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O mundo foi surpreendido por uma epidemia globalizada. Ninguém, em nenhum lugar, seria
capaz de imaginar tempos tão hostis. Mortes contadas aos milhares, colapso na saúde pública,
limitação do direito de ir e vir, economia em derrocada, milhões de pessoas desempregadas,
politização do vírus, isolamento das pessoas, aumento dos casos de depressão, suicídio e
violência doméstica.
Não bastassem tantas más notícias, nos deparamos com um novo conceito de relações
humanas, um novo paradigma de convívio social, um novo parâmetro político-econômico;
enfim, o chamado “novo normal”.
A pandemia é também, do meu ponto de vista, um recurso pedagógico de Deus para corrigir a
rota da Igreja de Cristo. A distração tomou conta daqueles que deveriam se concentrar em
fazer a diferença no mundo, como sal e luz. As ocupações da vida e os padrões da cultura pós-
moderna, no mínimo, embaçaram as nossas vistas. Nesse sentido, creio que Deus esteja
proporcionando, em meio à crise, uma oportunidade de revisão de conceitos, de resgate da
centralidade bíblica, de retorno às bases doutrinárias e de intensificação da oração.
Vi também a oportunidade da igreja ser igreja, apregoar a paz em meio à guerra, recolher os
feridos e leva-los ao tratamento, alimentar os famintos e propagar a vida, especialmente a
eterna, em tempos de morte. Vi ainda um aceleramento do cumprimento da missão de pregar
o evangelho, a ocupação do “território” da internet com a mensagem da cruz. Nunca antes
pregação alcançou tanta gente em tantos lugares, em tão pouco tempo e com tanta
efetividade.