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REVISTA TRIMENSAL ; DE ie a 008 u\ Fepethyon a JORNAL HO. INSTITETO INSTORIGO. GEOGRAPHICO i BRASILEIRO, , N. it, BEZEMENO DE isa. PRACHMEN TOS bE UMA MEMORIA SOBRE AS SESMATMAS DA BATA: ADVERTENCIN: de um’ manuscripts, afferecidy ao 0 pelo. son socio effaative. «0 Si ishoa, em Agosto de (839. Bar Aguiar.(e reador © Capi int» opuset hive do Fast iro Bento da sido da. Biltiou Sua penny) que ARGUMENTO. tta-se das sestaurias: os do tos do Brasil & os Gover- eracs as conrediam. Juizes que antigamente decidiam obre esta materia, Livros antigos dos registos del- las que existim, Compriniento e larguva das sesmarias. Pero que se mandan impér, Tempo em que sedevem confirmar. Pro- Athicho para se davem de sesmarias os sitios’ juntos & marinka e praius desta cidads, Ordem Regia para se tivar-a clousula de nellas nao succeder reliqides. Os sesmeiros naa podem tomar asaldéas ¢ tervas dos indios. Sao obrigados a dar caminkos puiblicose particulares. Providencias para se demarparem as ssuiarins de algumas Capitanias. Quetra da Cumura desta cidade contra o Desembargator Christovdo Vavarcs de Soracs, JANEIRO, 374 encarregado do Tombo. Desembargador Manoel Surmento encarregado d° outra semelhunte ditigencia. Aloura de S de Outubra de 1795 sobre as sesmarias, Formalidade ¢ clau- sulas com que aciwalmente se concedem. Como ao Governador geral do Estalo do. Brasil pertencen sempre pelo soa regimento conceder datas de sesmarins, © esta importante materia tenba sido objecto de diferentes Or- dens Regias, preserevendo os lirvites dellas, e regalando a maneira, forma, elansulas ¢ condigdes, com que se devem permiltir, julguei acertado tratala neste capitulo separado, como parte da jurisdicgio do mesmo Governador, aproveitan~ do esla oceasiio Opportuna para expdr as diversas Cartas Regias @ Provisdes, que se encontiam a este respeito. Aos Capities donatarios das pitanias do Brasil era per- mittido pelas doagoes e@ foraes dar e repartiy as terras de sesmarias conforme a ordenacio, e com a obrigagio dellas, 4 toda a pessoa de qualquer qualidade e condicao que fo: livromente sem fro nem direito alzum, sémente o dizitna 4 Deus, que era obtigadoa pagar 4 Ordem de Ohe lo, entrando neste numero os seus filhos, excepto o morgado’e parente ndo podendo dar-Ihes mais porcie do que concediam a um extranho, nem tomal-as para si em tempo algum, on para sua mulher e filho herdeiro, nei pol-as em outrem para depois as haver por qualquer moilo que f ar por compra veriadoira las pessoas que Ih’as quizessem voniler, passados oito annos depois das terras sorem aproveilad Igual faculdade se concede homé de Sousa, primeira (a= vernailor geral, @ a sens saceessores, por tres eapitulos do regimento que trouxe, © se encorporavam nas carlas de sesmarias anligas, layradas por um eseri que havia pro- prio para este fim, em livros em que assignava ‘o Gover- nador, constando delles que as concediam sem foro nem tibuto, excepto o dizimo i Deus, com eoniigio que as pes sous 4 quem se davam resilissom na povoario da cidade da Bahia, ou das terras dadas assim ao menos tres annos, iio as podendo vender, nem aliar nesse tempo, nem dando a cada pessoa maior porcio que aquella que, segundo a sua pos- 378 sibilidade, The parecesse poderia aproveitar; © porque 0 Es- tado do Brasil era composto de terras novas, a maior parte muito ferteis, que convinha augmentare povoar, se recom- mendou no Cap. 26 do regimento, que trouxe Roque da Costa Barreto, que as désse de sesmarias, nio concedendo a pessoa alguma tanta quantidade, que a nio podesse culti- Var, ¢ tirando-as a quem assim o nao eumprisse, Os Capitaes- motes das Capitanias, por exemplo, de Porto-seguro, Sergipe d'ELRei, Parahyba © ontras, tambem as passayain, mas eram deppis coufirmadss pelo Governador, capacitando-me que as davam 4 imitagio do que d’antes praticavam os Capitaes danatarios, ¢ nio porque tivessem jurisdicgio para isso: nem tambem os Goyernadores subalternos, como se deduz de uma sesmaria,- que o conde de Obidos, Viee-Rei do Estado, confirmara, passada pelo Governador de Pernambuco, en que declara nio ter faculdade para a conceder; encontran- do- 2 com tudo algunas passadas desde 159) até 1603 pelo vitio-mér qne governava a cidade © Capitania da Babia Alvaro de Carvallio, em quanto o Governador geral 1). Fran- cisco de Sousa foi deseobrir as minas de ovro e pratt nas par- tes do sul, deixando-o autorisado para este fim por umidos capitulos das intraegdes que lhe deixou. Os prevedores la Fazenda cram os que conheciam, segundo o seu regimento (1) de 