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2º Semestre de 2013.
TUCURUÍ-PARÁ
i
Tucuruí – Pará
2013
ii
_____________________________________________________
Profª. Drª Carminda Célia Moura de Moura Carvalho
Orientadora
_____________________________________________________
Prof. Esp. Paulo Sérgio de Jesus Gama
Membro da Banca
_____________________________________________________
Prof. Ms Fábio Corrêa dos Santos
Membro da Banca
iii
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
A Deus por permitir mais uma chance de vida após o dia 06/03/12.
Ao meu pai de criação, José Maria Coelho Valente, pelo carinho, dedicação e
apoio nos momentos mais difíceis.
A meu pai biológico, Waldir Caldas Ferreira (in memoriam), pelos momentos
de descontração.
A Carla Vaneza da Silva Brito, hoje uma grande amiga, por trilhar ao meu lado
cinco anos dos seis que foram necessários para concluir o curso de Engenharia
Elétrica.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ................................................................................................ IV
RESUMO................................................................................................................. XIV
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1- Arranjo de Instalação com Chave de Transferência. Fonte [23] ............. 22
Figura 3.2 - Representação do sistema elétrico conectado a UPS ligado à carga.
Fonte [18] .................................................................................................................. 23
Figura 3.3 - UPS em Operação Normal. Fonte [23]. ................................................. 24
Figura 3.4- UPS Operando Via Bateria. Fonte [23] ................................................... 25
Figura 4.1 - Marcação de distinção de pisos condutivos e não condutivos. Fonte [1].
.................................................................................................................................. 31
Figura 4.2- Gráfico com zonas em função da duração do choque X corrente de fuga
e os efeitos sobre as pessoas. IEC 604779-1 (percurso mão esquerda ao pé). ....... 36
Figura 4.3 - Limiar de perda do controle motor em função da frequência do sinal
(IEC479). ................................................................................................................... 37
Figura 4.4- Caminho percorrido pela corrente em contato direto. Fonte [15] ............ 39
Figura 4.5 - Caminho percorrido pela corrente em contato indireto. Fonte [15] ........ 39
Figura 4.6 - Situação de macrochoque. Fonte [12] ................................................... 40
Figura 4.7 - Diagrama equivalente da impedância do corpo ZT. Fonte [3] ............... 41
Figura 4.8 - Esquema IT Médico. Fonte [3] .............................................................. 44
Figura 4.9 - Transformador Isolador de Separação conforme norma IEC 61558-2- 15,
especifico para uso hospitalar. Fonte [17] ................................................................. 47
Figura 5.1 – Hospital Regional de Tucuruí ................................................................ 51
Figura 5.2 - Registro do HRT Figura 5.3 - Registro do pronto socorro Figura
5.4- Registro de melhorias ........................................................................................ 52
Figura 5.5 - Transformador e QGBT's do HRT .......................................................... 59
Figura 5.6 - Placa de valores nominais do transformador ......................................... 60
Figura 5.7 - Grupo gerador com partida automática .................................................. 61
Figura 5.8 - Placa do gerador do HRT ...................................................................... 61
Figura 5.9 - Bisturi Elétrico Figura 5.10 - Desfibrilador Figura 5.11 - Monitor
cardíaco .................................................................................................................... 62
Figura 5.12 - Equipamento de gases medicinais Figura 5.13 - Monitor de
oxigenação Figura ..................................................................................................... 63
Figura 5.14 - CTA- Chave de Transferência Automática ........................................... 63
Figura 5.15 - Chave de acionamento manual do gerador ......................................... 64
x
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
BT – Baixa Tensão
CA – Corrente Alternada
CC – Corrente Contínua
DR – Disjuntor Residual
MT – Média Tensão
RESUMO
1.1 – INTRODUÇÃO
2.1 – NORMAS
Sistemas ferroviários;
Sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica externa
às estruturas;
Sistemas de telecomunicação externos às estruturas;
Veículos, aeronaves, navios e plataformas marítimas.
Equipamentos elétricos e eletrônicos contra interferências eletromagnéticas
causadas pelas descargas atmosféricas.
SERVIÇOS DE SAÚDE.
A norma ABNT NBR 13534 utiliza alguns termos e definições para identificar
os ambientes assistenciais de saúde e seus componentes, tais como:
Local médico:
- Ambiente destinado à realização de procedimento de diagnóstico,
terapêutico, cirúrgico, monitoração e de assistência à saúde de pacientes.
Paciente:
- Qualquer pessoa ou animal submetido a exame ou tratamento médico ou
odontológico.
