistemas do estado, alcançando resultados nos principais eixos: (i) disseminação da cultura
de empreendedorismo e inovação, e (ii) fomento à criação de novos negócios, com a realização de
atividades de dinamização do ecossistema, entre elas, capacitações, programas de pré-aceleração,
consultorias tecnológicas, encontro e rodada de negócios nacionais e internacionais, missões
técnicas, eventos de pequeno, médio e grande porte, o que foi possível impactando inúmeros
empreendedores e empresários.
Com a capilaridade dos serviços de triagem e ideação já implantados nos polos em diversas regiões
do estado, a abordagem proposta aqui nesse projeto irá convergir e integrar essas iniciativas,
identificando, também, novas e melhores oportunidades de atuação. Tudo isso contribui para gerar
insumos e direcionar demandas de inovação para as cadeias produtivas e de valor locais, sob a
lógica da Market-driven innovation.
Para o Sebrae, que tem se posicionado como um importante player para a articulação e
desenvolvimento de ecossistemas de inovação no estado, e que tem como propósito a contribuição
de forma inovadora para o desenvolvimento dos pequenos negócios, é preciso, cada vez mais, ousar,
investir, apropriar-se e disseminar modelos e ferramentas já consolidadas. A metodologia proposta
permite elevar o patamar de competitividade das micro e pequenas empresas, especificamente de
negócios inovadores, atendidas por esta instituição e seus parceiros, bem como incrementar a
competitividade territorial por meio do fortalecimento de ambientes inovadores.
Quero aumentar
a participação de Quero crescer
Quero conquistar mercado
meus primeiros
clientes
Tenho uma ideia
de negócio
Quero
empreender!
1. Introdução .................................................................................... 5
2. Metodologia .................................................................................. 6
3. Mapa de Atores ............................................................................. 8
4. Workshops .................................................................................... 9
5. Identificação dos Setores Estratégicos ..................................... 11
6. Nível de Maturidade do Ecossistema......................................... 12
7. Plano Estratégico do Ecossistema ............................................. 17
8. Plano Estratégico Setorial ......................................................... 24
9. Equipe do Projeto ....................................................................... 40
Outro aspecto que contribui para uma maior expressão do município é a presença de grandes
empresas, referências em seus segmentos de atuação, engajadas com as ações do ecossistema.
Soma-se a isso, a existência de um conjunto de iniciativas e ações bem-sucedidas em prol do
empreendedorismo inovador, mesmo que ainda em estágio inicial, que tem apresentado os
primeiros resultados e contribuído para um crescente engajamento de diversas instituições e
empresas voltadas ao fortalecimento da inovação no município.
Diante desse contexto, o Sebrae-MG buscou a Fundação CERTI para apoiar na elaboração do
planejamento do Ecossistema de Inovação de Patos de Minas, com o intuito de o município ter
melhores condições de estimular empreendedores, gerar e desenvolver empreendimentos mais
inovadores.
1 - Identificação dos
setores prioritários 3 - Definição de Estratégias
para fortalecer o ecossistema
2 - Caracterização do 4 - Elaboração do
Ecossistema de Inovação Plano de Ação
A primeira etapa compreendeu a identificação das áreas e dos setores com oportunidades
para a inovação. Para isso, foi realizada uma análise das vocações locais e das potencialidades
do município em termos de pesquisa científica e tecnológica. No 1º workshop, os participantes
validaram e definiram os setores estratégicos e, em seguida, consolidaram o mapa de atores que
podiam apoiar no fortalecimento do Ecossistema de Inovação de Patos de Minas.