17 de Dezembro de 1548, de todos os feitos, eausas, edemandas que se moviam sobre datas de sesmarias, que os Capitées concediam em suas Capitanias, ou fossem entre os partes, ou entre outras pesseas, proces- minando-as finalmente sem appelagio nem ravo, versindo sobre cousa que valesse até déz mil réis, dondo-ad ahi para cima para o Provedor-mér, que sendo Jitesente conhecia por accio nova, o podia avocar a si os Processos conservando na Provedoria um livro por elle assi- gnado e rubricadlo, em que se registavam todas as carts, co- moeram obrigados os sesmeiros dentro em um auno contado do dia da data, pona de as perderem, tendo 9 euidado de saber se as aproyeitaram no tempo em (que eram obrigas dos, pois achando que assim o nao feziam, mandayam no- tificar aos Capities paca as poderem dar 4 quem as culltivasse. mesimos Cop (1) Arch. da Real Fazenda da Bahia, Liv. 4.2 de Provisdes f. 4. * 0 livro mais antigo que existe de rogisto de sesmarins na. Se- cretaria do governo da Bahia, principia em 1650 em que governava o Conde de Gastelloemelhor: no Archivo da Pa- zenda-em 1761 seude o Governador Affonso Furtado de Cas- tro do Rio de Meadonga, constando do principio delle, que antes se registavam nos livros de eartas, palentes, @ provi sdes da mestna Real Fazenda, em que se encontram varias sesmarias: as mais antigas que lhe sao concedidas por Tho-~ mé de Sousa, uma (2) cm dota de 8 de Julho de 15490 Francisco Pires, que com elle viera, dé una terra que estava diqueni de $.Pedro naquella cidade pora a parte de Leste, huscando a povoagio velha; outra (3) de 19 de Maiodle 1 a Simao da Gama de Andrade, fidalgo da Casa Real, capitie do galedo S.Jvao Baptista, que alli chegara no anno de 1559, na qual entre outras cousas se comprehendia tam- bem aagua, que do rip Pirajé sobojasse do engenho de Joao de Velosa (4); além do vatias terras que nesse districlo esta- vam. por aproveitar, e da Ilha dos frades; apparecendo com tudo oulras tombem antigas langadas em dots livros muito wal tratados do cartorio do tubelliio desta cidade Antonio Barbosa de Oliveira, que mandei copiar, governando aquella Capitania, para se guardarem no Archivo da Fazenda Real, comegando um em + que contémy sesmarins quasi todas na ilha Hapariea, ¢ na Copilania de’ Peruasst, ads em nome dos respectivos donalarios o Conde de staubeira D. Antonio de Autaide, cD. Duarte da Costa; ce outro em 1393 alé 1603, existindo igaalmente um no. varlevio da alfan desde o-anno de 1893 em diante, Li registatla no tivro ar mavias do eartorio do Ta- Antonio Barbose de Oliv: que se copiou proxima- .» @ sé acha no Archiyo da Fazenda Realy (3) Arch. da Fazenda Real, L.° 4° de Provisies £96 (1) As terras do engenho de Jeio de Yelosa fo am=lhe dadas pelo. Capitag da Gapilania da Bahia Francisco Pereira Coutinho, como consta de um Alvarade 8 de Culubro de 1585, em que B-Rei D. Joao 3°, informado.de que se honvessem engenhos em que os iora= dores podessem moer suas canuas, sc plantariam muitos canaviaes, ordenou ao Governador ), Duarle da Costa comprasse esta terra, ¢ le= vada no sitio de Pirajaé custa da Real Fazendaem que ja havin en- genho,porém damniticado e perdida, ‘ da Fazenda da Bahia, 1..°4,° de provimentos seculares, ¢ ceclesiasticos, I. 102 a7 om o.qual se acha (3) 0 Alvatd de 8 de Dezombro de 1590 para que o Govertiador D. Francisco de Sousa, em benelicio da povoagio ¢ lavoira, désse: lertus de sesmarias a, todas (3), Eu Et-Rei, Faco saber aos que este mem Alvara virem, que pela informagiy que tenho do grande henelicio, ¢ muito proveilo que se poder’ conseguir a meus yassallos, dese povoatent as. lerras do Brasil, e querendo que os fractos ¢ proveitos dellas-se thes communiquem, para que com: mai fivilidade as queiram povoar, © viver nellas, para a5 lavrar, 6 aproveitar: Hei por bem, ¢ me apraz quea todas as pessoas, que forem com suas mulheres ¢ filhos a quitl- quer parte do Prasil, Ihes sejam dacas terras de sesmarias, para nel- Jas plantarem seus mantimontos, ¢ fazerem rocas de eat eS pi sun Sustentacdo, as quaes terras Hei por Hen que se repartam com iis tacs pessoas, por D. Francisco de Sousa, do meu Conselho, que ora envio por Governador daquellas partes, sendo presente, 9 Provedor da minha Fazenda em ellos, conforme a qualidade ¢ familia de cada fim dos ditos casados; ¢ nao podendo elle estar presente a fal repar= licdo, 4 A farer por pessoas que The parega que a fardo como cousém a met servico; notilico assim ao dito Governador, @ tho mando que cumpra ¢guarde este meu Alvard inteiramente como Halls co eontém, o qual quero que valha como Cartaz ¢ que no Chancelleria, sem embargo da Crdenagio do segundo , que o contrariy dispo: “Joao de Terres a fez em a cite de Dezembro de mil quinhentos ¢ noventa. © Seeretario Dioy Velhova fey eserever.