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ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO:

Pesquisa

Pesquisa
CUIDADOS E DESCARTES
Um biotério brasileiro que produz animais de laboratório utilizados na fabricação de soros e vacinas.
Fotografias cedidas pelos autores

Resumo mentos de fluxos, procedimentos


operativos padrão, protocolos e cer-
Divisão Biotério Central tificação, que estão intimamente li-
do Instituto Butantan gados a biosseguridade dos animais
tem por finalidade a re- e dos técnicos.
alização da produção,
manutenção, descarte e Palavras chave
fornecimento de animais de labora-
tório, de diversas espécies como ca- Animais de laboratório, Biossegu-
mundongos, ratos, coelhos, cobaias, rança, Biotério, cGMP, Descarte.
hamsters e meriones, para serem uti-
lizados na produção e controle de Introdução
qualidade de imunobiológicos e fár-
macos, desenvolvimento de pesqui- A experimentação animal data
sas e alimentação de outras espéci- dos antigos Gregos e Romanos, po-
es animais tais como serpentes, ara- rém foi durante os séculos dezoito e
nhas e sapos. A produção, manejo e dezenove que progrediu lentamen-
te de uma prática relativamente in-
Ana Paula Rocha da Silva
comum, até alcançar um enfoque
(rochap@butantan.gov.br) científico. E lentamente também,
Pesquisadora Cientifica da Divisão Biotério progrediam os primeiros movimen-
Central do Instituto Butantan – Bióloga
tos contra o uso dos animais. A par-
Elizabeth Juliana Ghiuro Valentini tir do século vinte intensificou-se o
(ghiuro@butantan.gov.br)
Pesquisadora Cientifica da Divisão Biotério
debate em torno das questões sobre
Central do Instituto Butantan – Médica a ética animal. Em meados do sécu-
veterinária. lo dezoito, na Europa, uma elite so-
Maria de Fátima C. L. F. Távora cial começou a questionar como os
(fatimatavora@butantan.gov.br) animais eram tratados, especialmen-
Graduanda de Biologia
te nos laboratórios de pesquisas.
Ubimara Pereira Rodrigues Com o passar dos anos essas mes-
(uprodrigues@butantan.gov.br) descarte dos animais são realizados mas forças sociais estavam em tra-
Pesquisadora Cientifica e Diretora Técnica da
Divisão Biotério Central do Instituto Butantan.
obedecendo rigorosamente as Nor- balho também na América e a práti-
mas de Boas Práticas de Produção ca da pesquisa com animais e a opo-
Virgínia Barreto Moreira de Animais de Laboratórios e Bios- sição a ela, começavam a crescer já
(vivimor@butantan.gov.br)
Biotecnóloga da Divisão Biotério Central – segurança. Estas normas incluem no final do século dezoito.
Zootecnista validação de barreiras sanitárias, es- No cenário nacional, podemos
tabelecimento de fluxos, procedi- verificar que as instituições produ-
Vânia G. M. Mattaraia mentos operativo padrão, certifica- toras de imunobiológicos e fárma-
(vmoura@butantan.gov.br) ção e validação de equipamentos e cos sofreram várias manifestações
Pesquisadora Cientifica e Diretora do Serviço de
Criação de Animais da Divisão Biotério Central processos. O objetivo deste trabalho éticas como as campanhas contra a
do Instituto Butantan – Zootecnista é divulgar a estratégia empregada febre amarela e varíola que deram
Endereço: Instituto Butantan
pelo Biotério Central do Instituto origem à “revolta da vacina”. Em dez
Av. Vital Brasil, 1500 , Butantã – São Paulo SP Butantan, descrevendo os principais de novembro de 1904, após a publi-
CEP: 05503-900
(11) 37267222 Ramais 2168 / 2169 / 2085
aspectos utilizados na produção, cação do decreto que tornava obri-
manutenção e descarte dos animais, gatória a vacinação, focos de revol-
validação de barreiras, estabeleci- ta explodiram em toda a cidade (RJ),