Equipamento eletromédico:
- Equipamento destinado para diagnóstico, tratamento ou monitoração do
paciente sob supervisão médica, que estabelece contato físico ou elétrico
e/ou fornece energia para o paciente, ou receba a que dele provém.
11
Parte Aplicada:
- Parte do equipamento eletromédico que, em uso, entra ou pode a vir entrar
em contato com o paciente ou precisa ser tocada pelo paciente (ABNT NBR
IEC 60601-1).
Grupo 0:
- Local médico não destinado à utilização de parte aplicada de equipamentos
eletromédicos.
Grupo 1:
- Local médico destinado a utilização de partes aplicadas, sendo seu uso
condicionado a partes externas do corpo ou internas não tratadas no grupo 2.
Grupo 2:
- Local médico destinado à utilização de partes aplicadas em procedimentos
cirúrgicos de sustentação da vida de pacientes e outras aplicações em que a
descontinuidade da energia pode resultar em óbito.
Sistema Eletromédico:
- Combinação de dois ou mais equipamentos, sendo um deles no mínimo um
equipamento eletromédico, interligados por conexão funcional ou pelo uso de
tomada múltipla móvel.
Ambiente do Paciente:
- Espaço onde é possível ocorrer, intencionalmente ou não, contato entre o
paciente e parte de um sistema eletromédico.
Esquema IT médico:
- Esquema de aterramento com requisitos específicos para aplicações
médicas
12
Instalações hospitalares;
Instalações de defesa militares;
13
3.1 - INTRODUÇÃO
uso específico. As cargas elétricas ligadas neste tipo de energia ficam condicionadas
somente ao fornecimento da Concessionária, isto é, as instalações e equipamentos
por ela alimentados. Portanto, eles estarão sujeitos a interrupções em casos de
falhas, bem como a toda e qualquer perturbação que o sistema elétrico externo ao
hospital possa apresentar, tais como: harmônicas, distorções, ruídos etc [3].
sua capacitação técnica ou grau de instrução que lhe permita evitar situações de
risco, conforme Tabela 3.1 definida pela norma ABNT NBR 5410.
Tabela 3.1 – Competência das pessoas quanto a capacidade física e intelectual. Fonte
ABNT NBR 5410 -Tabela 18.
Qualquer distorção harmônica total (THD) gerada por cargas será traduzida
para harmônicas de tensão que são produzidas pela fonte geradora como
consequência da circulação de correntes distorcidas (In) pela instalação sobre
a reatância subtransiente (x"d) do gerador síncrono. Essas harmônicas de
tensão podem ser aproximadas pela Equação 1 [28]
X"d%
THDU% = (2I2% )2 + (3I3% )2 + ⋯ . + (nIn% )2 (1)
100
21
Um hospital necessita que seu sistema de emergência atue com mais rapidez
do que o sistema de um edifício comercial. Para isso os quadros de transferência
devem possuir sensores (relés) de subtensão e frequência ajustados para variações
de 10% na tensão e de 5% na frequência, para mais ou para menos.
Figura 3.2 - Representação do sistema elétrico conectado a UPS ligado à carga. Fonte [18]
A norma ABNT NBR 13534 prevê a utilização dos UPS em áreas que
necessitam de energia elétrica de alta qualidade e confiabilidade, bem como, para
alimentar equipamentos e sistemas de elevada criticidade quanto ao desempenho
de suas funções na falta de energia elétrica, devendo restabelecer a alimentação,
em 0,5 s no máximo, e ser capaz de mantê-la por no mínimo 3 horas. As áreas e
equipamentos onde se devem usar este tipo de equipamento são
fundamentalmente:
Centro Cirúrgico;
UTI‟s;
Salas de Emergência;
Central de Segurança;
Operação Normal
Sistema com base na ABNT NBR 5419, norma responsável pela proteção
predial contra efeitos decorrentes de fenômenos atmosféricos, exercendo
basicamente duas funções fundamentais; A primeira de neutralizar, pela atração das
pontas, o crescimento do gradiente de potencial elétrico entre o solo e as nuvens,
através do permanente escoamento de cargas elétricas do meio ambiente para a
terra. A segunda de oferecer à descarga elétrica que for cair em suas proximidades
um caminho preferencial, reduzindo os riscos de sua incidência sobre as estruturas.
27
Para que seja evitado o pânico, pacientes e visitantes devem ser informados
rotineiramente sobre os procedimentos em caso de ausência total e parcial de
energia elétrica.
29
4.1 – INTRODUÇÃO
4.2 – ATERRAMENTO
13534 estabelece:
Figura 4.1 - Marcação de distinção de pisos condutivos e não condutivos. Fonte [1].
