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Delimitação do tema

Funcionamento da Administração empresarial: a importância do planeamento estratégico para o


sucesso da administração pública.

Formulação do Problema

A tarefa da administração é a de interpretar os objectivos propostos pela empresa ou organização


e de seguida transformá-los em acção organizacional por meio de planeamento estratégico, para
poder controlar todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da
organização.

Desta forma, temos como pergunta norteadora do nosso estudo a seguinte: qual é a importância
do planeamento estratégico para o sucesso da administração pública?

Justificativa

O interesse em estudar sobre esse tema ocorre por termos observado que actualmente as pessoas
têm recorrido às empresas privadas, devido a várias razões que se observam na administração
pública. Contudo, pretendemos com este trabalho abordar sobre algumas estratégias relevantes
que de certa forma trazem o sucesso à administração pública.

Este estudo poderá servir de apoio aos profissionais da administração, gerentes, administradores
orientando-os de forma condigna na execução das suas tarefas.

Objectivos
Objectivo geral
Analisar o impacto do planeamento estratégico para o sucesso da administração pública.

Objectivos específicos.

Identificar estratégias para sucesso da administração pública;

Descrever estratégias para sucesso da administração pública.


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Hipóteses

 O planeamento estratégico reflecte a capacidade de fazer o que deve ser feito, obtendo a
melhor relação entre os recursos existentes
 Possibilita a análise do ambiente de uma organização favorecendo a criação de uma visão
sobre as oportunidades e ameaças, bem como a percepção dos pontos fortes e fracos.
 Através do planeamento estratégico determina-se a melhor maneira de associar os recursos
disponíveis com a necessidade da sociedade.
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Revisão literária

O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão de uma empresa ou


organização de forma que as actividades sejam administradas com planeamento, organização,
direcção, e controle. O acto de administrar é trabalhar com e por intermédio de outras pessoas, na
busca de realizar objetivos da organização, bem como de seus membros. Administração é a
tomada de decisão sobre recursos disponíveis, trabalhando com e através de pessoas para atingir
objetivos. É o gerenciamento de uma organização, levando em conta as informações fornecidas
por outros profissionais e, também, pensando previamente nas consequências de suas decisões.

É, também, a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar.

Administração pública, segundo Wilson (1987:11), é a execução minuciosa e sistemática do


Direito Público. Para Gulick (1937:11), a administração pública é a parte da ciência da
administração que se refere ao governo, e se ocupa, principalmente, do Poder Executivo, no qual
se faz o trabalho do governo, embora haja problemas administrativos relacionados aos Poderes
Legislativo e Judiciário. Na óptica de Meirelles, (1984, p.11-12), administrar é gerir interesses
segundo a lei, a moral e a finalidade dos bens entregues a guarda e a conservação alheia. Se os
bens e interesses geridos são individuais realiza-se a administração particular; se forem coletivos,
realiza-se administração pública. O mesmo autor conceitua, que na administração particular, é
lícito fazer tudo que a lei proíbe, no entanto, na administração pública, só é permitido fazer o que
a lei autoriza. A gestão pública se refere às funções da gerência pública nos negócios do governo
(período de tempo determinado), mandato de administração. Toda actividade do gestor público
deve ter como objectivo o bem comum da sociedade. Se o gestor se afasta ou se desvia de tal
objectivo, trai o mandato, pois a comunidade não o instituía à gestão senão como meio de atingir
o bem-estar social (SANTOS, 2000).

Assim, o planeamento: implica pensar, antever cursos de acção; partir do diagnóstico da realidade
à proposição antecipada de ações para superar problemas identificados; estrutura. Considerando
que a planeamento é uma ferramenta de gestão empresarial amplamente utilizada pelas empresas,
Orlickas (2010:37) destaca que “ o planeamento visa prever e minimizar os inibidores dos
resultados e maximizar os facilitadores no processo de tomada de decisão, pois permitem que o
gestor tome decisões mais assertivas”.
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Portanto, Chiavenato (2004) avança que o planeamento consiste na tomada antecipada de


decisões sobre o que fazer, antes de a ação ser necessária sob o aspecto formal, planear consiste
em simular o futuro desejado e estabelecer previamente os cursos de ação necessários e os meios
adequados para atingir os objetivos.