—Rei —M ucl de Moura.—Alvara para. se d= rem de sesmarias as terras do [brasil Para Yossa Magestade ver.—Registado na Fazenda no Livro do do do. Brasil a folhas qu e cinco. », Fraslaito do Regimento de EUR sso Senko. Asterrase agais das cibeinas, que estiverem dentro do termo ¢ limites da dite cidad que'sio seis lezuas para cia parte, que nio farem dadas a pessoas que a oproveitem, ¢ estiverem vagas ¢-devalulas pa 4 Mim por qual- quer vin, ow modo que seja, as podereis dar ‘le sesmarias 4s pessoas que volas pedirem, 9s,quaes terras assim doreis livremente. sem outro algum foro nem tributo, somente o dizimo a Ordem de Nosso Sonhor Jesus Christo, ¢ com idicoes ¢ obrigagues do fural dado dilas terras ¢ da winha Orde » do segundo livre, titulo vinte das sesma Com condigio qué a tal pessoa ou pessoas residam na povoagac da di Babia, ou das terras que assim the forem dadas hha menos tres annos, ¢ que. dentro no dito tempo as mao possam vender, hem alhelnr, @ tereis. na lombranca que Boe deis a cada Wessoa mais terra que aquclla que, segundo sia possibilidade, vit- des, ou vos parecer que pode aproveitor; e algumas es aque fretmy dadas tertas no dito termo astiverem perdilas pelas nao apr veitaren, e yol-as tornarom a pedir, vos Ih’as dareis de novo, com as condigaes ¢ ob.igacaes contetidas, a qual se transladara nas Cartas dis dias sesmariass 378 as pessoas que com sua mulher ¢ filhos viessem pare qual- quer parte do Brasil. Piversas Ordens Regias se expediram depois sobre esta materia, principalmente durante o governo de D. Joao de Aleneastto, a respeito do comprimonto ¢ largura das sesma~ rias, foro que deviam pagar, confirmacao, além de outros artigos: a Carta Regio (6) de 27 de Dezembro de 16 pu disposigao foi depois restringida, recommendaya se naoeone desse de sesmatia a cata qmorador mais de quatro leguas de comprimento e una de largo, sendo da inspecgie dos onvido- ros, creadas entio de novo, examinar cadaum nas) lerras do seu districto, se as concedidas de mais comprimento estavattt cultivadas em parte, om em todo pelos donatarios, seus colo- nos on foreiros, para se julgarem por V6 rirem por outros moradores (7), nao o estando. (8) d 29 de Janoiro de 1609, ass dirigida a0 smo Governador, manda conservar @ ainda de tas loguas, 4 aquellas pessoas que as tiverom) cultivadas por si ou por outrem, e queo stendo feito, ow em tndoouen par- fo, denunciandaqualquer do povo, se !he-cont adesse ositiode= punciado, cilada a parte, devidinida-se br oe summar mente, com tanto que o tal silio nao excedesse de tres \ de compride ¢ uma de largo, ou legua e mei em quadro ( . Extravag, (30. Arch. do azen= (6) Arch; da Secr. do Gov. da eal, hiv. 2° de eartas f 18 (7) Representando a Camara ¢ nin do Rio, Grande do/Nor- te que alli existiam muitas pessons, a quem Se havia dado quantidia- do de terras de sesmarias, «v ima cultivar, tendo alguimnas c ires sesmarias de cinco esels legiias em quadro, que vendian sndtavain, estando muitos moradores Sem henhome terra onde podessen accommodar sas eri ss, tendo setvislo a Corda, & de mado © seu sangue, s& ordenpu por via de {6 de Mar eigse ao Gorernador Antonio de Menezes que Hao cumprindo as pe gas a quem foram partidas as sesmar com as ps. das doagays & empr gamentos, th'as Lirasse, @ aS dase quem as caltivast, preferinda os tnutadores daquella Gapitani, que a estayamy povoandy. (rel, da seeret, do Gov, da Bobiay be 10de Ord. Reg. ue 707 Arch. da Vazenda Real, Liy. 2." de Cartas 2 Sik) (8) Ateh. da (9) A Carta R Fits do Rio Grande do Norle erct, do Gov, Liv, 6.do Ord. Reg. M. 413. iia de 12 de Janeiro de 1701, que trata dias sesmo- que Wao estivesem poyoadas, REM dle= } como se achava j6 determinado pola roferida Carta Regia (10) de 7 de Dezembro de 1697, ese tormaya a recommendar na provisdo de 19 de Maio do 1729, pois excedendo so datia esta “ao denunciante, e 0 mais a quem parecese, guardando-se esta declaragio com todos com quem se repartisse, sendo este o maior comprimento ¢ largara que actualmente: pode ter qualquer sesmaria. Festa Real Ordem de 27 de Dezembro de 16935 0 primei- ra que encontro determinando, que as pessoas, # quem se der de futuro sesmarias, imponha, além da obrigacio de pogar dizimo 4 ordem do Christo, eas mais costmadas, ade um foro (11), segundo a grandeza ou bondade da terra, como tambem se recommenda entra outras cousas 1a Carla Regia maread’s, pessoas: que Veemaria quatro leguas de comprido ¢ uma de lar quadrd, que éo que commoac mente pide P ao conforme sim so que Jetermi Dezembro de 169: Carta Rogia de 7 de Dezember ‘ ade 1609, que mvindam dav sémente de, sesmaria, Ue a comprido, ¢ bmi ds bigo; e como na, Provisi (Arch. da Seer. co Gov. da Bahia Liv. 7 1) posterior a todas estas ordens, se torna a a devo exceder a tres Ieguas de compritl mia de Largo, dita Carta Regia de 12 de Janciry de 170L Means Maumma cquivocacio em qvanto (ata de quatro ara se hiverem. por devolulas, ese darem a -oultas aproyeitem, stable onao excedt cada uma ondaas cm morador, dis- met Provisag de 20 de Jane 1 io, mAs Oppos yar que me per foi lay Temay de comprido em lugar de tres ¢ uma,de [argo- age ft. 33— e Aral. da r, do Gov. Liv. Extr. ft . 170) te At. 43 § 13 determina que es om tributarias, com o mes~ > deem isentas wy dar as te ainte do. Desem~ ja se podia impor- birgador Joo At ‘oi grande day «se perso nas sestuat il, qu em pier @ potuv: Cabed. p. 2 ilec. 112iliz que nio: ia con- @sultou 0 selhio Uitramaring com ilferenga de votos; © o wHasemburgo do Pago coustltou que rian po Tia) esta Or ii «se 4s Sesmar equeS. tia revogal Regia de 27 de Des bro de 1605 1 wie eerie (Oro nas Sesmativs do Beasil al tira toda a duyida a este respeily 12)d6'93 de Makeo de 16 i sa at ni ote lanio,, Ms Corres ; terras convenientes para o Real servizo, diante baa cone se de ns bee u © , dotermina agi ein ouia (13) do 9 do Mate do 1130; enn 8 10, ‘9 ‘de Maio Je 1729, com as clausulas que nos districios das ditas sesmarias sx houvor do erigit oleama villa, serao obrigndos a largarem o sitio para ella e seus logradouros, compensanio-se-lhe em outta parte; porém Lao yejo entio observada a mesma Carta Regia na parle em que determina sejam dadas eom algum [ro atites chservo pelos livros de registo que D Jodo de Alencastro e seus sunees- sores continuaram a concedel-as livremente, senr pensio ou tributo wlgam até o anno de 1777, om que Manvel da Cunha @ Menezes, governando esta Capilania, ontrou a pola em observancia, declarando nos alvards que passava, que o Ses- meito pagassecerto foro arbitrado, segundos avaliagae a que a Camara do districto manda proceder por dois louvados, como actvalmente se pratica. Nio posso cepacitar-me que D, Joio dy Alencastro ignorasse aquella ordem, tendo-lhe sido dirig da; mas julgo qae Ihe deu dillerente intelligencia, @ que os seus successores: nioytiveram talvez notivia della, pois sc Manoel da Cunha e Menezes a mandoa observar, fol porque acabava de governar a Capitania de Perndmbucd, donde assim se praticava, ¢ jjata onde se dirigirs outra ante provi de igual data, de que resultou fazer immeriatamente 0 Govor- nador, que entio era D. Fernando Martins Mascarenhas de Aencastro, uma junta com alguns ministees, em que assenia- ram que cada legua dé terra até trinta de distancia do Reeife de Olinda pagasse seis mil réis de foro (14), e fleanda em maior distancia quatro mil réis, 0 que merecea a Real approva+ civ por Carta Regia (15) que se lhe expedin em data de 28 de Setembro'de 1800. (12) Arch, da Seer, do Gov, Liv, 6 de Ord. Reg. mn. 51, « (18) Arch. da Seer, do ¢ Liv. 26 de Ord. Reg. £ 35. (14) 0 foro inpiorto nas sesmarias desta eapitania costama sor regu~ larmente de milréis até dows mil ris por cada uma, qae parece ser dem: siadamente diminuto, e favoravel.a vista do que se praticacm Pernam- Duco, ¢ da ordem qae o manda arbitrar segundo a handade da terri. 15) Arch. da Seert. do Gov. Liy, Extravag. f. 48), UND sey WO 9p roqaycoar & © 2 s | = \ ws \ y . L 5 & = : S cP | x 4 ; | ° ! HOT DAILEE ICY OF ORcay ae I aronbul vv i l | ; oe a eae op oF igo { BP aprietiiien 9p myn oecy ga ge oF eee inele se 7p inynreny a ) J (—— TN iss, 1 ] q ep raylpy oP wovth oenrih te Weng Opes way ONDUp I. ; a PPI Oh op Yof a puny rschiuws rh OW Oo Nyse pe rnen so, Dey Vorravrcome OE a a ee OP Pape Pigse — are UND sey WO 9p roqaycoar & © 2 s | = \ ws \ y . L 5 & = : S cP | x 4 ; | ° ! HOT DAILEE ICY OF ORcay ae I aronbul vv i l | ; oe a eae op oF igo { BP aprietiiien 9p myn oecy ga ge oF eee inele se 7p inynreny a ) J (—— TN iss, 1 ] q ep raylpy oP wovth oenrih te Weng Opes way ONDUp I. ; a PPI Oh op Yof a puny rschiuws rh OW Oo Nyse pe rnen so, Dey Vorravrcome OE a a ee OP Pape Pigse — are Se ae ee 381 J Devem os sesmeiros (16) obter confirmacio Regia das Sestnarias, assim se determinou por Carla Regia (17) de 23 de Noverabro de 1698, ordenando-se a 1), Joao de Alencastre que nos datas que «ahi em diante désse de clarasse seriam obrigados a pedil-a nos aunos que pare cesse, segundo