De acordo com a norma ABNT NBR 5410 vários aspectos devem ser
considerados sobre proteção da instalação e equipamentos. A norma ABNT NBR
13534 trata em particular das questões de equipamentos eletromédicos e
instalações hospitalares, enfatizando a importância da qualificação dos profissionais
responsáveis pela assistência técnica das instalações e equipamentos.
32
A norma ABNT NBR 5410 define a proteção básica como constituída de uma
ou mais proteções que, sob condições normais evita contatos com as partes vivas
da instalação. Esta proteção é denominada de proteção contra choques elétricos em
contatos diretos.
A isolação básica (isolação ou capa protetora de um fio), que deve ser feita
com base em normas que exigem testes mecânicos, químicos, elétricos e
térmicos;
O uso de barreiras ou caixas (quadro elétrico fechado ou um equipamento
com sua caixa externa) sendo necessárias chaves ou ferramenta para
removê-las;
Limitação da tensão;
Na instalação;
Através de isolação suplementar;
Na equipotencialização e seccionamento automático da alimentação;
A separação elétrica das partes condutivas;
Nos equipamentos;
Na utilização do condutor PE;
Na proteção seletiva;
Nos disjuntores ou fusíveis;
De acordo com o local (ex: sala cirúrgica) a norma ABNT NBR 13554 define
um nível maior de proteção, a proteção supletiva, através de:
Isolação reforçada;
Utilização de transformador de separação de circuitos (ex: sistema IT
médico);
Fonte limitadora de correntes de fuga (ex: impedância para terra).
Proteção por meio de Dispositivo Supervisor de Isolamento (DSI).
Tabela 4.1 - Efeito fisiológico da corrente elétrica de 60 Hz, aplicada entre as mãos de
homem de 70 kg por um período de 1 a 3 s. Fonte [12]
INTENSIDADE EFEITO
Figura 4.2- Gráfico com zonas em função da duração do choque X corrente de fuga e os efeitos sobre
as pessoas. IEC 604779-1 (percurso mão esquerda ao pé).
Na zona AC-1, com limite até 0,5 mA curva a, percepção possível, mas
geralmente não causa reação. Na zona AC-2, de 0,5 mA até curva b, provável
percepção e contrações musculares involuntárias, porém sem causar efeitos
fisiológicos. Na AC-3, a partir da curva b para cima, fortes contrações musculares
involuntárias, dificuldade respiratória e disfunções cardíacas reversíveis. Podem
ocorrer imobilizações e os efeitos aumentam com o crescimento da corrente elétrica,
normalmente os efeitos prejudiciais podem ser revertidos. Na zona AC-4, entre c1 e
c2, a probabilidade de fibrilação ventricular é aumentada até aproximadamente 5%.
Entre c2 e c3, AC-4.2 a probabilidade de fibrilação ventricular é de 50% e além da
c3, AC-4.3 a probabilidade é superior a 50% [30]
37
Figura 4.3 - Limiar de perda do controle motor em função da frequência do sinal (IEC479).
50% dos homens percam o controle de sua musculatura. Note como essa
Tabela 4.2- Efeito da densidade de corrente na região aplicada ao corpo humano. Fonte [10]
A pele, dentre outras funções, atua como atenuador de corrente por oferecer
um caminho de alta impedância se comparada com tecidos internos do corpo
humano. Dependendo da região do corpo e do nível de sudorese, a pele intacta
apresenta uma resistência entre 15 kΩ e 1 MΩ. Em contraste a esses valores, se
rompida a camada de pele, a resistência interna do corpo cai para valores da ordem
39
de 100 Ω (tronco) a 500 Ω (entre dois membros) (IEC 479). Quanto à proteção
oferecida através da pele, pode-se classificar os choques quanto ao tipo de contato
e local de aplicação [10]:
Tipo de contato;
Figura 4.4 – Caminho percorrido pela corrente em contato direto. Fonte [15]
Figura 4.5 - Caminho percorrido pela corrente em contato indireto. Fonte [15]
Local de aplicação;
No que diz respeito à proteção, devem ser adotadas técnicas que abranjam
tanto instalações, quanto pessoas. As instalações devem ser protegidas contra
correntes elevadas através de dispositivo disjuntor ou fusível e as pessoas contra
choques elétricos causados por correntes fase-terra, através de dispositivos DR [1].
41
A ABNT NBR 13534 apresenta uma tabela dos locais com as respectivas
denominações de grupo, definindo previamente os requisitos para o projeto.
Tabela 4.4– Aplicação dos critérios de grupo aos locais médicos. Fonte [1].