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onde vinte e três revoltosos foram nhas nacionais de vacina-
mortos e sessenta e sete feridos ten- ção. “O Brasil é o único país
do sido presos aproximadamente mil do mundo que oferece va-
pessoas. Tudo porque o cientista cinas gratuitamente para cri-
Oswaldo Cruz queria salvá-los, mes- anças, jovens e idosos”
mo à força, da varíola (Chalhoub, (Raw, 2004).
1996). Com o propósito de
O quanto estes movimentos são atendermos estas necessida-
salutares? Não sabemos! Quando re- des, no ano de 1999 o Bio-
trocedemos, verificamos que alguns tério Central do Instituto Bu-
deles foram entraves para a saúde tantan sofreu uma grande
pública e muitas vezes o que ocor- adequação física, com o in-
reu foi o medo pelo desconhecido. tuito de produzir animais li-
Por outro lado, é importante que a vres de patógenos específi-
sociedade exija e cobre dos gover- cos. Para o estabelecimento
nantes a criação de órgãos fiscaliza- de um biotério protegido
dores que possam garantir o bem com barreiras sanitárias res-
estar e a melhor sobrevivência do tritas, foi necessário o desen-
planeta. Atualmente, é grande o nú- volvimento de um “Plano
mero de pessoas preocupadas com Mestre de Validação”, cria-
a proteção dos animais e mais re- do por um grupo multipro-
centemente com o padrão genético fissional, para atuar na cer-
destes animais. tificação da eficiência máxi-
Desde 1995 podemos dizer que ma de cada
o Brasil ingressou efetivamente na barreira.(Rodrigues et al,
era das pesquisas e no desenvolvi- 2003). Foram introduzidos
mento dos Organismos Genetica- os princípios de zoneamen-
mente Modificados, conhecidos to semelhantes aos utiliza-
como produtos transgênicos (Oda, dos na indústria farmacêutica com a dação de barreiras, estabelecimen-
2001). utilização de uma sistemática coeren- tos de fluxos, procedimentos opera-
Uma questão basilar no novíssi- te para evitar contaminações dano- tivos padrão, protocolos e certifica-
mo campo de conhecimento é bios- sas, que possam vir a ocorrer duran- ção, que estão intimamente ligados
segurança. Podemos definir biosse- te o processo de produção, ou re- a biosseguridade dos animais e dos
gurança como sendo um conjunto duzi-las a níveis aceitáveis de acor- técnicos.
de ações voltadas para a prevenção, do com as normas de Good Manu-
minimização ou eliminação de ris- facturing Pratices (GMP), ou em por- Materiais e Métodos
cos inerentes a estas atividades e que tuguês, Boas Práticas de Fabricação
podem comprometer a saúde do ho- (BPF). (Guias de Boas Praticas de Fa- O Biotério Central do Instituto
mem, dos animais, do meio ambi- bricação,1995). Butantan é um biotério de produ-
ente ou a qualidade dos trabalhos Este artigo tem como objetivo di- ção, ou seja, em suas dependências
desenvolvidos (Cardoso, 2001). vulgar a estratégia empregada pelo não alojamos animais infectados ou
As instituições produtoras de imu- Biotério Central do Instituto Butan- que tenham passado por algum tipo
nobiológicos e fármacos necessitam tan, descrevendo os principais aspec- de manipulação experimental. Nele
de grande quantidade de animais, li- tos utilizados na produção, manu- estão alojadas as colônias de funda-
vres de patógenos específicos, para tenção e descarte dos animais, vali- ção, as quais dependendo do padrão
serem utilizados no controle de genético da linhagem, têm um
qualidade dos mesmos, pois o manejo definido. Ainda temos
produto final, por exigência da as colônias de expansão e de
farmacopéia e manual da WHO multiplicação, para que pos-
deve ser testado in vivo. O Ins- samos atender a demanda e
tituto Butantan, que mantém tra- preservar as linhagens. Produ-
dição centenária no desenvol- zir animais dentro dos concei-
vimento de soros contra vene- tos de BPF significa cumprir
nos de animais peçonhentos e com os conceitos da Garantia
a raiva, é também o maior pro- da Qualidade. Boas Práticas de
dutor de vacinas da América La- Fabricação é a parte da Ga-
tina e principal parceiro do Mi- rantia da Qualidade que asse-
nistério da Saúde nas campa- gura que os produtos são con-
sistentemente produzidos e