adistancia em que eslivessem) do Reino, edeentio para ci se costuma declarar pas cartas as © firmem dentro em um anno contado da sua data. Ordenando-se ao Governador D. Joao de Alencastro por Carta Regia (18) de 34 de Janeiro de 1698 que infor- ja Bahia iaes da ¥ Masse se junto 4 marinha e ds praias da cidade havia alguns sitios dados de aforsamento pelos of Camara, ou desesmarias pelos Governadores, e o que se podia segnir a defensa da praca, . nou por Carta Regia (19) de 22 de Margo (@aquelle anno, que examinasse so as pessoas qne niellas fabricaram edificios o fzeram com faculdade do Governo ou por afo- ramento da Camara, e 0 rendimento dos fOros nao se dando Walli em diante as taes datas, principalimente se- guindo-se d’ellas prejuizo ao publico, como mais larga- mente estabelece aoutta Carta Regia (20) de 12 de (16) Sesmeiros, como se refere da Ord. Liy. § t. les magistiados rusticos, que tem o euidado de exam que se nao cultivam, para as darem de sesmarias 4 quem asaproveite fazendo p ‘este fim os seuhores dellas, servindo esta oceupac ou tributarias 4 Corda,-os aliifo- xarifes dos Ingare: fados, aonde as terras, ou hens es~ tio; quando se tr jas do Brasil, entendemos por sesmeiros aquell se concedem. (17) Arch, da Secret. do Gov, Liv, 6.° de Ord. Reg, n. 74. (18) Arch. da Sceret. do Gov. da Babia, Liv. 6°. de Qrd. Reg. § F quel t yar se ha terra n. 26. ; (19) Arch, da Secret. do Gov. da Bahia, Liv, 6.° de Ord, Reg, n. Sh (20) Esti registada no Arch, da Secret. do Governo da Bahia, Liv. Gi.tde Ord, Reg. n. 67, cujo theor é 0 seguinte:—« 1), Joio d’Alen- casio, Amigo. Eu El-Rei vos envio muito saulor. Viu-se a yossa ‘ carta de 7 de Julho deste anna, em que informaes. como se vos havia ordenado, sobre. o danno que se poderia seguir as defénsas | dessa prica com os edificins feits juntos 4 marina em sitios dads deaforamento pela Camara, ou de sesmarias pelos Governadores; ¢ supposta a vyossa informagiy fundada nos documentos que com eli remettystes, porque consta que nenhuma obra das ae estio feitas i 382 vembro do teferido anno, prohindo absolutamente a ¢on- cessiio de sesmarias de terras sitas junta 4 marinha, Em algumas cartas de sesmarias vinha inserta a clau- sula de nellas nio succederem religioes por nenhum titulo; porém por resolacio de 26 de Junho de 1741, tomada em consulta do Conselho ultramarino, ¢ partivipaia ao Vice Rei Vasco Fernandes Cezar de Menezes em Provisio (21) de 7 de Agosto de 1727, e aoGovernador do Rio de Ja- neiro cm Carta Regia de 27 de Junho de 1711 (Docu- mento n. 43), seordenou que se tirasse similhante con- digio; & que acontecendo possuil-as as religides, fosse com © encargo de pagarem dizimos, como se as possuissem seculares, havendo-se por devolutas, e dando-so a quem as denunciassem, nio o praticando assim: deu motivo a na dita marinha serve de prejuizo a defensa «l'essa cidade, e das pes- Soas que tem sitios ¢ casas junto adita marinha, quem th’osdeu de sesmaria, ¢ por que titulos os possue, ¢ que 0 Senado da Camera nao tem foro algum, nem sitio 'ella, antes se queixam de nao haver nenhum que seja livre para serventia do povo em grande prejuizo seu. Me parecen dizer-vos que nio satistizestesem Ludo ao que yos havia ordenado n'este pzrticular, por que supposto ensinuaes as pes- soas que mostraram tilulos, nao dizeis as mais que tem casas na praia, ¢ os ndo mostraram; ¢ ainda que offereceram algumas os afu= Tamentos, nao é isto prova do domino direito. pois os foreiros nao sé. devem mstrar que lhes foram aforados os sitios, mas os senhorios devem todos mostrar como thes pertenciam; ¢ assim os senhorios, coMo og possuidores das casas livres, como ao may se tem tomado muita parte que nao era de un d'elles, nay sé devem mostrar as bracas que lhe foram dadas da rua, mas tombem as que tinham no fun{o para a praia; ¢ para que se possa vir no conhecimento deste Shu servido mandar que o engenheiro fuga uma planta de todas as casos que ha na marinha, desde uma ponts por toda a rua da Praia da parte dom; da cidade com seu petips, e dos chamados fortes de vo até o Real, que existe; ¢ i diante erdeno é mais sesmarias de terras sitas juntas a marinha, porqae estas se devem requerer a mim, ¢ dando-se algumas se haveray por nuillas a todo o tempo que constar foram dadas sem ordem, e graca especial minha; de que vos uviso para o terdes assim entendidd, e esta ordem mendareis registar nos livros da Secretaria d’esse Estado, para que 4 todo otempo consie esta minha resolug Escripta em Lisboa a 12 de Novembro de 1698.