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Êta Mundo Bom, primeiro capítulo...

É o ano de 1920, numa noite chuvosa no confortável dormitório da Anastásia, uma linda e
branca menina de uns 22 anos, filha do barão e a baronesa duma zona rural do Brasil; a mãe
da Anastásia e uma parteira preta, estão atendendo o nascimento clandestino do filho da
menina; quando ela por fim consegue ter ao seu menino em braços, se encontra muito nervosa
porque o seu pai não pode aceitar a desonra de ter por neto um menino sem pai, nascido fora
da lei do matrimônio.

Nesse justo momento, o barão, chega à casa da fazenda em que eles vivem e escuta os choros
do bebezinho recém-nascido, rapidamente entra ao dormitório da Anastásia e confere com
seus próprios olhos o que já suspeitava: sua filha teve um menino. O senhor está muito
corajoso porque ao parecer Anastásia logrou lhe ocultar a barriga da gravidez até o dia do
nascimento, ele diz sentir-se enganado pela sua esposa e a sua filha.

Pra evitar a desonra que implica um nascimento assim na sociedade tradicional da época, o
barão decide pôr em venta a fazenda e mudar-se com sua família à cidade; mas o pior, ele
ordena secretamente ao seu empregado preto jogar fora por um penhasco ao menino. Então, o
menino é arrebatado dos braços de sua mãe, enquanto ela solta um grito lancinante no meio
dessa triste noite.

Finalmente, Anastásia aceita sua perdida com a esperança de algúm dia reencontrar-se com
seu filho com ajuda dum medalhão que ela guardou no meio das suas roupas. Nesse mesmo
momento, a parteira trata de evitar a morte do bebezinho...

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