A sofisticação tecnológica, os imensos mercados que se abriram e as maneiras de se chegar a


eles, a produção em massa, a concepção de tecnoestrutura empresarial, a acirrada competição
inter e intranacional exigem do administrador atenção extraordinária a necessidade de, com
antecedência, estabelecer missões e objetivos da empresa, estudar e seleccionar os caminhos
alternativos, implantar a estrutura e implementar os planos e ideias escolhidas.

O conceito de estratégia nasceu da guerra, em que a realização de objectivos significa superar um


concorrente, que fica impedido de realizar os seus. Dai que Aristóteles avança, que a finalidade
da estratégia é a vitória. Fora do contexto militar, a palavra estratégia é de uso corrente e indica
uma forma de enfrentar um problema ou uma forma de realizar objectivos.

Estratégia pode ser definida como sendo o caminho, maneira ou acção estabelecida e adequada
para alcançar os resultados almejados da empresa representados por objectivos, desafios e metas
(OLIVEIRA, 2007). Este autor acrescenta que a estratégia está relacionada à arte de utilizar
adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos
problemas e a maximização das oportunidades. Thompson e Strickland III (2000, p.1), definem
estratégia empresarial como conjunto de mudanças competitivas e abordagens comerciais que os
gerentes executam para atingir o melhor desempenho. A estratégia, na verdade, é o planeamento
do jogo de gerência para reforçar a posição da organização no mercado, promover a satisfação do
cliente e atingir os objectivos de desempenho.

Para Oliveira (2007:6), a estratégia não é o único factor determinante no sucesso ou fracasso de
uma empresa; a competência de sua alta administração é tão importante quanto sua estratégia.
Para a empresa se adequar a uma realidade estratégica é necessário estabelecer algumas
ferramentas na empresa, tais como: missão: uma proposta para a qual a organização existe, é
considerada uma tarefa muito importante na administração, pois objectiva facilitar o sucesso da
mesma, CERTO e PETER (1993). Para Cobra (1992:54), a missão ou propósito diz respeito à
vocação, a algo que se pretende cumprir ou realizar. Cada instituição deve definir de maneira
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clara a sua missão corporativa para que as sinergias entre as várias unidades estratégicas do seu
negócio sejam aproveitadas para maximizar os seus resultados. A missão é a determinação do
motivo central do planeamento estratégico, ou seja, corresponde a um horizonte dentro do qual a
empresa actua ou pode actuar. É importante ressaltar que a organização precisa ter missão,
objectivo e meta, ao qual se têm as definições; objectivo é alvo ou situação que se pretende
alcançar, determina para onde a empresa deve direcionar seus esforços.

Conforme avança Cobra (1992:71), os objectivos ajudam a direccionar os esforços e as


estratégias estabelecem os caminhos a serem percorridos para se atingir os objectivos. Cada
negócio exige uma formulação estratégica específica para se alcançar os objectivos.

Para viabilização do plano, é preciso que as pessoas envolvidas sejam co-responsáveis pelo
mesmo; é importante que os recursos a serem utilizados estejam disponíveis e devidamente
alocados; e, principalmente, que os objectivos sejam priorizados, dentro de um cronograma de
programas táticos de realização (COBRA, 1992). O sucesso do plano depende, além dos
objectivos exequíveis e de estratégias e programas consistentes, de uma metodologia para sua
implantação.

Quanto à elaboração de uma boa estratégia Thompson e Strickland III (2000:18), advogam que a
tarefa de elaboração de estratégia começa com um sólido diagnóstico da situação interna da
empresa. Uma boa estratégia combinada com uma boa implementação da estratégia não fornece
nenhuma garantia de que a empresa vai evitar períodos de desempenho fraco. Em alguns casos,
são necessários vários anos para que os esforços da gerência para a obtenção de bons resultados
aconteçam, pois existem condições adversas que vão além da capacidade de previsão ou de
reação do gerente.

Oliveira (2007) define o planeamento como sendo o processo administrativo que proporciona
sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa,
visando optimizado grau de interação com os factores externos - não controláveis - e actuando de
forma inovadora e diferenciada.