—Rei—Conde a Presidente, —Para 9 Governador Geral do Estado do Brasil,» (24) Arch.da Seerct. do Gov, de Ord. Reg, f, 230, e Arch. da Vazenda Real, Liv. 19v. ode cartas f, esta decisio & repognsncia que tinham estas eorporagies de pagarem dizimos das fazendas que possuiam fore dos doles das suas creagies, adquiridas por compras, heran- cas, # outros semelhantes tilulos, @ por isso se ordenon nesta oceasian ao Procurador da Fazenda ido Estado do Brasil, fizesse citar perante o Provedor-moér aos religiosos te possuim terras, © que recnzassem pagar, offerveendo ibelos, eappellando para o juizo da Corda da cdrte, ha- vendo sentenca contra a Fazenda Real, concluindo esta Real ordem, quo no iaso de se deixar a qualquer reli- gio terras, ou bens de raiz, nio 0 possa possuir sew licenga Regia: disposicio bem couforme 4 nossa jurispra- dencia patria, desde o principio da monarchia; opezar do que seltem continuado a passar carlas de sesmarias, com a clausula de wellas ndo succederem religioes, segundo 0 antigo formulario, posto que se acautele, que no raso de aS possuirem seja com o encargo de pagar dizi~ mos, Por constar que alguns sesmeires se faziam seuhores das terras das aldéas dos Indios, que se achavam no dis- tricto. das sesmarias, passando a commetter o excesso de {h'as tomarem, como tambem as terras que: thes, per- tenciam, e@ so faziam necesssrias para a cultura @ sus- tento de suas casas e familias, se ordenou 0 Goveraador Antonio Luiz Gongalves da Camara, por Carla Regia ( de 17 de Janciro de 1691, pozesse todo o cuidade om remediar este damno, e em 6 acoulelar pora o futuro, fa- qendo restituir as aldéas quo por ests modo se avhossem usurpadas, eque dcada uma dellas se déem @ larguen as terras que forem competentes para alavoura e@ cul- tura, @ que acontecenilo que os senhores ¢ possuilores das dilas sesmorios perturbassem e desinquictassem os In- dios fas terras que Ihes fossem assignaladas ¢ demarca- das, 0S fizesse castigar com todo o rigor que merecom os que quebraniam as leis, © que continuando nestes excessos désse conta a El-fei para os mondar privar das sesmarias, ¢ dal-as aoutras pessoas, que hajam de ob- servar esta resolugio; e 4 este 6 motivo porque nas (22) Arch, da Secr. do Gov.da Bahia, Liv. 5," de Ord. Reg. 0. @ * 384 cs carlas se declara que se nao tomarid as aldéas dos In- dios @ as terras que Ihes tovam. Em todas as sesmarias anligas e modernas se acaute- lou sempre que os sesmeiros sejain obrigados a dar cami- nhos publicos e particulares para fontes, pontes, portos © pedreiras, @ pela Provisio (23) de 11. de Marco de 1734 se estabelce que hsvendo nas ditas lerras, que se conce- dem, estrada publica’ que atravesse rio caudaloso, que ne- cessile de barca, fique de ambas as bandas do rio a terra que baste para o uso publico dos passageiros, e de uma das bandas meia legua de terra em quadro para com- modidade publica, e de quem arrendar a passagem. Constando haver muitas terras de sesmarias nas Capita- nivs da Parahyla e Rio Grande, dadas a muitas pessoas que existiam na Bahia, Rio de §. Francisco e Pernam- buco, com notavel desproporgdy nas datas, dando-se a uns quinze leguas, ¢ a outros vinte e trinta, de quo resullava ficarem incultas, © sem se povoarem, se of denou ao Governador 1. Joao de Lencastro, por Carta Regia (24) de 13. de Dezembro de 1697, mandasse por editaes na Bahia, Rio de S. Francisco e Pernambuco declarando que todas as pessoas, que as tivessem na capi tania do Rio Grande do Norte, tratassem de demarcal-as, meililas @approyalas dentro em um anno, © nao o fa. zendo assim se houvessem por devolutas, repartindo-se pelos moradores da mesma Capitania na forma do on B mento sem oexceder. ACarta Regia (25) de 3 de Margo de 1702 Ihe ordenou igualmente mandasse por editaes para que todos os sesmeiros dentro em seis mezes apre- senlassem confirmagdes ¢ vartas das sesmarias qué ti- vessem, sendo estes e 0s donaturios notificados para as demarcar dentro em dois annos judicialmente pelo ininisito que para isso se Ihes concedesse, pona de o per. derem, sendo depois nomeado, como consta da Garta Regia (26) de 8 de Margo de 1704, eseripta a D. Ro- fl. St. (25) Arch.da Seer. do Gov, da Bahia. Liv. 52de Ord. & 24) Areh, da Seer. do lioy. Liv, 5, de Ord. Reg, n, 120. (3) Arch, da Seer. do Gov. Liv. 8° de Ord. Reg. fl. 32, (26) Arch, da Socr. do Gov. Liv. 8.