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controlados, com padrões de clusivo. Sua arquitetura é pa-
qualidade apropriados para o vilhonar, sendo que cada li-
uso pretendido e requerido pelo nhagem é mantida em um pa-
registro. A aplicabilidade desses vilhão e este totalmente in-
conceitos para produção de dependente dos demais. Fig.
animais de laboratório é ainda 01.
muito recente, havendo dificul- As áreas auxiliares como;
dades para obtenção de litera- laboratório, vestiários de bar-
tura de apoio. Portanto, descre- reira, administração, almoxa-
vemos as principais práticas rifado, área de descanso e re-
(BPF) aplicadas no nosso bio- feição são totalmente sepa-
tério: radas.
Pessoal qualificado e devi- O projeto arquitetônico
damente treinado; contemplou cada pavilhão
Nós, pesquisadores da Ciên- com estrutura física, equipa-
cia de Animais de Laboratório, mentos e definição de fluxos
temos como prioridade formar de forma a minimizar ou eli-
pessoas para a área. Sendo as- minar os riscos de contami-
sim, realizamos anualmente cur- nação através dos insumos e
sos de treinamento para técni- pessoas enviados as áreas de
cos de nível médio e superior, produção. Fig. 02. A defini-
para os funcionários do bioté- ção do fluxo de materiais e
rio do Instituto e de outras Ins- de pessoas evita a contami-
tituições. Durante os meses de nação cruzada.
setembro ou outubro realizamos Os cantos sanitários não
uma jornada interna, que consiste à qualidade e integridade do traba- permitem o acúmulo de sujeira e
em: um funcionário de cada área lho por ele desenvolvido. O ingres- facilitam a manutenção de forma
apresenta para todos o seu trabalho so de um novo funcionário depen- adequada nas áreas. Todos os
e as suas observações. Por muitas de de um período de treinamento, equipamentos são regularmente
vezes, após a avaliação do supervi- da realização dos exames admissio- validados, possuem suas especifi-
sor, elas podem ser aceitas e passa- nais e dos exames específicos para cações fixadas ao lado e os proce-
rem a fazer parte dos Procedimen- a área de atuação. dimentos de uso e limpeza descri-
tos Operativos Padrão (POP). Todos Espaço e instalações adequadas; tos nos POPs e no Manual de Lim-
os funcionários são instruídos e in- O biotério é um prédio indepen- peza. Cada unidade de produção
centivados a reportar aos seus su- dente, isolado das demais áreas. Pos- dispõe de salas com classificação
pervisores quaisquer condições re- suí entrada e vestiários separados, 10.000, destinadas à criação de ma-
lativas ao ambiente, equipamento ou sistema de ventilação, exaustão, casa trizes essas salas possuem sistema
pessoal que considerem prejudiciais de máquinas, caldeiras e gerador ex- de filtração de ar, com filtros HEPA
(Hight Efficiency Particulate Air).
A construção obedece aos princí-
pios de zoneamento, onde ocorre
um efeito em cascata, com o fluxo
de ar partindo da área de maior
pressão, para as áreas de menor
pressão. As zonas diferenciam-se
pela pressão e pureza do ar, po-
rém mantendo os demais parâme-
tros físicos, como: fluxo do ar não
turbulento e unidirecional, velo-
cidade, troca mínima horária, tem-
peratura e umidade relativa, níveis
de ruído e iluminação. Uma im-
portante característica do biotério
é o sistema de exaustão. Os ani-
mais são alojados em gaiolas, dis-
tribuídas em estantes metálicas
com seis prateleiras cada e a exaus-
tão é feita através de um sistema
de plenos, instalados nas paredes