LOCAL GRUPO
Posto de enfermagem
Sala de serviço
Sala de exames e curativos 0
Área de recreação
Internação geral
Salas de hemodiálise
Salas de fisioterapia
Sala de recuperação pós-anestésica 1
Sala de transfusão
Sala de terapia
Sala de procedimentos invasivos
Sala de emergência
Hemodinâmica 2
Sala de indução anestésica
Salas de cirurgia em geral
43
4.9.1 FUNCIONAMENTO
Transformador de Separação
Dispositivo Supervisor de Isolamento (DSI)/ Supervisor de Temperatura
(DST)/ Supervisor de Corrente (DSC)
Dispositivo Anunciador
Figura 4.9 - Transformador Isolador de Separação conforme norma IEC 61558-2- 15,
especifico para uso hospitalar. Fonte [17]
48
4.10 – CONCLUSÃO
Cada vez mais esses ambientes estão sendo direcionados para a excelência
em seus processos e a energia elétrica é um dos pilares para o funcionamento
coordenado e seguro para todos.
51
Figura 5.2 - Registro do HRT Figura 5.3 - Registro do pronto socorro Figura 5.4 - Registro de melhorias
Nº DE
CLÍNICAS
LEITOS
Cirúrgica 38
Médica 35
AIDS 02
Biopsicossocial 08
Pediatria 24
Maternidade de Alto-Risco 22
Terapia Intensiva Adulto 07
Semi-Intensiva Pediátrica 03
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal 10
Unidade de Cuidados Intermediários 12
Total de leitos 161
QTDE. LEITOS
INSTALAÇÃO
Sala de Cirurgia 04 04
Sala de Recuperação 01 03
Sala de Parto Normal 01 03
Sala de Pré-Parto 01 02
UTI Neonatal;
física;
Emergência;
hidráulica hospitalar;
Reforma do SAME;
CARGO QUANTIDADE
Ag. Portaria 14
Ag. de saúde 05
Fonoaudiologia 02
Farm. Bioquímico 03
Psicólogo 03
Cir. Dentista 01
Bucomaxilo 03
Maqueiro 06
Nutricionista 03
Motorista 05
Ag. Endemias 01
Fisioterapeuta 02
Téc. Radiologia 03
Médico 60
Enfermeiro 34
Ag. Administrativo 21
Ass. Social 09
Farmacêutico 02
Total 405
57
CARGO QUANTIDADE
Ag. Administrativo 15
Direção 06
Farmacêutico 01
Bioquímico 01
Bucomaxilo 01
Coordenador compras 01
Enfermeiro 21
Fisioterapeuta 02
Fonoaudiólogo 01
Analista de sistemas 01
Téc. em patologia 06
Maqueiro 04
Ag. de portaria 04
Téc. em radiologia 05
Téc. enfermagem 15
Médico 10
Total 118
58
Tabela 5.5 - Dados estatístico de procedimentos cirúrgicos de 2012 do HRT. Fonte: Centro
Cirúrgico / HRT
Bucomaxilo 84 3,21
Neurocirurgia 67 2,56
Otorrinolaringologia 11 0,42
Oftalmologia 0 0,00
Urologia 5 0,19
Odontologia 3 0,11
5.5.1 - ATERRAMENTO
da marca HOOS, datado de agosto de 1979, podem ser observados na placa, figura
5.8.
MOTOR DIESEL
MAQUINA SINCRONA
Figura 5.9 - Bisturi Elétrico Figura 5.10 - Desfibrilador Figura 5.11 - Monitor cardíaco
Figura 5.12 - Equipamento de gases medicinais Figura 5.13 - Monitor de oxigenação Figura
Com relação às fontes ininterruptas (no-break) foi observado que estas estão
conectadas às cargas não essenciais, como computadores de registros de dados e
impressoras , quando deveriam alimentar os aparelhos essenciais que monitoram e
sustentam a vida dos pacientes, diante disso, a unidade possui uma configuração
inadequada como ilustra a figura 5.16.
5.6 – CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[7] CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Livros Técnicos e Científicos. 15. ed. Rio
de Janeiro: Ltda, 2011.
[8] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR IEC 60601-
1:1997. Equipamentos Eletromédicos e os Ensaios de Compatibilidade
Eletromagnética – Prescrições Gerais de Segurança. 1997.
[17] Sistema IT Médico – A proteção elétrica que protege a vida. Disponível em:
www.g3h.com.br/it medico. Acesso em: 20 set. 2013.
[27] Missões Críticas. – Suprimento de Energia para Cargas Críticas Disponivel em:
http://www.selinc.com.br/missoes_criticas.aspx. Acesso em 18 out 2013.