° de Ord. Rog, fl, 149, & B85, drigo da Costa, ov Deseimbargador José da Costa Corréa, expedindo-se-the uma Provisio (2)) em 10 do referido mez @ anno, em que se declara nio seja obrigado a Mostrar, nem a registar as ordens que recebéra, pres- tando-se-Ihe toda ajuda _e fayor, e dando-lhe as cama- a af aposentadorias , incumbindo-se por seu fallecimento ta diligencia ao Desembarga.lor Christovio Tavares de Moraes por Provi (28) de 7 de Fevereiro de 1711 com a mesma jurisdiegio que tete o seu antecessor, nao dando appellacio nem aggrayo para a Relagio do Estado, mas ubicamente para o Conselho ultramarino. Dos procedimentos e violencias praticadas por este mi- nistro na’ execugio do Tombo e demareacdo, formaram varias queixas 0s officiaes da Camara da Bahia A aquelle tribunal, expondo entre outras cousas, que sendo a sua cammissio para demare § lercas do. ser' s¢ intro- mettéra a medir todas as do reconcavo ebeira mar, de que nasciam infinitos pleitos edewandas, levando salarios exorbitantes, no ouvindo as partes, nem assistindo quasi sempre is mediydes, nomeando un escrivao ignorante, que fazia tanbem as suas ve pedindo que Sua Ma- gestade se dignasse conceder appellacio @ aggravo dos seus procedimentus para aRelagio, de que resoltou ordenar- se ao Govyernador por Provisio (29) de 7 de Fevereiro de 1715 iuformasse a este respeito. Do outra semelhante commissao foi ¢ embargador Manoel Sarmento, sendo Ouvidor do Mata nhio, por resolugio de 11 de Abril, e 2 de Agosto de 3, communicada ao Viee-Rei lo Hstaro em Provisio (30) de 20 de Outubro do meso anno, para cessarem as quei- xas los moradores ile Piauhy, sertées da Bahia e Per- nambuco, por occasiio de contendas e liligios, que Thes moyeram Bernardo Vieira Ravasco, Antonio Guedes de Brito, Domingos All tio, e outro: mandando- se annullar, abolir ¢ as datas, ordens e arcegado o Des- (27) Arch da Seer. do Goy. Li de Pat. ¢ Prov, Rs. fl. 2H. (28) Arch. da Seer. do Gov. E de Pat. e Prov. Rs. fl. 95. (29) Areli. da Seer, do Gov. da Bahia, Liy.10 de Ord. Reg. n. 37 30) Arch. da Seer. do Goy. a Bahia, Liv. 51 de Ord, Reg. fl, 20 e Arch, da Keel Fazenda da mesma, L. 7° de earlas 0. 66 v, i Ss. °&« sentengas, que linha bavido n’esta Materia, concedendo- Se a08 Mesmos sesmeiros Por nova graca as lerras que tie vessem cultivado, por si ow seus feitores, ainda que se achassem arrendedes a outros ¢olonos, nao Se ineluindo aS que eulras pessoas entraram a rotcar, posto que a ti- tulo de ufrendamento ou aforamento, por nao serem 4 das as sesmatias “Seno para os sosmeiros as cata nao para as repartirem e darom a. terceitus, que as eon= quistem @ roleem; 0 que sé “era permittidy aos pities donatarios, e nao avs mesinos sesmeiros, aos quaes se passariom carlas das terras cultivadas, @ das inais que pedissom, estando uo districto das suas: primeiras datas, achando-se incultas, com as clansulas com que se vostumam Passar, com deelaracio que rada uma das cartas nao fosse de mais da tres loguas de torra de comprido e uma de largo, mediando entre uma data a outra ao menos uma legua, e sendo as tres ‘da data continuadas, e nao interrompi- das, recommendando- aquelle Desembargador examinas= se o determinasse quaes eram as terras que estavam cul- tivadas pelos sesmeiros, © que o estavam por colonas, que serian) proferidos u'estas ultimas, peiindo-as de ses— marias, owvinde as partes breve © sulumariamente, sem figura de juizo, formando de tudo autos a requerimento @ a custa d'ellas, que dvixariam aos Provedores da Fae zenda ios districtos a que pertencem, para as fazerein medic @ demarear, para com os autos da demareagio. pe- direm as rartas que El-Rei lhes — concederia, requerendo. asdentto om tres annos ilo dia em que o ministro fzesse © exame, concedenio-se pelo Co ho ulteamaring. Pre visoes de Tombo pura outros ministros, nao podendo con- cluir esta diligencia os Provedores da Fazenda. Continuando o grassar os abusos, irregijlaridades e iles- ordens em todo o stalo do Brasil sobre 0 melindroso objecto das sesmarias, nio tendo estas até agora regi- mento proprio que as regule quanto as suas datas, coma foi constants a Sua Magestade pelo Conselho ultramarino, conformando-se com o sen parceer, foi servida publicar 0 Alvord de § de Outubro do 1795, dando. providencia sobra este assumplo; « porque se representaram alguns embaracos e inconyenientes, que poieriam resultar da ime 387 1 a Mmediata execucio desta sabia lei, determinou por De- ereto de 10 de Dezembro de 1796 que aquelle tribunal stispendesse por ora os seus efleitos remettendo-o a todos os Goyernadores das Capitanias do Brasil, encarregan- do-os de informarem com a maior promptidio do modo com 2 mais facil e commodamente, evilando-se novas ques- es. provessos, s¢ poderia por em practica o que alli se acha estabelecilo, sem que se “e mente ineonye- niente alguin, on concessio que faca sensivel, para o