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CRIPTOGRAFIA

A comunicação pode ser compreendida como processo ou sucessão de fenómeno ligado a


troca de mensagens (Oliveira, 2005) com o propósito de compartilhar informações, ideias e
ou conhecimentos[ CITATION Dic20 \l 1033 ]. O sucesso ou fracasso da comunicação deriva de
vários elementos que intervém no processo do mesmo, tais como: emissor, mensagem,
receptor canal e codificação. O propósito da comunicação se integra ao do sistema de
informação, que é a partilha de informação entre seus intervenientes (emissor e receptor),
como realça o autor (Oliveira, 2005) em conformidade com o autor ( Da Silva, s/a, at all) que
afirma que o sistema de informação veio para ajudar na troca ou partilha de informação entre
os intervenientes. Sendo a inteligência definida como a colecta de informações sem o
consentimento, a cooperação ou mesmo o conhecimento por parte dos alvos da acção 1.
(Cepik:s/a,p2), com vista a garrantir a protecção da informação quanto a vários tipos de
ameaças de forma a minimizar o risco[ CITATION Dan11 \l 1033 ] , contra segurança da
informação percebe-se que há intensa necessidade de garantir confidencialidade e integridade
na comunicação entre os seus intervenientes. A criptografia vem em atendimento a essa
necessidade para a minimização do risco.

A criptografia deriva do grego Kryptós (secreto, escondido) e grápho (escrita), que a sua
interpretação seria escrita oculta. (Medeiros, 2015). O promeiro vestigio de criptografia
conhecida data de 1900 A.C., a primeira descrição do sistema de criptografia militar de que
se tem noticia foi feita pelos gregos no quinto seculo antes do cristo. A criptografia começou
a se desenvolver na Itália a partir de 1400, tendo expandido com o aparecimento da
diplomacia moderna. 2 [ CITATION Ver98 \l 1033 ].

Segundo o site CriptoID o estudo da cifra criptográfica esta dividido em dois períodos, a
criptografia clássica e a moderna. A criptografia classica, o período que vai desde os povos
antigos, passando pela Idade Média e chegando até as máquinas electromecânicas, utilizadas
1
SHULSKY, Abram (1995). “What is Intelligence? Secrets and Competition Among
States”. In: GODSON, Roy; SCHMITT, G. & MAY, E. [eds.] (1995). U.S. Intelligence at
the Crossroads: Agendas for Reform. New York, Brassey’s, 1995. Página 26
2
KAHN, David. E Codebreakers - the storv of secret
writinq The macmillan Company, New York 1972.
1164 pags
principalmente durante a Segunda Guerra Mundial. Dentre as cifras clássicas mais
conhecidas temos o scytale dos espartanos (400 A.C), a de Júlio César e a de Vigenère (100
A.C- 44 A.C), e como máquina electromecânica temos a Enigma (século VIII). A criptografia
moderna viria com o surgimento do telégrafo, usadas em comunicação militar ou diplomatas
de altíssima importância. Com a invenção do rádio em 1895 [ CITATION Ver98 \l 1033 ] , que
aumentou a comunicação militar aumentou também as possibilidades de intercepção
provocando assim, o desenvolvimento da criptografia moderna, criptografia esta, que é usada
até então, incluindo a criptografia computacional que para MAYER, citado por [ CITATION
Ver98 \l 1033 ] considera “marcos” da criptografia computacional a adopção do DES (Data
Encryption Standerd) em 1977 pela NBS (National Bureau of Standards) como padrão
federal e em Dezembro de 1980 pela ANSI (American National Standards Institute) para uso
comercial nos EUA e a proposição de sistemas de chave pública, usada em quase todas as
comunicações segura na internet.

Para [ CITATION Cri15 \l 1033 ] a criptografia definida como o uso de técnicas para
transformar texto ou dados legíveis em informação ilegível, que não possa ser compreendida,
enquanto para [ CITATION Ver98 \l 1033 ] a criptografia estuda formas de camuflar uma
mensagem a ser transmitida por meio não totalmente imunes a “xeretas” de maneira que estes
não consigam entender o que é comunicado. Enquanto para [ CITATION Car01 \l 1033 ] a
criptografia é a arte ou ciência de escrever cifras ou códigos, de forma a permitir que somente
o destinatário a decifre e a compreenda. Para o site brasileiro [ CITATION Kas20 \l 1033 ] a
criptografia é a prática de codificar e descodificar dados.  Quando os dados são
criptografados, é aplicado um algoritmo para codificá-los de modo que eles não tenham mais
o formato original e, portanto, não possam ser lidos. A Wikipédia- Enciclopédia Livre, define
criptografia como estudo e prática de princípios e técnicas para comunicação segura na
presença de terceiros, chamados "adversários"3. Segundo [ CITATION Fáb \l 1033 ] a
criptografia é uma área de especialização da matemática e da engenharia que oferece técnicas
de protecção a mecanismos de acesso e à integridade de dados, e ferramentas de avaliação da
eficácia dessas técnicas. O autor [ CITATION Oli \l 1033 ] salienta ainda que estas técnicas e
ferramentas são de natureza puramente sintáctica, não podendo, portanto, serem destinadas a
fornecer ou induzir, por si mesmas, confiança no significado da informação que tais dados
supostamente veiculam. A criptografia pode oferecer segurança na informática somente onde