Na sequência, a equipe técnica da Fundação CERTI elaborou um plano estratégico provocativo, o qual
foi validado e ajustado por um pequeno grupo de lideranças do ecossistema que foi constituído para
iniciar o processo de organização da governança do ecossistema de inovação. Este plano provocativo
foi apresentado e discutido durante o 3º workshop, para que, de forma conjunta, os atores locais
pudessem definir estratégias vitais à consolidação do ecossistema de inovação do município. Ainda
nesse workshop, os participantes priorizaram estratégias para os setores estratégicos e para o
ecossistema. Por fim, no Workshop 4, as estratégias priorizadas foram desdobradas em um plano
na forma de um OKR (Objective and Key Results), registrando-se resultados a serem conquistados
em curto e médio prazo, assim como responsáveis por estas ações.
Definição Mapa de
dos setores atores
estratégicos
Consolidação do
mapa de atores
Nível de maturidade de
cada integrante da vertente
Análise do radar e
pontos fracos e fortes
2º Workshop
Proposta de estrutura de
governança
Estruturação do Plano
de Ação Provocativo
3º Workshop
Planejamento do
4º Workshop Reunião do Petit Comité ecossistema
Consolidação do Consolidação
plano de ação do do plano de
ecossistema ação setorial
Workshop 1
O evento foi realizado no dia 16/06/2020, de forma virtual. A Fundação CERTI apresentou a proposta
de definição dos setores estratégicos a serem trabalhados e o mapa de atores preliminar. Os
participantes definiram os setores estratégicos do ecossistema de inovação e complementaram o
mapa de atores.
Workshop 2
O evento foi realizado no dia 09/07/2020, de forma virtual. A Fundação CERTI apresentou o estudo
do nível de maturidade do ecossistema. Os participantes validaram o nível de maturidade do
ecossistema de inovação e discutiram sobre os aspectos positivos e sobre as fragilidades de cada
setor estratégico.
Workshop 4
O evento foi realizado no dia 15/09/2020, de forma virtual. Representantes de lideranças do
ecossistema apresentaram um plano de ação para as estratégias priorizadas para o ecossistema
de inovação, e os participantes do workshop 4, para cada setor estratégico, definiram prioridades
e as desdobraram em metas, prazos e responsáveis por meio da metodologia OKR (Objective and
Key Results).
Competências Potencial
produtivas Vocação Setores Potencial científico e
instaladas Estratégicos tecnológico
A análise e o cruzamento dessas duas variáveis (vocação e potencial) apontaram setores estratégicos
para o ecossistema de inovação, os quais foram analisados e definidos pelos atores locais como os
seguintes: Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, Automação, Saúde e Cadeia do Agro.
TIC Saúde
Automação Cadeia do
Agro
Pré-incubadora
Incubadora
Aceleradora
Parque Tecnológico
Ambientes de
inovação Espaço Maker
Centro de Inovação
Coworking
Programas e Ações
Protagonismo Empresarial
Programas e Ações
Formação de Talentos
Inovação
ICTI
Políticas Públicas
Órgão Público de Inovação
Investidores Anjo
Venture Capital
Capital Instituições de Fomento
Governança
Governança
Grau de Maturidade
4
Governança 3 Programas e Ações
2
1
0
Capital ICTI
Políticas Públicas
Ambiente de Inovação
Existência:
• Foi identificada a existência de pré-incubadora (Farol); incubadora
(Farol); aceleradora (Aceleradora Oceano); espaço maker (Fablab
Oceano) e coworking (Coworking Oceano, Office You Coworking,
Duofértil Coworking) operando no município;
• Não foi identificada a existência de parque tecnológico nem de centro
de inovação. Mas a UNIPAM planeja a implantação de um parque
tecnológico futuramente.
Estágio:
• Observou-se que os ambientes de inovação atuam mais nos estágios
iniciais de desenvolvimento dos empreendimentos.
Efetividade:
• A incubadora Farol possui um sistema de gestão estruturado e está
apta a ser certificada pelo CERNE;
• Os ambientes de inovação possuem um portfólio de serviços bem
desenvolvido.
Integração:
• Os ambientes de inovação da UNIPAM estão integrados entre si, mas a
integração com os demais atores do ecossistema é limitada.