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das estantes, atrás das gaiolas. Isto nhum documento deve ser modifi-
significa, que os odores fortes de cado sem autorização prévia. O con-
amônia produzidos pela urina e fe- teúdo dos documentos não pode ser
zes dos animais são exauridos dire- ambíguo, o título e o seu objetivo
tamente das gaiolas sem circular na devem ser apresentados de forma
sala. Fig. 03. clara, precisa e correta. Além disso,
Manuais e Procedimentos Ope- devem ser dispostos de forma or-
rativos Padrão denada e serem de fácil verificação.
A documentação constitui parte Os documentos devem ser regular-
essencial do sistema de Garantia da mente revistos e atualizados. As al-
Qualidade e, deve estar relacionada terações efetuadas em qualquer do-
com todos os aspectos das BPF. Tem cumento deve ser assinada e data-
como objetivo garantir as informa- das, a alteração deve possibilitar a
ções necessárias a rastreabilidade de leitura da informação original.
qualquer produto. Todos os docu- Armazenamento e transporte
mentos podem ser reunidos em uma adequados;
única pasta, ou permanecerem se- Os animais são mantidos em co-
parados, facilmente disponíveis, lônias fechadas, com sistemas de
constituindo o registro de todas as acasalamento adequado ao padrão
informações da história do produto. genético de cada linhagem. Ficam
Todos os processos produtivos em acasalamentos monogâmicos
dos animais estão descritos nos Ma- nas colônias de fundação, poligâ-
nuais, de uma forma mais geral e micos nas colônias de multiplica-
detalhadamente nos Pops. Os ma- ção e separados por sexo nas salas
nuais, os procedimentos e toda do- de estoque, onde aguardam atingir
cumentação é descrita com a parti- o peso ou a idade solicitada pelos
cipação do funcionário da área, de- usuários. Um procedimento peculi-
pois avaliada pelos supervisores e ar do nosso biotério é a manuten-
finalmente aprovada pelo corpo téc- ção de uma amostra de todos os
nico do biotério. No Biotério temos desmames realizados. Essa amostra
o Manual de Procedimentos, que tra- é mantida no biotério até atingir a
ta do manejo com os animais. No idade adulta, com a finalidade de
Manual de Biossegurança estão re- possibilitar o rastreamento dos lo-
latados todos os possíveis riscos e tes dos animais fornecidos aos usu-
as exigências para os procedimen- ários.
tos dentro e fora das áreas de cria- O transporte dos animais é rea-
ção. O Manual de Limpeza trata do lizado de terça a quinta-feira, sem-
procedimento de limpeza de cada pre na parte da manhã. Em condu-
área, desde a forma de ser limpa até ção do biotério um técnico acom-
os produtos de limpeza e as suas di- panha a entrega dos animais aos
luições (Fig.4). O Manual de Biosse- diversos Laboratórios. A entrega é
gurança deve ser lido por todos os registrada no “protocolo de entre-
funcionários que assinam um termo, ga”, onde consta, quantidade, sexo,
de ciência e de acordo, com o cum- idade ou peso, dia e hora de forne-
primento das normas nele estabele- cimento. Esse protocolo é assinado
cidas. Um outro complemento do pelo requisitante e arquivado em
Manual de Biossegurança é a docu- nossa documentação.
mentação de recebimento e de ins-
truções de uso dos equipamentos de Descarte
proteção individual (EPIs). Os Pops
descrevem, passo a passo, cada ope- O procedimento de descarte dos
ração do processo de produção, seja protocolo (prot.), uma requisição de animais do biotério obedece nor-
ele manejo, esterilização, procedi- análise (RqA), etc. Porém existem mas rígidas, descritas tanto no ma-
mento de fluxo de pessoas e insu- normas comuns a todos, tais como: nual de procedimentos, quanto no
mos. Os documentos devem ser redigidos, manual de biossegurança. Os ani-
A elaboração da documentação revistos e distribuídos somente as mais saem das áreas de produção
deve obedecer determinadas exigên- pessoas designadas. Os originais de- pela trampa de expurgo de cada
cias, que dependem do tipo de do- vem ser aprovados, assinados e da- área. O funcionário recebe os ani-
cumento, ou seja, se é um Pop, um tados pelo responsável técnico. Ne- mais, os conduz à câmara de euta-