Quem efectua o planeamento estratégico são os dirigentes de mais alto nível da empresa:
directores e assessores, pois quase sempre, estes possuem uma visão sistêmica ou global da
empresa e têm melhores condições param ficarem atentos ao que ocorre no ambiente externo.
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De acordo com Thompson e Strickland III (2000:26), o desenvolvimento e visão estratégica,


estabelecimento de objectivos, desempenho de curto e longo prazo, assim também como as
mudanças competitivas, as abordagens de acções internas e a decisão sobre uma estratégia são
tarefas básicas para estabelecer o rumo da organização, constituindo assim o plano estratégico.
Nada pode se realizar antes de se fazer um planeamento. Em termo empresarial segundo Santos
(2006:23), o planeamento é a primeira função administrativa, justamente por ser a base para as
demais, como: organização, direcção e controle. Para Lindgren (1978:16), o planeamento tem
como objectivo o uso de instrumentos de onde emanou a proposição de objectivos; em que se
baseou a escolha daqueles instrumentos é sempre um sistema socio-econômico e político-
administrativo, sistema ao qual pode ser uma cidade ou um bairro da cidade; uma região, ou parte
da mesma; ou a região toda. Já para Santos (2006:24), o propósito do planeamento no caso,
governamental, é definir objectivos para o futuro e os meios para alcançá-los, de maneira que as
transformações ocorridas na comunidade na qual o governo pretende interferir não sejam
determinadas simplesmente por circunstâncias fortuitas ou externas. Para esse tipo de
planeamento há três dimensões a serem avaliadas e possivelmente mantidas em equilíbrio que
são: objectivos, recursos e estrutura organizacional.
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Metodologia

Para o desenvolvimento deste estudo optaremos por um estudo descritivo, que para Oliveira
(2007:114), procura abranger aspectos gerais e amplos de um contexto social. Possibilita o
desenvolvimento de um nível de análise em que permite identificar as diferentes formas dos
fenômenos, sua ordenação e classificação. Esse estudo permite ao pesquisador a obtenção de uma
melhor compreensão do comportamento de diversos factores e elementos que influenciam
determinado fenômeno.

A pesquisa adoptada foi a pesquisa qualitativa que, na ótica de Oliveira (2007, p.116-117), se
difere da quantitativa pelo facto de não empregar dados estatísticos como centro do processo de
análise do problema. As pesquisas que se utilizam a abordagem qualitativa possuem a facilidade
de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a
interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por
grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de
opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das
particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos.

Para a recolha de dados, serão utilizadas entrevistas semi-estruturadas, direccionadas, que


segundo Triviños (1987:146): [...] aquelas que partem de certos, questionamentos básicos,
apoiados em teoria e hipóteses, que interessam à pesquisa, e que, em seguida oferecem amplo
campo de interrogativas, fruto de novas hipóteses que vão surgindo à medida que recebem as
respostas do informante.

Faremos também o uso de observação participante, que “é uma técnica de levantamento de


informações através dos sentidos humanos: olhar, falar, sentir, vivenciar (…), implica observar
onde a acção acontece” Fernandes (2011).
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Cronograma

Actividades Período
Agosto Setembro Outubro Novembro

Pesquisa X X X
bibliográfica X X

Elaboração X
de projecto
de pesquisa
Recolha de X X
dados

Entrega do X
relatório
final

Referências Bibliográficas

ARAUJO, Luis Cesar G. Teoria Geral da Administração. 0. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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CERTO, Samuel C e PETER, J. Paul. Administração estratégica: planejamento estratégico e


implementação da estratégia. São Paulo: MAKRON BOOKS, 1993.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração estratégica. São Paulo: Saraiva, 2006.

COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1992.

COSTA, Eliezer A. Gestão estratégica: da empresa que temos para a empresa que queremos. 2.
ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

LINGREN, Carlos Ernesto da Silva. Temas de planejamento. Rio de Janeiro: Ed Interciência,


1978.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e


práticas. 23ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

ORLICKAS, Elizen da. Modelos de gestão: das teorias da administração à gestão estratégica.
São Paulo: IBPEX, 2010.

SANTOS, Clézio Saldanha dos. Introdução á gestão pública. São Paulo: Saraiva, 2006.

THOMPSON, Arthur A. J e STRICKLAND III. Planejamento estratégico: elaboração,


implementação e execução. São Paulo: Pioneira, 2000.

TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa


qualitativa em educação: o positivismo, a fenomenologia, o marxismo. Atlas. São Paulo. 1987.

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