Existência:
• Foi identificada a existência de programas e ações: Prêmio UNIPAM
de Empreendedorismo, hackathons, Comunidade BUS, Nerd Project,
Talks, Projeto Integrador UNIPAM.
Estágio:
• Estão concentrados em níveis iniciais.
Efetividade:
• Os programas e ações ocorrem periodicamente, com uma boa sequência
de eventos;
• Os programas e ações não são planejados em conjunto de forma a
otimizar recursos e ampliar resultados;
• Os programas e ações realizados necessitam de maior divulgação.
Integração:
• Existe integração entre os programas uma vez que são planejados e
executados dentro do contexto da UNIPAM. Alguns atores são envolvidos
apenas no apoio à operacionalização.
Políticas públicas
Existência:
• O município não possui legislação específica de apoio à inovação e de benefícios
fiscais.
Efetividade:
• O município não possui um órgão público específico voltado à inovação, mas
foi criada a ADESP, fundada há 20 anos, tendo como fundadoras as instituições
públicas, privadas e do terceiro setor;
• A ADESP atua como uma “incubadora” de instituições, tendo ajudado a criar
a incubadora da UNIPAM, e está participando da criação de uma instituição
garantidora de crédito para micro e pequenas empresas. Porém, a ADESP ainda
não está focada em inovação. Está focada em desenvolvimento econômico.
Governança
Existência:
• Existem algumas comunidades que discutem a dinamização
do ecossistema de inovação, mas não existe uma governança
estruturada.
Efetividade:
• Não é realizado monitoramento dos resultados, nem das normas
e dos procedimentos para a definição de estratégias e ações.
Propósito
• Promover a simbiose entre os diferentes ambientes, programas
e ações e atores envolvidos na promoção da inovação.
Ações
• Elaborar formulário para captar informações dos agentes (local de trabalho,
redes sociais, contatos principais, experiência) e site para divulgar as informações
- objetivo que todos se conheçam;
• Fazer um mailing com as principais informações e atualizações do andamento
do sistema de inovação do ecossistema;
• Criar premiações e reconhecimentos com as melhores práticas e com a
divulgação pela mídia;
• Manter contato frequente na mídia regional para um trabalho mais direto de
assessoria de imprensa, a fim de divulgar o que está sendo produzido em termos
de projetos e eventos;
• Criar canais newsletter;
• Levantar as melhores práticas aplicadas por empresa e agentes, montar grupos
para visitação e divulgação pelo mailing;
• “Exportar” cases para a divulgação da cidade e a atração de investidores -
formação de referência local.
Ações
• Dividir as tarefas entre os atores dispostos a participar da estrutura de
governança do ecossistema de inovação para fases posteriores;
• Montar um grupo para visitar cidades e ambientes de inovação.
Algumas visitas já realizadas - conservar um histórico e agregar novas
pessoas. Sempre rotacionar ou incluir novas pessoas nas viagens;
• Analisar modelos que melhor se encaixam na estrutura de Patos;
2º: Conhecer/ mapear instituições, formas e estruturas de governança;
3º: formar grupos temáticos (políticas públicas, comunicação, etc.);
• Definir uma agenda de trabalho;
• Estruturar uma agenda referente ao desenvolvimento do município - Tipo
Uberaba que é U+20.
Ação
• Realizar reuniões com o Poder Público local (Executivo e Legislativo);
apresentar o cenário legislativo nacional de incentivo à inovação, bem
como legislações de municípios polo de inovação (Santa Rita do Sapucaí,
Florianópolis, por exemplo) e propor ao município medidas específicas
locais. Levantamento realizado e disponível.
Ações
• Possibilitar o acesso a editais que fomentem startups e viabilizem a
participação (estadual e nacional);
• Organizar eventos de sensibilização sobre investimento anjo e sobre a
legislação de apoio.
Ações
• Criar um modelo básico de evento introdutório/prático à inovação, para ser
aplicado em entidades e empresas que não conhecem o movimento de inovação.