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Sobre a Biossegurança em Ar-
quitetura de Biotérios. Bol
Centr. Panam. Fiebre Aftosa,
64-67: 3-17, 1998-2001.
2. Cidade Febril – cortiços e epide-
mias na corte imperial Sidney
Chalhoub-SP-Ed. Cia das Le-
tras, 1996-250p.
3. Finarde, F. F. & Rodrigues, R.S.M.
Manuseio e descarte de orga-
nismos geneticamente modifi-
cados. In: Hirata, M H.; Manci-
ni – Filho, J. (ed.) Manual de
Biossegurança . São Paulo. Ma-
nole. 2002, 233 – 245.
4. Guia Para Boas Práticas de Fabri-
cação Para a Indústria Farma-
cêutica – portaria Nº 16, de 06
de março de 1995.
5. Mattaraia, VGM.; LCAG. Chaguri ;
AP. Rocha da Silva ; MFCLF. Tá-
vora ; UP. Rodrigues & HG. Hi-
gashi. Perspectives to alterna-
násia e esta é efetuada de acordo aplicação do principio dos 3Rs. E tives methods to immunobio-
com o procedimento descrito no apesar da produção cientifica e da logicals and laboratory animals
Manual de Procedimentos. Nos no- produção de produtos ter aumen- production at Instituto Butan-
vos conceitos de ética, as espécies tado ano a ano houve uma dimi- tan. Animal Research and Wel-
convencionais com peso abaixo de nuição no número de animais for- fare: A Partnership - ICLAS /
1Kg, podem ser eutanasiadas em necidos, isto se deve a obtenção FELASA – Palma de Mallorca –
câmeras de CO2, Figs 05 e 06. Ani- de um animal com padrão sanitá- Balearic Island, Spain, 1999.
mais de peso superior são aneste- rio definido. 6. Norma da Associação Brasileira de
siados antes de colocados na câ- Normas Técnicas (ABNT) – EB-
mera de CO2. Conclusão 2115:1191 – Esterilização- Es-
O procedimento de eutanásia é terilizadores a vapor-esteriliza-
resultante de vários treinamentos Com a implantação das normas dores grandes- Requisitos.
com a finalidade de preparar o téc- de biossegurança e de cGMP em 7. Norma Brasileira ABNT NB 658/
nico a identificar a cessação dos si- todos os procedimentos de rotina, 81
nais vitais nos animais. É realizado fomos classificados “em conformi- 8. Normas da ISO/TC 209
um revezamento entre os técnicos, dade” pelos Órgãos de Vigilância 9.Oda, L. Biossegurança no Brasil Se-
com o objetivo de que estes não (Auditoria/Inspeção) e nenhuma gue Padrões Científicos Inter-
fiquem insensíveis ao procedimen- adequação ou mudança nos foi so- nacionais. Biotecnologia Ciên-
to. Após a eutanásia, os animais são licitada na parte física e de docu- cia & Desenvolvimento. Ano
acondicionados em sacos plásticos mentação. Sempre que fomos sub- 03, Nº 18, 2001, 05-08.
identificados com símbolo de risco metidos aos órgãos de vigilância 10. Raw, I. Unicamp testa vacina
biológico e levados ao freezer (- sanitária, como ANVISA e WHO, dupla contra tuberculose e he-
20ºC) onde permanecem até a co- conseguimos a aprovação dos pro- partite B em Bio Notícias,
leta do lixo. A coleta é feita pela cedimentos e a certificação dos 27/02/2004.
prefeitura (Coleta de Resíduos In- produtos. Além do que, até o mo- 11. Rodrigues, U.P.; Mattaraia, V.G.
fectantes), em carros especiais e le- mento conseguimos manter o pa- M.; Valentini, E. J.G.; Damy, S.
vada ao incinerador público, Figs. drão sanitário e genético exigido B. Implantação de Boas Práti-
07, 08, 09, 10 e 11. pelos laboratórios de pesquisa e cas de Produção (cGMP) no
produção e no mesmo período não Biotério do Instituto Butantan.
Resultados registramos nenhum tipo de aci- Controle de Contaminação.
dente de trabalho. São Paulo, RPA editorial, 2003,
A adequação física do biotério 20-24.
foi realizada em 1999 e nestes qua- Referências Bibliográficas 12. U.S. PHARMACOPEIA NATIONAL
tro anos percebemos que a adoção FORMULARY – USP-23;
destes cuidados tem permitido a 1. Cardoso, T.A.O.Considerações NF.18,1995.

20 Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento - nº 35

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