3
 Rivest, Ronald L. (1990). «Cryptography». In: J. Van Leeuwen. Handbook of Theoretical
Computer Science. 1. [S.l.]: Elsevier
e quando a confiança no significado da informação veiculada pelos dados protegidos já tenha
sido obtida ou fornecida por outros meios. [ CITATION Oli \l 1033 ]

No contexto actual designadamente era digital, o conceito da criptografia esta, mais virada a
criptografia computacional, e a definição do site brasileiro (Kaspersky) esta mais abrangente
que diz “a criptografia é a prática de codificar e descodificar dados.  Quando os dados são
criptografados, é aplicado um algoritmo para codificá-los de modo que eles não tenham mais
o formato original e, portanto, não possam ser lidos”, podemos melhorar dizendo que é a
prática de codificação e descodificação da informação (mensagem), visto que, a informação
após tornarem-se encriptadas, passam a ser simples dados para qualquer pessoa.

Características

As características da criptografia tem aspectos em comum tanto na criptografia clássica como


as modernas que inclui a computacional, elas apresentam uma ou um par de chaves, um ou
dois algoritmos, um para criptógrafar e outro para decriptografar as mensagens, a mensagem
cifrada (texto, frequências, dados, imagens, etc). (Gones, at all; s/a).

Podemos classificar a criptografia computacional em dois tipos criptografia simétrica ou de


chave privada e assimétrica de chave pulica. Simétrica quando usa o sistema partilha de
chaves, isto é, na comunicação o emissor e o receptor usam a mesma chave para codificar e
descodificar a mensagem[ CITATION Mic15 \l 1033 ], esse método era usado também na
criptografia clássica. Alguns dos principais algoritmos que lidam com este tipo de
criptografia são: DES (Data Encryption Standard), RC (Ron’s Code), IDEA (International
Data Encrytion Algorithm).

Criptografia Assimétrica ou de chave publica, geralmente a criptografia de chave pública é


usada para distribuir com segurança as chaves simétricas (chaves de secção, chave privada),
pois esta será usada para cifrar as mensagens, isto é, chave publica é usada para esconder a
chave privada e a chave privada para esconder a mensagem, dai uma vai criptógrafar e outra
para decriptografar e vice-versa.

Relevância do conceito

A segurança e a privacidade são cada vez mais necessárias na contemporaneidade, com isso,
espera-se que as mensagens electrónicas fiquem somente entre os interessados, que as
informações de lógica de mercado e as estratégias empresariais sejam protegidas, que os
bancos transmitam a movimentação financeira sem que isso se torne público, os governos
necessitam de guardar informações e mantê-las secretas (Gones, at all). Assim sendo
entende-se que a criptografia aplica-se em qualquer área, dando mais ênfase naquelas que não
são do domínio público, com o objectivo de proteger o sigilo na comunicação, ou seja,
garantir a integridade e, ou confidencialidade na comunicação entre o emissor e receptor/s.

Glossário

 Xeretas - termo brasileiro que significa quem se intromete na vida de outras pessoas
ou dá palpite no que não lhe diz respeito; bisbilhoteiro.[ CITATION Wik20 \l 1033 ];
 Algoritmo – Sequência finita de passos (instruções) para resolver um problema
(Ferrari & Cechinel, s/a);

Bibliografia
Cepik, M. (s.d.). Inteligência e Políticas Públicas: dinâmicas operacionais e condições de
legitimação.

Dantas, M. L. (2011). SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: UMA ABORDAGEM FOCADA


EM GESTÃO DE RISCOS. (T. Pereira, Ed.) Olinda – PE.

Dicio. (09 de Julho de 2020). Dicionário Online de Português. Obtido em 09 de Julho de


2020, de Dicio: https://www.dicio.com.br/comunicacao/

Gones, F. C., Dos Santos, L. G., & Lopes, T. B. Criptologia: Possibilidade de estudo no
ensino médio amparado em sua concepção histórica. Brasilia, Brasil.

Guimarães, C. R. (Dezembro de 2001). Criptografia para Segurança de Dados. Uberlândia,


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Kaspersky. (s.d.). O que é criptografia. Obtido em 17 de Julho de 2020, de Kaspersky:


https://www.kaspersky.com.br/resource-center/definitions/encryption

Medeiros, F. (06 de Julho de 2015). Cripto ID. Obtido em 16 de Julho de 2020, de Uma
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Oliveira, F. B. (Fevereiro de 2007). Análise da segurança de criptografia e esteganografia em


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Oliveira, F. P. COMUNICAÇÃO INTERNA: DIFERENCIAL ESTRATÉGICO NA.

Reis, V. L. (Agosto de 1998). Criptografia, Segurança de Dados e Privacidade - Até que


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Sales, L. D., De Lima, B. K., & Da Silva, G. S. (09 de 07 de 2020). O SISTEMA DE


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Wikipédia - Esciclópedia Livre. (25 de Maio de 2020). Obtido em 17 de Julho de 17, de


Criptografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Criptografia

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