que su oxpediu a Proviso em data de 7 de Joneiro de 1797 aos mesmos Governadores. Autes do Alyara de lei de 3de Margo de 1770. para se darem as terras de sesmarias, mandavam os Governado- res informar ao Provedor-mér da Fazenda Real, @ ou- vida aCemara do continente das mesmas terres, Com res- posta do Procurador da Corda, passavam-se as carlas de sesmarias pelas Secretarias do governo: depois da sua puo blicagao, manda o Goyernador e Capitio general, com- se eslabelece no G7, informar o Chanceller como Minis- tro da Junta da Administragdo da Fazenda, para que pro-~ cedendo as mesmas diligencias praticadas pelo dito Pro- yedor-moér, possa mandar passar as carlas, que logo se rogistam na Secretaria do governo, é com 0 aato da posse se registam tambem nos livros da Pozenla; e oppondo-se algum terceiro com embargos 4 carla, se remetlem para © juiza dos feitos da Corda e Fazenda, para em Ri sedeterminarein como. fOr justica. HE’ esta a formalidede com que se eonceden as sestwarias, declarando-se nas ear- tas as clausulas (34) e condigdes seguintes em eonformi= overnaudo «dita Capitania D, Rodrigo José de Menezes, y da falta eatraordinaria de farinhas que tinba representade acidide, mandou por pa sesmaria concedida em 16 de Abril de 1788 4D. Maria Clementina Henriquets de Sovsn Pereira, nas margens do rio Una, Comarea dos ilhéos, a clausula, entre outras, de quo planturia no primeiro anno mil covas de maniioea por cada esorayo, que possnisse empregado na cultura va 6 que continue: a pra- clicar nis primeiras sesmaries que con edi, ¢ainla qae’ no haja or- dem que determ ethante condi¢ha nas sesmarias, com tudo ha mova que recommendum vivamnente a plautagii deste gener, 0 mais essencial a subsistencia dos povos do Brasil. Encontro tambem em algunas sesmarias antigas do anno {G97 em diante, mas nao em (3!) emt ° eho das ordens acima apontadas : © sesmeiro ‘pagal rd annualmente a Fazenda Real o foro arbitrada pela Camara ; que aproveitari a terra dentro do termo legal, nio po- dendo passal-wantes d’isso a outro algusa tiominio sem ex- pressa Ordem Regia, pena de se dar a tereeiro: que sera obrigado a dar “tan pub e particulars: qi suceedendo nella Iquer religiio, seré com a de pagar dizimos, 0. Sea possnisse, um vendo-se por devoluta, e dando-se a quem a mnciar, © praticanio assim: que havendo na dita terra al- guma aldéa, mio fear senhor della, nem dus terras que 6s Indios. oeeuparem: que serd obrigado a tmandar con- firmar a sesmaria dentro de am anto seguinte 4 date d'ella, todas, a clausula vie serem as madeiras, que houver nas sesmariag, & 98 pios reaes livres para o real servico, © fabrica das naos. que El Ret mandara fazer neste Estado; ¢ examinanito 9 origem della ab- servo que foi apontada,e lembrada pelos Provedores-méresda Fazenda quando informayam sobre « concessio das mesmas sesmarias, Com oO fundamento Lalvez de se determinar nos Capitulos 4.°¢ 9.9 do Regi- mento dado por El- ei D, Affonso 6.", em 28 de Marco de (667 para fabrica das fragatas, que se haviam de constenir no Estado do il, que o Saperintendente, que tra entio Sebastida Lamberto, Podesse em quaesquer pragas, costes, ow ilhas do Brasil mandar estalciros para se fbricarom as embarcacoes da Corda, ¢cortat ras para elias. com dvelaracao que sendo de particulares aspa- — * aris pelo seu justo prego, nao sondo permittide a pessoa alguma cortal-us para constraccio de navies particulares sem Teenca do - m si lente, o qual a concederia, nin seade o corte de modo que prejudicasse o Real serviga, para se evitar o incouyenionte de se cortarem em partss mais remotas dos-sitios em que se estabe- ssom as fabricas. O Alvard acima mencionado de 5 de Outiliro de j 4 se acha por ora suspensa, acautola est materia ‘condo que nos portos do mar, e nos districtos costas se rescrvem inteiramente aquellas matas donde pela sua hoa qualidade, abundincia, ¢ melhor commodidaie se possam cortar as madoiras precisys para o Neal servic, prohibin lo que _ellas em too on em parte s¢ possaim mis dar cm sesmarias, ¢ acautelando quanto aquelias sesmarias, ja cy istentes, ¢ oocupadas $ seus sestneiras Hus referides portosesitios,que estes nig possam. cortar nas suas matas ma Ss grossas ede lel, nem para eonsteac- . sem preeeder licenca do Governador da Capitania, e se protonde effectuar o edrte, praticando-se as mais formali- dades sli determinadas: quasi o mesmo determi: Lire este impor. ante objecto a Carta Regia de 13 de Marga de 1797, expedida ao Vice-Kei ¢ mais Governadores do odo Brasil pel de Estado competunte,

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