Formar uma trilha de capacitação;
• Criar uma rede de mentorias entre atores em negócios de diferentes graus
de maturidade - ex: Endeavor. Aprendizagem compartilhada - experiências e
referências para o ecossistema.
Ações
• Diversificar locais onde são realizados os eventos na cidade a fim de
apresentar os espaços disponíveis dentro do ecossistema (empresas e
outros espaços);
• Utilizar espaços existentes e ambientes remotos para reuniões.
Ação
• Integrar entidades de classe.
Comitê de
6 meses • Mapa integrado de eventos elaborado.
Governança
Comitê de
6 meses • Desafios de inovação das empresas mapeados
governança
Comitê de
1 ano • Evento de lançamento dos desafios das empresas.
governança
TIC (Tecnologia da
Informação e Comunicação)
Ação
• Compilar e divulgar editais de fomento.
Ações
• Realizar hackathons e Startup Weekend;
• Formar uma trilha de eventos ou um mapa integrado de eventos e divulgação
de resultados;
• Desafios setoriais, meetups de soluções, hackathons, mentorias e contatos com
investidores;
• Realizar treinamentos e capacitações ao longo da trilha de inovação;
• Criar atividades e promoções em conjunto em feiras locais e regionais
(participação em feiras e eventos já realizados).
Ações
• Promover evento on-line de divulgação. Esse evento pode ser algo bem didático,
expondo informações sobre o ecossistema e, para quem demonstrar interesse,
sobre como participar;
• Fazer um congresso on-line com os agentes - aberto a população e divulgado
nas mídias. Cada agente explicando e falando sobre uma área de destaque.
Ações
• Criar um perfil em rede social para reunir mais atores. Esse perfil poderá, por
exemplo, promover o evento;
• Criar uma base constante para apoiar o setor. Depósito de desafios e soluções;
• Utilizar a plataforma Slack - pode permitir compartilhamento de informações;
• Promover comunicação mais integrada com outras comunidades e ecossistemas
para trazer e levar tecnologia.
Objetivo: Utilizar a mobilização proporcionada pelo Agita para divulgar ações do ELI e a
Plataforma de Comunicação
Cadeia do Agro
Ações
• Inserir outros atores representativos, a exemplo: EMBRAPA, EPAMIG, EMATER,
IEF, IGAM, etc.;
• Criar ação para integração efetiva do setor.
Ação
• Criar um espaço de discussão do setor, como “encontros empresariais“.
Ação
• Conhecer melhor o setor. Criar mecanismo de aproximação
para conhecermos a realidade e as dificuldades.
José Machado,
1 ano • Pelo menos 1 produto tracionando. Time Sebrae Patos
de Minas, Lucylene
José Machado,
2 anos • Pelo menos 5 projetos com resultados concretos. Time Sebrae Patos
de Minas, Lucylene
Naiara, Lilian,
2 anos • Cadeias produtivas completas e adensadas.
Jéssica
Saúde
Automação
Fomentar programas de
empreendedorismo conjunto entre as ICTIs
ICTI
Avaliar as demandas de
Estratégia automação por setores
Ação
• Detectar os atores, quem pode suprir e quem pode demandar as tecnologias.
Ação
• Desenvolver programas de integração da indústria com as instituições
de ensino básico.
Ações
• Realizar um workshop de automação com produtores e empresas do agro;
• Disseminar tecnologias habilitadoras nas empresas focando indústria 4.0;
• Realizar ações que otimizem a produção agrícola - oportunidade devido ao
grande mercado;
• Promover um curso de capacitação em automação.
Willer
Lizandro
• Empresas mapeadas para entender as Envolvimento:
3 meses
demandas e ofertas. Grupo de
automação
Lizandro e Rosania
• Trazer os empresários para participar do projeto; Envolvimento:
6 meses
• Treinar e capacitar a equipe do projeto. Grupo de
automação
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